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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | ABRIL 2020 | EDIÇÃO 225 | ANO 18 Sonho se concretizando HOSPITAL PÚBLICO EM BENTO GONÇALVES Foto: Rodrigo De Marco Com a iniciativa do município e a colaboração de entidades, empresas e voluntários, os acabamentos do primeiro andar da torre de internação do Hospital Público junto à UPA foram executados em tempo recorde, para a destinação de leitos voltados às vítimas da pandemia do coronavírus (Covid-19).

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | ABRIL 2020 | EDIÇÃO 225 | ANO 18

Sonho se concretizandoHOSPITAL PÚBLICO EM BENTO GONÇALVES

Foto: Rodrigo De Marco

Com a iniciativa do município e a colaboração de entidades, empresas e voluntários, os acabamentos do primeiro andar da torre de internação do Hospital Público junto à UPA foram executados em tempo recorde, para a destinação de leitos voltados às vítimas da pandemia do coronavírus (Covid-19).

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Bento Gonçalves já conta comHospital Público, junto à UPA

HOSPITAL PÚBLICO JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Abril 2020

Reportagem: Rodrigo De MarcoEdição: Kátia Bortolini

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira | Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 |

Jornalista e Social Media: Rodrigo De Marco - MTB 18973 | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria Basso | Editor de Fotografia: André Pellizzari | Colaboradores e

Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancilla Dall´Onder Zat | Carina Furlanetto, Cesar Anderle, Elvis Pletsch, João Paulo Mileski, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné

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cronograma de obras do hos-pital público, que está sendo construído em etapas junto à

UPA do bairro Botafogo, foi acelerado pela pandemia do coronavírus. Em 30 dias, em obra emergencial envol-vendo diversos segmentos da comu-nidade, foram feitos os acabamentos no primeiro dos quatro pavimentos da torre de internação. A ala tem 40 leitos, entre eles oito mini UTIs, e já está sendo utilizada para atendimen-to exclusivo às vítimas do coronaví-rus. Segundo o secretário municipal de Saúde, Diogo Siqueira, a utilização da ala, iniciada na última semana de abril, marcou o início das atividades

Foto: Rodrigo De Marco

Com a colaboração de entidades, empresas e voluntários, acabamentos do primeiro andar da torre de internação foram executados em tempo recorde, para a destinação de leitos voltados às vítimas da pandemia do coronavírus (Covid 19)

do hospital. O cronograma de obras continua

pelos acabamentos dos outros três andares da torre, que também sediará UTIs, e pela conclusão do bloco cirúr-gico, que já possui as fundações pron-tas ao lado do prédio da torre. Segun-do Siqueira, a estrutura está sendo montada para o hospital atender pelo SUS em âmbito regional, modalidade que habilita a instituição a receber re-cursos federais.

A obra emergencial para a ocupa-ção do primeiro andar na torre de in-ternação, de estrutura levantada, mas semiacabada, foi resultante de parce-ria entre a prefeitura de Bento Goncal-

ves, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG) e a Associação das Empresas da Construção Civil da Re-gião dos Vinhedos (Ascon Vinhedos). O projeto foi executado de 18 de mar-ço a 18 de abril deste ano, em mutirão coordenado por funcionários especia-lizados da prefeitura e de construtoras associadas, e envolvendo a mão de obra de centenas de voluntários da comunidade, de ambos os sexos, em revezamento.

O CIC-BG, através do grupo “Uni-dos por Bento”, arrecadou doações de empresas e pessoas físicas. Para o término do andar já foram destinados R$ 320 mil.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Abril 2020 HOSPITAL PÚBLICO 3

Término da obra previsto para o final deste ano

Diogo Siqueira, Secretário municipal de Saúde

A estrutura do hospital público está sendo erguida numa área de 12 mil metros quadrados, no bairro Botafogo, que anti-gamente sediava o extinto Hospital Walter Galassi. A aquisição dessa área pelo muni-cípio, que pertencia a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), iniciou na administração do ex-prefeito Darcy Pozza (in memoriam) e foi semi-concluída na admi-nistração do ex-prefeito Roberto Lunelli (in memoriam). As obras do hospital iniciaram em 2011, na gestão Lunelli, pelo prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, com 900 metros quadrados de área construída e pelo levante, sobre 600 metros quadrados da estrutura do esqueleto dos quatro andares da torre de internação do en-tão chamado “Hospital do Trabalhador”.

O prefeito Guilherme Pasin terminou as obras da UPA, inaugurada em julho de 2015, na condição de Complexo Hospitalar de Saú-de, com Laboratório de Patologia e Análises Clínicas e o Centro de Especialidades Odon-

A UPA 24h iniciou atividades em 18 de junho de 2015, para efetuar atendimentos de urgência e emergência durante 24 horas todos os dias da semana. Antes da pande-mia e o início das obras da ala emergencial, a unidade contava com 120 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enferma-gem e radiologia, farmacêuticos, assistentes sociais e atendentes, que se revezavam em turnos de 6 e 12 horas. Ao atender um chama-do de urgência, o SAMU/192, após prestar o primeiro atendimento ao paciente, o encami-nhava para a UPA ou, em situações mais gra-ves, para o hospital conveniado.

O prédio da UPA tinha capacidade para 350 atendimentos por dia. A estrutura era representada por salas para observação, in-tervenções de emergência, inalação, gesso, sutura, medicação, coleta de material para exames, esterilização, área de higienização, de lavagem e descontaminação, dois con-sultórios médicos adultos e dois pediátricos, assistência social, classificação de risco, re-pouso masculino e feminino, almoxarifado, banheiros/vestiários internos (masculino e feminino), administração e recepção entre outros setores. Na UPA, os pacientes podiam permanecer em observação por um período de 24 horas para elucidação diagnóstica ou estabilização do quadro clínico, em 16 leitos de observação.

tológicas. Em 2019, a prefeitura executou o revestimento externo dos quatro andares da torre de internação e instalou esquadrias ex-ternas. O investimento da obra, de mais de R$ 727 mil, foi pago com recursos da Secretaria Municipal de Saúde, e permuta com imóveis do município.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Diogo Siqueira, o término dos acaba-mentos internos da torre de internação está previsto para ocorrer ainda no final de 2020, que também sediará a UTI.

Mais um prédio será erguido

Siqueira acrescenta que já estão prontas as fundações para um novo prédio ao lado da torre de internação. Essa nova estrutura ocu-pará 2.478,20 metros quadrados do terreno e foi projetada para comportar sete andares, a serem erguidos a médio prazo. O primeiro andar sediará o bloco cirúrgico e uma central de material esterilizado.

Como funcionavaa UPA antes da pandemia

Foto: Rodrigo De Marco

Fundações do bloco cirúrgico

Torre de internação

Foto: Kátia Bortolini

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Abril 2020HOSPITAL PÚBLICO4

O coordenador médico da UPA, Amauri Vargas, ressalta a importância do novo espaço para os leitos emergenciais. “A ala possibilita a separação de casos suspeitos e confirmados de coronavírus, com qualidade e suporte para manu-tenção de vida. Segundo Vargas, foi elogiável a união de diversos segmentos da comunidade em torno do cumprimento dessa demanda emergencial de saúde pública. Ele também ressalta a prontidão de empresas da comunidade, que do-aram respiradores mecânicos. O médico, natural de Curitiba, Paraná, há cerca de um ano trabalhando em Bento Gonçalves, classifica como acima da média o perfil solidário e voluntario da comunidade local.

Até o final de fevereiro deste ano, era difícil imaginar um quadro severo de coronavírus no Brasil, mas algumas prefeituras já começavam a trabalhar de forma preventiva. Bento Gonçalves saiu na frente e, em 28 de fevereiro, di-vulgou o primeiro boletim epidemio-lógico sobre o vírus na cidade. Desde janeiro deste ano, a prefeitura monito-ra a situação no município. Na época não havia casos suspeitos, mas os bas-

Bento no combate ao Covid 19tidores já indicavam um pe-rigo iminente. Naquele mo-mento, a população parecia não levar em consideração.

Foi no 16º boletim epi-demiológico, emitido em 14 de março, que apareceu o primeiro suspeito, poste-riormente confirmado como infectado. Um homem de 60 anos, natural de Serafina

Corrêa, teria contraído o vírus no Pa-raguai. Ele baixou na UTI do Hospital Tacchini, onde faleceu após mais de 30 dias de internação. A partir deste momento o cenário começou a mu-dar e medidas mais severas passaram a ser tomadas. Em uma semana co-mércios começaram a ser fechados, escolas encerraram as aulas, e o aviso de ficar em casa e evitar o contato so-cial soava como o alerta máximo no combate ao coronavírus. Foi criado o Comitê de Atenção ao Coronavírus, reunindo as secretarias municipais de Saúde e Educação, Associação Médica de Bento Gonçalves (AMEB), Hospital Tacchini e Unimed, que repassa infor-mações diárias para a população.

Ambulatório de CampanhaEm parceria com o Exército, no fi-

nal do mês de março, foi instalado um ambulatório de campanha em frente a UPA para a triagem de pacientes com sintomas respiratórios.

Ambulatório de campanha montado em frente à UPA para triagem de casos

Foto: Divulgação

Separação dos casossuspeitos e confirmados

Amauri Vargas, coordenador médico da UPA

Foto: Rodrigo De Marco

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Abril 2020 HOSPITAL PÚBLICO 5

Capacidade de mobilização da comunidadeO prefeito Guilherme Pasin, frente a

ameaça do coronavírus, solicitou o apoio do CIC-BG e da Ascon Vinhedos, para atender a medida emergencial de oferta de mais lei-tos hospitalares no município, em reunião ocorrida no Centro Empresarial, no dia 15 de março deste ano. O município entrou com a equipe técnica da obra em andamento e o CIC-BG ficou responsável pela arrecadação de materiais de construção, entre outros do-nativos. O cronograma, a adaptação do pro-jeto e a coordenação da execução ficaram a cargo da Ascon Vinhedos.

A execução da obra foi acompanhada pelo presidente da Ascon, engenheiro ci-vil Milton Milan, também responsável pelo projeto Bento + 20. Segundo ele, a experi-

Com o auxílio de voluntários, o espaço preparado exclusivamente para pacientes com a COVID-19, foi equipado com camas, no último dia 21 de abril. Participaram da montagem das camas o grupo de jovens Calebe, voluntários

da comunidade e equipe da Prefeitura.

Milton Milan, presidente da Ascon Vinhedos

Foto: Divulgação

ência foi incrível. “A capacidade de mobi-lização da sociedade é impressionante. O projeto iniciou envolvendo três entidades e foi se multiplicando por um sem número de pessoas que aderiram à causa de várias formas. Tivemos o suporte necessário para o excelente andamento da obra, desde a mão de obra especializada, doação de recursos financeiros e materiais de construção, até o serviço geral voluntário. Ele ressalta que “os acabamentos foram feitos em tempo recor-de, porque um grupo de trabalho voluntário não deixou faltar nada. O material necessá-rio era instantaneamente disponibilizado. Moradores de Garibaldi e de outras cidades da região também se disponibilizaram a par-ticipar do mutirão”, ressalta Milan.

Montagem das camas

Fotos: Milton Milan

54 3701-047454 99954-3048www.sarconconstrutora.com.brcontato@sarconconstrutora.com.brRua Antônio Michelon, 787Bairro Santa RitaBento Gonçalves - RS

FAZENDO PARTE DA CONSTRUÇÃO DESTA OBRA HISTÓRICA PARA O MUNICÍPIO

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Abril 2020HOSPITAL PÚBLICO6

Estrutura interna já está sendo utilizada

Guilherme Pasin*

“Todas nossas ações foram planejadas para que pudéssemos não só achatar a curva epide-miológica na cidade, mas também ter tempo de reforçar a estrutura de atendimento médico para a população; e tudo isso, com embasamento em dados da saúde e científicos. Uma das ações foi a construção de 40 leitos de isolamento e oito mini UTIs para atender os pacientes com coronavírus. Com apoio da sociedade civil, empresários do Município e voluntários, realizamos a construção junto ao Complexo Hospitalar que já estava com a estrutura externa pronta, garantindo leitos de re-taguarda para o atendimento no Hospital Tacchini e permitindo um atendimento com mais tranqui-lidade para a população. Estamos prontos para o enfrentamento ao vírus. Com toda certeza, esta será uma obra histórica para a nossa comunidade. Uma obra que carrega o DNA, as mãos, o sangue e o suor de muita gente que fez o melhor por nossa cidade. Quero agradecer a todos que participaram: sociedade civil, empresários, voluntários. Cada um é responsável por uma obra que salvará vidas”.

*Prefeito de Bento Gonçalves

Rogério Capoani*

“Nós tivemos o primeiro encontro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia 15 de março, convocado pelo prefeito Guilherme Pasin e pelo se-cretário de saúde, Diogo Siqueira. Na ocasião, eles explanaram sobre os índices da Covid-19 e quais eram as projeções para o número de casos em Bento Gonçalves, julgando de suma importância finalizar um andar inteiro daquele hospital por precaução, nos permitindo 40 leitos a mais do que o sistema pú-blico e privado de saúde comportava. Diversas au-toridades estavam presentes, como conselheiros do Hospital Tacchini e representantes da saúde pública, que sugeriram que o CIC-BG liderasse esse processo, para captar recursos junto a empresas e entidades – nós aceitamos essa missão. Já no dia 17, criamos um grupo chamado ‘Unidos por Bento’, onde ini-ciamos a busca pelos recursos, com uma projeção inicial de apenas captarmos o valor necessário para a construção física daquele andar. Tínhamos um or-çamento estimado na casa dos 250 mil reais. Diante disso, no próprio dia 15, contatamos o Milton Milan, presidente da Ascon, que mostrou prestatividade e competência profissional para encabeçar o processo de planilhar e gerir toda a obra. Depois de 18h da criação do grupo, já contávamos com R$ 236 mil na conta – quase toda a meta atingida. Isso nos surpre-

Fotos: Rodrigo De Marco

“Unidos por Bento”Foto: Divulgação

“Prontos para oenfrentamento”

endeu positivamente pelo engajamento das em-presas, buscando mais informações junto ao CIC e chegando a cerca de 180 componentes do grupo, entre empresas e associações. O valor foi aumen-tando, tanto que no último levantamento que fize-mos estávamos com uma quantia aproximada de R$ 690 mil em conta corrente, pois abrimos uma conta específica no Sicredi feita em nome do CIC – já que não tínhamos tempo hábil para abrirmos um CNPJ novo em nome de uma associação, que era o intuito inicial. Por isso, fizemos um termo de cooperação do CIC para com a prefeitura, onde constam os deveres de cada parte, e depois um termo de cooperação com cada colaborador que depositasse um valor na conta. No final do proces-so, que deverá acontecer dentro dos próximos 15 dias, faremos uma prestação geral de contas den-tro do nosso site. Da arrecadação, reservamos 320 mil reais como garantia para terminar a obra física e depositamos 200 mil diretamente para o Comitê de Atenção ao Coronavírus. Ainda teremos um sal-do na casa dos 200 mil que destinaremos à campa-nha ‘Unidos por Bento’, que tem como foco princi-pal o “retorno responsável”, marca que registramos domínio pela entidade. O objetivo é conscientizar a população sobre os procedimentos adequados para o retorno às ruas, independente se for para quem irá trabalhar ou para o público em geral. Além disso, também utilizaremos esse saldo res-tante para conferirmos um aporte maior ao Comi-tê de Atenção ao Coronavírus para a aquisição de mais testes, que é a principal forma de mapear a pandemia, e outros EPIs aos profissionais de saúde.

Para o CIC-BG, foi um grande desafio ter a oportunidade de exercer seu papel social e fazer parte desse movimento tão importante para Ben-to Gonçalves. Criamos o grupo, mobilizamos as pessoas e tivemos êxito na captação dos recursos. Isso, para nós, foi muito positivo no sentido de for-talecimento, e também corroborando a credibili-dade que a entidade tem. Instantaneamente após termos alcançado o êxito nessa missão, direciona-mos os esforços da entidade para a representação dos interesses dos associados, grande proposito da entidade, no pleito pela retomada das ativida-des econômicas”

*Presidente do CIC-BG

Foto: Divulgação

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Abril 2020 7FEIRAS E EVENTOS

Feiras e eventos em Bento Gonçalvesdevem ocorrer até o final do ano

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Os filhos Neiva, Moacyr, Ivete e Luciano

convidam para a

Missa de 30º dia de falecimento

Dia: 11 de maio de 2020

Horário: 18 horas

Local: Igreja Matriz Cristo Rei

Nosso amor eterno!

ÉRICA MESSINGER RIGATTI

O Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) emitiu um comunicado no último dia 23 de abril, confirmando a realização da 30ª ExpoBento e da 17ª Festa Na-cional do Vinho (Fenavinho) em 2020, porém com adiamento das datas.

Originalmente previstos para ocorrer nos meses de maio e junho, os eventos serão postergados para o ter-ceiro trimestre deste ano, com datas a serem anunciadas em breve. A defini-ção envolve a programação da Expo-Bento e, também, todas as atividades previstas para a Fenavinho: Vinho En-canado, Desfile Alegórico e Vila Típica.

As datas serão definidas e comu-nicadas, sempre observando a via-bilidade de realização dos eventos conforme a evolução do panorama da pandemia do coronavírus, e o alinha-mento com a agenda da Fundaparque e demais entidades promotoras de eventos.

Movelsul Brasil semdata para ocorrer

Assim como a ExpoBento e Fena-vinho, a Movelsul deve ser a primeira a ocorrer neste ano, uma vez que já está montada no Parque de Eventos. Segundo o presidente Vinícius Beni-ni, no decorrer de maio será definido com o prefeito Guilherme Pasin e o presidente do Centro da Indústria e Comércio (CIC), Rogério Capoani, a nova data para a realização da feira.

Envase Brasil deveocorrer em 2021A Envase Brasil, prevista para 31

de março a 3 de abril deste ano, deve ocorrer apenas em 2021. A informa-ção é do diretor executivo do evento, Osmar Bottega. “Estamos aguardando mudança de cenário, também fazen-do uma pesquisa junto a expositores e entidades para decidirmos juntos. Temos algumas possibilidades e da-tas, porém acabamos interferindo no calendário do setor. Estamos fazendo um balizamento para ver o que deve

acontecer. A tendência maior é que ela aconteça em abril de 2021. Esta-mos buscando a chancela dos exposi-tores. Existe data para o segundo se-mestre, mas é pouco provável”, afirma.

Fiema em outubroA 9ª edição da Feira de Negócios,

Tecnologia e Conhecimento em Meio

Ambiente (Fiema), agendada para abril deste ano, no Parque de Even-tos de Bento Gonçalves, foi adiada e, segundo comunicado dos organiza-dores, deve ocorrer em outubro. De acordo com a Fundação Proamb, or-ganizadora do evento, as tratativas já estão avançadas para viabilizar a rea-lização da Fiema ainda em 2020, nos dias 20, 21 e 22 de outubro, no Pavi-lhão E do Parque de Eventos.

Brazil Wine Challengee Avaliação Nacionalde VinhosUm dos eventos promovido pela

Associação Brasileira de Enologia (ABE) também sofreu alteração devi-do à pandemia. De acordo com a se-cretária Executiva da entidade, Eliane Cerveira, o Brazil Wine Challenge, que ocorreria em junho, foi transferido para 13 a 16 de outubro. Já a Avaliação Nacional de Vinhos, organizada anu-almente e que reúne cerca de 1.000 apreciadores da bebida, por enquan-to mantém a data inicial prevista para ocorrer em 26 de setembro.

Wine South AmericaA terceira edição da Wine South

America está agendada para ocorrer de 23 a 25 de setembro deste ano, no Parque de Eventos.

Foto: Jéferson Soldi

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REINVENTANDO

ESTAMOS NOS

Seguindo a tendência mundial, a partir do mês de maio,

nossas edições serão virtuais, intensificando a geração de

conteúdo jornalístico “muito além do comum”, diferencial

do INTEGRAÇÃO DA SERRA em seus 18 anos de circulação

mensal gratuita em Bento Gonçalves e região.

Agradecemos nossos leitores, anunciantes, colaboradores

e colunistas por terem tornado possível essa trajetória.

Continuem com a gente nessa nova fase, que será marcada

por muitas novidades.

Para continuar recebendo nosso conteúdo, basta se

cadastrar no site. Estaremos cada vez mais conectados!

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Caderno de Cultura e Arte

Jornal Integração da Serra | Nº 78 |

Abril 2020

Foto

: Vag

ão F

ilmesem quarentenaCultura Planos adiados e dúvidas

perante final da pandemia do coronavírus. Artistas têm tentado se reinventar através de canais alternativos.

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“E chega talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acorda os ratos e os

manda morrer numa cidade

feliz.”Albert Camus

2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Abril 2020

RogérioGava

[email protected]

Notas sobre a Peste

eio que um vírus, mede, em média, cem nanô-metros. Descubro que um nanômetro equivale

à milionésima parte de um milímetro. A cabeça de um alfinete mede um milímetro. Caberiam aí, portanto, cerca de dez mil vírus como o “corona-vírus”. Mais uma prova de que tamanho, defini-tivamente, não é documento. Algo tão pequeno (que nem se sabe ao certo se é ser vivo, ou não, a discussão é grande) simplesmente mostra toda a fragilidade da vida. E a pequenez de todos nós. Se essa tragédia servir para diminuir nossa arro-gância, já terá deixado um legado. Do que duvi-do, entretanto.

* * *

O romance, “A Peste”, escrito em 1947 pelo filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960), voltou à baila nestes tempos de epidemia. A história se passa na década de 1940 em Oran, pequena cidade banhada pelo Mediterrâneo, ao norte da Argélia. A vida seguia normal, todos cor-rendo em prol de seus interesses. Trabalhar e ga-nhar dinheiro. Então, ratos começam a surgir dos esgotos e morrer aos milhares. Logo, as pessoas são infectadas. A doença se dissipa rapidamen-te. Muitos padecem. Têm febre. As mortes se multiplicam. Os corpos se amontoam nas ruas. O pânico se instala. A cidade é fechada. Inicia-se a quarentena. O exílio de todos em suas próprias casas. A peste não olhava para a cor da pele, classe social, gênero ou idade. Pestes são de-mocráticas; assim como a morte. Em determina-do momento, as baixas começam a diminuir. As portas da cidade se abrem. As pessoas voltam a se reunir. Após meses de sofrimento, a peste acaba. A mensagem de Camus: a peste escan-cara o egoísmo e a insensatez humana; também faz emergir a reflexão sobre a vida que se vive,

sobre o individualismo e a solidariedade. Sobre nossa esmagadora precariedade. Triste homem que só aprende com a peste. Ou pior, que talvez nunca aprenda.

* * * Em anedota (mas é na graça que dizemos

o sério), leio que o coronavírus é ecológico. Me-nos aviões nos ares; menos carros nas ruas. Em Veneza, a água brilha, cristalina, como nunca se vira. A salvo dos turistas. A camada de Ozônio se recupera. Em outro lado, há o econômico. Menos poluição, menos produção, mais desemprego e tragédia social. O vírus, anticapitalista, desafia a sociedade do capital. As engrenagens que nos sustentam também nos matam. Difícil cilada essa em que nos metemos.

* * *

A peste é a sina do homem. É bíblica. O faraó do Egito que o diga. Em Atenas, quatrocentos anos antes de Cristo, uma praga matou mais de trinta mil pessoas. Em Roma, no século dois an-tes de nossa era, o que hoje se imagina ter sido varíola, matou mais de cinco milhões. A pior de todas, a peste bubônica, a terrível Peste Negra, varreu a Europa dos tempos medievais. Em qua-tro anos, metade da população do velho mundo foi dizimada (cinquenta milhões de mortos). No início do século passado, a Gripe Espanhola cei-fou cinquenta milhões de almas. Cólera, Tuber-culose, Tifo, Febre Amarela, Aids, Ebola, Malária, Sarampo. Cada peste é uma batalha. Pare de as combater, e elas voltam. A guerra nunca estará vencida.

* * *

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Abril 2020 | 3

Há pouco mais de um mês a ro-tina dos brasileiros começou a mu-dar, e em Bento Gonçalves não foi diferente. O efeito da pandemia do coronavírus (Covid 19) estabeleceu regras e uma nova postura por par-te da sociedade. Espaços até então frequentados diariamente foram fe-chados, e atividades rotineiras foram adaptadas com o isolamento social. A Biblioteca Pública Castro Alves também se adaptou à nova reali-dade. Fechada desde 23 de março para o público, passou a ter apenas expediente interno. A mudança de “plataforma” de trabalho, no entan-to, não impediu que ações continu-assem sendo realizadas, levando a leitura para a população, agora no formato digital.

Confira a entrevista com a Biblio-tecária e Coordenadora da Bibliote-ca Pública Castro Alves, Paula Porto Gautério, que comentou sobre as atividades que estão sendo realiza-das, sobre o que pensa referente os livros digitais e perspectivas de rea-bertura da biblioteca.

Integração: Estão sendo realizadas atividades online? Quais são as atividades e como tem sido a receptividade da população?

Paula: Estamos dando dicas de leitura de livros digitais, biblio-tecas digitais, perfis de contadores de histórias na página do Facebook

Por Rodrigo De [email protected]

Biblioteca

Sem previsão de reabertura, Biblioteca Pública Castro Alves adapta atividades para o formato digital

digital

da Biblioteca. Estamos atendendo pelo telefone: (54) 3452-5344; pelo whats: (54) 99153-8242; e pelo e--mail: [email protected].

Integração: Conte sobre a atividade que vocês organizaram na Semana do Livro.

Paula: Na verdade as ativida-des ocorreram no período de 20 a 24 de abril e são referentes à Sema-na do Livro. Havíamos organizado uma intensa semana com ações cul-turais, mas, devido à pandemia do Coronavírus, tivemos que adaptar a programação para o formato digital.

Integração: Existe uma perspectiva sobre quando a biblioteca deva reabrir?

Paula: Segundo o último De-creto nº 10.506, de 16 de abril de 2020, fica suspensa toda e qualquer atividade ao público e não há uma data prevista para reabrir.

Integração: Como coordenadora da biblioteca, como tem sido lidar com essa situação nova ocasionada pela Covid 19 e como está sendo o contato com o público?

Paula: São tempos difíceis de quarentena, não há como negar, mas precisamos tirar dessa situação pontos positivos. Um desses pontos

é uma pergunta que recebo frequen-temente: “que livro você indica?”. Essa pergunta vem, geralmente, de quem não tem o hábito pela leitura. Eu sempre acho muito complicado indicar livros, pois isso é muito pes-soal. Um livro que indicamos para um, pode não ser bacana para outro e, ao invés de despertar o interesse pela leitura, pode acabar afastando. Então eu sempre pergunto quais são os interesses desta pessoa e tento dar algumas dicas. Mas o mais importante que eu vejo neste momento é que ocorra uma leitura interativa na família: procurar explo-rar cada detalhe do livro, conversar sobre a capa, contracapa, autor, ilustrador, ilustrações e enredo. Ler de forma carinhosa e afetiva fortale-ce os vínculos emocionais. Concluo que ler é cuidar de nós em tempos de pandemia.

Integração: Vocês têm conversado com o prefeito sobre essa situação?

Paula: Sim, o Prefeito está sen-do atualizado sobre as orientações dos órgãos competentes, tais como: Conselho Regional de Bibliotecono-mia, Conselho Federal de Biblioteco-nomia, Sistema Estadual de Bibliote-cas Públicas e Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.

Integração: Como tu observas a escolha por livros digitais nesse

período de pandemia. Na tua visão é uma boa alternativa?

Paula: Sem dúvidas é uma boa alternativa. A maioria das pessoas ainda prefere o livro fí-sico, pelo hábito, pelo costume (eu me incluo aqui). É difícil sair da zona de conforto. Contudo, neste momento, há muitos livros digitais sendo liberados gratui-tamente. Já que as Bibliotecas estão fechadas, é uma boa al-ternativa para manter a leitura em dia.

Integração: Tu acreditas que os livros digitais de-

vam prevalecer nesse perí-odo de pandemia e ganhar ainda mais adeptos nos próximos meses?

Paula: Acho que não devem prevalecer, mas devem ganhar mais adeptos.

Integração: Tu acreditas que seria uma boa ideia se a biblioteca disponibilizasse livros digitais para as pessoas?

Paula: Seria uma ótima ideia! Pensando nisso, resolvemos parti-cipar do Edital Federal para Biblio-tecas Digitais e, felizmente, fomos contemplados. Com isso, adqui-rimos 1 notebook, 1 projetor data show, 30 tablets, 1 armário com cha-ve para armazenar os equipamentos de informática, 1 tapete, 4 mesas, 16 cadeiras e 10 puffs, além de um acervo digital com mais de 10.000 livros. A previsão seria implantar no mês de março deste ano; contudo, devido à crise pandêmica, não foi possível.

Integração: Quais são os planos para os próximos meses caso a biblioteca demore para reabrir?

Paula: Seguiremos com os ser-viços internos, procurando adequar um melhor atendimento ao público no momento da reabertura. Tudo é muito novo para todos, mas assim como adaptamos a Semana do Li-vro em formato digital, iremos bus-car novas ferramentas para estar-mos em contato com a comunidade.

Foto: Arquivo Pessoal

Paula Porto Gautério, coordenadora da Biblioteca Pública Castro Alves

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CésarAnderle

Diretor da Anderle Transportes

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Perseverança

54 2621.4868 | www.fluxocon.com.brRua Gomes Carneiro, 436 | Sala 21 | Edifício Marcello | Bento Gonçalves

Devemos ser melhores que ontem, tarefa difícil, mas de

grande valia para o ser humano, pois buscamos

sempre o aprendizado.

ato de perseverar é uma graça de Deus em nossas atitudes. O fato de desistir é fácil, difícil é concluir. A conclusão de uma ativi-

dade é muito mais importante que o fazer pela metade.

Muitas vezes, durante o dia, temos a oportu-nidade de nos desfocar e deixar de lado a ativi-dade que estamos realizando. Não poucas vezes a nossa atenção é desviada. Motivos temos os mais diversos: mídia, conversas, celulares, fofo-cas, brincadeiras, etc.

Importante nos darmos conta de que, uma vez assumido o compromisso, é dever concluí-lo. Talvez com a modernidade, o ser humano, prin-cipalmente o brasileiro, deixa de lado a máxima que é de nossa total responsabilidade - fazer o que é para ser feito.

Posso afirmar aqui que algumas ações são realizadas até pela conveniência da lei em que o ser humano criou, pois vejo várias pessoas, em situações e em seus relatos, de que não executa-ram tal atividade pois estão aguardando o prazo da lei, ou seja, estamos incorporando esta nova atitude de não concluir, pois a lei ou os novos costumes nos acobertam.

Catolicamente “falando”, nas obras de Deus e nos exemplos de Jesus, temos várias atitudes de Cristo que nos remetem a fazer o que deve ser feito, sem reclamar e sem se omitir.

Devemos ser melhores que ontem, tarefa difí-cil, mas de grande valia para o ser humano, pois buscamos sempre o aprendizado. A humanidade não teria avançado se não fosse desta forma.

Na sociedade, a perseverança é um dos di-ferenciais das pessoas que fazem e executam obras. Estas pessoas, criticadas às vezes por alguns, mas elogiadas pelas mesmas pessoas em seu íntimo, pois elas sabem o quanto são im-portantes, porém, não são capazes de estender a mão e reconhecer o bem que elas fazem em prol de todos.

Críticas? Quando nós recebemos, se faz ne-cessário filtrar, ouvi-las, absorve-las, mas discer-nirmos com calma, para depois sim, com critérios e devidos cuidados, aproveitá-las para o cresci-mento pessoal e profissional. Somente assim seremos melhores: melhores gestores, melhores maridos, melhores pais, melhores cidadãos.

Sucesso sempre!

Acredito que não pode-mos nos acomodar com es-tas novas situações. Não é porque o outro não faz, que eu também não vou fazer.

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Abril 2020 | 5

AncillaDall Onder

[email protected]

Zat

Tempos incomunsstamos reclusos, em quarentena, em plena Qua-resma. Esta nos convida à reflexão, à oração e à

ação solidária. A quarentena, entretanto, recomenda ficarmos em casa, abrindo, neste espaço de tempo, uma gama de possibilidades para a ação solidária. Exemplos se multiplicam no mundo inteiro.

Aliás, o mundo foi surpreendido por algo invisível, mínimo, mas máximo nas suas consequências. O po-eta Eurípedes da Macedônia costumava dizer: “Os deuses criam-nos muitas surpresas: o esperado não se cumpre e, ao inesperado, um deus abre caminho”. Na interpretação de Edgar Morin, “...ainda não incor-poramos a mensagem de Eurípedes, que é a de estar-mos prontos para o inesperado”.

As civilizações sempre acreditaram nas certezas cíclicas e repetitivas, apesar da existência de fenô-menos probabilísticos. Nessa perspectiva, alguns fa-tos abalaram a certeza histórica dos últimos séculos, porque nunca teriam imaginado que: um atentado em Serajevo desencadearia uma Guerra Mundial, cujo Tratado de Paz traria o germe para a segunda Guer-ra Mundial; ocorreria a depressão dos “anos 30” nos Estados Unidos; na reviravolta da supremacia nazista na segunda Guerra Mundial; haveria uma Guerra Fria; o Império Soviético implodiria em 1989; a Guerra do Golfo esfacelaria a Iugoslávia; um “onze de setembro” aconteceria nos Estados Unidos (o ataque das Torres

...ainda não incorporamos a mensagem de Eurípedes, que é a de estarmos prontos para o inesperado...

E Gêmeas). O mesmo poder-se-ia lembrar na área da saúde com a gripe espanhola, SARS (síndrome respi-ratória aguda), H1N1 (gripe suína) e outras.

Esses fatos nos apontam para a incerteza dos fenô-menos aleatórios - Laplace. Nem a mente humana ou um supercomputador poderiam prever. A humanidade se surpreende porque não está preparada para o novo.

No século de Pericles, Tucídedes, ao reportar-se à Guerra do Peleponeso, descreve a peste que assolou Atenas. Os homens levaram suas mulheres e as crian-ças, as ovelhas e a mobília para as ilhas adjacentes, já que não havia remédio para combater o mal. Na qua-rentena, acreditaram que a sentença lhes fora dada e passaram a aproveitar a vida e gozar de suas riquezas. Esqueceram o bom senso e as virtudes.

Hoje, vivemos essas circunstâncias reclusos, mas solidários e em comunhão com os nossos familiares, amigos e vizinhos, graças aos avanços da tecnologia, através dos meios de comunicação e das redes so-ciais.

A quarentena permitiu vivenciar, de forma mais pro-funda, a Quaresma e a Páscoa em seu real significado.

O recolhimento, com certeza, revigorará o ânimo de todos na luta contra este mal. Sairemos deste episódio com mais fé, mais solidariedade e humanidade. Mos-tra-nos, também, que precisamos estar preparados para o imprevisível.

Foto: Acervo Paróquia Santo Antônio

O lema ‘Com Santo Antônio: ide e anunciai’ está sendo pregado fielmente pela 142ª edição da fes-ta em honra ao padroeiro de Bento Gonçalves, mesmo que à distância e valendo-se de novos recursos nes-te ano. Devido à pandemia do novo coronavírus, as recomendações mé-dicas preconizam o isolamento so-cial e orientam para que sejam evi-tadas aglomerações. Respeitando essa determinação, a Paróquia está propondo uma nova experiência de fé aos devotos antonianos: as tradi-cionais visitas de Santo Antônio às

Missas online substituemvisitas de Santo Antônioàs comunidades

comunidades bento-gonçalvenses estão sendo convertidas em cele-brações transmitidas via online.

As 37 visitas que o padroeiro re-alizaria às paróquias da região de pastoral e entidades do município estão sendo adaptadas a missas re-alizadas no Santuário Santo Antônio, sempre às 18h, por meio da página da Paróquia Santo Antônio na rede social Facebook. Um representante de cada comunidade é convidado a levar seu Santo ao Santuário para que fique em evidência durante a celebração. O calendário de missas

leva em conta a programação pré--estabelecida que consta na Palavra Antoniana.

Tradicionalmente acompanha-das pelos casais de festeiros e os festeiros jovens, os encontros trans-mitidos apenas contam com a pre-sença da equipe litúrgica. “Neste tempo de resguardo, nós somos convidados a participar das progra-mações religiosas da Festa de San-to Antônio de uma maneira diferen-te: com o auxílio das redes sociais”, reforça o padre Ricardo Fontana, pároco da Paróquia Santo Antônio.

Missas online abril25/04N. Sra. Das Graças, N. Sra. Medianeira e Presídio Estadual

26/04Santo Antoninho e Santíssima Trindade - Zemith

28/04APAE

30/04Imaculado Coração de Maria - Panazzolo

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O impacto

Artistas relatam dramavivido em tempos depandemia

Foto: Vagão Filmes

pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (Covid 19) tem transformado rotinas, exigindo que a popu-lação fique em isolamento domiciliar. Após mais de

30 dias, o Brasil ainda tenta lidar com as regras do iso-lamento e trabalhadores de diferentes segmentos têm se adaptado ao “novo mundo”. A área artística tem tentado se reinventar através de canais alternativos. As lives têm sido a saída para o show continuar, porém sem cachê, fi-cando apenas o amor pela arte. A economia passa por um dos testes mais duros das últimas décadas, assim como o bom senso da população. Shows musicais, festivais de cinema e apresentações de teatro seguem penduradas por um enorme ponto de interrogação. O Integração da Serra conversou com quatro artistas gaúchos de di-ferentes áreas, que relatam sobre os planos adiados e as dúvidas perante o coronavírus.

Måhrcia Carraro trabalha há 12 anos como atriz e é uma das referências na re-gião. A atriz está há nove anos à frente do Artistas No Palco Escola de Teatro, a única em Bento Gonçalves que conta com um pro-fissional com formação em Licenciatura em Teatro, um dos pilares na fomentação de no-vos talentos. Além de dedicar grande parte do tempo ao teatro, Måhrcia atua também como produtora cultural. O cenário descrito pela artista é de dificuldades.

“Como atriz tive todos os espetáculos cancelados até outubro. São oito pessoas do grupo paradas, sendo que cinco de-las não tem outra fonte de renda. Estamos aproveitando este tempo para organizar e reestruturar a Companhia e a Escola de Te-atro. Estamos criando site, novos projetos, ensaiando, criando estratégias para tentar “driblar” a crise econômica e a principal: a do “coração”, porque não nos vemos pesso-almente há mais de um mês. A falta dos pal-cos está sendo a parte mais dura até agora. Nos próximos meses, acrescenta-se a ela a falta de dinheiro para saldar o aluguel, água, luz e internet do espaço e dos integrantes da Companhia. Comida pelo menos não vai nos faltar, porque contamos com a ajuda de

na arte

Por Rodrigo De [email protected]

Cortinas fechadasfamiliares”, diz ela.

De acordo com a artista, “as poucas turmas de teatro que restaram estão sendo ministradas através de grupo online. O que tem sido um desafio tecnológico e humano. Todas as ações da Companhia não estão visando remuneração, porque ainda não encontramos uma alternativa para executá--las como produto artístico, está mais para um momento de “casulo”, mas temos fé que borboletas virão”.

Måhrcia fala também sobre o que pen-sa em relação às lives realizadas pelos ar-tistas e a classe artística de Bento Gonçal-ves. “Não tenho participado de lives porque a “invasão” delas em várias mídias não nos pareceu ainda como a melhor alternativa para o coletivo de teatro, mas achei que funcionaram perfeitamente para os músi-cos. O maior desafio da quarentena está sendo viver de arte de uma maneira nova e criativa. Acredito que a classe artística de Bento está unida. Tenho, inclusive, criado novo projeto com um grupo de artistas que já trabalhava comigo nos roteiros turísticos da região, que recebeu o nome de Nos Tri-lhos da Cultura. Se trata de um coletivo de artistas”, explica.

Foto: Arquivo Pessoal

Måhrcia Carraro, atriz e produtora cultural

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Abril 2020 | 7

Johnny Grace é músico há pelo menos 20 anos e há oito tem a res-ponsabilidade de ser um dos melho-res covers do Elvis Presley da Amé-rica Latina. Com uma média de 12 shows ao mês, o músico tinha uma agenda agitada, agora interrompida pela pandemia. Só no mês de abril foram 13 apresentações cancela-das. Além da vida agitada nos pal-cos, Johnny tem uma empresa de produções artísticas. Assim como Måhrcia e Cousandier, não está com perspectivas de trabalho.

“Não existem alternativas para trabalho nesse momento. Tenho uma empresa de produções artísticas e não tem como trabalhar para vender shows, contatos com clientes, pois está tudo parado e indefinido. Va-mos reunir a equipe para ver o que podemos começar a fazer, mas tudo depende muito do que vai acontecer nos próximos dez dias”, diz.

Johnny tem levado a música de Elvis ao seu público através das li-ves, em voga no momento. “Tenho

rnani Cousandier é um ar-tista inquieto, provido de criatividade através dos

pincéis, da escrita e que também brilha comandando a banda Os Bar-dos da Pangeia, que após um longo período de hiato retornou com uma nova formação em 2017, lançando o disco “A Máquina está Grávida” em 2018. Cousandier, que há mais de 30 anos tem a arte como sua profis-são, mesclando trabalhos na pintura e na música, hoje passa por um dos momentos mais delicados de sua trajetória. O isolamento social freou os shows dos Bardos da Pangeia e tem im-posto uma realidade dura e repleta de desafios e mudanças.

“Eu, na verdade, estou aqui lite-ralmente na luta pela sobrevivência, tentando, com dignidade, tocar a fa-mília e criar minha filha. Ainda não utilizei lives, estou mesmo no bási-co, procurando maneiras de sobre-vivência. A transmissão ao vivo pela internet é uma ferramenta e maneira

E

O parardas máquinas

de ficar ligado, mas estou pensando também em outros formatos. Acre-dito que há uma transformação a caminho e que é inevitável. Vamos ter que encontrar outros formatos e suportes para levar a arte adiante e comercializá-la”, acredita.

As mudanças que estão ocor-rendo junto a pandemia têm instiga-do Cousandier a buscar outras for-mas de continuar o show. O artista, no entanto, é realista e diz jamais ter passado por um momento tão difícil em sua trajetória de décadas na mú-sica e pintura.

“Com a arte, tenho bastante ex-pectativa e estou botando a cabeça para funcionar para ver como pos-so me adaptar. Eu trabalho há mais de 30 anos com arte. A profissão foi mudando com os anos, mas nunca de uma forma tão drástica como sinto agora. Pelo menos essa é a impressão que eu tenho. Espero ter forças e criatividade para conseguir ultrapassar e manter os trabalhos e tudo mais”, afirma.

Foto: Hélio Alexandre

em ritmo

Foto: Arquivo Pessoal

participado de lives. Fiz quatro nes-se período de quarentena e todos os dias coloco uma gravação com músicas ou com algo específico re-lativo a Elvis. Não diria que a live é algo que possa dar projeção, mas é uma forma de estar próximo ao meu público e, de certa forma, ma-tar a saudade do palco. Mas nada é comparado ao calor humano, a um show real. Estar olhando no olho do público, vendo a reação, a emoção. Isso uma live não proporciona para o artista. Mas as lives que eu fiz fo-ram intensas e me senti muito feliz. A emoção vem depois ao ler as men-sagens e aí tu pensa que foi como um show normal, só que sem conta-

to físico”, afirma.Os mais de 30 dias sem apre-

sentações, no entanto, têm gerado preocupação, e as lives acabam sendo uma alternativa momentânea. Johnny não esquece dos colegas de banda, que também têm passado dificuldade nesses tempos de pan-demia.

“Converso com os músicos que tenho mais afinidade e com a minha banda. Todos estão passando por um momento difícil. Todos depen-dem da arte para colocar comida na mesa. As lives enchem a alma, mas não enchem a barriga. Sei que muitos estão passando dificuldades tremendas. Imagina, o faturamento

foi a zero. E as perspectivas são de mais semanas sem trabalho. A recu-peração será lenta. Quando voltar, vai demorar para entrar no ritmo que estava. A cena musical estava mui-to boa (pelo menos para esses co-legas com os quais eu converso)”, lamenta.

Ainda, segundo o músico, o ano de 2020 é uma incógnita. “Eu ima-gino uma volta para agosto ou se-tembro (tomara que isso aconteça antes). Imagina se for para agosto: metade de março, abril, maio, junho e julho sem faturamento. Zero. En-tão, 2020 será apenas para começar a levantar e 2021 para recuperação”, projeta.

de Elvis

Isolamento

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ator e produtor cultural, Cláudio Troian, tem uma vasta carreira artística e hoje

é um nome consolidado nas artes gaúchas. Natural de Porto Alegre, o artista se radicou em Caxias do Sul. No último ano, recebeu o títu-lo de Cidadão Caxiense em virtude do trabalho em prol da cultura que tem realizado nas últimas décadas. Troian é também Diretor Operacio-nal do CineSerra, conhecido festival de cinema da Serra Gaúcha. A crise acarretada pela pandemia, no entan-to, foi uma avalanche na vida artística de Troian.

“Sou atingido em um espectro amplo, uma vez que gerencio pro-jetos culturais (de leis de incentivo culturais) nas sete áreas da cultura. Exposições agendadas foram can-celadas, lançamentos de livros foram cancelados, lançamento de docu-mentários foram cancelados, enfim, uma gama de produtos atingidos pela pandemia”, lamenta.

Um dos maiores prejuízos foi o cancelamento do CineSerra. O artis-ta ainda não sabe se o festival pode-rá ocorrer neste ano.

“O festival deveria ter acontecido de 4 a 19 de abril e seria apresentado

A Secretaria de Cultura e o Con-selho Municipal de Política Cultural estão promovendo uma corrente do bem artística. O projeto Festival Cultura em Casa Bento Gonçalves iniciou em março, envolvendo os agentes culturais e levando para a população diferentes formas de co-

Darwin Billy Boy tem participado das lives

A arteem espera

Foto: Arquivo Pessoal

em dez cidades gaúchas (Garibaldi, Bento, Cotiporã, Caxias, Flores da Cunha, Nova Petrópolis, Gramado, Canela, Torres e Porto Alegre) e em 16 locais de projeções. Uma logís-tica que consumiu mais de 90 dias para concatenar-se. Com a necessi-dade de atender às recomendações da OMS, cancelamos temporaria-mente as atividades e aguardamos a liberação efetiva e responsável do isolamento social para retomar os contatos. Calcule que iniciar 16 apre-sentações no curto espaço de tempo retilíneo de 16 dias será um esforço redobrado, sem previsão se, de fato, poderá ocorrer ainda neste ano”, ex-plica.

As dificuldades econômicas também são citadas como um agra-vante em tempos de isolamento. “Já do ponto de vista econômico, a di-ficuldade amplia-se potencialmente. As contas ordinárias das pessoas (produtores, artistas, agentes, técni-cos e outros fornecedores) sempre chegam. Luz, água, comunicações, aluguéis, supermercado, farmácia e outras necessidades. E agora, José, como fazer? Há algumas linhas de auxílios governamentais e editais de emergência lançados por alguns or-

ganismos do governo nas três esfe-ras e na iniciativa privada”, diz.

Ainda, segundo o artista, a utili-zação das lives são bem-vindas e tem unido os artistas. “Quanto às lives, tenho observado que o argu-mento mais utilizado é o de “vamos

dar as mãos” à distância (risos), por-que não há muito o que fazer. Alguns caxienses estão fazendo lives com demonstrações (teatro e música) e solicitando depósitos como contra-partida. Mas, além disso, não se vê muita coisa”, salienta.

“Cultura em Casa” movimenta cena artística de Bentonexão com os artistas da cidade.

A ideia é valorizar a arte através de diferentes manifestações cultu-rais. A principal delas é estimular os agentes culturais a promover a inte-ração com o público em casa através manifestações artísticas em uma sa-cada ou varanda para seus vizinhos.

As apresentações são gravadas e transmitidas ao vivo pelas redes sociais para depois ser enviadas para compartilhamento nas redes sociais do Cultura Bento e na página do Facebook do Conselho Municipal de Política Cultural.

São aceitos também materiais em formato de vídeos e fotos de apresentações musicais e de dife-rentes veias artísticas, como pintura, desenho, fotografia, resenha de li-vros, crônicas, culinária, feitos dentro de casa. A Secretaria de Cultura tam-bém disponibiliza, em seus canais, materiais audiovisuais, como um ví-deo da cidade produzido com recur-sos do Fundo Municipal de Cultura.

Os canais de comunicação do Cultura Bento têm uma parceria de divulgação das lives promovidas no Instagram e Facebook dos artistas. A plataforma Guia Bento no Instagram (@guia.bento) também é parceira.

Para o presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Viní-cius Nardi, “é fundamental, em tem-pos desafiadores, pensarmos em ações criativas para nos mantermos unidos, fortes e chegarmos do outro lado - vivos. Todos estamos engaja-dos neste espírito e precisamos da colaboração coletiva para implemen-tar esta e uma série de ações que es-tão sendo projetadas”, destaca.

Para participar do projeto, basta o artista entrar em contato por meio de mensagem direta no Facebook e/ou Instagram do Cultura Bento ou também por meio do e-mail [email protected]. Todas as mani-festações culturais deverão usar as hashtags de divulgação #festival-culturaemcasabento #timedebento #fiqueemcasa #bentocontraocoro-navirus #culturabento #artistasde-bentocontraocoronavirus #culturau-nida.

Foto: Divulgação