fleet magazine 21 (junho 2014)

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N.º 21 | JUNHO 2014 TRIMESTRAL | ANO VI 3,50 EUROS GESTÃO DE FROTA E MERCADO AUTOMÓVEL PROFISSIONAL CM SETÚBAL A FROTA DA AUTARQUIA PRECISION ACORDOS COM GESTORAS LOCARENT 10 ANOS DEDICADOS ÀS PME Estradas de Portugal Renovação gera poupanças

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A revista de gestão de frotas e mercado automóvel profissional

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N.º 21 | JUNHO 2014 TRIMESTRAL | ANO VI 3,50 EUROS

GESTÃO DE FROTA E MERCADO AUTOMÓVEL PROFISSIONAL

CM SETÚBALA FROTA DA AUTARQUIA

PRECISIONACORDOS COM

GESTORAS

LOCARENT10 ANOS

DEDICADOS ÀS PME

Estradas de Portugal

Renovação gera poupanças

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DIRETOR Hugo Jorge | EDITOR E PROPRIETÁRIO: HDD Media – LX Factory – Ed. 1 – 4º Piso R. Rodrigues Faria, 103 1300-501 Lisboa | Telefone: 966031838 | E-mail: [email protected] NESTA EDIÇÃO: Paulo Homem, Hugo Simões, Rogério Lopes, 4Fleet, Leaseplan Portugal, Renato Rodrigues, Ricardo Silva, Alexandre Lima | FOTOS: Augusto Brázio, Fleet Magazine | PAGINAÇÃO: Pedro MarquesPERIODICIDADE: Trimestral | ASSINATURA ANUAL: 14 euros (4 números)IMPRESSÃO: DPS - Digital Priting Solutions MLP - Quinta do Grajal - Venda Seca 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000Nº Registo ERC: 125.585 | Depósito Legal: 306604/10© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito da “Fleet Magazine”

Fleet MagazineN.20 | Março 2014

Notícias 4Código de condução: novas regras 8Mercado em 2013: como foi? 10Antevisão de produto 2014: oferta das marcas 14Pneus: o que tem acontecido 18Norauto entra nas pequenas frotas 20SGS Car: retalho na Margem Sul 22AutoPleno: recondicionamento garantido 24OPINIÃO Alexandre Lima, Iberofleeting 28 ESPECIAL COMERCIAISLIGEIROS29

Infotainment: oferta de mercado 38Taximotion: gestão de serviço de táxi 40Custos de utilização: análise 4Fleet 42OPINIÃO Ricardo Silva, Leaseplan 46Gestão de frota na Pfizer 48EMEL adquire cinco elétricos 51Gestão de frota na Siemens 52Audi “ultra”: hiper-eficientes 55Classe V: a Mercedes-Benz nos MPV 55Volvo: novo motor D40 na V40 57Teste: VW Golf Variant 1.6 TDI 58Ao volante 60

Hugo JorgeDIRETOR [email protected]

editorial

Ao mesmo tempo que cresce o interesse pelos clientes-empresa, que compram, o mercado particular começa a animar. Há pouco tempo um diretor de crédito perguntava-me se o crescimento do mercado automóvel este ano tinha sido feito pelo RaC e pelo renting. Pelos dados existentes, não podia ser só isso. O renting está a crescer, e muito, mas do outro lado terá que haver também o mesmo nível de subidas para chegar aos valores conhecidos. Tudo indica que o particular está novamente a comprar automóveis. Se assim for, é uma boa notícia para todo o mercado automóvel. A rentabilidade do negócio aumenta e as vendas vão voltar à normalidade. Será? Talvez não.

A normalidade que o sector exige é um número que só foi conseguido através do recurso a financiamento a custos irrisórios sem consideração pelo risco. Hoje em dia, já sabemos, isso não vai voltar. Quem vende pede condições a quem compra. E, para o espanto de quem quiser, quem vende prefere não vender do que o fazer fora das condições que pede. É o que se chama um mercado maduro e com regras. •

Recentes apresentações de novos modelos por parte das marcas mostram um interesse crescente pelo

mercado das empresas. E com razão. Em mais do que um artigo publicado

nesta edição, é afirmado que existe alguma margem de progressão para o aluguer operacional. As gestoras (e as marcas) estão com a expectativa de que este ano seja o das renovações de frota.

Um dos argumento é de que as extensões de contrato estão a chegar ao limite. O outro é de que o clima económico augura mais flexibilidade das empresas para aquisição de parque automóvel. Por outro lado, a falta de procura e também as novas regras de tributação autónoma têm trazido o preço das viaturas para níveis inimagináveis há alguns anos.

As marcas têm feito o possível para se posicionarem, através do lançamento dos mesmos modelos com motorizações mais pequenas. E a distribuição também tem feito o que pode. O nível de desconto que é praticado para os clientes frotistas está no limiar do razoável, dizem muitos operadores que lembram sempre a rentabilidade das operações.

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DIRETOR Hugo Jorge | EDITOR E PROPRIETÁRIO HDD Media – LX Factory Ed. 1 – 4º Piso R. Rodrigues Faria, 103 1300-501 Lisboa | Telefone: 966031838 | E-mail: [email protected]ÇÃO Rogério Lopes | COLABORAM NESTA EDIÇÃO Paulo Homem, Ricardo Silva, 4Fleet | FOTOS Augusto Brázio, Fleet Magazine | PAGINAÇÃO Pedro MarquesPERIODICIDADE Trimestral | ASSINATURA ANUAL 14 euros (4 números)IMPRESSÃO DPS - Digital Priting Solutions MLP - Quinta do Grajal - Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém | Telefone: 214337000Nº Registo ERC: 125.585 | DEPÓSITO LEGAL 306604/10

© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta

publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito da Fleet Magazine.

Notícias 4Entrevista a Alfredo Amaral 12Evento Gestoras de Frota 14World Shopper Conference 1610 anos da Locarent 18TRK: informação de peças 22O regresso da Precision 24Rent-a-car na Margem Sul 26Pneus: novidades do trimestre 30CSantos abre em Setúbal 32Custos de utilização: análise 4Fleet 34OPINIÂO: Ricardo Silva 36A gestão na Estradas de Portugal 38McDonalds realiza evento 41CM Setúbal: gestão na autarquia 42LANÇAMENTOS:Ford Transit 46Volkswagen Polo 48Peugeot 308 SW 50Fuso Canter 52Teste: Mercedes-Benz Classe C 54Ao volante 56

Mercado maduro

Hugo JorgeDIRETOR [email protected]

Número 21

Junho de 2014

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notícias

Mário Fernandes é o novo diretor-geral da BMW Group Portugal, substituindo no cargo Hélder Boavida, que assume a direção do BMW Group México. Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia (ISE) e Pós-gradu-ado em Marketing Internacional pelo Ins-tituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), Mário Fernandes iniciou a sua carreira profissional na área automóvel, em 1979, na Cimpomóvel. Nesta empresa desempenhou diversas funções, nomeadamente a de diretor de Após-Venda entre 1993 e 1999. Foi admi-nistrador-delegado da Cimpomotor entre 1999 e 2003 e diretor-geral na Autosalon entre 2003 e 2004. Em 2004 integra os quadros do BMW Group Portugal, ini-cialmente como diretor do Após-venda e, em 2008, sucedendo a Hélder Boavida no cargo de diretor de Vendas e Marketing.

José Botas é o novo diretor de Frotas da Nissan, substituindo no cargo Ricardo Freitas, que passa a desempenhar funções no Após Venda. José Botas pertence aos quadros da Renault Nissan Portugal desde junho de 2005. É licenciado pelo Instituto Politécnico de Beja, tendo obtido pós gra-duação na área de Finanças pela Universi-dade Lusíada de Lisboa. No final do ano fiscal japonês (FY) a Nissan alcançou uma quota de mercado re-corde dos últimos 13 anos: 4.01% (+26%).

Pedro Oliveira é o novo diretor execu-tivo da Auto Sueco Portugal. Com um percurso profissional ligado às vendas e ao marketing no negócio de Automó-veis Ligeiros, que culminou na Direção Executiva da Auto Sueco Automóveis, transita agora para o negócio de Camiões, Autocarros e Equipamentos Industriais do Grupo Nors. A Auto Sueco Portugal é a empresa-mãe do grupo, importadora e distribuidora exclusiva de camiões, autocarros e motores marítimos Volvo para Portugal. É também importadora exclusiva de grupos geradores SDMO. Em Setembro de 2013 o Grupo Auto Sueco alterou a sua marca corporativa para Nors.

RENTING CRESCE 38,6% (1ºT)O número de contratos de renting cresceu 38,6% e o de leasing 22%, no primeiro trimestre deste ano, o último com dados disponíveis na altura de fecho desta revista. Um total de 5.150 viaturas novas foram adquiridas ao abrigo de contratos de Renting, de acordo com dados fornecidos pela ALF. Os novos contratos de renting totalizaram 91,7 milhões de euros, um aumento de 38,6% em comparação com o período homólogo de 2013. No que toca ao leasing, o primeiro trimestre do ano registou um investimento total de 393,7 milhões de euros, 22% mais do que no mesmo período do ano anterior. Nesta categoria, o leasing mobiliário, maioritariamente utilizado para a aquisição de viaturas, cresceu 26%. Com um valor total de 271 milhões de euros, registaram-se 7.149 contratos contra os 5.786 efectuados entre Janeiro e Março de 2013. Desde 2010 que não se verificava um crescimento tão considerável em praticamente todos os produtos: Leasing, Renting e Factoring. •

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Crédito às empresas em 2013A maioria do crédito concedido às empresas em 2013 destinou-se à aquisição de viaturas (mais de 85 milhões de euros em quase 92 milhões concedidos, ou seja, quase 93 por cento do Crédito Clássico contratado). Na aquisição de viatu-ras por parte das empresas, o seg-mento com maior peso continua a ser o de ligeiros de passageiros. É importante realçar ainda que, no 4.º trimestre de 2013, verificou-se um aumento significativo no crédito para aquisição de meios de transporte (18,8%). •

Mitchell Peeters passa a ser o director ibérico da Goodyear Dunlop em Espanha e Portu-gal, reportando diretamente a Paul Joosten, vice-presidente da empresa do oeste da Europa. Petters começou a sua carreira na Goodyear em 2005 como diretor de vendas nos escritórios centrais da Bélgica, país de onde é natural. Licenciado em Economia pela Universidade de Antuérpia, em 2007 foi nomeado Diretor Geral para a Austrália e Suíça e a partir de 2012 Diretor Geral do Médio Oriente e África.

A Finlog entregou à Estradas de Portugal 41 Peugeot Partner (ver pág. 38), fornecidas e geridas em sistema de aluguer operacional (AOV). De acordo com a Estradas de Por-tugal, o valor da renda do aluguer operacio-nal para estas viaturas, ficará cerca de 45% mais baixo do que as anteriores. Em termos ambientais, esta renovação faz com que as emissões de CO2 fiquem abaixo cerca de 20% dos modelos anteriores. Fabricadas em Portu-gal no Centro de Produção de Mangualde, a entrega formal das novas Peugeot Partner foi realizada nesse mesmo local.

As vendas de automóveis novos em Portugal continuam a crescer face a 2013, apesar de um ligeiro abrandamen-to registado após os primeiros três meses deste ano. Desde Junho de 2013, altura em que o mercado automóvel em Portu-gal interrompeu uma quebra consecutiva das vendas face ao ano anterior, que os números mensais revelam uma tendência de crescimento quando comparados com o período homólogo antecedente. Tanto entre os comerciais de passageiros, como no que toca aos comerciais ligeiros, a Renault mantém-se como a marca mais vendida em Portugal. Entre as cinco primeiras, o des-taque vai para a manutenção da Mercedes e da BMW entre as cinco mais vendidas. A recuperar mercado face a 2013 estão a Dacia, Seat ou a Nissan.

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notícias

O Ministério do Ambiente vai ter viaturas elétricas e híbridas em teste na sua frota durante dez meses. No total, serão 17 as viaturas de diversas marcas que estarão atri-buídas ao ministério, para uso como viaturas oficiais do próprio ministro e também dos secretários de Estado. O programa serve para avaliar a viabilidade da utilização deste tipo de viaturas. O modelo de monitorização terá uma análise de custos totais de utiliza-ção (TCO) e dos impactos em termos da diferença nas emissões emitidas (o programa tem também híbridos).

As baterias de chumbo continuarão a ser populares nos próximos anos. Apesar dos efei-tos positivos sobre as metas de eficiência de combustível e sobre a redução das emissões de CO2, a sua substituição por novas, baseadas em lítio, níquel e sódio, teria impactos muito significativos sobre os custos da indústria automóvel. É o que revela um estudo efetuado pela EUROBAT, representante da indústria europeia de baterias automóveis. Além dos custos mais reduzidos, a preferência por bate-rias com chumbo deve-se também à sua maior capacidade de arranque a frio e a uma maior resistência física.

A Daimler escolheu a GEFCO Portugal para distribuir os comerciais Mercedes Sprinter nos diversos concessionários da marca no mercado português. A solução atualmente implemen-tada foi personalizada para o representante da Mercedes-Benz em Portugal, dado que a origem da distribuição é o porto de Setúbal, quando geralmente as viaturas passam por um centro de logística automóvel. Já o percurso para o destino final – a rede nacional de concessionários da marca – foi também preparado para que possa ser flexibilizado e adaptado de modo a corresponder às necessidades comerciais atuais da Daimler. O contrato tem a duração inicial de três anos.

PROCURA DE COMBUSTÍVEIS DIMINUIA procura de gasóleo e gasolina em Portugal recuou nos primeiros quatro meses do ano. Baseado em dados divulgados pela ENMC – Entidade Nacional do Mercado dos Combustíveis, um estudo publicado pelo Jornal de Negócios conclui que o consumo de combustíveis rodoviários em Portugal, entre Janeiro e Abril de 2014, foi o mais baixo dos últimos três anos. Neste período, Portugal consumiu 1,7 milhões de toneladas de gasóleo (menos 0,2% do que no mesmo período de 2013) e 335,4 mil toneladas de gasolina (uma queda de 3,4% face a 2013). Apesar de, em Abril de 2014, o consumo de gasóleo ficar aquém do registado em idêntico mês do ano passado, a procura de gasóleo em Abril foi a mais alta desde o início deste ano. •

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notícias

O Nissan Pulsar é a nova arma da marca japonesa para conquista do aguerrido seg-mento C. Pelas suas características poderá ser uma versão com redobrado interesse para o sector frotista. Uma gama de motores potentes mas económicos, todos turbo-comprimidos, oferece emissões de CO2 abaixo de 95 g/km. Engloba a unidade a gasolina de 1.2 litros DIG-T de 115cv, bem como o 1.5 dCi de 110cv. Um motor a gasolina turbo de 1.6 li-tros ainda mais potente (190cv) está agendado para o início de 2015. Desenhado, concebido e construído na Europa, o Pulsar começa a chegar à rede de concessionários a partir do Outono de 2014.

O Citroën C4 Collection THP 130 é uma versão mais acessível do familiar francês, baseada no novo bloco 1.2 de três cilindros a gasolina. Compacto, de baixo peso e dimen-sões muito reduzidas, o e-THP 130 recorre à compressão e injeção direta e adota uma caixa manual de 6 velocidades. Reclamando consumos 23% inferiores à anterior unidade com menos 10 cv de potência, tem emissões de 110 g/km de CO2 para um consumo de 4,8 l/100 km em ciclo misto. Equipado com a tecnologia Stop&Start, o bloco a gasolina PureTech Turbo 1.2 e-THP 130 já cumpre a exigente norma Euro6 que vigorará a partir de 1 de Setembro de 2015. A estreia no Citroën C4 é feita através da Série Especial Collec-tion que tem um preço de 22.282 euros, sem incluir as demais despesas de preparação.

A Suzuki volta a ter representação em Portu-gal através de uma sucursal da Suzuki Motor Ibérica. Sediada em Lisboa, nesta fase inicial da sua atividade irá comercializar os modelos Swift e o novo Suzuki S-Cross através de uma rede de 11 concessionários. O primeiro traz alterações significativas. A principal novidade acaba por ser a versão "Sport", com motor 1.6 a gasolina de 136 cavalos. Quanto ao S-Cross, a nova geração do popular SX4 acrescenta agora esta designação. Ampliando o conceito crossover e introduzindo tecnologia nova, está disponível com tração a duas ou às quatro rodas, caixa manual ou automática. A gama articula-se em redor de dois motores de 1,6 litros, ambos de 120 cv. A unidade a gasolina têm preços de campanha a partir de 20270 euros, para a versão diesel há que acrescentar cerca de 4000 euros.

7 LUGARES ABAIXO DE 25 MIL EUROSO novo Kia Carens poderá ficar por menos de 25 mil euros para empresas, garantia deixada por João Seabra na apresentação do modelo à imprensa nacional. Este valor será apenas negociado para frotas, uma vez que o preço para particulares, durante a campanha que está em curso, é de 26.582 euros. O importador português volta a comercializar este monovolume no nosso mercado, adotando uma estratégia que coloca este veículo a par do ligeiramente renovado Sportage. Com uma única e bem preenchida dotação de equipamento, a versão à venda no nosso país assenta no motor diesel 1.7 ISG de 136 CV, com caixa de 6 velocidades manual ou automática. •

TomTom Telematics é a nova designa-ção da unidade de negócios da TomTom dedicada ao fornecimento de soluções para a gestão de frotas e de serviços de telemática para veículos. O produto mais importante desta empresa é a platafor-ma WEBFLEET, destinada a ajudar as empresas a melhorar o desempenho do veículo e dos motoristas, aumentar a economia de combustível e, de um modo geral, melhorar a eficiência da frota.

A Volkswagen estreia-se na era da mobilida-de elétrica com o e-up! e o e-Golf, dois au-tênticos bestseller de vendas. Com um sistema de acionamento totalmente elétrico o e-up! é o ponto de partida para um novo e pioneiro conceito da Volkswagen aplicado a um veícu-lo de quatro lugares. É um veículo para uma utilização diária que exibe o impressionante-mente elevado binário de 210 Nm, acelera de 0 a 100 km/h em 12,4 segundos e atinge uma velocidade máxima de 130 km/h.

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notícias

A Manheim Portugal atualizou o Simul-cast, a sua ferramenta de acesso online, em tempo real, aos leilões físicos. Com esta nova versão que substitui a ferramenta atual, além do utilizador ter acesso a mais funções, passa a poder aceder a ela a partir de qualquer plataforma. Incluindo smartphones e tablets. Com mais e melhores funcionalidades que permitem ter acesso a mais informação em tempo real, a comunicação com o pregoeiro ficou também mais rápida. E com a ajuda da mais recente tecnologia de transmissão em tempo real de vídeo e som, o maior ecrã do mercado disponibiliza uma maior área de vídeo do leilão mas também destinada às fotos e às características das viaturas. Permite ainda assistir, em simultâneo, a mais do que uma pista de leilão.

O programa de fidelização Hertz Gold Plus Rewards garante novas vantagens aos seus membros. Para proporcionar aos clientes uma experiência de rent-a-car mais vanta-josa, estes podem agora facilmente alcançar um estatuto privilegiado, ganhar pontos-ex-tra e trocá-los mais rapidamente. E também aceder à sua conta através de uma tecno-logia melhorada. A Hertz reduziu ainda o número de alugueres necessários para que se possa alcançar uma posição privilegiada: sete alugueres para se qualificar como Five Star e vinte alugueres para ser considerado President's Circle.

A edição de Maio da revista Proteste estudou e comparou mais de três dezenas de pneus das medidas mais populares (175/65 R14, 185/60 R15, 195/65 R15 e

225/45 R17) e concluiu que apenas nove modelos revelaram um bom desempenho, desaconselhando mesmo a compra de seis pneus. Os testes incidiram sobre o compor-tamento tanto em piso seco como molha-do, tendo sido dado também atenção ao ruído do rolamento e, naturalmente, à sua durabilidade. As melhores marcas do teste, eleitas também como “escolha acertada”, foram o Continental (ContiEcoContact), Hankook (Kinergy Eco K425) e Goodyear (Efficient Grip Performance). Pela nega-tiva destacaram-se diversas referências das marcas Avon, Debica, Kormoran, Kleber, Apollo e Federal.

A Europ Assistance renova a parceria com a Açoreana Seguros para o triénio 2014-2017, reforçando o leque de serviços de assistência. Aos produtos de assistência já prestados aos clientes Açoreana, nomeada-mente assistência automóvel, assistência em viagem, assistência ao domicílio e a proteção jurídica, juntam-se, agora, novas cobertu-ras para o segmento jovem, no âmbito dos seguros de saúde e acidentes pessoais, assim como o reforço das coberturas do seguro de acidentes de trabalho.

Os planos de manutenção fechados da Vulco foram lançados a pensar em satisfa-zer as necessidades básicas de manutenção automóvel a preços competitivos. Esta rede de oficinas, parceira do grupo Goodyear Dunlop e abastecida pela portuguesa Galp no que respeita aos óleos, desenvolveu 4 planos de manutenção com preços entre os 25,95 e os 125,95 euros.

QUE PREÇOS TEM A CONCORRÊNCIA?O Eurotax Market Radar é uma aplicação que recolhe os “asking prices” praticados por todos os outros operadores com viaturas usadas à venda, incluindo informação de alteração de preços e tempos de publicação dos anúncios. Ao permitir ao utilizador perceber mais rapidamente quais dos seus veículos podem estar sobre ou subvalorizados, quando comparados com o Spot Price (preço médio do valor de venda anunciado), esta funcionalidade confere uma vantagem competitiva capaz de ajudar a acelerar vendas e libertar mais rapidamente o stock. •

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mercado

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Alfredo Amaral (Peugeot)

“Mercado frotista está dinâmico”A FLEET MAGAZINE ouviu Alfredo Amaral, diretor--geral da marca, sobre as expectativas e a atitude da Peugeot no mercado nacional, onde é vice-líder nas vendas de ligeiros

Que medidas têm tomado para reforçar a posição no mercado de frotas e qual o papel do 308 nessa estratégia?

A presença da Peugeot no canal empresas, também pela própria evolução do mercado em geral, tem vindo a ganhar peso. Além dos ex-celentes resultados nas viaturas comerciais li-geiras (reforçado com o lançamento da Partner Office), os veículos de passageiros nos princi-pais segmentos (B com o 208, C com o 308 e D com o 508) têm contribuído de forma de-cisiva para o peso de 40% nas nossas vendas deste canal. Sendo o segmento C o mais repre-sentativo, o papel do 308 e do novo 308 SW será reforçar esta nossa presença nas empresas.

e que trunfos oferece a gama 308, par-ticularmente esta nova sW? estão previstos pacotes específicos para frotistas? já pode adiantar valores de rendas?

Os argumentos são fortíssimos. Em termos de motorizações, baixo CO2 e consumos redu-zidos. Revimos os planos de manutenção, bem como equipamentos.

Os pacotes específicos estão presentes, como o referido Pack Business, por apenas mais 495 Eur com IVA. Quanto às rendas dependem sempre de vários de diversos fato-res: versão, motorização, duração e quilome-tragem. Mas podemos afirmar que, tendo em conta os excelentes valores residuais, iremos ter uma das rendas mais competitivas do mercado.

Já existem valores de retoma?Para o 308, os valores residuais apresenta-

dos por diversos operadores do mercado têm

refletido um acréscimo após o seu lançamen-to, em Outubro de 2013. Isto demonstra o reconhecimento das suas qualidades. O fore-cast da Eurotax de Março deste ano colocou o valor residual para 36M/90.000 km do 308 em primeiro lugar. Para o novo 308 SW temos as mesmas expectativas. Os primeiros valores apresentados pela Eurotax apontam para uma posição cimeira em termos de segmento.

Quais as expectativas para as versões a gasolina 1.2?

O motor gasolina 1.2 THP 130cv, que re-centemente bateu o record de consumo, é uma verdadeira surpresa para quem o conduz. A sua performance é equivalente à de um “diesel” como os conhecemos hoje em dia. Assim, há que analisar bem os TCO, pontos de equilíbrio em termos de quilometragens, etc., para poder-mos mudar o paradigma diesel. Há um papel muito importante de todos os intervenientes no mercado (imprensa, rede de distribuição, opera-dores de gestão de frota, etc) no esclarecimento da evolução tecnológica em curso porque, a mé-dio prazo, haverá uma inversão do consumo de motores diesel, preteridos a favor dos a gasolina. Mais do que nunca este motor tem de ser expe-rimentado por todos os potenciais interessados!

em termos gerais que expectativa tem a Peugeot para 2014?

O ano apresenta uma recuperação percentual muito elevada do mercado, sabendo que a base está a níveis muito baixos. O mercado de frotas e rent-a-car estão dinâmicos, fruto de algumas re-novações adiadas que agora se estão a concretizar.

Apesar do impacto das alterações fiscais na compra de viaturas novas implementadas com o Oe de 2014?

Esse embate está a chegar de forma mui-to gradual, à medida que as empresas junto da sua área financeira ou contabilística verificam o impacto real nas suas contas da tributação au-tónoma. Sentimos é que o downsizing é uma realidade. Daí que estejam em curso algumas soluções que têm chegado ao mercado com uma vantagem fiscal interessante no âmbito da legislação europeia.

Na análise ao novo Código da Estrada, a jurista da sociedade de advogados Estúdio Jurí-dico Ejaso sublinha que tratando-se de contra-ordenações graves e muito graves, normalmen-te sancionadas com coima e sanção acessória de inibição de conduzir, a sanção acessória é substituída pela apreensão do veículo. •

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mercado

Gestoras optimistas com crescimento do renting

cado automóvel e o renting, com uma diferen-ça de dois meses”, explicou.

Apesar da quota de mercado deste modelo de financiamento se ter mantido nos 16%, este responsável acredita ainda que há um mercado muito grande para ocupar. “É o produto ideal para as frotas das empresas”.

O clima chegava através da recuperação consecutiva na venda de viaturas novas, mas também do facto de os prolongamentos de con-trato estarem a chegar, no geral, ao seu limite.

Nos últimos anos, esta estratégia terá ser-vido para os frotistas adiarem a renovação das suas frotas. Por outro lado, as gestoras também beneficiaram, dado que o mercado de usados não tinha capacidade para receber as viaturas provenientes da terminação de contratos.

“O prolongamento de contratos foi utiliza-do como uma coisa anormal”, disse Guillaume de Léobardy, da ALD Automotive. “O renting

As gestoras de frota esperam que o mercado de renting continue a crescer este ano.

Os primeiros meses de 2014 têm mostrado um crescimento acelerado da formu-lação de contratos novos, disse Beja Amaro, o presidente da Associação de Leasing, Factoring e Renting, num encontro promovido pelo se-manário Vida Económica, no final de Março.

O optimismo era partilhado por todo os presentes na sala, que incluíam as principais gestoras do mercado e o presidente da associa-ção que representa o sector do renting. A Arval referiu mesmo que teve, nessa altura, um cres-cimento de 30% em relação ao mês homólogo. “O renting tem uma margem de crescimento maior do que aquela que conhecemos até ago-ra”, disse Ricardo Silva, da Leaseplan.

Beja Amaro, presidente da ALF, disse que 2014 vai ser um grande ano para o renting. “Há uma correlação muito grande entre o mer-

Bastante optimistas, as gestoras dizem que o

renting é a melhor solução para as empresas e que a crise que passou foi a

prova cabal disso mesmo

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demonstrou capacidade de apoiar os clientes durante estes anos em que o risco não foi um risco, mas uma realidade”.

A tributação autónoma, que tem novos escalões desde o início do ano, também pode ser determinante para a renovação do parque automóvel das empresas. “Este imposto incide sobre as viaturas existentes”, disse Ricardo Sil-va, da Leaseplan e colaborador da FLEET MA-GAZINE. “Os escalões beneficiam o renting, dado que o valor tributado é menor. Menos de 2% das viaturas encontram-se no escalão mais alto da tributação autónoma”. •

“Há uma correlação muito grande entre o mercado automóvel e o renting, com uma diferença de dois meses”, explicou Beja Amaro, presidente da ALF

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Estado: cliente potencial?O renting pode ser uma boa solução para a gestão de viaturas no Estado, mas a contratação tem detalhes que não devem ser esquecidos. “As compras [no Estado] são mais rígidas”, disse Guillaume de Léobardy, que acrescentou que há organismos que utilizam muito o renting, sobretudo locais, disse o administrador da ALD Automotive. “Para o Estado é uma boa opção e abre um mercado que tem sido fechado”, disse Maurício Marques, da Locarent. “É um negócio diferente, que tem concursos e procura mais a gestão da frota do que o financiamento. O Estado procura uma solução de racionalidade e o renting coloca-se na linha da frente dessas necessidades”.

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mercado

Estar presente e ser (re)conhecido

Ir ao encontro do cliente é cada vez mais fundamental. Seja procurando-o fisicamente e gerando uma necessidade, ou descobrir quais são e saber encontrar soluções para preencher a necessidade do cliente quando ele entra numa concessão. “Estar atento ao que o cliente anda a fazer e ‘pescá-lo’ na internet quando pesquisa o site”, explicou João Seabra, da Kia, é uma das vias possíveis, graças às várias ferramentas que já existem.

ONDE ANDAM OS CLIENTES?A primeira das várias perguntas que Ricardo Oliveira, organizador da World Shopper Con-ference colocou no início da sua intervenção foi: “onde andam os clientes?”.

Se, em 2006, 68% dos potenciais clientes já recorriam à internet quando procuravam um novo carro, em 2013 são já 95% que o fazem. Ri-cardo Oliveira utilizou estes dados para sintetizar

A internet complementa o trabalho da concessão de venda ou substitui-o? Ou complementam-se um ao outro? A con-

fiança e a empatia resultantes de um contacto direto entre vendedor e cliente não deveriam continuar a ser os fatores mais valorizados?

A resposta a estas dúvidas acabou por mar-car grande parte das intervenções dos oradores da World Shopper Conference ,realizada a 23 de Maio, em Lisboa.

Tendo como ponto de partida o digital e o potencial oferecido pelas novas tecnologias de informação, o uso cada vez mais intensivo da internet por parte de quem vende veículos e serviços ainda é pouco e mal aproveitado. De que forma e as consequências que daí podem resultar dominou o tema da intervenção do or-ganizador do evento, comparando a realidade portuguesa com aquilo que é feito nos grandes mercados mundiais.

Inovação, credibilidade, confiança. Palavras-chave que marcaram mais uma edição da World Shopper

Conference, o projeto bianual organizado por

Ricardo Oliveira

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pós-venda e a fidelização do cliente são funda-mentais para a sobrevivência do negócio.

Quase como se fosse um jogo, o vendedor deve “atravessar-se” no caminho do cliente e encaminhá-lo para a proposta final. Se para cumprir a primeira tarefa isso tanto pode ser feito através da internet ou durante ações fora dos espaços tradicionais, para o cumpri-mento do segundo objetivo é cada vez mais fundamental assumir uma nova atitude que seja eficaz face às novas exigências dos con-sumidores.

Para isso, os comerciais devem ser dota-dos de ferramentas de venda mais eficientes e transparentes, possuir formação humana ade-quada e, principalmente, saber transmitir uma imagem de credibilidade. Porque é ela que o ajudará a construir uma relação futura com o cliente.

“Dois terços dos clientes que chegam a um concessionário ainda podem ser influencia-dos”, demonstra João Seabra. Mas se a internet dá a conhecer ao interessado na compra um le-que mais alargado de propostas, a que as novas tecnologias permitem aceder a qualquer hora e em qualquer lugar, o fundamental continua a ser a sua satisfação: “o cliente não quer ser enganado. E quando sente que o negócio é jus-to, não regateia”, sintetiza o responsável pelas operações da Kia em Portugal. •

algo consensual a todos os participantes: quando o cliente aborda o vendedor já dispõe de toda a informação sobre o veículo que lhe interessa. Aliás, na maioria das vezes, dispõe até de mais informação e mais completa do que aquela que o próprio vendedor tem capacidade para abarcar.

Por isso, “será que estamos a apostar no sí-tio certo e da forma mais correta?”, perguntou. E respondeu: a maioria dos intervenientes no mercado ainda não consegue fazê-lo de forma assertiva. Citou exemplos e comparou páginas da internet de marcas automóveis e operado-res de outros ramos de negócio. Os sites da maioria das vendedoras de automóveis - ou de serviços relacionados - ainda não oferecem ao potencial comprador todas as informações de que ele realmente necessita, de um modo di-reto, fácil e intuitivo. Pior ainda, não sabem “vender” o seu produto.

Alguns operadores carecem também de “Atitude Digital”, expressão que foi o mote da sua intervenção. É fulcral “existir” online, ter uma presença potente e marcante, além de saber construir uma estratégia de comunica-ção coerente, que contribua para a consoli-dação de uma imagem de confiança e de boa reputação.

INVESTIR NA VISIBILIDADE E NA REPUTAÇãOMas o mais importante continua a ser a satisfa-ção do cliente. Porque o negócio não se encer-ra na venda. Qualquer bom vendedor conhece esta máxima, e ela assume uma importância decisiva nos tempos atuais, em que os serviços

Ricardo Conesa Martinez, diretor do programa de gestão de empresas automóveis do Instituto Superior de Empresas, Espanha: “Low cost não é low price. Senão o cliente não valoriza”

Manuel Madeira, especialista em vendas através da Internet, F&I, Gestão Usados e Options: “A necessidade de um marketing certo na internet não é futuro, é presente”

João Seabra, diretor-geral da Kia Portugal: “A disponibilidade imediata e uma resposta rápida e objetiva são fundamentais para o sucesso nas vendas”

Ricardo Oliveira, fundador do projeto World Shopper: “Retalho (em Portugal) é ficção no digital, ao contrário dos EUA”

J.R. Caporal, CEO da MegaDealer Network Development Brazil e autor do livro “Como conquistar 100% de fechamentos”: “A compra de um carro é emocional. É fundamental saber lidar com esse lado e mostrar o veículo a quem realmente decide”

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serviços

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Martim Gomes e Maurício Marques (Locarent)

Locarent mais perto dos clientesNuma altura em que celebra 10 anos de actividade, a segunda maior gestora do país quer melhorar a qualidade de serviço, começando já pelo recondicio-namento e pela geolocalização

Maurício Marques e Martim Gomes, há dez e seis anos na Locarent, estão satis-feitos com os recentes dados sobre as

aquisições de viaturas das empresas. “Estamos convictos de que este é o início de um novo ciclo”, dizem.

Com dez anos de mercado e o título de segunda maior gestora do país, a Locarent prepara-se agora para aproveitar o momento optimista do mercado de gestão de frotas. Uma das novidades que tem para apresentar é a mu-dança de instalações no Norte. Mas o seu foco actual e onde está a concentrar mais esforços é a melhoria do serviço em áreas criticas como o recondicionamento e a geo-referenciação.

A Locarent é conhecida como a locadora dos bancos BES e CGD. Os mais de três mil clientes que tem em carteira provêm todos da rede bancária destas instituições. É um modelo de distribuição diferente que lhe oferece um posicionamento muito próprio no mercado.

Pensada desde o início como uma empresa para dar mais uma solução de financiamento aos clientes dos bancos, a gestora entregou, desde o início, a gestão operacional a um ope-rador com mais experiência nesse campo, que ainda hoje se mantém.

“O nosso objectivo sempre foi focarmo- -nos num segmento de mercado onde as outras gestoras não estavam, o das PME, e oferecer mais uma solução de financiamento aos clien-tes de ambos os bancos”, dizem os responsáveis da gestora.

A procura de parcerias está nos genes da Locarent. Os serviços de reacondicionamento e georeferenciação que estão a preparar serão

também feitos em parceria. “A nossa virtude”, dizem os diretores de marketing, “é escolher o melhor parceiro dentro dos parceiros que exis-tem no mercado”.

Com 70 colaboradores, a Locarent gere atu-almente mais de 15 mil viaturas. O número de clientes mostra claramente o posicionamento desta empresa. São três mil clientes, que se tradu-zem numa média de cinco viaturas por cliente. As pequenas e médias empresas são o grosso das suas contratualizações. No entanto, aparecem grandes frotistas, como os bancos accionistas.

Mas a gestora olha para todos da mesma forma. “As exigências e necessidades para cada carro são muito idênticas”, explicam os diretores de marketing da empresa. “[As empresas] que-rem um serviço chave-na-mão, fornecido por uma locadora que lhes transmita segurança e fiabilidade. Nós conseguimos ter essa visão total do mercado. Transportamos o grau de exigência dos grandes frotistas para os pequenos clientes”.

A Locarent foi constituída de raíz para que os clientes tivessem mais uma opção de finan-ciamento para as suas frotas.

Os primeiros quatro anos foram de apro-priação do negócio e também de crescimento. “Trilhámos o mesmo ‘caminho das pedras’ que outros operadores. Externalizámos o risco ope-racional, mas ficámos com o nosso know-how junto da banca, fazendo o que sabemos fazer melhor: gerir o risco financeiro e dinamizar a rede bancária”.

Depois deste período de arranque, a em-presa começa a receber as primeiras viaturas em fim de contrato. Com o volume de frota já estabilizado, o passo seguinte foi melhorar o

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serviços

“O renting é a melhor solução para as PME”O produto renting está sempre em concorrência com outros modelos de financiamento das viaturas que existem na vossa rede. Como é que se gere isto?Martim Gomes: O renting e o leasing são produtos concorrenciais mas também complementares. Cada um tem as suas vantagens. O que [a Locarent] permite é que o gestor bancário tenha mais uma solução para os seus clientes. Como o fornecedor do produto, temos todo o interesse em que se faça renting. Mas a empresa foi criada para poder oferecer mais uma solução para os seus clientes. Os clientes Locarent são clientes dos bancos. Daí que não vejamos o leasing como concorrência mas como complementaridade.

Havendo mais pressão comercial no renting, ao balcão do banco, isso não beneficiaria a Locarent?Maurício Marques:. Os próprios bancos não invocam estes modelos de financiamento per si, mas integram-nos numa abordagem ao financiamento da frota dos seus clientes. O nosso papel é fornecer ao gestor do banco informação sobre o produto para que este depois possa apresentar propostas para os seus clientes. E assumimos que o renting será a melhor solução

para os clientes PME. De toda a forma, a nossa intenção é que o renting fique no mesmo patamar de importância do leasing. Os dados da ALF indicam que o renting tem-se ajustado à produção de leasing.

Qual é a possibilidade de progressão do produto renting?Maurício Marques: Acho que é claramente positiva. Basta ver as quotas no resto da Europa, mesmo com a resistência dos países latinos à manutenção de posse destes bens, mas poderemos trilhar um caminho como a Europa Central tem trilhado.

Têm sentido mais pressão sobre o preço?Martim Gomes: Sim, as próprias marcas estão a oferecer condições muito melhores do que se praticava há alguns anos atrás, para manter a sua quota no mercado. Isso significa que os clientes conseguem condições mais atrativas. Ao mesmo tempo, há uma quebra nos valores de usados. Hoje em dia, temos margens menores do que há seis anos atrás.

Essa tendência irá continuar?Martim Gomes: A verdade é que o mercado reduziu. Acreditamos que este ano o mercado vai crescer, vamos ver é que crescimento será esse. Neste momento, o mercado está mais disciplinado. Os clientes estão mais atentos e mesmo as gestoras de frota estão mais cautelosas. Se não houvesse esta disciplina, provavelmente entraríamos numa loucura de preços. É ainda importante dizer que as gestoras que estão hoje no mercado entraram por uma via de confiança dos clientes, para assumir aquilo que são riscos operacionais.

A nível de prazos, continua a assistir-se a uma extensão de contratos ou isso está a abrandar?Maurício Marques: Está a abrandar. Há uma altura em que a elasticidade tem um limite. A flexibilidade que este produto tem tornou-se reconhecida. Hoje, faz parte de muito do que é a negociação da frota.

Maurício Marques/Martim GomesTelefone 214873500Email [email protected] www.locarent.pt

Locarent

nível de serviço. Por um lado, ganhar eficiência nas redes comerciais. Mas também fazer evo-luir todo o back-office.

Na Locarent, o renting é visto como um negocio de financiamento. O risco operacional é passado para outra empresa, mas áreas como as compras ou a documentação, continuam em casa.

“Este é um produto de financiamento e de advising”, dizem Maurício Marques e Martim Gomes. “Mais do que ninguém, temos uma proximidade com os nossos clientes através das nossas redes de distribuição – os dois bancos”. •

“O nosso objectivo sempre foi focarmo- -nos num segmento de mercado onde as outras gestoras não estavam, o das PME, e oferecer mais uma solução de financiamento aos clientes de ambos os bancos”

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serviços

TRK assegura economias na gestão de frotas

Bastante simples de operar e direta na in-formação prestada, a base de dados da TRK permite também pesquisar pela referência ori-ginal (OEM) e por encomendas anteriormente feitas, para saber, por exemplo, o estado em que o pedido se encontra.

“A nossa plataforma procura automatica-mente a peça desejada e, sempre que isso seja possível, oferece mais do que uma alternativa: a original da marca (OE), uma peça de 1.º equi-pamento e uma outra de equipamento certi-ficado”, explica Hugo Baptista. “Deste modo damos ao cliente a oportunidade de escolher baseado no preço e na informação técnica dis-ponibilizada junto de cada opção. A escolha final é sempre dele”.

POUPAR COM QUALIDADE“Estamos a trabalhar para entrar com mais for-ça no mercado das gestoras de frotas”, avança

“Aquilo que a TRK tem para oferecer a um gestor de frota é a garantia de que vai colo-car na viatura a peça que escolheu na nossa

plataforma. Seja ela original ou de aftermarket. Conseguimos assegurar a sua entrega no local que o cliente pedir num tempo médio de 24 horas. E ainda tem um desconto associado”, começa por explicar Hugo Baptista, gestor de operações da TRK.

Mesmo sem a referência original da peça ou acessório, o utilizador registado que ace-de a “market.trkconsultores.pt” precisa ape-nas de saber a marca, o modelo e o ano do veículo para ter acesso a uma base de peças por categorias. O que só é possível porque a plataforma da TRK trabalha integrada com as plataformas Eurotax e Gt Motive. “Quem acede a estas plataformas digitais pode de-pois emigrar para a nossa para concluir a compra.”

Ajuda a poupar tempo na pesquisa de peças e a

controlar melhor os custos da sua aquisição. Tudo isto porque o serviço prestado pela TRK dá ao gestor de frota a opção de escolher

as peças e os componentes necessários para a

reparação ou manutenção de uma viatura

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António Gomes, responsável comercial da em-presa. “Neste momento trabalhamos com nove seguradoras e estamos presentes em 38 mil orçamentos/ano”. Além destas nove segurado-ras de média dimensão do mercado nacional, a TRK chegou a trabalhar com duas grandes gestoras de frota portuguesas.

Neste momento é apenas uma: “Essa ges-tora de frotas já tem a sua rede de oficinas acordada. Mas sempre que tem necessidade de assistência a uma garantia ou a uma reparação, consulta o nosso catálogo e negoceia connosco. Depois a TRK envia o material para as oficinas desse nosso cliente frotista”. “Além de poderem usufruir do nosso catálogo de peças, podem também contar com o nosso ‘know-how’ in-terno. O nosso ‘contact-center’ é baseado nos ‘epc’ das marcas (sigla de “Electronic Part´s Catalogue”, catálogo utilizado pelas marcas na identificação das peças), pelo que temos acesso à informação técnica do próprio construtor. E quem está a atender provém do ramo automó-vel, tem contacto com a realidade do cliente final das oficinas”, garante António Gomes.

Ao escolher as peças que vai utilizar na ma-nutenção ou na reparação da viatura, a “gestora de frota pode ter níveis elevados de poupança sempre com a máxima qualidade”, sintetiza Hugo Baptista.

UM SERVIÇO ADAPTáVEL àS NECESSIDADES“A escolha dos nossos fornecedores é sempre baseada em níveis de SLA bastante elevados”, garante ainda o responsável máximo da TRK. Atualmente “somos a central de peças mais for-te do mercado ibérico e contamos com uma plataforma totalmente automática, configu-

rável e personalizável consoante as necessida-des do cliente”.

E concretiza: “Neste momento temos 58 fornecedores na nossa ‘pool’ e seis milhões e meio de referências”.

Esses 58 fornecedores englobam mais de 100 marcas de aftermarket, incluindo mecânica, coli-são, iluminação, vidros, pneus e lubrificantes.

Apesar de ser uma plataforma fechada, com necessidade de um registo que pode ter custos, António Gomes, responsável comercial da em-presa, encontra vantagens mesmo para quem tenha que gerir a pequena frota de uma em-presa: “A nossa plataforma permite trabalhar com uma gestora de frotas de várias maneiras. Pode ser um simples catálogo de consulta para melhorar a gestão interna ou pode servir para orçamentar um sinistro ou uma manutenção.”

“Somos adaptáveis consoante as necessi-dades”, conclui Hugo Baptista. “Mas a grande vantagem para qualquer gestora de frotas que faça um protocolo connosco e com uma ofici-na é poder controlar o preço, a qualidade e o percurso da peça desde o fornecedor até à ofici-na. E isso nós asseguramos". •

“A TRK permite a uma empresa que goste de garantir a qualidade do seu serviço saber efetivamente o que está a colocar na sua viatura”.

António GomesTelefone 210326016Email [email protected] Internet www.trkconsultores.pt

TRK Consultores

Necessidade do grupo UON motivou a criação da TRKA TRK é uma empresa autónoma dentro do grupo UON. Entre diversas outras atividades, a UON possui competências nas áreas de peritagem, avaliação e gestão de sinistros automóveis. Foi a necessidade de criar um catálogo de peças para apoiar as atividades da UON que ocasionou a criação da TRK Consultores S.A.Assim, a empresa nasce em 2009 com o “objetivo concreto de elaborar uma plataforma de fornecedores e de peças de referência do mercado aftermarket para o departamento de peritagem” e avaliação, explica Hugo Baptista, gestor de operações da TRK. “Mas em Junho entrámos no mercado e das 30 mil referências iniciais, um ano e meio depois, já tínhamos mais de 150 mil peças e quatro clientes externos”.“Uma das grandes vantagens do ‘block exepcion’ (nome pelo qual é conhecida a regulamentação europeia que veio permitir que automóveis novos possam efetuar a manutenção fora da rede oficial da marca sem perderem a garantia do fabricante, n.r.) foi que, a partir de 2010, obrigou os fabricantes a incluírem a sua própria identificação em todas as peças que produzissem. Isso permitiu--nos abrir o leque de fornecedores”, revela o entrevistado. Em 2011, para colmatar a falha do aftermarket na aplicação das peças, “decidimos avançar para as peças originais. Isso permitiu disparar a aplicação e os níveis de poupança, já que a negociação feita com os fornecedores deu-nos um nível de competitividade tanto em peças aftermarket como em peças originais”, assegura.

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serviços

“Trabalhar com gestoras potencia excelência”

dos clientes desta gestora necessitar de realizar a assistência a um dos seus veículos.

NOVA ESTRUTURA DE NEGóCIOO primeiro benefício desta ligação é, obvia-mente, o maior volume de negócio. Com a atividade inicial muito baseada no cliente par-ticular, o segmento corporate representa atual-mente 20% da faturação e “está em crescimen-to”, garante Guilherme Allen, responsável de operações da Precision.

Mas representa também desafios: “há uma preocupação muito grande na formação dos nossos técnicos para garantir qualidade. Ti-vemos que investir bastante. Depois fomos procurar fornecedores competitivos que nos permitissem ser também competitivos. E te-mos que manter uma aposta contínua em tec-nologia de ponta, para nos mantermos a par da evolução técnica dos novos modelos.”

Avantagem de estarem integrados num gru-po automóvel, a Serfingest (ver caixa “A Precision em Portugal”) permite à empresa

oferecer uma gama de serviços abrangente. “To-dos. De ‘A’ a ‘Z’”, garante o diretor-geral da Preci-sion. “Desde a simples manutenção programada e assistência a pequenas avarias, até intervenções resultantes de colisão, chapa e pintura. Não nos limitamos aos serviços rápidos. Isso é uma vanta-gem nossa em relação à concorrência”.

Daí que também estejam em condições de realizar trabalhos de reacondicionamento de viaturas em final de contrato.

Em 2012, a Precision começou a efetuar a assistência a viaturas da Zon, ISS e PT, clientes da maior gestora de frotas do país, a Leaseplan. Mas um acordo recente com esta gestora irá permitir alargar o leque de viaturas assistidas: a partir de Junho passam a constar na rede de georreferência da Leaseplan quando qualquer

A Precision tem condições para assegurar todo o tipo de serviços para o automóvel de “A” a

“Z”, frisa Manuel Lima, diretor geral desta rede de oficinas. A parceria com a

Leaseplan está a ser “uma experiência boa”, por isso

a estratégia passa por expandir o negócio a mais

gestoras de frota

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Como muitas vezes são os colaboradores das empresas contratualizadas a dirigirem-se aos centros da Precision, esta ligação acaba por ser “uma oportunidade para tentar conseguir que esses mesmos utilizadores acabem por trazer as suas viaturas particulares à oficina”, explica Guilherme Allen.

FROTA PÚBLICA ASSISTIDA PELA PRECISIONA assistência a empresas inclui também orga-nismos públicos. “Em Janeiro de 2014 vence-mos um concurso público de assistência a via-turas do Instituto da Segurança Social (ISS). E temos acordos pontuais com a Santa Casa da Misericórdia e, por exemplo, o Hospital do Barreiro, para assistência à sua frota de ambu-lâncias”.

Guilherme Allen fala também do contrato de adjudicação direta com a Polícia Judiciária como um dos mais importantes: “efetuamos todo o tipo de serviços a todo o tipo de carros que constituem a frota da PJ. Desde um Pors-che a um Tempra!”

No total, representa a assistência a cerca de 5.000 viaturas. “Estes acordos são importantes para nós. Permitem-nos adquirir ‘know how´ para novos negócios”, realça o responsável pe-las operações da Precision.

CORRESPONDER àS NECESSIDADES DO CLIENTEAlgumas empresas requerem serviços espe-ciais. Desde lavagens frequentes, à recolha e entrega da viatura após o serviço. “Temos a flexibilidade que as oficinas de marca, mui-

tos concessionários e outras reparadoras não têm”, assegura Manuel Lima. Guilherme Al-len complementa a explicação do diretor geral da Precision: “Por exemplo: temos um cliente que tem necessidade das suas viaturas serem lavadas frequentemente nas suas instalações. Conseguimos ter uma equipa alocada para fazê-lo uma vez por semana”.

Por isso, “quando nos é feita uma proposta gostamos de a adaptar às reais necessidades do cliente que, na maioria das vezes, é o utiliza-dor da viatura e não a gestora. Embora seguin-do os critérios e as diretrizes acordadas com a gestora de frotas”.

Outra das vantagens, além do horário habitual das 8 às 20 horas, é em alguns casos esse atendimento poder ser feito ao fim de semana.

“Temos também uma linha direta única e exclusiva para empresas, além de um email, para as marcações centralizadas. Quando o gestor ou utilizador nos contacta, nós aloca-mos a sua marcação diretamente ao centro da região que interessa, sem que tenha que ser o gestor a procurar e a fazê-lo”.

A disponibilidade de marcação tem um prazo que não excede as 48 horas. “Mas em caso de uma necessidade urgente também po-demos disponibilizar um serviço imediato”, garante Guilherme Allen.

Manuel Lima sabe bem o que pode ofere-cer aos gestores de frota. “Em primeiro lugar capacidade para executar todo o tipo de servi-ços. Depois qualidade e transparência. A um preço que é o melhor face à concorrência. São estes os nossos argumentos”. •

Guilherme AllenTelefone 918557384Email [email protected] http://www.precision.pt

Precision

O futuro está nas redes“Nós e toda a gente no mercado tem muito para aprender com a Leaseplan”, garante o diretor-geral da Precision. “É uma organização extremamente profissional e que trabalha muito bem”.Daí que esteja a “ser uma experiência boa para ambos”. “Temos sido pioneiros em algumas metodologias: autorizações automáticas e faturação electrónica, por exemplo. A Leaseplan tem aproveitado a nossa colaboração para fazer este tipo de experiência. Estamos orgulhosos com a parceria.”Por isso, faz parte da estratégia da Precision conquistar mais gestoras: “Queremos ampliar o vínculo com parceiros que se dediquem à gestão de frotas. Neste momento, já há contactos com algumas empresas do género que estão a evoluir favoravelmente. Acreditamos que o negócio das gestoras tende a crescer em Portugal, como já acontece a nível europeu. Quando isso acontecer estaremos em vantagem.”Com 26 anos de experiência profissional como responsável e diretor após venda de concessões de marca, Manuel Lima conhece bem a realidade do mercado nacional, ainda muito assente na assistência em concessões e concessionárias. “Mas em termos europeus a fatia principal do negócio está nas redes de assistência”. Por isso, acredita o diretor geral da Precision “vão ter um bom posicionamento no futuro!”

A Precison em PortugalA atuar no nosso País desde Setembro de 2001, data em que abriu a primeira oficina em Lisboa, a Precision reivindica o pioneirismo na introdução de preços tabelados, através de “packs” de serviços com preços pré-definidos.Com o impulso dado pela entrada em vigor da legislação europeia que estabeleceu novas regras de concorrência para o sector automóvel (o chamado “block exemption”, a Precision ampliou a sua rede de oficinas em Portugal e expandiu as suas atividades a Espanha. Tornou-se, assim, numa empresa de capitais portugueses com dimensão ibérica.Maioritariamente concentrada nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, dispõe de instalações na margem Sul, linha de Sintra, Estoril, Carregado, Santarém, Coimbra e Albufeira. No total, são 18 centros próprios e 6 centros franchisados. Este ano está previsto abrirem mais 3 ou 4 centros em capitais de distrito.Em Janeiro de 2012, a Precision juntou-se ao grupo automóvel Serfingest. Constituído por três empresas concessionárias e reparadoras autorizadas das marcas Audi, Ford, Isuzu, Land Rover, Peugeot, SEAT e Volkswagen, o aproveitamento das sinergias do grupo permite à Precision distinguir-se das suas rivais nos serviços que presta. “Conseguimos trabalhar perfeitamente em parceria com as concessões do nosso grupo”, assegura Manuel Lima. “Partilhamos experiência e conhecimentos técnicos e, quando é necessário, encaminhamos viaturas para os concessionários do grupo e eles para nós”. Outra grande vantagem de fazerem parte da Serfingest é a utilização dos três centros de colisão em Lisboa, apesar de um da marca Precision não ser “nada que não possa vir a acontecer no futuro, caso se justifique”.

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serviços

Nuno Cerqueira, fundador e administrador executivo da Sado Rent

“O turismo ajudou a equilibrar o negócio”

aluguer empresarial está um pouco acima de metade da faturação global. A nossa clientela é um misto de conquista resultante do esforço comercial e dos clientes que nos procuram. As categorias Económicos, Compactos, Minibus e Comerciais são as mais requisitadas. Mas tam-bém há uma procura com algum significado para veículos Intermédio/Superior”.

Que método habitualmente seguem para a renovação ou alargamento da frota?

Em alguns casos pode ser por lotes. A reno-vação natural da frota é feita ao longo do ano. Mas a recente abordagem ao mercado turístico e a sua natural sazonalidade tem influencian-do as aquisições e descontinuações de veículos e, por consequência, a dimensão da frota. O seu alargamento ocorre pelo comportamento do mercado e por um planeamento que temos tentado induzir por via da dinâmica comercial.

E m 22 anos da sua existência, a Sado Rent esteve sempre maioritariamente focada no segmento “corporate”, que representava

cerca de 90 % da sua faturação. Mas embora continue a manter relações privilegiadas com “seguradoras, produtoras audiovisuais, oficinas e empreiteiros”, a evolução do mercado levou a empresa a uma nova aposta estratégica: diversi-ficar as suas receitas evoluindo para um público-alvo composto por turistas, numa abordagem B2B com acesso mediado digitalmente pelos mais importantes” brokers” do mercado.

A atividade continua distribuída essencial-mente pela Grande Lisboa, incluindo a margem sul do Tejo. Atua ainda nas regiões adjacentes do Ribatejo e Alentejo, embora tenha também uma presença relevante no Grande Porto.

Nuno Cerqueira, fundador e administra-dor executivo da Sado Rent caracteriza desta forma a atividade da locadora: “atualmente o

Durante boa parte da sua vida, a Sado Rent

foi essencialmente uma empresa voltada para o segmento empresarial.

A partir de 2009, o aumento do fluxo

turístico e o surgimento, em força, de brokers

na mediação digital do negócio, fê-la enveredar

pela estratégia de exportação do seu serviço

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Aposta no turismoEsta decisão de gestão veio equilibrar o volume de vendas e repartir os proveitos entre o mercado nacional e o mercado estrangeiro.O aumento da atividade turística em Portugal foi “devidamente aproveitado pela Sado Rent para compensar a redução da atividade resultante de outros segmentos de negócio”.O êxito desta decisão de gestão, alocando capacidade de produção e investimento em novos recursos, veio equilibrar o volume de vendas (e sua gestão de risco) repartindo atualmente esses valores entre o mercado nacional e o mercado estrangeiro.Nuno Cerqueira explica que “a Sado Rent enveredou pela estratégia de também exportar o seu serviço aproveitando a mediação digital oferecida pelo aparecimento em força de brokers no ecommerce de automóveis de aluguer”.

Composição da frotaMais de seis centenas de viaturas repartem--se, de forma quase equitativa, entre versões a gasolina e a gasóleo. A categoria “Económicos” é a que mais marcas apresenta - VW, Peugeot, SEAT, Mitsubishi, FIAT e Skoda. Modelos específicos e com bastante procura (“dir-se-ia que fazem as delícias dos clientes”, nas palavras do mentor da SadoRent) são o Smart ForTwo, FIAT 500, Mini, Audi A1 e Nissan Juke.A idade média da frota e a quilometragem

dos veículos é variável. A atividade turística, de previsibilidade limitada sobre o uso dos veículos, fazem com que o período habitual de renovação do parque acabe por estar ligado a razões sazonais. “Sobretudo os quilómetros efetuados levam a que a renovação do parque automóvel se faça em tempos diferentes: 6, 9, 24, 36 meses… Em média a maioria dos veículos não terá mais de 24 meses”, adianta este responsável.Porque "os carros hoje são quase todos iguais, a diferenciação nos mesmos segmentos não é tanta assim e praticamente todos têm as mesmas características base", a preocupação é para que as viaturas não sejam tecnicamente complexas (sobretudo os utilitários) e que, ao nível de exteriores, tenham as cores padrão do mercado. “Ou seja alguma uniformização é interessante”, resume.A frota da Sado Rent também possui veículos híbridos das marcas Lexus e Honda. “O baixo nível de emissões coloca a empresa no caminho da responsabilidade ambiental e em linha com as exigências legislativas da Comissão Europeia. E sem dúvida que a sua eficiência energética também cativa clientes com preocupações ‘ecoduplas’, ou seja, ecológicas e económicas. Os híbridos já concorrem com os diesel”.

Que produtos financeiros utilizam habi-tualmente no processo de renovação?

A empresa utiliza um mix financeiro. Desde os canais financeiros habituais até propostas da empresa vendedora passando pelo autofinancia-mento. O autofinanciamento é mesmo o que tem maior peso. Depois é o leasing integrado no fornecimento das marcas. De referir, em vir-tude da sazonalidade do mercado de turismo, que o buy back e o rent back de curta duração são um complemento essencial para o equilíbrio da frota.

e que fatores contribuem para a decisão final?

O preço do veículo é determinante. Tam-bém o valor das rendas, assim como os custos de manutenção. Isso inclui a fiabilidade técnica do modelo e a capacidade de resposta das ofici-nas da marca. Mas existem outros: o histórico do fornecedor, a fiabilidade técnica da marca, o suporte comercial às nossas solicitações, a gestão de reclamações, a competitividade de propostas, rapidez de resposta ao pedido de fornecimento… Acima de tudo, a flexibilida-de dos produtos apresentados, nomeadamente possibilidade de compra a firme, rent back e buy back. A combinação destas três formas, na apresentação de propostas de constituição de frota rent-a-car, é o que tem assumido maior peso no nosso processo de decisão.

Que tipo de serviços/tarifas são mais re-quisitados?

As tarifas mais requisitadas são os alugueres de curta duração com automóveis da categoria eco-nómicos ou compactos e ainda alugueres mensais.

No que se refere aos serviços, muitos clien-tes empresariais têm externalizado nas rent a car um volume grande de tarefas administrativas. Essas exigências representam custos e despesas importantes para nós. Por exemplo: algumas oficinas e seguradoras originam que trabalhe-mos no processo de aluguer ao próprio clien-te: aceitação, declinação, veículo entregue, não entregue, danos, não danos, relatórios, atuali-zações de dados das estações, pedidos de con-firmações de fatura, autorizações, pagamentos,

“Híbridos já concorrem com os Diesel. E a eficiência energética cativa clientes com preocupações ‘ecoduplas’”

Alguns factos�•�O�segmento�“Corporate”�representava cerca de 90 % da sua faturação• A recente abordagem ao mercado turístico e a sua natural sazonalidade tem influenciando as aquisições e descontinuações de veículos•�A�empresa�utiliza�um� mix financeiro: o autofinanciamento é o que tem maior peso. Segue-se o leasing integrado

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serviços

ficheiros digitais, etc. Antes, praticamente só era pedido o aluguer e depois enviada a fatura. Por-tanto muito mais simples e com menos despesas e custos de pessoal para as rent a car.•

Política fiscal e competitividade“Os nossos parceiros europeus beneficiam de vantagens tributárias que, no nosso país, não existem de todo”“O automóvel é uma enorme fonte de receitas para o Estado. Não deve haver produto sujeito a tantas taxas e impostos. Se por um lado se percebem as despesas públicas para a construção e manutenção das infraestruturas necessárias para a circulação dos veículos, por outro peca-se por exagero e facilitismo na procura de tributação. Já ao nível da atividade empresarial peca-se pela inconstância e complexidade fiscal”, lamenta Nuno Cerqueira.

“Genericamente e em termos práticos, a política fiscal automóvel obriga a Sado Rent a ajustes constantes para otimizar a estrutura da frota e oferecer uma adequada e competitiva gama automóvel.”, explica. “De mencionar ainda que, em termos competitivos, o aluguer de curta duração em Portugal não tem qualquer vantagem face aos seus parceiros europeus, os quais beneficiam de vantagens tributárias que, no nosso país, não existem de todo”, conclui o jovem fundador da Sado Rent.

Nuno CerqueiraTelefone 217818290Email [email protected] www.sadorent.pt

Sado Rent

Aposta no turismoEsta decisão de gestão veio equilibrar o volume de vendas e repartir os proveitos entre o mercado nacional e o mercado estrangeiro.O aumento da atividade turística em Portugal foi “devidamente aproveitado pela Sado Rent para compensar a redução da atividade resultante de outros segmentos de negócio”.O êxito desta decisão de gestão, alocando capacidade de produção e investimento em novos recursos, veio equilibrar o volume de vendas (e sua gestão de risco) repartindo atualmente esses valores entre o mercado nacional e o mercado estrangeiro.Nuno Cerqueira explica que “a Sado Rent enveredou pela estratégia de também exportar o seu serviço aproveitando a mediação digital oferecida pelo aparecimento em força de brokers no ecommerce de automóveis de aluguer”.

“A Sado Rent enveredou pela estratégia de também exportar o seu serviço aproveitando a mediação digital oferecida pelo aparecimento em força de brokers no ecommerce de automóveis de aluguer”

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serviços

Pneus: segundas linhas ganham peso

perfícies molhadas (possui etiqueta B), com es-tabilidade na condução em todas as condições. Está já disponível, inicialmente em 10 medidas para jantes de 16 e 17 polegadas.

DUNLOP PARA VEÍCULOS PEQUENOSA Dunlop apresentou o pneu StreetResponse2, que responde às necessidades dos veículos dos segmentos inferiores. Disponível nas medi-das de 13,14 e 15 polegadas, o novo pneu foi criado para render melhor em piso seco e mo-lhado, proporcionando uma distância de tra-vagem mais curta e quilometragem melhorada em 10% em relação ao antecessor.

HANKOOK VENTUS V12 EVO2A Hankook lançou na Europa a nova geração do Ventus. Designado por Ventus V12 Evo2, este pneu apresenta um novo desenho e um rendimento orientado para uma condução

UNIROyALO gigante dos pneus Continental definiu uma nova estratégia para a sua marca de

pneus de chuva Uniroyal. A face mais visível será um novo website (em www.uniroyal.pt) com toda a informação disponível sobre a mar-ca, gama de produtos ou agentes recomendados.

A Continental tem ainda previsto, ao lon-go deste ano, um forte investimento em cam-panhas junto do consumidor final e da rede de distribuidores autorizados.

FIRESTONE DESTINATIONA Bridgestone vai também apostar numa se-gunda marca do seu portfólio, ao apresentar o novo pneu para SUV e Crossover com a Fi-restone, denominado Destination HP, que se destina apenas ao mercado de reposição. Este modelo vai trazer, de acordo com a marca, mais 35% de quilometragem e controlo em su-

Mesmo estando em decréscimo, o segmento

Quality (segundas marcas) promovido pela marcas

Premium de pneus têm ganho vendas e

notoriedade, como se comprova por alguns

recentes lançamentos

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mais desportiva. Este pneu estará disponível para o mercado de reposição já nesta primave-ra, em 25 medidas.

WESTLAKE ACRESCENTA GAMA SUVA Westlake, marca de pneus premium da Zhongce Rubber, vai adicionar à já sua exten-sa gama de pneus para veículos ligeiros uma nova oferta em 4x4 e SUV. A primeira será o Westlake SU318, um pneu para todas as esta-ções, projetado principalmente para utilização em estrada. O Westlake SU318 será lançado inicialmente em 40 dimensões que variam de 215/75TR15 até aos 275/40VR20, numa combinação de velocidades T, H e V.

KUMHO SOLUS HS51A Aguesport, representante dos pneus ligeiros da marca Kumho, passou a disponibilizar o SOLUS HS51, que irá substituir gradualmen-te os modelos KH 17 e KU31. O novo Kumho Solus HS51 foi desenvolvido com as tecnolo-gias mais avançadas do mercado e insere-se na estratégia de rápida renovação total da gama da marca coreana.

Os dados que estejam disponíveis (no sensor TPMS) sobre o veículo são instalados no dispositivo e podem ser atualizados a qualquer momento

TPMS, um novo negócioTodos os novos veículos construídos a partir de Novembro de 2014 virão equipados de série com o TPMS (sistema de monitorização de pressão dos pneus).

Como tal, todos os operadores na área dos pneus começaram a ter que dar assistência a este equipamento (sensor), montado na válvula dos pneus.Já existem no mercado diversos dispositivos que permitem duplicar os sensores ou programar todos os veículos equipados com sensores de pneus de série. Os dados que estejam disponíveis (no sensor TPMS) sobre o veículo são instalados no dispositivo e podem ser atualizados a qualquer momento através destes equipamentos. Desta forma podem-se substituir com facilidade os sensores que se tenham avariado. A TecRMI, especialista em informação de reparação e manutenção, operando debaixo da grande insígnia TecAlliance (onde está associado o TecDoc), já está a ampliar as suas instruções técnicas de reparação, ao adicionar informação sobre os sensores de pressão de pneus nos sistemas ativos de monitorização de pressão dos pneus.

Salco: mais presença em PortugalO Grupo Salco atualizou a sua página de internet B2B, assumindo também um novo endereço, em www.salconline.com. Nela, estará disponível toda a oferta de pneus da empresa para turismo, 4x4 e furgão, desde as marcas Premium até às marcas mais económicas.O grupo, que tem também a marca de lubrificantes Gulf, reforçou a sua presença no nosso país, nomeando Júlio Nunes como responsável direto em Portugal. A empresa tem como objetivo a implementação de duas oficinas franchisadas no nosso país, especializadas em pneus e na mecânica rápida.

KHM RACING DISTRIBUI ZETA A KHM Racing foi nomeada “Distribuidor Oficial para Portugal” da marca de Pneus Zeta nas categorias de Pneus Ligeiros, 4X4, Comer-ciais e Pesados, voltando esta marca a estar no-vamente disponível no mercado nacional. •

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serviços

C Santos inaugura instalações em Setúbal

Câmara Municipal de Setúbal e de Jörg Heiner-mann, presidente da Mercedes-Benz Portugal. Enquanto a edil realçava a relevância do inves-timento no concelho que dirige, o representan-te da Mercedes-Benz no nosso País destacou a importância do concessionário C Santos para as atividades e imagem do grupo alemão.

As novas instalações ficam localizadas pró-ximo da saída sul de Setúbal, na Estrada Na-cional 10. •

Amais antiga e emblemática concessão Mercedes-Benz em Portugal, represen-tante da marca alemã desde 1936, con-

solidou a sua presença no distrito de Setúbal, onde é o único concessionário Mercedes Benz e Smart.

“Iniciámos as operações no distrito de Se-túbal em 2011 e rapidamente ele adquiriu uma importância estratégica grande para nós. No ano passado faturámos cerca de 13.650 mil euros e, este ano, prevemos faturar 16.310 mil euros. Ainda sem contar com o volume de negócios adi-cional das novas instalações”, afirma Filipe Bap-tista da Silva, diretor comercial do C. Santos VP.

A abertura deste novo centro justifica-se, segundo Filipe Baptista da Silva, porque Setú-bal já é o terceiro distrito em volume de matrí-culas em Portugal.

A festa de inauguração contou com a pre-sença de Maria das Dores Meira, presidente da

Depois de Almada (Feijó) e Palmela, o C Santos VP

chega à capital do distrito. Com um investimento

inicial de 600 mil euros, um novo centro com

3.140 m2 assegura a venda e a assistência

rápida de toda a gama Mercedes-Benz e Smart

Pedro RodriguesTelefone 963471335Email [email protected] http://csantosvp.pt/

C Santos VP

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análise tco

Custos de utilização de citadinos diesel

Ford Fiesta e Volkswagen Polo – estão todos acima dela. O Ford Fiesta consegue ser aquele que menos custos tem com pneus e o Volkswa-gen Polo os melhores valores de manutenção.

O Nissan Note aparece para mostrar como se consegue um bom resultado final sem ser o me-lhor em qualquer campo de análise do TCO. Fica em terceiro lugar, com 21.529 euros de custo. •

OPeugeot 208 é o modelo com os menores custos de utilização do conjunto analisa-do para esta edição pela 4Fleet. O uso

desta viatura fica por 20.250 euros ao longo de 48 meses e 120 mil quilómetros, ou 16,88 euros por cada 100 quilómetros.

O modelo da marca francesa vence por-que tem o preço mais baixo (18.080 euros) e, ao mesmo tempo, também o valor residual mais alto (46%). Com estes dois factores con-jugados, consegue uma depreciação menor. Essa permite-lhe ter os valores de manutenção e de combustível acima da média, sem com isso perder força para se sagrar o modelo mais barato ao longo do período consagrado nesta análise.

Logo a seguir, e ainda dentro dos 20 mil euros, está o Opel Corsa, com uma curtíssima margem de 358 euros no custo total de uti-lização. É o modelo com menores custos de combustível e também o que paga menos IUC, devido ao seu motor de 1.3 CDTi.

Peugeot 208 e Opel Corsa são os únicos modelos com custos abaixo dos 20 mil euros. A média de todos os modelos é mesmo de 21.196 euros e os outros três – Nissan Note,

O valor residual foi mas uma vez o factor

determinante nesta análise do TCO desta edição,

onde o modelo vencedor é também o de menores

custos de aquisição Comparação entre custos de utilização

TCO (EUROS) DIF. EM RELAÇãO

AO MENOR TCO

Peugeot 208 20.250 —

Opel Corsa 20.608 1,74%

Nissan Note 21.529 5,94%

Ford Fiesta 21.546 6,02%

VW Polo 22.045 8,14%

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Descrição PVP %VR DEPRECIAÇãO MANUTENÇãO PNEUS COMBUSTÍVEL IUC TCO CUSTO POR 100 KM

Peugeot 208 1.4 HDi 68 Active 5p 18.080 46% 9.763q 3.084p 807q 6.083p 514p 20.250 16,88

Opel Corsa 1.3 CDTi 95 EcoFlex Go! 5p S/S 18.590 41% 10.968q 3.038p 934p 5.283q 386q 20.608 17,17 Nissan Note 1.5 dCi 90 Acenta 5p 19.396 41% 11.444p 3.033p 777q 5.763p 514p 21.529 17,94

Ford Fiesta 1.5 TDCi 75 Titanium 5p 19.646 42% 11.395p 2.958q 756q 5.923p 514p 21.546 17,95

Volkswagen Polo 1.4 TDI 75 Confortline 5p 20.505 41% 12.098p 2.943q 1.047p 5.443q 514p 22.045 18,37

MÉDIA 19.243 42% 11.133 3.011 864 5.699 488 21.196 17,66

CUSTOS TOTAIS DE UTILIZAÇãO CITADINOS

qValores abaixo da média / pValores acima da média Valores em Euros, 48 meses, 30.000 km/ano, 8 pneus

Modelos com menor custo de aquisição e respectiva depreciação (Euros)

PVP DEPRECIAÇãO

Peugeot 208 1.4 HDi 68 Active 5p 18.080 9.763

Opel Corsa 1.3 CDTi 95 EcoFlex Go! 5p S/S 18.590 10.968

Nissan Note 1.5 dCi 90 Acenta 5p 19.396 11.444

Ford Fiesta 1.5 TDCi 75 Titanium 5p 19.646 11.395

Volkswagen Polo 1.4 TDI 75 Confortline 5p 20.505 12.098

Ao preço mais baixo corresponde, neste caso, a depreciação menor. Uma correlação idêntica para todas as viaturas em análise, à medida que o preço vai subindo, que pode ser exlicada pelo facto de terem todas um valor residual semelhante (41 ou 42%). A nota de distinção é mesmo o Peugeot ter 46% de valor residual, que faz com que a sua depreciação seja menor.

Os melhores modelos em cada vector de análise diferem pouco da média excepto no valor residual e nos pneus. Quanto ao primeiro, dado que é o mais decisivo no TCO, traz a vitória clara para o Peugeot 208. Nos pneus, o Ford Fiesta tem um custo 13% menor que a média de todos os modelos em análise.

Custos totais de utilização Peugeot 208

Os melhores modelos por tipo de custo

MODELO VALOR DIF. EM RELAÇãO à MÉDIA

Preço Peugeot 208 18.080 -6%

Valor residual Peugeot 208 46% 10%

Manutenção VW Polo 2.943 -2%

Pneus Ford Fiesta 756 -13%

Combustível Opel Corsa 5.283 -7%

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Ricardo SilvaLeaseplan Portugal

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opinião

Mobilidade automóvel no futuro

Perante estes desafios, os condutores procurarão formas de reduzir o custo e optimizar o tempo de deslocação, através de um melhor planeamento das deslocações e pelo aproveitamento do tempo que consomem no automóvel.

Assim, prevê-se que o aumento do custo da mobilidade seja um detractor da propriedade, para quem vive nos centros urbanos e mais ainda para as gerações futuras onde o sentido de propriedade tenderá a perder valor.

MeRcADOs eMeRGentes

Os mercados emergentes terão também um papel preponderan-te no futuro da mobilidade devido à sua atractividade comercial e densidade demográfica.

Atractividade comercial porque apresentam as maiores taxas de crescimento, influenciando significativamente a estratégia dos fabricantes de automóveis e todos os agentes ligados à mobilidade ao ponto de novos desenvolvimentos serem concebidos a pensar nestes mercados.

Densidade demográfica porque agudizará o sentido de urgência da mudança ao mesmo tempo que as infra-estruturas em desenvol-vimento facilitarão e potenciarão a inovação.

Por estas duas razões, muito provavelmente, estes países, parti-cularmente a China, influenciarão o futuro da mobilidade por via da forma como endereçarão os desafios e oportunidades.

tecnOLOGIA e cOnectIVIDADe

A evolução tecnológica tem resultado, em parte, na migração de ambientes fixos para virtuais. Os desktop foram substituídos pelos portáteis e estes, por sua vez, pelos tablet.

Sendo certo que um portátil tem as suas vantagens sobre um tablet a verdade é que para muitos utilizadores assiste-se ao enraizar

NestA eDIçãO propomos uma pequena visita ao futuro, mais especificamente ao que se acredita poder vir a ser o conceito de mobilidade na próxima década e ao papel que soluções inovadoras como o car-sharing

podem desempenhar nesse futuro. Embora o futuro seja incerto, existem factores decisivos naquilo

que será a mobilidade futura e que desenvolveremos sucintamente.

ReGULAMentAçãO AMBIentAL

Não se pode discutir mobilidade sem acomodar o impacto desta no ambiente e meio envolvente.

Com efeito, a mobilidade tem um custo ambiental que tenderá a agravar-se, caso nada seja feito. Adicionalmente, o crescimen-to acelerado de nações emergentes e consequente progresso para padrões de vida ocidentais enfatizam o sentido de urgência da mudança, colocando ainda mais pressão sobre medidas de mitigação deste custo ambiental, exigindo respostas céleres.

Uma das medidas tem passado pela criação de regulamentação cada vez mais “apertada” e penalizadora para os agentes poluidores, particularmente nos grandes centros urbanos.

Todavia, se é certo que algo deve ser feito, também é base de entendimento comum que não se pode condicionar a mobilidade, vital para a economia mundial.

PRessãO sOBRe Os cUstOs

A par do aumento do preço do combustível e da carga fiscal, o custo da mobilidade tenderá também ele a aumentar, o que obrigará a formas e conceitos de mobilidade mais eficientes, particularmente nos grandes centros urbanos onde o tempo consumido no trânsito subirá e as crescentes restrições de circulação condicionarão e enca-reçerão a mobilidade.

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do conceito de “suficientemente bom por um preço inferior”.

Este conceito, especialmente em gera-ções futuras, será análogo para a mobilidade. Porquê ter um carro dispendioso se puder partilhar, por uma fracção do preço e com a possibilidade de personalizar a escolha em cada deslocação?!

Esta possibilidade é tanto mais importante atendendo a que, em média, um carro está parado 90% da sua vida ainda que, durante o período “morto”, continue a gerar encargos, havendo, portanto, um potencial de optimiza-ção significativo.

Por outro lado, a telemática já permite inte-ragir com o carro num ambiente virtual, saber onde está, para onde vai, quando e onde estará disponível. Com esta possibilidade desenvolve-ram-se novos conceitos de comunicação, V2V (Vehicle to Vehicle) e V2I (Vehicle to Infras-tructure), intercomunicação entre veículos e infra-estruturas dando-nos acesso a funções como a informação de trânsito em tempo real, recomendações fiáveis de rotas mas também, num futuro próximo, acesso a possibilidades como a deslocação do carro sem intervenção humana.

Além das óbvias vantagens de comodismo e segurança, esta possibilidade potenciará um sistema de gestão de trânsito completamente optimizado, mais cómodo, eficiente, menos dispendioso e poluidor ao mesmo tempo que fornece tamanha informação a quem gere a rede ao ponto de influenciar directamente o pla neamento e desenvolvimento de infra-estruturas.

cOncLUsÕes

Nos próximos anos, assistiremos ao emergir de soluções que darão resposta ao desafio de reduzir o impacto ambiental da mobili-dade sem comprometer o seu custo e flexibilidade.

Soluções inteligentes de gestão de tráfego e planeamento de viagens serão uma obrigatoriedade a par com partilha de meios de transporte, não apenas ao conceito de transporte público como o conhecemos, mas também a partilha de au-tomóveis através de, por exemplo, soluções de car-sharing.

Os carros serão geridos autonomamente, requisitados on-demand, “descobrindo” até o seu local de estacionamento. O sentido de propriedade estará menos relacionado com o bem físico e mais relacionado com o acesso ao serviço de mobilidade que o bem proporciona, acompanhado da flexibilidade de ter um carro adaptado à deslocação per si, em tempo real. Poderemos utilizar um carro simples (e económico) para as deslo-cações pendulares (e.g. casa-trabalho) e um carro familiar no fim-de-semana, assente no conceito pay-per-use.

Com a proliferação de variados méto-dos de propulsão (diesel, híbrido, eléctrico, etc) e modalidades de mobilidade (compra, aluguer, partilha) teremos de considerar a combinação mais eficiente entre as opções disponíveis para cada deslocação, provavel-mente através de aplicações de internet que permitam e recomendem o planeamento de viagens multimodais em função de vários critérios como a origem e o destino da viagem, tudo por uma fracção do custo de possuir um carro.

Não significa, porém, que se deixe de comprar carro, principal-mente fora das zonas urbanas. Significa que haverá mais opções, à medida das necessidades e pretensões de cada indivíduo.

É, portanto, muito importante estar a par das inovações e oportunidades emergentes sendo que, da nossa parte, fica o com-promisso de partilhar informação e recomendações que contri-buam activamente para tornar a gestão da sua frota mais fácil e eficiente. •

Soluções inteligentes de gestão de tráfego e planeamento de viagens serão uma obrigatoriedade a par com partilha de meios de transporte, não apenas ao conceito de transporte público como o conhecemos

Font

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frotistas

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Miguel Barata e Tiago Ferreira (Estradas de Portugal)

Estradas de Portugal renova frotaCom a totalidade da frota em aluguer operacional renovada, a Estradas de Portugal espera poupar meio milhão de euros por ano. Menos viaturas e downsizing nas motorizações e segmentos contribuíram para esta diminuição de custos

A Estradas de Portugal espera uma pou-pança de 500 mil euros por ano com a renovação de frota que tem vindo a

desenvolver. A EP- Estradas de Portugal SA (EP) espera

uma poupança de 500 mil euros por ano com a renovação de frota.

Além de diminuir o número de viaturas de 382 para 350, vai proceder a um downgrade em alguns segmentos e também nas motoriza-ções. No final dos contratos, a empresa espera uma poupança, só em rendas, de dois milhões de euros.

No primeiro trimestre, a EP substituiu 250 viaturas. E até ao final do ano em curso, irá fechar mais 70. A frota está praticamente toda renova-da. A única exceção são as viaturas em regime de aquisição própria e que não serão renovadas.

A EP já foi uma empresa com uma frota muito maior do que a que tem atualmente. Em 2008, as 920 viaturas contrastavam com as cerca de 350 que terá no final deste processo. Tem sido realizado um grande um esforço na otimização da frota

A conclusão dos contratos que determina-ram renovação da frota criou a oportunidade à EP de poder ser mais eficiente. A equipa que elaborou o concurso definiu características das viaturas, condições de contrato, níveis de serviço, entre outros. Com estes critérios tão ajustados, só o preço podia ser diferente nas propostas recebidas. “Se conseguirmos ter as características bem balizadas, não temos que nos preocupar com mais nada”, diz Miguel Martins Barata que, com Tiago Ferreira, é o responsável pela frota da empresa.

A EP previu a entrada de mais do que um operador de aluguer operacional, bem como mais de uma marca de automóveis. Houve três lotes a concurso, na primeira fase. “Cada locadora podia oferecer condições diferentes consoante o tipo de viaturas que estavam a ser contratadas”, explicam.

O que se procurava era ter o mesmo de-sempenho de frota com menos viaturas e um custo menor. O downgrade de segmentos e motorizações foi aplicado a todas as viaturas de frota, excepto aquelas onde já não o podia ser.

Aquilo que as locadoras podiam ler no caderno de encargos eram limites máximos e mínimos de CO2, motorização e o preço de viatura devido às implicações fiscais. “Tentá-mos jogar tanto com os custos diretos como os indiretos”, dizem.

TIPOLOGIA DE FROTAA frota da EP é constituída por viaturas de dois tipos: serviço com utilização pessoal e operacio-nais. As primeiras serão cerca de 50 unidades afetas a cargos com necessidade de mobilidade e as viaturas operacionais serão as restantes.

Apenas 78 viaturas de toda a frota de li-geiros são de mercadorias. Antes das alterações que inviabilizaram, a nível fiscal, a aquisição de derivados de passageiros existiam mais.

O modelo de financiamento preconizado é o AOV. Quanto às condições de contrato, considera-se um valor para danos na terminação para tentar limitar os danos de final de contrato. “Enumeramos um conjunto de itens que não aceitaríamos como danos”, dizem os gestores. “Tentámos inovar, adentro das possibilidades da

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frotistas

contratação pública, e foi uma opção bem aceite pelas gestoras”.

No entanto, a empresa tenta minimizar estes custos sempre que pode. Ao longo da vigência do contrato, a empresa vai tentan-do fazer pequenas intervenções na carroçaria aproveitando, por exemplo, as intervenções originadas pelos sinistros.

Os gestores de frota percebem o impacto que a eco-condução pode ter nos custos de uma frota. ”Com alguma regularidade, lança-mos informação sobre noções de eco-condu-ção”, dizem. “O próprio sistema de localização por GPS, que está instalado em todos os car-ros, também é um indutor de uma condução mais responsável”. •

As poupanças num dos lotesA EP comprou 163 viaturas à Peugeot, com a entrega formal realizada na própria fábrica de Mangualde. Do lote, 41 foram Peugeot Partner, produzidas na unidade nacional da PSA. As restantes são Peugeot 208 de passageiros. A renovação conseguida com as Partner fez com que as emissões de CO2 ficassem abaixo do que eram com os modelos anteriores em 22%. Nos consumos também são esperadas reduções significativas, na ordem de 1,1 l/100 km, que corresponde a 14,5 % de poupança estimada em litros.Estas viaturas percorreram em 2013 cerca de 1.800.000 km nas Estradas Nacionais. As rendas também vão ficar mais baratas, embora aqui não esteja incluído o custo com o equipamento de transformação que foi reaproveitado das viaturas anteriores. O aluguer operacional, com os serviços tradicionais incluídos, vai ficar em 356 euros mensais, 46% abaixo das rendas anteriores para este tipo de unidades.

Propulsões alternativas e emissõesJá consideraram ter propulsões alternativas dentro da frota?Sim, mas face ao preço de renda e/ou de aquisição, não faz sentido. E tendo em conta as características da nossa atividade, com grande dispersão geográfica, o elétrico, com as autonomias atuais, ainda não será a melhor opção.

Existe alguma política de redução das emissões de CO2 definida ou isso é uma consequência da gestão da frota?Nos últimos concursos temos tido uma preocupação de limitar o nível máximo de emissões de CO2, tornando a nossa frota mais eficiente e amiga do ambiente.

“Nos últimos concursos temos tido uma preocupação de limitar o nível máximo de emissões de CO2”

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frotistas

McDonald's explica frotata empresa que gere 46 das viaturas de serviço da McDonald’s, pelo facto de estes encontros não serem uma prática do mercado, “devemos aproveitar para perceber as dificuldades que os condutores podem sentir na utilização dos nossos serviços, em caso de acidente, avaria ou simples manutenção.”

Opinião corroborada por Nuno Jacinto, diretor comercial corporate da ALD, gestora de 30 veículos utilizados pela multinacional ameri-cana: “todos ganhamos na aproximação entre os três intervenientes do processo (gestora, empre-sa e utilizador final, n.r.), uma vez que existem objetivos comuns.” Daí que na sua apresentação tenha existido a preocupação de mostrar as van-tagens do renting sobre outras soluções e as pou-panças que se podem alcançar com maior con-trolo dos custos de utilização. Com exemplos concretos, os custos e implicações da tributação autónoma, como é sabido muito dependente do preço final da viatura, foi outro dos assuntos que despertou grande interesse entre os participantes deste evento que procurou mostrar o que é a fro-ta de uma empresa.•

Acaracterização do parque automóvel da McDonald’s e a evolução que o mesmo conheceu nos últimos anos, qual o pa-

pel de uma gestora de frota e que serviços ela presta ao longo do contrato, foram assuntos debatidos no primeiro encontro dirigido aos colaboradores/condutores, em Portugal, desta conhecida multinacional americana.

O “Papel da Gestora de Frota e a Tributa-ção Autónoma” e “A responsabilidade de gerir a Frota McDonald’s” foram os temas das in-tervenções dos representantes de duas das três gestoras com que a McDonalds trabalha, a ALD e a Leaseplan.

“É uma oportunidade pouco habitual para as gestoras de frota se apresentarem diretamen-te aos utilizadores finais do seu serviço” realça Augusto Bento, diretor comercial adjunto da venda corporate da Leaseplan. Ocasião que foi utilizada por esta empresa para apresentar as vantagens que os seus condutores desfrutam, como o sistema de georreferenciação e um cartão exclusivo com acesso a um conjunto de benefícios e descontos. Para o responsável des-

O “Nacional Car Day” reuniu os colaboradores da McDonald’s que utilizam carro da empresa. O objetivo foi partilhar experiências e dar a conhecer serviços com que os condutores podem contar

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42 fleetmagazine JUNHO 2014

frotistas

João Branco, Chefe de Divisão de Transportes da Câmara de Setúbal

“Frota municipal custa 1,7 milhões de euros/ano”

a-car, com base nas disponibilidades e valores diários, não existindo nenhum acordo especial com qualquer empresa”, adianta o responsável pela gestão da frota da câmara setubalense.

A IMPORTâNCIA DAS MARCASApesar de se tratar de uma entidade pública obrigada a um conjunto de preceitos nas aqui-sições, distintos do que geralmente acontece com empresas comerciais, João Branco não despreza a importância do contacto das marcas ou dos concessionários.

“É frequente apresentarem-nos soluções à gestão de frota municipal. Quer por documen-tos, quer por demonstrações. O que é bastante benéfico pois, com a evolução do mercado e da indústria automóvel, torna-se imprescindí-vel mantermo-nos a par de novos produtos ou

Sede de um concelho com cerca de 170 km², a frota municipal contempla 267 unidades, 39 das quais em regime de aluguer.

A sua gestão é assegurada pelo engenheiro mecânico João Branco, Coordenador da Divi-são de Transportes e Equipamento Mecânico (DITEM), incluída na estrutura do Departa-mento de Obras Municipais (DOM).

Com um percurso profissional que passou por uma conhecida petrolífera espanhola, João Branco explica o procedimento habitual de aquisição de novos modelos: “os processos de renovação ou alargamento da frota são reali-zados maioritariamente por concurso público, apenas pontualmente por aquisição direta”. Já para suprir uma necessidade imediata e impre-vista, “o setor de Compras e Património realiza a contratualização junto de empresas de rent-

Os procedimentos de gestão da frota automóvel

de um município são necessariamente diferentes

do que acontece numa empresa. O responsável

pelo departamento de transportes da Câmara

Municipal de Setúbal explica como se administra e quais os trâmites a seguir no momento da renovação

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de características associadas”. Até porque, con-fessa, “não existe partilha de experiências entre instituições municipais.”

SOLUÇãO COMPLETA NO RENTINGFatores essenciais de decisão dos processos/con-cursos públicos de aluguer em renting são não apenas o valor da renda mas também “as caracte-rísticas técnicas, com principal destaque a emis-são de CO2 e o consumo misto de combustível, bem como a manutenção adequada e a tipologia de seguros e franquias associadas”, explica João Branco. Até porque “nos alugueres de longa du-ração em sistema de renting são contratualizados os serviços completos, nomeadamente a manu-tenção, o seguro e a substituição de pneus”.

No final do contrato, as viaturas contra-tualizadas em renting são “habitualmente

recondicionadas nas oficinas indicadas pelas empresas de aluguer, de acordo com os segu-ros contratualizados e devolvidas na finalização dos contratos de aluguer”.

GESTãO REGULAMENTADAOs preceitos básicos de gestão da frota são equiparáveis aos de uma entidade comercial. Nomeadamente no que respeita à sua conser-vação e manutenção. Existem políticas inter-nas de responsabilização dos utilizadores/con-dutores das viaturas, sendo a frota municipal regida por um regulamento próprio, aprovado em sede de Assembleia Municipal: “foram im-plementados procedimentos para verificação periódica do estado das viaturas, quer nas via-turas de propriedade do município, quer nas viaturas em regime de aluguer (renting)”.•

Quanto custa gerir o parque automóvel Em 2013, o valor global dos custos com a frota municipal, incluindo despesas com manutenção, combustível, rendas de viaturas alugadas e outros custos obrigatórios com viaturas atingiu cerca de 1,768 milhão de euros.Para 2014 está orçamentada uma verba de 1,690 milhão de euros.Daí que “todos os equipamentos instalados nas viaturas, no âmbito da gestão de frota, sejam de extrema importância”, uma vez que “permitem gerar um menor tempo de resposta e aumentar a operacionalidade das mesmas”, explica João Branco. “Utilizamos aplicações do fornecedor MEDIDATA, bem como, um software específico de controlo de abastecimentos de combustível”, complementa este responsável.Embora não esteja oficialmente regulamentado um sistema de “carpooling”, já se verifica algo semelhante: “há muito que se programa a deslocação de funcionários da mesma divisão numa só viatura para, desta forma, minorar a utilização das mesmas”.

Preocupações ambientaisPredominantemente, o combustível utilizado por cerca de 81,20% da frota municipal é o gasóleo. Os restantes 18,80% movem-se a gasolina. Contudo é de realçar a existência de 6 viaturas ligeiras de passageiros com tecnologia híbrida e uma viatura ligeira de mercadorias com propulsão exclusivamente eléctrica, cuja manutenção é efetuada em oficinas exteriores. Na primeira categoria estão os seis Toyota Prius ao serviço da Presidência e da administração da edilidade setubalense: “há uma preocupação de demonstrar a nossa atenção às questões ambientais, o que também acontece na gestão oficinal”, realça João Branco.

“É benéfico apresentarem soluções à gestão de frota municipal. A evolução do mercado e da indústria torna imprescindível conhecer novos produtos”

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frotistas

João BrancoTelefone 932030886Email [email protected] www.mun-setubal.pt

Câmara de Setúbal – DITEM(Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos)

Em 2013 o valor global dos custos atingiu cerca de 1,768 milhão de euros. Para 2014 estão orçamentados menos 78 milhões de euros

Manutenção oficinal internaA situação económica atual obrigou a alguma "ginástica" e ao prolongar da idade média do parque automóvel. “Face às dificuldades sentidas, tivemos que manter todas as viaturas e máquinas em estado operacional, limitando a renovação de frota. Isso acarretou um esforço adicional de recursos no intuito de prolongar a idade média da frota”, revela João Branco.A manutenção é maioritariamente realizada de forma interna num grande complexo de oficinas instalado no Parque Municipal de Poçoilos. Apenas quando a especificidades das viaturas e máquinas o exige, nomeadamente devido à necessidade de equipamentos de diagnóstico ou recursos técnicos e humanos específicos, as intervenções são realizadas exteriormente. “Em 2013 as manutenções nas oficinas da CMS foram 74,41 por cento do total de ações que foi necessário realizar”.

Caracterização da frota própria e alugadaA frota própria da Câmara é composta por 227 unidades, das quais fazem parte 55 viaturas pesadas e 91 ligeiras. As restantes distribuem-se entre máquinas e tricarros, incluindo também 26 unidades a cargo dos Bombeiros Sapadores de Setúbal. Em regime de aluguer (renting) estão 39 viaturas ligeiras de passageiros e mercadorias com idade média inferior a 2 anos.A idade média da frota propriedade do município é de aproximadamente 18 anos, sensivelmente a mesma da frota própria de veículos ligeiros.

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CASCAIS | 7 DE NOVEMBRO H O T E L R E A L V I L L A I T Á L I A

• 230 participantes • Programa foi o aspecto mais positivo (55%)

• 76 frotistas (maior grupo representado)

• 19 oradores • 9 patrocinadores

• 88% dos participantes disponíveis para próximo evento • 98% consideram a Fleet Magazine importante como fonte de informação para a sua atividade • 17% dos participantes pertenciam a gestoras • 22% a importadores e retalho automóvel • 56% acharam muito interessante • 49 dos participantes pertenciam ao sector de serviços •

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marcas

Ford regressa aos pequenos comerciais

(motor, rolamento e aerodinâmico) como de ruí-dos provenientes da caixa de carga, o modelo está, seguramente, entre os melhores da sua classe.

A Ford acredita, contudo, ter argumentos suficientes para conquistar clientes. A eleva-da qualidade de construção e custos de ma-nutenção reduzidos (baseados no cálculo de uma maior eficiência energética a par de uma assistência mais alargada) são qualidades que o construtor evidencia para sustentar a afir-mação.•

A frota de novos modelos comerciais da marca americana completa-se com a chegada da Transit Courier.

Reclamando grande capacidade de carga, um compartimento prático e com bons acessos para a transportar, a nova Transit Courier asse-gura índices de conforto ao nível dos modelos de passageiros.

Como foi possível perceber no curto ensaio realizado durante a apresentação à imprensa, quer ao nível da insonorização face ao exterior

A Transit Courier assinala o regresso da Ford ao

segmento dos pequenos comerciais de cabine elevada. Este furgão

compacto aumenta dez por cento o volume de carga

Ford Transit Courier Renault Kangoo Express Compacto Fiat Fiorino Furgão Peugeot Bipper

Motores 1.5 TDCi/75 cv e 1.6 TDCi/95 cv 1.5 dCi 75cv 1.3 Multijet 75cv 1.3 HDi 75 FAP

Preços (c/ IVA) 15.140 / 16.940 € 16.000 € 15.240 € 15.030 €

Caixa de Carga 2,3 a 2,6 m3 2,3 a 2,8 m3 2,5 a 2,8 m3 2,5 m3

Peso máximo 660 Kg 500 Kg 610 a 660 Kg 538 Kg

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marcas

Nissan: ofensiva crossoverJUKE MAIS PERSONALIZáVELCom o DNA jovem e desportivo reforçado, a novidade é um vasto programa de personali-zação que inclui teto panorâmico em vidro e um conjunto de aplicações coloridas, incluin-do para as jantes. Passa a contar também com o sistema NissanConnect de última geração e com o Escudo de Protecção Nissan, que inclui o monitor de vídeo 360º.

Sem novidades no que toca ao espaço para os ocupantes, a área da mala cresceu 40 por cento para os 354 litros.

O motor a gasolina de 1.2 litros DIG-T substitui a unidade de 1.6 litros de 117 cv. Emite 129 g/km de CO2, tem um consumo médio de 5,6 l/100 km e, com 115 cv, garante mais aceleração e binário (190 Nm) que a an-terior unidade aspirada de 1.6 litros. O despor-tivo 1.6 DIG-T foi melhorado e garante mais binário abaixo das 2.000 rpm.

O novo Juke já está no mercado a partir dos 18.200 euros. Mantêm- se na gama o mo-tor 1.5 dCi de 110 cv com preços a partir de 22.120 euros. •

L ado a lado, a ideia imediata é a de que o novo Nissan X-Trail é uma versão mais longa e de 7 lugares do Qashqai.

Ao volante as impressões são ainda mais evidentes. Em termos de linhas e de funciona-lidade, Qashqai e X-Trail partilham posição de condução, tablier e a maioria do equipa-mento.

Das costas dos bancos dianteiros até à tra-seira estão as diferenças: uma distância entre eixos mais longa permite que os assentos cen-trais movam-se longitudinalmente, em opção passa a contar com dois bancos na zona da mala.

Maior e mais leve do que o anterior, o X-Trail utiliza a nova plataforma modular da Aliança e motores mais pequenos. Logo, é pro-posto a preços mais acessíveis. Em Portugal a oferta está circunscrita ao diesel 1.6 dCi de 130 cv, preços a partir de 33.800 euros. São cerca de 4.500 euros a mais face ao Qashqai.

Chega no final do Verão e os objetivos da marca apontam para 300 unidades vendidas até ao final do ano.

Um é inteiramente novo, o outro a reedição de um sucesso. É esta a actualização da gama Nissan

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marcas

Volkswagen Polo com novos motores

A Volkswagen inscreve-se na tendência que tem trazido uma melhoria significativa nos modelos deste segmento e uma prova disso será o interior da viatura. A posição de condu-ção faz justiça ao histórico da marca, com uma sensação de espaço surpreendente para quem vê estes 3,97 metros de fora.

Dispositivos como o Start/Stop ou a rege-neração de energia são de série, o que mostra o compromisso da marca em tornar este car-ro uma opção a segmentos superiores. Outra tecnologia interessante de ver numa viatura deste segmento será a possibilidade de colocar o chassis em modo sport através de um botão na consola do condutor. A diferença é bastante visível e fica bem num carro que acode a todos os desejos dentro das suas limitações.

A Volkswagen, seguramente um dos maio-res símbolos na defesa do diesel em todos os segmento, traz aqui uma preocupação com a

Os engenheiros da Volkswagen desenha-ram um carro quase à medida do que se-rão as próximas tendências de renovação

de frotas em Portugal para este ano. Pegaram num modelo que na última gera-

ção já tinha sido brindado com um aumento de conforto a bordo bastante significativo e re-solveram, mais uma vez, apostar nesse parâme-tro. Por outro lado, surge agora com um novo motor diesel em diferente cilindrada e também com vários dispositivos de série que costumam aparecer mais no segmento superior.

Quanto à qualidade dos materiais que se podem encontrar no interior deste mo-delo, nota-se novamente uma inspiração no Volkswagen Golf. Em muitos aspectos, aliás, o critério de qualidade mantém-se, o que dá uma estrutura bastante confiável a uma viatura que se insere num segmento onde isso não costu-mava ser muito atendido.

O Volkswagen Polo aparece com uma gama

mais simplificada de motores diesel e com um novo gasolina que

pretende ser uma opção para empresas

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Versões diesel e gasolina (comparação)poupança de combustível, que diz correspon-der a cerca de 21% do que era no modelo ante-rior (que foi o record da FLEET MAGAZINE em consumos). O Bluemotion que testámos prometia 3,4 l/100km em circuito misto, mas a nossa experiência perto de Munique ficou nos 5,8 l/100 km.

O novo motor 1.4 diesel tem três cilindros e substitui as anteriores versões de 1.2 e 1.6, mantendo os mesmos níveis de potência: 75 e 90 cv. Em relação ao 1.2 ganha melhor dis-ponibilidade de binário, conseguindo colocar 210 Nm a 1.500 rpm. Em condução, isto é particularmente significativo, dado que a res-posta do pequeno Polo está sempre pronta.

Testámos ainda a versão 1.2 gasolina, para a qual a SIVA garante já ter encomendas de frotistas. Os números de potência são os mes-mos (75 cv), mas a realidade é naturalmente diferente. Enquanto o diesel se mostrou um motor bastante equilibrado a qualquer regime, já o gasolina perde nos perfis a baixas rotações e exige mais recurso à caixa de velocidades.

O novo Polo vem com cinco anos de ga-rantia ou 90 mil quilómetros. Para Outubro, espera-se o 1.0 TSI BlueMotion com consumos de 4,7 l/100km e emissões de 107 g/km. •

MOTOR CO2 CONSUMO PREÇO (PVP)

Diesel 1.4 TDI 90 cv 88 g 3,4 l/100km 21.192 euros

Gasolina 1.2 TSI 90 cv 107 g 4,7 l/100km 17.772 euros

Diferença — -19g -1,3 l/100km +3.420 euros

*Versões Confortline, 5 portas

QUALIDADE. O nível dos materiais do interior do Polo está a par de segmentos superiores

Magno GonçalvesTelefone 262407079Email [email protected] www.siva.pt

Volkswagen

A Volkswagen inscreve-se na tendência que tem trazido uma melhoria significativa nos modelos deste segmento e uma prova disso será o interior da viatura. A posição de condução faz justiça ao histórico da marca, com uma sensação de espaço surpreendente para quem vê estes 3,97 metros de fora

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marcas

Frotas vão ser 60% da nova Peugeot 308 SW

isolamento acústico. A suspensão, em espe-cial, revela um excelente compromisso entre o conforto e a capacidade para conter os movi-mentos da carroçaria. Será certamente curioso verificar se este bom desempenho se mantém com a bagageira carregada. É que, muito impor-tante quando se fala de uma carrinha, o espaço de mala da nova 308 SW torna-se referência na classe, com 660 litros, ampliáveis aos 1660 com o rebatimento, agora ainda mais fácil, dos encostos dos bancos traseiros.

Em termos dinâmicos, é espantosa a genero-sidade do pequeno motor de 3 cilindros. Embo-ra testada apenas com dois ocupantes a bordo, os escassos 1199 cc proporcionam uma resposta logo a partir das 1.400 rpm, mantendo uma mé-dia de consumos em redor dos 7,0 litros.

Quanto ao motor 2.0 BlueHDi de 150 cv, a sensação mais forte retida durante o ensaio foi para o funcionamento da nova transmissão

A Peugeot espera fechar 2014 na liderança do segmento M1, com a venda de 1500 a 1700 unidades, a maioria das quais a

empresas. “A evolução do mercado está a dar alguns sinais de recuperação, embora o canal particulares se mantenha a níveis historica-mente baixos. Assim, a nossa estimativa será de 60% para empresas e 40% para particulares”, diz Alfredo Amaral, diretor-geral da Peugeot Portugal (ver entrevista na pág. 12).

A FLEET MAGAZINE deslocou-se ao norte de França para a conhecer com os novos motores 1.2 THP "Puretech”, a gasolina, com 130 cv e o turbo-diesel 2.0 BlueHDi de 150 cv, acoplado à nova caixa automática de seis velocidades.

Mostrando boa capacidade de manobra, a novo 308 SW é muito agradável de conduzir tanto em cidade como em estrada. Qualquer das duas motorizações exibe igualmente bom

Os trunfos da nova gama 308 SW da Peugeot

gama são um conjunto de motores modernos e

eficientes, capazes de permitirem versões a

preços competitivos face ao equipamento proposto

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de seis velocidades. Número que o construtor considera suficiente para as exigências dinâmi-cas e de consumo da versão. A atitude pratica-mente impercetível que esta nova caixa revela durante as trocas de velocidade mostra bem que nada tem a ver com a atual Caixa Manu-al Pilotada do grupo PSA. Embora mantenha alguma reserva de energia, o andamento suave desta versão a gasóleo provavelmente não dife-rirá muito do que se poderá obter com a versão mais potente do motor 1.6 HDi.

APLICAÇãO PARA GESTORES DE FROTA?Contando com novo equipamento de conforto e de ajuda à condução a aplicação "MyPeuge-ot" poderá ser útil na gestão de frota. Instala-da num Smartphone Android ou Apple, esta funcionalidade disponibiliza as seguintes in-formações: localização, quilometragem e uma estatística dos consumos obtidos.

“O gestor de frota pode recuperar informa-ção de uma forma prática mas também receber alertas de manutenção, pressão de pneus, etc.. Esta aplicação, muito simples, dará a resposta a uma ambição antiga de qualquer empresa po-der monitorizar os seus custos de utilização de frota”, garante Alfredo Amaral.

Os dados disponibilizados permitem aler-tar para a necessidade de serviços de manu-tenção ou para problemas de funcionamento, elaborar estatísticas dos trajectos, etc.

Em acréscimo a esta aplicação, o "Scan My Peugeot" recorre à tecnologia de reconhe-cimento de imagem para, após o utilizador fotografar uma parte do veículo com o seu Smartphone, neste ser disponibilizada uma explicação sobre o funcionamento do equipa-mento fotografado ou o significado de um avi-sador de alerta que se tenha acendido no painel de bordo. •

Versões especiais para frotas ACCESS BUSINESS

1.2 PureTech 110 cv 23.400 € 23.895 €

1.6 HDi 92 cv 24.550 € 25.045 €

1.6 e-HDi 115 cv 25.650 € 26.145 €

Como acontece na versão de 5 portas, a gama será constituída por três níveis de equipamento: Access, Active e Allure.Em acréscimo a Peugeot propõe o Pack Business por mais 495 euros. Disponibilizado com os motores 1.2 PureTech 110 cv, 1.6 HDi 92 cv e 1.6 e-HDi 115 cv, acrescenta ao equipamento do “Access” os seguintes itens: ajuda ao estacionamento traseiro, jantes de liga leve 16”, “Pack Look” (pegas das portas e retrovisores na cor da carroçaria) e vidros traseiros elétricos.

Gasolina ganha força ao diesel?Os clientes estão a mostrar interesse nos motores a gasolina, onde a redução de cilindrada foi acompanhada pelo aumento da eficiência dinâmica e energética. “A dinâmica da evolução tecnológica do diesel está a atingir o seu limite para o cumprimento das normas de poluição que estão previstas até 2020”, diz Alfredo Amaral. “A mais próxima é o Euro 6, já em 2015. E os custos de desenvolvimento dos motores a gasóleo, que terão de ser integrados no preço final, irão provocar a sua perda de competitividade”. O motor a gasolina 1.2 THP com 130 cv já garante performances muito interessantes em termos de CO2 (109 g), enquanto o binário de 230 Nm às 1.750 r.p.m iguala o 1.6 HDi de 92 cv. E isto para um consumo de 4,7 l/100 Km e uma aceleração dos 0-100 de 10 segundos. “Por isso, o paradigma que temos de ultrapassar é pensar em diesel como um reflexo automático. E começar a fazer uma análise racional de novas opções. Um cálculo simples de equilíbrio de quilómetros entre diesel e gasolina permite, na maior parte dos casos, tornar evidente a opção a tomar”.

“O motor a gasolina 1.2 THP com 130 cv garante performances muito interessantes e em termos de CO2 (109 g), enquanto o binário de 230 Nm às 1.750 r.p.m iguala o 1.6 HDi de 92 cv”

António SantosTelefone 214166582Email [email protected] www.professional.peugeot.pt

Peugeot Portugal

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marcas

Nova Fuso Canter Euro VI:mais prática e eficiente

embraiagem e os bancos substancialmente me-lhorados”, adianta.

Até alterações aparentemente mais simples têm uma importância acrescida. É o caso do chassis que passa a vir com furações padroniza-das de fábrica. Isso facilita e torna mais fiável o processo de instalação de caixas de carga fabri-cadas por carroçadores independentes: “além de contribuir para a redução de peso, quem efetuar transformações na caixa da Canter de 3.500 kg deixa de ter que furar o chassis. Por isso, não corre o risco de o fazer no sítio erra-do”, explica Pedro Simões.

Com cabine simples ou dupla e uma ele-vada quantidade de cores disponível, de fá-brica a Canter pode sair com chassis simples, caixa aberta ou fechada e báscula traseira ou lateral. “Estas soluções permitem ao cliente ganhar 30 a 45 dias, o tempo habitual para realizar qualquer transformação. Além de

Àoitava geração a Fuso Canter ficou mais eficiente para cumprir as novas regras referentes a emissões. Alterações na sus-

pensão e no chassis, além da introdução de equipamento novo, fizeram da Canter um co-mercial mais seguro e funcional. Aprimorada ao nível do conforto, a gama foi ainda enrique-cida com uma versão capaz de oferecer maior capacidade de carga útil.

“Passámos a ter um carro mais confor-tável. Principalmente nos modelos de 3500 kg, graças à introdução da suspensão inde-pendente no eixo dianteiro e no banco do condutor. O primeiro aspeto melhorou tam-bém a condução e a capacidade de manobra”, explica Pedro Simões, gestor de produto na Mitsubishi Portugal, representante nacional do modelo.

“Para o conforto contribui igualmente a nova caixa de velocidades DUONIC de dupla

A nova geração integra o pacote “Ecofficiency”

capaz de tornar a Canter “mais amiga” do ambiente. Mas as

novidades são muitas: novos modelos, mais equipamento e uma

versão com capacidade de carga até 6 toneladas

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MARCAS

Pedro SimõesTelefone 218312167Email [email protected] www.mitsubishi.pt

Mitsubishi Motors Portugal

Campeão de vendas da Daimler Trucks, cerca de 50% dos componentes da Canter provêm de 60 fornecedores europeus, metade dos quais estão instalados em Portugal e Espanha

Uma gama com 73 versões O conceito de cabina avançada da Canter permite fazer conjuntos mais compactos, com maior destreza de manobra e grande facilidade de carroçamento. Bem como um acesso ao motor fácil e prático.Com um ritmo de produção atual de 25 unidades/dia, as 73 versões disponíveis permitem que cada cliente tenha um modelo à sua medida. A tarefa ficou facilitada porque a fábrica alterou os métodos de montagem do modelo para agilizar a produção individualizada ao gosto do comprador. No que respeita a equipamento poderá dispor de ar condicionado manual ou automático, airbags para condutor e passageiro, sistema eléctrico de 24V, depósito de combustível adicional de 70 litros, diferencial traseiro autoblocante e Bluetooth.

Não sendo novidade na gama, a Canter com tração integral ganhou caixa de redutoras na atual geração: “Para trabalhos em que uma pick-up seja demasiado curta e um camião demasiado longo, a Canter 4x4 é uma proposta altamente competitiva. Com cabine simples ou dupla, ela cumpre também as diretivas que permitem aos Bombeiros nacionais candidatarem-se aos fundos europeus do Qren para a compra de viaturas de desencarceramento”, explica Pedro Simões, gestor de produto da Canter.

Tonelada a mais de cargaA nova geração da Canter apresenta uma nova gama de peso bruto: 8,55 toneladas, com capacidade de carga de 6 toneladas, 1 tonelada a mais face ao modelo anterior.“A principal vantagem deste modelo é o facto de ter um motor mais eficiente e maior capacidade de manobra face à concorrência com idêntica capacidade de carga, mas que é mais difícil de manobrar principalmente em cidade. Dispõe também de uma cabine mais sofisticada”, sintetiza Pedro Simões.Disponível em 4 distâncias de eixo (dos 3.400 aos 4.750 mm), o peso bruto no eixo dianteiro é de 3.100 kg e de 6.000 kg no traseiro. O motor de 3,0 litros com 150cv ou 175cv tem sempre acoplada a caixa de velocidades Duonic® de dupla embraiagem.

Pacote ECOFFICIENCy gera menos custos de utilizaçãoA oitava geração da Fuso Canter vem preparada para cumprir normas europeias mais restritivas no que respeita às emissões: Euro 5b+ e Euro VI, consoante as versões de carga. Estas medidas vieram também beneficiar os custos de utilização, reduzidos até 9% face às versões Euro V.Tal responsabilidade é devida ao pacote “Ecofficiency”, que introduz o start/stop em toda a gama, aumenta a pressão da injeção para 2.000 bar, emprega óleo de baixa viscosidade e otimiza as relações finais da transmissão.Adicionalmente a estas alterações que respeitam a norma Euro 5b+, para cumprimento da Euro VI, os modelos mais pesados (6.5t, 7.5t e 8.55t) contam adicionalmente com pneus de baixa resistência ao rolamento, catalisador e filtro de partículas (DFT) de maiores dimensões.

maximizarem a carga útil disponível após o carroçamento, no caso da báscula utilizam-se novos aços de alto limite elástico. O que per-mite aumentar a sua resistência usando menos material, logo sendo mais leves”, explica o res-ponsável da marca.

“O conjunto ficou mais sofisticado sem perder o DNA da Canter, que é a sua robus-tez e a fiabilidade. A segurança foi também re-forçada. Toda a gama passa a ter de série ESP (sistema de controlo de estabilidade), além do ABS com distribuição eletrónica da força de travagem (EBD)”.

Novos sistemas de ajuda à condução, como a detecção do ângulo morto ou de aler-ta à transposição involuntária da faixa de ro-dagem, estão já em testes no Japão, embora sem data prevista para serem introduzidos na gama. Do mesmo modo, em breve pode vir a contar com o “FleetBoard” da Mercedes, uma ferramenta que auxilia a gestão de frotas na redução de custos operacionais. O motor utilizado será o de 2,1 litros, com potências a partir dos 136 cavalos. O preço vai situar-se perto dos 50 mil euros. •

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Mercedes-Benz C 220 BlueTEC

Atenção voltada para os consumosCresceu cerca de 10 cm no comprimento,

oito dos quais servem para aumentar a distância entre eixos. Mesmo assim, a ha-

bitabilidade não cresceu significativamente. O novo C proporciona apenas um pouco mais de espaço para as pernas traseiras que o CLA, por exemplo, embora, face a este, ganhe na altura em relação ao tejadilho e também, por escassos centímetros, na largura do banco traseiro.

Face à geração anterior, a capacidade da mala também não apresenta diferenças signi-ficativas: 480 litros, 5 litros a mais, ainda que as formas mais regulares permitam um melhor aproveitamento do espaço. Não existe espaço para pneu suplente, mas o cliente pode optar por 4 pneus com tela lateral reforçada MO-Extended. Por mais 350 euros, estes podem circular alguns quilómetros sem ar a baixa ve-locidade.

INTERIOR “FLUTUANTE”Por tradição conservadora no que se trata de in-teriores, no atual “C” a Mercedes decidiu arris-car. Trouxe do “A” e do “B” o tablet “flutuante” colocado em posição elevada ao centro do ta-blier, acrescentando uma novidade: um coman-do touchpad situado entre os bancos dianteiros. A partir deste comando, o utilizador pode con-trolar todas as funções do painel de entreteni-mento com a ponta dos dedos. Este touchpad permite introduzir letras, números e caracteres especiais a partir da escrita manual sobre a sua superfície.

A política de redução de peso “quase” que sobressai no interior do novo C. A presença do “quase” deve-se tão só ao facto dos revestimen-tos em pele e das diversas aplicações (maiorita-riamente plásticas) que enriquecem a imagem do interior, esconderem materiais que, ao toque,

A alemã Mercedes rendeu-se à ditadura

do menor peso para poupar nos consumos e

reduzir emissões. Apesar de maior e de ter mais

equipamento (algum dele inédito), todas as versões

da geração 2014 do Classe C são mais leves

que as anteriores

ao volante

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produzem um som pouco convincente para uma marca com os pergaminhos da Mercedes.

O tempo irá avaliar a sua solidez. Para já, a excelente insonorização que o habitáculo evi-dencia contraria qualquer dúvida.

EFICáCIA DINâMICA E ENERGÉTICADuas grandes vantagens do conjunto ser mais leve são, a par da maior eficiência energética, um apurado desempenho dinâmico.

Testado na única versão diesel por enquanto comercializada em Portugal (C 220 BlueTEC), o conhecido motor de 2143 cc não conhece sig-nificativas alterações nas suas características.

A introdução de um sistema start/stop bas-tante eficaz e rápido, aliado ao menor peso e à maior aerodinâmica do atual conjunto, permi-tiram uma redução do consumo e de emissões, no respeito pela norma Euro VI.

Peso e aerodinâmica explicam também o aumento das prestações, devendo à superior afinação do chassis o comportamento exemplar em estrada e o desempenho “quase” desportivo em curva. O “quase” volta a marcar presença, apenas para distinguir as versões “normais” do C das equipadas com o pack de condução di-nâmica “Airmatic”.

Esta opção, que encarece o preço final do veículo em 1500 euros, permite variar a du-reza da suspensão e outros aspetos dinâmicos, como o escalonamento da caixa de velocida-des, a resposta do acelerador ou a assistência da direção. •

49.311 Euros*

777,2 €/mês (36m)*

738,8 €/mês (48m)* 4,2 l/100Km

109 gCO2/km*

4/2.143 cc

125/3.000-4.200 cv/rpm

400/1.400-2.800 Nm/rpm* Fo

nte:

Lea

sepl

an

“Novas condições de frota garantem competitividade única”João Carlos Borrego, responsável de vendas a frotas da Mercedes-BenzCom uma presença forte em Portugal, a nova gama C irá beneficiar de condições vantajosas para empresas. Uma versão diesel 1.6 permitirá um “valor mais agressivo no mercado”

Que perspetivas existem para o Classe C no segmento de frotas?O Classe C sempre foi um modelo importante para nós em termos de volume. Já vendeu mais de 8.5 milhões de unidades em todo o mundo e Portugal é igualmente um mercado com grande procura por este modelo. Será claramente nossa prioridade fornecer às empresas condições vantajosas para a sua aquisição. No vosso entender que predicados o modelo tem para oferecer aos frotistas?Em primeiro lugar o baixo coeficiente aerodinâmico, um dos melhores do segmento, que ajuda o 220 BlueTEC a ter um consumo menor que os concorrentes diretos: 4,2 litros e 103g/km. Tem igualmente equipamentos inovadores e um elevado equipamento de segurança standard, complementado pela última geração de sistemas nesta área. Por fim, a suspensão pneumática AIRMATIC, opcional, mas única no segmento.

E no que toca a pacotes ou condições especiais de aquisição orientados para o mercado empresarial?Com o lançamento do novo Classe C foram introduzidas novas condições de frota que garantem uma competitividade única no mercado empresarial. Logo no início do ano houve um reposicionamento dos descontos para garantir que o Classe C não seria penalizado face aos novos escalões da tributação autónoma. Com a chegada dos novos motores e o lançamento da Station, a oferta completa-se e ficará ainda mais competitiva. Até ao lançamento da nova Station, a versão atual tem condições comerciais excecionais dirigidas para este importante canal. Mas existe algum pacote especial proposto para frotas?Iniciámos o ano com uma estratégia bastante clara para aumentar, ainda mais, a presença do Classe C no segmento empresas. Mas ainda não temos nenhum pack de equipamento específico para empresas. Quais as vantagens do downsizing da cilindrada de entrada na gama?No final de 2014, as motorizações de 1.6 litros permitirão apresentar um valor mais agressivo no mercado.

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56 fleetmagazine JUNHO 2014

ao volante

37.984 Euros*

677,5 €/mês (36m)*

642,0 €/mês (48m)* 4,9 l/100Km

104 gCO2/km*

4/1.956 cc

140/4.000 cv/rpm

350/1.750-2.500 Nm/rpm

Opel Insígnia Sports Tourer 2.0 CDTI

27.740 Euros*

451,0 €/mês (36m)*

440,5 €/mês (48m)* 3,8 l/100Km

99 gCO2/km*

4/1.586 cc

105/3.000-4.000 cv/rpm

250/1.500-2.750 Nm/rpm

Seat Leon ST TDi 105 cv

Éuma versão imponente e repleta de classe. Fica a escassos 9 cm dos 5 metros e pesa quase tonelada e meia em vazio. Aliada a

um motor orientado para consumos e emissões reduzidas para os 104 gr/km de CO2. Mas o peso, as relações de caixa mais longas (e poupa-das) e o facto do binário do conjunto só se ma-nifestar próximo das 2.000 rpm tornam conve-niente manter uma mudança mais baixa do que

a aconselhada, para evitar que o desempenho fique aquém daquilo que este carro realmente merece. Porque os números reivindicados não são de desprezar: 205 km/h de velocidade má-xima e 10,5 segundos dos 0 aos 100 km/h. Só que, para os conseguir, é preciso esquecer os propósitos de poupança. No espírito da versão, andámos a poupar. Não nos demos mal, a mé-dia final até foi boa: 6,2 litros aos 100. •

Éa primeira vez que uma carrinha surge na gama Leon. Com 27 cm a mais que a ver-são de 5 portas, é uma das que oferece me-

lhor habitabilidade. Do ponto de vista espaço/preço é também das mais competitivas. A Leon ST destaca-se pelo bom espaço traseiro e pela ex-celente capacidade da sua mala: 587 litros. E ain-da pela funcionalidade: equipada com um extra que custa 67 euros, o rebatimento do encosto do

banco do passageiro permite transportar objetos até 2,67 metros. Recorrendo a uma mecânica muito utilizada no grupo VW (e bastante pro-curada no mercado de frotas), esta versão tem no motor um auxiliar precioso para garantir custos de utilização bastante competitivos. De acordo com o carácter da carroçaria, o seu desempenho dinâmico é assumidamente familiar, distante de outros motores mais desportivos. •

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59.408 Euros*

1.098,8 €/mês (36m)*

993,9 €/mês (48m)* 4,9 l/100Km

129 gCO2/km*

4/1.964 cc

181/4.250 cv/rpm

400/1.750-2.500 Nm/rpm

Volvo XC70 2.0 D4 Geartronic 8v

Os anos não passam por este modelo. Ou melhor. Passam. Mas, tal como aconte-ce com um bom vinho, servem para o

refinar. O que se nota ainda mais nesta versão, toda ela cheia de charme.

A colheita de 2014 beneficia de um novo bloco de quatro cilindros diesel de 2,0 litros com 181 cv, desenvolvido internamente pela Volvo. Faz parte de uma nova geração de moto-

res nada e criada a olhar para a eficiência ener-gética. O que, num carro que pesa quase duas toneladas, não é tarefa fácil. A igualmente nova caixa automática de oito velocidades também não ajuda a poupar, sobretudo em cidade. Na estrada, outros aromas sobressaem. A progres-são não é desportiva mas é segura, mantendo a dinâmica necessária nas recuperações e no mo-mento de ultrapassar outro veículo. •

23.746 Euros*

560,5 €/mês (36m)*

507,1 €/mês (48m)* 4,9 l/100Km

130 gCO2/km*

4/1.560 cc

115/3.600 cv/rpm

270/1.750-2.500 Nm/rpm

Ford Transit Connect 1.6TDCi

Facilmente esquecemos que atrás dos três bancos dianteiros se tem uma volumosa caixa de carga separada por uma antepara

metálica fechada. É que a posição de condu-ção, insonorização, conforto a bordo e capaci-dade de manobra pouco têm a ver com a ideia típica de uma veiculo comercial.

Com a Transit Connect descobre-se como o segmento evoluiu. O que não é assim tão es-

tranho. Esta mesma base é partilhada com uma versão de passageiros, capaz de rivalizar em es-paço e funcionalidade com um monovolume da mesma dimensão. Em Portugal, todas dis-põem do motor 1.6 TDCi. Ensaiámos o mais potente, que voltou a surpreender com a elas-ticidade e franca generosidade demonstradas, sem colocar em causa os consumos. No final a média rondou uns notáveis sete litros. •

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Page 58: Fleet Magazine 21 (Junho 2014)

58 fleetmagazine JUNHO 2014

ao volante

30.497 Euros*548,4 €/mês (36m)*523,4 €/mês (48m)*

4,4 l/100Km115 gCO2/km*

4/1.598 cc130/4.000 cv/rpm

320/1.750 Nm/rpm

Nissan Qashqai 1.6 dCi

39.947 Euros*997,1 (36m)*873,9 (48m)*

0 l/100Km0 gCO2/km*

n/d cc 170 cv250 Nm

BMW i3

Oque a Nissan consegue com o novo Qashqai é assunto de estudo, dado que a expetativa em volta deste carro não po-

dia ser maior. O Qashqai já deu todas as provas que ti-

nha a dar e, por isso, perguntava-se qual se-ria a reformulação que a marca iria dar ao seu modelo mais emblemático. O resultado man-tém o que de melhor havia sido conseguido:

posicionamento, condução, motor, desing. E introduz o novo bloco 1.6 dCi que lhe traz mais alguma agilidade, afina o chassis para que o comportamento seja mais correto e alarga as dimensões para lhe dar um aspect mais es-truturado. Lá dentro, acrecenta mais conforto e qualidade a bordo, juntamente com alguns dispositivos de electrónica que não figuravam na edição anterior. •

Quando a discussão sobre os elétricos parecia ter arrefecido, eis qeu aparece a BMW com o novo i3, um modelo que

respeita a discussão em termos do que poderá ser a mobilidade elétrica e aposta nos predi-cados principais deste nicho de mercado. Em primeiro lugar, entra com capacidade para quarto pessoas, embora o espaço nos lugares traseiros seja descompensado em relação ao

que se tem à frente. Depois, tem toda a tecno-logia obrigatória para uma viatura deste tipo, incluindo uma aplicação própria para dispo-sitivos móveis que permite controlar muitos aspectos do carro. E, finalmente, o motor. Tra-ta-se de um prupulsor com uma capacidade de resposta que até aqui não existia (170 cv),o que anima a condução para os mais cépticos, com um chassis a condizer. •

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