george bush: the unauthorized biography

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Deste livro eu traduzi apenas os capítulos I até IV. O livro completo pode ser adquirido clicando aqui ou pode ser lido e/ou baixado da internet clicando aqui. Peço desculpas aos caros leitores pela quantidade enorme de erros gramaticais, de digitação, etc, não revisados por falta de tempo.

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Gostaríamos de dar boas vindas a todos aqueles que estão visitando nossas páginas depois de lerem as séries de Gary Webb no jornal San Jose Mercury (San Jose Mercury News). Gary Webb tem realizado um importante serviço público por reabrir o caso Irã-Contra, o qual Bush (pai) fez tudo para encobrir. A biografia de Bush publicada por Anton Chaitkin e eu em 1992, documenta como, sob as Diretivas de Decisão de Segurança Nacional 2 e 3 (National Security Decision Directives 2 and 3 --- NSDD 2 and 3) George Bush foi responsável pelo Staff de Crises da Casa Branca (White House Crisis Staff) da administração Reagan e conseqüentemente por todas as operações encobertass dos anos 80, incluindo entrega de cocaína, crack, maconha e heroína para as cidades americanas. Gary Webb é um repórter investigativo honesto o qual conduziu sua investigação de baixo para cima, iniciando pelas ruas de Los Angeles e prosseguindo para cima em direção a Washington. Nosso método, ao contrário, foi iniciar pela Casa Branca e prosseguir para baixo. O trabalho de Gary Webb, e o nosso próprio, interligam-se em numerosos pontos chaves, tais como as figuras líderes Contra, Adolfo Calero e Enrique Bermudez. O tráfico de drogas Irã-Contra foi rrealizado com a ajuda de uma coordenação inter-agências (ou Ponto Focal) localizada no Departamento de Defesa, e que utilizou os serviços do Pentágono, Departamento de Estado, Conselho de Segurança Nacional (National Security Council − NSC), Agência Central de Inteligência (CIA) e outros órgãos do governo. No topo da cadeia de comando estava o Vice-presidente e chefe do Staff de Crises (Crisis Staff) George Bush, assistido por Donald Gregg, Oliver North e Felix Rodriguez. O chefe político da operação inteira foi George Bush, e é Bush que deve hoje ser o alvo de mobilização política de massa − especialmente porque Bush é hoje a maior força no Partido Republicano e o líder dos esforços do suporte britânico no impeachment/coup d`etat (Golpe de Estado) contra a administração Clinton e a Constituição americana. Seria loucura deixar Bush de fora pela focalização de pessoas desconhecidas e nomes de burocratas da CIA desconhecidos, os quais Bush ficaria satisfeito em sacrificar para salvar a si próprio. Para aqueles que desejam conhecer mais à cerca de George Bush, o chefe do crack e da cocaína, eu sugiro o seguinte (refere-se ao livro abaixo): • Iniciar pelo Capítulo 18 para o papel de Bush como chefe do Irã-Contra. • Depois prosseguir para o Capítulo 20, para a verdade chocante sobre a tão falada

“Guerra às Drogas” de Bush, incluindo como Bush tornou-se tão amigo de Don Aronow do sindicato de narcóticos e crime organizado de Meyer Lansky.

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• Para entender as razões pelas quais Bush foi, e é tão devotado fanático pelo genocídio contra afro-americanos e americanos pobres, vá ao Capítulo 10 “Rubbers Goes to Congress”, o qual detalha como Bush trouxe o racista teórico neo-nazista William Shockly para contatar e convencer membros do Congresso sobre a necessidade de fazer controles populacionais e eugênicos, a pedra angular da política governamental dos Estados Unidos.

• Veja o Capítulo 11 sobre o suporte de Bush ao genocídio em Bangladesh e Vietnã quando ele foi o embaixador de Henry Kissinger para as Nações Unidas. Veja o Capítulo 14 sobre o papel de Bush na instalação de Pol Pot no Cambodja, um dos grandes genocidas da história moderna. Veja Capítulo 24 sobre a genocida Guerra do Golfo, que matou mais de 1 milhão dentre iraquianos e outros árabes.

• Finalmente, para entender o genocídio como a mais profunda tradição da família Bush, veja o Capítulo 2 sobre a história de como Prescott Bush, pai do depois Presidente (Bush pai), ajudou a financiar a tomada de poder na Alemanha por Adolf Hitler.

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Introdução--- Calígula da América 1 − A Casa de Bush: Nascido num Banco 2 − O Projeto Hitler 3 − Higiene Racial: Três Alianças Familiares de Bush 4 − O Centro do Poder Está em Washington 5 − Poppy e Mommy (Refere-se ao apelido “Poppy” de George H. W. Bush) 6 − Bush na Segunda Guerra Mundial 7 − Skull and Bones: O Pesadelo Racista em Yale 8 − A Gangue do Vale Jurássico (refere-se ao Eastern Liberal Establishment) 9 − Bush Contesta Yarborough para o Senado

10 − “Rubbers” Vai Para o Congresso (O Congressista Democrata Wilbur D. Mils, de Arkansas, apelidou George H. W. Bush de “Rubbers” por causa de sua obssessão pelo controle de natalidade. Rubber significa preservativo em português)

11 − Embaixador das Nações Unidas, Clone de Kissinger 12 − Chairman George no Watergate 13 − Bush Tenta a vice-presidência, 1974 14 − Bush em Pequim 15 − Diretor da CIA 16 − Campanha 1980 17 − A Tentativa de Golpe de Estado em 30 de Março de 1981 18 − Iran-Contra 19 − Quadrilha Operada Por Controle Manual

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20 − A Fraudulenta Guerra Contra Drogas

21 − Omaha (refere-se ao escândalo de prostituição homosexual na Cassa Branca, originado pelo colapso do Credit Union em Omaha)

22 − Bush Assume a Presidência 23 − O Final da História 24 − A Nova Ordem Mundial 25 − Tempestade na Tiróide (refere-se ao hiper-tiroidismo de George H. W. Bush)

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George Bush: A Biografia não Autorizada − por Webster Griffin Tarpley & Anton Chaitkin Capítulo −I − A Casa de Bush: Nascido num Banco Quem é Geroge Bush? Como ele se tornou o 41º. Presidente norte-americano? George Bush se diz um homem do “velho establishment”, que escolheu perseguir sua fortuna como um independente homem de petróleo... De fato, Bush nunca foi independente. Cada passo de sua carreira em direção ao sucesso, deve-se a associações com poderosas famílias. A família Bush, juntou-se ao establishment da costa leste recentemente, e tão somente como serviçal. Sua riqueza e influência, resultaram de sua lealdade a outra, mais poderosa família, e sua vontade de fazer “qualquer coisa” para subir na vida. Pelo que fizeram, os ancestrais de Bush poderiam tornar-se muito famosos, ou infames. Mas seus atos − incluindo o papel de seu pai como banqueiro de Adolf Hitler − tiveram efeitos trágicos para todo o planeta. Foram esses serviços, prestadoos às suas famílias benfeitoras, que impeliram George Bush ao topo. Prescott vai à Guerra O Presidente George Herbert Walker Bush nasceu em 1924, filho de Prescott Sheldon Bush e Dorothy Walker Bush. Começaremos a estória de George Bush cerca de uma década antes de seu nascimento, no início da Primeira Guerra Mundial. Seguiremos a carreira de seu pai, Prescott Bush, através de seu casamento com Dorothy Walker, no caminho da fortuna, elegância e poder. Prescott Bush ingressou na Universidade de Yale em 1913. Nascido em Columbus, Ohio, Prescott passou seus últimos cinco anos antes da universidade, na escola preparatória episcopal St. George em New Port, Rhode Island. O primeiro ano de Prescott Bush na Universidade de Yale, 1913, foi também o primeiro ano de Yale para E. Roland Harriman (“Bunny”), cujo irmão mais velho, Averell Harriman tinha acabado de se graduar também em Yale. Este era o Averell Harriam que atingiu fama como embaixador dos Estados Unidos na União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, como Governador do Estado de Nova York e como conselheiro presidencial responsável por iniciar a Guerra do Vietnã.

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Os Harriman tornar-se-iam os patrocinadores dos Bush, guiando-os ao nível da história mundial. Na primavera de 1916, Prescott Bush e “Bunny” Harriman foram escolhidos como membros de uma sociedade secreta de elite de Yale chamada, Skull and Bones (Crânio e Ossos, símbolo utilizado pelos piratas do mar, em sua bandeira negra com um crânio e dois ossos estampados em branco − N. T.). Este estranho e mórbido grupo, celebrador da morte, ajudou os financistas de Wall Street em sua busca de jovens de “bom berço”, e também a formar um tipo de imitação da aristocracia britânica na América. A Primeira Guerra Mundial estava correndo na Europa. Com perspectivas de que os Estados Unidos poderiam em breve juntar-se à ela, dois “patriarcas” da Skull and Bones, Averell Harriman (turma de 1913) e Percy A. Rockefeller (turma de 1900), prestaram atenção especial à turma de 1917 de Prescott. Eles queriam recém formados confiáveis para ajudá-los a jogar o Grande Jogo, na nova era imperial lucrativa que a guerra estava abrindo para Londres e Nova York. Prescott Bush, por ser amigo íntimo de “Bunny” Harriman, e muitos outros homens da sua turma de 1917, pôde mais tarde formar o núcleo de parceiros na Brown Brothers Harriman, o maior banco de investimentos privado mundial. A Primeira Guerra Mundial rendeu uma imensa quantidade de dinheiro para o clã de especuladores em ações e bancos britânicos, que já haviam se apoderado da indústria americana. O pai de Averell, corretor de ações, Edward Henry Harriman, tinha assumido o controle da Union Pacific Railroad (Ferrovia Union Pacific) em 1898, com crédito arranjado por William Rockefeller, pai de Percy, e por Kuhn Loeb & Co., dos banqueiros privados afiliados britânicos Otto Kahn, Jacob Schiff e Felix Warburg. William Rockefeller, tesoureiro da Standard Oil e irmão do fundador da Standard Oil, John D. Rockefeller, adquiriu o National City Bank (futuro Citibank) juntamente com James Stillman, baseado no Texas. Como reciprocidade pela ajuda, E. H. Harriman depositava no City Bank a vasta receita de suas linhas ferroviárias. Quando da emissão de dezenas de milhões de dólares em ações fraudulentas da ferrovia, Harriman vendeu a maioria das ações através da Kuhn Loeb Company. A Primeira Guerra Mundial elevou Prescott Bush e seu pai, Samuel P. Bush, ao nível mais baixo e inicial do establishment da costa leste. Quando a guerra despontou em 1914, o National City Bank começou a reorganizar a indústria bélica dos Estados Unidos. Percy A. Rockefeller assumiu controle direto da Remington Arms Company, nomeando Samuel F. Pryor como seu novo chefe executivo (CEO − Chief Executive Office − N. T.) da Remington.

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Os Estados Unidos entraram na primeira Guerra Mundial em 1917. Na primavera de 1918, o pai de Prescott, Samuel P. Bush, tornou-se chefe da Seção de Armamentos e Munições da Junta de Indústrias de Guerra. O velho Bush assumiu a responsabilidade nacional pela assistência e relações governamentais com a Remington e outras companhias bélicas. Esta foi uma responsabilidadee incomum, visto que o pai de Prescott, parecia não ter experiência alguma em armamentos. Samuel Bush tinha sido presidente da Buckeye Castings Co. em Columbus, Ohio, fabricante de peças para vagões ferroviários. Sua carreira inteira tinha sido dedicada a negócios de estrada de ferro --- suprindo equipamentos para sistemas ferroviários de Wall Street. A Junta de Indústrias de Guerra era dirigida por Bernard Baruch, um especulador de Wall Street com estreitas ligações pessoais e de negócios com o velho E. H. Harriman. A firma de corretagem de Baruch manipulava especulações de todos os tipos de Harriman. Em 1918, Samuel Bush tornou-se diretor da Divisão de Negócios da Junta de Indústriass de Gerra. O pai de Prescott reportava-se ao chairman da Junta, Bernard Baruch, e ao asssistente de Baruch, o banqueiro privado de Wall Street, Clarence Dillon. Robert S. Lovett, presidente da Union Pacific Railroad, conselheiro chefe de E. H. Harriman, e executor de suas ordens, estava encarregado da produção e das prioridades de compra nacionais para a Junta de Baruch. Com a mobilização de guerra, conduzida sob a supervisão da Junta de Indústrias de Guerra, consumidores e contribuintes americanos, testemunharam fortunas sem precedentes em produções de guerra e de certos proprietários de matérias primas e patentes. Audiências realizadas em 1934, pelo comitê do Senador dos Estados Unidos, Gerald Nye, atacou os “mercadores da morte” − os beneficiários de guerra como a Remington Arms e a British Vickers Comany − cujos representantes manipulavam muitas nações para a guerra, e depois supriam os dois lados com armamentos para que lutassem entre si. Percy Rockefeller e Samuel Pryor, da Remington Arms, supriram armamentos automáticos e pistolas automáticas Colt; milhões de rifles para a Rússia Czarista; mais da metade da munição para pequenas armas usadas pelos aliados anglo-americanos na Primeira Guerra Mundial; 69% dos rifles usados pelos Estados Unidos naquele conflito. O relacionamento de Samuel Bush durante a guerra com estes homens de negócios, continuaria depois da guerra, e ajudaria especialmente a carreira de seu filho Prescott para os Harriman.

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A maioria dos relatórios e correspondências de Samuel Bush, relativas a seção de armas do governo foram queimados, “para salvar espaço” nos arquivos nacionais. Este problema de destruição ou arquivamento incorreto de documentos, deveria ser do conhecimento dos cidadãos de uma república constitucional. Infelizmente, ao contrário, são constantes as dificuldades com respeito à busca de informações sobre George Bush: ele é certamente o mais “encoberto” chefe executivo americano. Logo, a produção de armas em tempo de guerra, é por necessidade realizada com grande segurança e precaução. O público não necessita de detalhes da vida privada dos executivos do Governo e das indústrias envolvidas, e um grande inter-relacionamento entre Governo e pessoal do setor privado é normal e usual. Mas durante o período precedente à Primeira Guerra Mundial, e nos anos da guerra 1914-1917, quando os Estados Unidos ainda estavam neutros, financistas de Wall Street subservientes à estratégia britânica, fizeram lobby pesado, mudando as funções políticas domésticas e governamentais dos Estados Unidos. Guiados por interesses de J. P. Morgan (John Pierpont Morgan − N. T.), o maior agente de compras britânico na América, estes financistas queriam uma guerra mundial, e queriam também nela os Estados Unidos como aliado britânico. As companhias britânicas e americanas de armamentos, pertencentes a estes financistas internacionais, espalharam armamentos livremente pelo mundo àfora, em negócios não sujeitos ao escrutínio dos eleitores. Estes mesmos senhres, como poderemos ver, futuramente supririam armamentoss e dinheiro para os nazistas de Hitler. Como este problema persiste ainda hoje, é de algum modo devido ao “controle” sobre a documentação e a história dos traficantes de armas. A Primeira Guerra Mundial foi um desastre para a humanidade civilizada. Ela teve terríveis e sem precedentes conseqüências, e efeitos de desordem na filosofia moral de europeus e americanos. Mas por um certo período, a guerra tratou bem de Prescott Bush. Em junho de 1918, assim que seu pai assumiu a responsabilidade pelas relações entre governo e produtores privados de armas, Prescott foi para a Europa com o Exército americano. Sua unidade nunca chegou perto do fogo até setembro. Mas em 8 de agosto de 1918, a seguinte notícia apareceu na primeira página do jornal da cidadee em que Bush morava: “Alta condecoração militar conferida ao capitão Bush”. “Por notável bravura, conduzindo comamdos aliados expostos ao fogo, homem desta cidade é condecorado com cruzes pela França, Inglaterra e Estados Unidos”.

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Honra internacional talvez sem precedente na vida de um soldado americano, tinha sido conferida ao capitão Prescott Sheldon Bush, filho do Sr. e Sra. Samuel P. Bush de Columbus, Ohio. Ao jovem Bush... foi conferida: Cruz de Honra da Legião, ... Cruz Vitória, ... Cruz por serviço Notável... O fato de conferir três condecorações para um só homem, em uma única vez, implica reconhecimento de um fato de raro valor, e provavelmente também de grande importância militar. Pela forma como Columbus tornou-se conhecida durante aqueles poucos dias, parece que o sucesso do capitão Bush bem mede estes requisitos. O incidente ocorreu no front oeste, quando os alemães estavam deslanchando sua grande ofensiva de 15 de julho ... A história daquela memorável vitória alcançada pelos aliados poderia ser escrita sob outro ângulo, menos pela ação rápida e heróica do capitão Bush. Os ... três líderes aliados, General Ferdinand Foch, Sir Douglas Haig e o General John J. Pershing... estavam fazendo uma inspeção nas posições americanas. O General Pershing incumbiu o Capitão Bush de guiá-los à um determinado setor... repentinamente o Capitão Bush percebeu uma granada vindo dietamente para eles. Ele emitiu um alarme, puxou de sua faca repentinammente, levantou-a como para rebater uma bola, e evitou a calamidade, fazendo com que a granada desviasse para a direita... Dentro de 24 horas o jovem Bush foi notificado... de que os trrês comandantes aliados tinham-no recomendado praticamente a mais alta condecoração de honrra ... Capitão Bush tem 23 anos de idade, graduado em Yale na turma de 1917. Ele foi um dos melhores e mais conhecidos atletas de Yale... foi líder do clube de elite... e foi eleito para a famosa sociedade Skull and Bones... No dia seguinte, esta glória admirável apareceu. Havia um grande cartoon na página do editorial. Ele descrevia Prescott Bush como um pequeno rapaz, lendo um livro de estória sobre heroísmo militar, e dizendo: “OH! Eu me surpreenderia se alguma coisa como esta pudesse realmente acontecer com um rapaz!” A legenda abaixo deste cartoon, foi a admirável estória de rebater a granada, agora escrita em estilo de livro de estória. A excitação local com respeito a admimirável estória militar, durou cerca de quatro semanas. Então a seguinte notícia sombria apareceu na primeira página: Editor do jornal estadual:

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Uma mensagemm recebida de meu filho, Prescott Bush, nos traz ao conhecimento que ele não foi condecorado, como publicado nos jornais o mês passado. Ele se sente apreensivo pelo fato da carta, escrita com espírito de brincadeira, pudesse ser mal interpretada. Ele diz que não é herói e me pede para dar explicações. Eu apreciaria sua gentileza de publicar esta carta... Flora Sheldon Bush Columbus, 5 de setembro Prescott Bush afirmou depois que passou “cerca de 10 ou 11 semanas” na área de combate na França. “Nós estávamos sob fogo lá... foi um tanto excitante, e certamente uma ótima experiência”. Prescott Bush foi desengajado em meados de 1919, e retornou por breve tempo à Columbus, Ohio. Mas sua humilhação em sua cidade foi tão intensa que ele não mais pôde viver lá. A estória de “herói de guerra” não foi conseqüentemente mencionada em sua presença. Décadas depois, quando ele era um importante e rico Senador dos Estados Unidos, a estória foi ventilada e tomada com perplexidade entre os Congressistas. Tentando se salvar desta desagradável situação, o Capitão Bush participou da reunião de 1919 de sua turma de Yale em New Haven, Connecticut. O patriarca da Skull and Bones, Wallace Simmons, estreitamente ligado aos fabricantes de armas, ofereceu à Prescott Bush um trabalho em sua companhia de equipamentos ferroviários em St. Louis. Bush aceitou a oferta e mudou-se para St. Louis − mudando também seu destino. Um Casamento Aristocrático Prescott Bush foi para St. Louis para reparar sua vida problemática.Certa vez naquele mesmo ano, Averell Harriman fez uma viagem para lá, num projeto que teria grandes conseqüências para Prescott. Harrimam de 28 anos, até então um playboy, queria investir sua herança de dinheiro e contatos na arena de relações exteriores. O Presidente Theodore Roosevelt, tinha denunciado o pai de Harriman por “cinismo e alta corrupção” e o classificou de “cidadão indesejável”. Para que o silencioso e esperto Averell tomesse seu lugar entre os construtores e destruidores de nações, ele precisava possuir sua própria organização financeira e de aquisição de inteligência. O homem que Harriman viu para a criação de tal instituição foi Bert Walker, um corretor de ações do Missouri e dirigente-negociante corporativo. George Herbert Walker (“Bert”), do qual o Presidente George Herbert Walker Bush teve seu nome, não quis aceitar imediatamente a proposta de Harriman. Poderia

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Walker deixar seu pequeno império de St. Louis, para tentar sua influência em Nova York e Europa? Bert era filho de um atacadista de produtos têxteis, o qual tinha prosperado com importações da Inglaterra. A conexão britânica tinha rendido para Walker, residências de férias em Santa Bárbara, Califórnia e em Maine − o local (point) preferido de Walker, em Kennebunkport. Bert Walker tinha sido enviado à Inglaterra para cursar a escola preparatória e a educação universitária. Em 1919, Bert Walker tinha fortes ligações com o Guaranty Trust Company de Nova York e com a casa bancária anglo-americana J. P. Morgan and Co. Estas ligações com Wall Street representavam todos os importantes proprietários de ferrovias americanas: os parceiros de Morgan e seus associados ou primos de inter-casamentos entre as famílias Rockefeller, Whitney, Harriman e Vanderbilt. Bert Walker ficou conhecido como premier de negócios do meio-oeste, presenteando muitas indústrias de ferrovias, utilidades e outros do meio-oeste dos quais eles e seus amigos de St. Louis eram executivos ou membros de junta, com investimentos de capital de seus contatos com banqueiros internacionais. As operações de Walker eram sempre sigilosas, ou misteriosas, tanto em relações locais como globais. Ele tinha sido por muito tempo “o poder por detrás do trono” no Partido Democrático de St. Louis, juntamente com seu íntimo amigo Governador do Missouri, David R. Francis. Walker e Francis, juntos, tinham suficiente influência para selecionar os candidatos do Partido. Voltando em 1904, Bert Walker, David Francis, o presidente da Washington University, Robert Brookings, e seus círculos de banqueiros/corretores, organizaram uma exposição mundial em St. Louis, a Exposição de Compras de Louisiana. No estilo das velhas famílias da Confederação Sulista, como muitos destes patrocinadores, a exposição apresentou um “Zoológico Humano”: Nativos vivos procedentes de regiões selvagens foram exibidos em jaulas especiais, sob a supervisão do antropologista William J. McGee. Destarte, Averell Harriman foi o patrono natural de Bert Walker. Bert compartilhava com Averell a paixão por criação de cavalos e corridas de cavalos, e facilmente introduziu na família de Harriman tal filosofia social correlata. Eles acreditavam que os cavalos e os locais de treinamento que eles possuíam, mostravam o caminho em direção a uma rápida melhoria do estoque humano − somente selecionar e cruzar ao melhores, e rejeitar ou eliminar os animais inferiores. A Primeira Guerra Mundial tinha trrazido a pequena oligarquia de St. Louis em direção à uma administração do tipo confederada-escrava praticada pelo Presidente Woodrow Wilson e seus conselheiros, Coronel Edward Mandel House e Bernard Baruch.

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O amigo de Walker, Robert Brookings, foi para a Junta de Indústrias de Guerra de Bernard Baruch como Diretor Nacional de Fixação de Preços. David R. Francis, tornou-se embaixador dos Estados Unidos para a Rússia em 1916. Quando a Revolução Bolchevista estourou, encontramos Bert Walker ocupado, indicando pessoas para o staff de Francis, em Petrogrado. As atividades anteriores de Walker, com relação ao Estado Soviético são de interesse significativo para historiadores, dado o papel ativista desempenhado por ele naquele país, juntamente com Harriman. Mas a vida de Walker é encoberta, assim como a do resto do clã Bush, e documentos públicos sobreviventes, são extremamente escassos. A Conferência de Paz de Versalhes de 1919, trouxe juntamente consigo, estratégias imperiais britânicas e seus amigos americanos, para fazer acordos globais no pós-guerra. Para o interesse de suas próprias aventuras internacionais, Harrimam precisava do oportuno manipulador de intrigas Bert Walker, o qual representava muitos dos interesses britânicos que ditam as políticas e as finanças americanas. Depois de duas persuasivas viagens de Harriman, Walker concordou em mudar-se para Nova York. Mas manteve a residência de férias de seu pai em Kennebunkport, Maine. Bert Walker, formalmente organizou o banco privado W. A. Harriman & Co. em novembro de 1919. Walker tornou-se o presidente e CEO (Chief Executive Office) do banco. Averell Harriman era o chairman, e controlava juntamente com seu irmão Roland (“Bunny”) o co-proprietário Prescott Bush, amigo íntimo de Yale; Percy Rockefeller era o diretor e patrocinador financeiro. No outono de 1919, Prescott Bush conheceu Dorothy, filha de Bert Walker. Tornaram-se noivos no ano seguinte e casaram-se em agosto de 1921. Entre a elite convidada ao elegantte casamento, estavam presentes Ellery S. James, Knight Wooley e outros quatro amigos da sociedade Skull and Bones da turma de Yale de 1917. A agora extendida família Bush-Walker passou então a freqüentar todos os anos a “residência de férias de Walker” em Kennebunkport, desde o casamento dos pais do Presidente Bush, até os dias de hoje. Quando Prescott casou-se com Dorothy, ele era somente um pequeno executivo da Simmons Co., fornecedora de equipamentos ferroviários, enquanto o pai de sua esposa construía um dos mais gigantescos negócios do mundo. No ano seguinte, o casal mudou-se para Columbus, Ohio; lá, Prescott trabalhou por pouco tempo numa companhia de produtos de borracha, adquirida por seu pai. Mas, logo mudaram-se novamente para Milton, Massachussets, depois que forasteiros compraram o pequeno negócio da família, e o transferiram para perto de Milton, Mass.

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Desde então, Prescott estava indo bem, quando seu filho George Herbert Walker Bush − o futuro Presidente dos Estados Unidos − nasceu em Milton, Mass, em 12 de junho de 1924. Talvez tenha sido um presente de aniversário para George, quando “Bunny” Harriman entrou em cena resgatando seu pai Prescott do esquecimento, e trazendo-o para a US Rubber Co. em Nova York, controlada por Harriman. Em 1925, a jovem família mudou-se para a cidade na qual George cresceria: Greenwich, Connecticut, subúrbio de ambas as cidades de Nova York e New Haven / Yale. Em 1º. de maio de 1926, Prescott Bush juntou-se à W. A. Harriman & Co. como vice presidente, sob comando do presidente do banco, Bert Walker, seu sogro e avô materno de George − o chefe da família. O Grande Jogo Prescott Bush demonstraria extrema lealdade para com a firma a qual se ligou em 1926. E o banco, com seu tamanho e potência igual a muitas nações comuns, pôde ampliar e recompensar seus agentes. O avô de George Bush, Walker, ampliou a empresa silenciosa e secretamente, usando todas as conexões internacionais à sua disposição. Vamos olhar brevemente o passado, quando do início da firma de Harriman − a empresa da família Bush − e seguir seu curso em direção a um dos mais negros projetos da história. A primeira alavanca global da firma, foi seu sucesso em introduzir-se na Alemanha, dominando os transportes marítimos daquele país. Averell Harriman anunciou em 1920, que iria restaurar a empresa de navegação alemã Hamburg-Amerika Line, depois de muitos meses de acordos. A empresa de navegação comercial Hamburg-America Line (HAPAG) tinha sido confiscada pelos Estados Unidos no final da Primeira Guerra Mundial. Os navios tornaram-se depois propriedade da empresa de Harriman, devido a alguns acordos com as autoridades americanas, os quais nunca tornaram-se públicos. O negócio era tomar fôlego; assim poderia ser criada a maior empresa marítima privada do mundo. A Hamburg-Amerika Line (HAPAG) reconquistou seus navios confiscados, por um preço pesado. A empresa de Harriman recebeu o “direito de participar em 50% de todos os negócios originados em Hamburgo”; e pelos próximos 20 anos (1920-1940), a empresa de Harriman teria “completo controle sobre todas as atividades da Hamburg-Amerika Line nos Estados Unidos. Harriman tornou-se co-propeirtário da Hamburg-Amerika Line. A firma de Harriman-Walker ganhou preponderância em seu gerenciamento, com o conveniente suporte da ocupação da Alemanha pelas forças britânicas e americanas depois da Primeira Guerra Mundial.

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Logo após o pronunciamento público de Harriman, o jornal de St. Louis celebrou o papel de Bert Walker na arrecadação de fundos para consumar o negócio: “Ex-St. Louis formou gigantesca aliança marítima”. “G. H. Walker está movendo forças por trás da união Harriman-Morton Shipping...” A estória celebrou a “fusão de duas grandes casas em Nova York, que colocará praticamente capital ilimitado à disposição da nova empresa de navegação americano-alemã...” Bert Walker tinha arranjado um “casamento” entre o crédito de J. P. Morgan e a rica herança da família Harriman. A W. A. Harriman & Co., que Walker era presidente e fundador, estava se unindo com o banco privado Morton & Co. − “E Walker era proeminente nas relações da Morton & Co.”, a qual era interligada com o Guaranty Trust Co. controlado por Morgan. O assalto à Hamburg-Amerika Line criou um instrumento efetivo para a manipulação e fatal subversão da Alemanha (Grifos meus − N. T.). Um dos maiores “mercadores da morte”, Samuel Pryor, estava nisto desde o início. Pryor, então chefe do comitê executivo da Remington Arms, ajudou a arranjar o acordo, e serviu com Walker na organização de frente da junta da empresa de navegação de Harriman, a American Ship and Commerce Co. Walker e Harriman deram o próximo passo gigantesco em 1922, estabelecendo seu escritório central europeu em Berlim. Com a ajuda do banco de Warburg baseado em Hamburgo, a W. A. Harriman & Co. começou a espalhar investimentos líquidos tanto na indústria quanto em matérias primas na Alemanha. Da base de Berlim, Walker e Harriman passaram então a forçar negócios e acordos com o novo ditador da União Soviética. Eles lideraram um seleto grupo de especuladores de Wall Street e do Império Britânico, os quais, reiniciaram a indústria de petróleo da Rússia, que tinha sido devastada pela Revolução Bolchevista. Fizeram contratos para a mineração de manganês soviético, um elemento essencial para a moderna indústria de aço. Estas conseções foram arranjadas diretamente com Leon Trotsky (Lev Davidocich Brounstein − N. T.), e depois com Feliks Dzerzhinsky, fundador do serviço secreto de Inteligência (KGB) do ditador soviético, cujo alto status foi finalmente derrubado por demonstrações pró-democráticas em 1991.

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Estas especulações criaram tanto canais de comunicação, como o estilo de acomodação com o ditador comunista, que tem continuado na família, até o Presidente Bush. Com o banco deslanchado, Bert Walker achou Nova York o lugar ideal para satisfazer sua paixão por esportes, jogos e apostas. Walker foi eleito presidente da Associação de Golf dos Estados Unidos (US Golf Association) em 1920. Ele negociou novas regras internacionais para o jogo com a Royal Ancient Golf Club de St. Andrews, Escócia. Após estas conversações, ele contribuiu para a Silver Walker Cup, na qual times americanos e britânicos até então, vêm competindo a cada dois anos. O genro de Bert, Prescott Bush, foi depois secretário do US Golf Association, durante a grave crise política e econômica dos anos 30. Prescott tornou-se presidente do US Golf Asssociation em 1935, quando então se envolveu-se junto com a firma da família com a Alemanha nazista. Quando George tinha um ano de idade, em 1925, Bert Walker e Averell Harriman dirigiram um sindicato o qual reconstruiu o Madison Square Garden, transformando-o no moderno Palácio de Esportes. Walker estava no centro da cena das apostas de Nova York, em seus áureos dias, na época da proibição e dos famosos e sanguinários gangsters. O Madison Square Garden brilhava com lutas milionárias; apostadores e seus clientes juntavam milhões, tentando acompanhar a louca especulação da bolsa e dos corretores de ações. Esta foi a era do crime organizado − o sindicato nacional de jogos e bebidas estruturado com base no modelo corporativo de Nova York. Por volta de 1930, quando George contava seis anos, seu avô Walker foi comissário do Hipódromo Estadual de Nova York (New York State Racing). As cores e os sons vibrantes das corridas devem ter impressionado o pequeno George, mais do que a seu avô. Bert Walker treinava cavalos de corridas em seu próprio haras, o Log Cabin Stud (Haras Log Cabin). Ele foi presidente do Belmont Park Race Track (Hipódromo Belmont Park). Bert também gerenciava pessoalmente muitos aspectos de Averell Harriman relativos à corridas de cavalos − a ponto de escolher as cores e os tecidos para os equipamentos de corrida de Harriman. Desde 1926, o pai de George, Prescott Bush, demonstrava uma lealdade feroz para com os Harriman, e uma determinação canina em seu próprio avanço pessoal. Ele gradualmente assumiu o controle do dia-a-dia das operações da W. A. Harriman & Co. Depois da fusão da firma em 1931, com a casa bancária britânico-americana Brown Brothers, Prescott Bush tornou-se sócio e gerente da companhia resultante: Brown Brothers Harriman. Esta foi em última análise, a maior e politicamente a mais importante casa bancária privada da América.

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Colapso financeiro, depressão mundial e revolução social, seguiram-se à febre especulativa dos anos 20. A quebra de 1929-31, varreu a pequena fortuna que Prescott Bush tinha conseguido desde 1926. Mas, por causa de sua devoção aos Harriman, eles “fizeram uma coisa muito generosa”, como Bush depois declarou. Eles lhe repuzeram o que havia perdido e o colocaram novamente de pé. Prescott Bush descreveu seu próprio papel, de 1931 à 1940, em uma entrevista confidencial: Eu enfatizo...que os Harriman demonstraram grande coragem, lealdade e confiança em nós, porque três ou quatro de nós, estávamos realmente conduzindo os negócios, o dia-a-dia dos negócios. Averell estava em todos os lugares naqueles dias... e Roland, estava envolvido em muitas diretorias, e não se ocupavam do abrir e fechar das atividades do banco, veja você, das decisões do dia-a-dia dos negócios, todas as decisões administrativas e executivas. Nós éramos aqueles que faziam isto. Nós éramos os sócios gerentes, digamos assim. MAS, DOS TRÊS OU QUATRO PARCEIROS ENCARREGADOS, PRESCOTT ESTAVA EFETIVEMENTE NA DIREÇÃO DA FIRMA, PORQUE ELE TINHA ASSUMIDO O GERENCIAMENTO DO GIGANTESCO FUNDO DE INVESTIMENTO PESSOAL DE AVERELL E DE E. ROLAND “BUNNY” HARRIMAN. Naqueles anos entre guerras, Prescott Bush fez a fortuna da família, que George Bush herdou. Ele empilhou dinheiro tirado de um projeto internacional continuamente, até que uma nova guerra mundial estourasse, e a ação do Governo dos Estados Unidos, interferisse para fazê-lo parar.

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George Bush: A Biografia não Autorizada − por Webster Griffin Tarpley & Anton Chaitkin Capítulo − II – O Projeto Hitler Propriedade de Bush sob Intervenção − Comércio com o Inimigo Em outubro de 1942, dez meses após a entrada na Segunda Guerra Mundial, a América estava preparando seu primeiro ataque contra as forças militares nazistas. Prescott Bush era sócio gerente da empresa Brown Brothers Harriman. Seu filho George de 18 anos, o futuro Presidente dos Estados Unidos, tinha apenas começado a treinar para tornar-se piloto naval. Em 20 de outubro de 1942, o Governo americano ordenou a intervenção das operações bancárias alemãs nazistas na cidade de Nova York, que vinham sendo conduzidas por Prescott Bush. Sob o Ato de Comércio com o inimigo (Trading with Enemy Act), o Governo interveio no Union Banking Corporation, do qual Bush era diretor. A Custódia de Propriedade Estrangeira dos Estados Unidos (US Alien Property Custodian) apreendeu as ações do Union Banking Corporation, todas elas pertencentes à Prescott Bush, E. Roland Harriman, três executivos nazistas e dois outros associados de Bush. A ordem para intervir no Banco, cobria todo o capital de ações do Union Banking Corporation, que era uma corporação de Nova York, e listou o nome dos proprietários de suas ações como segue: E. Roland Harriman − 3.991 ações (Chairman e diretor do Union Banking Corporation−UBC; este é “Bunny” Harriman, descrito por Prescott Bush como verdadeiro proprietário, que não se envolvia com os negócios do Banco; Prescott dirigia seus investimentos pessoais) Cornelis Lievence − 4 ações (Presidente e diretor do UBC; residente em Nova York e funcionário do Banco para os nazistas) Harold D. Pennington − 1 ação (Tesoureiro e diretor do UBC; gerente de escritório contratado por Bush na Brown Brothers Harriman) Ray Morris − 1 ação (Diretor do UBC; sócio de Bush e Harriman) Prescott S. Bush − 1 ação

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(Diretor do UBC, o qual era co-fundador e patrocinado por seu sogro George Walker; sócio gerente sênior de E. Roland Harriman e Averell Harriman) H. J. Kouwenhoven − 1 ação (Diretor do UBC; organizador do UBC, trabalhava como intermediário nas negociações entre Fritz Thyssen, George Walker e Averell Harriman; diretor gerente da filial UBC nos Países Baixos sob ocupação nazista; industrial e executivo na Alemanha nazista; diretor e chefe executivo de finanças externas da German Steel Trust) Johan G. Groeninger − 1 ação (Diretor do UBC e sua filial nos Países Baixos; industrial e excutivo na Alemanha nazista) “Todas as ações estão sob intervenção para interesse de... membros da família Thyssen, (e) propriedade de cidadãos... de um determinado país inimigo...” Em 26 de outubro de 1942, as tropas americanas estavam à caminho da África do Norte. Em 28 de outubro, o Governo emitiu nova ordem de intervenção em duas outras organizações de frente nazistas, dirigidas pelo Banco de Bush e Harriman: a Holland-American Trading Corporation e a Seamless Steel Equipment Corporation. As forças americanas aterrissaram sob fogo na Argélia em 8 de novembro de 1942. Travou-se pesado combate durante este mês. Interesses nazistas na Silesian-American Corporation, dirigida por Prescott Bush e seu sogro, George Herbert Walker, caíram sob intervenção do Ato de Comércio com o Inimigo em 17 de novembro de 1942. Nesta intervenção, o Governo anunciou que estava intervindo apenas nos interesses nazistas, deixando com que os sócios americanos dos nazistas continuassem com os negócios. Estas e outras ações, tomadas pelo Governo no tempo de guerra foram, tragicamente, muito pequenas e muito tardias. A família do Presidente Bush já tinha realizado seu papel central no financiamento e armamento de Adolf Hitler, para sua subida ao poder na Alemanha; no financiamento e gerenciamento da construção das indústrias de guerra nazistas para a conquista da Europa e para a guerra contra os Estados Unidos; e no desenvolvvimento das teorias genocidas nazistas e propagandas raciais, com seus resultados bem conhecidos. Os fatos apresentados aqui, precisam ser conhecidos, e suas implicações refletidas, para um bom entendimento com respeito ao Presidente George Herbert Walker Bush e o perigo que ele representa para a Humanidade. A fortuna da família do Presidente foi amplamente um resultado do projeto Hitler. As forças de associação entre famílias anglo-americanas, que mais tarde o levaram à diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) e depois à Casa Branca, foram parceiras de seu pai no projeto Hitler.

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O Custodiador de Propriedade Estrangeira do Presidente Franklin Delano Roosevelt, Leo T. Crowley, assinou a Ordem de Intervançaõ no. 248, intervindo na propriedade de Prescott Bush sob o Ato de Comércio com o Inimigo. Esta Ordem, publicada em obscuros livros de Atos do Governo, e mantida fora do alcance da imprensa, não explicava nada à respeito dos nazistas envolvidos; somente que o Union Banking Corporation era dirigido pela “família Thyssen” da “Alemanha e/ou Hungria” − “cidadãos de um determinado país inimigo”. Por decidir que Prescott Bush e os outros diretores do Union Banking Corporation eram legalmente homens de frente para os nazistas, o Governo evitou a mais importante questão: De que maneira foram os nazistas de Hitler, e ele mesmo recrutados, armados e instruídos pela elite de Nova Yorrk e Londres, à qual, Prescott Bush era o gerente executivo? Deixe-nos examinar o projeto Hitler de Harriman-Bush, desde os anos 20 até que ele foi parcialmente quebrado, para procurar uma resposta para esta questão. Origem e Extensão do Projeto Fritz Thyssen, e seus parceiros comerciais, são reconhecidos universalmente como os mais importantes financiadores alemães para a subida de Adolf Hitler ao poder na Alemanha. No momento da ordem de intervenção do Union Banking Corporation, de propriedade da família Thyssen, o Sr. Fritz Thyssen já tinha publicado seu famoso livro, I Paid Hitler (Eu Paguei Hitler), admitindo que ele tinha financiado Adolf Hitler e o movimento nazista desde outubro de 1923. O papel de Thyssen, como líder e primeiro apoio para a tomada de poder por Hitler na Alemanha já havia sido notificada por diplomatas dos Estados Unidos, em Berlim em 1932. A ordem de intervenção no banco de Bush-Thyssen, foi curiosamente silenciosa e modesta com respeito à identidade dos responsáveis que foram cuidadosamente acorbertados. Mas, duas semanas antes da ordem oficial, investigadores do Governo relataram secretamente que, “W. Averell Harriman esteve na Europa algum tempo antes de 1924, e que naquela época, tornara-se íntimo de Fritz Thyssen, o industrialista alemão”. Harriman e Thyssen concordaram em criar um banco para Thyssen em Nova York. Alguns associados de Harriman poderiam servir como diretores... o agente de Thyssen, H. J. Kouwenhoven... veio para os Estados Unidos... antes de 1924 para conferências com a companhia de Harriman, com respeito à isto... Quando exatamente, esteve “Harriman na Europa algum tempo antes de 1924?” De fato, ele esteve em Berlim em 1922, para criar a filial de Berlim da empresa W. A. Harriman & Co. sob a presidência de George Walker. O Union Banking Corporation foi formalmente estabelecido em 1924, como uma unidade, nos escritórios de Manhattan, da W. A. Harriman & Co., interligando-se com o Bank voor Handel en Scheepvaart (BHS) nos Países Baixos, pertencente a

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Thyssen. Os investigadores concluíram que, “o Union Banking Corporation tem desde o seu início manipulado fundos fornecidos através do Dutch Bank, por interesses de Thyssen em investimentos amerticanos”. Então por acordo pessoal entre Averell Harriman e Fritz Thyssen em 1922, a empresa W. A. Harriman & Co. (codinome Union Banking Corporation) poderia enviar e receber fundos entre Nova York e os “interesses de Thyssen” na Alemanha. Desembolsando cerca de 400.000 dólares, a organização de Harriman poderia ser conjuntamente proprietária e gerenciadora das operações bancárias de Thyssen fora da Alemanha. Quão importante foi a empresa nazista para a qual o pai do Presidente Bush foi seu banqueiro de Nova York? Um relatório investigativo do Governo dos Estados Unidos, em 1942, disse que o banco de frente nazista de Bush funcionava como interligação para a empresa Vereinigte Stahlwerke (United States Works Corporation ou German Steel Trust) guiada por Fritz Thyssen e seus dois irmãos. Depois da guerra, investigações do Congresso provaram os interesses de Thyssen com respeito a ligações entre o Union Banking Corporation e unidades nazistas correlatas. A investigação mostrou que a Vereinigte Stahlwerke produziu aproximadamente as seguintes proporções do total nacional produzido na Alemanha: 50,8% FERRO FUNDIDO 41,4% CHAPA UNIVERSAL 36,0% CHAPA PESADA 38,5% CHAPA GALVANIZADA 45,5% TUBOS 22,1% FIOS 35.0% EXPLOSIVOS Prescott Bush tornou-se vice presidente da W. A. Harriman & Co. em 1926. Neste mesmo ano, um amigo de Harriman e Bush criou uma nova organização gigante para seu cliente Fritz Thyssen, primeiro patrocinador do político Adolf Hitler. A nova German Steel Trust, a maior corporação industrial alemã, foi organizada em 1926, pelo banqueiro de Wall Street Clarence Dillon. Dillon, era o velho amigo do pai de Prescott Bush, Samuel P. Bush (“Sam”), do escritório dos “Mercadores da Morte” da Primeira Guerra Mundial. Como reciprocidade pelo investimento de 70 milhões de dólares para criar sua organização, o acionista majoritário Thyssen doou para a companhia Dillon,Read dois ou mais cargos de representação na junta da nova German Steel Trust. Consequentemente, houve uma divisão de trabalho: as contas confidenciais de Thyssen, para política e finalidades correlatas, eram dirigidas através da organização

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Walker-Bush; a German Steel Trust, fazia seu serviço bancário corporativo através da Dillon, Read. As atividades bancárias da firma de Walker-Bush não eram somente politicamente neutras com respeito à especulações lucrativas, às quais aconteciam de coincidir com as propostas da Alemanha nazista. Todos os negócios europeus das empresas naqueles dias, eram organizados em torno de forças políticas anti-democráticas. Em 1927, críticas surgidas à respeito de seus suportes ao totalitarismo, geraram a seguinte réplica de Bert Walker, escrita de Kennebunkport para Averell Harriman: “Parece-nos que a sugestão com relação ao ponto de vista de Lord Bearsted, de que nós retiramos a ajuda financeira da Rússia, tem o sabor de alguma coisa de impertinente... Penso que já temos nossa linha de ação desenhada e poderíamos mostrar-lhe sua forma”. Averell Harriman reuniu-se com o diretor fascista italiano Benito Mussolini. Um representante da firma telegrafou logo em seguida, transmitindo boas novas ao seu chefe executivo Bert Walker: “... Durante estes últimos dias... Mussolini... examinou e aprovou nosso contrato de 15 de junho. O grande colapso financeiro de 1929-31, atingiu a América, Alemanha e a Bretanha, enfraquecendo todos os governos. Este grande colapso também tornou Prescott Bush ainda mais determinado em fazer qualquer coisa que fosse necessário para garantir sua nova posição no mundo. Foi durante esta crise, que certos anglo-americanos decidiram, pela instalação do regime de Hitler na Alemanha. A W. A. Harriman & Co., bem posicionada para esta empreitada, e rica em propriedades e fundos provenientes de seus negócios com a Alemanha e a Rússia, juntou-se com a casa de investimentos britânico-americana Brown Brothers , em 1º. de janeiro de 1931. Bert Walker retirou-se para sua própria G. H. Walker & Co. Desta forma, os irmãos Harriman, Prescott Bush e Tatcher M. Brown, tornaram-se sócios seniores da firma Brown Brothers Harriman. A firma londrina, extensão inglesa da família Brown, continuou operando com seu histórico nome --- Brown, Shipley & Co. Robert A. Lovett, também juntou-se como sócio na Brown Brothers. Seu pai, advogado de E. H. Harriman, e chefe de sua empresa ferroviária, tinha pertencido a Junta de Indústrias de Guerra com o pai de Prescott. Por ter-se tornado sócio na Brown Brothers Harriman, o jovem filho de Lovett, substituiu seu pai como chefe executivo da Union Pacific Railroad. Brown Brothers, tinha uma tradição racial que se encaixava perfeitamente no projeto Hitler! Patriotas americanos, remontavam a origem de seu nome aos dias da Guerra Civil americana. Brown Brothers, com escritórios nos Estados Unidos e Inglaterra, realizavam seus embarques com 75% de algodão, colhidos por escravos do sul dos

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Estados Unidos, para os proprietários britânicos de indústrias. Agora, em 1931, o virtual ditador do mundo financeiro, Montagu Collet Norman, presidente do Banco da Inglaterra, era sócio da Brown Brothers, cujo avô tinha sido chefe da Brown Brothers durante a Guerra Civil dos Estados Unidos. Montagu Norman, ficou conhecido como o mais ávido defensor de Hitler, entre os círculos dominantes britânicos, e a intimidade de Norman com esta firma, foi essencial para seu gerenciamento do projeto Hitler. Em 1931, enquanto Prescott Bush dirigia o escritório de Nova York de Brown Brothers Harriman, o sócio de Prescott era o íntimo amigo de Montagu Norman, Tatcher Brown. O chefe do Banco da Inglaterra, sempre se hospedava em casa do sócio de Prescott, em suas apressadas viagens à Nova York. Prescott Bush concentrava-se nas atividades da firma na Alemanha, enquanto Tatcher Brown cuidava de seus negócios na velha Inglaterra, sob a orientação de seu mentor Montagu Norman. A Base de Hitler Para o Poder Adolf Hitler tornou-se Chanceler da Alemanha em 30 de janeiro de 1933, e ditador absoluto em março de 1933, depois de dois anos de dispendiosas e violentas operações de lobby e de eleições. Duas filiais da organização Bush-Harriman desempenharam importantes papéis nesta criminosa subversão: a German Steel Trust de Thyssen; e a Hamburg-Amerika Line (HAPAG) com muitos de seus executivos. Deixe-nos olhar mais de perto os parceiros alemães da família Bush. Fritz Thyssen disse aos interrogadores aliados, depois da guerra, algumas coisas sobre seu apoio financeiro ao Partido nazista: “Em 1930, ou 1931... eu disse ao procurador de Hitler, Rudolf Hess... eu poderia arranjar um crédito para ele (Hitler) com o Dutch Bank em Rotterdam, o Bank für Handel und Schiff (isto é, Bank voor Handel en Scheepvaart − BHS, o afiliado de Harriman-Bush). Eu arranjaria o crédito... ele poderia pagá-lo em três anos... Eu escolhi o Dutch Bank porque não queria estar misturado com bancos alemães, em minha posição, e porque pensei que seria melhor fazer negócios com o Dutch Bank, e pensei que poderia assim manter os nazistas um pouco mais em minhas mãos... “O crédito foi de cerca de 250-300.000 marcos (ouro) − cerca da soma que eu havia dado antes. O empréstimo tem sido pago em parte ao Dutch Bank, mas penso que algum dinheiro ainda está pendente...” O total de donativos políticos e empréstimos de Thyssen aos nazistas, foi bem superior a um milhão de dólares, incluindo fundos que ele levantou de outros − num período de dinheiro terivelmente escasso na Alemanha.

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Friedrick Flick foi o maior co-proprietário da German Steel Trust, com Fritz Thyssen, colaborador de Thyssen de longa data, e competidor ocasional. Na preparação do tribunal de crimes de guerra em Nurremberg, o Governo dos Estados Unidos disse que Flick era “um dos líderes financiadores e industriais, o qual desde 1932, contribuiu com largas somas ao Partido Nazista... membro do “círculo de amigos” de Himmler, o qual contribuiu com largas somas à SS. Flick, como Thyssen, financiou os nazistas para manter seus Exércitos privados chamados Schutzstafell (SS ou Camisas Negras) e Sturmabteilung (SA, Tropas Furacão ou Camisas Pardas). A parceria Flick-Harriman era diretamente supervisionada por Prescott Bush, pai do Presidente Bush, e por George Walker, avô do Presidente Bush. Os acordos do Union Banking Corporation de Harriman-Walker, para a German Steel Trust transformaram-os em banqueiros de Flick, e suas vastas operações na Alemanha, antes de 1926. A Harriman Fifteen Corporation (George Walker presidente, Prescott Bush e Averell Harriman diretores) desempenhou papel substancial na Silesian Holding Co., no período da fusão com Brown Brothers, em 1º. de janeiro de 1931. Esta holding, estava ligada à chefia de Harriman na Consolidated Silesian Steel Corporation, grupo americano proprietário de um terço do complexo de aço, atividades de mineração de carvão e mineração de zinco na Alemanha e na Polônia, no qual Friedrick Flick detinha dois terços. O promotor de Nuremberg caracterizou Flick como segue: “Proprietário e dirigente de um grande grupo de empresas industriais (minas de carvão e ferro, produção de aço e plantas industriais)... Wehrwirtschaftsfuhrer (título dado como prêmio a proeminentes industriais por mérito na produção de armamentos − Líder Econômico Militar), de 1938 ... Por esta construção da máquina de guerra de Hitler, utilizando carvão, aço e produção de armas, usando trabalho escravo, o nazista Flick foi condenado a sete anos de prisão, nos julgamentos de Nuremberg; ele cumpriu três anos. Com amigos em Nova York e Londres, contudo, Flick viveu até os anos 70, e morreu bilionário. Em 19 de março de 1934, Prescott Bush – então diretor do Union Banking Corporation da German Steel Trust − emitiu um alerta ao ausente Averell Harriman. Bush enviou para Harriman um artigo do New Yortk Times daquele dia, o qual relatava que o Governo polonês estava lutando contra proprietários americanos e alemães de ações que controlavam “a maior unidade industrial da Polônia, a Upper Silesian Coal and Steel Company...”

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O artigo do Times continuava: “A companhia tem sido de longa data acusada de gerenciamento desonesto, empréstimos excessivos, escrituração fictícia e acusações acionárias. Mandatos de prisão foram expedidos em dezembro, para muitos diretores acusados de evasão fiscal. Eles eram cidadãos alemães e fugiram. Foram substituídos por polacos. Herr Flick, vendo isto como uma tentativa de tornar a junta da companhia inteiramente polaca, retalhouu restringindo créditos, até que os novos diretores polacos ficaram incapazes de pagar regularmente seus empregados”. O Times disse ainda, que as fábricas e as minas da companhia “empregam 25.000 homens e respondem por 45% da produção total de aço da Polônia e 12% de sua produção de carvão. Dois terços das ações da companhia são pertencentes a Friedrick Flick, o líder alemão da indústria de aço, e o restanrte são de propriedade dos interesses americanos”. Em vista do fato de que uma grande quantidade de produtos da Polônia estarem sendo exportadas para a Alemanha de Hitler, em condições depreciadas, o Governo polonês pensou que Prescott Bush, Harriman e seus parceiros nazistas poderiam pelo menos pagar impostos legais sobre os produtos poloneses. Os proprietários nazistas e americanos responderam com uma greve. A carta para Harriman, em Washington, relatava uma mensagem de seus representantes europeus: “Acordamos novos passos Londres Berlim... por favor estabeleça relações amigáveis com o embaixador polonês (em Washington).” Um memorando de 1935, de George Walker, da Harriman Fefteen Corporation, anunciou que um acordo tinha sido feito “em Berlim” para vender 8.000 blocos das ações desta empresa na Consolidated Silesian Steel. Mas, a disputa com a Polônia não desencorajou a família Bush de prosseguir sua sociedade com Flick. As bombas e os tanques nazistas “solucionaram” esta disputa em setembro de 1939, com a invasão da Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial. O Exército nazista tinha sido equipado por Flick, Harriman, Walker e Bush, essencialmente com materiais roubados da Polônia. Haviam provavelmente naquele tempo, poucas pessoas que pudessem apreciar a ironia, de que quando os soviéticos atacaram e invadiram a Polônia pelo leste, seus veículos eram abastecidos com óleo bombeado dos poços de Baku, revitalizados pela empresa de Harriman/Walker/Bush. Três anos depois, aproximadamente um ano após o ataque japonês a Pearl Harbor, o Governo dos Estados Unidos ordenou a intervençaão nas ações nazistas da Silesian-American Corporation sob o Ato de Comércio com o Inimigo. Foi dito que cidadãos inimigos, eram proprietários de 49% das ações ordinárias e 41,67% das ações preferenciais da companhia. A ordem caracterizou a companhia como “empresa de negócios dentro dos Estados Unidos, pertencente a uma companhia de frente em Zurique, Suíça, e bloqueda para

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interesse de Bergwerksgesellschaft George von Giesche`s Erben, uma corporação alemã...” Bert Walker era ainda, o diretor sênior da companhia, a qual ele tinha fundado em 1926, simultaneamente com a criação do German Steel Trust. Ray Morris, sócio de Prescott no Union Banking Corporation e no Brown Brothers Harriman, também era diretor. O relatório investigativo anterior à queda do governo, explicava a “Natureza do Negócio: A dita corporação é uma companhia holding (Matriz) americana para subsidiárias alemãs e polonesas, proprietárias de grandes e valorizadas minas de carvão e zinco na Silésia, Polônia e Alemanha. Desde setembro de 1939, estas propriedades tem estado sob domínio do, e tem sido operada pelo, governo alemão, e tem sido indubitavelmentte de considerável valor para aquele país, em seu esforço de guerra. O relatório assinalava, que os acionistas americanos esperavam assumir novamente o controle das propriedades européias depois da guerra. Controle do Comércio Nazista Bert Walker tinha arranjado os créditos que Harriman precisava para assumir o controle da Hamburg-America Line em 1920. Walker tinha organizado a American Ship and Commerce Corp. como uma unidade da W. A. Harriman & Co., com poder contratual sobre as relações de negócios da Hamburg-Amerika Line. Quando o projeto Hitler entrou em pauta, as ações de Harriman-Bush da American Ship and Commerce, ficaram sob controle da Harriman Fefteen Corp., dirigida por Prescott Bush e Bert Walker. Isto foi uma porta aberta muito conveniente para o generoso Prescott Bush: Do arranha-céu da Brown Brothers Harriman da Wall Street 59 − onde ele era sócio gerente sênior, gerente de investimentos confisdenciais e conselheiro de Averell e seu irmão “Bunny” − ele caminhava para a Harriman Fefteen Corporation na Wall Street 1, conhecida também como G. H. Walker & Co. − e dobrando a esquina, caminhava para seus escritórios subsidiários na Broadway 39, primeiro escritório da velha W. A. Harriman & Co., e ainda os escritórios da American Ship and Commerce Corp., e do Union Banking Corporation. De muitas maneiras, a Hamburg-Amerika Line (HAPAG) de Bush, foi o pivô de todo o projeto Hitler. Averell Harriman e Bert Walker, tinham obtido controle sobre a companhia de navegação em 1920, em negociações com seu chefe executivo do pós-Primeira Guerra Mundial, Wilhelm Cuno, e com o banqueiro da linha, MM Warburg. Dali para frente, Cuno tornou-se completamente dependente dos anglo-americanos, e tornou-se membro da Sociedade de Amigos Anglo-Alemães (Anglo-

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German Friendship Society). Nos anos de 1930-32, quando Hitler caminhava para seu governo ditatorial, Wilhelm Cuno contribuiu com importantes somas para o Partido Nazista. Albert Voegler, era chefe executivo do German Steel Trust de Thyssen-Flick, para o qual o Union Banking Corporation de Bush era o escritório de Nova York. Ele foi diretor do BHS em Roterdam, afiliado de Bush, e diretor da Hamburg-Amerika Line de Harriman-Bush. Voegler juntou-se a Thyssen e Flick nos anos de contribuições pesadas aos Nazistas, de 1930-33, e ajudou a organizar a subida final dos nazistas ao poder. A família de banqueiros Schröeder foi o eixo das atividades nazistas de Harriman e Prescott Bush, estreitamente ligada à seus advogados Allen Dulles e John Foster Dulles. O Barão Kurt von Schröder era co-diretor da pesada fundição Thyssen-Hutte, juntamente com Johan Groeninger, sócio de Prescott Bush no Banco de Nova York. Kurt von Schröder, foi tesoureiro da organização de apoio para os Exércitos privados do Partido Nazista, para os quais, Friedrick Flick contribuía. Kurt von Schröder e o protegido de Montagu Norman, Hjalmar Schacht, juntos fizeram os arranjos finais para a subida de Hitler ao governo. O barão Rudolph von Schröder, era vice presidente e diretor da Hamburg-Amerika Line. De longo tempo, contato íntimo de Averell Harriman na Alemanha, o Barão Rudolph enviou seu neto, Johann Rudolph para uma viagem aos escritórios da firma de Prescott Bush, Brown Brothers Harriman, na cidade de Nova York , em dezembro de 1932 --- no início do triunfo de Hitler. Certos atos cometidos diretamente pela companhia de navegação de Harriman-Bush em 1932, devem ser catalogados entre os mais graves atos de traição deste século. A embaixada dos Estados Unidos em Berlim, relatou à Washington que a “dispendiosa campanha eleitoral” e o “custo para manter um Exército privado de 300.000 a 400.000 homens” tinha levantado questões à respeito dos financiadores do nazismo. O Governo constitucional da República Alemã moveu-se para defender a liberdade nacional ordenando que os Exércitos privados nazistas se dissolvessem. A embaixada americana relatou que a Hamburg-Amerika Line estava comprando e distribuindo propagandas de ataque contra o governo alemão, por tentar esta derubada de último minuto das forças de Hitler. Milhares de alemães oponentes do hitlerismo foram baleados ou intimidados pelo Exército privado nazista, os Camisas Pardas. Em conexão com isto, notamos que o original “mercador da morte”, Samuel Pryor, foi dirertor fundador de ambas as empresas, Union Banking Corporation e American Ship and Commerce Corp. Desde que o Sr. Pryor foi chairman do comitê executivo da Remington Arms, e figura

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central do tráfico privado de armas do mundo, sua participação no projeto Hitler foi intensificada pela parceria da família Bush com o Partido Nazista, em operações bancárias e navegação transatlântica. Os investigadores do tráfico de armas do Senado americano, investigaram a Remington depois que por um acordo, ela se uniu a um cartel de materiais explosivos para a empresa nazista IG Farben. Olhando-se a trajetória de subida de Hitler ao poder, os Senadores descobriram que “as asssociações políticas alemãs, como os nazistas e outros, são armadas praticamente com... armas... americanas... Armas de todos os tipos provindas da América, são transferidas para chatas (embarcações de estrutura resistente, com proa e popa iguais, fundo chato e pequeno calado, em geral sem propulsão própria, para transporte de carga pesada − N. T.) em Escalda (região de ilhas e canais navegáveis na Holanda, perto da fronteira com a Bélgica e da cidade de Antuérpia − N. T.) antes dos navios atracarem em Antuérpia. Depois, então podiam ser transportadas através da Holanda sem inspeção policial ou interferência. Presume-se que os comunistas e hitleristas recebiam armas desta maneira. As principais armas provindas da América são sub-metralhadoras Thompson e revólveres. A quantidade é grande”. O início do regime de Hitler trouxe algumas mudanças bizarras para a Hamburg-Amerika Line − e mais traições. A American Ship and Commerce Corporation de Prescott Bush notificou Max Warburg de Hamburgo, Alemanha, em 7 de março de 1933, que Warburg deveria assumir um cargo oficial na corporação, sendo designado para a junta da Hamburg-Amerika. Max Warburg respondeu em 27 de março de 1933, garantindo aos seus patrocinadores americanos que o Governo de Hitler era bom para a Alemanha: “Nos últimos anos, os negócios foram consideravelmente melhores do que havíamos antecipado, mas uma reação faz-se sentir há alguns meses. Nós atualmente estamos também sofrendo uma grande e ativa propaganda contra a Alemanha, causada por circunstâncias indesejáveis. Estas ocorrências foram conseqüências naturais de campanhas eleitorais muito excitadas, mas foram extraordinariamente exageradas no exterior. O governo está firmemente resolvido em manter a paz pública e a ordem na Alemanha, e, de qualquer modo, estou perfeitamente convencido à este respeito, de que não há causa alguma para qualquer alarme”. Esta declaração de aprovação à Hitler, vinda de um famoso judeu, era justamente o que Harriman e Bush precisavam, para antecederem-se a qualquer apreensão dentro dos Estados Unidos contra suas operações nazistas. Em 29 de março de 1933, dois dias depois da carta de Max para Harriman, o filho de Max, Erich Warburg, enviou uma mensagem para seu primo Frederick M. Warburg, diretor do sistema ferroviário de Harriman. Ele pediu a Frederick para “usar de toda

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sua influência” no sentido de parar com todas as atividades anti-nazistas na América, incluindo “noticiários de atrocidades e propagandass não-amistosas na imprenssa estrangeira, movimentos de massa, etc”. Frederick respondeu à Erich: “Nenhum grupo responsável aqui, está fomentando boicote contra produtos alemães, meramente indivíduos excitados”. Dois dias depois, em 31 de março de 1933, o Comitê Judaico-Americano (American Jewish Committee), controlado pelos Warburg, e pela B`nai B`rith (sociedade secreta judaica participante do Rito Escocês de Maçonaria, fomentadora da Guerra Civil de Seceção americana e muito ativa nos Estados Unidos, fundadora da Liga Anti-Difamação ou Ante-Defamation League − ADL − N. T.), fortemente influenciada pelos Sulzberger (New Yort Times), emitiu uma formal e oficial declaração conjunta das duas organizações, deliberando “que nenhum boicote americano contra a Alemanha é encorajado”, e advertindo, “que nenhuma manifestação de massa adicional é admitida, ou emprego de forma similar de agitação”. O Comitê Judaico Americano e a B`nai B`rith (Mãe da ADL − N. T.) continuaram com esta dura posição de não-ataque-à-Hitler durante todos os anos 30, enfraquecendo a posição contrária de muitos judeus e outros anti-fascistas. Conseqüentemente, a decisiva mudança descrita acima, tomando lugar inteiramente dentro da órbita da empresa de Harriman-Bush, pode explicar alguma coisa sobre o relacionamento entre George Bush, a comunidade judaica americana e líderes Sionistas. Alguns deles, em estreita cooperação com sua família, desempenharam um triste papel no drama do nazismo. Será por este motivo que “caçadores profissionais de nazistas” nunca descobriram como a família Bush fez sua fortuna? A junta executiva da Hamburg-Amerika Line (HAPAG) reuniu-se com a junta da North German Lloyd Company em Hamburgo, em 5 de setembro de 1933. Sob supervisão oficial nazista, as duas firmas se fundiram. A American Ship and Commerce Corp. de Prescott Bush, instalou Christian J. Beck de longo tempo executivo de Harriman, no cargo de gerente de frete e operações da North América, para a nova união nazista de linhas de navegação (HAPAG-Lloyd) em 4 de novembro de 1933. De acordo com o testemunho de funcionários da companhia, ante o Congresso em 1934, um supervisor da Frente de Trabalho Nazista (Nazi Labor Front) estava sempre à bordo de qualquer navio da linha de Harriman-Bush; empregados dos escritórios de Nova York eram diretamente organizados para a Frente; A Hamburg-Amerika Line providenciava passagens grátis, para indivíduos viajarem mundo àfora com objetivos de propaganda nazista; e a linha subsidiava jornais pró-nazistas dentro dos Estados Unidos, como ela tinha feito na Alemanha, contra o Governo constitucional alemão. Em meados de 1936, a American Ship and Commerce Corp., de Prescott Bush, enviou mensagem à MM Warburg, pedindo a ele para representá-la em seus pesados

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interesses acionários junto a vindoura reunião de acionistas da Hamburg-Amerika Line. O escritório de Warburg retornou informando que “representaremos voces” na reunião de acionistas e “exercitaremos em seu nome o seu poder de voto sobre RM 3.509.600 (três milhões quinhentos e nove mil e seiscentos marcos ouro) em ações da HAPAG depositadas conosco”. Os Warburg transmitiram uma carta recebida de Emil Helfferich, chefe executivo alemão de ambas, HAPAG-Lloyd e da subsidiária da Standard Oil na Alemanha nazista: “É intensão continuar as relações com o Sr. Harriman nas mesmas bases, daqui por diante...” Num gesto colorido, o chairman nazi Helfferich, da HAPAG, enviou o presidente da mesma através do Atlântico num Zeppelin, para conferenciar com seus manipuladores em Nova York. Depois da reunião com o passageiro do Zeppelin, o escritório de Harriman-Bush retornou: “Estou satisfeito em saber que o Sr. Helfferich (sic) delarou que as relações entre a Hamburg-Amerika Line e nós prosseguirá nas mesmas bases de agora em diante. Dois anos antes de agir contra o Union Banking Corporation de George Bush, o governo dos Estados Unidos ordenou intervenção em todas as propriedades da Hamburg-Amerika Line e da North Lloyd, em nome do Ato de Comércio com o Inimigo (Tranding with the Enemy Act). Os investigadores declararam no relatório de pré-intervenção, que Christian J. Beck estava ainda agindo como advogado, representando a firma nazi. Em maio de 1933, justo após o regime de Hitler consolidar-se, um acordo foi alcançado em Berlim, objetivando a coordenação de todo comércio nazista com os Estados Unidos. A Harriman International Co., guiada pelo primeiro primo de Averell Harriman, Oliver, chefiaria um sindicato de 150 empresas e indivíduos, na condução de todas as exportações da Alemanha de Hitler para os Estados Unidos. Este pacto tinha sido negociado em Berlim, entre o Ministro da Economia de Hitler, Hjalmar Schacht, e John Foster Dulles, advogado internacional de dúzias de empresas nazistas, com anuência de Max Warburg e Kurt von Schröder. John Foster Dulles seria mais tarde Secretário de Estado dos Estados Unidos, e o grande poder do Partido Republicano de 1950. A amizade com Foster e com o irmão Allen (chefe da Agência Central de Inteligência − CIA) ajudou muito Prescott Bush a tornar-se Senador Republicano dos Estados Unidos por Connecticut. E isto seria de inestimável valor para George Bush, em sua subida ao topo das “ações governamentais encobertas”, porque ambos os irmãos Dulles eram advogados das empreitadas externas da família Bush. Durante os anos 30, John Foster Dulles arranjou renegociações de débitos para firmas alemãs sujeitas a uma série de decretos emitidos por Adolf Hitler. Nestes acordos, Dulles quebrou o equilíbrio entre interesses de grandes e selecionados

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investidores e as necessidades de crescimento da fabricação de eqipamentos de guerra para produção de tanques, gases venenosos e etc. Dulles escreveu para Prescott Bush em 1937, sobre um acordo específico. A German-Atlantic Cable Company, proprietária do único canal telegráfico entre a Alemanha nazista e os Estados Unidos, tinha feito débitos e acordos com o banco de Walker-Harriman durante os anos 20. Um novo decreto poderia agora invalidar estes acordos, que tinham originalmente sido alcançados com funcionários de corporações não nazistas. Dulles pediu à Bush, o qual havia gerenciado estes acordos para Averell Harriman, que obtivesse a assinatura de Averell, em uma carta endereçada a funcionários nazistas, aceitando as mudanças. Dulles escreveu: 22 de setembro de 1937 Sr. Prescott S. Bush Wall Street 59, Nova York,N.Y. Caro Press, Examinei a carta da German-Atlantic Cable Company para Averell Harriman... É óbvio que os únicos direitos neste caso, são aqueles habituias aos bancos, e que nenhum embarasso legal resultaria, com respeito aos acionistas na modificação do acordo bancário. Sinceramente seu, John Foster Dulles Dulles envelopou a resposta sobre a mudança proposta, Bush obteve a assinatura de Harriman e as mudanças foram feitas. Conjuntamente com estes acordos, a German-Atlantic Cable Company tentou parar o pagamento de seus débitos à pequenos acionistas americanos. Ao contrário, o dinheiro seria utilizado no armamento do Estado nazista, sob um decreto do governo de Hitler. A despeito dos esforços de Bush e Dulles, uma corte de Nova York decidiu que esta particular “lei” de Hitler era inválida nos Estados Unidos; pequenos acionistas, não participantes dos acordos entre banqueiros e nazistas, foram qualificados a serem pagos.

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Nestas e outras tentativas de fraude, as vítimas conseguiram sair com seu dinheiro. Mas a reorganização financeira e política nazista foi em frente, ao seu trágico clímax. Por sua participação na revolução de Hitler, Prescott Bush faturou uma fortuna. Este é o legado que ele deixou para seu filho, Presidente George Bush. Uma Importante Nota Histórica Como os Harriman contrataram Hitler? Não foi inevitável que milhões fossem massacrados pelo fascismo na Segunda Guerra Mundial. Em certos momentos de crise, decisões pró-nazi cruciais foram tomadas fora da Alemanha. As decisões das ações pró-nazistas eram mais agressivas do que mero “apasiguamento”, o qual depois historiadores anglo-americanos preferiram discutir. Exércitos privados de 300.000 a 400.000 terroristas, ajudaram aos nazistas a subirem ao poder. A Hamburg-Amerika Line de W. A. Harriman, interveio em 1932, contra a tentativa alemã de desmantelá-los. O colapso econômico de 1929-31 levou a German Steel Trust, apoiada por Wall Street à bancarrota. Quando o governo alemão encampou o estoque de ações desta empresa, interesses associados à Konrad Adenauer e ao anti-nazista Partido Católico de Centro, tentaram adquirir estas ações. Mas os anglo-americanos − Montagu Norman, e o banco de Harriman-Bush − garantiram que o fantoche nazista Fritz Thyssen, readquirisse o controle sobre as ações e a empresa. Desta forma, a trama bancária de Thyssen envolvendo Hitler, pôde então continuar sem obstáculos. Débitos de reparação requeridos pelo Tratado de Versalhes não pagos em 1920, arruinaram a Alemanha, tornando-a propriedade do sistema bancário Londres-Nova York, e a propaganda de Hitler, explorava estes débitos alemães opressivos. Mas imediatamente depois da Alemanha cair sob o poder ditatorial de Hitler, os financistas anglo-americanos aprovaram alívio destes débitos, os quais foram liberados para serem utilizados no armamento do Estado nazi. A companhia de navegação North German Lloyd, que se uniu com a Hamburg-Amerika Line foi uma das companhis que cortou seu pagamento de débitos, sob um decreto de Hitler, arranjado por John Foster Dulles e Hjalmar Schacht. A Kuhn,Loeb & Co. de Felix Warburg, realizou o plano financeiro de Hitler em Nova York. Esta pediu aos acionistas da North German Lloyd, para que aceitassem novas e depreciadas ações emitidas por Kuhn,Loeb, no lugar das mais rentáveis de antes de Hitler.

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A Oposição O advogado de Nova York, Jacob Chaitkin, pai do co-autor deste livro, Anton Chaitkin, assumiu o caso de muitos acionistas diferentes, que rejeitavam a fraude de Harriman, Bush, Warburg e Hitler. Representando uma mulher que reclamava 30 dólares pela velha ação da companhia de navegação − e em oposição à John Foster Dulles na corte municipal de Nova York − Chaitkin conseguiu um mandato judicial de apreensão do navio transatlântico Europa, de 30.000 toneladas, condicionando sua liberação ao recebimento de 30 dólares por sua cliente. (New York Times, 10 de janeiro de 1934, p. 31 col. 3) O Congresso Judaico Americano (American Jewish Congress) contratou Jacob Chaitkin como diretor legal do boicote contra a Alemanha nazista. A Federação Americana de Trabalho (American Federation of Labor) cooperou com o grupo judaico e outros no boicote anti-importação. Por outro lado, virtualmente todo comércio nazista com os Estados Unidos, estava sob a supervisão dos interesses de Harriman e funcionários como Prescott Bush, pai do Presidente George Bush. Enquanto isto, os Warburg demandavam a “não-agitação” contra o Governo de Hitler por parte dos judeus americanos, ou que não se unissem à boicotes organizados. Estas demandas por parte dos Warburg, eram realizadas pelo Comitê Judaico Americano (American Jewish Committee) e pela B`nai B`rith, que se opunham ao boicote enquanto o Estado Militar Nazista crescia incrivelmente em potência. A cobertura histórica destes eventos, é tão forte, que virtualmente a única oposição aos Warburg vieram do jornalista e “Conspirador Fascista de Wall Street” John L. Spivak, no jornal pró-communista New Masses (29 de janeiro e 5 de fevereiro de 1934). Spivak declarou que os Warburg, controlavam o Comitê Judaico Americano, que se opunha ao boicote anti-nazista, enquanto sua Kuhn,Loeb & Co. autorizava embarques nazistas; ele também expôs as atividades políticas e financeiras pró-fascistas, executadas pelos Warburg e seus parceiros e aliados, muitos dos quais eram importantes e influentes no Comitê Judaico Americano e na B`nai B`rith. Dito onde Spivak fez suas declarações, não é nenhuma surpresa que Spivak tenha denominado Warburg como aliado do Banco Morgan, sem fazer nenhuma menção à Averell Harriman. O Sr. Harriman, apesar de tudo, era um herói permanente da União Soviética. Mais tarde, John L. Spivak, passou por uma curiosa transformação, unindo-se ele próprio à esta conspiração. Em 1967, ele escreveu uma autobiografia (A Man in His Time − Um Homem em Seu Tempo, New York: Horizon Press), na qual parabeniza o Comitê Judaico Americano. O pró-fascismo dos Warburg não aparece no livro. O auto-proclamado “rebelde” Spivak, também parabeniza seu braço de ação B`nai

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B`rith, a Liga Anti-Difamação (Ante-Defamation League − ADL). Pateticamente, ele comenta favoravelmente, que esta liga possui grupos de espionagem contra a população americana, os quais são compartilhados com agências governamentais. Assim, é a história apagada; e aquelas decisões, que dirigem a história num ou noutro curso, são retiradas do conhecimento das atuais gerações.

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George Bush: A Biografia não Autorizada − por Webster Griffin Tarpley & Anton Chaitkin Capítulo – III − Higiene Racial: Três Alianças Familiares de Bush • “O governo deve colocar os mais modernos meios médicos à serviço deste

conhecimento... Aqueles que são fisicamente e mentalmente doentes e incapazes, não devem perpetuar seu sofrimento no corpo de seus filhos... A prevenção da faculdade e oportunidade de procriar, por parte dos fisicamente degenerados e mentalmente doentes, durante um período de somente 600 anos, poderia... livrar a humanidade de sofrimentos imensuráveis”.

• “A diferença de renda per capta entre países desenvolvidos e em

desenvolvimento está aumentando, em grande parte como resultado do aumento da taxa de natalidade nos países pobres... Fome na Índia, filhos indesejados nos Estados Unidos, pobreza que parece formar uma corrente inquebrável para milhões de pessoas --- como poderíamos nós, estancar estes problemas?... está bem claro que um dos maiores objetivos dos anos 70... será restringir a fertilidade no mundo”.

Estes dois pensamentos são iguais em sua falsidade, concernente ao sofrimento humano, e em sua cínica maneira de resolvê-lo: BIG BROTHER deve impedir a vida de pessoas “indesejáveis” ou “desnecessárias”. Deixe-nos agora investigar mais à fundo a antecedência da família de nosso Presidente, de forma a então , ilustrar como o autor do segundo pensamento, George Bush, compartilhou do mesmo pensamento do primeiro, Adolf Hitler. Examinaremos aqui, a aliança da família Bush com três outras famílias, Farish, Draper e Gray. A associação destas três famílias, tem levado o relacionamento do Presidente, à seus mais íntimos e mais confidenciais conselheiros. Estas alianças foram forjadas no anterior projeto Hitler, e em sua conseqüência imediata. Entendê-las, nos ajudará a explicar a obsessão de George Bush com a superpopulação do mundo não anglo-saxão, e dos perigosos meios que ele tem adotado na condução deste “problema”. Bush e Farish Quando George Bush foi eleito Vice-presidente em 1980, o misterioso homem do Texas, William Stamps Farish III (“Will”), encarregou-se do gerenciamento de toda riqueza pessoal de George Bush, o qual era de sua cega confiança. Conhecido como

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um dos homens mais ricos do Texas, Will Farish guardou o mais intenso segredo sobre seus relacionamentos de negócios. Somente a fonte de sua imensa fortuna é conhecida, não sua aplicação. Will Farish tem sido de longa data, o mais íntimo amigo e confidente de George Bush. Ele é também o único anfitrião pessoal da rainha britânica Elisabeth II: Farish possui, e cria cavalos de raça que cruzam com as éguas da rainha. É este seu motivo público quando vem à América, e se hospeda em casa de Farish. Esta é uma conexão para o nosso Presidente anglófilo. O Presidente Bush pode contar com toda a confiança de Will Farish, com respeito aos violentos segredos que rodeiam a fortuna da família Bush. A própria fortuna de Farish, foi adquirida no mesmo projeto Hitler, num pesadelo de parceria com o pai de George Bush. Em 25 de março de 1942, Thurman Arnold, assistente da Procuradoria Geral dos Estados Unidos, anunciou que William Stamps Farish (avô do gerenciador do dinheiro do Presidente) havia feito acordo de “não contestação” à acusação de conspiração criminosa com os nazistas. Farish era o principal gerenciador de um cartel mundial entre a Standard Oil Company of New Jersey e a IG Farben. A empresa resultante desta união, tinha inaugurado o campo de trabalho escravo de Auschwitz em 14 de junho de 1940, para produzir borracha artificial (sintética − N. T.) e gasolina derivadas de carvão. O governo de Hitler forneceu oponentes políticos e judeus como escravos, os quais trabalhavam até próximo da morte, e em seguida eram mortos. Arnold, divulgou que a Standard Oil of New Jersey (depois conhecida como Exxon), da qual Farish era presidente e chefe executivo, havia concordado em parar com a obstaculização na conseção de patentes de borracha sintética aos Estados Unidos, as quais a companhia havia concedido aos nazistas. Um comitê investigativo do Senado, conduzido pelo Senador (depois Presidente dos Estados Unidos) Harry Truman, do Missouri, havia chamado Arnold para testemunhar nas audiências sobre colaboração de empresas americanas com os nazistas. Os Senadores demonstraram indignação pela cínica maneira com a qual Farish, continuava sua aliança com o regime de Hitler, que havia iniciado em 1933, quando Farish tornou-se chefe da Jersey Standard. Não sabia ele que havia uma guerra em andamento? O Departamento de Justiça apresentou uma carta, ante o comitê, escrita para o presidente Farish, por seu vice presidente, pouco tempo depois do início da Segunda Guerra Mundial (1º. de setembro de 1939) na Europa. A carta relacionava-se com a renovação de seus anteriores acordos com os nazistas. • Relatório sobre a viagem à Europa

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12 de outubro de 1930

Sr. W. S. Farish

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Caro Sr. Farish: Permaneci na França até 17 de setembro... na Inglaterra reuni-me com senhores da Holanda, da Royal Dutch Shell (Shell Oil Co.), e ... um acordo geral foi alcançado, relativo a mudanças necessárias em nosso relacionamento com a IG Farben, em vista do estado de guerra... o grupo Royal Dutch Shell é essencialmente britânico... Eu também tive várias reuniões com... o Ministério da Aeronáutica britânico...

Necessitei de ajuda para obter a permissão necessária para ir à Holanda... depois de discussões com o embaixador [americano, Joseph Kennedy]... a situação tornou-se completamente clara... os senhores do Ministério da Aeronáutica... muito gentilmente ofereceram-se em assistir-me depois, em minha reentrada na Inglaterra...

Em conseqüência destes arranjos, fui capaz de cumprir com meus compromissos na Holanda, tendo voado até lá num bombardeiro da Real Força Aérea britânica, onde tive três dias de discussões com representantes da IG Farben. Eles liberaram-me documentos assinados de cerca de 2.000 patentes estrangeiras, e nós fizemos o melhor possível no traçado de planos completos de modus vivendi, o qual poderá operar até o fim da guerra, independentemente dos Estadoss Unidos entrarem nela ou não. Atenciosamente, Frank A. Howard

Aqui estão algumas das frias realidades por trás da tragédia da Segunda Guerra Mundial, as quais ajudam a explicar a aliança das famílias Bush-Farish − e sua peculiar intimidade com a rainha da Inglaterra. • A Shell Oil é principalmente, propriedade da família real britânica. O

chairman da Shell, Sir Henry Deterding, ajudou a patrocinar a subida de Hitler ao poder, com Montagu Norman, presidente do banco da família real, o Banco da Inglaterra. A Standard Oil, aliada destes, tomaria parte no projeto Hitler, o qual terminou de forma sangrenta e horrorosa.

• Quando o avô Farish assinou a decisão judicial de acordo, em março de

1942, o Governo tinha já iniciado seu caminho através da confussa rede mundial de monopólios de petróleo, e acordos químicos entre a Standard Oil e os nazistas. Muitas patentes, e outros aspectos de propriedade dos nazistas, resultantes desta parceria, caíram sob intervenção da Custódia de

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Propriedade Estrangeira dos Estados Unidos (US Alien Property Custodian).

• Tio Sam não interviria no Union Bankig Corporation, de Prescott Bush,

senão sete meses depois. O eixo Bush-Farish, iniciou-se em 1929. Naquele ano, o banco de Harriman comprou a Dresser Industries, fornecedores de acopladores para torres de destilação fracionada de petróleo, para a Standard Oil e outras companhias. Prescott Bush, tornou-se diretor e czar financista da Dresser, instalando seu amigo de turma de Yale, Neil Mahlon como chairman. Prescott Bush nomearia depois, um de seus filhos como executivo da Dresser. William S. Farish foi o principal organizador da Humble Oil Co., do Texas, a qual Farish fundiu com a Standard Oil of New Jersey. Farish construiu o império Humble-Standard, de torres de destilação fracionada, e refinarias no Texas. O mercado de ações quebrou logo após a família Bush entrar nos negócios de petróleo. A crise financeira mundial levou à fusão do banco de Walker-Harriman com Brown Brothers, em 1931. O velho sócio da Brown Brothers, Montagu Norman, e seu protegido Hjalmar Schacht, fizeram nervosas visitas à Nova York, naquele ano e no próximo, preparando o novo regime de Hitler para a Alemanha. O mais importante evento político americano, durante aquelas preparações para o governo de Hitler, foi o infame “Terceiro Congresso Internacional de Eugenia” realizado no Museu Americano de História Natural (American Museum of Natural History), de 21 à 23 de agosto de 1932, supervisionado pela Federação Internacional de Sociedades Eugênicas (International Federation of Eugenics Societies). Esta reunião fixou-se na obstinada persistência sobre “inferioridade” e “inadequação social” de grupos afro-americanos e outras alegações relativas à reprodução, expandindo seu número e, amalgamando-se com outros grupos. Foi recomendado que estes “perigos” à grupos étnicos “melhores”, e aos “bem-nascidos”, poderiam ser controlados não só pela esterilização, como também suprimindo-se o “estoque ruim” de “não qualificados”. O governo italiano fascista, enviou um representante oficial. A irmã de Averell Harriman, Mary, diretora de “entretenimento” deste Congresso, vivia no Estado de Virginia; seu Estado, enviou o palestrante W. A. Plecker, comissário em estatísticas vitais de Virginia, que, falaria sobre o tema “pureza racial”. Plecker manteve os delegados palestrantes ocupados com seu tema de esforço no sentido de parar com a miscigenação racial e com o sexo inter-racial em Virginia. Os assuntos tratados no Congresso, eram dedicados à mãe de Averell Harriman; ela havia pago pela fundação do movimento de ciência racial na América, nos anos 10, construindo o Escritório de Registros Eugênicos (Eugenics Record Office) como um

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braço do Laboratório Nacional Galton (Galton National Laboratory) em Londres. Ela e outros Harriman, eram normalmente escoltados às corridas de cavalo pelo velho George Herbert Walker − eles compartilhavam com os Bush e os Farish uma fascinação pela “produção de raça-pura”, pelo cruzamento tanto de cavalos como de homens. Averell Harriman arranjou pessoalmente com a Hamburg-Amerika Line de Walker/Bush o transporte de ideólogos nazistas da Alemanha à Nova York, para esta reunião. O mais famoso dentre eles, era o Dr. Ernst Rudin, psiquiatra do Instituto para Genealogia e Demografia Kaiser Wilhelm (Kaiser Wilhelm Institute for Genealogy and Demography) de Berlim, o qual a família Rockefeller pagou pela ocupação de um andar inteiro para Rudin, com suas pesquisas eugênicas. O Dr. Rudin tinha feito uma palestra na reunião de 1928 em Munique, na Federação Internacional (International Federation), falando sobre “aberrações mentais e higiene racial”, enquanto outros (alemães e americanos) falaram sobre miscigenação racial e esterilização dos “não qualificados”. Rudin tinha também levado a delegação alemã, ao Congresso de Higiene Mental (Mental Higiene Congresss) de 1930, em Washington, DC. No Congresso Eugênico (Eugenic Congress) de Harriman, em Nova York em 1932, Ernst Rudin foi unanimimente eleito presidente da Federação Internacional de Sociedades Eugênicas. Isto foi um reconhecimento à Rudin, como fundador da Sociedade Alemã de Higiene Racial (German Society for Race Higiene), com seu co-fundador e vice presidente da Federação Eugênica, Alfred Plotz. Assim que começaram a aparecer financistas sofrendo de insanidade por depressão (financeira, quebra da bolsa − N.T.), em Berlim e Nova York, Rudin era agora líder oficial do movimento de eugenia mundial. Componentes deste movimento, incluíam grupos com lideranças dedicadas a: • Esterilização de pacientes mentais (“sociedades de higiene mental”); • Execução de insanos, criminosos e doentes terminais (“sociedades de

eutanásia”); • Purificação da raça através da eugenia, pela prevenção da natalidade por parte

de pais com sangue “inferior” (“sociedades de controle de natalidade”). • Antes do campo de Auschwitz tornar-se palavra proibida, estes grupos de

britânicos-americanos-europeus, falavam abertamente sobre eliminação dos “não-qualificados” por meios que incluíam força e violência.

Dez meses depois, em junho de 1933, o Ministro do Interior de Hitler, Wilhelm Frick, falou à uma reunião eugênica, no novo Terceiro Reich. Frick classificou os alemães como raça “degenerada”, denunciando um quinto dos pais alemães por produzirem “deficientes mentais” e crianças “defeituosas”. No mês seguinte, em uma

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comissão de Frick, o Dr. Ernst Rudin, escreveu a “Lei de Prevenção de Doenças Hereditárias na Posteridade”, a lei de esterilização modelada em prévios estatutos do Estado da Virginia, e outros estados americanos. Côrtes especiais foram logo estabelecidass para a esterilização de pacientes mentais alemães, cegos, surdos e acoólatras. Um quarto de milhão de pessoas nestas categorias foram esterilizadas. Rudin Plotz e seus colegas, treinaram toda uma geração de médicos e psiquiatras − como esterilizadores e matadores. Quando a guerra estalou, os eugenicistas, doutores e psiquiatras, formaram a nova Agência T4 (Esta Agência situava-se à Tiergartenstrasse no. 4, daí “T 4”), que planejou e supervisionou matanças em massa: primeiro nos “centros de eutanásia,” onde as mesmas categorias que eram submetidas à esterilização, como descrito acima, passaram agora a ser assassinadas, e seus cérebros retiradoss e enviados em lotes de 200 para experimentos psiquiátricos; depois, passaram a ser enviados para campos de escravos como Auschwirz; e finalmente, judeus e outras vítimas raciais, eram enviadas para campos de extermínio sumário na Polônia, como Treblinka e Belsen. Em 1933, quando apareceu o que Hitler havia denominado sua “Nova Ordem”, John D. Rockefeller Jr. indicou William S. Farish para chairman da Standard Oil Co. of New Jersey (em 1937, ele se tornou presidente e chefe executivo). Farish transferiu seus escritóros para o Rockefeller Center, em Nova York, quando então investiu tempo em bons negócios com Hermann Schmitz, chairman da IG. Sua companhia contratou os serviços de um publicitário, Yve Lee, para escrever propaganda pró-IG Farben e pró-nazistas a serem divulgadas na imprensa americana. Agora que Farish estava fora do Texas, tornou-se ele próprio empresário de navegação --- como a família Bush. Ele contratou tripulações inteiras de alemães, para os navios tanques da Standard Oil. Contratou também Emil Helfferich, chairman da Hamburg-Amerika Line de Walker/Bush/Harriman, também da subsidiária alemã da Standard Oil Company. Karl Lindemann, membro da junta da Hamburg-Amerika, também se tornou alto executivo da Standard de Farish na Alemanha. Esta interligação, com seus alemães nazistas, colocou Farish juntamente com Prescott Bush num pequeno e seleto grupo de homens que operavam do exterior através da “revolução” de Hitler, e calculavam que nunca poderiam ser punidos. Em 1939, Martha, filha de Farish, casou-se com o irmão de Averell Harriman, Edward Harriman Guerry, tornando-se assim genro de Farish e sócio de Prescott Bush na Broadway 59. Ambos, Emil Helfferich e Karl Lindemann, foram autorizados a assinar cheques para Heinrich Himmler, chefe da SS nazista, em uma conta especial da Standard Oil. Esta conta era gerenciada pelo banqueiro alemão-britânico-americano Kurt von Schröder.

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De acordo com documentos da Inteligência americana, examinados pelo autor Anthony Sutton, Emil Helfferich continuou com seus pagamentos para a SS até 1944, tempo em que a SS supervisionava o assassinato em massa em Auschwitz e outros campos da Standard Oil e IG Farben. Helfferich disse, depois da guerra, aos interrogadores aliados, que estas não eram contribuições pessoais suas − ao contrário, eram fundos corporativos da Standard Oil. Depois de declarar inocência por acusações de conspiração criminosa com os nazistas, William Stamps Farish foi multado em 5.000 dólares (multas similares de 5.000 dólarres foram impostas à empresa matriz Standard Oil, e a cada uma de suas subsidiárias). Isto, sem dúvida nenhuma, não interferiu com os milhões de dólares que Farish adquiriu em conjunto com a Nova Ordem de Hitler, como grande acionista, chairman e presidente da Standard Oil. Todo o governo comprovou o uso das patentes que sua companhia havia passado aos nazistas − as patentes de Auschwitz − mas que haviam sido sonegadas aos militares e às indústrias americanas. Mas a guerra ia em frente, e se jovens eram chamados à morrer lutando contra Hitler...alguma coisa a mais era necessário. Farish foi arrolado ante o comitê do Senado que investigava o programa nacional de defesa. O chairman do comitê, Senador Harry Truman, declarou aos repórteres antes do testemunho: “Penso que isto se aproxima de traição”. Farish começou discordando destas audiências. Ele se desculpou demonstrando indignação perante os Senadores, e disse que não era “desleal”. Depois que os meses de audiências de março e abril chegaram ao fim, mais sujeiras vieram à tona relativas à Farish e à Standard Oil, no Departamento de Justiça e no Congresso. Farish tinha iludido a Marinha dos Estados Unidos, no sentido de impedi-la na aquisição de certas patentes, enquanto as fornecia à máquina de guerra nazista; enquanto isto, ele supria gasolina e chumbo tetra-etílico (aditivo para combustível − N.T.) para os submarinos e a Força Aérea da Alemanha. Comunicações entre a Standard Oil e a IG Farben, da época do início da guerra, foram liberadas para o Senado, mostrando que a organização de Farish tinha arranjado meios de iludir o governo dos Estados Unidos, no sentido de despistar fundos nazistas: eles comprariam nominalmente participações em certas patentes da IG Farben, porque “na possibilidade de guerra entre nós e a Alemanha... seria certamente muito indesejável que estes 20% da Standard Oil-IG Farben, fossem transferidos para a Custódia de Propriedade Estrangeira dos Estados Unidos, que poderia vendê-las a interesses não amistosos. John D. Rockefeller Jr. (pai de David, Nelson e John D. Rockefeller III), controlador e proprietário da Standard Oil, disse à administração Roosevelt, que não conhecia o dia-a-dia dos negócios de sua companhia, e que todos esses assuntos eram manejados por Farish e outros executivos.

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Em agosto, Farish foi convocado novamente para mais testemunhos. Ele agora, era freqüentemente acusado de mentiroso. Farish foi imprensado sob intensas e desgastantes discussões públicas; tornou-se melancólico e lívido. Enquanto Prescott Bush escapou da publicidade, quando o governo interviu em sua organização bancária nazi em outubro, Farish foi apontado publicamente. Acabou sofrendo colapso e morreu de ataque cardíaco em 29 de novembro de 1942. A família Farish foi devastada pela exposição pública. O filho, William Stamps Farish Jr., Tenente da Força Aérea do Exército, foi humilhado pelo conhecimento público de que seu pai estava abastecendo de gasolina a aviação inimiga; morreu no Texas, seis meses depois em um acidente de treinamento. Com esta dupla morte, a fortuna composta em grande parte por receitas da Standard Oil do Texas e da Alemanha nazista, foi parar nas mãos do pequeno neto, William Stamps Farish III (“Will”), de 4 anos de idade. Will Farish cresceu recluso, o mais secreto multimilionário do Texas, com investimentos “daquele dinheiro” numa multidão de países estrangeiros, e figura central de contatos exóticos, espalhando-se pelo mundo das finanças e da Inteligência − particularmente na Grã-Bretanha. O eixo Bush-Farish deu início à carreira de George Bush. Depois de sua formatura, em 1948 em Yale (e também na Skull and Bones), George Bush voou para o Texas, num avião da empresa, e foi empregado na Dresser Industries por seu pai. Em poucos anos ele ganhou ajuda de seu tio, George Walker Jr., e de banqueiros britânicos amigos de Farish, para lançá-lo em negócios especulativos na área de petróleo. Pouco tempo depois, George Bush fundou a Zapata Oil Company, a qual perfurou poços em certos locais de grande interesse estratégico à comunidade de Inteligência anglo-americana. Will Farish, com 25 anos de idade, serviu de ajuda pessoal ao chairman da Zapata, Geroge Bush, em sua campanha sem sucesso de 1964 ao Senado. Will Farish usou o “dinheiro de Auschwitz” no apoio financeiro à George Bush, investindo na Zapata. Quando Bush foi eleito para o Congresso em 1966, Farish juntou-se à junta diretora da Zapata. Quando George Bush tornou-se Vice-presidente em 1980, as fortunas das famílias Farish e Bush estavam de novo, completa e secretamente em comunhão. Como veremos, os velhos projetos estavam agora sendo ressuscitados. Bush e Draper Vinte anos antes de ser Presidente dos Estados Unidos, George Bush trouxe dois professores de “ciência racial” para a Força-Tarefa Republicana sobre Recursos Terestres e População (Republican Task Force on Earth Resources and Population). Como chairman da Força-Tarefa, o então Congressista Bush convidou os professores

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William Shockley e Arthur Jensen para que explicassem ao comitê, como o alegado descontrole de natalidade afro-americana estava “degenerando” a população americana. Subseqqentemente, Bush agregou pessoalmente ao Congresso, o testemunho que seus advogados tinham dado à Força-Tarefa, concernente à inferioridade negra. George Bush deteve seus ouvintes com declarações de ataque à ameaça causada por bebês negros, em 5 de agosto de 1969, quando a maior parte do mundo tinha a mente ocupada com coisa melhor − celebrando o progresso da humanidade pelo primeiro pouso na Lua, 16 dias antes. O pensamento obssessivo de Bush à este respeito, foi guiado pelo amigo de sua família, General William H. Draper Jr., fundador e chairman do Comitê de Crise Populacional (Population Crisis Committee), e vice chairman da Federação de Planejamento Familiar (Planned Parenthood Federation). Draper vinha há tempos, orientando discussões públicas nos Estados Unidos com respeito à chamada “Bomba Populacional” em áreas do mundo de população não-branca. Se o Congressista Bush tivesse explicado à seus colegas, “como sua família veio a conhecer o General Draper, poderiam eles talvez se sentir alarmados, ou talvez até sentir pânico, e prestar mais atenção à apresentação de Bush. Infelizmente, a doutrina populacional de Draper-Bush é agora a política externa oficial dos Estados Unidos. William H. Draper Jr. juntou-se ao time de Bush em 1927, quando foi contratado pela Dillon, Read & Co., banqueiros de investimento de Nova York. Draper foi encarregado de um novo posto de trabalho na firma: gerenciamento da conta de Thyssen. Recordamos que em 1924, Fritz Thyssen criou seu Union Banking Corporation no banco de George Herbert Walker, na Broadway 39, Manhattan. O chefe da Dillon,Read & Co., Clarence Dillon, tinha começado a trabalhar com Fritz Thyssen algum tempo depois que Averell Harriman encontrou-se com Thyssen pela primeira vez − aproximadamente quando Thyssen começou a financiar a carreira política de Adolf Hitler. Em janeiro de 1926, a Dillon,Read criou o German Credit and Investment (Crédito e Investimento Alemão) em Newark, Nova Jersey, e em Berlim, Alemanha, que funcionaria como o banco de curto prazo de Thyssen. Neste mesmo ano, a Dillon, Read criou a Vereinigte Stahlwerke (German Steel Trust), incorporando os interesses da família Thyssen sob direção financeira de Nova York e Londres. William H. Draper Jr., foi feito diretor, vice presidente e tesoureiro assistente do German Credit and Investment Corp. Seu negócio era empréstimos de curto prazo e truques de gerenciamento financeiro para Thyssen e o German Steel Trust. Os clientes de Draper, patrocinaram a tomada terrorista de Hitler: seus clientes conduziram a construção da indústria de guerra nazi; seus clientes fizeram guerra

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contra os Estados Unidos. Os nazistas eram parceiros inseparáveis de Draper em Berlim e Nova Jersey: Alexander Kreuter, residente em Berlim, era presidente; Frederic Brandi, cujo pai era alto executivo de carvão na German Steel Trust, mudou-se para os Estados Unidos em 1926, e trabalhou como co-diretor de Draper em Newark. O papel de Draper foi crucial para a Dillon, Read & Co., da qual era sócio e eventualmente vice presidente. O German Credit and Investment Corp. (GCI) era “fachada” para a Dillon,Read: ele tinha o mesmo endereço em Nova Jersey da US & International Securities Corp (USIS), e o mesmo tesoureiro trabalhava para ambas. Clarence Dillon e seu filho, C. Douglas Dillon, eram diretores da USIS, que veio à público quando Clarence Dillon foi arrolado ante o Comitê de Bancos do Senado, nas famosas audiências “Pecora”, em 1933. A USIS foi mostrada como um dos grandes esquemas especulativos piramidais, o qual tinha fraudado acionistas em centenas de milhões de dólares. Estas políticas de investimento colocaram a economia dos Estados Unidos em rota de colisão, resultando na grande depressão dos anos 30. Mas a empresa de “fachada” GCI, de William H. Draper Jr., aparentemente não era ligada à empresa de “fachada” USIS, ou à Dillon, desta forma, escapando ao limitado escrutínio dos Congressistas. Esta vista panorâmica, foi para evidenciar a maior infelicidade, particularmente daquelas 50 milhões de pessoas que morreram subsequentemente na Segunda Guerra Mundial. Dillon,Reead contratou o relações públicas Yve Lee, para preparar o testemunho de seus executivos e também, para confundir e frustrar os Congressistas. Yve Lee, aparentemente, teve bastante tempo de folga em suas tarefas como criador de imagem para William S. Farish, e a empresa nazi IG Farben Co. Ele manipulou o pensamento do Congresso de forma a que os Congressistas não perturbassem a operação de Draper na Alemanha − e que também não interferissem com Thyssen, ou com o homem do dinheiro americano de Hitler. Então, em 1932, William H. Draper Jr., estava livre para financiar o Congresso Internacional de Eugenia, como “membro patrocinador”. Estava ele usando sua própria receita, como banqueiro de Thyssen? Ou será que os fundos procediam de contas corporativas da Dillon,Read, talvez para serem escrituradas como créditos de impostos relativos a “despesas para o projeto Alemanha: purificação racial?” Draper ajudou na escoolha de Ernst Rudin, para chefe do Movimento Mundial de Eugenia, o qual usou seu escritório para promover o que ele denominara de “missão sagrada de higiene racial nacional e internacional” de Adolf Hitler. W. S. Farish, como vimos, foi publicamente esposto em 1942, humilhado e destruído. Justo antes de Farish morrer, o escritório bancário nazista de Prescott Bush, sofreu intervenção e foi fechado na surdina. Mas o íntimo amigo e sócio de Presott nos negócios Thyssen-Hitler, William H. Draper Jr., não morreu nem foi impedido em

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seus negócios com a Alemanha. Draper declarou-se, ele próprio, diretor do German Credit and Investment Corp., durante o ano de 1942, e a firma não foi liquidada senão em novembro de 1943. Mas a guerra seguia; Draper, Coronel reformado, desligou-se do teatro do Pacífico e tornou-se General. O General Draper tinha aparentemente um hobby: ilusões mágicas, truque de mãos, etc. − ele era membro da Sociedade Americana de Mágicos (Society of American Magicians). Isto, não é irrelevante para sua carreira subseqüente. O regime Nazi rendeu-se em maio de 1945. Em julho de 1945, o General Draper foi chamado à Europa pelas autoridades governamentais militares americanas, na Alemanha. Draper foi indicado chefe da Divisão Econômica da Comissão de Controle dos Estados Unidos. Ele foi incumbido de separar os cartéis corporativos nazistas. Há uma espantosa, mas perfeita lógica para isto − Draper conhecia muito bem a tarefa! O General Draper, que tinha gasto cerca de 15 anos, financiando e gerenciando a sujeira das empresas nazistas, foi agora autorizado a decidir quem seria exposto, quem perderia, e quem manteria seus negócios, e para todos os efeitos práticos, quem seria processado por crimes de guerra. Draper não foi o único ocupando cargos governamentais de pós-guerra. Considere o caso de John J. McCloy, Governador Militar dos Estados Unidos e alto Comissário da Alemanha, 1949-1952. Sob instruções de sua firma de advocacia de Wall Street, McCloy tinha vivido por um ano na Itália, servindo como conselheiro para o governo fascista de Benito Mussolini. Colaborador íntimo do banco de Harriman/Bush, McCloy teve assento no camarote de Adolf Hitler nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, como convidado dos comandantes Rudolf Hess e Hermann Goring. William H. Draper Jr., como um “conservador” esteve alinhado com o “liberal” Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Morgenthau, num jogo viciado. Morgenthau, queria que a Alemanha fosse destruída como nação, que sua indústria fosse desmantelada e que fosse reduzida a uma nação puramente rural. Como chefe econômico em 1945 e 1946, Draper “protegeu” a Alemanha do Plano Morgenthau... mas teve seu preço. Draper e seus colegas queriam que a Alemanha e o mundo aceitassem a culpa coletiva do povo alemão como explicação para a implantação da Nova Ordem de Hitler, e dos crimes de guerra nazistas. Isto, é claro, foi por demais conveniente para ele próprio, General Draper, como também o foi para a família Bush. Décadas depois, ainda é conveniente, possibilitando ao filho de Prescott, Presidente Bush, discursar relembrando a Alemanha, quanto ao perigo do hitlerismo. Parece-nos que a Alemanha, está muito lenta em aceitar sua Nova Ordem Mundial. Depois de vários anos de serviço governamental (sempre trabalhando diretamente para Harriman, na Aliança do Atlântico Norte − OTAN), o General Draper foi indicado em 1958 para chairman de um comitê, o qual deveria orientar o Presidente

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Dwight Eisenhower, sobre o curso das ajudas militares norte-americanas à outros países. Naquele tempo, Prescott Bush era Senador dos Estados Unidos por Connecticut, amigo confidencial e parceiro de golf do Diretor de Segurança Nacional (National Security Council − NSC, ou Conselho de Segurança Nacional) Gordon Gray, e também, importante parceiro de golf de Dwight Eisenhower. O velho advogado de Prescott dos dias nazistas, John Foster Dulles, era Secretário de Estado, e seu irmão, Allen Dulles, um dos primeiros no banco de Schröder, era chefe da CIA. Este amigável relacionamento incorporou o Generral Draper, de forma a dar publicidade à seu comitê de aconselhamento para ajuda militar. Com isto, ele mudou os objetivos em estudos. No ano seguinte, o comitê Draper recomendou que os Estados Unidos reagissem ao suposto perigo da “explosão populacional” com formulação de planos para despopular países pobres. O crescimento da população não-branca do mundo, ele propôs, deveria ser encarado como perigoso à Segurança Nacional dos Estados Unidos! O Presidente Eisenhower, rejeitou a recomendação. Mas, na década seguinte, o General Draper fundou o Comitê de Crise Populacional (Population Crisis Committee) e o Fundo Draper (Draper Fund), unindo-se às famílias Rockefeller e DuPont, de forma a promover controles populacionais eugênicos. A administração do Presidente Lyndon Johnson, aconselhada sobre este assunto pelo General Draper, começou a financiar programas de controle de natalidade nos países tropicais, através da Agência para Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (US Agency for International Development − USAID). O General Draper foi o guru de George Bush nas questões de população. Mas houve também dinheiro de Draper − daquela horrível fonte − e também conexões de Draper em Wall Street e no exterior. O filho e sucessor de Draper, William H. Draper III, era co-chairman para finanças (chefe para levantamento de fundos) da organização da campanha nacional para a Presidência de George Bush em 1980. Com George Bush na Casa Branca, o jovem Draper chefiaria as atividades de despopulação das Nações Unidas pelo mundo afora. O Generral Draper foi vice presidente da Dillon,Read até 1953. Durante os anos 50 e 60, o chefe executivo da Dillon,Read era Frederic Brandi, o alemão que foi co-diretor de Draper nos investimentos nazistas, e seu homem pessoal de contato com a empresa nazi, German Steel Trust. Nicholas Brady, era sócio de Brandi desde 1954, e o substituiu como chefe executivo da firma em 1971. Nicholas Brady, que conhece onde todos os corpos estão enterrados, foi chairman da campanha eleitoral de seu amigo George Bush, em Nova Jersey, em 1980, e tem sido Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, durante a Presidência de Bush. Bush e Gray

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A Agência para Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID), diz que esterilização cirúrgica é a “primeira escolha” da administração Bush, como método de redução populacional no Terceiro Mundo. O Fundo Populacional das Nações Unidas (United Nations Population Fund) declara que 37% de usuários de métodos contraceptivos na Ibero-América e no Caribe, já são cirurgicamente esterilizados. Em um relatório de 1991, a agência de William H. Draper III, afirma que 254 milhões de casais serão cirurgicamente esterilizados durante o curso dos anos 90, e que, se a presente tendência continuar, 80% das mulheres de Porto Rico e Panamá serão cirurgicamente esterilizadas. O Governo dos Estados Unidos paga a conta destas esterilizações. O México é a primeira dentre as nações alvo, de uma lista que foi feita em julho de 1991, na seção de estratégia da USAID. Índia e Brasil são segunda e terceira prioridades respectivamente. Sob contrato com a administração Bush, funcionários dos Estados Unidos estão trabalhando em bases instaladas no México, para realizar milhões de cirurgias em homens e mulheres mexicanos. O objetivo estratégico deste programa, é esterilizar jovens adultos que não tenham ainda completado suas famílias. George Bush tem, de qualquer forma, conhecimento pessoal profundo com respeito à este projeto, em particular no que toca ao embate entre ele e o Papa João Paulo II, em países católicos como o México. (Veja Capítulo IV seguinte, sobre a origem da obstinação da família Bush sobre este assunto). O gasto, para controle de natalidade em países não-brancos, é um dos poucos itens que é administrado de baixo para cima, no orçamento da administração Bush. Quando o orçamento de 1992 estava sendo feito, a USAID disse que a sua conta de população receberia 300 milhões de dólares, ou seja, 20% de aumento com respeito ao ano anterior. Dentro deste projeto, uma significante soma é gasta em manipulações políticas e psicológicas nas nações alvo, de preferência agitação subversiva de suas religiões e governos. É esperado que estas atividades possam causar sérias objeções por parte das vítimas, ou por parte dos contribuintes americanos, especialmente se ao programa for dado grande publicidade. Sem levar em conta considerações morais, questões legais poderiam naturalmente ser levantadas, como a seguinte: como George Bush pensa poder escapar disto? A este respeito, o Presidente tem um esperto conselheiro. Sr. Boyden Gray tem sido conselheiro de George Bush desde a eleição de 1980. Como funcionário chefe para assuntos legais da Casa Branca, Boyden Gray pode guiar o Presidente através dos perigos e complexidades de realizar esta incomum guerra contra populações do Terceiro Mundo. Gray sabe como estas coisas são feitas.

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Quando Boyden Gray tinha 4 ou 5 anos de idade, seu pai organizou o projeto piloto para o presente programa de esterilização mundial, programa doméstico da Carolina do Norte, da família Gray. Ele iniciou em 1946. O Movimento Eugênico procurava um meio de reiniciar na América. Os campos de concentração como Auschwitz, tinham deixado marcas profundas na consciência do mundo. A Liga de Esterilização da América (Sterilization League of América), que tinha mudado seu nome durante a guerra para “Birthright, Inc.”queria iniciar novamente. Primeiro eles teriam que driblar o nervosismo público causado pela proposta de eliminação de pessoas “inferiores” e “defeituosas”. A Liga tentou reiniciar em Iowa, mas teve que retroceder por motivo de publicidade negativa: um menino tinha, recentemente, sido esterilizado lá, e tinha morrido por causa da operação. Eles optaram pela Carolina do Norte, onde a família Gray podia ter papel principal. Através de contatos imperiais britânicos, o avô de Boyden Gray, Bowman Gray, tinha se tornado o principal proprietário da R. J. Reynolds Tobacco Co. O pai de Boyden, Gordon Gray, tinha recentemente fundado a Escola Médica Memorial Bowman Gray (Bowman Gray Memorial Medical Sschool) em Winston-Salem, usando sua herança de ações da fábrica de cigarros. A escola médica já era um centro de eugenia. Assim que o experimento iniciou, a grande tia de Gordon Gray, Alice Shelton Gray, que o tinha tirado da infância, estava vivendo em sua casa. Tia Alice tinha fundado o “Human Betterment League”, o braço da Carolina do Norte do movimento eugênico nacional de esterilização. Tia Alice, era a funcionária supervisora de experimento de 1946-47. Trabalhando sob a Senhora Gray, estava o Dr. Claude Nash Herndon, o qual Gordon Gray tinha transformado em professor assistente de “genética médica” na Escola Médica Bowman Gray. O Dr. Clarence Gamble, herdeiro da fortuna de sabonetes Procter & Gamble, foi o chefe de operações de campo da esterilização nacional. O experimento funcionou como segue: Todas as crianças pertencentes ao distrito escolar Winston-Salem, NC, eram submetidas a um “teste de inteligência” especial. Aquelas que ficavam abaixo de uma determinada marca harbitrária, eram em seguida selecionadas, e cirurgicamente esterilizadas. Nos referiremos agora a história oficial do projeto:

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• Em Winston-Salem, e nas vizinhanças do condado de Orange, Carolina do Norte, o comitê de campo da Liga de Esterilização tinha participado em projetos de testes para identificar crianças em idade escolar que deveriam ser consideradas para esterilização. O projeto no condado de Orange foi conduzido pela Universidade da Carolina do Norte, e foi financiado por um “Sr. Hanes”, amigo de Clarence Gamble e suporte do trabalho de projeto de campo na Carolina do Norte. O projeto de Winston-Salem foi também financiado por Hanes. “Hanes” era o importante James Gordon Hanes, gerenciador da Escola Médica Bowman Gray e tesoureiro do grupo Alice Gray...

A escola médica tinha uma longa história de interesses em eugenia, e tinha compilado extensas histórias de famílias carregando doenças hereditárias. Em 1946, o Dr. C. Nash Herndon... fez uma declaração à imprensa, sobre o uso de esterilização como forma de prevenção da disseminação de doenças hereditárias... O primeiro passo, depois dos testes mentais implementados em crianças de nível escolar, era interpretar e tornar público o resultado. No condado de Orange, os resultados indicaram que 3% das crianças em idade escolar, eram insanas ou de mente fraca... Depois, o comitê de campo contratou um assistente social para rever cada caso... e apresentar os casos, para os quais a esterilização era indicada, à Junta Estadual de Eugenia (State Eugenics Board), a qual, sob a lei da Carolina do Norte, tinha a autoridade para ordenar a esterilização...

O cientista de raça e pesquisador, Dr. Claude Nash Herndon, forneceu maiores detalhes numa entrevista em 1990:

• Alice Gray era a supervisora geral do projeto. Ela e Hanes, enviaram cartas promovendo o programa à comissários de todos os 100 condados da Carolina do Norte.... Que fiz eu? Nada, além de ser guiado na coisa toda! Os assistentes sociais operavam fora de meu escritório. Eu era naquele tempo também, diretor de serviços do Hospital Batista da Carolina do Norte (North Caroline Baptist Hospital). Nós podíamos ver os pais das crianças alvo, lá... testes de QI eram aplicados em todas as crianças do sistema de escolas públicas de Winston-Salem. Somente aquelas que tinham resultado realmente muito baixo eram alvos para esterilização, os realmente abaixo da marca, como abaixo de 70.

Fizemos esterilização em jovens crianças? Sim. Isto era relativamente, operação de menor importância... normalmente não antes da criança completar 8 ou 10 anos de idade. Para os garotos, fazia-se apenas uma incisão e ligava-se o tubo... Mais freqüentemente realizávamos a operação em meninas do que em meninos. É claro, temos que abrir o abdomem, mas novamente, é relativamente de menor importância.

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O Dr. Herndon assinalou friamente que “nós tínhamos um relacionamento muito bom com a imprensa” para o projeto. Isto não é surpresa, desde que Gordon Gray era proprietário do Winston-Salem Jounal, do Twin City Sentinel e da estação de rádio WSJS. Em 1950 e 1951, John Foster Dulles, o chairman da Fundação Rockefeller (Rockefeller Foundation) guiou John D. Rockefeller III em uma série de tours pelo mundo, focalizando a necessidade de parar com a expansão da população não-branca. Em novembro de 1952, Dulles e Rrockefeller criaram o Conselho Populacional (Population Council), com dezenas de milhões de dólares da família Rockefeller. Naquele ponto, a Sociedade Americana de Eugenia, ainda cautelosamente por causa da recém má publicidade vis-a-vis Hitler, deixou seu velho quartel-general na Universidade de Yale. A sociedade mudou seu quartel-general para o escritório do Conselho Populacional, e os dois grupos uniram-se. O, de longo tempo, secretário da Sociedade Americana de Eugenia, Frederick Osborne, tornou-se o primeiro presidente do Conselho Populacional. O esterilizador de crianças da família Gray, Dr. Claude Nash Herndon, tornou-se presidente da Sociedade Americana de Eugenia em 1953, enquanto seu trabalho se expandia sob o patronato de Rockefeller. Enquanto isto, a Federação Internacional de Paternidade Planejada (International Planned Parenthood Federation) foi fundada em Londres, nos escritórios da Sociedade Eugênica Britânica (British Eugenics Society). O não-morto inimigo da Segunda Guerra Mundial, renomeado “Conselho Populacional”, tinha agora sido revivido. George Bush foi embaixador da Nações Unidas em 1972, quando, com um empurrão dele e de seus amigos, a Agência para Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) pela primeira vez fez um contato oficial com a velha Liga de Esterilização da América. A Liga tinha mudado de nome duas vezes, e era agora chamada de “Associação para Contracepção Cirúrgica Voluntária (Association for Voluntary Surgical Contraception)”. O governo dos Estados Unidos começou pagando o velho grupo fascista para esterilizar não-brancos em países estrangeiros. O experimento da família Gray tinha sido bem sucedido. Em 1988, a USAID assinou seu último contrato com a velha Liga de Esterilização (isto é, Associação para Contracepção Cirúrgica Voluntária), comprometendo o governo dos Estados Unidos a gastar 80 milhões de dólares durante 5 anos. Tendo escapado, com a esterilização de muitas centenas de crianças em idade escolar na Carolina do Norte, “normalmente com não menos de 8 ou 10 anos de idade”, o mesmo grupo está agora autorizado pelo Presidente Bush, a fazer o mesmo em 58

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países da Ásia, África e Ibero-América. O grupo declara modestamente, que já esterilizou “somente” dois milhões de pessoas, com 87% da conta, paga pelos contribuintes americanos. Enquanto isto, o Dr. Clarence Gamble, o fabricante de sabonetes favorito de Boyden Gray, formou seu próprio “Fundo Pathfinder (Pathfinder Fund)” como rebento da Liga de Esterilização. O Fundo Pathfinder de Gamble, com milhões de dólares adicionais da USAID, concentra-se na penetração de grupos sociais locais de países não-brancos, para quebrar a resistência psicológica para os times de esterilização cirúrgica.

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George Bush: A Biografia não Autorizada − por Webster Griffin Tarpley & Anton Chaitkin Capítulo − IV – O Centro do Poder Está em Washington

• Brown Brothers Harriman & Co. Wall Street 59, Nova York Endereço Telegráfico “Shipley-Nova York” Negócio Estabelecido em 1818 Banqueiros privados 5 de setembro de 1944

Honorável W. A. Harriman Embaixador Americano para a Rússia Embaixada Americana Moscou, Rússia

Caro Averell:

Pensando que possivelmente o artigo de Bullit da recente edição de “Life” pode não ter chegado ao seu conhecimento, eu o anexei e o estou enviando, imaginando que o mesmo possa lhe interessar. No presente momento, tudo bem por aqui. Com calorosos abraços, sou, Sinceramente seu, Press − (assinado Prescott Bush)

“No presente momento, tudo bem por aqui”. Assim o embaixador para a Rússia foi tranqüilizado pelo sócio gerente de sua firma, Prescott Bush. Somente 22 meses e meio antes, o governo dos Estados Unidos tinha feito intervenção e fechado o Union Banking Corporation, o qual tinha sido operado em benefício da Alemanha Nazista, por Bush e pelos Harriman (Veja Capítulo II). Mas isto tinha ficado para trás, e eles estavam salvos agora. Não haveria publicidade sob o patrocínio de Harriman-Bush ao hitlerismo. O filho de Prescott, George, futuro Presidente dos Estados Unidos, estava agora também salvo. Três dias antes dessa menssagem à Moscou ser escrita, George Bush tinha saltado de pára-quedas de um avião bombardeiro da Marinha sobre o oceano Pacífico, matando seus dois membros da tripulação, quando, o avião sem piloto caiu. Cinco meses depois, em fevereiro de 1945, o chefe de Prescott, Averell Harriman, escoltou o Presidente Franklin Delano Roosevelt à uma reunião que seria o topo irreverssível dos destinos da humanidade, com o líder soviético Joseph Stalin, em

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Yalta. Em abril, Roosevelt morreu. O acordo alcançado em Yalta, que demandava eleições livres na Polônia, uma vez terminada a guerra, jamais foi realizado. Durante os próximos 8 anos (1945 até 1952), Prescott Bush foi a âncora de Harriman no mundo financeiro de Nova York. A crescente influência do Sr. Harriman e de seus aliados, entregou o leste europeu para o ditador soviético. A guerra fria foi então iniciada para “contrabalançar” os soviéticos. Esta estratégia de inspiração britânica, rendeu muitos dividendos em pesadelos. O leste europeu permaneceria reduzido à escravidão. A Alemanha foi “permanentemente” dividida. A força da potência anglo-americana foi conjuntamente exercitada sobre o “mundo livre” não soviético. As funções confidenciais dos governos britânico e americano foram unidas. O grupo de Harriman apoderou-se do aparato de segurança nacional dos Estados Unidos, e em fazendo isso, eles abriram as portas para a família Bush entrar. Copiando seus serviços prestados ao Partido Nazista, Averell Harriman despendeu muitos anos, mediando entre os governos britânico, americano e soviético, durante a guerra, para frear os nazistas. Ele foi embaixador para Moscou de 1943 até 1946. O Presidente Harry Truman, o qual Harriman e seus amigos mantiveram numa desconsideração até engraçada, indicara Harriman como embaixador dos Estados Unidos para a Grã-Bretanha em 1946. Harriman estava em almoço com o Primeiro-ministro britânico Winston Churchill, um dia em 1946, quando Truman telefonou. Harriman perguntou à Churchill se ele (Harriman) aceitaria a oferta de Truman, de ir para os Estados Unidos como Secretário de Comércio. De acordo com anotações de Harriman, Churchill lhe respondeu: “Absolutamente. O centro do poder está em Washington”. Ilha Júpter A reorganização do Governo americano, depois da Segunda Guerra Mundial − a criação da Agência Central de Inteligência (CIA), segundo o modelo britânico, por exemplo − teve conseqüências devastadoras. Referimo-nos aqui, à apenas alguns aspectos da transformação total, aqueles de política e de família, que deram forma à vida e à mente de George Bush, e que lhe forneceram acesso ao poder. Foi nestes anos de pós-guerra, que George Bush estudou na Universidade de Yale, e foi introduzido na Sociedade Skull and Bones. A residência da família Bush naquele tempo, situava-se em Greenwich, Connecticut. Mas, foi exatamente nesta época, que os pais de George, Prescott e Dorothy Walker Bush, passavam suas férias de inverno num recanto peculiar da Flórida, um lugar que é totalmente excluído de ser mencionado na literatura originada nos círculos de Bush. Certas reportagens de noticiários nacionais, nos idos de 1991, focalizaram observações sobre a infância do Presidente, feitas por sua velha mãe Dorothy. Ela se

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dizia residente de Hobe Sound, Flórida. Mais precisamente, a mãe do Presidente, vivia em um lugar hiper seguro, criado meio século antes, por Averell Harriman, adjacente à Hobe Sound. Seu nome correto é Ilha Júpter. Durante sua carreira política, George Bush tem declarado muitos e diferentes locais de moradia, incluindo Texas, Maine, Massachussets e Connecticut. Não é de bom interesse para ele, mencionar a Flórida, por saber que este Estado possui conexão vital com seu papel no mundo, como veremos. A residência base de George Bush, durante sua vida adulta, tem sido a Ilha Júpter. A diferente e bizarra escolha pela Ilha Júpter, deu-se em 1931, logo após a fusão da W. A. Harriman & Co. com a firma anglo-americana Brown Brothers. O leitor pode lembrar-se do Sr. Samuel Pryor, o “mercador da morte”. Sócio dos Harriman, Prescott Bush, George Walker e do chefe nazista Fritz Thyssen, em empresas bancárias e de navegação, “Sam” Pryor permaneceu chairman do comitê executivo da Remington Arms. Neste período, os Exércitos privados nazistas (SA e SS) foram supridos com armas americanas − grande parte por Pryor e sua companhia --- assim que iniciaram a derrubada da República Alemã (Weimar − N. T.). Tal tráfico de armas, como instrumento de política nacional, tornar-se-ia notório no futuro, como no caso “Irã-Contra”. A filha de Samuel Pryor, Permelia, casou-se com o graduado em Yale, Joseph V. Reed, no último dia de 1927. Reed, foi imediatamente trabalhar para Prescott Bush e George Walker, como estagiário na W. A. Harriman & Co. Durante a Segunda Guerra Mundial, Joseph V. Reed, tinha servido na seção de “Forças Especiais” do Corpo de Sinaleiros do Exército dos Estados Unidos (US Army Signal Corps). Como especialista em segurança, códigos e espionagem, Reed mais tarde escreveu o livro intitulado “Fun with Cryptograms (Diversão com Criptogramas)”. Sam Pryor, foi proprietário de terras na região de Hobe Sound, Flórida, durante certo tempo. Em 1931, Joseph e Permelia Pryor Reed, compraram a Ilha Júpter inteira. Esta é uma linda e típica ilha da costa atlântica, com meia milha de largura e nove milhas de comprimento. Hobe Sound situa-se exatamente alinhada com o centro da ilha. A ponte sul liga a ilha à cidade chamada Júpiter, ao norte de Palm Beach. Fica a aproximadamente 90 minutos de automóvel de Miami − hoje, poucos minutos de helicóptero. Nos idos de 1991, um repórter jornalístico, perguntou à um amigo da família Bush, acêrca da segurança na Ilha. Ele respondeu, “se você telefonasse para a Casa Branca, eles lhe diriam quantos agentes de segurança eles tem? Não é o caso, a Ilha Júpiter não é a Casa Branca, entretanto ele (George Bush) a frequenta com frequência”.

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Mas, por várias décadas antes de Bush tornar-se Presidente, a Ilha Júpter tinha regras que requeriam registro e impressão digital de todos os caseiros, jardineiros e outros trabalhadores não residentes na ilha. O Departamento de Polícia da ilha, diz que há sensores nas duas principais avenidas, os quais podem rastrear todos os automóveis da ilha. Se um carro para na rua, lá estará a polícia dentro de um ou dois minutos. Supervisão e observação é uma terefa de todos os empregados da ilha. Repórteres e jornalistas são impedidos de visitá-la. Para criar este admirável clube privado, Joseph e Permelia Pryor Reed, venderam terras somente àqueles que poderiam estar nelas. Permelia Reed era ainda, a grande dama da ilha, quando George Bush elegeu-se Presidente em 1989. Em reconhecimento ao fato de que os Reed sabem onde “todos os corpos estão enterrados”, o Presidente Bush indicou o filho de Permelia, Joseph V. Reed Jr., para chefe de Protocolo do Departamento de Estado dos Estados Unidos, encarregado de arranjos privados para dignatários estrangeiros. Averell Harriman fez da Ilha Júpiter, sua plataforma para tomada de poder na aparelhagem de segurança nacional dos Estados Unidos em 1940. Foi com esta conexão, que a ilha tornou-se, possivelmente, o local privado mais secreto da América. Deixe-nos rapidamente descrever sua vizinhança, desde 1946-48, para ver algumas das utilidades que vários residentes tinham, para o grupo de Harriman: Residentes da Ilha Júpter

• Robert A. Lovett, sócio de Prescott Bush na Brown Brothers Harriman, tinha sido assistente da Secretaria de Guerra para a Aviação, de 1941 à 1945. Lovett era o mais importante defensor americano da política terrorista de bombardeio contra civis. Ele organizou o Levantamento de Bombardeio Estratégico (Strategic Bombin Survey − SBS), realizado para os governos americano e britânico pelo corpo de funcionários da Companhia de Seguros Prudencial (Prudencial Insurance Company), e guiados pela clínica psiquiátrica londrina, Tavistock.

No período do pós-guerra, Prescott Bush era associado do Prudential Insurance, um dos canais de Inteligência de Lovett para os serviços secretos britânicos. Prescott foi considerado pelo Prudential, como diretor da companhia, por cerca de 2 anos, nos idos dos anos 50.

O Strategic Bombing Survey deles, falhou em demonstrar alguma vantagem militar real, resultando naturalmente em excesssos de violência como o bombardeio de Dresden, Alemanha. Mas os “Harrimanities”, ainda assim, persistiam na defesa da política de terror aéreo. Eles a glorificaram como

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“guerra psicológica”, parte da doutrina militar utópica, oposta aos pontos de vista de militares tradicionais como o General Douglas McArthur.

Robert Lovett, futuramente, aconselharia o Presidente Lyndon Johnson a realizar bombardeios terroristas no Vietnã. O Presidente George Bush, ressuscitou esta doutrina com o bombardeio de áreas civis no Panamá e na destruição de Baghdad.

Em 22 de outubro de 1945, o Secretário de Guerra Robert Patterson, criou o Comitê Lovett, dirigido por Robert A. Lovett, para aconselhar o governo na organização das atividades de Inteligência dos Estados Unidos no pós-guerra. A existência deste Comitê ficou desconhecida do público, até que uma história oficial da CIA fosse desclassificada em 1989. Mas, o autor, membro da CIA (o qual foi professor de história do Presidente Bush, nos tempos de escola preparatória –Veja capítulo 5) não forneceu nenhum detalhe real sobre o funcionamento do Comitê Lovett, declarando : “ A gravação do testemunho do Comitê Lovett, infelizmente, não estava nos arquivos da agência quando este artigo foi escrito”. A própria história da CIA, nos informa da advertência que Lovett fez ao Gabinete de Truman, como proposta oficial do Departamento de Inteligência de Guerra.

Lovett decidiu que deveria existir uma agência central de Inteligência separada. A nova agência poderia “consultar-se” com as Forças Armadas, mas deveria ser a única agência à coletar dados nos campos de espionagem estrangeira e contra-espionagem. A nova agência deveria possuir orçamento independente, e suas atividades deveriam ser aprovadas pelo Congresso sem audiências públicas.

Lovett apresentou-se ante os Secretários de Estado, Guerra e Marinha, em 14 de novembro de 1945. Ele falou muito sobre o trabalho do FBI, porque ele tinha “o melhor arquivo de indivíduos do mundo”. Lovett disse que o FBI era experimentado na produção de documentos falsos, uma arte “que nós desenvolvemos com tanto sucesso durante a guerra, e sobre a qual nós nos tornamos entusiasticamente adeptos”. Lovett pressionou por um virtual ressurgimento do Escritório de Serviços Estratégicos (Office of Strategic Services --- OSS) do tempo de guerra, em uma nova CIA.

Militares tradicionalistas dos Estados Unidos, posicionaram-se em torno do General Douglas McArthur, oposto à proposta Lovett.

O prosseguimento do OSS, foi atacado no final da guerra, pelo fato de que o OSS estava inteiramente sob controle britânico, e que ele constituiria uma Gestapo americana.

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Mas a CIA foi estabelecida, de acordo com a prescrição de Robert Lovett, da Ilha Júpter.

• Charles Payson e sua espossa, Joan Whitney Payson, eram membros extendidos da família dos Harriman e associados em negócios com a família Bush.

A tia de Joan, Gertrude Vanderbilt Whitney, era parente dos Harriman. O filho de Gertrude, Cornelius Vanderbilt Whitney (“Sonny”), de londo tempo chairman da Pan American Airwais (Prescott Bush foi diretor da PANAM), tornou-se assistente da Secretaria da Força Aérea dos Estados Unidos em 1947. A esposa de Sonny, Marie, divorciou-se dele e casou-se com Averell Harriman em 1930. O tio de Joan e Sonny, Marechal do Ar, Sir Thomas Elmhist, foi diretor de Inteligência da Força Aérea britânica de 1945 à 1947. O irmão de Joan, John Hay Whitney (“Jock”), foi embaixador para a Grã-Bretanha de 1955 à 1961 − época que seria vital para Prescott e George Bush ter tal amizade. O pai, o avô e o tio de Joan foram membros da sociedade secreta Skull and Bones. Charles Payson organizou uma refinaria de urânio em 1948. Depois, ele foi chairman da Vitro Corp., fabricante de componentes para mísseis balísticos disparados de submarinos, equipamentos de supervisão de freqüências e guias de torpedo, e outros armamentos submarinos. Guerra naval, tem sido de longa data uma preocupação do império brritânico. A penetração britânica no Serviço de Inteligência Naval dos Estados Unidos, tem sido particularmente pesada desde que o avô anglófilo de Joan, William C. Whitney, tornou-se Secretário de Marinha no governo do Presidente Glover Cleveland. Esta tradicional orientação britânica encoberta, na Marinha dos Estados Unidos, na Inteligência Naval e no Corpo de Fuzileiros (Marine Corps), formou a base da carreira de George Bush − e de toda a vizinhança da Ilha Júpiter. A Inteligência Naval mantinha relações diretas com o chefe dos gangsters Meyer Lansky, para operações políticas anglo-americanas em Cuba, durante a Segunda Guerra Mundial, bem antes da criação da CIA. Lansky mudou-se oficialmente para a Flórida em 1953.

• George Herbert Walker Jr. (Skull and Bones, 1927), era extremamente íntimo de seu sucessor George Bush, ajudando a patrocinar sua entrada nos negócios de petróleo nos anos 50. “Tio Herbie” foi também sócio de Joan Whitney Payson quando eles co-fundaram o time de baseball New York Mets em 1960. Seu filho, George Herbert Walker III, foi amigo de classe em Yale de Nicholas Brady e Moreau D. Brown (neto de Tatcher Brown), formando aquilo que ficou conhecido como a “máfia de Yale” em Wall Street.

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• Walter S. Carpenter Jr., tinha sido chairman do Comitê de Finanças da

DuPont Corporation (1930-1940). Em 1933, Carpenter supervisionou a compra da Remington Arms de “Sam” Pryor e dos Rockefeller pela DuPont, e levou a DuPont à uma sociedade com a empressa nazista IG Farben para manufatura de explosivos. Carpenter tornou-se presidente da DuPont em 1940. Seu cartel com os nazistas foi desmantelado pelo governo dos Estados Unidos. Ainda assim, Carpenter permaneceu como presidente da DuPont enquanto os técnicos da companhia participavam massivamente do Projeto Manhattan para produzir a primeira bomba atômica. Ele foi chairman da DuPont de 1948 até 1962, retendo alto nível de acesso às atividades estratégicas dos Estados Unidos.

Walter Carpenter e Prescott Bush eram amigos e ativistas da Sociedade de Higiene Mental (Mental Higiene Society). Originando-se na Universidade de Yale em 1908, o movimento tinha sido organizado para a Federação Mundial para Saúde Mental (World Federation of Mental Health) por Montagu Norman, ele mesmo sendo paciente mental freqüentemente, sócio de Brown Brothers e presidente do Banco da Inglaterra. Norman tinha indicado para chairman da Federação, o Brigadeiro John Rawlings Ress, diretor da Clínica Tavistock, chefe psiquiátrico e expert em guerra psicológica para os Serviços de Inteligência britânicos. Prescott foi o diretor da Sociedade em Connecticut; Carpenter foi o diretor em Delaware.

• Paul Mellon, foi o sucessor piomeiro da fortuna Mellon, de longa data vizinho de Averell Harriman em Middleburg, Virginia, como também na Ilha Júpter, Flórida. O pai de Paul, Andrew Mellon, Secretário do Tesouro dos Estados Unidos entre 1921 e 1932, aprovara as transações de Harrriman, Pryor e Bush com os Warburg e os nazistas. O genro de Paul Mellon, David K. E. Bruce, trabalhou na W. A Harriman & Co. de Prescott Bush durante os anos 20; foi chefe do braço londrino da Inteligência norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial; foi também assistente de Averell Harriman quando este era Secretário de Comércio dos Estados Unidos entre 1947 e 1948. O dinheiro e a participação da família Mellon seriam instrumentos em muitos projetos domésticos americanos da nova Agência Central de Inteligência (CIA).

• Carl Tucker, fabricava equipamentos de orientação eletrônica para a

Marinha. Com os Melllon, Tucker foi proprietário da South American Oil Properties. O Sr. Tucker era o grande tio de Nicholas Brady, futuro sócio de George Bush no caso Irã-Contra e Secretário de Tesouro dos Estados Unidos. Seu filho, Carl Tucker Jr. (Skull and Bones, 1947), estava entre os 15 homens da Skull and Bones que selecionaram George Bush para introduzi-lo na turma de 1948.

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• C. Douglas Dillon, era chefe de William H. Draper Jr., no esquema bancário nazista de Draper-Prescott-Bush-Fritz Thyssen dos anos 30 e 40. Seu pai, Clarence Dillon, criou a Vereinigte Stahlwerke (German Steel Trust) em 1926. C. Douglas Dillon, tornou Nicholas Brady o chairman da firma Dillon,Read em 1971, e ele próprio continuou como chairman do comitê executivo. C. Douglas Dillon seria um aliado vital de seu vizinho Prescott Bush durante a administração Eisenhower.

• O publicitário Nelson Doubleday dirigia a firma de publicidade de sua

família, fundada sob os auspícios de J. P. Morgan e outros representantes do império britânico. Quando o “tio Herbie” de George Bush morreu, Doubleday tornou-se proprietário majoritário e chefe executivo do time de baseball New York Mets.

• George W. Merck, chairman da Merck & Co. , fabricantes de remédios e

produtos químicos, era diretor do Serviço de Pesquisa de Guerra (War Research Service): Merck foi o chefe oficial de todas as pesquisas dos Estados Unidos relativas à guerra biológica, de 1942 até pelo menos o final da Segunda Guerra Mundial. Depois de 1944, a organização de Merck foi colocada sob controle do Serviço de Guerra Química dos Estados Unidos (US Chemical Warfare Service). A firma de sua família na Alemanha e nos Estados Unidos criou fama pela fabricação de morfina.

• A. L. Cole foi útil para os moradores da Ilha Júpiter como executivo da

Readers Digest. Em 1965, justo após realizar algum sujo favor para George Bush (Veja capítulo 9), tornou-se chairman do comitê executivo da Digest, a revista de maior circulação mundial.

Desde os anos 40, a Ilha Júpter tem servido como centro de direção de ações encobertas pelo governo dos Estados Unidos e, na realidade, para gerenciamento encoberto do governo. A Ilha Júpiter reaparecerá adiante, em nosso assunto sobre a participação de George Bush no caso ( affair) Irã-Contra. Alvo: Washington George Bush se formou em Yale em 1948. Cedo ele entrou para a firma da família, Dresser Oil, fornecedora do Texas. Descreveremos agora, brevemente, as forças que procederam de Washington, DC, durante aqueles anos em que Bush, com assistência da família e de poderosos amigos, estava se tornando “estabelecido em negócios por si mesmo”. De 1948 à 1950, o chefe de Prescott Bush, Averell Harriman, era “embaixador escancarado” para a Europa. Ele foi um “comandante teatral” civil (non-military), o

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administrador do multi-dólar-bilionário Plano Marshall, participando de todos os processos estratégico-militares da aliança anglo-americana. O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Forrestal, tinha se tornado um problema para os “Harrimanities”. Forrestal tinha de longo tempo sido executivo da Dillon,Read em Wall Street. Mas, em anos recentes, havia saído dos trilhos. Como Secretário da Marinha em 1944, Forrestal propôs integração racial parcial da Marinha. Como Secretário de Defesa, ele pressionou pela integração racial nas Forças armadas, e isto, eventualmente, tornou-se política americana. Forrestal se opôs à utópica estratégia de apasiguamento, unida à estratégia de risco levado à beira da catástrofe (política engendrada por Londres e Wall Street na criação da União soviética e posterior suporte, tanto financeiro como tecnológico − N.T.). Ele era simplesmente contra o comunismo. Em 28 de março de 1949, Forrestal foi forçado a largar o escritório, e voar num avião da Força Aérea para a Flórida. Ele foi levado à Hobe Sound (Ilha Júpiter), onde Robert Lovett e um psiquiatra do Exército lidaram com ele. Ele voou de volta à Washington, foi trancafiado no Hospital do Exército Walter Reed (Walter Reed Army Hospital) recebendo tratamentos de choque com insulina, alegando-se “exaustão mental”. Foi impedido de receber visitas, exceto de sua alienada esposa e filhos − seu filho tinha sido ajudante de Averell Harriman, em Moscou. Em 22 de maio, o corpo de James Forrestal foi encontrado com a corda de seu roupão de banho enrolada no pescoço, depois de haver pulado da janela do décimo-sexto andar do Hospital. O chefe psiquiátrico, declarou morte por suicídio, mesmo antes que qualquer investigação fosse anunciada. O resultado do inquérito do Exército foi guardado em segredo. Os diários de Forrestal foram publicados, faltando 80% dos mesmos, depois de um ano de trabalho de censura governamental, e ainda assim reescritos. As tropas norte-coreanas invadiram a Coréia do Sul em julho de 1950, depois do Secretário de Estado Dean Acheson (amigo muito íntimo de Harriman) ter declarado publicamente que a Coréia não seria defendida. Com uma nova guerra em andamento, Harriman voltou a trabalhar como conselheiro do Presidente Truman, em “Assuntos de Segurança Nacional no Exterior (Oversea National Security Affairs)”. Harriman substituiu Clark Clifford, o qual havia sido conselheiro especial para Truman. Clifford, contudo, permaneceu junto à Harriman e seus parceiros, enquanto ganhavam mais e mais poder. Clifford, depois, escreveu acerca de seu cordial relacionamento com Prescott Bush: Prescott Bush... tornou-se um dos meus mais frequentes parceiros de golf nos anos 50, e eu tenho tanto gostado como respeitado à ele... Bush tinha uma explêndida voz para cantar, e particularmente amava cantar em quarteto. Nos anos 50, ele organizou um quarteto incluindo minha filha Joyce... eles cantariam

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em Washington e, em uma ocasião, ele convidou o grupo à Hobe Sound, na Flórida, para uma performance. Seu filho (George), pensava que jamais havia me impressionado como pessoa forte e vigorosa. Em 1988, ele apresentou-se a si próprio com muito sucessso entre os eleitores, como forasteiro − nenhum pequeno truque para um homem cujas raízes circulavam através de Connecticut, Yale, Texas Oil, CIA, riqueza, aristocracia e Vice preidência. Com James Forrestal fora do caminho, Averell Harriman e Dean Acheson foram à Leesburg, Virginia, em 1º. de julho de 1950, para contratar o General americano George C. Marshall para Secretário de Defesa, o qual era apoiado pelos britânicos. Lovett, Marshall, Harriman e Acheson, iniciaram então o trabalho de derrubada do General Douglas MacArthur, comandante das Forças americanas na Ásia. MacArthur, manteve os agentes de Inteligência de Wall Street longe de seu comando, e favoreceu uma real independência para as nações não-brancas. Lovett pediu a demissão de MacArthur em 23 de março de 1951, citando a insistência de MacArthur em derrotar os invasores chineses comunistas na Coréia. A famosa mensagem de MacArthur, de que “não havia substituição para a vitória”, foi lida no Congresso em 5 de abril; MacArthur foi demitido em 10 de abril de 1951. Em setembro daquele ano, Robert Lovett substituiu o Secretário de Defesa por Marshall. Enquanto isto, Harriman foi nomeado diretor da Mutual Security Agency tornando-se chefe americano da aliança militar anglo-americana. Nesta época, a Brown Brothers Harriman era tudo, exceto comandante-em-chefe. Estes foram, é claro, tempos excitantes para a família Bush, cujo vagão foi engatado aos Deuses Financeiros do Olimpo --- isto é, à Júpiter. • Brown Brothers Harriman & Co.

Wall Street 59, Nova York, NY Negócio Estabelecido em 1818 Endereço Telegráfico “Shipley-Nova York” Banqueiros Privados 2 de abril de 1951

Honorável W. A. Harriman Casa Branca Washington, DC

Caro Averell: Sinto não tê-lo encontrado em Washington, mas apreciei sua nota cordial. Aguardarei por melhor sorte outra vez. Espero que tenha tido um bom descanso em Hobe Sound. Com abraços, eu sou,

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Sinceramente seu, Press − (assinado Prescott Bush)

O ponto central do regime de segurança de Harriman em Washington (1950-53) era a organização de operações encobertas, e “guerra pasicológica”. Harrriman, junto com seus advogados e sócios comerciais, Allen Dulles e John Foster Dulles, queriam os serviços secretos do governo para conduzir extensas campanhas de propaganda e experimentos psicológicos dentro dos Estados Unidos, e em campanha paramilitar no estrangeiro. Isto supostamente asseguraria um ambiente mundial estável e favorável à interesses políticos e financeiros anglo-americanos. O regime de segurança de Harrriman criou a Junta de Estratégia Psicológica (Psychological Strategy Board − PSB) em 1951. O homem indicado para diretor da PSB, Gordon Gray, é familiar ao leitor como patrocinador dos experimentos de esterilização de crianças, realizado pelo Movimento Eugênico Harrimanitie (família Harriman e quadrilha associada − N.T.) na Carolina do Norte, logo após a Segunda Guerra Mundial (Veja Capítulo III). Gordon Gray era um ávido anglófilo, cujo pai assumira controle proprietário da R. J. Reynolds Tobacco Company, através de uma aliança com representantes nos Estados Unidos do cartel de tabaco imperial britâncico, a família Duke, da Carolina do Norte. O irmão de Gordon, chairman da R. J. Reynolds, Bowman Gray Jr., foi também um funcionário da Inteligência Naval, conhecido nas redondezas de Washington como o “fundador da Inteligência Operacional”. Gordon Gray tornou-se amigo íntimo e aliado político de Prescott Bush; e o filho de Gray tornou-se para o filho de Prescott, George, seu advogado e escudo para suas políticas encobertas. Mas o Presidente Harry Truman, maleável como era, constituiu um obstáculo para os guerreiros encobertos. Como político isolado do Missouri e vagamente favorável à Constituição dos Estados Unidos, permaneceu cético com respeito às atividades do serviço secreto, o qual o relembrou da Gestapo nazista. Então, “Operações Encobertas” não puderam decolar totalmente sem uma mudança no regime de Washington. E foi com o Partido Republicano que Prescott Bush faria esta mudança. Prescott tinha feito sua primeira tentativa de ingressar na política nacional em 1950, assim que seus parceiros ganharam controle das alavancas do poder governamental. Permanacendo encarregado da Brown Brothers Harriman, ele disputou com William Benton de Connecticut, um assento no Senado americano (A disputa foi por um mandato de dois anos não concluídos, deixado vago pela morte do prévio Senador).

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Naqueles dias, o Senador da Lei Seca (contra bebidas alcoólicas − N.T.), de Winsconsin, Joseph R. McCarthy estava fazendo uma cruzada do tipo circo, contra a influência comunista em Washington. McCarthy atacava liberais e esquerdistas, pessoal do Departamento de Estado, políticos e figuras de Hollywood. Ele geralmente, deixava de atacar os estrategistas de Wall Street e Londres, os quais doaram o leste europeu e a China ao ditador comunista − como George Bush, sua geopolítica encontrava-se entre a esquerda e a direita. Prescott Bush não tinha ligações públicas com o notório Joseph McCarthy, e aparentava ser neutro quanto a sua cruzada. Mas o Senador de Winsconsin, tinha suas utilidades. Joseph McCarthy veio naquele ano à Connecticut três vezes para a campanha de Bush contra os Democratas. O próprio Bush fez declarações sobre “Coréia, comunismo e corrupção” numa esperta frase de campanha contra Benton, que depois tornou-se slogan nacional republicano. A resposta foi desapontadora. Somente pequenos grupos interessaram-se em ouvir Joseph McCarthy, e Benton não foi atingido. A corrida pró-Bush de McCarthy, em New Haven, em um auditório de lotação para 6.000 pessoas, recebeu apenas 376. Benton gozou no rádio, que “200 deles eram meus espiões”. Prescott Bush renunciou da Junta dos Amigos (Board of Fellows) de Yale, para trabalhar em sua campanha, e a Junta publicou uma declaração dizendo que “os votos de Yale” iriam para Bush − à despeito do fato de William Benton ser um homem de Yale, e de várias maneiras com visão idêntica a de Bush. Então, Prescott Bush viu-se diante de um problema completamente imprevisível. Naquele tempo, o velho Movimento Eugênico de Harriman estava centrado na Universidade de Yale. Prescott Bush era representante de Yale, e seu sócio da Brown Brothers Harriman, Lawrence Tighe, era tesoureiro de Yale. Com esta conexão, veio à tona a verdade sobre as atividades nazistas da firma Bush-Harriman. Não era somente a Sociedade Americana de Eugenia que tinha como quartel-general a Universidade de Yale, mas também todas as partes deste não-morto movimento fascista, tinham como base de trabalho a Universidade de Yale. Os defensores da psiquiatria coerciva e da esterilização, tinham feito do Hospital de New Haven da Universidade de Yale, e da Escola Médica de Yale, seus laboratórios, para testes práticos de cirurgia cerebral e experimentos psicológicos. E a Liga de Controle de Natalidade (Birth Control League) estava lá, a qual, há muito tempo trombeteava a necessidade de natalidade eugênica − diminuição de natalidade para pais com linhas sanguíneas “inferiores”. O sócio de Prescott Bush, Tighe, era o diretor da Liga em Connecticut; e o médico conselheiro da Liga era o defensor da eugenia, Dr. Winternitz, da Escola Médica de Yale.

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Agora, em 1950, pessoas que conheciam alguma coisa sobre Prescott Bush, sabiam que ele tinha muitas raízes perigosas ligadas ao movimento eugênico. Houveram depois, logo depois da guerra anti-Hitler, alguns poucos defensores abertos da esterilização de pessoas “inadequadas” ou “desnecessárias” (A esterilização seria depois, ressuscitada com a ajuda do General Draper e seu amigo George Bush). Mas, a Liga de Controle de Natalidade era pública − logo depois disto, ela mudou seu nome para o eufemístico “Paternidade Planejada (Planned Parenthood)”. Então, na campanha para Senador de 1950, Prescott Bush foi publicamente exposto por ser um ativista do velho movimento fascista eugênico. Prescott Bush perdeu a eleição por cerva de 1000 dos 862.000 votos. Ele e sua família culparam esta exposição por sua derrota. Esta derrota, foi apagada da memória de seus familiares, levando-os à amargura ou talvez a um desejo de vingança. No prefácio de seu livro de propaganda sobre controle populacional, George Bush escreveu sobre aquela eleição de 1950: “A minha primeira tomada de consciência sobre o controle da natalidade, como demanda de política pública, veio com uma sacudida em 1950, quando meu pai estava concorrendo ao Senado dos Estados Unidos. Drew Pearson, no domingo anterior ao dia da eleição, “revelou” que meu pai estava envolvido com paternidade planejada... Muitos observadores políticos sentiram que suficiente número de votos foram desviados por seu alegado contato com controladores de natalidade, o que lhe custou a eleição... Prescott Bush foi derrotado, enquanto o outro candidato Republicano deu-se bem em Connecticut. Quando ele tentasse de novo, não deixaria o resultado depender de caprichos cegos do público. Prescott Bush retornou à ação em 1952, como líder nacional da negociação para entregar a indicação Presidencial Republicana ao General Dwight David Eeisenhower (“Ike”). Dentre outros membros do time, estavam o advogado de Bush da era de Hitler, John Foster Dulles, e o morador da Ilha Júpiter, C. Douglas Dillon. Dillon e seu pai foram pivôs, enquanto a combinação Harriman-Dulles preparava Ike para a Presidência. De acordo com a colocação de um amigo: “Quando os Dillon... convidaram Eisenhower para jantar, foi para introduzi-lo aos banqueiros e advogados de Wall Street”. Os sustentadores de alto nível de Ike pensaram, corretamente, que ele não interferiria com a sujeira de seus programas de ações encobertas. O gentil e agradecido Prescott Bush, estava nisto desde o início: amigo de Ike, e suporte primordial de sua Presidência. Em 28 de julho de 1952, enquanto a eleição se aproximava, o Senador dos Estados Unidos por Connecticut, James O`Brien McMahon, morreu com idade de 48 anos

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(McMahon tinha sido assistente da Procuradoria Geral dos Estados Unidos, encarregado da Divisão Criminal, de 1935 à 1939). Estava aí a chance, de que ele pudesse algum dia, falar sobre os crimes sem punição dos ricos e poderosos, da era nazista? Esta morte foi extremamente conveniente para Prescott. Ele ganhou a indicação Republicana para o Senado dos Estados Unidos, numa reunião especial, apoiada por Yale, a qual era dominada pelo líder estadual do Partido. Agora ele poderia concorrer numa eleição especial, para o repentino assento vago no Senado. Sua expectativa, era subir rapidamente no Senado, desde que pudesse participar da mesma chapa do popular herói de guerra, o General Ike. Usando desta técnica, tornar-se-ia Senador Sênior (Líder no Senado) por Connecticut, com poderes extras no Congresso. E a próxima campanha para o Senado, regularmente programada, seria em 1956 (Quando o mandato de McMahon teria terminado), de forma que, Prescott poderia concorer novamente naquele ano de eleição Presidencial − novamente na esteira de Ike. Com este arranjo, as coisas funcionaram suavemente. Na eleição vitoriosa de Eisenhower de 1952, Ike venceu em Connecticut com uma margem de 129.507 votos em 1.092.471. Prescott Bush veio em último lugar dentre os Republicanos do Estado, mas acabou vencendo com 30.373 votos de 1.088.799, margem aproximadamente de 100.000 votos a menos que Eisenhower. Na reeleição de Eisenhower em 1956, Ike venceu em Connecticut com 303.036 votos de 1.114.954, a maior margem Presidencial na história de Connecticut. Prescott Bush venceu novamente, com 129.544 votos de 1.086.206 − sua margem agora foi de 290.082 votos a menos que Eisenhower. Em janeiro de 1963, quando esta estratégia eleitorral havia terminado, e seu segundo mandato espirado, Prescott Bush retirou-se do governo e retornou ao Brown Brothers Harriman. A eleição vitoriosa de Eisenhower em 1952, fez de John Foster Dulles Secretário de Estado, e de seu irmão, Allen Dulles, chefe da CIA. Os reinantes irmãos Dulles foram os substitutos “Republicanos” para seu cliente e sócio comercial, o “Democrata” Averell Harriman. Posturas públicas ocasionalmente antagônicas, compromissos estratégicos idênticos entre si. Sem dúvida alguma, o mais importante trabalho realizado por Prescott Bush no novo regime, foram os jogos de golf, em que ele era o parceiro favorito de Ike. Em Direção ao “Estado de Segurança Nacional (National Security State)” Prescott Bush foi o mais esquivo e secreto Senador. Com uma hábil pesquisa, seus pontos de vistas em determinadas questões podem ser rastreados: Ele foi contrário

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ao desenvolvimento de poderosos projetos públicos, como o Tennessee Valley Authority (TVA); ele também foi contrário a emenda constitucional introduzida pelo Senador de Ohio, John W. Bricker, que tornaria obrigatório aprovação do Congresso em questão de acordos internacionais, do poder executivo. Mas Prescott Bush foi essencialmente um operador encoberto em Washington. Em 10 de junho de 1954, Bush recebeu uma carta do residente de Connecticut, H. Smith Richardson, proprietário da Vick Chemical Company (Drops para tosse Vapo-Rub): “... algum tempo antes do outono, Senador, eu gostaria de obter seu conselho sobre um novo projeto − ou seja, o que poderia ser feito com a receita de uma Fundação que meu irmão e eu criamos, e que iniciará suas operações em 1956...” Esta carta pressageia o estabelecimento da Fundação H. Smith Richardson (H. Smith Richardson Foundation), um escorregadio fundo privado, teleguiado pela família Bush, o qual seria utilizado pela Agência Central de Inteligência e pelo Vice presidente Bush, na condução de suas aventuras no caso Irã-Contra. A família Bush conheceu Richardson e sua esposa através de suas mútuas amizades com o chairman da Sears Roebuck, General Robert E. Wood. Este general tinha sido presidente da organização América First, que fazia lobby contra a guerra contra a Alemanha de Hitler. H. Smith Richardson havia contribuído com o dinheiro inicial para o América First, e havia se pronunciado contra a união dos Estados Unidos com os comunistas na luta contra Hitler. A esposa de Richardson, era orgulhosamente parente de Nancy Langehorn de Virginia, a qual casou-se com Lord Astor (tornando-se a famosa Lady Astor − N.T.) que apoiou os nazistas de sua residência em Cleveden. A filha do General Wood, Mary, casou-se com o filho do presidente da Standard Oil, William Stamps Farish. Os Bush estiveram encurralados com os Farish naquela desastrosa exposição pública, durante a Segunda Guerra Mundial (Veja Capítulo III). O jovem Bush e sua recém esposa Bárbara, foram especialmente íntimos de Mary Farish, e de seu filho, W. S. Farish III, o qual seria o grande confidente da Presidência de George. A Fundação H. Smith Richardson, foi organizada por Eugene Etetson Jr., genro de Richardson. Stetson, (Skull and Bones, 1934), havia trabalhado para Prescott Bush como gerente assistente da filial de Nova York do Brown Brothers Harriman. Em final dos anos 50, a Fundação H. Smith Richardson tomou parte na “Política de Guerra Psicológica” da CIA. Esta não foi estrangeira, mas sim, operação doméstica encoberta, realizada principalmente contra ingênuos e desinformados cidadãos

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americanos. O diretor da CIA, Allen Dulles, e seus aliados britânicos, organizaram o Projeto “MK-Ultra”, nome do projeto de “testes de drogas psicotrópicas, incluindo LSD, em uma escala muito ampla, sob alegação de verificar “possibilidades para guerra química”. Neste período, a Fundação Richardson ajudou no financiamento de experimentos no Bridgewater Hospital em Massachussets, o centro de algumas das mais brutais torturas do MK-Ultra. Estas aberrações tinham sido demonstradas no filme “Titticut Follies”. Durante 1990, um investigador trabalhando para este livro, fez um tour pelo Centro para Liderança Criativa (Center for Creative Liderance) da Fundação H. Smith Richardson, ao norte de Greensboro, Carolina do Norte. O guia turístico, disse que naquelas salas, eram treinados os agentes da Agência Central de Inteligência (CIA) e do Serviço Secreto. Ele demonstrou o Two-Way Mirrors (Mirror = espelho; Two-Way Mirrors, são utilizados em salas de identificação criminal, que, para quem está dentro da sala, o mesmo funciona como espelho, ao passo que, para quem está do outro lado, o mesmo comporta-se como vidro transparente, possibilitando a identificação de criminosos − N.T.) através dos quais empregados do governo são observados, enquanto submetidos à psicodramas mental-coercitivos. O guia explicou que “virtualmente todos que são promovidos a General” nas Forças Armadas dos Estados Unidos, também passam por este “treinamento”, no Centro Richardson (Richardson Center). Outro escritório do Centro para Liderança Criativa, localiza-se em Langley (Sede e quartel-general da CIA), Virginia, nos quartéis-generais da Agência Central de Inteligência. Aqui também, o Centro Richardson treina lídres para a CIA. Prescott Bush trabalhou durante os anos de Eisenhower, como aliado confidencial dos irmãos Dulles. Em julho de 1956, o Presidente egípcio, Gamel Abdul Nasser, anunciou que aceitaria a oferta americana de empréstimo, para a construção do projeto Aswan Dam. John Foster Dulles, depois, preparou uma declaração dizendo ao embaixador egípcio que os Estados Unidos, tinham decidido, desistir de sua oferta. Dulles passou esta explosiva declaração primeiramente à Prescott Bush, para sua aprovação. Dulles também passou esta declaração ao Presidente Eisenhower e ao governo britânico. Nasser reagiu a desistência de Dulles, nacionalizando o Canal de Suez, para financiar aquele projeto. Israel, depois Grã-Bretanha e França, invadiram o Egito para tentar derrubar (overthrow) Nasser, líder dos nacionalistas árabes anti-imperiais. Contudo, Eisenhower, recusou-se (ao menos uma vez) a jogar o jogo Dulles-Grã-Bretanha, e os invasores tiveram que retirar-se do Egito quando a Grã-Bretanha foi ameaçada com sanções econômicas pelos Estados Unidos. Durante 1956, o valor do Senador Prescott Bush para o grupo político Harriman-Dulles, aumentou, quando ele foi colocado no Comitê de Serviços Armados do Senado (Senate Armed Services Committtee). Bush fez um tour por todas as bases

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militares americanas e aliadas através do mundo, e aumentou o acesso ao processo decisório sobre Segurança Nacional. Nos anos seguinte à Presidência de Eisenhower, Gordon Gray juntou-se novamente ao governo. Como amigo íntimo e parceiro de golf de Prescott Bush, Gray completou a influência de Bush sobre Ike. A parceria da família Bush-Gray no “Governo Secreto” continuou até a Presidência de George Bush. Gordon Gray tinha sido indicado chefe da nova Junta de Estratégia Psicológica (Psychological Strategy Board) em 1951, sob decreto de Averell Harriman quando assistente para Assuntos de Segurança Nacional (National Security Affairs) do Presidente Truman. De 1958 à 1961, Gordon Gray foi chefe de Segurança Nacional sob a Presidência de Eisenhower. Gray atuou como intermediário de Ike, estrategista e manipulador nas relações do Presidente com a CIA e com as Forças Militares tanto americanas como aliadas. Eisenhower não se opôs aos progrramas de ações encobertas da CIA; ele somente queria ser protegido das conseqüências ocasionadas por falhas ou exposição (Esta política ficou conhecida como “Política de Negativa Plausível”, ou seja, foi criado dentro da comunidade de informações norte-americana um sistema de compartimentalização estanque, com diferentes níveis de acesso. Com isto, o Presidente sabe da existência de atividades encobertas, contudo não as conhece. Desta forma, garante-se a Negativa Plausível, quando questionado − N.T.) A tarefa primordial de Gray, no campo das aparências externas de todas as ações encobertas dos Estados Unidos, era de protegerr e manter fora de alcance, a crescente massa de atividades secretas, tanto da CIA, quanto de atividades correlatas governamentais. Não foram somente projetos encobertos que foram desenvolvidos pela combinação Gray-Bush-Dulles: foram também novidades, a criação de estruturas desconhecidas do governo dos Estados Unidos. O Senador Henry Jackson, desafiou estas atividades em 1959 e 1960. Jackson criou o Sub-comitê de Maquinaria Política Nacional do Comitê do Senado sobre Operações Governamentais (Sub-committee on National Police Machinery of the Senate Committee on Governmental Operations), o qual investigou o reinado de Gordon Gray no Conselho de Segurança Nacional (National Security Council −NSC). Em 26 de janeiro de 1960, Gordon Gray advertiu o Presidente Eisenhower de que um documento revelando a existência de uma unidade secreta do governo dos Estados Unidos, havia de alguma forma, caído na bibliografia que estava sendo usada pelo Senador Jackson. A unidade era o “Grupo 54/12” (Este grupo ficou conhecido como 54/12, pois foi formado inicialmente por 12 homens sábios (Wisemen) no ano de 1954, daí 54/12, depois tornando-se o MJ-12, ou Majestic-12 − N.T.) de Gray, oficialmente dentro da administração, mas secretamente encarregado pela aprovação de ações encobertas. Sob orientação de Gray, Ike foi

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claro e firme em sua resposta de que “o grupo de Jackson não ser informado da existência desta unidade”. Várias figuras da administração Eisenhower devem ser consideradass como pais desta monolítica e permanente atividade de ação encoberta, homens que continuam alimentando o monstro, depois de seu nascimento, na era Eisenhower: • Gordon Gray, assistente e sombra do Presidente para Assuntos de

Segurança Nacional, braço executivo, amigo íntimo e parceiro de golf de Prescott Bush juntamente com Eisenhower. Por volta de 1959-60, Gray era de total confiança para Ike, e serviu como Harrimanitie monitorando todos os projetos militares e não militares dos Estados Unidos.

O agente da Inteligência britânica, Kin Philby, desertou para a Rússia em 1963. Philby tinha virtualmente, ganho acesso total às atividades de Inteligência dos Estados Unidos, iniciando em 1949, como ligação entre os Serviços Secretos Britânicos e a CIA, dominada por Harriman. Depois da deserção de Philby, pareceu óbvio que o aristocrático Serviço de Inteligência Britânico era de fato uma ameaça à causa ocidental. Nos anos 60, um pequeno grupo de especialistas em Contra-Inteligência dos Estados Unidos, foi para a Inglaterra para investigar a situação. Eles relataram que o Serviço Secreto Britânico poderia ser totalmente corrompido. O líder deste time de “experts”, Gordon Gray, foi o chefe da seção de Contra-Espionagem da Junta de Informação sobre Inteligência Estrangeira (Foreign Intelligence Advisory Board) do Presidente para os Presidentes de John Kennedy até Gerald Ford.

• Robert Lovett, vizinho de Bush na Ilha Júpiter e sócio de Brown Brothers Harriman, de 1956 em diante membro da Junta de Informação sobre Inteligência Estrangeira do Presidente. Lovett depois declarou ter criticado --- “internamente” --- o plano para invadir Cuba na baía dos Porcos. Lovett foi consultado na escolha do Gabinete de Kennedy em 1961.

• Allen Dulles, diretor da CIA, advogado internacional de Bush. Kennedy

demitiu Dulles depois da invasão da Baía dos Porcos, mas Dulles, chefiou a Comissão Warren, que encobriu o assasssinato do Presidente Kennedy.

• C. Douglas Dillon, vizinho de Bush na Ilha Júpiter, tornou-se Sub-secretário

de Estado em 1958, depois da morte de John Foster Dulles. Dillon tinha sido embaixador de John Foster Dulles para a França (1953-57), coordenando o original apoio encoberto dos Estados Unidos ao esforço imperialista francês no Vietnã, com resultados catastróficos para o mundo. Dillon foi Secretário de Tesouro para John Kennedy e Lyndon Johnson.

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• Jock Whitney, embaixador para a Inglaterra, membro extendido da família Harriman e vizinho de Prescott Bush na Ilha Júpiter. Whitney criou um serviço de imprensa em Londres, chamado Fórum de Características Mundiais (Fórum World Features), o qual publicava propaganda fornecida diretamente pela CIA e pelos Serviços de Inteligência britânicos. Iniciando em 1961, Whitney foi chairman da União Inglesa de Palestrantes (English Speaking Union) do império britânico.

• Prescott Bush , Senador, amigo e conselheiro do Presidente Eisenhower.

O mandato de Bush no Senado continuou depois dos anos de Eisenhower, durante a maior parte da abortada Presidência Kennedy.

Em 1962, o Centro de Nacional de Informação Estratégica (National Strategy Information Center) foi fundado por Prescott Bush, seu filho Prescott Jr., William Casey (Futuro diretor da CIA) e Leo Cherne. Este centro veio a ser dirigido por Frank Barnet, e era um programa oficial da Fundação H. Smith Richardson, pertencente à família Bush. Este centro conduzia fundos para o Fórum de Características Mundiais, baseado em Londres, com objetivo de circular estórias e notícias autorizadas pela CIA, para cerca de 300 jornais internacionais. O “Democrata” Averell Harriman voltou oficialmente para o governo, na administração Kennedy. Como Secretário assistente e Sub-secretário de Estado, Harriman ajudou a empurrar os Estados Unidos para a guerra do Vietnã. Harriman não teve nenhum cargo na administração Eisenhower. Ainda assim, ele foi talvez, mais do que qualquer outro, o líder e a conexão do inacreditável inferno que foi acobertado pela CIA nos anos finais de Eisenhower: o Exército Harrimanitie meio-público, meio-privado, desde então não mais desmobilizado e, incrivelmente associado ao nome Bush. Após a ascensão de Castro, a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, contratou a organização do chefe da máfia, Meyer Lansky, para organizar e treinar esquadrões de assassinos para uso contra o governo de Cuba. Dentre os contratados, estavam John Rosselli, Santos Trafficante, e Sam Giancana. Documentos públicos incontestáveis sobre estes fatos, têm sido publicados por órgãos do Congresso e por lideranças acadêmicas do establishment. Mas as implicações perturbadoras e conseqüências posteriores destas atividades, são matéria crucial para maiores estudos dos cidadãos de todas as nações. Tudo o que segue está estabelecido e comprovado: Em 18 de agosto de 1960, o Presidente Eisenhower aprovou um orçamento oficial de 13 milhões de dólares para uma operação secreta de guerrilha da CIA contra Fidel Castro. É sabido que o Vice presidente, Richard Milhous Nixon, tomou para si

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a responsabilidade de promover esta iniciativa. Os militares dos Estados Unidos foram mantidos fora dos planos desta ação encoberta até muito tarde neste jogo. A primeira das oito tentativas de assassinato de Castro, deram-se em 1960. O programa foi, é claro, um desatre, senão um circo. A invasão de Cuba pelos exilados anti-Castro da CIA, ficou pendente para depois que Kennedy assumisse a Presidência. A invasão da Baía dos Porcos foi um fiasco, e as Forças de Castro facilmente prevaleceram. Mas o programa continuou. Em 1960, Felix Rodriguez, Luis Posada Carriles, Rafael Quintero (“CHICHI”), Frank Sturgis (ou “Frank Fiorini”) e outros cubanos baseados na Flórida, foram treinados como matadores e traficantes de drogas por iniciativa cubana; o supervisor deste foi E. Howard Hunt. O chefe de todos na CIA era o chefe da base de Miami, Thedore G. Schakley, ajudado por Thomas Clines. Em Capítulos posteriores, seguiremos as carreiras subseqüentes destas personagens --- incrivelmente identificadas com George H. W. Bush --- através do golpe de estado de Watergate e o escândalo Irã-Contra.