faculdades integradas da uniÃo educacional do …€¦ · do planalto central - faciplac...
TRANSCRIPT
FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL
DO PLANALTO CENTRAL - FACIPLAC
ARQUITETURA E URBANISMO
RAPHAELA NASCIMENTO DE MORAES
CENTRO DE ACOLHIMENTO
PARA PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
Gama – DF Dez./2018
2
RAPHAELA NASCIMENTO DE MORAES
CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como parte das atividades
para obtenção do título de Bacharel, do
curso de Arquitetura e Urbanismo da
FACIPLC- Faculdades Integradas da
União Educacional do Planalto Central.
Orientador: Marcelo Barbosa Monteiro.
Gama – DF Dez./2018
3
CENTRO DE ACOLHIMENTO
PARA PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como parte das atividades
para obtenção do título de Bacharel, do
curso de Arquitetura e Urbanismo da
FACIPLC- Faculdades Integradas da
União Educacional do Planalto Central.
Gama DF, 08 de dezembro de 2018.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Orientador Marcelo Barbosa Monteiro
____________________________________________
Prof. Angelina Nardelli Quaglia Berçott
__________________________________________
Prof. Fernando de Oliveira
__________________________________________
Prof. Márcio Viana
4
Dedico este trabalho à Deus, à minha
família, em especial à minha mãe por todo
incentivo, aos meus avós por toda
inspiração e ao Lucas D. por toda ajuda. A
todos que, com muito carinho е apoio, não
mediram esforços para me ajudar até que
eu chegasse a esta etapa da minha vida.
5
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus por ter me ajudado a realizar este trabalho final de
graduação, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. À minha
família que me apoiou em cada semestre, estando ao meu lado em vários
momentos da vida acadêmica, em especial à minha mãe que estava sempre ao
meu lado e me dando forças e sempre desejando o melhor pra mim. Ao Lucas D.
por ter passado todas as madrugadas ao meu lado, por me ajudar nas maquetes
e por tantas vezes dividir a carga comigo. Ao meu orientador que me ajudou a
realizar o projeto, me incentivando. E a todos que de maneira direta ou indireta
contribuíram para a realização deste trabalho.
6
Sumário
ÍNDICE DE ABREVIATURAS ....................................................................................... 7
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 11
REVISÃO FONTE .......................................................................................................... 11
REVISÃO LEGISLAÇÃO ................................................................................................. 11
2. PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................. 13
3. OBJETIVO ............................................................................................................... 13
4. OBJETO E DEMANDA............................................................................................ 14
4.1 DEMANDA .............................................................................................................. 16
5. ESTADO DA ARTE ................................................................................................. 17
THE BRIDGE HOMELESS ASSISTANCE CENTER ............................................................. 17
OFICINA BORACEA ....................................................................................................... 19
ASSOCIAÇÃO CASA SANTO ANDRÉ ............................................................................... 20
6. CIDADE .................................................................................................................... 22
7. ANÁLISE DO SÍTIO ................................................................................................. 24
8. PROGRAMA DE NECESSIDADES ........................................................................ 29
ORGANOGRAMA........................................................................................................... 30
FLUXOGRAMA PRIMÁRIO .............................................................................................. 33
FLUXOGRAMA SECUNDÁRIO ......................................................................................... 34
................................................................................................................................... 34
9. O PROJETO............................................................................................................. 35
.................................................................................................................................... 439
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 45
ÍNDICE DE ABREVIATURAS
COMITÊ POP RUA – Comitê Intersetorial da Política Municipal para População em
Situação de Rua
DF – Distrito Federal
SDH – Secretaria de Direitos Humanos
PDTU - Plano Diretor de Transporte Urbano
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SEDESTMIDH – Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social,
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social
SUAS – Sistema Único de Assistência Social
COE – Código de Obras E Edificações
PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial
NBR – Norma Brasileira
LUOS – Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social
CENTRO POP – Centro de Referência para População em Situação de Rua
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social
NOVACAP – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil
ST – Setor
DML – Depósito De Material De Limpeza.
RESUMO
Este Trabalho apresenta um projeto de Centro de Acolhimento para Pessoas em
Situação de Rua. A partir da observação das dificuldades enfrentadas por pessoas
que estão em situação de vulnerabilidade social, verificou-se a necessidade do
projeto arquitetônico de um abrigo. Para tanto, elencou-se os padrões estabelecidos
pelas normatizações técnicas, como por exemplo, a Tipificação Nacional dos
Serviços Socioassistenciais. Acredita-se que o melhor entendimento do assunto,
possa contribuir para crescimento dos projetos arquitetônicos e ressocialização
dessas pessoas.
Palavras-chave: Resumo; Centro de Acolhimento; Pessoas em Situação de Rua,
Arquitetura.
9
INTRODUÇÃO
A opção pelo projeto, Centro de Acolhimento para Pessoas em Situação de
Rua, foi baseada na vivência familiar em cuidados e acolhimento de pessoas em
situações de vulnerabilidade social, que segundo o Comitê POPrua (2015) a
problemática relativa a população em situação de rua não se registra apenas no
Brasil. E um fenômeno do mundo contemporâneo que vem agravando dia a dia. A
cidade escolhida para implantar o projeto foi Taguatinga - DF, por ser uma das
cidades onde mais se concentram pessoas em situação de rua. O tema será
destinado a Adultos e Famílias em situação de vulnerabilidade social.
Segundo Ferreira (2012), a questão da população de rua esta relacionada ao
capitalismo excludente que gera o processo de exclusão social. A própria evolução
do capitalismo possibilitou deslocamentos migratórios em função da busca de
emprego e renda, o que muitas vezes não dá certo, fazendo com que a pessoa não
tenha outra escolha, a não ser tentar encontrar abrigo na rua.
Segundo Secretaria de Direitos Humanos - SDH (2013), a população em
situação de rua no mundo é contextualizada de maneira mais ampla, abrangendo
um público diferente do que conhecemos no Brasil, os sem-abrigo não são apenas
aqueles que moram na rua, mas segundo Aires (2011), o termo sem-abrigo
contempla também aqueles que vivem em habitações precárias, superlotadas, em
vias de despejo por atraso de aluguel, entre outras situações de vulnerabilidade.
No Brasil, a preocupação com essa população começou em 2004 com a
criação da Política Nacional da Assistência Social, em 2009 foi feito o I Censo da
Pesquisa Nacional Sobre a População em Situação de Rua, onde foi identificado
31.922 pessoas em situação de rua, distribuída em 71 cidades. Segundo SDH
(2013) o grande crescimento populacional do DF, a concentração de renda e o valor
simbólico que Brasília representa para os brasileiros, onde é conhecida como a terra
da oportunidade, são fatores que contribuem para que o DF seja uns dos Estados
que mais concentra a população em situação de rua.
10
A cidade escolhida para a implantação do Centro de Acolhimento para
Pessoas em Situação de Rua foi Taguatinga (RA III), segundo PDTU (2010) por
haver diferentes tipos de modais de transporte, por ser um dos locais de maior
concentração de pessoas em situação de rua (12%) e por estar próximo a cidade
com maior índice dessa população, Águas Claras (27%).
A existência de Centros de Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua
no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo IBGE (2013), levando em conta toda a
população atendida, o índice de casas - lar e abrigos institucionais existentes nas
cidades brasileiras é de 34% dos municípios brasileiros. Especificamente para a
população em situação de rua, existem apenas 482 unidades em 300 municípios.
Alguns Estados como Norte e Nordeste não têm nenhuma unidade desse serviço
para pessoas em vulnerabilidade social.
Em Brasília, segundo a Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento
Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos – SEDESTMIDH (2018),
existem cerca de 800 vagas divididas em 15 Unidades de Acolhimento Institucional
para adultos e famílias, mulheres, idosos e pessoas com deficiência.
O sistema construtivo escolhido para a construção do Centro de Acolhimento
foi de estrutura metálica e vedações em placas de concreto pré-moldado. Quanto a
eficiência energética será utilizada o sistema de automação que Braga (2007)
propõe, onde possibilita o acionamento e desligamento de equipamentos como a
iluminação e ventilação, com o objetivo de impedir que estes permaneçam ligados
em ambientes desocupados. No que tange, o conforto ambiental, as estratégias
adotadas serão: ventilação cruzada, telhado jardim em um dos blocos, utilização de
brises móveis em fachadas com maior incidência solar e vegetação ao longo de todo
o edifício.
Conclui-se que a problemática relativa a população em situação de rua tem
crescido cada dia mais. Embora atualmente haja algumas Políticas Públicas, Leis e
Normatizações que tratam a respeito desse assunto, nem tudo é colocado em
prática. Quanto ao projeto, Centro de Acolhimento para Pessoas em Situação,
diante a pesquisa feita, percebeu-se que hoje em dia não possuem equipamentos,
dessa tipologia, com estrutura que ofereça conforto, qualidade e o acolhimento
necessário para essas pessoas. A escolha da cidade foi baseada na maior
localização de pessoas em situação de rua e em suas proximidades.
11
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Revisão Fonte
A Secretaria dos Direitos Humanos possui um estudo interessante sobre
população em situação de rua, o Diálogos Sobre a População em Situação de Rua
no Brasil e na Europa: experiências do Distrito Federal, Paris e Londres, publicado
em 2013. Esta obra é o fruto de uma parceria entre Brasil e União Europeia, que
culminou no Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais, que abrange três campos
temáticos, entre eles está a promoção e proteção dos direitos da população em
situação de rua. Desenvolvido no período de 2007 a 2013. Esse estudo foi muito
importante para a execução do presente projeto com informações bem detalhadas.
O Projeto Renovando a Cidadania, publicado em 2011, faz parte de uma
parceria do Programa Providência de Elevação da Renda Familiar juntamente
com pesquisadores da Universidade de Brasília, e teve por objetivos realizar um
senso da população de rua do DF, identificar o perfil dessa população e mapear
as entidades que interagem com esse público. Essa pesquisa foi essencial para
o conhecimento mais aprofundado da realidade dessa população.
Revisão Legislação
Devido à complexidade do acolhimento de adultos e famílias em situação de
rua, foram criadas legislações e políticas públicas para regulamentar a rede
Socioassistencial. A Lei 8.742, de 1993 – Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS)
visa a garantia de vida, a redução de danos e a prevenção da incidência de riscos. A
Lei 7.053, de 2009 – Política Nacional para a População em Situação de Rua, que
dispõe de diretrizes, objetivos e preceitos previstos em diversas normas que
asseguram os direitos do público alvo. A Resolução CNAS nº 109, de 2009 – Aprova
a Tipificação nacional de Serviços Socioassistenciais, organizando-os por níveis de
complexidade do SUAS.
12
No que tange as legislações que regem a construção do Centro de Acolhimento para
Pessoas em Situação de Rua. A Lei 6.138, de 2018 – Código de Obras e
Edificações (COE) , é o instrumento fundamental e básico que regula obras e
edificações públicas e particulares em todo o território do Distrito Federal e disciplina
procedimentos de controle urbano, licenciamento e fiscalização. A Lei 10.257, de
2001 – Estatuto das Cidades, estabelece normas de ordem pública e interesse
social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da
segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
A Lei Complementar nº 803, de 2009 - O PDOT tem por finalidade propiciar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e rural e o uso
socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu território, de forma a
assegurar o bem-estar de seus habitantes. A Lei 5.027, de 1966 – Código Sanitário,
tem por finalidade zelar pelas condições sanitárias em todo o seu território, em
perfeita concordância com as normas nacionais.
A NBR 9050:2015, visa a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos. A NBR 15.575:2007, fornece os requisitos para o
aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não
potáveis. A NBR 15.220:2003, estabelece as definições e os correspondentes
símbolos e unidades de termos relacionados com o desempenho térmico de
edificações. Projeto de Lei Complementar nº 79, de 2013, que aprova a Lei de Uso e
Ocupação do Solo do Distrito Federal (LUOS) para regular o uso e ocupação do solo
para ordenar o desenvolvimento urbano sustentável, concebido como parte do
processo contínuo de planejamento territorial e urbano.
13
2. PROBLEMATIZAÇÃO
Embora atualmente haja muitas Normas e Políticas Públicas, nem tudo é
feito. Durante da pesquisa feita sobre o assunto, Centro de Acolhimento para
Pessoas em Situação de Rua, verificou-se que os equipamentos dessa tipologia
hoje em dia oferecem apenas um lugar para pernoitar.
Portanto, o projeto será não apenas para a pessoa que está em situação de
vulnerabilidade social possa dormir e ter um lugar para guardar seus pertences, mas
será também um lugar onde os acolhidos terão oportunidade de se profissionalizar
em alguma área, através de cursos e capacitações que serão oferecidos.
3. OBJETIVO
Desenvolver projeto arquitetônico preliminar de um Centro de Acolhimento
para Adultos e Famílias em Situação de Rua, levando em conta suas
particularidades, com atenção em leis, normas e tipificações desse assunto, para
oferecer conforto, qualidade de vida e oportunidade de reinserção social para
pessoas em situação de vulnerabilidade social.
14
4. OBJETO E DEMANDA
A população em situação de rua é definida pelo Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome como sendo um grupo populacional
heterogêneo, caracterizado por sua condição de pobreza extrema, pela
interrupção ou fragilidade dos vínculos familiares e pela falta de moradia
convencional regular. São pessoas compelidas a habitar logradouros públicos
(ruas, praças, cemitérios, etc.), áreas degradadas (galpões e prédios
abandonados, ruínas, etc.) e, ocasionalmente, utilizar abrigos e albergues para
pernoitar.
Algumas pessoas que vivem em situação de rua frequentam, ainda que de
forma esporádica, os abrigos, locais que oferecem infraestrutura para o
acolhimento, alimentação, banho e espaço de convivência. Há também serviços
realizados pelo poder público como encaminhamento aos diversos serviços
prestados aos que estão nas ruas.
Segundo a SDH (2013) Estar nas ruas não é um movimento atual na
sociedade. Percorrer distâncias, migrar, perambular, não possuir residência fixa é
uma dinâmica social relatada desde a Grécia antiga. A denominação “situação de
rua” só pôde advir após a sedentarização e a construção de moradias familiares ou
individuais da humanidade. Em épocas nômades tal concepção seria impossível.
Stoffels (1977) fez extensa pesquisa acerca do histórico do fenômeno situação de
rua, afirmando que a história da organização do estado e da cidade é paralela a da
situação de rua, visto que foi por meio das desapropriações de terras para o
crescimento das cidades que elas conheceram o aumento de mendigos e
indigentes, nas ruas da Grécia Antiga.
Segundo a SDH (2013), Durante a Idade Média, os itinerantes e mendigos
eram considerados pessoas perigosas, de má índole, sempre se configurando como
partes segregadas do conjunto social. Autoras como Frangella (2009) e Silva (2006)
afirmam que mesmo com os diferentes tratamentos das pessoas em situação de rua
nos diversos períodos históricos, a característica da apartação social e territorial é
transversal.
15
Por outro lado, ao longo da história brasileira, segundo SDH (2013) houve e
há as obras de caridade, geralmente comandadas por igrejas ou associações de
senhoras com abordagens assistencialistas para remediar os pobres e sofridos,
dentre os quais as pessoas em situação de rua O modelo assistencialista foi,
também, até a década de 1990, emprestado pelo Estado na política de Assistência
Social. Durante a redemocratização do país, iniciada na década de 1980, a atuação
dos movimentos sociais foi fertilizada em busca da construção de políticas públicas
que garantissem a concretização da nova Constituição Federal de 1988. A
população em situação de rua, nesta efervescência se torna pauta de debates e
políticas públicas.
Visando a continuidade da expansão do cofinanciamento dos serviços
socioassistenciais para a população em situação de rua, o Ministério de
Desenvolvimento Social - MDS aprovou a Portaria nº 139, de 28 de junho de 2012,
que altera a Portaria nº 843, de 28 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o
cofinanciamento federal dos serviços ofertados pelos CREAS e Centros Pop e dá
outras providências. No mesmo intuito, foi aprovada no ano seguinte pelo Conselho
Nacional de Assistência Social - CNAS a Resolução nº 09, de 18 de abril de 2013,
que trata da expansão qualificada dos Serviços Socioassistenciais de Proteção
Social Especial para o Serviço Especializado em Abordagem Social, Serviço
Especializado para Pessoas em Situação de Rua; para o Reordenamento dos
Serviços de Acolhimento Institucional e para os Serviços de Acolhimento em
República para Pessoas em Situação de Rua.
Os Serviços de Acolhimento Institucional (Abrigos Institucionais e Casas de
Passagem) e os Serviços de Acolhimento em República são serviços que integram a
Proteção Social Especial de Alta Complexidade do Sistema Único de Assistência
Social – SUAS”. Esses Serviços ofertam atendimento integral garantindo condições
de estadia, convívio, endereço de referência, acolhimento com privacidade para
pessoas em situação de rua e desabrigo por abandono, migração, ausência de
residência ou pessoas em trânsito e sem condições de auto sustento.
16
4.1 Demanda
Segundo Natalino (2016) O Brasil não conta com dados oficiais sobre a
população em situação de rua. Nem o censo demográfico decenal, nem as
contagens populacionais periódicas incluem entre seus objetivos sequer a
averiguação do número total da população não domiciliada. Para contornar essa
dificuldade, diversas iniciativas de âmbito municipal ganharam força ao longo das
últimas décadas.
O censo, como método de pesquisa quantitativa, tem como objetivo principal
a pesquisa do universo de indivíduos em um determinado recorte temporal. O
Projeto Renovando a Cidadania, foi responsável pela pesquisa realizada no Distrito
Federal, em 2011. Nesta época foram encontradas 2.512 pessoas em situação de
rua, sendo:
319 crianças
221 adolescentes
1.972 adultos
Segundo a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2014) tanto o
Abrigo Institucional quanto a Casa de Passagem devem atender 50 pessoas por
instituição, porém através de pesquisas realizadas sobre o assunto, percebe-se que
esse número é inferior ao aplicado em equipamentos de mesma tipologia. Por esse
motivo, também será utilizado como base a capacidade dos equipamentos citados
no estudo de caso, sendo eles:
The Bridge Homeless Assistance Center – 600 vagas
Oficina Boracea – 300 vagas
Associação Casa Santo André – 220 vagas
Portanto, após a análise dos três equipamentos e da Tipificação Nacional de
Serviços Socioassistenciais, através do método quantitativo obteve o valor de 350
vagas para acolhimento de adultos e famílias em situação de vulnerabilidade social,
sendo 200 vagas para homens, 130 vagas para mulheres e 20 para famílias de até 4
pessoas. O equipamento terá em torno de 4 (quatro) mil metros quadrados.
17
5. ESTADO DA ARTE
The Bridge Homeless Assistance Center
Autor: Overland Partners
Local: Dallas, Estados Unidos, 2010
O edifício "The Bridge", construído com o objetivo de melhorar o problema da
população sem moradia em Dallas, possui 75.000 m2 incluindo grandes áreas
externas. Possui um programa diversificado que oferece atividades que incluem
dormitórios, setor de apoio para a saúde mental e física, higienização,
consultórios médicos, escritórios de advocacia e aconselhamento, lavanderia,
setor para crianças, biblioteca, refeitório, setor de treinamento, local para cuidado
de animais e um pavilhão de dormitórios ao ar livre.
O programa foi dividido em cinco edifícios posicionados formando um pátio
aberto central com um refeitório como foco, criando um espaço externo com
áreas verdes ao ar livre, amplo e agradável para descanso e convivência. Quase
todos os blocos são térreos estabelecendo uma forte conexão com a praça
aberta central, além disso em consequência dessa particularidade dispensou-se
a necessidade de núcleos de circulação vertical. Apenas as áreas de
acomodação não se situam no térreo possibilitando a sensação de abrigo,
privacidade e segurança imprescindíveis para este uso, conforme as plantas
baixas mostradas nas Figura 2, Figura 3 e Figura 4.
Os materiais construtivos
do projeto consistem
basicamente de tijolos, metal e
vidro. Há muita translucidez e
visibilidade, principalmente no
bloco de acesso que possui
um projeto artístico com
painéis de vidro colorido na
fachada principal, conforme
Figura 1. Figura 1 – The Bridge Homeless Assistance Center
18
Figura 2 - Planta Baixa 1º Pavimento
Figura 3 - Planta Baixa 2º Pavimento
Figura 4 - Planta Baixa 3º Pavimento
19
Oficina Boracea
Autor: Loeb Capote Arquitetura
Local: São Paulo, Brasil, 2003
O Oficina Boracea foi concebido como parte de um plano de acolhimento.
Localizado na Barra Funda, o edifício possui 17.000 m2 e foi uma readaptação de
antigos galpões de transporte para comportar o programa de abrigo e
acolhimento com espaço para atividades e convívio que visavam a retomada dos
vínculos com a sociedade. Tratava-se de um projeto inovador para este tipo de
programa com a meta de conceber espaços que se diferenciassem das
alternativas existentes de albergue tradicional na cidade de São Paulo.
O projeto abrigava diversos serviços além da função de albergue, com um
núcleo de atendimento de catadores, abrigo especial para idosos, restaurante-
escola, centro de convívio, lavanderia-escola, cursos de alfabetização e tele
centro.
Apesar do projeto ser uma reforma e readaptação de uma estrutura existente,
conforme Figura 6, nota-se que os arquitetos adotaram como partido a
espacialização do programa de uma forma horizontal e fluida. Há uma conexão
dos espaços internos com o exterior através de pátios abertos de convivência.
Os usos mais comunitários como o restaurante, cinema e as oficinas estão
centralizados junto com a praça, enquanto o restante do programa acontece no
perímetro do edifício voltados para o interior, conforme planta mostrada na Figura
5.
Figura 6 - Planta Baixa Figura 5 - Oficina Boracea
20
Associação Casa Santo André
Local: Brasília, Brasil, 2005
A Casa Santo André visa dar abrigo às pessoas em situação de rua, com o
objetivo de reinseri-los no âmbito social, familiar e profissional. Possui 220 vagas,
as pessoas são acolhidas por um tempo de 3 a 6 meses, podendo ser estendido
caso haja necessidade.
Tem como finalidade, promover a Assistência Social – em consonância com a
Política Nacional de Assistência Social com atendimentos e defesa e garantia de
direito às pessoas em situação de vulnerabilidade social, de forma gratuita,
planejada, permanente e continuada.
O programa foi organizado em cinco unidades em diferentes cidades satélites
do Distrito Federal, cada unidade possui sala para técnicos (Psicólogos e
Assistentes Sociais), sala para o administrativo, banheiros, quartos, salas,
refeitório (Figura 8), cozinha e área de serviço. Na unidade 1 (Sede), localizada
no Gama, possui 1.000 m2 que além dos itens já citados, possui também
recepção geral da organização, espaço para capacitação profissional dos
acolhidos, depósito de alimentos e sala de reunião, conforme Figura 7.
Figura 7 - Planta Baixa Figura 8 - Refeitório
21
Conclui-se que o edifício "The Bridge" é uma referência importante para a
compreensão das características de espacialização do programa. O ponto de
maior relevância do projeto é o posicionamento dos edifícios, conforme Figura 9,
proporcionando um espaço acolhedor para permanência e convivência do
público.
Portanto, o projeto se tornou uma referência importante pelos espaços bem
planejados e projetados para o bem-estar do público alvo e também pelas ideias
de concepção de partido de uma forma geral.
Figura 9 - Pátio Central
22
6. CIDADE
A cidade escolhida foi Taguatinga, RA III, foi a primeira oficialmente criada
com o propósito de pôr fim aos aglomerados humanos denominados "invasões" que
estavam sendo formados na área urbana de Brasília. Foi implantada em 05 de junho
de 1958 em terras do município de Luziânia - Goiás, na Fazenda Taguatinga, a
oeste de Brasília. Inicialmente foi chamada de "Vila Sarah Kubitschek", logo
depois "Santa Cruz de Taguatinga" e quase foi denominada "Presidente
Kennedy" por ocasião da morte do chefe de estado norte americano sendo, então
por último, escolhido Taguatinga.
Tudo começou quando a Cidade Livre (Núcleo Bandeirante) já estava
superpovoada e as invasões proliferavam diariamente. Chegou-se ao extremo de se
interceptar caminhões na estrada obrigando-os a retornarem às suas cidades de
origem. Foi exatamente nas proximidades desse local, no ponto onde hoje existe a
via de ligação entre Taguatinga e o Núcleo Bandeirante, que se formou um núcleo
habitacional, com aproximadamente mil pessoas na maioria viajantes deixados à
beira da estrada pelos motoristas que, impedidos de atingirem Brasília,
abandonavam seus passageiros entregues à própria sorte.
O traçado da cidade tinha sido previsto por Lúcio Costa anteriormente como
cidade-dormitório para 25 (vinte e cinco) mil habitantes e deveria nascer 10 anos
depois da inauguração de Brasília, porém, um fato inesperado precipitou os
acontecimentos. No Sábado, dia 31 de maio de 1958, o então presidente Juscelino
Kubitschek iria jantar com amigos num dos restaurantes da cidade do Núcleo
Bandeirante os migrantes sabendo disso, reuniram-se em grande massa popular
empunhando faixas com os seguintes dizeres: "Viva a Vila Sara Kubitschek".
O Doutor Israel Pinheiro, na época presidente da NOVACAP, tomando
conhecimento do fato, enviou ao local uma comissão que falou à multidão
prometendo solucionar imediatamente o problema habitacional, instigando assim,
Lúcio Costa a abreviar a conclusão dos projetos da primeira cidade do Distrito
Federal cuja demarcação foi de responsabilidade dos topógrafos Maciel e Décio.
23
Em dez dias foram alojados mais de 4.000 (quatro mil) pessoas e todos
receberam seus lotes com direito a ocupação. Cerca de 1.000 (mil) fossas foram
construídas, a rede provisória de água potável foi instalada, o transporte viário
instituído e foi assegurado aos habitantes assistência médica. Aos seis meses já
estavam em funcionamento escolas, hospitais e casas para professores. Os
primeiros loteamentos para moradias tiveram suas construções edificadas em
madeira.
Taguatinga, a capital econômica do Distrito Federal, está entra as vinte
maiores cidades brasileiras. A cidade possui um competitivo sistema de produção
industrial, sua atividade econômica é diversificada, contando com empresas de
comércio atacadista, varejistas, prestação de serviço e indústrias leves. O Comércio
é bastante diversificado, autossuficiente e atrai consumidores das cidades próximas
como Samambaia e Ceilândia.
24
7. ANÁLISE DO SÍTIO
Os sítios escolhidos estão inseridos na cidade satélite de Taguatinga,
segundo Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2014) diz que o
Abrigo Institucional deve funcionar em unidade inserida na comunidade com
características residenciais, ambiente acolhedor e estrutura física adequada,
visando o desenvolvimento de relações mais próximas do ambiente familiar. Para
a escolha do sítio ideal foi utilizado o Método Morfológico, analisando as
características funcionais, expressivo simbólico, bioclimatismo, topoceptivo e
econômico financeiro do endereço. O endereço dos sítios escolhidos são:
I. Avenida Águas Claras
II. St. F Norte Qnf 1 Qnc
III. St. J Norte Qnj Ae
Todos os sítios, demonstrado na Figura 10, se encaixam na tipologia
Institucional, onde segundo a LUOS (2017) é permitido exclusivamente o uso
institucional, público ou privado; segundo o mapa de Uso do Solo, porém os
sítios I e III são destinados ao uso Institucional Equipamento Público onde são
desenvolvidas atividades inerentes às políticas públicas setoriais, constituindo
lote de propriedade do Poder Público que abriguem, de forma simultânea ou não,
equipamentos urbanos ou comunitários.
Figura 10 - Macrozoneamento Taguatinga
25
O sitio I está localizado em Taguatinga Sul, possui acesso através de uma
avenida principal, via arterial, integrando o objeto com a cidade com mais
facilidade, pois o acesso poderá ser feito por pedestres, transporte particular e
público, o ponto de ônibus mais próximo é na frente do terreno. Possui área total
de aproximadamente 18.700 m2 (Figura 11). Está próximo de um objeto da
mesma tipologia, possui topografia pouco acidentada, com desnível de
aproximadamente 6 metros em seu sentido norte-sul (Figura 12), os ventos
predominantes são da direção leste. Por estar próximo a uma via arterial, onde o
fluxo é intenso, não possui conforto acústico. Quanto a insolação, o sítio possui
edificações em três de suas fachadas, algumas são edificações térreas que não
influencia na insolação e outras são edificações de 2 pavimentos que pouco
influencia na incidência solar no terreno, pois não são próximos e tem um espaço
nos fundos com vegetação.
Figura 12 - Sítio I
Figura 11 - Sítio I - Topografia
26
O sítio II está localizado no centro norte de Taguatinga, possui acesso
através de uma via coletora, os pontos de ônibus estão a 400 metros, permitindo
assim o acesso direto apenas por transporte particular e por pedestres. Possui
área total de aproximadamente 19.000 m2 (Figura 14) Possui em seu entorno o
Hospital, Fórum e Complexo de Ensino Técnico. Possui topografia plana, com
desnível de aproximadamente 4 metros no seu sentido Leste-Oeste (Figura 13),
os ventos predominantes são da direção leste, possui também em seu entorno
um Parque Ecológico que pode melhorar a ventilação na região. Está localizado
em uma via Coletora, onde o fluxo é menor, então o conforto acústico do sítio é
eficiente. Quanto a insolação, o sítio possui edificações em todas as fachadas,
algumas são edificações térreas que não influencia na insolação e possui o
fórum com 2 pavimentos que interfere pouco na incidência solar no terreno.
Figura 14 - Sítio II
Figura 13 - Sítio II - Topografia
27
O sítio III está localizado em Taguatinga Norte, possui acesso através de
uma via coletora, os pontos de ônibus estão a 200 metros, permitindo assim o
acesso direto apenas por transporte particular e por pedestres. Possui área total
de 12.700 m2 (Figura 15). Possui em seu entorno residências, comércios locais e
escolas. Possui topografia pouco acidentada com desnível de aproximadamente
5 metros em seu sentido Leste-Oeste (Figura 16), os ventos predominantes são
da direção leste. Está localizado em uma via Coletora, onde o fluxo é menor,
então a acústica do sítio é eficiente. Quanto a insolação, o sítio possui
edificações em todas as fachadas, algumas são edificações térreas que não
influencia na insolação e possui habitações coletivas com 3 pavimentos que
pode interferir na incidência solar no terreno.
Figura 15 - Sítio III
Figura 16 - Sítio III - Topografia
28
Portanto, percebe-se que todos os sítios estão bem localizados quanto a
acesso, a topografia não é muito acidentada, facilitando assim a implantação no
terreno sem muitos movimentos de terra, todos se encaixam na tipologia do
objeto. Porém, no item Econômico Financeiro, onde foi considerado o melhor
entorno, o único que possui essa característica é o sítio II, pois possui em seu
entorno o Hospital Regional da cidade para dar suporte para aquelas pessoas
que estão com algum tipo de enfermidade, Fórum para dar suporte nas questões
jurídicas e Complexo de Ensino Técnico que através de parceria pode oferecer
cursos profissionalizantes para os futuros acolhidos.
29
8. PROGRAMA DE NECESSIDADES
Para o programa de necessidades do equipamento proposto, segundo a
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2014) as edificações devem
ser organizadas de forma a atender aos requisitos previstos nos regulamentos
existentes e às necessidades dos usuários, oferecendo condições de
habitabilidade, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade,
para isso o Centro de Acolhimento deve possuir os seguintes ambientes:
Quartos com condições de
repouso e privacidade;
Espaço para guarda dos
pertences pessoais de forma
individualizada;
Espaço de estar e convívio;
Sala de jantar/copa;
Instalações sanitárias para
higiene pessoal com
privacidade;
Cozinha/refeitório;
Área de lazer;
Área de serviço;
Ambiente para leitura;
Sala para equipe técnica;
Sala de
coordenação/atividades
administrativas;
Espaço para guarda de
documentos.
Espaço para guarda de
animais domésticos e
equipamentos de trabalho
Com base nas pesquisas realizadas e no programa de necessidades já
existente, decidiu-se que seria criado um programa que não fosse apenas um
local para pernoitar, mas para suprir outras necessidades e oferecer atividades
profissionalizantes que possibilite uma perspectiva maior de reinserção social.
Portanto, será adicionado ao programa:
Triagem
Depósitos
Central de Doações
Ateliês
Bicicletário
Veterinário
Dormitório do plantonista
Salas de Reuniões
Consultório Odontológico
Jardins
Brinquedoteca
Entre outros.
30
O programa de necessidades será dividido por setores para melhor
organização. Os setores são:
Setor Técnico e Administrativo: Recepção; Administração; Triagem; Sala
da Psicóloga; Sala da Assistente Social; Central de Doações; Sala de
Reuniões e Arquivo.
Setor de Acolhimento: Dormitórios; Banheiros; Área externa para
lavagem de roupas; refeitório; guarda-volumes; Coordenação e Canil.
Setor Coletivo: Ateliês para atividades em grupo e cursos
profissionalizantes; Sala de Reunião; Bicicletário; Sala de TV; Jardim; Sala
de Leitura, Veterinário e Lavanderia.
Setor de Apoio e Serviços: Cozinha; Depósito; DML; Sanitários; Guarita e
Dormitório do plantonista; Copa e Estar para funcionários.
Organograma
Setor Ambiente Descrição Qtde Área Total
Setor Técnico e
Administrativo
(Responsável em receber
e atender e acompanhar
acolhidos, visitantes e
demandas diversas)
Hall de Entrada Local para receber visitantes e
acolhidos 1
50 m2
Recepção
Recepcionar visitantes,
acolhidos e demandas
diversas.
1
10m2
Administração Recepção e Sala do diretor do
equipamento 1
25m2
Triagem Sala destinada ao primeiro
atendimento ao usuário. 2
20m2
Sala da
Psicóloga
Sala para atendimento e
acompanhamento psicológico. 3
18m2
Sala da
Assistente
Social
Sala para atendimento e
acompanhamento social. 3
18m2
Central de
Doações
Sala para arrecadação de
todo tipo de doação 1
10m2
Sala de
Reuniões
Sala destinada para reuniões
de capacitações de
funcionários
2
30m2
Arquivo
Sala de documentos
oficialmente produzidos e
recebidos do equipamento.
1
20m2
Guarita
Área destinada a controlar a
entrada e saída, através do
porteiro.
2
10m2
TOTAL 211m2
31
Setor Ambiente Descrição Qtde Área Total
Setor de Acolhimento
(Responsável por
oferecer acolhimento)
Dormitórios Local utilizado para descanso
dos acolhidos 82 820 m2
Banheiros Local destinado às instalações
sanitárias 23 230 m2
Área de
Vigilância
Área destinada a vigilância e
controle do setor 3
18m2
TOTAL 1.068 m2
Setor Ambiente Descrição Qtde Área Total
Setor Coletivo
(Locais de uso coletivo,
responsáveis pela
socialização e
profissionalização dos
acolhidos)
Ateliês Espaço para capacitação
profissional 2
90 m2
Sala de
Reunião Sala para reuniões em grupo. 2
60 m2
Bicicletário
Local destinado ao
armazenamento de bicicletas. 1
10 m2
Sala de TV Ambiente destinado para
assistir TV 1
30 m2
Sala de Leitura Espaço equipado para estudo
e leitura. 1
30 m2
Veterinário
destinado ao atendimento do
animais domésticos. 1
10 m2
Jardim Área destinada a espaços de
convivências ao ar livre 6 1.095 m2
Brinquedoteca Espaço destinado ao lazer das
crianças 1 40 m2
Consultório
Odontológico
destinado para o atendimento
odontológico dos acolhidos. 1
15 m2
Lavanderia
Destinado para lavagem de
roupas pessoais, de cama e
banho.
1
100 m2
Banheiro Local destinado às instalações
sanitárias 2 33 m2
TOTAL 1.513 m2
32
Setor Ambiente Descrição Qtde Área Total
Setor de Apoio e
Serviços
(Setor responsável por
toda área de apoio do
objeto)
Cozinha Local destinado ao preparo e
fornecimento das refeições 1
100 m2
Despensa
Espaço destinado ao
armazenamento dos materiais
utilizados na cozinha
1 20m2
Depósito
Destinado ao armazenamento
de alimentos e/ou bens
patrimoniais
2
200m2
DML
Espaço destinado ao
armazenamento de materiais
de limpeza nos setores.
5
10m2
Sanitários Sanitários para o uso dos
funcionários 1 15m2
Refeitório Espaço para as servir
refeições diárias. 1
300 m2
Guarda –
Volume
Local para armazenamento de
pertences pessoais dos
acolhidos.
1
150 m2
Copa e Área de
Funcionários
Espaço destinado aos
funcionários 3
20 m2
Canil Local para acolhimento de
cães. 1 40 m2
Dormitório do
Plantonista
(com sanitário)
Quarto destinado para o
repouso do funcionário de
plantão
3 36 m2
Sala de
Emergência/
Socorrista
Sala destinada aos primeiros
socorros em caso de
emergência
1 12 m2
Vestiário
Funcionários
Local destinado aos
funcionários 2 27 m2
TOTAL 930 m2
Setor Área
Setor Técnico e Administrativo 211 m2
Setor de Acolhimento 1.068 m2
Setor Coletivo 1.513 m2
Setor de Apoio e Serviços 930 m2
TOTAL 3.722 m2
33
Fluxograma Primário
Figura 17 - Fluxograma Primário
34
Fluxograma Secundário
Figura 18 - Fluxograma Secundário
35
9. O PROJETO
O projeto será implantado em Taguatinga, cidade satélite do Distrito
Federal, fica a 21 km do centro de Brasília, foi escolhida por ser uma das cidades
onde mais se concentram a tipologia atendida.
O sítio está localizado no centro de Taguatinga, possui acesso por uma
das principais vias da cidade, possui um ponto de ônibus a 400 metros. Possui
também em seu entorno o Fórum da cidade, o Hospital Regional e um Centro de
Ensino Técnico.
O produto final da implantação do edifício no terreno se deu pelos fatores,
topografia, ao implantar o edifício em um único platô, pois é necessário que o
mesmo seja visto por todos, por isso foram alteradas 4 curvas de nível. E para o
aspecto bioclimático, foi analisado a carta solar e diretrizes da zona bioclimática
4, para que houvesse uma renovação do ar e aproveitamento de luz natural o
edifício terá sua fachada principal voltada para leste. Para atender às diretrizes
da zona bioclimática 4, onde para essa região é necessário sombrear as
aberturas, foi colocado brises nas fachadas leste, oeste e norte, segundo a
necessidade. Os brises serão de alumínio e fixos, para evitar a movimentação
constante das lâminas por diversas pessoas, as aletas dos brises serão em tons
de azul, que transmite a sensação de positividade, confiança e segurança,
sensações importantes para a ressocialização dessas pessoas. As vedações
externas, onde a incidência solar é maior, serão espessas, atendendo às
diretrizes citadas.
O edifício foi dividido em 4 setores, que resultou em 4 volumes com
tamanhos distintos. A composição dos volumes forma um vão, que traz uma
ideia de fechamento visual. No pavimento térreo estão os setores técnico e
administrativo, coletivo, apoio e serviços. Ao adentrar ao edifício é necessário
que passe por uma triagem, o primeiro atendimento ao usuário, logo após é
direcionado ao dormitório para organizar seus pertences mais importantes, o
excedente ficará guardado no guarda volume, localizado nesse mesmo
36
pavimento e para aqueles que chegarem com animal de estimação, será
oferecido também um canil para o acolhimento do animal.
Só depois desse primeiro atendimento, que começará o acompanhamento
psicossocial com objetivo de ressocialização, através de reuniões em grupo,
cursos e atendimentos pessoais com psicólogos e assistentes sociais. Será
oferecido também atendimento odontológico para os acolhidos.
Para melhorar a iluminação, no corredor central foi feito uma abertura que
será utilizado como espaço bucólico e de convivência, através de um jardim
interno. Foi feito também uma abertura na brinquedoteca, para criar um espaço
ao ar livre para as crianças, e também possui uma abertura na lavanderia para
área de varal descoberta. No vão central foi aproveitado a abertura feita no
volume superior e foram criados jardim com bancos.
No pavimento superior estão os setores de acolhimento e uma parte do
setor de apoio e serviço, o equipamento tem capacidade para 350 pessoas,
sendo 200 homens, 130 mulheres e 20 famílias até 4 pessoas. Para que
houvesse ventilação e iluminação natural em todos os dormitórios, foram feitas
duas aberturas no volume.
Atendendo a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, onde
limita uma quantidade de 4 pessoas por quarto, para essa tipologia, por isso foi
colocado 2 beliches em cada dormitório. Segundo o Código de Obras e
Edificações – COE, Art. 204, para atender a essa tipologia é necessário no
mínimo 1 sanitário, 1 chuveiro e 1 lavatório para cada 4 unidades. Por atender
diferentes tipologias, e por estarem acomodadas no mesmo volume, foram
colocadas áreas de vigilâncias nas pontas e no centro para dividir essas
tipologias.
Foi colocado também as seguintes áreas de apoio aos funcionários que
trabalham nesse setor, quartos para os plantonistas, área de estar para
funcionários e uma sala de apoio, para que caso aconteça alguma emergência
e/oou acidentes , seja realizado os primeiros socorros.
O material construtivo utilizado foi bloco cerâmico revestido por argamassa.
Quanto ao sistema construtivo, no vão central, foi utilizado laje nervurada para
vencer o vão de 50m, por isso foi necessário apenas um pilar (70x70cm) no
37
centro de cada extremidade. As demais lajes, onde não é necessário vencer
grandes vãos, foi utilizado laje maciça com pilares (45x15cm) a cada 6 metros.
No que tange os aspectos de pânico e fuga de incêndio, foram colocadas
3 escadas de emergências, 2 nas extremidades e 1 na circulação central
acompanhada de dois elevadores. Quanto aos reservatórios de água, são 1
superior, acima da caixa de escada central e 1 reservatório inferior.
A forma é composta por 4 volumes semelhantes que se relacionam
através da proximidade, constituindo uma unidade. Foi inspirada nas formas
puras e simples da arquitetura moderna. A composição dos volumes forma um
vão, que traz uma ideia de fechamento visual, a continuidade da forma aparece
de maneira evidente, no volume que está locado na parte superior, com a
continuidade do seu formato. A pregnância é caracterizada pela proximidade e
semelhança das formas, em função dos pesos estarem assimétricos, remetendo
a ideia de cheios e vazios. No simbólico, ao dispor o elemento na parte superior
formando um vão, temos uma ideia de acolhimento e proteção, muito importante
para a tipologia do projeto.
O paisagismo foi utilizado para compor a arquitetura, por isso foi utilizado retas,
inspirado nas linhas de Mondrian, foi utilizado espécies nativas para trazer a cor
através do paisagismo. Possui grandes pavimentações na fachada leste, que se
tornam grandes áreas de convivência ao ar livre, em alguma dessas áreas
foram colocados bancos de concreto e pergolados para controle da iluminação
do sol e proteção da chuva, formando pequenas galerias com a função de
passeio, abrigo ou descanso.
A posição do edifício e a característica do vento predominante da região, amos
na direção leste, e pela umidade relativa do ar ser geralmente seca, foi
necessário instalar esguichos de água automático, para alteração do microclima,
que durante o dia vai umidificar o vento que vem do leste de acordo com a
necessidade. A água utilizada será através de aproveitamento de água pluviais.
38
39
40
41
42
43
44
CONCLUSÃO
A pessoa em situação de rua está presente na cidade desde sua
formação. E a reinserção social é, a maioria das vezes, um trabalho muito
difícil, principalmente para quem teve a autoestima reduzida devido a sua atual
situação.
Há várias Políticas Públicas em prol dessa população, porém nenhuma
encontrou uma solução totalmente eficiente e justa para a população em
situação de rua.
A vivência familiar e as pesquisas realizadas sobre o assunto
possibilitaram entender de outra forma o indivíduo que está na rua. Pois
mostram a humanidade dessas pessoas, tornando-as, não um indivíduo
qualquer nas ruas, mas pessoas que sabem o que está acontecendo e
algumas vezes não tem força física, mental ou psicológica para superar essas
dificuldades.
O projeto realizado atende a necessidade, em relação ao espaço
projetado, às tecnologias utilizadas e a demanda. É uma tipologia de média
complexidade e fluxos complexos, com normatizações que influenciam
diretamente o projeto.
O Centro de Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua propõe,
além do abrigamento e reinserção social, oferecerá também cursos
profissionalizantes promovendo reinserção social com dignidade. O projeto
arquitetônico é mais uma maneira de ajudar, no aspecto físico, que as
pessoas em situação de rua voltem a ter uma vida digna, para que isso
aconteça, é necessário que haja um trabalho conjunto de várias áreas de
assistências social.
Tendo em vista os aspectos observados conclui-se que é possível fazer
um projeto de um Centro de Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua
que ofereça dignidade, pois o acolhimento é uma das propostas para ajudar
essas pessoas a terem um espaço físico que proporciona um pouco mais de
conforto e qualidade de vida
45
REFERÊNCIAS
ADULTOS em Situação de Rua do DF. In: GATTI, Bruna Papaiz; PEREIRA, Camila
Potyara (Org.). PROJETO RENOVANDO A CIDADANIA, Pesquisa sobre a
População em Situação de Rua do Distrito Federal . 2011. ed. Brasília-DF: [s.n.],
2011. cap. 2, p. 77-114.
POPULAÇÃO em Situação de Rua: a Abordagem Brasileira e a Experiência do Distrito
Federal. In: SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA, SDH. (Brasília). Diálogos Sobre População em Situação de Rua no
Brasil e na Europa: experiências do Distrito Federal, Paris e Londres . Brasília-DF:
[s.n.], 2013. p. 14-91.
FRANGELA, Simone. Corpos Urbanos Errantes: Uma Etnografia da Coporalidade de
Moradores de Rua em São Paulo. 1ª edição. São Paulo: Annablume, Fapesp, 2009
SILVA, Maria Lucia Lopes da. Mudanças Recentes no Mundo do Trabalho e o Fenômeno
População em Situação de Rua no Brasil 1995-2005. 2006. 220 f. Dissertação (mestrado)
– Universidade de Brasília.
FERREIRA, Sérgio Reis. As Dificuldades dos Moradores de Rua do Distrito Federal
de se Inserirem por Meio da Educação Formal . 2012. 54 p. Trabalho Final de Curso
(Licenciatura Plena em Pedagogia)- Universidade de Brasília, Brasília-DF, 2012.
Disponível em:
<http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4892/1/2012_SergioReisFerreira.pdf>. Acesso em:
26 fev. 2018.
BRASÍLIA. Lei n. 4.566, de 04 de maio de 2011. Plano Diretor de Transporte Urbano e
Mobilidade do Distrito Federal. PDTU/DF . Poder Executivo. Brasília-DF, p. 1-4, maio.
2011. Disponível em: <http://editais.st.df.gov.br/pdtu/leipdtu.pdf>. Acesso em: 03 mar.
2018.
IBGE. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-
censo.html?busca=1&id=1&idnoticia=2638&t=munic-2013-numero-centros-referencia-
assistencia-social-aumenta-44-9-2009&view=noticia>. Acesso em: 06 mar. 2018.
BRAGA, Laura Caixeta. ESTUDO DE ASPECTOS DE EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA DE EDIFICAÇÕES COM UMA ABORDAGEM DE
AUTOMAÇÃO PREDIAL . 2007. 165 p. Dissertação (Pós Graduação em Engenharia
Elétrica)- Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2007. Disponível em:
<https://www.ppgee.ufmg.br/documentos/Defesas/713/Dissert_Laura_revisada_final.pdf>
. Acesso em: 06 mar. 2018.
BRASÍLIA. Lei n. 8.742, de 07 de dez. de 1993. LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO
DE 1993.. LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL . Brasília-DF, p. 1-15, dez.
1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8742.htm>. Acesso
em: 11 abr. 2018.
46
BRASÍLIA. Decreto n. 7053, de 23 de dez. de 2009. DECRETO Nº 7.053 DE 23 DE
DEZEMBRO DE 2009.. Política Nacional para a População em Situação de Rua .
Brasília-DF, p. 1-4, dez. 2009. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d7053.htm>. Acesso
em: 18 abr. 2018.
BRASÍLIA. Resolução n. 109, de 11 de nov. de 2009. RESOLUÇÃO Nº 109, DE 11 DE
NOVEMBRO DE 2009. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. . Brasília-
DF, p. 1-47, nov. 2009. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/cnas/viii-conferencia-
nacional/manual-orientador/legislacao_resolucao-cnas-109-2009.pdf/download>. Acesso
em: 26 abr. 2018.
BRASÍLIA. Lei n. 6.138, de 26 de abr. de 2018. LEI Nº 6.138, DE 26 DE ABRIL DE
2018. Código de Obras e Edificações - COE . Brasília-DF, p. 1-9, abr. 2018. Disponível
em: <http://www.segeth.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/10/Lei-n%C2%BA-6.138-
de-26-de-abril-de-2018-Novo-COE-DF-DODF.pdf>. Acesso em: 07 maio 2018.
BRASÍLIA. Lei n. 10.257, de 10 de jul. de 2001. LEI No 10.257, DE 10 DE JULHO DE
2001.. Estatuto da Cidade . Brasília-DF, p. 1-16, jul. 2001. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/leis_2001/L10257.htm>. Acesso em: 30 abr.
2018.
BRASÍLIA. Lei Complementar n. 803, de 25 de abr. de 2009. LEI COMPLEMENTAR
Nº 803, DE 25 DE ABRIL DE 2009. Plano Diretor de Ordenamento Territorial do
Distrito Federal ? PDOT . Brasília-DF, p. 1-199, abr. 2009. Disponível em:
<http://www.sema.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/09/Lei-Complementar-Distrital-
n%C2%BA-803-de-2009.pdf>. Acesso em: 05 maio 2018.
BRASÍLIA. Lei n. 5.027, de 14 de jun. de 1966. LEI Nº 5.027, DE 14 DE JUNHO DE
1966.. Código Sanitário do Distrito Federal. . Brasília-DF, p. 1-9, jun. 1966. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5027.htm>. Acesso em: 11 maio 2018.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050:2004 Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos . Rio de Janeiro: ABNT,
2004. 105 p. Disponível em:
<http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_gene
rico_imagens-filefield-description%5D_24.pdf>. Acesso em: 10 maio 2018.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220:2003 Desempenho
térmico de edificações . Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 66 p. Disponível em:
<http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_9080nby_15220_pdf>.
Acesso em: 25 maio 2018.
47
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15575:2013 Edificações
Habitacionais ? Desempenho . Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 60 p. Disponível em:
<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20e%20relat%F3rios/NRs/NR%2015575/
NBR_15575-5_2013_Final%20Sistemas%20de%20Cobertura.pdf>. Acesso em: 17 maio
2018.
BRASÍLIA. Projeto de Lei Complementar n. 132, de 29 de nov. de 2017. Lei de Uso e
Ocupação do Solo do Distrito Federal ? LUOS. arts. 316 e 318 da Lei Orgânica do
Distrito Federal . Brasília-DF, p. 1-32, nov. 2017. Disponível em:
<http://www.segeth.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/10/minuta_plc_luos.pdf>.
Acesso em: 01 jun. 2018.
BRASÍLIA. Portaria n. 843, de 28 de dez. de 2010. PORTARIA Nº 139, DE 28 DE
JUNHO DE 2012. Altera a Portaria nº 843, de 28 de dezembro de 2010 . Brasília-DF,
p. 81-81, jun. 2012. Disponível em:
<http://www.lex.com.br/legis_23463174_PORTARIA_N_139_DE_28_DE_JUNHO_DE
_2012.aspx>. Acesso em: 08 jun. 2018.
NATALINO, Marco Antonio Carvalho. ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO EM
SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL . Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/26102016td_2246.pdf>. Acesso
em: 05 jun. 2018.
THE BRIDGE Homeless Assistance Center / Overland Partners. Disponível em:
<https://www.archdaily.com/115040/the-bridge-homeless-assistance-center-overland-
partners>. Acesso em: 22 maio 2018.
OFICINA Boracea ? O albergue para todos. Disponível em:
<https://matracacultural.wordpress.com/2011/04/07/oficina-boracea-%E2%80%93-o-
albergue-para-todos/>. Acesso em: 04 maio 2018.
ASSOCIAÇÃO Casa Santo Andre. Disponível em: <http://www.casasantoandre.org.br>.
Acesso em: 24 maio 2018.
HISTÓRIA de Taguatinga. Disponível em: <http://www.achetudoeregiao.com.br>.
Acesso em: 04 maio 2018.
GEOPORTAL. Disponível em: <http://www.geoportal.segeth.df.gov.br>. Acesso em: 02
jun. 2018.
UNIDADES DE ACOLHIMENTO PARA ADULTOS E FAMÍLIAS. Disponível em:
<http://www.sedest.df.gov.br/adultos-e-familias/>. Acesso em: 03 maio 2018.