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Joseph Bradley Jeff Loucks James Macaulay Kathy O’Connell Erica Schroeder Fast IT: acelerando a inovação na era da Internet de Todas as Coisas Resumo executivo O departamento de TI atual nunca foi tão desafiado. Os custos operacionais estão aumentando, e os orçamentos, diminuindo. A mobilidade generalizada e uma explosão de dispositivos conectados estão sobrecarregando a complexidade. E os usuários empresariais estão ignorando a TI para acessar serviços baseados em nuvem. A maior dor de cabeça do CIO é um panorama de novas ameaças à segurança em constante transformação. Naturalmente, a tecnologia também é um componente essencial para o sucesso de qualquer empresa. Portanto, é fundamental que os departamentos de TI façam uma mudança profunda se quiserem ajudar suas empresas a inovar e aproveitar novas oportunidades. Hoje em dia, a TI precisa fazer uma mudança súbita em termos de eficiência operacional (custos), capacitação da empresa (agilidade) e segurança. O próprio departamento de TI deve se tornar uma fonte e um facilitador de inovação revolucionária, acompanhando a empresa na mudança de modelos comerciais de forma imediata e respondendo a um mundo dinâmico de maior complexidade e novas fontes de valor. Isso exige um novo modelo para a TI, que chamamos de Fast IT. A Fast IT simplifica as operações em um momento em que a complexidade está aumentando e os orçamentos de TI estão inalterados. Ao oferecer uma infraestrutura automatizada, programável e ágil, a Fast IT libera os departamentos de TI do processo manual de configuração, alteração e manutenção. Com a implementação da Fast IT, as empresas podem se mover em uma “estrutura de nuvens” , seja ela dentro ou fora do local, física ou virtual, fixa/móvel ou uma combinação de nuvem privada com nuvem pública. As cargas de trabalho e as tarefas de infraestrutura mudam como garantia das condições comerciais (aplicativo). A Fast IT estimula um provisionamento muito mais rápido de aplicativos empresariais. O tempo para provisionar e dimensionar pode cair de meses para minutos, permitindo que o departamento de TI se mova na velocidade da nuvem para atender às necessidades comerciais. A Fast IT cria recursos de processamento de última geração na borda da rede, capturando “dados em movimento” para insight contextual e tomada de decisão em tempo real. Esses dados, juntamente com análises e dados de infraestrutura, proporcionam à TI as ferramentas necessárias para transformar processos comerciais e experiências do usuário final. Com a Fast IT, ocorre a evolução da segurança para uma abordagem mais voltada para plataforma em que a visibilidade aumenta em todos os domínios, dispositivos, aplicativos e serviços da infraestrutura, possibilitando proteção antes, durante e depois dos ataques. As políticas protegem usuários e dados. Com a implementação do modelo de Fast IT, a TI pode conquistar 20 a 25% de redução nos custos. Essa economia pode ser reutilizada para contemplar novos recursos, liberando a TI para inovar e se tornar um parceiro confiável das linhas de negócios, alavancando os resultados comerciais. Essa evolução permitirá mais agilidade na transformação comercial. Além disso, através da conexão de pessoas, processos, dados e coisas, ela criará uma empresa preparada para competir na economia da Internet de Todas as Coisas (IoE). Resultados do estudo Página 1 © 2014 Cisco e/ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Joseph Bradley Jeff LoucksJames MacaulayKathy O’Connell Erica Schroeder

Fast IT: acelerando a inovação na era da Internet de Todas as Coisas

Resumo executivoO departamento de TI atual nunca foi tão desafiado. Os custos operacionais estão aumentando, e os orçamentos, diminuindo. A mobilidade generalizada e uma explosão de dispositivos conectados estão sobrecarregando a complexidade. E os usuários empresariais estão ignorando a TI para acessar serviços baseados em nuvem. A maior dor de cabeça do CIO é um panorama de novas ameaças à segurança em constante transformação.

Naturalmente, a tecnologia também é um componente essencial para o sucesso de qualquer empresa. Portanto, é fundamental que os departamentos de TI façam uma mudança profunda se quiserem ajudar suas empresas a inovar e aproveitar novas oportunidades.

Hoje em dia, a TI precisa fazer uma mudança súbita em termos de eficiência operacional (custos), capacitação da empresa (agilidade) e segurança. O próprio departamento de TI deve se tornar uma fonte e um facilitador de inovação revolucionária, acompanhando a empresa na mudança de modelos comerciais de forma imediata e respondendo a um mundo dinâmico de maior complexidade e novas fontes de valor. Isso exige um novo modelo para a TI, que chamamos de Fast IT.

• A Fast IT simplifica as operações em um momento em que a complexidade está aumentando e os orçamentos de TI estão inalterados. Ao oferecer uma infraestrutura automatizada, programável e ágil, a Fast IT libera os departamentos de TI do processo manual de configuração, alteração e manutenção.

• Com a implementação da Fast IT, as empresas podem se mover em uma “estrutura de nuvens”, seja ela dentro ou fora do local, física ou virtual, fixa/móvel ou uma combinação de nuvem privada com nuvem pública. As cargas de trabalho e as tarefas de infraestrutura mudam como garantia das condições comerciais (aplicativo).

• A Fast IT estimula um provisionamento muito mais rápido de aplicativos empresariais. O tempo para provisionar e dimensionar pode cair de meses para minutos, permitindo que o departamento de TI se mova na velocidade da nuvem para atender às necessidades comerciais.

• A Fast IT cria recursos de processamento de última geração na borda da rede, capturando “dados em movimento” para insight contextual e tomada de decisão em tempo real. Esses dados, juntamente com análises e dados de infraestrutura, proporcionam à TI as ferramentas necessárias para transformar processos comerciais e experiências do usuário final.

• Com a Fast IT, ocorre a evolução da segurança para uma abordagem mais voltada para plataforma em que a visibilidade aumenta em todos os domínios, dispositivos, aplicativos e serviços da infraestrutura, possibilitando proteção antes, durante e depois dos ataques. As políticas protegem usuários e dados.

Com a implementação do modelo de Fast IT, a TI pode conquistar 20 a 25% de redução nos custos. Essa economia pode ser reutilizada para contemplar novos recursos, liberando a TI para inovar e se tornar um parceiro confiável das linhas de negócios, alavancando os resultados comerciais. Essa evolução permitirá mais agilidade na transformação comercial. Além disso, através da conexão de pessoas, processos, dados e coisas, ela criará uma empresa preparada para competir na economia da Internet de Todas as Coisas (IoE).

Resultados do estudo

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Introdução: A Internet de Todas as CoisasNão importa qual seja o setor, a inovação revolucionária é galopante. E a revolução competitiva tornou-se uma constante. Nessa nova realidade, é muito provável que a maior ameaça para sua empresa não venha de adversários habituais. Ela pode ser preparada em uma garagem e executada por uma pequena empresa iniciante. Ou surgir a partir de uma empresa que parecia consolidada em outro setor.

A digitalização da empresa está a todo vapor e está se desenrolando no cenário competitivo de quase todos os setores da economia. Nessa atmosfera de perturbação generalizada, toda firma deve ser altamente inovadora e ágil para responder rapidamente às demandas comerciais em transformação. Em resumo, a Internet mudou, as empresas estão mudando e a TI precisa mudar. O fator determinante por trás dessa transformação de longo alcance é a próxima onda da Internet, a Internet de Todas as Coisas (IoE). A IoE representa uma explosão na conectividade entre pessoas, processos, dados e coisas (http://internetofeverything.cisco.com/). A Cisco prevê que o número de “coisas” conectadas no mundo saltará de cerca de 13 bilhões atualmente para mais de 50 bilhões em 2020. E, à medida que esses “recursos obscuros” forem sendo “iluminados” com a conectividade de rede e que pessoas, processos e dados se conectem de novas maneiras, uma mudança sem precedentes será a regra para praticamente todas as firmas. Isso, por sua vez, gerará encargos sem precedentes para a TI.

A IoE e a ideia de “conectar o que funcionava antes de maneira independente” apresentam oportunidades econômicas impressionantes. A Cisco estima que a receita adicional total relacionada à IoE nos próximos 10 anos seja de US$ 19 trilhões (http://bit.ly/N090Dc). São US$ 14,4 trilhões em empresas do setor privado e outros US$ 4,6 trilhões no setor público. A receita adicional total inclui o novo valor líquido gerado (ou seja, criando mercados que antes não podiam existir) e uma migração orientada pela IoE no valor (41% do total). Em outras palavras, o valor passa dos perdedores para os vencedores.

A IoE oferece uma oportunidade excepcional − e uma necessidade imperativa − de acelerar a inovação. A capacidade de aproveitar as transições de tecnologia que formam a IoE (nuvem, mobilidade, mídia social, análise, segurança, a Internet das Coisas [IoT]) definirá os vencedores da próxima década.

A necessidade de velocidade: Fast IT A Fast IT é o modelo operacional da TI para a era da IoE. É disso que o CIO precisa para realizar a transformação comercial. É uma abordagem da TI que reduz a complexidade geral e aumenta a velocidade do serviço com um nível alto de segurança. A Fast IT transforma e simplifica as operações da TI, tornando-as mais inteligentes e seguras (veja a Figura 1). Ela combina essa capacidade com as mudanças organizacionais necessárias para atender às demandas aceleradas das linhas de negócios (LoBs), ou seja, vendas, marketing, RH, finanças, pesquisa e desenvolvimento, e assim por diante.

Resultados do estudo

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A Internet de Todas as Coisas oferece uma oportunidade excepcional e uma necessidade imperativa de acelerar a inovação dos departamentos de TI.

Figura 1. Os três pilares da Fast IT.

Fonte: Cisco Consulting Services, 2014

A grande questão: Como a TI pode acelerar a inovação? Para entender até que ponto os departamentos de TI contribuíam para essa transformação − desempenhando o papel estratégico de facilitadores da inovação − e que fatores os impediam, a Cisco realizou uma pesquisa diversificada. Nós convidamos a Global Market Insite (GMI), uma divisão da Lightspeed Research, para realizar uma pesquisa global ampla sobre os impactos da IoE no papel da TI e até que ponto os recursos da Fast IT definidos acima foram abordados sob uma perspectiva de estratégia e de arquitetura. Mais de 1.400 líderes de TI seniores de uma combinação representativa de mercados verticais foram entrevistados no Brasil, na Alemanha, na Índia, no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Essa pesquisa quantitativa foi complementada por um programa de entrevistas detalhadas com indivíduos renomados da TI (principais analistas do setor, autores, acadêmicos, executivos de TI e os próprios profissionais) sobre como a infraestrutura de TI, a economia de TI e as dinâmicas organizacionais estão mudando. Somos muito gratos pelas contribuições dadas a essa pesquisa por Jaime Capella, diretor geral da Corporate Executive Board (CEB); Rebecca Jacoby, vice-presidente sênior e chefe de segurança da Cisco; Zeus Kerravala, principal analista da ZK Research; Bob Laliberte, analista sênior da Enterprise Strategy Group (ESG); Steve Lucas, presidente da SAP Platform Solutions; Padmasree Warrior, diretora de tecnologia e estratégia da Cisco; Dr. George Westerman, pesquisador da Initiative on the Digital Economy na MIT Sloan; e J.B. Wood, presidente e CEO da Technology Services Industry Association.

Por fim, nós assimilamos as lições aprendidas nas dezenas de interações realizadas pela Cisco Consulting Services a respeito da Internet de Todas as Coisas. Essas três “lentes” proporcionaram uma visão ampla do estado dos departamentos de TI, suas operações e infraestrutura, sua relação com os executivos empresariais com quem têm parceria e as mudanças necessárias para terem sucesso no mundo da IoE.

Resultados do estudo

O estudo da Fast IT entrevistou 1.400 líderes de TI em uma combinação representativa de setores nas cinco principais economias. Essa pesquisa quantitativa foi complementada por ideias dos indivíduos mais renomados do setor.

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Resultados do estudo

Nuvem, Big Data e outros fatores determinantes da IoE criam oportunidades para inovação, mas a complexidade adicionada por eles pode ser prejudicial.

Principais desafios para o CIO A IoE está sobrecarregando a complexidade da TI e, consequentemente, os desafios da TIA IoE representa a convergência de várias transições de tecnologia, como nuvem, mobilidade, mídia social, análise, segurança e a Internet das Coisas. Elas criaram novas oportunidades, mas também revelaram novos desafios. Embora a complexidade da TI sempre tenha apresentado um alto nível, a IoE está sobrecarregando essa complexidade. Vemos isso quando os usuários empresariais ignoram a TI para utilizar seus próprios dispositivos (BYOD), juntamente com serviços e aplicativos terceirizados (X como um serviço, BYOX), como parte do fenômeno maior da consumerização. Os usuários empresariais desejam inovar e querem fazer isso em uma velocidade proporcional com as pressões competitivas e as demandas por mudança que eles enfrentam.

Os entrevistados da nossa pesquisa de TI estão sentindo o peso da complexidade cada vez maior: 80% veem a IoE como um desafio “importante” ou “muito importante” para suas empresas. Contudo, essa crescente complexidade implica no declínio da eficácia de estratégias e táticas convencionais de TI. A TI não pode simplesmente continuar a adicionar outro servidor ou outro funcionário em tempo integral para atender aos requisitos de desenvolvimento ou às expectativas de serviço da era da IoE. Além disso, certamente não pode continuar fazendo isso de um modo que controle os custos. Como os departamentos financeiros mantêm os orçamentos de TI fixos (ou pior, os reduzem), a expansão incremental de capacidade e recursos de TI não é adequada nem prática.

Ao mesmo tempo, a relação com os fornecedores de TI está sendo subvertida e os modelos de disponibilização de serviços de TI estão sendo separados, levantando perguntas básicas sobre a função do CIO e do departamento de TI. Segundo J. B. Wood, presidente e CEO da Technology Services Industry Association e coautor de B4B: How Technology and Big Data Are Reinventing the Customer-Supplier Relationship: “Na minha opinião, haverá uma grande reinvenção de ‘quem faz o quê’ na cadeia de valores entre os recursos possíveis de uma parte da tecnologia e os resultados comerciais que os clientes desejam obter .... Isso ocorre na camada de infraestrutura, e mais ainda na camada de aplicativo”.

Os aplicativos são o oxigênio da empresa (mas podem sufocar a TI)A proliferação, a criticidade e a interdependência dos aplicativos estão aumentando consideravelmente. Além disso, números recentes indicam que os downloads de aplicativos chegarão a 138 bilhões no mundo inteiro somente em 2014 (Gartner, setembro de 2013, http://gtnr.it/18meXDN). Os aplicativos não são mais fixos e baseados no local. Agora eles estão na nuvem móvel e precisam ser seguros e acessíveis de qualquer lugar, em qualquer dispositivo. Esses fatores estão sendo combinados para intensificar a complexidade da TI na era da IoE.

Assegurar a integridade do aplicativo − seja em termos de disponibilidade, desempenho, segurança ou experiência do usuário − é um papel cada vez mais fundamental para a TI. Independentemente de serem funcionários administrativos ou operários, os usuários esperam flexibilidade, velocidade e desempenho nos aplicativos que agora funcionam como o kit de ferramentas essencial para o modo como eles realizam seu trabalho.

Nesse contexto, um dos maiores desafios de aplicativo que os departamentos de TI enfrentam é provisionar aplicativos empresariais em escala. No mundo inteiro, os

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Para obter mais informações, acesse:http://cs.co/jbwood

Resultados do estudo

entrevistados da nossa pesquisa classificaram, em média, essa questão como 7,5 de 10 (onde 10 representa um “desafio muito importante”). Entretanto, no modelo da Fast IT, o tempo necessário para provisionar um aplicativo empresarial pode cair de meses para minutos (“clique para implementar”), permitindo que o departamento de TI se mova na velocidade da nuvem. Esse recurso de provisionamento sem intervenção tem grandes implicações no modo como as empresas aproveitam a funcionalidade do aplicativo e no ritmo no qual as inovações (decisões, experiências, serviços, procedimentos e fluxos de trabalho novos e melhores) podem ser apresentadas.

Os aplicativos também estão exercendo impacto direto na infraestrutura de TI. Conforme observado por Padmasree Warrior, diretora de tecnologia e estratégia da Cisco em nossa entrevista, na era da IoE, a infraestrutura precisa oferecer funcionalidade, como política, qualidade de serviço, priorização do tráfego, e assim por diante. Ela deve otimizar todos os recursos para satisfazer às necessidades do aplicativo em um contexto de negócios específico.

Uma parte essencial disso é o que Warrior chama de “foco em aplicativos”, ou seja, a capacidade de um aplicativo expor seus requisitos para a infraestrutura de TI e fazê-la responder dinamicamente com o que for apropriado em termos de armazenamento, computação, recursos de rede, qualidade de serviço, segurança, etc.

Como afirmou Bob Laliberte, analista sênior da Enterprise Strategy Group, está em andamento uma mudança de paradigma para o provisionamento de aplicativos. “No passado, era aquela abordagem de cascata, em que você começava com uma demanda de aplicativo que levava a requisitos de servidor, que levava a requisitos de rede, que levava ao armazenamento − tudo em série. E isso levava muito tempo. As empresas estão procurando automatizar o maior número possível de processos manuais para reduzir a duração das janelas individuais”.

Contudo, a falta de capacidade da TI de implantar e gerenciar aplicativos e de gerenciá-los com rapidez reprimirá a inovação e criará um empecilho à agilidade. Além disso, se a TI não evoluir, os usuários empresariais buscarão em outro lugar o provisionamento rápido dos serviços e dos aplicativos de que precisam.

As linhas de negócios tomam as rédeas da TIA pesquisa da Cisco confirma que quase metade (46%) do gasto total de TI ocorre fora dos limites do departamento de “TI corporativa” (veja a Figura 2). Nossos entrevistados sabem que as despesas da chamada “TI invisível” (a parte dos 46% que ocorrem longe dos olhos do departamento de TI) surgem, em parte, quando a função da TI não atende às necessidades comerciais ou não implanta soluções com a rapidez necessária, o que eles mencionam como os principais fatores determinantes dos gastos de TI invisível nas linhas de negócios. Mas a TI invisível está se tornando visível porque os usuários não estão obtendo da TI as soluções comerciais de que necessitam (ou as experiências que desejam) no prazo que torna um determinado recurso valioso.

Proibir os gastos diretos da TI invisível é inútil e indesejável; inútil por não ser tão generalizado e indesejável porque prejudica artificialmente as novas abordagens e soluções. Conforme relatado pelo Dr. George Westerman da Initiative on the Digital Economy na MIT Sloan em nossa entrevista, os líderes de TI devem encarar os gastos e a consumerização da TI “como um sinal”.

A “TI invisível” está se tornando visível porque os usuários não estão obtendo da TI as soluções comerciais de que necessitam (ou as experiências que desejam) dentro do prazo que torna um determinado recurso valioso.

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Para obter mais informações, acesse:http://cs.co/blaliberte

Para obter mais informações, acesse:http://cs.co/gwesterman

Resultados do estudo

Figura 2. Os gastos da TI nas empresas, por grupos com TI e sem TI

Fonte: Cisco Consulting Services/GMI, abril de 2014

O destaque cada vez maior da consumerização de TI exige um novo modelo para o gerenciamento de riscos de TI. Como observou a CIO Rebecca Jacoby, muitas vezes a empresa “não entende os riscos que está de fato assumindo”. Cabe à TI estruturá-los de modo que a empresa compreenda a natureza e a dimensão do risco associado à adoção de uma determinada tecnologia. Depois, em conjunto, a empresa e os líderes de TI poderão tomar decisões conscientes sobre como e onde as ferramentas específicas se enquadram nas metas e nas estratégias gerais.

Os líderes de TI precisam se aproximar mais da empresa quanto às suas prioridades e seu direcionamento futuro para gerar e promover um novo nível de envolvimento com os líderes da empresa. Na era da IoE, cada empresa deve pensar como uma empresa de tecnologia. Segundo Jaime Capella da CEB, tecnologia não é problema só da TI, assim como talento não é responsabilidade exclusiva do RH. A TI permeia todos os aspectos da empresa. Capella afirmou que, na pesquisa de 2014 da CEB em todas as áreas funcionais (ou seja, não apenas na TI), três quartos da programação da diretoria gira, de alguma forma, em torno da tecnologia. Esse é o contexto para uma parceria reinventada entre a TI e a linha de negócio em que a inovação é uma responsabilidade compartilhada.

A orquestração de serviços é a “baleia branca” dos CIOsEm março de 2013, a Cisco, em parceria com a Intel, realizou uma pesquisa com líderes de TI sobre o impacto da nuvem no ciclo de vida do consumo de TI. Os entrevistados dessa pesquisa (http://bit.ly/1eA00KL) registraram um claro consenso (76%) na ideia de que os departamentos de TI estavam evoluindo para serem agentes (ou “orquestradores”) de serviços, aplicativos, experiências e novos recursos em nome da empresa. Um ano depois, fizemos a mesma pergunta aos entrevistados. Atualmente, a porcentagem que concorda “um pouco” ou “plenamente” é de 90% (veja a Figura 3).

Tecnologia não é problema só da TI, assim como talento não é responsabilidade exclusiva do RH.

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Para obter mais informações, acesse:http://cs.co/rjacoby

Para obter mais informações, acesse:http://cs.co/jcapella

Figura 3. A tendência voltada a um modelo orquestrador de serviços.

Fonte: Cisco Consulting Services/GMI, abril de 2014

Na realidade, os CIOs compreenderam a necessidade de diminuir a complexidade e se concentrar na capacitação da empresa para muitos anos. Mas a maioria ainda tem um longo caminho a trilhar antes que eles ou seus departamentos sejam considerados orquestradores de serviços. Os líderes de TI da nossa última pesquisa reconheceram que a principal área em que estão aquém das expectativas do restante da empresa é a geração de inovação comercial. Isso é revelador, pois a inovação comercial é um resultado primordial da boa orquestração de serviços. Surpreendentemente, ao investigarmos sobre qual estilo de orquestração de serviços seria mais importante para o sucesso da empresa no futuro, os entrevistados indicaram funções com maior valor focadas em engajamento e inovação. Essas funções vão além da mediação de serviços básica (por exemplo, manutenção de catálogos de serviços, “terceirização estratégica”) ou da atuação como guardião de políticas e normas (veja a Figura 4), embora esses itens inegavelmente façam parte da equação.

Figura 4. Visualização do papel de orquestrador de serviços.

Fonte: Cisco Consulting Services/GMI, abril de 2014

Resultados do estudo

Os líderes de TI reconhecem a necessidade de assumir o papel de orquestradores de serviços, mas são impedidos pela infraestrutura cara, complicada e sem segurança adequada.

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Isso levanta uma questão: se os líderes de TI reconhecem a necessidade de mudar para um modelo orquestrador de serviços, por que não estão fazendo essa transição? Por que os departamentos de TI estão aparentemente parados no tempo, apesar de seus melhores esforços? Acreditamos que haja um motivo principal para eles não conseguirem fazer essa transformação: porque estão sobrecarregados com uma infraestrutura de TI que é cara, complicada e, acima de tudo, inflexível.

Fast IT: o caminho a seguir A IoE exige um novo modelo operacional de TIAs mudanças na tecnologia podem comportar a evolução da parceria entre a TI e a linha de negócios de maneiras cruciais. Um total de 90% dos entrevistados concorda que os modelos de infraestrutura de TI “ágil” (definidos para os entrevistados como contendo os principais conceitos da Fast IT, como automação e programabilidade) são o caminho para o futuro (veja a Figura 5). Entre os entrevistados, 57% também consideram um modelo de infraestrutura de TI ágil como “muito importante” para o futuro da sua empresa. Outros 37% o chamaram de “pouco importante”.

Contudo, Zeus Kerravala, da ZK Research, compartilhou um problema básico das infraestruturas que não são ágeis. A pesquisa mais recente da sua firma indica que as compras de TI dedicam agora até 80% do gasto total de TI para “manter o funcionamento” (ou seja, manter os sistemas atuais), com uma piora na linha de tendência nos últimos anos. Muitos outros pesquisadores e analistas do setor apontaram números semelhantes. Esse bloqueio no gasto de TI conduz a inovação para as margens do portfólio de TI, deixando muito pouco orçamento ou capital humano para gerar resultados melhores para a empresa.

Figura 5. Mudança na agilidade da infraestrutura.

Fonte: Cisco Consulting Services/GMI, abril de 2014

Todo esforço para realizar a transformação da TI fracassará se os desafios fundamentais da complexidade não forem solucionados. Padmasree Warrior, da Cisco, ressalta que “a infraestrutura de TI no futuro deve ser muito mais programável, automatizada e orquestrada e ter a capacidade de unir a infraestrutura física à virtual”.

Resultados do estudo

Todo esforço para realizar a transformação da TI fracassará se os desafios básicos da complexidade não forem solucionados.

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Para obter mais informações, acesse:http://cs.co/zkerravala

Para obter mais informações, acesse:http://cs.co/pwarrior

Isso requer não só a convergência da infraestrutura, como também a sua unificação. Qual é a diferença?

Convergência significa reunir mídias e serviços distintos em uma única infraestrutura para compartilhar recursos e interagir entre si. Quando nós convergimos a infraestrutura de voz e vídeo ou a infraestrutura com e sem fio, possibilitamos a integração de informações e transmissão e consumo mais contínuos. Em contrapartida, a unificação da infraestrutura envolve bridging de domínios de TI (rede, computação, armazenamento e segurança) para criar estrutura e arquitetura unificadas, de modo que a orquestração de recursos e a automação de tarefas possam ser realizadas nos domínios e nos recursos físicos e virtuais. Isso viabiliza um modelo mais holístico para o gerenciamento da infraestrutura de TI, capaz de reduzir consideravelmente os custos e melhorar a agilidade, resultando em menor TCO, provisionamento mais rápido e maior inovação.

A Fast IT aborda essas questões de frente ao mover o gerenciamento da infraestrutura para cima da pilha e enfatizar uma construção baseada em políticas para o gerenciamento da arquitetura e do ciclo de vida da TI. Usando um modelo “controlador” de políticas, os departamentos de TI podem começar a explorar talvez o maior valor associado à infraestrutura definida por software (seja rede, armazenamento ou computação): a capacidade de programação. Os departamentos de TI precisam parar de codificar a infraestrutura de TI em uma base ad hoc e manual toda vez que desejarem tomar uma ação na empresa. Isso é um trabalho intenso, não escalável e altamente propenso a erros. Em vez disso, a TI precisa de uma arquitetura mais elástica que destaque as regras de negócios e a repetibilidade, juntamente com um modelo de gerenciamento no nível do sistema que ofereça visibilidade e capacidade aperfeiçoada de descoberta de ponta a ponta. Isso aproxima a TI do que é chamado “único painel” para gerenciar e realizar mudanças proativas (e não orientadas por evento) em recursos de TI.

A seguir, faremos um detalhamento de algumas das principais tecnologias relevantes para a Fast IT, principalmente nuvem, análise e segurança.

Uma “estrutura de nuvens” oferece a plataforma para a mudançaA nuvem é um elemento fundamental na história da Fast IT. Conforme observado por nossos renomados entrevistados, o modelo dominante do futuro se baseará nas infraestruturas de nuvem híbrida, de fato uma “estrutura de nuvens”. Isso incluirá virtualização dentro ou fora do local, instalada diretamente no hardware (bare metal) e hospedada e uma combinação de nuvem privada com nuvem pública, com cargas de trabalho e tarefas de infraestrutura que mudam como garantia das condições comerciais (aplicativo). A nuvem privada e a nuvem pública, por exemplo, têm seu próprio apelo econômico, operacional e estratégico, e os melhores departamentos de TI se dedicarão a aproveitá-las ao máximo, utilizando um ecossistema com diversos recursos de nuvem e parceiros de disponibilização de serviços. A maioria das empresas de grande porte − e até empresas de pequeno e médio porte − irão operar um ambiente de TI cada vez mais complexo, formado por muitos modelos de consumo diferentes e vários fornecedores externos, abrangendo toda a pilha de TI. O objetivo principal é acessar o modelo de nuvem ideal para qualquer desafio empresarial, à medida que surgirem.

Entretanto, os entrevistados da pesquisa da Cisco ressaltaram que sua capacidade de obter valor da nuvem e de novos aplicativos é prejudicada atualmente pelo estado das

Resultados do estudo

A nuvem privada e a nuvem pública têm seu próprio apelo econômico, operacional e estratégico, e os melhores departamentos de TI se dedicarão a aproveitá-las ao máximo.

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redes corporativas (veja a Figura 6), com mais de dois terços concordando “plenamente” ou “um pouco” que não estão aproveitando ao máximo o valor da nuvem.

Figura 6. O impacto da rede na capacidade de obter valor da nuvem.

Fonte: Cisco Consulting Services/GMI, abril de 2014

Esses desafios só vão aumentar à medida que a mobilidade e a nuvem se ajustam em relação ao modo como os usuários finais experimentam e usam serviços de TI. Com a IoE “conectando o que antes funcionava de forma independente”, novos formatos de dispositivo móvel como os que podem ser vestidos e as tecnologias sensoriais integradas entrarão nas tendências predominantes. Consequentemente, veremos um aumento na demanda por aplicativos em nuvem, armazenamento, processamento, segurança e muito mais quando as expectativas dos usuários e os requisitos de recursos superarem as capacidades de dispositivos individuais.

A nuvem móvel libera os usuários da organização rígida de trabalho. Para a TI, isso significa possibilitar colaboração, compartilhamento de dados e provisionamento de recursos de TI seguros em uma arquitetura distribuída e extensível de dispositivos, aplicativos e entidades de serviço. A capacidade de mudar cargas de trabalho em uma estrutura de conexões baseada em nuvem híbrida, mantendo uma política coerente e assegurando a conformidade regulamentar, a confidencialidade e a segurança, servirá de base para uma nova plataforma com melhor disponibilização de serviços, maior produtividade e agilidade comercial.

A Fast IT é o modelo para gerenciar essa complexidade de nuvem, escolhendo a melhor opção para uma determinada circunstância e depois mudando as cargas de trabalho e provisionando os recursos com a rapidez necessária. Segundo Rebecca Jacoby, da Cisco: “A funcionalidade principal é a capacidade de migrar o recurso adequado para a necessidade de modo automatizado”.

A inteligência ‘na borda da rede’ permite negócios em tempo realTodos esses dispositivos e sensores conectados através da nuvem móvel vão gerar uma enxurrada de dados. Isso nos leva a outro elemento principal da Fast IT: análise.

As firmas devem aproveitar os dados quando e onde for necessário. O data warehouse empresarial tem seu papel na estratégia de TI, mas, no ambiente atual, a toda sedutora

Resultados do estudo

A capacidade de mudar cargas de trabalho em uma estrutura de conexões baseada em nuvem híbrida, mantendo uma política coerente e assegurando a conformidade regulamentar, a confidencialidade e a segurança, servirá de base para uma nova plataforma com melhor disponibilização de serviços, maior produtividade e agilidade comercial.

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“fonte única de informações” às vezes imobiliza os departamentos de TI na geração de inovação, com profundo impacto nos negócios. Isso se dá especialmente no que se refere à capacidade de aproveitar o Big Data.

Na Cisco, fazemos uma distinção entre “dados armazenados” e “dados em movimento”. O primeiro tipo se refere aos dados que foram coletados, retornados para um data warehouse ou para a nuvem e já estão prontos para serem usados pelos analistas da empresa. Os dados armazenados, quase por definição, implicam nos dados históricos, porque há latência considerável no tempo que leva para capturar, transmitir e analisar as informações em vários saltos na rede. Os “dados em movimento” são as informações em tempo real que ficam na “borda” da rede, em dispositivos móveis, lojas, linhas de montagem e contextos clínicos. Ambos têm usos e valor. Os dados armazenados são adequados principalmente para insights baseados em padrões, correlação, etc. e para tomar decisões voltadas para o futuro sobre operações. Os dados em movimento estão relacionados à obtenção de oportunidades que são passageiras por natureza.

Essa é a nova fronteira competitiva para as firmas na era da IoE. Os dados em movimento possibilitam que as empresas disponibilizem processos, produtos e serviços transformadores funcionando em tempo real. Mudando alguns recursos e análises (não necessariamente todos) para a borda da rede, incorporando inteligência a dispositivos de rede e utilizando uma abordagem computacional de “neblina” (muitas vezes em conjunto com uma arquitetura de nuvem, visto que não precisam ser alternativas concorrentes), a empresa pode responder aos eventos que surgirem.

Com a Internet das Coisas (uma rede de objetos físicos acessados pela Internet; um subconjunto da IoE), geralmente é mais eficaz processar os dados localmente (processo conhecido como “inteligência na borda da rede”) e transmitir apenas os dados importantes. Isso gera uma economia nos custos com largura de banda e transmissão, além de preparar o caminho para a combinação de arquiteturas altamente distribuídas com análise avançada que cria a possibilidade de “autoaprendizagem”, aprimorando a segurança e o desempenho da rede.

A compatibilidade com muitos sensores de baixa potência e altamente remotos que esporadicamente enviam dados é uma proposta muito diferente para a maioria das lojas de TI. Mas a rede também é absolutamente vital para maior capacitação da empresa, pois gera transparência na operação inteira, até no dispositivo de usuário final, no ponto de acesso ou no ponto de contato com o cliente. Isso possibilita outro nível de tomada de decisão com valor agregado, que traz informações, por exemplo, para um profissional de marketing de marca que faz uma oferta inteligente e no local a um cliente que contempla um item no corredor da loja ou para um gerente de fábrica que avalia se deve alterar o cronograma da produção. Os serviços de TI em tempo real e com reconhecimento de contexto viabilizarão o novo campo de batalha para notoriedade dos clientes e para produtividade dos funcionários.

Isso é extremamente importante, e não apenas do ponto de vista de arquitetura de rede. Conforme observado por Steve Lucas, presidente da SAP Platform Solutions, em nossa conversa sobre a Fast IT, o Big Data talvez seja a área em que a TI pode desempenhar o papel mais importante na inovação comercial. Um departamento de RH, por exemplo, aproveitará os terabytes de dados não estruturados (como vídeo e mídia social) da rede corporativa e de armazenamentos de dados da empresa sem o envolvimento da TI? Mesmo se a equipe de RH for fluente em Hadoop e usar os cartões de crédito

Resultados do estudo

Os serviços de TI em tempo real e com reconhecimento de contexto viabilizarão o novo campo de batalha para notoriedade dos clientes e para produtividade dos funcionários.

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da empresa para contratar um fornecedor de “X como um serviço” para reduzir os números ou criar relatórios analíticos deles, é provável que a TI seja acionada para que isso seja viabilizado. De fato, a inovação empresarial possibilitada pela TI dessa maneira é saudável, e essa divisão de trabalho deve ser incentivada. Como uma instanciação desse conceito, Lucas ressalta a noção de um centro de análise de excelência oferecer conhecimentos, treinamento e escala quando necessário.

A TI deve ser vista como um recurso de comercialização para a introdução de novos recursos baseados em dados. Caso contrário (ou pior, se for considerada como um impedimento), isso deverá ser visto como um sinal de alerta de uma parceria defeituosa da TI com a linha de negócios, o que exige a atenção dos líderes mais experientes.

Na era da IoE, o perímetro de segurança está em constante expansãoHoje em dia, quando uma empresa enfrenta uma grave violação de segurança, isso pode gerar o pior tipo de manchete e arruinar a fidelidade do cliente, da noite para o dia. Sendo assim, a segurança é evidentemente um alicerce da Fast IT.

O modelo de segurança da empresa dos últimos 10 anos foi marcado por dois princípios fundamentais. Primeiro, a segurança foi centrada nos melhores aplicativos e dispositivos da categoria: soluções para firewall, para segurança de rede, para segurança de dados, para segurança de conteúdo, e assim por diante. Segundo, a segurança foi “baseada no perímetro”, o que significa que as empresas protegeram o dispositivo final e o servidor, e reagiram a (ou seja, reconheceram) invasões ou ameaças, como vírus ou ataques de negação de serviço.

Mas quando nós conectamos o que antes funcionava de forma independente com a IoE, colocando aplicativos na nuvem móvel, introduzindo novos dispositivos que disponibilizam modalidades de trabalho inovadoras para funcionários, aproveitando sensores e comunicação máquina a máquina para monitorar equipamentos, inevitavelmente surgem novos pontos de entrada para ameaças à segurança. Na Cisco, costumamos fazer referência ao “cenário de ataque” cada vez maior relacionado a essas novas conexões. Quando os dois mundos da TI e da tecnologia operacional (TO) se cruzam, há muito mais oportunidades para contaminação cruzada e novas vulnerabilidades de segurança.

Com a propagação de novos dispositivos conectados e a crescente sofisticação dos ataques, essas duas estratégias são cada vez menos sustentáveis. As melhores soluções não podem mais ser independentes. E com tantos dispositivos, tantas conexões e tantas informações amplamente distribuídas, não há perímetro de segurança. Com a Fast IT, ocorre a evolução da segurança para uma abordagem mais voltada para plataforma em que todos os domínios, dispositivos, aplicativos e serviços da infraestrutura são misturados e integrados por interfaces de programação de aplicativos (APIs) para proporcionar maior inteligência, automação e eficácia na detecção de ameaças. Uma infraestrutura de TI ágil e orientada por políticas pode detectar e manter em quarentena os ataques cibernéticos antes que eles causem danos graves. É o que chamamos de detecção automática de ameaças. A análise é um elemento fundamental, que oferece a capacidade de avaliar a confidencialidade ou o valor das informações para a empresa e de definir a política de segurança de acordo: dinamicamente.

Ao considerar as futuras estratégias da TI, a segurança é uma grande preocupação na mente dos entrevistados da nossa pesquisa. Dentre os entrevistados, 73% esperam

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Com a Fast IT, ocorre a evolução da segurança para uma abordagem mais voltada para plataforma em que todos os domínios, dispositivos, aplicativos e serviços da infraestrutura são misturados e integrados por interfaces de programação de aplicativos (APIs) para proporcionar maior inteligência, automação e eficácia na detecção de ameaças.

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um aumento na gravidade das ameaças à segurança nos próximos dois anos. Entre os principais desafios de aplicativo, a maioria dos entrevistados mencionou as ameaças à segurança (49%). Entre os maiores desafios de data center, segurança/privacidade também eram um fator determinante de acordo com 52%. Por fim, uma grande porcentagem dos entrevistados reconheceu os benefícios para a segurança de um modelo de Fast IT com base em plataforma, especificamente a capacidade da rede de detectar e manter em quarentena os ataques antes que eles causem mais danos. Na preparação para a maior conectividade da IoE, 67% encaram a Fast IT como “muito importante”, e outros 30% a consideram “um pouco importante”.

A TI não pode se dar ao luxo de ser vista como o “departamento do não”A IoE não se trata apenas de dados e coisas. Ela também envolve pessoas e processo. E a Fast IT possibilita a transformação em todos os aspectos da função da TI.

Os departamentos de TI não podem aproveitar plenamente a mudança da infraestrutura sem efetuar algumas modificações necessárias no próprio funcionamento da empresa, principalmente se precisarem desempenhar um papel ampliado de parceria e comportar a inovação em toda a empresa. Muitos indivíduos renomados do setor de TI identificaram a cultura e a liderança como os componentes mais essenciais dessa mudança. Eles entendem a transformação da TI como uma jornada, e não como uma evolução em uma única etapa, e encaram esse desafio pelas lentes do gerenciamento de mudanças.

Da mesma forma que a Fast IT envolve bridging de domínios da infraestrutura de TI, os departamentos de TI também estão organizados tradicionalmente em silos de tecnologia: o pessoal de data center, o pessoal de rede e o pessoal de aplicativo. (Por exemplo, pense em como notas de problemas são enviadas para equipes de TI individuais, todas treinadas para disponibilizar um tipo de suporte específico aos usuários finais.) Embora isso possa ser benéfico em termos de estimular os conhecimentos ou promover a camaradagem entre especialistas (“diga-me com quem andas e te direi quem és”), essa tendência também pode servir para reduzir os impactos na TI. A predominância e a aceitação cultural de chaminés funcionais também precisam mudar à medida que os serviços e os ativos de TI se tornam mais dinâmicos e integrados. De fato, conforme a virtualização, a multilocação, a nuvem e os modelos de malha unificada forem sendo disponibilizados, esses recursos de TI atenderão cada vez mais a finalidades variadas.

Da perspectiva do gerenciamento de mudanças, isso representa uma montanha considerável a escalar, envolvendo novas funções e responsabilidades, novas métricas de desempenho e a necessidade de adquirir novas habilidades (técnicas e pessoais, como tino comercial e colaboração) e de se envolver com a empresa de novas maneiras.

Como os líderes de TI se envolvem com a empresa de novas maneiras? É comum a TI ser encarada como o “departamento do não”. Esse não é um bom apelido. A maioria dos CIOs reconhece a necessidade de evoluir nesse sentido, mas, ao mesmo tempo, precisam gerar uma mudança cultural completa. Zeus Kerravala, da ZK Research, resumiu o estado da cultura de TI da seguinte maneira: “Culturalmente, os departamentos de TI costumam ficar presos a hábitos como ‘Se não está quebrado, não conserte’ ou ‘Nós sempre fizemos assim’. Isso é muito perigoso. A tecnologia não para no tempo, assim como não deveria acontecer com os departamentos de TI. Os líderes corporativos e os líderes de TI precisam promover uma cultura de mudança”.

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Os CIOs devem liderar pelo exemplo, demonstrando uma mentalidade de “parceiro de serviços” para que inovações básicas possam prosperar.

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Isso não implica em um modelo de gerenciamento mais autoritário. Em vez disso, os CIOs devem liderar pelo exemplo, demonstrando uma mentalidade de “parceiro de serviços” para que inovações básicas (que são concebidas pela “multidão”, incluindo funcionários e clientes) possam prosperar. Isso requer premiar constantemente (e alinhar os principais indicadores de desempenho relacionados) a colaboração, as experiências, a inovação e a excelência na disponibilização de serviços, bem como comunicar por que essas mudanças são fundamentais para o desenvolvimento futuro da empresa.

Captação do “dividendo da IoE”A TI e a comunidade de fornecedores já conseguiram realizar o que só pode ser descrito como um trabalho heroico: diminuir o custo total de propriedade (TCO) em níveis históricos. Nos últimos anos, grande parte das melhorias de TCO veio em decorrência da automação, da terceirização e da virtualização. A rede definida por software (SDN) está surgindo como outra área de possíveis ganhos, embora a maturidade da tecnologia, os padrões, a segurança e a compreensão geral tenham atuado como travas.

Agora, outra onda de melhorias de TCO está próxima. A Cisco calcula uma melhoria de 20 a 25% nos custos de TI como resultado da Fast IT. Essa economia, chamada de “dividendo da IoE”, pode ser reutilizada para contemplar novos recursos empresariais. Como vimos, atualmente as empresas dedicam menos de 20% do total de gastos de TI a iniciativas voltadas para transformação, com a grande maioria dos orçamentos alocados para manutenção dos sistemas atuais. Dessa forma, a economia com a Fast IT equivale ao dobro da contribuição do departamento de TI para a “capacidade de inovação” geral da firma.

Nosso modelo econômico de Fast IT, produzido pela Cisco Consulting Services, analisou tanto experiências da Cisco na implantação dessa mudança organizacional e de infraestrutura como dados de terceiros sobre estruturas de custos da empresa. O dividendo da IoE provém de vários agregadores de valor, como a automação de tarefas de TI; a diminuição de despesas operacionais e a liberação de mão de obra para projetos mais estratégicos; o menor tempo para entrada no mercado de aplicativos (e maior diversidade de aplicativos); o provisionamento mais rápido de funcionários e parceiros de ecossistema; o maior tempo de atividade do aplicativo; e a redução no número de brechas de segurança. A Figura 7 demonstra como a Fast IT pode gerar quase US$ 60 milhões em benefícios financeiros para uma empresa típica com receita anual de US$ 5 bilhões.

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O dividendo da IoE equivale ao dobro da contribuição do departamento de TI para a “capacidade de inovação” geral da firma.

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Figura 7. Estimativas de impacto financeiro da Fast IT para empresa com receita anual de US$ 5 bilhões.

Fonte: Cisco Consulting Services, maio de 2014

Na era da IoE, a estratégia mais arriscada é ignorar a mudança ou ficar despreocupado. Um investimento na Fast IT oferece redução de custos e inovação mais rápida. Veja como funciona o dividendo da IoE:

Poupar para investir: a Fast IT reduz o TCO da infraestrutura de TI implementando recursos ágeis. Em vez de “envolver mais pessoas no problema”, a Fast IT permite aproveitar a economia para preencher as lacunas de habilidades na força de trabalho de TI atual.

Inovar para transformar: como vimos, a TI está respondendo a um vasto leque de novas demandas de usuários empresariais, em um momento em que os orçamentos de TI estão fixos. Mas a economia e a liberdade prometidas pela Fast IT possibilitam uma mudança nas prioridades da força de trabalho, que deixa de “manter o funcionamento” para se alinhar às necessidades da linha de negócios. A TI pode abrir o caminho para a inovação e organizar os serviços e os novos recursos com rapidez. Além disso, pode utilizar a nova flexibilidade nos recursos:

• ParasepararadisponibilizaçãodeserviçosdeTI,permitindoqueaTIadoteresultados comerciais e compartilhe a responsabilidade com as linhas de negócios

• ParacriarnovasexperiênciascombasenaIoE(parafuncionáriosouclientes)e estimular modelos comerciais inovadores (por exemplo, um fabricante de produto que aproveita a nuvem para oferecer serviços)

• Parausarumapartedonovovalorgerado(economia,receitapositiva,ganhodeparticipação de mercado) para reinvestir e aumentar o valor acionário

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A economia e a liberdade prometidas pela Fast IT possibilitam uma mudança nas prioridades da força de trabalho, que deixa de “manter o funcionamento” para se alinhar às necessidades da linha de negócios.

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Fast IT: um roadmap para transformar a interrupção em vantagem estratégica A última pesquisa da Cisco (http://bit.ly/1cezICz) e nossas conversas contínuas com os clientes sobre IoE revelaram que há três atributos essenciais para uma empresa preparada para IoE: ela deve ser 1) hiperantenada, 2) preditiva e 3) ágil. Essas são as características necessárias para a empresa inovar com mais rapidez e alcançar os resultados comerciais desejados, seja ampliar a participação de mercado, reduzir os custos com aquisição de clientes ou diminuir o tempo para entrada no mercado. O domínio desses três atributos vai definir quem ganha face à perturbação do mercado.

Agora, a TI deve responder. Mas por onde começar? O mais importante é que os departamentos de TI comecem a entender a infraestrutura de TI como um pool de recursos holísticos que pode − e deve − ser organizado para o lucro comercial. A TI fez grandes avanços na virtualização de servidores e agora vemos demandas maiores por virtualização de rede na forma de SDN. Mas os departamentos de TI não devem ficar tentados a criar novos silos definidos por software que imitem as “ilhas de infraestrutura” e não fazer nada para resolver a questão da complexidade, dos custos ou da segurança. Em vez disso, eles devem adotar as estruturas de fonte aberta para gerar integração. E não é “apenas” uma questão de data center. Afeta a rede de longa distância, o acesso, a mobilidade, a segurança, o armazenamento, a computação, os aplicativos, a política − a infraestrutura de TI em escala maior − e a capacidade de essa infraestrutura (física e virtual) atender a recursos em todos os pontos na rede.

Como vimos, há um claro consenso entre líderes de TI e observadores do setor de que está próximo um novo paradigma para infraestrutura, que dará suporte à TI em seu futuro papel de orquestradora de serviços. Porém, a TI precisa combinar a mudança de infraestrutura (dados e coisas) com a mudança organizacional (pessoas e processo) para cumprir sua nova missão: acelerar a inovação para o sucesso competitivo. Sem mudanças na arquitetura, os CIOs não podem apresentar um catálogo de serviços em nuvem e esperar saltos na capacitação ou “reinventar” a parceria da TI com a LoB. Essas estratégias devem se complementares. E ambas são indispensáveis (veja a Figura 8).

Figura 8. Transformação da TI para inovação rápida.

Fonte: Cisco Consulting Services, maio de 2014

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Os departamentos de TI não devem ficar tentados a criar novos silos definidos por software que imitem as “ilhas de infraestrutura” e não fazer nada para resolver a questão da complexidade, dos custos ou da segurança.

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Para gerar novas dinâmicas organizacionais e a transformação comercial, bem como criar um ambiente de TI que seja simples, inteligente e seguro, os líderes de TI devem estabelecer vários elementos importantes da infraestrutura. Entre eles estão:

• Permitir a capacidade de programação: proporciona a base para operações centralizadas no aplicativo, fornecendo inteligência e recursos para aplicativos conforme necessário e criando novas experiências personalizadas

• Dar suporte a automação e orquestração de serviços: traz uma abordagem unificada, com programação em software e funções de orquestração de serviços em domínios de TI, além de maior automação das tarefas de gerenciamento

• Criar política contextual: implementa políticas de acordco com a identidade e o contexto (localização, recurso, acesso) nos domínios visando gerenciamento simplificado e segurança dinâmica

• Aproveitar a inteligência: faz com que a infraestrutura reconheça aplicativos, com capacidade de programação capaz de responder dinamicamente a requisitos de aplicativos e fornecer inteligência a aplicativos para serviços mais inteligentes; implementa ferramentas para “inteligência na borda” da rede e análise de infraestrutura

• Gerenciar infraestrutura heterogênea de forma global: faz a ponte entre os recursos físicos/virtuais, móveis/fixos em todos os domínios da TI, dentro ou fora do local

• Automatizar a detecção de ameaças: protege a infraestrutura de TI e defende contra ameaças antes, durante e depois de ataques para gerenciar o risco e assegurar a continuidade dos negócios

A IoE apresenta grandes oportunidades para empresas que inovam com rapidez. Agora, uma quantidade inédita de empresas é capaz de inovar e conquistar uma enorme participação de mercado e substituir encarregados. Por maiores que sejam as oportunidades para inovadores rápidos, o nível de risco é igualmente grande para as empresas que ainda estão a passos lentos. As transições do mercado estão acontecendo com maior velocidade, e os vencedores estão conquistando tudo. (De acordo com a análise da Cisco de dados empresariais da Thomson Reuters, 32% das 500 maiores firmas classificadas mundialmente por receita foram substituídas entre 2001 e 2011. Acesse http://bit.ly/1eA0m3N para obter mais informações.)

O valor da IoE realmente está em jogo − ser gerado ou não, conquistado ou perdido. O departamento de TI nunca foi tão essencial para o futuro da empresa, pois a inovação na velocidade exigida pela IoE depende da capacidade da TI de disponibilizar recursos que possam ser implantados, dimensionados e personalizados instantaneamente. Levar meses para implementar novos aplicativos empresariais ou configurar manualmente a infraestrutura de TI para acomodar uma nova oferta deixaram de ser opções. As empresas simplesmente não têm mais tempo para esperar pela inovação, nem dinheiro para gastar em atividades sem retorno.

Os líderes de TI sabem disso e tentam transformar suas empresas de “cumpridoras de ordens” em orquestradoras de serviços que têm uma parceria estratégica com a empresa. Mas a infraestrutura de TI manual intensa e inflexível é um obstáculo no caminho. Como a IoE continua a adicionar mais complexidade à infraestrutura de TI de

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O departamento de TI nunca foi tão essencial para o futuro da empresa, pois a inovação na velocidade exigida pela IoE depende da capacidade da TI de disponibilizar recursos que possam ser implantados, dimensionados e personalizados instantaneamente.

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toda a empresa (mais sensores, dispositivos móveis, aplicativos, serviços em nuvem), o percentual de tempo gasto “mantendo o funcionamento” somente aumentará, assim como o “tempo para capacitação” disponibilizado pelo departamento de TI.

A IoE muda o cálculo das operações de TI e derruba abordagens testadas e comprovadas para gerenciar complexidade em ambientes de TI da empresa. Segundo Bob Laliberte da ESG, com a IoE, “não haverá dedos suficientes para colocar na represa para reter a 'água', a inundação de informações que está se aproximando e atravessando a rede. Portanto, as empresas realmente precisam pensar nessa próxima geração de tecnologia inovadora − o nível de capacidade de programação, o nível de automação e orquestração de serviços − que vai lhes permitir prosperar”.

A Fast IT fornece capacidade de programação, automação e orquestração de recursos, acelerando a inovação ao diminuir a complexidade na infraestrutura de TI. A interrupção deixa de ser um desafio e passa a ser uma vantagem estratégica quando a Fast IT simplifica o ambiente de TI e libera a TI de seus encargos atuais.

Agradecimentos Pelas várias contribuições para esta pesquisa, agradecemos a Joel Barbier, Mahvish Bari, Lauren Buckalew, Andy Capener, Gerod Carfantan, Lindsay Cunningham, Kevin Delaney, Amitabh Dixit, Paul Golden, Jim Grubb, Tyson Hunter, Kevin Jackson, Shaun Kirby, Martin McPhee, Melissa Mines, Stephen Miter, Lauren Moran, Bob Moriarty, Ewan Morrison, Teresa Moye, Andy Noronha, Christina Olmsted, David Orain, Michael Riegel, Leslie Rubin, Hiten Sethi, Sara Steffen, Alicia Swanson, Manjula Talreja e Virgil Vidal.

“As empresas realmente precisam pensar nessa próxima geração de tecnologia inovadora − o nível de capacidade de programação, o nível de automação e orquestração de serviços − que vai lhes permitir prosperar”.