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1 Edição nº 3 Mai/Jun 2012 Bimestral F125cc Aventura 1 de Abril em Barcelos Dia do Motociclista Star Riders Egg Run 2012 Máquinas da Guerra Motociclismo no Feminino 3º Encontro Nacional Superlight Portugal Clube Sofia Pereira CRE Norte

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3ª Edição do F125cc Aventura

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Edição nº 3Mai/Jun 2012Bimestral

F125ccA v e n t u r a

1 de Abril em BarcelosDia do Motociclista

Star RidersEgg Run 2012

Máquinas da Guerra

Motociclismo no Feminino

3º Encontro Nacional Superlight Portugal Clube

Sofia PereiraCRE Norte

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Revista Oficial dO f125cc

http://www.youtube.com/user/ForumMoto125cc

http://www.facebook.com/forum125

Ficha Técnica

Propriedade: F125cc

Autoria & Design: Carla Pinto

Periodicidade: Bimestral

Contacto: [email protected]

Copyright 2012, este documento é propriedade da marca registada F125cc, podendo ser livremente reproduzido desde que devidamente recenssados os respectivos meios de comunicação.

A F125cc Aventura reserva-se o direito de não publicar anúncios ou textos que não se enquandrem nos nossos ideiais.

Maio/Junho 2012capa, Kymco DownTown 125 de João Paulo aka JPA

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Índice ............................................3

editORial .........................................4

eventOs f125cc 1º de Abril Dia do Motociclista ...................5

f125cc MOta dO Mês Edição 1º Aniversário .............................10

aventuRas a 125ccF125cc Estrada Fora ...............................12

eventOs f125cc1 de Maio - Dádiva de Sangue no Zambujal ..........13

KyMcO dOwntOwn 125cc .........................14

Máquinas da GueRRa .............................16

MOtOclisMO nO feMininO .........................22

entRevistaSofia Pereira - CRE Norte .........................24

MulheRes nO f125cc ............................32

cOMpanheiROs de estRada3º Encontro NAcional Superlight Portugal Clube ....36

cOMpanheiROs de estRadaStar Riders - EGG RUN 2012 ........................38

estRanhO peRsOnaGeM, esse tal de MOtOciclista Texto de Fernando Drummond ........................41

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Editorial

Boas camarigueiros.

O bom tempo está à porta e com ele os passeios de duas rodas, vamos aproveitar para fazer quilómetros mas sem descurar a segurança de todos nós e dos outros.

Nesta edição prestamos uma homenagem a todas as mulheres motociclis-tas, desde as que na sua maioria são anónimas com as que são figuras do motociclismo nacional.

Aproveitamos para dar a conhecer passeios e even-tos de cariz social quer do F125cc quer de outros companheiros de estrada.

Um bem haja com muito alcatrão pela frente e con-vívio motociclista.

125 saudaçõesMarco Machado

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No passado dia 1 de Abril 2012, teve lugar em Barcelos a festa anual do Motociclismo, o Dia do Moto-ciclista. É nesta data que a enorme familia das Duas Rodas se junta não só em oração, mas também para manter e renovar o espírito de irmandade e união pelo qual os Motociclistas são cada vez mais conhecidos e reconhecidos. É neste dia que se homenageiam com ainda maior sentimento não só os irmãos que por um motivo ou outro já não estão connosco, mas também São Rafael, Patrono dos Motociclistas.

O siginficado de “Rafael” é, “medicina de Deus” ou “Deus cura”, é aquele que expulsa os demónios. É o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protetor nas adversidades.

Alguns companheiros do F125cc estiveram presentes neste grande evento e com o registo fotográfico do sempre atento camarigueiro Pedro Vieito, ficam aqui algumas imagens que elucidam bem o am-biente descontraído que se viveu em Barcelos.

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É verdade que a proximidade geográ-fica permitiu a membros do F125cc a viagem até à lindíssima cidade de Barcelos.

Mas nós que ficámos mais longe tam-bém quisemos festejar, por isso demos um giro até à Figueira da Foz para um convivio celebrativo do mais impor-tante dia do calendário Motociclista.

Esta data fica sempre marcada por bons momentos de diversão, descon-tração e companheirismo. Ficam al-gumas imagens deste dia de Sol bem passado à beira-mar onde aproveitá-mos para ver de perto o Navio Escola Sagres, lá ancorado durante o fim-de-semana.

Eventos F125cc

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A “Mota do Mês” surgiu como uma peque-na diversão para que todos os membros do F125cc pudessem orgulhosamente exibir as suas “meninas”. De brincadeira em brincadeira e de mês em mês, o que é certo é que já lá vai UM ANO desde que fizemos a 1ª Mota do Mês.

É verdade, em Março de 2012 a “Mota do Mês” passou o seu 1º Aniversário. E para celebrar esta data, ao contrário dos outros meses, tive-mos um pódio com 1º, 2 º e 3º classificados.

1º Classificado

2º Classificado

3º Classificado

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O 1º classificado desta edição de aniversário, o companheiro Marco Silva recebeu um par de luvas cortesia dos nossos com-panheiros da Caparica Peles, a quem agradecemos toda a dis-poniblidade apresentada para con-nosco com a oferta deste prémio.

www.CaparicaPeles.pt

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A ideia de fazer uma volta a Portugal de 125cc, surgiu como modo de festejar o 3º aniversário do F125cc.com de uma ponta a outra de Portugal e provar mais uma vez que as nossas “pequenas” 125cc vão aonde as quisermos levar.

Sendo assim vamos partir à Aventura pelas estradas de Portugal de 10 a 15 de Agosto.

Contamos com muitas aventuras e acima de tudo muita camaradagem e descontração.

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No dia 1 de Maio, em género de festejo do dia do Trabalhador fizemos serviço comunitário por assim dizer, e aproveitá-mos a 11ª Dádiva de Sangue promovida pela Associação Desportiva e Recreativa Zam-bujalense e pelos “Lobos Lusi-tanos” para dar umas litradas e de seguida trincar um delicioso porco no espeto, uma rica sopa quente e demais petiscos que fizeram parte do menu.

Aproveitamos para aplaudir este tipo e iniciativa assim como o trabalho como todo o trabalho por parte da in-cansavel equipa médica e de enfermagem que pelas 15H ainda enfrentavam uma longa fila de dadores o que pelo seu lado é sempre de louvar.

Mais uma vez o fotógrafo de serviço do F125cc lá esteve e aqui ficam algumas imagens ilustrativas da boa disposição de mais este passeio com cariz solidário.

Carla Pinto

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foto de João Paulo aka JPA

Kymco Downtown 125 i C x L x A (mm) : 2205 x 815 x 1390 Peso (kg) : 176 Motor : 4-Tempos-Injecção Arrefecimento : Líquido Cilindrada (c.c.) : 125 Potência (kw/rpm) : 11/9000 (15 CV) Binário Máximo (Nm/rpm) : Transmissão : AUTOMÁTICA Pneus : Frente: 120/80-14 - Trás: 150/70-13 Travões : Frente:Disco - Trás: Disco

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A 7 de Maio, uma semana a pós o suicídio de Adolph Hitler, o almirante Donitz, assinou a ca-pitulação alemã e no dia seguinte a 8 de Maio a 2ª Guerra Mundial é dada como terminada na Eu-ropa, embora o final tenha sido oficializado a 2 de Setembro de 1945.

O 67º anversário do final do con-flito, é celebrado este ano, ten-do ficado registado como o con-flito que mais vítimas causou na história da Humanidade.

As capacidades bélicas de todas as nações envolvidas neste con-flito terão sido no mínimo im-pressionantes e arrisco dizer que terá sido a guerra em que o papel do soldado motociclista mais se destacou.

Grandes marcas de motorizadas (quer Europeias, que Americanas) cresceram durante esta época ao ponto de ainda hoje se manterem como grandes nomes do mundo das duas rodas, embora mais ao dispôr do trabalho cívil e lazer.

Máquinas dA GuerraMáquinas dA Guerra

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Do “eixo” Alemão temos a Zundapp KS 750, por exemplo, foi construída entre 1940 e 1944 para o Alto Comando Alemão. E para eliminar gastos ex-cessivos com manutenção, principalmente em casos de avaria durante batalha, as suas peças eram em 70% se-melhantes às da BMW R75, outra mota muito utilizada na Segunda Guerra.

A Zundapp KS 750 foi ape-lidada de “elefante verde” pois tinha o torque tão alto que conseguia transportar quatro pessoas e ainda re-bocar certas cargas pesa-das, tendo sido fabricada especialmente para o trans-porte de tropas, foram pro-duzidas, durante 4 anos de produção, 18.695 unidades para utilização do exército alemão. Eram suas principais características o motor de 26 hp a 4.000 rpm, tracção de travões hidráulicos às rodas traseiras e do sidecar e caixa de 4 velocidades.

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Do lado de lá do Oceano Atlântico temos as Harley-Davidson, utilizadas pelo exér-cito Americano durante o con-flito e que se tornaram num ícone da imortalidade no Mo-tociclismo até aos dias de hoje. Durante a época do conflito eram conhecidas como “WLA”, possuía três velocidades e em-braiagem no pé.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Harley produziu cerca de 90 mil motocicletas “WLA” para defender suas tropas contra a ofensiva nazi, pelo que esta motorizada foi carinhosamente apelidada de “Libertadora”.

Estas “WLA” tiveram uma ré-plica adaptada para os dias de hoje de nome Warboy. Nela, é utilizado o quadro alterado de uma Sportster 883 e sistema elétrico de 12 V, arranque elé-trico e motor V-Twin.

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Andar de moto no meio da guerra até pode parecer muito aventureiro e cheio de es-tilo com sidecar, e capacete a condizer, mas na verdade triplica, no mínimo, as possibili-dades de ser atingido a tiro ou sair em vôo devido a explosões mesmo que das mais pequenas.

Mas o facto é que a mobilidade das motas é sempre uma mais-valia daí a sua utilização até mesmo em cenários de guerra.

Em épocas ainda mais distantes, os com-boios de carroças e carruagens, ligaram populações, regiões, países, e, nos tempos de guerra, conduziram homens e armas para as batalhas. Esses comboios eram acompanhados por cavaleiros ou soldados a pé, que se deslocavam para protegê-los das ações do inimigo, e cujo serviço principal era garantir a sua proteção e o caminho certo a seguir.

Estes homens eram “Escoltas”, e recebiam o seu nome do tipo de serviço que prestam, ou seja a Escolta, um tipo de operação mili-tar que tem por objetivo a segurança de um comboio, logístico ou não, ou autoridades.

Foi precisamente este o serviço prestado por soldados motociclistas militares da 2ª Guerra Mundial, para além da utilização como estafetas, ligações de comando, serviço postal militar, serviço de transmis-sões, batedores, observação do tiro de ar-tilharia, socorro, evacuações, alertas contra ataques aéreos ou transportes urgente de oficiais.

Os carros laterais (sidecar) destas motas eram adaptados de vários modos, ou com uma metralhadora, ou uma maca, ou uma mini cozinha, ou com material de transmis-sões.

A sua importância como veículo de ligação em caso de ataque do inimigo, durante os combates, era inquestionável e alvo de um enorme orgulho para quem as conduzia.

O uso das motas não foi uma novidade, uma vez que estiveram bem presentes na 1ª Guerra Mundial também nos exércitos Americano e Alemão, superando obvia-mente o trabalho até então prestado por cavalos e bicicletas.

No entanto, foi neste 2º conflito mundial que as vantagens demonstradas pelas motoriza-das na guerra foram mais evidentes.

Até ao final desta Grande Guerra foram construídos e embarcados para a Europa 90.000 unidades do modelo WLA da Harley-Davidson na versão militar.

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Da Rússia “com amor” veio a M72, uma cópia do modelo BMW R71, utiliza-do pelo exército de Adolf Hitler.

Esta motorizada entrou em produção a pedido de Joseph Stalin.

No total, 9.799 unidades deste modelo ajudaram o exército russo durante os confrontos.

O modelo M72 utiliza a base da Ural Retro e pos-sui a coloração verde. En-tre os itens de série da versão com sidecar estão uma pá, roda reserva e su-porte para metralhadora.

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Em Novembro de 2011 por comemoração dos 70 anos da sua fábrica em Irbit a Ural lançou uma versão comemorativa da M70. Foi produzida em apenas 40 unidades divididas em duas versões, uma com sidecar (30 unidades) e outra sem (10 unidades). De acordo com a marca, esta mota é uma homenagem ao modelo M72 utilizado pelos russos na 2ª Guerra Mundial.

Fica a nossa breve homenagem a todos os heróis de guerra moto-ciclistas que apresentaram o seu derradeiro sacrifício.

Aos do passado e os que possam vir no futuro...

Carla Pinto

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Maio é um mês cheio de boas celebrações, para além de que é o mês em que a Primavera corre (normal-mente) a 100% e com mais vontade começamos a saír à rua com as nossas companheiras de duas rodas.

Mas acima de tudo, é em Maio que celebramos as nossas Mães, mais precisamente no 1º Domingo do mês. Por este motivo pensámos em ter nesta 3ª Edição da “F125cc Aventura” um apontamento dedi-cado às mulheres em geral, mas claro está principal-mente às Motociclistas.

Não é de hoje que as mulheres “andam de mota”. Podemos ver pelos nossos olhos que aquilo que nos anos 50, 60 e 70 era sinónimo de masculinidade, hoje em dia é visto por um grande número de mulheres com os mesmos olhos dos homens, um veículo ágil que transmite uma sensação de liberdade e em mui-tos casos, transforma os nossos estilos de vida. Em-bora não estejam disponiveis dados estatisticos sobre mulheres motociclistas em Portugal, em países como os Estados Unidos da América e Brasil o caso muda de figura, sendo o número estatístico de mulheres moto-ciclistas bastante elevado.

Em Portugal, encontramos diariamente exemplos disso mesmo, desde a “Joana que segue para o Li-ceu”, à “Isabel que se desloca para o trabalho” até à “D. Maria que transporta uma caixa de cebolas acabadas de apanhar”, podemos dizer que como em quase tudo as mulheres chegaram ao Motociclismo aos poucos, um tanto envergonhadas, mas vieram para ficar.

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Os três maiores motivos que as fazem con-duzir uma mota são: o trânsito caótico das grandes cidades, onde andar de moto é muito mais rápido que de carro, os preços das mo-tos que são mais baixos que os dos carros as-sim como o consumo de combustivel que é menor e o puro prazer em sentir a liberdade em conduzir uma mota. E nestes motivos não há diferenças entre homens e mulheres.

As mulheres tal como os homens têm gos-tos muito variados no que respeita ao tipo e cilindrada das motas que escolhem. É vê-las (a elas e às suas montadas) de todas as maneiras e feitios: desportivas, trails, custom, scooters, super motard... é só escolher !

A nível Mundial o 1º de Maio é também con-hecido como o Dia Internacional da Mulher Motociclista embora em Portugal não haja grande enraizamento dessa data, talvez por falta de conhecimento.

Alguns dizem que por falta de motoclubes femininos... bom eu como mulher só posso dizer que não sou a favor de motoclubes em separado... ou melhor, não entedo a necessi-dade. Estamos todos na estrada de duas ro-das, por isso que importa se as rodas são azuis ou cor-de-rosa. Venham eles e elas, a estrada espera por todos nós...!

Carla Pinto

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Sofia PereiraCRENorte 2012

Campeonato Regional de Enduro Norte 2012Realizou-se no passado 6 de Maio a se-gunda edição do Enduro de Chaves (“Chaves Puro & Duro”), a contar para o Campeonato Regional de Enduro Norte 2012. A organização do evento esteve a cargo do “Chaves Puro & Duro”, da Câmara Municipal de Chaves, Junta de Freguesia da Madalena e com o apoio da “Melicias Team”.

Estiveram presentes 170 Pilotos de entre vários pilotos femininos, tal como Sofia Pereira que subiu ao pódio com um muito bem conseguido 3º lugar. “Batemos-lhe à porta” e ela deu-nos uns momentos da sua atenção. Segue-se a entrevista com a Sofia Pereira que certamente irá motivar outras mulheres a praticar esta modalidade e tam-bém a participarem nas provas.

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1. É natural do Porto e praticante de Enduro. Afinal a “mulher do Norte” não é um cliché, certo?

De facto quando se diz uma “mulher do Norte” não é cliché... Ao longo dos tempos temos demonstrado isso mesmo, sobretudo agora em que foi criada uma Classe Senhoras no CRE Norte em que temos a oportunidade de provar que também podemos lutar num desporto dito só para homens. E aproveito esta oportunidade para agradecer ao Paulo Moreira “Melicia” a criação desta classe.

2. Com que idade o Enduro a chamou? A família apoiou de imediato ou foi difícil convencê-los?

Cedo comecei a interessar-me pelo enduro mas duma forma mais lúdica. O meu pai tinha na altura um sidecar, costumava fazer passeios pelo monte e eu ia sempre com ele. Foi aí que tudo começou mas as circunstancias da vida foram adiando esse meu interesse, e só à dois anos (29anos) é que comecei a praticar enduro. Até que este ano com o apoio da PortoEnduro Racing Team comecei a competir. A minha família apoia-

me sempre com entusiasmo em todos os meus projectos de vida de forma incondicional.

3. Sendo uma jovem bonita com um ar extre-mamente calmo e simpático, acha que isso fez ou poderá vir a fazer com que tenha de esfor-çar ainda mais para que a levem a sério sem reticências?

Sou calma, esse é um factor importantíssimo para um bom desempenho numa modalidade tão difícil como o enduro. Independentemente de me acharem bonita ou não, tal como todos os outros, o reconhecimento e credito têm de ser conquistado com o meu empenho e esforço.

4. Portugal é um país onde as mulheres podem facilmente praticar este tipo de desportos ou ainda se encontram muitas barreiras?

”Querer é poder”, no nosso pais não é dificil praticar o enduro, basta haver mais vontade da nossa parte (mulheres). As barreiras se existem, eu neste CRENorte ainda não as encontrei ou senti, embora faltem mais apoios e patrocinios como incentivo.

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5. Qual é o seu papel, por assim dizer, nesta com-petição?

Sou piloto oficial da PortoEnduro Racing Team, uma equipa do Porto com muitos anos de experiência no enduro nacional mas com um nome recente, gerida pelo André Ferreira e Ricardo Barros.

O apoio deles é fundamental para este meu pro-jecto e só eles acreditaram em mim devo dizer. A AJP PR4 200 é sem dúvida uma excelente moto para esta modalidade.

Aproveito esta oportunidade para deixar aqui o meu maior agradecimento á PortoEnduro Racing Team e tambem á ModoJ nas pessoas de Joel Oliveira San-tos e Jorge Gomes pela divulgação da minha par-ticipação neste CRENorte, contudo, luto com a falta de meios apesar de a PortoEnduro Racing Team me ajudar a quase todos os niveis.

6. Sente ou sentiu alguma animosidade por parte dos colegas masculinos ou isso são “guerras” que na verdade não existem?

Isso é um factor que ainda não senti por parte dos pilotos da caravana do CRENorte, muito pelo con-

trário, as palavras de incentivo e apoio são con-stantes.

7. No que consiste o treino pré-época para um de-sportista deste nível? E durante a época de com-petição quais são os cuidados a ter?

Tendo sido atleta de natação de alta competição e a minha principal actividade ainda estar ligada á mesma, a parte fisica para o enduro fica de certo modo assegurada. A parte prática consiste em to-dos os Fins de Semana rumar até ás duras Serras de Valongo treinar sobretudo o percurso. Especiais costumo ir para a excelente pista da EnduroCode Racing School treinar, gentilmente cedida pelo Pau-lo Melicia.

8. Como mulher onde ou como é que o Enduro ex-ige mais de si?

O enduro é por si só exigente em todos os factores, percurso especiais etc.O unico ponto menos exi-gente é quando estou na assistencia a ser mimada pela minha equipa. : )

Fotos de Joel Oliveira e Jorge Gomes - MODO J e Ricardo Brites - Ric@brite PRODUCTIONS facebook

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9. Preferia que não houvesse divisões entre classe masculina e feminina ou concorda que deve ser assim?

Acho que não devia... Mas o facto de as participantes terem a oportunidade de subir ao pódium no meio de tantos pilotos é sem duvida um forte inecentivo á sua participação. 10. Se pudesse escolher um campeonato ou com-petição para ser o 1º Classificado, qual seria? E porquê? Obviamente gostaria de vencer o CRENorte na minha classe. Porque sinto que este campeonato veio trazer algo de novo ao enduro nacional onde sem muitos custos, podemos participar numa verdadeira com-petição. Porque o facto de alguem se ter lembrado de nós, mulheres e ter criado essa classe merece o nosso respeito.

Aproveito tambem para dizer a todos que vou estar presente na próxima prova a contar para o Campeonato Nacional de Enduro em Fafe nos dias 19 e 20 de Maio, conto com o vosso apoio.

O meu muito obrigado ao F125cc por me terem dado esta oportunidade e um grande beijo para os leitores.

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A 11 de Novembro de 2011, deu-se em Chaves, na Junta de Freguesia da Madalena, ao lado do rio Tâmega, a final do Campeonato Regional de Enduro Norte (CREN), tendo esta prova da final sido também a 1ª edição do “Chaves Puro & Duro”.

Embora seja uma prova de carácter amador encontrou-se aberta a todos os praticantes de enduro interessados.

O Chaves Puro & Duro resultou da ideia de dois amantes do desporto motorizado, Domingos KIKI e David Girassol, que na ausência de inicia-tivas na área do TT se propuseram à realização de passeios e provas no concelho de Chaves.

Depois da realização do primeiro passeio, a estes aventureiros vieram juntar-se novos camaradas, a saber, Pepo Man, Bruno Veloso, Vasco Lobo e Pedro Izei, entre outros.A 3ª Edição deste mini – campeonato tem já data marcada para 22 de Maio e terá lugar no Aeródromo de Chaves.

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informação e imagens cedidas por Domingos Kiki, do “Chaves Puro & Duro”.http://chavespuroeduro.com

Imagem da construção de uma das pistas do “Chaves Puro & Duro”

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E é no seguimento destas curvas que demos voz a três camarigueiras do F125cc, a Sofia Matos, a Gisela Gomes e a Leonor Câmara que nos brindaram com as suas experiências, gostos e opiniões.

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Aos 18 anos comprei a minha primeira acelera, contra a vontade dos meus pais. Muitos quilómetros de puro prazer me deu.

Pouco ligava á oficina, só para as revisões. Levava pouco mais de 2 litros de mistura, e andava quilómetros e quilómetros…..Nas subidas tinha que ajuda-la, pondo os pés no chão e empurrando. Tinha 2 mudanças automáticas que ao fim de al-gum tempo já as controlava de tal forma que só mudava de mudança quando eu queria.

Um dia de ida á praia no meu do caminho aconteceu o que todos te-memos, arrebentou o pneu traseiro. Fi-cou encostada uns dias até colocarem o novo e continuar a rolar. Entretanto tirei a carta de automóvel e foi ficando mais encostada até ser vendida a um amigo.

Durante anos não peguei em mais nen-huma menina, até sair a “lei das 125”. Nesta altura o bichinho voltou, procura e mais procura e depois de ter convencido o meu marido, que sempre detestou as 2 rodas por serem demasiado perigo-sas, adquiri uma KYMCO downtown 125. Uma mota linda. Foi amor á primeira vis-ta. Robusta, com muita protecção, bem concebida.

Parecia que o tempo tinha recuado. O prazer de levar com o vento nas “fuças”, como muitos dizem, era hilariante. Com o tempo a mentalidade foi mudando e comecei a perceber que tinha que investir um pouco na minha própria segurança, coisa que nem me preocupava na adolescência. E assim foi, pesquisas e mais pesquisas, conversas em fóruns com os mais experientes, cai na realidade, tempos de 50 cc tinham passado e que agora tinha que aprender muito.

Casaco para aqui, luvas para ali e lá fui fazendo um pequeno enxoval de motard.Após 1 ano e meio de DT o meu marido, que sempre foi contra as 2 rodas, resolveu ir á escola de condução e …. Fomo-nos inscrever. Alguns Meses decorreram e carta na mão. Ora 125 já não fazia sentido, além disso a DT é muito boa mas, faltava-lhe um bocadinho. Nas ultrapassagens tinha muita dificuldade e tornava-se perigoso.

Mais umas pesquisas e lá comprei uma YAMAHA majesty 400, e o meu marido uma HONDA cbf 600, para quem não gostava, não está nada mal.O enxoval teve que ser reforçado porque a segurança acima de tudo. Os percursos começaram a aumentar e hoje um dia sem a “sua majestade” é um suplício, o dia nunca mais passa, as horas duraram eternidades, os minutos duram horas.

Esta é a minha pequena experiência em 2 rodas.

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Diz-nos o ditado, “Mulheres ao volante, perigo con-stante”. Porem o ditado é velho e ultrapassado e apesar de todos o conhecemos muito bem ele já não passa exactamente disso – um velho ditado.

Felizmente, houve no passado mulheres com garra e determinação para mudarem as regras do jogo e fazerem com que a sociedade dos nossos dias fosse diferente, mais igualitária. Um dos grandes exemplos que temos disso é exactamente no mundo das duas rodas. No passado era pouco provável ou até mesmo impossível ver uma mulher em cima de uma mota e ter prazer nisso, mas, apesar de haver mudanças, a maioria delas são demasiado lentas e ainda nos dias de hoje existe bastante preconceito.

Nasci num meio em que as duas rodas e os grandes motores foram sempre tema de grande conversa e de convívio. A paixão pelo motocross e pelo enduro fizeram sempre parte quer do meio familiar quer do grupo de amigos da família. Deste modo, era quase impossível que não me tivesse afectado pessoal-mente e à medida que fui crescendo o gosto pela condução, pela liberdade e pela tranquilidade que nos trás as duas rodas foi crescendo também.

Como referi anteriormente nem tudo são rosas e as mudanças levam a algum tempo até estarem com-

pletamente concluídas e é claro que sofri na pele o preconceito, e por mais estranho que pareça o preconceito veio na maioria por parte de mulheres e não pela parte dos homens como seria de esperar.

O preconceito veio não só pelo facto de ser mulher mas pelo conjunto de ser uma mulher e tão jovem, mas ao que parece o maior problema de tudo, pelo menos no meu caso, estava simplesmente no tipo de mota. No momento em que me decidi a comprar uma mota e a levar a minha ideia para a frente de-cidi que teria de ser um investimento em algo que valesse realmente a pena e que “me enchesse as medidas”. Deste modo decidi investir numa mota robusta, de passeio, e claro, com algum estilo (para meu gosto). O importante era a sua estabilidade e ser o mais abrangente possível às necessidades do meu dia-a-dia.

Porém, apesar de ter sido comparada diversas vezes com um homem pela minha escolha percebi que tinha tomado a opção mais correcta pois con-segui sentir com a minha mota todas as sensações que esperava sentir enquanto pequena e, também percebi que o importante é a maneira como nos sen-timos e vemos todos os nossos actos e não a boca de quem não vê mais nada para além dos preconceitos e dos estereótipos criados.

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Gosto de liberdade! Poder parar em qualquer lado (salvo seja). Gosto de sentir vento, chuva, sol!

Metade da semana com a pequenada, de carro; outra metade, eu, o “meu cavalo” e o meu ca-pacete pintado pelo Nuno’s Draw (no facebook): a responsabilidade de mota transfere-se para a condução de carro, quer pela cilindrada quer pela atenção em relação aos outros que triplica…(na autoestrada, em 4 rodas sou demasiado acelera, admito…por isso de 125cc fico controlada)

Como vim cá parar? Não é longa história. Uma prima com motorizada, um namorado na facul-dade que “herdou” uma virago 1100.Por outro lado, já era apaixonada pelo vento e liberdade através da prática de vela (classe 420) que me obrigava a ter um “pendura”! não tinha peso su-ficiente para classe solo.

A minha escolha recaía sempre numa choper. Chopper, sim! Não tem nada a ver com veloci-dade. É não ter nada à volta. Sentir o corpo

fazer parte da máquina (aliás, foi a evolução dos horses dos cowboys!) Não importa a hora de saída: “deixa-me gozar”: eu e my machine. “Easy rider”...com prática, chega-se lá.

Outro tipo de “família”: um “Hi!” gestual, uma buzinadela, ajuda quando se está em apuros!

A escolha: o problema mantinha-se numa 125cc que me prendesse logo a atenção (impulsiva de-mais, se calhar), cuja mecânica não fosse bicho de sete cabeças e que (ponto must) se caísse pu-desse, sozinha, pôr a mota de pé! Desde motas em segunda mão, na net, até andar com colegas a ver as lojas, foram uns meses!

Comentários do género “quanto mais pesada melhor”, não me convenciam…Até houve um com certa “graça” nortenha (conversa telefóni-ca): ”desculpe, mas a mota é para si?” com um riso trocista. Dessa até tive pena, era uma virago 125cc importada. Mesmo assim, pela questão de peso (toda atenção e extras por parte da loja onde adquiri) recaíu na keeway superlight!

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Realizou-se no passado dia 1 de Maio em Fátima o 3º encontro Nacional Superlight Portugal Clube que contou com a presença de 33 motas e vários participantes.

Teve a participação de simpatizantes deste modelo, de Norte a Sul do País. No caso da caravana do norte, que saiu de Viana do Castelo cerca das 05:45h engrossando a quantidade de motas e participantes á passagem em Gaia, Sta. Maria da Feira, Aveiro, Coimbra e Leiria, chegando a Fátima por volta das 11h. Logo de seguida chegou a caravana do sul.

Depois dos cumprimentos e trocas de impressões a cerca da viagem e do en-contro, seguiu-se em caravana até á localidade de Macieirinha, onde se iría fazer o pic-nic com os variados petiscos e doces de cada região. No entanto devido às condições climatéricas o pic-nic deu-se no pavilhão da ACRM.

Reinou a boa disposição, alegria e acima de tudo a amizade que tem vindo a crescer neste grupo, matando saudades de quem já se conhecia e dando boas vindas aos novos membros.

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Homenageou-se o principal responsável pelo começo deste grupo o “César” que através do seu blogue fez com que houvesse interesse por este modelo “superlight” e principalmente pela fundação deste clube. Depois da foto de grupo e devido ao tempo chuvoso que se fez sentir a caravana do norte pôs-se a caminho de volta a casa, enquanto a caravana do sul ainda fez uma

paragem na Nazaré.

Neste que foi o 3º encontro su-perlight todo o grupo agradece a presença de todos os que não tiveram medo da chuva, princi-palmente agradece a vossa ami-zade. Em nome de todo o grupo um agredecimento especial para todos e obrigado por fazerem parte desta grande família.

“UM POR TODOS E TODOS POR UM”

Texto e Fotos de Pedro Vieito

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O Egg-Run é um evento de solidarie-dade para com as crianças desfavorecidas.Todos os anos o Star Riders Portugal (SRP) escolhe uma localidade onde, pela altura da Páscoa, os seus associados entregam às crianças carenciadas doces, brin-quedos e outras lembranças recolhi-das anteriormente por todo o país.Um dos pontos altos deste dia é o “baptismo motard”. Todas as crianças podem dar uma volta numa das motos e, através dessa ex-periência, guardar uma recordação especial. Este evento foi organizado pela primeira vez em 2006, durante o primeiro ano de vida oficial do clube, logo se percebeu que havia muito por onde crescer. As previsões confirmaram-se e o Egg-Run é já um acontecimento considera-do e respeitado entre a comunidade motard.

O seu crescimento contínuo levou a que os SRP procurassem outro tipo de apoi-os, nomeadamente junto das autarquias. Maiores facilidades na identificação das instituições, conhecimento das famílias com crianças carenciadas e cedência de es-paços para o desenrolar de todas as activi-dades são alguns dos aspectos fundamentais.

Procura-se, o envolvimento activo dos motoclubes da zona, que através dos seus conhecimentos po-dem colaborar na organização e na mobilização.

Incentivar a participação dos motards através dos clubes ou a título individual, procurar apoios junto de empresas locais e nacionais, envolver a popu-lação local e divulgar o evento através das novas tecnologias e da comunicação social, são formas de chamar a atenção para um problema que pode ser minorado, sobretudo na conjuntura actual.

Para que tudo decorra em segurança, a partici-pação das forças de ordem pública são também fundamentais, especialmente neste caso, em que as crianças são os principais intervenientes.

O Egg-Run continua a crescer e tem ca-pacidade para ser um dos grandes acon-

tecimentos anuais no calendário motard. É um evento do Star Riders Portugal, é um evento de todos os que se preo-cupam com crianças desfavorecidas.Mais crianças, mais sorrisos, maior sucesso!

Star Riders

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Difícil crer que seja possível preferir o desconforto de uma motocicleta, onde se fica instavelmente

instalado sobre um ban-quinho minúsculo, tendo que fazer peripécias para manter o equilíbrio e torcendo para que não haja areia na estrada.

Como podem achar bom trans-portar o passageiro, dito garu-pa, sem nenhum conforto ou segurança, forçando o coitado a agarrar-se à pança do mo-tociclista, sujeitando ambos a toda sorte de desconfortos, como chuva, ou mesmo aquela “ducha” de água suja jogada pelo carro que passa sobre a poça ao lado, ou de ficarem inalando aquele malcheiroso escapamento dos caminhões em uma avenida movimen-tada como a marginal Tietê, por exemplo, sem falar da ne-cessidade de se utilizar capas, casacos e capacetes, mesmo naqueles dias de calor intenso.

Isso tudo enquanto vivemos numa época em que os au-tomóveis oferecem toda sorte de confortos e itens de segurança.

Ar-condicionado, que permite que você chegue ao trabalho sem estar fedendo e suado; “air bags”, barras laterais, cintos de três pontos, etc., que con-ferem ao passageiro uma segu-rança mais do que necessária; som ambiente; possibilidade de conversar com os passagei-ros (OS passageiros. ..) sem ter que gritar e assim por diante.

Intrigante personagem, esse tal de motociclista.

Apesar de tudo o que disse aci-ma, vejo sempre em seus rostos um estranho e particular sor-riso, que não me lembro de ha-ver esboçado quando em meu carro, mesmo gozando de todas as facilidades de que ele dispõe.Passei, então, a prestar um pou-co mais de atenção e percebi que, durante minhas viagens, motociclistas,independente

de que máquinas possuíssem, cumprimentavam-se uns aos outros, apesar de aparente-mente jamais terem se visto antes daquele fugaz momen-to, quando se cruzaram em uma dessas estradas da vida.

Esquisito...

Prestei mais atenção e desco-bri que eles frequentemente se uniam e reuniam, como se fossem amigos de longa data, daqueles que temos tão pou-cos e de quem gostamos tanto.

Senti a solidariedade que os une. Vi também que, por baixo de muitas daquelas roupas de couro pesadas, faixas na cabeça, luvas, botas, correntes e cavei-ras, havia pessoas de todos os tipos, incluindo médicos, juízes, advogados, militares, etc. que, naquele momento, em nada faziam lembrar os sisudos, for-mais e irrepreensíveis profissio-nais que eram no seu dia a dia.

Descobri até alguns colegas, a quem jamais imaginei ver para-mentados tão estranhamente.

Muito esquisito...

Ao conversar com alguns deles, ouvi dos indizíveis prazeres de se “ganhar a estrada” sobre duas rodas; sobre a sensação delicio-sa de se fazer novos amigos por onde se passa; da alegria da re-descoberta do prazer da aventu-ra, independente da idade; e da possibilidade de se ser livre e alegre, rompendo barreiras que existem apenas e tão so-mente em nossas mentes tão acostumadas à mediocridade.

Vi, ouvi e meditei sobre o assunto.

Mudei a minha vida...

Maravilhoso personagem, esse tal de motociclista. Muitas mo-tos eu tive, mas jamais fui um verdadeiro motociclista, erro que, em tempo, trato agora de desfazer. Mais que uma nova moto, a moto dos meus sonhos.

Mais que apenas uma moto, o rompimento dos grilhões que a mim impunham o medo e o pre-conceito e que por tanto tempo me impediram de desfrutar de tantas aventuras e amizades.

Quem sabe o tempo que perdi e as experiências que deixei de vivenciar.

Se antes olhava-os com estra-nheza, mesmo sendo proprie-tário de uma moto (mas não um motociclista) , vejo-os agora com profunda admiração e, quando não estou junto, com uma deli-ciosa pontinha de inveja.

O interessante, é que conheço pessoas que jamais possuíram moto, mas que estão em per-feita sintonia com o ideal moto-ciclista.

Algumas chegam até mesmo a participar de encontros e listas de discussão, não que isto seja imprescindível ou importante.

O que importa é a filosofia en-volvida.

Hoje, minha esposa e eu, mon-tados em nossos sonhos, plane-jamos, ainda timidamente, lanc-es cada vez maiores, sempre dispostos a encontrar novos vel-hos amigos, que certamente nos acolherão de braços abertos.

Talvez, com um pouco de sorte, encontremos algum motorista que, em seu automóvel, note e ache estranho o personagem que, passando em uma moto-cicleta, com o vento no rosto, ainda que sob chuva ou frio, mostre-se alheio a tudo e fe-liz, exibindo um largo e incom-preensível sorriso estampado no rosto.

Quem sabe ganharemos, en-tão, mais um irmão motociclista para o nosso grupo.

de Fernando Drummond

“Estranho personagem, esse tal de Motociclista...”

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Os nossos sinceros agradecimentos a todos os que de alguma forma

participaram na publicação da 3ª edição da “F125cc Aventura”.

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