grego

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O que num ver extraordinário (aus = para fora da série; gezeichnet = assinalado) é visto destacado (aus) de casos cada vez particulares, é a idéia. A idéia é 1. pará, “junto” do perceptível sensivelmente. 2. légetai katá, as coisas sensíveis “são interpeladas em vista de” idéias. O ser corajoso de um homem corajoso é uma outra espécie de ser do que o ser corajoso como tal. Mas o que o corajoso (neutro) é, isto é algo, segundo o qual o corajoso (masculino) ele mesmo é determinado. pará méthecxis, >participação< katá Através da participação nas idéias, o sensível é determinado no seu ser-assim. O múltiplo do sensível não tem somente o mesmo nome, mas é também o mesmo. Esta mesmidade da essência se expressa na idéia. Os pitagóricos usavam para méthexis a expressão >imitação<. Mas Platão e os pitagóricos nunca disseram o que significa imitação e participação, deixaram a investigação dessa ligação aos outros. Esta questão é até hoje uma questão non-resolvida. Todo platonismo separa ainda hoje ideal do real, mas a ligação de ambos fica non-esclarecida. Que essa ligação é non-resolvida, deve fazer a filosofia pensativa. Assim, talvez toda a abordagem não seja precipitada? O esboço da doutrina platônica do ser e do ente não está com isso ainda completo. Entre aisthetá e idéa Platão coloca o metacxú (987 b 16), o número, o matemático. Os números têm para com aquilo, entre o qual eles estão, um relacionamento todo-próprio. Eles são como aídia, >eternos<, e akíneta, >fora de todo o movimento<. Eles têm com os aisthetá em comum a multiplicidade, enquanto cada idéia é sempre uma: Sua suprema determinação é o hén. Plotino fez da idéia do hén a abordagem de uma nova problemática. Os pitagóricos caracterizaram o sensível como o ápeiron, “indeterminado”, que através do número recebe a sua determinabilidade, o seu ser. Platão vê no sensível a duplicação de grande e pequeno; méga-mikrón (cf. 987 b 20), o “grande-pequeno”. Os números se determinam através disso que o grande-pequeno tem parte na idéia da unidade. Platão concorda inteiramente com os pitagóricos nisso, que o hén não é um ente-sensível junto do outro; além disso, nisso que ele no esclarecimento do ente puxa os números para dentro junto (= recorre aos números para esclarecer o ente). sképsis en tois lógois de Platão, “investigar dentro das enunciações” sobre o ente. Ele mira para isto, que cada vez é intencionado numa sentença, p. ex. sobre um homem corajoso. Isto identifica Aristóteles com a dialektiké, “dialética”. Platão ensina duas causas: 1. Ideias, respectivamente números, 2. o méga-mikrón, o indeterminado, que tem o caráter da hylé, donde o ente se constrói (Idéias = fundo - essência). Sobre essas duas causas Platão distribui também o bem e mal: Bem é o hén, mal é a hylé.

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O que num ver extraordinário (aus = para fora da série; gezeichnet = assinalado) é visto destacado (aus) de casos cada vez particulares, é a idéia.

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  • O que num ver extraordinrio (aus = para fora da srie; gezeichnet = assinalado) visto destacado (aus) de casos cada vez particulares, a idia. A idia 1. par, junto do perceptvel sensivelmente. 2. lgetai kat, as coisas sensveis so interpeladas em vista de idias. O ser corajoso de um homem corajoso uma outra espcie de ser do que o ser corajoso como tal. Mas o que o corajoso (neutro) , isto algo, segundo o qual o corajoso (masculino) ele mesmo determinado. par mthecxis, >participao< kat Atravs da participao nas idias, o sensvel determinado no seu ser-assim. O mltiplo do sensvel no tem somente o mesmo nome, mas tambm o mesmo. Esta mesmidade da essncia se expressa na idia. Os pitagricos usavam para mthexis a expresso >imitaoeternosfora de todo o movimento