filosofia contemporÂnea professor: reinaldo … · espírito humano; • o que é exterior ao...
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Século XIX
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Revolução Industrial (meados do século XVIII) –Capitalismo;
Inovações tecnológicas;
Exploração do trabalho humano (tripalium);
Dois blocos antagônicos: burguesia empresarial x trabalhadores.
Lutas e correntes socialistas: base no ideário da Revolução Francesa (1789-1799).
Romantismo: indivíduo, emoção e natureza
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Movimento cultural: arte e filosofia;
Exaltação das paixões e
sentimentos valorosos (amor x
racionalidade);
Valorização da sensibilidade e
subjetividade;
Retomada da idéia da natureza
como força vital;
Desenvolvimento do nacionalismo;
Influência direta no Idealismo
Alemão.
Idealismo Alemão• O sujeito exerce um papel
mais determinante no processo do conhecimento;
• O que ele conhece são suasideias, suas representaçõesdo mundo e sua consciência.
• Base no pensamento kantiano: “das coisas só conhecimentos a priori aquilo que nós mesmos colocamos nelas”.
• O saber não é absoluto, mas é absoluto como saber (Fichte).
J. GOTTLIEB FICHTE (1726-1814)
• Somente podemos conhecer a consciência ou o pensamento que temos das coisas;
• Existência do Eu como princípio da consciência, criador de toda a realidade;
• A realidade objetiva é produto do espírito humano;
• O que é exterior ao homem é onão-Eu.
FRIEDRICH SCHELLING (1775-1854)
• Existe um único princípio, uma inteligência exterior ao próprio Eu, que rege todas as coisas.
• “o homem ou, mais geralmente, o que nós chamamos razão”.
• Funda a ideia de uma Inteligência, ou Espírito, que se manifesta e se concretiza no mundo sensível.
G. W. F. HEGEL (1770-1831)
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Principal expoente do idealismo alemão;
Sua filosofia representa o ponto culminante do racionalismo;
Reconciliação da filosofia com a realidade;
Pensar a realidade como Espírito, ou seja, não somente como substância, mas também como sujeito.
Isso significa pensar a realidade como processo, como movimento.
MOVIMENTO DIALÉTICO
• A realidade como Espírito possui uma vida própria, um movimento dialético (movimentos sucessivos e contraditórios)
TESE – ANTÍTESE – SÍNTESE
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Ex.: Revolução Francesa – Barbarismo – Liberdade;
A realidade é dinâmica.
Embate e superação das contradições: dialética [movimento real da realidade].
Ser em-si, ser fora-de-si, ser para-si.
Consciência rumo ao saber absoluto
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Afastamento do conhecimento
comum e se voltar para o absoluto;
A consciência que alcança o saber
absoluto atinge a razão - λογο;
Neste momento a Razão alcança a
consciência da unidade entre ser e
pensar, harmonizando subjetividade
e objetividade;
A filosofia estaria aí para superar o
conhecimento finito e limitado para
alcançar o saber absoluto – o saber
da coisa-em-si.
Relação entre filosofia e história
Superioridade do Espírito, que se realiza na
História dos homens por meio da
liberdade;
03 momentos do Espírito:
• Espírito subjetivo: que se refere ao
indivíduo e à consciência individual;
• Espírito objetivo: que se refere às
instituições e costumes historicamente
produzidos pelos homens;
• Espírito absoluto: que se manifesta na
arte, na religião e na filosofia, como
espírito que se compreende a si mesmo.
História• A História é um desdobramento do Espírito objetivo
no tempo;
• O Espírito objetivo é a realização da liberdade na sociedade: se manifesta no direito, na moralidade e na eticidade, englobando família, sociedade e Estado;
• O indivíduo só existe como membro do Estado –Princípios da Filosofia do Direito.
• A filosofia da história deve captar o movimento histórico como uma contínua evolução da idéia de liberdade, que se desenvolve segundo um plano racional.
Tudo o que é real é racional, tudo que é racional é real.
Contestação do sistema hegeliano
LUDWIG FEUERBACH
(1804-1872)
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Idealismo de Hegel: “especulação vazia”;
Não trata do ser real, das coisas reais e dos
homens concretos;
Propõe uma filosofia partindo do concreto – e
não de Idéia, Espírito e Razão.
Parte do ser humano como um ser natural e
social.
É o materialismo que influenciará Marx.
ARTHUR SCHOPENHAUER (1788-1860)
• Visão pessimista da vida,
encarada como uma
história de sofrimentos;
• Para ele, Hegel constrói
sua filosofia segundo os
interesses do Estado
prussiano, ao englobar as
situações históricas como
desdobramentos do
Espírito objetivo,
legitimando todas as
formas de governo,
mesmo as mais nefastas.
O mundo como vontade e representação
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O conhecimento é uma relação na qual o objeto é
percebido pelo sujeito, não como ele é, mas como ele pode
ser percebido e interpretado;
Retoma Kant na oposição de um saber absoluto;
O mundo é representação. O conhecimento do mundo
parte do sujeito;
É possível alcançar a essência das coisas através de um
insight intuitivo: a atividade estética permitiria ao homem
a compreensão da verdade.
Pela arte, o sujeito se desprenderia de sua individualidade
para fundir-se no objeto, numa entrega pura e plena.
O ser humano seria essencialmente vontade, o que levaria
a desejar sempre mais, produzindo uma insatisfação
constante;
Essa insatisfação é a origem das lutas entre os homens, da
dor e do sofrimento;
A vida do homem é um pêndulo que oscila entre a
ansiedade e o tédio.
SØREN KIERKEGAARD (1813-1855)• Foco na realidade humana
concreta;
• Obra teológica centralizada naética cristã e nas instruções daIgreja;
• Inspiração em diálogos socráticos na forma e método de escrita;
• A tarefa da descoberta do significado das suas obras é deixada ao leitor, porque "a tarefa deve ser tornada difícil, visto que apenas a dificuldade inspira os nobre de espírito";
Filosofia de cunho existencialista.
A experiência única da vida
• Contestou a supremacia da razão como único instrumento capaz de estabelecer a verdade, tal como Hegel propunha.
• Defende o conhecimento que se origina da fé.
As três dimensões da existência humana
• Estética: na qual se procura o prazer;
• Ética: na qual se vivencia o problema da liberdade e da contradição entre prazer e o dever;
• Religiosa: marcada pela fé.
Cabe ao homem escolher em qual dimensão quer viver, já que são excludentes entre si. Essas dimensões também poderiam ser entendidas como etapas da vida do homem em sua existência.
Existencialismo
• Trata de temas como amor,
sofrimento, angústia,
desespero, que, segundo ele,
não poderiam ser explicados
através da razão.
• Kierkegaard procurou
destacar as condições
específicas da existência
humana e incorporá-las às
reflexões filosóficas.
Análise das relações do homem com:
O mundo:
Angústia: sentimento profundo que temos ao perceber a instabilidade de viver num mundo de acontecimentos possíveis, sem garantia de que nossas expectativas sejam realizadas.
No possível, tudo é possível.
Consigo mesmo:
Inquietação e desespero: o homem nunca está satisfeito com as possibilidades que realizou, ou porque não conseguiu realizar o que pretendia, esgotando os limites do possível e fracassando diante de suas expectativas.
Deus:
Superação da angústia e do desespero: é marcada pelo paradoxo de ter de compreender pela fé o que é incompreensível pela razão.