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FUNDAMENTOS DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO: FUNDAMENTOS DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO: ENTRELAÇAMENTOS DO ESPORTE, DO ENTRELAÇAMENTOS DO ESPORTE, DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO, DA CULTURA E DA DESENVOLVIMENTO HUMANO, DA CULTURA E DA EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO
José Pereira de Melo José Pereira de Melo –– ECEC--33João Carlos Neves de Souza e Nunes Dias João Carlos Neves de Souza e Nunes Dias –– ECEC--44João Carlos Neves de Souza e Nunes Dias João Carlos Neves de Souza e Nunes Dias –– ECEC--44
Fundamentos
“Razões ou argumentos em que se funda uma tese, concepção, ponto
de vista etc.; base, apoio”.
Concepções que orientam o PST como Projeto Social:
Desigualdades e Projetos SociaisDesafios da Inclusão pelo EsporteDesafios da Inclusão pelo Esporte
Os Atores Sociais do PSTO Desenvolvimento Humano nas Ações do PST
O Esporte como Prática da CulturaA Educação como Aprendizagem da Cultura
Reinventando a Cultura:Relações entre o Lúdico e o Esporte
Desigualdades e Projetos Sociais
� A sociedade contemporânea = Momento Contraditório;
� Produção das Desigualdades Sociais;
� Projetos Sociais e Políticas de Estado = Garantia de Direitos;
� Ministério do Esporte = Pintando a Liberdade – Pintando a Cidadania –
PST
Documentário
Manifesto pelo direito do esporte no Brasil
Atividade 1
Observe a realidade social da comunidade onde você desenvolve
as atividades do Programa Segundo Tempo. Discuta com os
coordenadores de núcleos e monitores as possibilidades para
solução dos problemas existentes, considerando o esporte como
ferramenta pedagógica.
Desafios da Inclusão pelo Esporte
Dinâmica de Grupo: “Círculo Fechado”
� Inclusão social e Inclusão nas aulas de Educação Física/Esporte
�Crítica a visão hegemônica de corpo eficiente, saudável e belo;
� As pessoas com diferenças: os menos habilidosos, os magros, os gordos, os deficientes...;gordos, os deficientes...;
� Garantia de espaço e pertencimento no grupo: Os mais habilidosos e os menos habilidosos;
� A necessidade da percepção da diferença enquanto estatuto da humanidade;
(...) na inclusão pelo esporte, deveremos assumir novos olhares
sobre todos os corpos, deficientes ou não, e não enaltecer tanto a
dificuldade que se observa, mas principalmente nas possibilidades
que cada um tem para se expressar e realizar tarefas motora.
Os Atores Sociais do PST� Recursos Humanos: coordenadores e monitores;
� Formação, envolvimento e atuação no PST;
� Crianças e adolescentes;
� Não considerar a criança e o adolescente como um
conceito universal: compreender sua história de vida e de
seu contexto sócio-cultural;
�Valorizar a lógica da criança e do adolescente, sem �Valorizar a lógica da criança e do adolescente, sem
considerá-los como seres incompletos;
�Compreender e valorizar a comunicação, a fala e as
demais expressões corporais das crianças e dos
adolescentes como conhecimento que nos dizem dos
sujeitos, da sociedade e da cultura.
Reflexão: minha infância, meu futuro
Fraseador (Manoel de Barros)
Hoje eu completei 85 anos. O poeta nasceu de treze. Naquelaocasião escrevi uma carta aos meus pais, que moravam nafazenda, contando que eu já decidira o que queria ser nofuturo. Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curarnem doutor de fazer casa nem doutor de medir terras. Queeu queria era ser fraseador. Meu pai ficou meio vago depoisde ler a carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Meu irmão maisde ler a carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Meu irmão maisvelho, perguntou: Mas esse tal de fraseador bota mantimentoem casa? Eu não queria ser doutor, eu só queria serfraseador. Meu irmão insistiu: Mas se fraseador não botamantimento em casa, nós temos que botar uma enxada namão desse menino pra ele deixar de variar. A mãe baixou acabeça um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas nãobotou enxada.
Atividade 2
Assista o filme “O curioso caso de Benjamin Button” e faça,
juntamente com os coordenadores e monitores de núcleo, uma
reflexão sobre o tempo e a noção de conhecimento em cada fase da
vida (infância, adolescência, adulta e velhice). Quais as
características de cada uma, considerando-se o conhecimento que
adquirimos em cada fase?
O Desenvolvimento Humano e as Ações do PST
� Como um dos principais fundamentos do Programa Segundo Tempo, o desenvolvimento humano deve estar presente nas intervenções pedagógicas, sendo desenvolvido por meio de atividades que explorem os valores humanos mais significativos
� A auto-estima; a identidade nacional; a � A auto-estima; a identidade nacional; a solidariedade; a cooperação; o espírito coletivo; a luta pelos ideais; o respeito às regras; entre outros valores vivenciados no cotidiano da prática esportiva, que também são necessários para a convivência harmoniosa e o fortalecimento da autodeterminação de um povo.
O esporte como Prática da Cultura
� A espetacularização do esporte nos jogos olímpicos
� Sentidos e significados relativos ao rendimento e ao espetáculo
� Competição exacerbada
� Rendimento e performance na gestualidade
� Ênfase no treinamento
� Busca de talentos� Busca de talentos
� A criação de mitos esportivos� A influência do esporte de rendimento (espetáculo) no imaginário social.
� É necessário refletir sobre o modelo olímpico nas atividades esportivas em projetos sociais, como prática educativa.
A educação como aprendizagem da cultura
�Conceito de Técnicas Corporais (Marcel Mauss)
�A gestualidade do corpo carrega significados específicos que nos dizem dos valores, das normas, dos costumes, marcado por um processo de incorporação da cultura.
�É preciso atentar que o habitus e as técnicas comportam mudanças
�“Variam não simplesmente com os indivíduos e suas imitações, variam, sobretudo com as sociedades, as educações, as conveniências e as modas, os prestígios” (MAUSS, 2003, p. 404).
Atividade 3
Identifique e descreva uma modalidade esportiva (técnica corporal)
desenvolvida em seu Núcleo e aponte possíveis adaptações
pedagógicas construídas pelos monitores para sua utilização no
processo de aprendizagem das crianças. Pense, por exemplo, na
possibilidade de solicitar para as crianças a modificação de regras
de jogos por elas já desenvolvidos.
Reinventado a Cultura: Relações entre o Lúdico e o Esporte
Reflexão: Pensem em Jogos Populares
� Lúdico como um caminho para que possamos perceber a dimensão humana da criação da gestualidade, do simbólico, do social, com ênfase nos princípios de liberdade e de criação de outras realidades e possibilidades.realidades e possibilidades.
� O lúdico enquanto abertura para a criação e a inventividade
� A importância dos jogos populares para a configuração do esporte
Atividade 4
Escolha um jogo popular que faça parte do cotidiano de seus alunos,
da comunidade onde o núcleo está inserido, e analise seus elementos
do movimento que estão presentes no desenvolvimento do jogo.
Proponha, junto aos alunos, modificações no jogo identificado, como,
por exemplo, alterações das regras, da quantidade de participantes,
do local utilizado, de novas possibilidades de movimentação.
Promova uma construção em conjunto que possibilite a aproximação
com modalidades esportivas desenvolvidas em seu núcleo.
Considerações Finais
A realidade posta
O determinismo
A esperança por um mundo melhor
“A esperança é uma espécie de ímpeto natural possível e necessário, a desesperança é o aborto
deste ímpeto. Por tudo isso me parece uma enorme deste ímpeto. Por tudo isso me parece uma enorme contradição que uma pessoa progressista e que
busca mudanças, que não teme a novidade, que se sente mal com as injustiças, que se ofende com as
discriminações, que se bate pela decência, que luta contra a impunidade, que recusa o fatalismo cínico e
imobilizante, não seja criticamente esperançoso” (FREIRE, 1996, p. 72).
1 – Converse com as crianças e os jovens atendidos pelo Programa Segundo
Tempo e recolha depoimentos sobre a seguinte questão: por que você
participa do Programa Segundo Tempo? Faça uma reflexão com os
Questões Centrais para Reflexão:
coordenadores e monitores dos núcleos sobre os depoimentos coletados.
2 – Que relações podem ser estabelecidas entre o tema “Fundamentos do
Programa Segundo Tempo: entrelaçamentos do esporte, do desenvolvimento
humano, da e educação” com as outras temáticas propostas neste livro?
Questões Centrais para Reflexão (Continuação):
Para tanto, organize um grupo de estudos com coordenadores e
monitores. Realize uma leitura detalhada de todos os textos da capacitação e
busque materializar todas as propostas, e/ou parte delas, em cada um dos
seus núcleos. Depois, discuta se existiram mudanças no desenvolvimento
das ações em seus respectivos núcleos.
3 – Faça um levantamento dos jogos populares existentes na sua
comunidade e relacione-os com as modalidades esportivas desenvolvidas
nos Núcleos do Programa Segundo Tempo, considerando os seguintes
aspectos: participação dos sujeitos, regras, materiais e espaços utilizados,
Questões Centrais para Reflexão (Continuação):
aspectos: participação dos sujeitos, regras, materiais e espaços utilizados,
entre outros. Sugira que as crianças pesquisem jogos que seus pais, avós e
membros da comunidade vivenciaram na infância. Solicite que as crianças
levem os jogos catalogados para uma exploração pedagógica nos núcleos.
Livros:DE ROSE, Dante (Org.). Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.PORPINO, Karenine. Jogo, esporte, ginástica e luta: sentidos da cultura de movimento na educação física. In: NÓBREGA, T. Petrucia da (Org.). O ensino de
Onde Saber Mais:
movimento na educação física. In: NÓBREGA, T. Petrucia da (Org.). O ensino de educação física da 5ª a 8ª séries. Natal: MEC/Paidéia, 2005.
Revista/Artigos on line:http://www.revistas.ufg.br/index.php/fefhttp://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimentohttp://www.cds.ufsc.br/motrivivencia/motrivivencia.htmlhttp://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE