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Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación

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ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1274

Fotografia em Brasília: um projeto pedagógico para o uso de mídias e tecnologias

ARRELARO, J.D.S.G; CARNEIRO, V.L.Q.


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ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1274

Fotografia em Brasília: um projeto pedagógico para o uso de mídias e tecnologias.

Joana D’Arc Silvia Goudinho Arrelaro

Universidade de Brasília - UnB

Email: [email protected]

Vânia Lúcia Quintão Carneiro

Universidade de Brasília - UnB

Email: [email protected]

RESUMO

O relato de experiência postula sobre projeto desenvolvido com estudantes de Ensino Médio em uma escola de Brasília, Distrito Federal, Brasil. Intitulado “Fotografia em Brasília”, teve como objetivo estudar e experimentar o uso pedagógico de mídias e tecnologias por meio de atividades que aproveitaram a capacidade criativa e o interesse dos jovens na produção de imagens fotográficas e manipulação de equipamentos eletrônicos. O foco do projeto era propor aos discentes que estabelecessem relações entre a linguagem corporal, as vanguardas artísticas europeias e os espaços urbanos de Brasília. Os resultados revelaram que utilização e apropriação de mídias e tecnologias é uma estratégia de grande valia. Verificou-se que ao proporcionar aos jovens que se expressassem utilizando as mídias e tecnologias fez-se uma síntese entre produzir e consumir criticamente.

PALAVRAS-CHAVES: Fotografia, mídias, tecnologias, projeto.

INTRODUÇÃO

A Educação pública no Brasil encontra-se em uma fase de transição. Se por um lado os educadores percebem a necessidade de mudanças para adequar-se à sociedade midiatizada, tecnológica e constantemente conectada, por outro, poucas iniciativas apresentam inovações aplicáveis.


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Um dos grandes problemas enfrentados por professores na escola pública é a falta de motivação e interesse de jovens, principalmente no Ensino Médio, onde o modelo tradicional de educação já não é mais suficiente para atender aos anseios da juventude.

Enquanto em alguns setores da sociedade o uso de equipamentos eletrônicos cresce em ritmo acelerado, em muitas escolas proíbe-se o uso de aparelhos celulares, dificultam o acesso a laboratórios de informática e poucos professores se arriscam a desenvolver projetos que se apropriem das novas tecnologias. Nesse sentido, convém ressaltar a dificuldade que alguns enfrentam em desenvolver projetos para o uso de tecnologias, quando percebem que seus alunos frequentemente têm habilidades maiores que as suas.

Apresentamos, nesta perspectiva, o relato de experiência desenvolvido em uma escola pública de Brasília, Distrito Federal que proporcionou aos jovens: (I) utilizar recursos tecnológicos na produção de imagens fotográficas; (II) manipular essas imagens para relacioná-las as competências exigidas pelas professoras participantes do projeto; (III) divulgar a produção em blogs de responsabilidade dos estudantes.

O projeto teve como objetivo estudar e experimentar o uso pedagógico de mídias e tecnologias por meio de uma atividade que aproveitou a capacidade criativa e o interesse dos jovens na manipulação de equipamentos eletrônicos.

DA SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO À SOCIEDADE EM REDE

Pesquisas que enveredam para o estudo das mídias e tecnologias no contexto escolar frequentemente apontam para a necessidade de apropriação, por parte dos professores, destes recursos, além de enfatizarem a necessidade de inserção deste tema na formação inicial e continuada.

Entretanto, em um momento em que as tecnologias estão, de maneira significativa, incorporadas ao cotidiano, em várias esferas da sociedade, muitas escolas não acompanham esses avanços, pois alguns recursos tecnológicos são sub aproveitados e equipamentos eletrônicos são frequentemente proibidos.

Entende-se que a escola deve integrar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), pois elas estão presentes em todas as esferas da sociedade. Para Belloni (2005, p.10) “a escola pública, em particular, deve atuar no sentido de compensar as desigualdades sociais e regionais e o acesso desigual a equipamentos eletrônicos”.

Belloni entende que a integração das TIC’s aos processos educacionais pode ser uma estratégia de grande valia e define TIC como “o resultado da fusão de três grandes vertentes técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas.” (2005, p. 21). A autora acredita, ainda, que fazer da escola um espaço de descoberta e formação de crianças e jovens para exercerem sua cidadania e sua criatividade na “sociedade digital” pode compensar as profundas desigualdades existentes no Brasil quanto ao acesso a esses meios. A autora sugere que há necessidade não só de alocar recursos materiais, mas também investir em pessoal qualificado e reinventar a pedagogia. (BELLONI, 2010).


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No escopo deste relato utilizamos a definição de Buckingham (2005), em que mídias são todos os modernos meios de comunicação, como a televisão, o cinema, o vídeo, a fotografia, o rádio, publicidade, jornais e revistas, CDs, jogos de computador e Internet.

De uma sociedade da informação para uma sociedade em “rede” novos hábitos são incorporados ao cotidiano, principalmente dos mais jovens. O comportamento multiconectado de jovens, a velocidade que se propagam informações e o acesso permanente às redes sociais proporcionam, na atualidade, novas formas de aprender e novas formas de relações interpessoais. Deste modo novas competências são exigidas na educação.

Deste modo compactuamos com a visão de Martín-Barbero (1999) de que falta ao campo da educação, integrar a reflexão entre comunicação e cultura. Para ele a empatia dos jovens com as novas tecnologias é uma empatia cognitiva, que permite novos modos de relação com o saber que passam por essas tecnologias e que permite uma expressividade, novos modos de dizer e novos modos de narrar.

Por outro lado, Jenkins (2009) acredita que os jovens tornam-se parte de uma cultura de convergência e participam ativamente de um processo natural de consumo, produção a apropriação. Para ele os produtores e consumidores de mídia não são ocupantes de papéis separados, mas podem ser considerados como participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras no mundo da convergência das mídias. O autor considera ainda que toda história importante é contada, toda marca é vendida e todo consumidor é cortejado por múltiplos suportes de mídia.

Diante do exposto apresentamos o relato do projeto “Fotografia em Brasília”, que buscou integrar a linguagem fotográfica com os saberes das disciplinas participantes do projeto.

NAS ASAS DE BRASÍLIA

Brasília é uma cidade que tem uma arquitetura e um planejamento urbanístico singular. Desenhada sob a forma de um avião, possui locais denominados Asa Sul, Asa Norte e Eixo Monumental, onde se localizam os principais prédios da capital do Brasil. Foi totalmente construída com ideais modernistas e recebeu, em 1987, o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco.

O projeto “Fotografia em Brasília” pautou-se na concepção de utilizar os espaços urbanos como cenários para fotografias produzidas por estudantes. Nesse sentido, o presente trabalho relata o desenvolvimento do projeto realizado em abriu de 2013, com estudantes de 3º ano do Ensino Médio, em uma escola pública do Distrito Federal. Participaram desta iniciativa oito turmas, com jovens de idade entre 15 e 18 anos

Envolveu a participação das professoras de Artes e de Educação Física por meio de um projeto interdisciplinar. Teve como foco orientar os estudantes a estabelecer relações entre a linguagem corporal, as vanguardas artísticas e os espaços urbanos de Brasília, por meio da produção fotográfica.


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A escolha da linguagem imagética para o desenvolvimento do projeto alicerçou-se na crença que, desta maneira, é possível desenvolver a capacidade crítica ao propor fugir dos padrões convencionais das atividades educativas, além de evidenciar uma reflexão com abrangência artística, cultural e física muito maior, a partir de um conhecimento significativo.

Em um primeiro momento as professoras desenvolveram os conteúdos relacionados as suas respectivas disciplinas e aos aspectos que seriam abordados nas imagens produzidas pelos estudantes.

Para desencadear as reflexões sobre o corpo, nas aulas de Educação Física foram exibidos slides com imagens e textos que abordavam o assunto sob diversos aspectos, tais como: o corpo na história, nas artes, na mídia, além do aspecto biopsicossocial. Os slides estão disponíveis no endereço eletrônico http://pt.slideshare.net/silvia.arrelaro/corpo-cultura-e-movimento. Desse modo instaurou-se um diálogo entre a professora e os estudantes, que permitiu uma abrangência nas possibilidades de narrativas imagéticas e corporais

A professora solicitou, então, uma reflexão, por parte dos estudantes sobre a utilização da linguagem corporal no estabelecimento de relação com os espaços urbanos. A partir dessas reflexões os jovens separados em grupos de quatro a seis participantes, deveriam produzir imagens fotográficas em um espaço urbano, escolhido por eles, na cidade de Brasília, utilizando a linguagem corporal como forma de expressão.

Como parte da disciplina de Artes os estudantes estudaram previamente as vanguardas artísticas europeias, manifestações culturais que ocorreram na Europa, no início do século XX. Entre essas manifestações destacamos o Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo. Com base nessas vanguardas os estudantes deveriam manipular as imagens fotográficas, postar as imagens originais e manipuladas em blogs criados e mantidos por eles, para fins pedagógicos. Além disso deveriam incluir um texto, com uma breve reflexão sobre o material produzido.

A Culminância do projeto aconteceu no laboratório de Informática, com a presença das duas professoras envolvidas. Acessou-se os blogs e cada grupo apresentou seu projeto e suas intenções nas produções realizadas.

Para ilustrar a atividade desenvolvida, reproduzimos nas imagens a seguir, as fotografias e textos publicados nos blogs de responsabilidade dos estudantes. Salientamos que a reprodução manteve, inclusive, os erros ortográficos das publicações originais nos blogs.


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Imagem 1 e 2: Fotografias produzidas por estudantes.

“O futurismo é um movimento artístico e literário, os adeptos do movimento

rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na

velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX.

No nosso trabalho, a escutura "Os candangos" se mostrava muito a frente do seu

tempo quando foi esculpida, localizada na praça do três poderes, representa o povo

que veio de outros estados do Brasil para ajudar na construção de Brasília e mostra a

união de duas pessoas!”

(F.H, 17 anos e Y.R, 16 anos)

Imagens 3 e 4: Fotografias produzidas por estudantes.

(Dadaísmo) Possuía como característica principal a ruptura com as formas de

arte tradicionais. O próprio nome do movimento deriva de um termo inglês

infantil: dadá (brinquedo, cavalo de pau). Daí, observa-se a falta de sentido e

a quebra com o tradicional deste movimento.

Nossa ideia foi uma coisa sem sentido lógico a final o dadaismo se baseia

praticamente em seguir fora do padrão artístico. Por isso essa misturas de

partes de corpo e uma estátua no meio.

(GG, 16 anos; R.M. 16 anos e L.C, 16 anos


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Paralelamente ao período de execução do projeto, percebeu-se manifestações em redes sociais, com a divulgação de algumas fotografias, e comentários dos participantes sobre a atividade. Neste sentido confirmamos que a produção e compartilhamento de imagens fotográficas e divulgação dessas imagens em redes sociais é muito frequente na sociedade contemporânea. Desta maneira, como nos aponta Buckingham (2005), a mídia é um espaço fornecedor de canais por meio dos quais as representações e imagens do mundo são comunicadas indiretamente.

Imagens 5 e 6: fotografias produzidas por estudantes.

“Artes: O fauvismo é uma corrente artística do início do século XX aliada à pintura, tendo como uma das características a máxima expressão pictórica, onde as cores são utilizadas com intensidade.. Os seus temas eram leves, e não tinham intenção crítica, revelando apenas emoções e alegria de viver.

E essa imagem mostra a intensidade das cores, alegria, e não tem lugar mais colorido e alegre para representar esse tema do que o Parque da Cidade!

Educação Física: A alegria estampada no rosto das pessoas, adequada ao lugar em que estão (Parque da Cidade), e por se tratar de um parque, utiliza-se roupas coloras e leves, para representar um lugar de diversão para as crianças de Brasília”.

(A.Q. 18 anos, L.R. 17 anos, L.B. 24 anos, M.S.17 anos, N.B. 17 anos, Y.I. 17 anos)

Ao propor a integração da linguagem corporal na produção imagética, partimos da convicção que o corpo possui uma linguagem expressiva que se comunica independente de palavras e por meio dessa linguagem é possível expressar-se por meio de gestos, movimentos, expressões, olhares.

Nesse sentido compartilhamos a visão de Le Breton (2010) de que a existência é corporal e todas as ações da vida quotidiana envolvem a mediação da corporeidade. O autor


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defende o corpo sujeito – uma corporeidade socialmente construída e compreende o corpo como eixo da relação com o mundo. Desta forma acreditamos que qualquer tema que possa ser abordado na produção autoral, permeada pela linguagem corporal, possibilita a construção de conhecimento de maneira crítica, criativa e reflexiva por parte dos estudantes.

Imagem 7 – Fotografia produzida por estudantes.

Futurismo

A arquitetura de Brasilia é muito voltada para o futurismo, demonstrando isso com seus monumentos, um dos exemplos é a catedral, com suas linhas e curvas demonstram velocidade e movimento , características do futurismo(Artes),e a expressão corporal também esta demonstrando velocidade, através da comemoração de Usain Bolt (o atleta mais rápido do mundo), que passa a impressão de um raio(Educação Física), os pilares de concreto que estão elevados no formato hiperboloide no exterior da catedral lembram as curvas do meridiano de greenwich, e Brasília está localizada entre os paralelos 15° e 20°, por isso foi escolhida para ser a capital do Brasil, porque o padre salesiano João Bosco em 1883 profetizou que "no Brasil, entre os paralelos 15º e 20º surgiria uma grande civilização, a Terra Prometida, onde correria leite e mel" .Então a localização definitiva da capital foi no ponto sonhado por João Bosco.

(C.A. 16 anos, C.E 17 anos, T.C 16 anos, W.N. 17 anos)

Na escola, a expressividade do corpo, não raro, se limitam apenas as aulas de Educação Física e de Artes, enquanto em outras disciplinas defendem o corpo estático e


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disciplinado, o que confirma a consideração de Soares (2006) de as pedagogias que incidem sobre o corpo pretende ora civilizá-lo, ora ensiná-lo a ser útil e higiênico, ora a ser padronizado.

A integração da linguagem corporal, da linguagem artística e imagética possibilitou aos estudantes estabelecerem relações entre os conteúdos específicos de cada disciplina envolvida no projeto e permitiu, ao mesmo tempo, que produzissem uma narrativa própria, carregada de significados.

Desta maneira, entendemos que os processos tecnológicos, os meios de comunicação e a convergência das diversas mídias estão mudando a forma como pensamos, agimos, aprendemos e nos relacionamos. Deste modo urge a necessidade de mudanças para a Educação do século XXI. Para Buckingham & Martinéz-Rodriguez (2013), os jovens de hoje crescem em um contexto saturado de tecnologias e nesses novos espaços digitais desenvolvem marcos preliminares para interpretar a vida.

UMA AVALIAÇÃO DO PROJETO

Consideramos que proporcionar aos jovens que se expressem utilizando as mídias e tecnologias pode fazer uma síntese entre produzir e consumir criticamente, pois é necessário que a escola intensifique o diálogo entre a cultura escolar e cultura midiática. Desta forma o projeto buscou oferecer oportunidades de produção de narrativas de autoria dos estudantes com o uso de novas linguagens e tecnologias.

Embora a população mais jovem tenha um grande domínio e utilize com facilidade diversos recursos tecnológicos no dia a dia, ainda são tímidas e isoladas as proposições de atividades desta natureza no âmbito escolar. Talvez pelo fato de professores sentirem um certo constrangimento e despreparo para acompanhar os nativos digitais.

Além disso, como na atualidade a educação prima pela linearidade, com saberes compartimentados em disciplinas que não dialogam entre si, o formato do projeto, pautado em uma abordagem interdisciplinar, propõe uma ruptura da visão fragmentada da educação, com uma proposta atual e de incentivo à autonomia discente.

Nas imagens produzidas percebemos estudantes capazes de constituir-se como sujeitos de seu aprendizado, de maneira autônoma e criativa, recorrendo as suas experiências narrativas, lidas, ouvidas, vividas. Capazes de utilizar as tecnologias na composição autoral, permeada por suas experiências, saberes e memórias.

Os resultados revelaram que o desenvolvimento do projeto proporcionou aos discentes a utilização e apropriação de mídias e tecnologias. Os estudantes além de manifestarem interesse na realização da atividade, compartilharam o material produzido em outras redes sociais, demonstrando a vontade de divulgar e refletir o trabalho produzido para além dos muros da escola. Acreditamos que ao proporcionar aos jovens que se expressassem utilizando as mídias e tecnologias fez-se uma síntese entre produzir e consumir criticamente.


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo acelerado de acesso às diversas tecnologias torna evidente a necessidade de inovações também nos processos de ensino e aprendizagem. Enquanto percebemos transformações em diversas esferas da sociedade, na escola esse processo ainda é lento. Vivemos um momento em que os jovens se confrontam com metodologias de ensino que não que atendem seus anseios e muitos professores não compreendem a necessidade de novas pedagogias para interagir com esses jovens.

Acreditamos que com o desenvolvimento de projetos que proporcionem o protagonismo discente, que possibilite experimentar diferentes recursos e aparatos tecnológicos, estaremos no caminho de uma educação plural e mais próxima aos anseios dos jovens.

Além disso, a inserção desses recursos na prática pedagógica poderá ser um fator de motivação e interesse para os jovens ao buscar novas possibilidades de aprendizagem que exercitassem suas capacidades criativas e autônomas. Deste modo o uso das tecnologias e dos recursos midiáticos possibilitará a percepção de novos sentidos e significados na prática pedagógica além de proporcionar à escola um dinamismo e uma perspectiva que a situe no século XXI.

Há que se refletir que talvez uma perspectiva para a educação na sociedade telemidiática seja o de estimular a expressão autoral dos jovens, buscando uma complementaridade entre a educação e as mídias.

REFERÊNCIAS BIBLIOOGRÁFICAS

BELLONI, M. L. (2005). O que é Mídia e Educação. Campinas, São Paulo: Autores Associados.

BELLONI, M. L. (2010). Crianças e mídias no Brasil: Cenários de mudanças. Campinas, São Paulo: Papiros.

BUCKINGHAM, D. (2005). Media education: literacy, learning and contemporary culture. Cambridge: Polity.

BUCKINGHAM, D, MARTÍNEZ-RODRÍGUEZ J. B. (2013). “Jóvenes interactivos: Nueva ciudadanía entre redes sociales y escenarios escolares”. Revista Comunicar, 40, XX, pág. 10-14.

JENKINS, H.(2009) Cultura da convergência. 2. ed., São Paulo : Aleph,

LE BRETON, D. (2010). A sociologia do corpo. Petrópolis: Vozes

MARTÍN-BARBERO, J. (1999). Sujeito, comunicação e cultura. Revista Comunicação & Educação. São Paulo: Moderna / ECA-USP, n. 15, pag. 62-80.

SOARES, C. L. (2006). Corpo e História. Campinas: Autores associados.

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