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GESTÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA DE INTERAÇÃO COM A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Raymundo Nonato Furukawa (UF) [email protected] Geovana Silveira da Silva (NILTON LINS) [email protected] Antigamente as empresas se preocupavam em aumentar os lucros e diminuir os custos, nada muito além disso, mas houve uma mudança no pensamento da população, o qual está alterando seu foco de econômico para social. Com a difusão do conceito dde responsabilidade social tornando-as co-responsáveis pela promoção do desenvolvimento e bem-estar da sociedade na qual está inserida, através do respeito ao meio ambiente e da promoção dos interesses da população. O objetivo desse artigo é apresentar uma proposta que, pelos menos, para o setor eletro-eletrônico, fabricantes de televisores, possa se tornar uma resposta concreta de preservação do meio ambiente e maior lucratividade para as empresas. Desenvolvendo um dispositivo eletrônico (CHIP), que será incorporado aos televisores, para substituir os manuais de instruções ao usuário. A implementação desse dispositivo, contribuirá à preservação ambiental e ainda proporcionará maior satisfação ao cliente através de maior comodidade na utilização de seu produto e eliminação da preocupação com a guarda, preservação e descarte dos atuais manuais. A questão ambiental, passa a fazer parte de um quadro de ameaças e oportunidades cujas conseqüências podem significar posições privilegiadas perante a concorrência, como também comprometer a empresa fazendo ela chegar até a sair do mercado. Sugerimos por isso, esta interação entre a questão ambiental e o formato do manual de usuário transformando-o em parte dos comandos internos do televisor e assim tornando desnecessária sua impressão, evitando com isso o desmatamento, que afeta não só na trajetória de uma empresa como a vida da sociedade, uma estratégia empresarial de competitividade, benéfica às empresas, aos consumidores e ao meio ambiente. Palavras-chaves: Interação, Meio Ambiente, Responsabilidade Social, Manual do Usuário, Televisor Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007

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GESTÃO AMBIENTAL: UMA

PROPOSTA DE INTERAÇÃO COM A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Raymundo Nonato Furukawa (UF) [email protected]

Geovana Silveira da Silva (NILTON LINS) [email protected]

Antigamente as empresas se preocupavam em aumentar os lucros e diminuir os custos, nada muito além disso, mas houve uma mudança no pensamento da população, o qual está alterando seu foco de econômico para social. Com a difusão do conceito dde responsabilidade social tornando-as co-responsáveis pela promoção do desenvolvimento e bem-estar da sociedade na qual está inserida, através do respeito ao meio ambiente e da promoção dos interesses da população. O objetivo desse artigo é apresentar uma proposta que, pelos menos, para o setor eletro-eletrônico, fabricantes de televisores, possa se tornar uma resposta concreta de preservação do meio ambiente e maior lucratividade para as empresas. Desenvolvendo um dispositivo eletrônico (CHIP), que será incorporado aos televisores, para substituir os manuais de instruções ao usuário. A implementação desse dispositivo, contribuirá à preservação ambiental e ainda proporcionará maior satisfação ao cliente através de maior comodidade na utilização de seu produto e eliminação da preocupação com a guarda, preservação e descarte dos atuais manuais. A questão ambiental, passa a fazer parte de um quadro de ameaças e oportunidades cujas conseqüências podem significar posições privilegiadas perante a concorrência, como também comprometer a empresa fazendo ela chegar até a sair do mercado. Sugerimos por isso, esta interação entre a questão ambiental e o formato do manual de usuário transformando-o em parte dos comandos internos do televisor e assim tornando desnecessária sua impressão, evitando com isso o desmatamento, que afeta não só na trajetória de uma empresa como a vida da sociedade, uma estratégia empresarial de competitividade, benéfica às empresas, aos consumidores e ao meio ambiente. Palavras-chaves: Interação, Meio Ambiente, Responsabilidade Social, Manual do Usuário, Televisor

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1. Introdução

Com a globalização as empresas não são mais analisadas meramente como instituições econômicas, mas também pela capacidade de mudança no ambiente em que está inserida, à medida que a sociedade passou a se preocupar com o caráter político-social.

Antigamente as empresas se preocupavam em aumentar os lucros e diminuir os custos, nada muito além disso, mas houve uma mudança no pensamento da população, o qual está alterando seu foco de econômico para social.

A difusão do conceito de responsabilidade social deixa de ser apenas gerar lucro, pagar impostos e prover a sociedade com produtos e tecnologia, fazendo com que transpareça como co-responsável pela promoção do desenvolvimento e bem-estar da sociedade na qual está inserida, através do respeito ao meio ambiente e da promoção dos interesses da população. As importâncias dos conceitos sociais fazem com que as empresas passem a incluir responsabilidade social entre seus objetivos.

Nos últimos anos as empresas têm sofrido forte pressão das organizações governamentais e não governamentais e da sociedade em geral, para que tenham maior responsabilidade com a não degradação, com a preservação e até mesmo, com a reconstrução do meio ambiente. A maior dificuldade das organizações-empresas, não é assumir essa responsabilidade, mas sim, encontrar respostas, soluções que atendam tanto às necessidades ambientais (não poluição, não degradação, preservação e reconstrução) quanto às suas necessidades de produção e lucratividade.

O objetivo desse artigo é apresentar uma proposta que, pelos menos, para o setor eletro-eletrônico, fabricantes de televisores, possa se tornar uma resposta concreta de preservação do meio ambiente e maior lucratividade para as empresas. Essa proposta é desenvolver um dispositivo eletrônico (CHIP), que será incorporado aos televisores, para substituir os manuais de instruções ao usuário. A implementação desse dispositivo, além de trazer uma grande contribuição à preservação ambiental ainda proporcionará maior satisfação ao cliente através de maior comodidade na utilização de seu produto e eliminação da preocupação com a guarda, preservação e descarte dos atuais manuais.

2. Situação Ambiental no Brasil

Desde os anos 50 no Brasil, o foco estava no crescimento econômico de curto prazo, a partir da modernização, da implantação de grandes projetos de infra-estrutura e ainda, da exploração de recursos minerais e agropecuários, que resultou em importantes impactos negativos no meio ambiente.

Segundo May (1993) em 1987 o Brasil defendeu na Conferência de Estocolmo a proteção do meio ambiente como um objetivo secundário e não prioritário para os países em desenvolvimento, no entanto, esta posição não era sustentada nem mesmo pelos próprios brasileiros. Diante desta situação, o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento definiu para o controle da poluição, normas e política de localização industrial nas regiões urbanizadas, como prioridade.

Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, o Brasil tem a maior taxa de desmatamento do mundo, aproximadamente 18.200 km² da floresta Amazônica estão sendo desmatados, de acordo com relatório de 1996 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) juntamente com o Ibama, salientando a redução da biodiversidade, o aumento da erosão e o

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comprometimento dos cursos d’água como conseqüência. Mas, outros efeitos indiretos também podem ocorrer, como alterações no regime de chuva e no clima.

O desflorestamento na Amazônia concentra-se ao longo do que se chama "arco de desmatamento" com início no nordeste do Pará, passa pelo Maranhão e Tocantins, atinge o nordeste do Mato Grosso e segue em direção ao norte de Rondônia, até chegar ao Acre.

2.1 Questão Ambiental nas Empresas

A questão ambiental tem se tornado estudo obrigatório para os executivos das empresas. A globalização dos negócios, a internacionalização dos padrões de qualidade ambiental da ISO 14000, a disseminação da educação ambiental para os jovens e a conscientização dos consumidores permite perceber que haverá foco em relação à preservação do meio ambiente e à qualidade de vida. O que nos leva a crer que as organizações deverão, incorporar a variável ambiental nas tomadas de decisões, além de manter uma postura responsável frente à questão ambiental.

Segundo o Almanaque Abril, algumas empresas, têm revelado a possibilidade de ganhar dinheiro e ter responsabilidade ambiental mesmo não sendo uma organização que atua no chamado "mercado verde", desde que as empresas administrem criatividade e condições internas que sejam capazes de transformar as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de lucratividade.

O Ramo de uma empresa pode ser o mais importante indicador da ameaça ao meio ambiente. Quando uma empresa assume a postura da responsabilidade social ganha credibilidade em sua imagem institucional, resultando em mais vendas, melhores empregados, mais consumidores e melhores fornecedores.

A preocupação ecológica tem se destacado significativamente na sociedade devido a importância na qualidade de vida e com isso os países começam a compreender que a proteção ambiental não foi inventada para impedir o desenvolvimento econômico.

O relatório "Nosso Futuro Comum" publicado pela Comissão Mundial da ONU sobre Meio Ambiente, relata a possibilidade do surgimento de uma nova era de crescimento econômico, que se apóia em políticas que mantenham e expandam a base dos recursos naturais, e ainda, que assegurem o progresso humano e a sobrevivência da humanidade. A área de produção é a que possui o maior envolvimento com a questão ambiental por isso deve empenhar-se para que o processo produtivo, em todas as suas fases, apresente menos consumo de energia, minimize a quantidade de resíduos, economize insumos, etc... A associação entre produção-qualidade-meio, ambiente-segurança é fundamental para a sobrevivência da empresa, pois a qualidade total da empresa só pode ser concebida num contexto de qualidade ambiental.

Segundo Doraine (1999), é fundamental o desenvolvimento e o acompanhamento junto aos fornecedores de uma política de constante melhoria ambiental, por isso da necessidade de implementar estratégias e práticas mais adequadas do ponto de vista ambiental.

O aspecto mais importante a ser considerada para harmonização e integração da área ambiental junto às demais área funcional é a disposição política da direção de cada empresa em transformar a causa ecológica em um princípio básico, superando o temor das organizações em enfrentar e equacionar de forma transparente seu envolvimento com a questão ambiental.

A evolução da mentalidade da sociedade e sua crescente conscientização dos valores sociais, resultantes de uma evolução histórica e econômica, propiciaram uma nova abordagem

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administrativa empresarial. Mota (1992) já defendia a teoria de que a partir do momento em que as pessoas começaram a questionar os impactos que as ações organizacionais acarretavam para a sociedade, criou-se uma necessidade de um posicionamento mais responsável das empresas perante as mesmas.

Além da preocupação moral com o tema em questão, a adaptação à responsabilidade social também traz inúmeros benefícios para as organizações, como: motivação dos colaboradores, ganhos de imagem, satisfação do consumidor e cooperação da comunidade, entre outros, o que nos leva a considerar a responsabilidade social como extremamente importante no contexto empresarial.

Martins e Laugeni (2005), atuais grandes referenciais na engenharia de produção, defenderam a teoria de que “ A competitividade do mercado hoje determina que, para uma empresa permanecer competitiva, deve considerar a voz do cliente no desenvolvimento de seus produtos e serviços.” Hoje a voz da sociedade está voltada a uma mentalidade preocupada com a questão ambiental, o que levou a criação desta proposta de interação, seguindo com isso a instrução destes mestres.

2.2 O Manual do Usuário

Geralmente, quando compramos um produto vem acompanhado de um manual. Manual também pode ser o conjunto de normas que indicam as atividades a serem cumpridas pelos colaboradores que mantém relações de trabalho com uma empresa, e a forma pela qual elas deverão ser realizadas.

Nas empresas de hoje, as informações adquiridas e transmitidas são preservadas através de documentos previamente estudados e perfeitamente identificados com os fins para os quais se destinam. Esses documentos são, genericamente, denominados "Manuais", que poderíamos descrever como um conjunto de procedimentos, funções, objetivos e instruções que devem ser seguidos pelos usuários, bem como a forma como serão executados.

Os Manuais são extremamente necessários por divulgar instruções e informações sobre políticas e práticas, são ferramentas disponíveis para minimizar as dúvidas dos usuários sobre informações, operações e até manutenção de seu produto, bem como, maximizar seu bem-estar e a utilização do produto.

2.3 A Produção do Manual do Usuár io para Televisores

Se focalizarmos na área de eletro-eletrônicos, e definirmos o televisor como alvo deste estudo, nos depararemos com a situação lógica inicial de que todo televisor vendido possui um manual do usuário e um guia de instruções rápidas. Baseado em dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus, no último ano foram produzidos 13.006.871 televisores no Pólo Industrial de Manaus (PIM), logo, foram impressos a mesma quantidade de manuais.

Baseado em um modelo de manual do usuário de uma empresa do PIM, o manual do usuário para televisores possui em média 40g de papel o que equivale a 0,05% de uma árvore, levando-nos ao contexto de que para cada árvore derrubada possibilita-se a produção de 17 manuais, portanto, segundo o número de manuais produzidos no ultimo ano, constatamos que foram derrubadas 765.110 árvores em um ano, exclusivamente para a produção de manuais do usuário, provocando com isso um imenso impacto ambiental equivalente a mais de uma reserva ecológica, não só de desmatamento, mas também de poluição visto que a maioria dos manuais acaba na lata de lixo.

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Conforme a FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÙDE (1999), qualquer que seja nossa intenção quando se trata de meio ambiente, sempre haverá necessidade de considerar o gerenciamento de resíduos humanos, de forma continua, pois uma quantidade elevada de lixo é diariamente descartada no solo e a absorção destes resíduos pelo meio ocorre de forma lenta. Conforme descrito abaixo.

MATÉRIA-PRIMA

PRODUÇÃO PRODUTO FINAL

000020 árvores 000001000 Kg de papel 25.000 Manuais 765.110 árvores 520.274,84 Kg de papel 13.006.870 Manuais Fonte: Adaptado de “Equipe da Recicloteca”

Com isso, nos deparamos em uma proporção numérica aproximada, onde uma inovação na área de eletrônicos poderá ser capaz de realizar um grande impacto benéfico ambiental para a sociedade e ainda um crescimento econômico extremamente importante devido à diminuição dos custos de produção.

2.4 Planejamento do Projeto de Interação:

No intuito de cooperar com a questão de responsabilidade ambiental das empresas, diminuir o índice de desmatamento no Brasil, principalmente no Amazonas, bem como diminuir o custo dos televisores e podendo ainda acarretar num aumento da venda, lança-se a idéia de interação, através da criação de um menu interno no televisor, com todos os dados do manual do usuário, levando assim a necessidade de somente o guia-rápido acompanhar este eletrônico e evitando o desmatamento de aproximadamente 765.110 árvores /ano para este fim.

Esta interação proposta faz jus ao futuro tecnológico e digital que está evoluindo dia após dia, de forma muito rápida e surpreendente. Negroponte (1995) definiu bem esta iniciativa ao escrever que: “ O futuro provável de todo e qualquer aparelho é transformar-se num PC reduzido ou incrementado. Uma das razões para que se caminhe nesta direção é tornar os aparelhos mais amigáveis, mais fáceis de usar e auto-explicativos.”

Negroponte (1995) demonstrou através de sua capacidade de visualização digital, que a idéia do manual de instruções é algo obsoleto. O fato de os fabricantes de televisores os despacharem juntamente com o produto não passa de uma perversidade para com a natureza. Nada pode instruir melhor o usuário sobre como utilizar o produto do que o próprio televisor. Possibilitando uma interatividade entre o manual, o usuário e o próprio televisor, que até então raramente existia de forma parcial. Visto que normalmente os destinos para os manuais eram as gavetas dos armários.

Figura 1: Diagrama de interação

Transformar essa capacidade num conhecimento do equipamento com suas próprias operações através de um aprimoramento de suas funções representa um pequeno passo para

TELEVISOR USUÁRIO

MANUAL

Interação

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uma interação entre desenvolvimento da consciência ambiental e gestão de produção voltada para os televisores, e um enorme passo para longe do manual impresso que as pessoas nunca sabem onde está e raramente o entendem.

Os aparelhos televisores de amanhã não virão com quaisquer instruções impressas. O próprio “ termo de garantia” deverá ser enviado eletronicamente para o fabricante pelo próprio aparelho, tão logo ele sinta que foi instalado de forma satisfatória, como já ocorre com outros equipamentos hoje em dia. E sem duvida os pioneiros na área de televisores com esta idéia serão o diferencial no que diz respeito à competitividade do mercado.

2.5. Proposta de Interação:

Para visualizar de forma mais clara esta inovação tecnológica, faz-se uso do diagrama de seqüência que segundo Furlan (1998) é capaz de mostrar a interação entre os objetos ao longo do tempo. “ Apresentando os objetos que participam da interação e a seqüência de mensagens trocadas” , é a forma como os objetos interagem entre si para formar o comportamento do sistema, conforme segue:

Figura 2: Diagrama de seqüência configurar software

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Outra imagem que favorece a percepção desta proposta de menu interno para o televisor é a imagem visual do próprio sistema. Como exemplo pode-se utilizar um sub-menu comum a todo televisor e também um dos mais conhecidos, o TIMER. Veja o exemplo na imagem a seguir:

3. Considerações Finais

Na verdade, vários aspectos da integração da área ambiental com as demais áreas funcionais dependem da atuação, da experiência e da reputação de seu responsável, que deve ter uma atuação pró-ativa dentro da organização.

A cada dia que passa, a sociedade preocupa-se cada vez mais com a degradação do meio ambiente, fato este que obriga as empresas atentarem cada vez mais em relação à preservação da natureza.

A questão ambiental, passa a fazer parte de um quadro de ameaças e oportunidades cujas conseqüências podem significar posições privilegiadas perante a concorrência, como também comprometer a empresa fazendo ela chegar até a sair do mercado.

Frente a esta realidade, sugerimos a criação de uma interação entre a questão ambiental e o formato do manual de usuário voltado para o equipamento de televisão, transformando-o em parte dos comandos internos do televisor e desnecessário a impressão, evitando assim o desmatamento, que afeta não só na trajetória de uma empresa como na vida da sociedade.

O grande diferencial na competitividade de mercado está em visualizar as necessidades de seus clientes e com esta proposta busca-se facilitar a prática de utilização do manual do usuário do televisor, tornando-o interativo, enfim, uma estratégia empresarial de competitividade, benéfica às empresas, aos consumidores e ao meio ambiente.

Referências Bibliográficas

DONAIRE, DENIS. Gestão Ambiental na Empresa. São Paulo: 1999, Atlas.

FURLAN, MARCO ANTONIO. Algoritmos e Lógica de Programação. São Paulo: 1998, Thomson Learning.

GOMIDE, JOSÉ LÍVIO; FANTUZZI NETO, HUMBERTO; LEITE, HÉLIO GARCIA. Estratégia de análise da qualidade de madeira para produção de celulose. Viçosa: 2004, Rev. Árvore.

MARTINS, PETRONIO G; LAUGENI, FERNANDO PIERO. Administração da Produção. São Paulo: 2005, Saraiva, 2ª ed.

MAY, PH. Perdas Ambientais devido ao desmatamento no Brasil. Rio de Janeiro: 1993, IPEA/DIPES.

Figura 3: Visualização do sub-menu Figura 4: Visualização do menu secundário

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MOTA, SEROA DA. Mecanismos de mercado na política ambiental brasileira. Perspectivas da Economia Brasileira. Rio de Janeiro: 1992, IPEA.

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Site: http://www.recicloteca.org.br, Acessado em 15/04/2007.

Almanaque Abril. São Paulo: edição 1999 e 2000.