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ESTUDO PARA A DOCUMENTAÇÃO DE HOSPITAIS MODERNOS BRASILEIROS (1940 A 1960).
COSTEIRA, ELZA MARIA ALVES. (1); AMORA, ANA ALBANO. (2)
1. PROARQ/FAU/UFRJ Av. Epitácio Pessoa, 4476, Bl 1, apto. 902. Lagoa, Rio de Janeiro, RJ. CEP 22471-004
2. PROARQ/FAU/UFRJ Rua das Laranjeiras, 457, Bl A, apto 304. Laranjeiras, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 22240-005.
RESUMO Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo detalhado das características e elementos constituintes de alguns hospitais modernos brasileiros, de autores consagrados pela historiografia e realizados no período em foco. Estes exemplos demonstram como os conceitos do movimento moderno brasileiro foram usados para projetos hospitalares e dão subsídios para orientar futuras intervenções, compatibilizando a memória da saúde e da arquitetura com as novas conquistas científicas e tecnológicas de assistência. Ao observar as construções de edifícios hospitalares brasileiros, no período compreendido entre as décadas de 1940 a 1960, conclui-se que, para além da adequação do projeto às premissas da saúde, os arquitetos e projetistas encontravam-se fortemente influenciados pelas características da nova arquitetura moderna. Essa arquitetura se desenvolve no Brasil a partir dos conceitos discutidos e praticados pelos arquitetos, à luz do projeto do Ministério de Educação e Saúde Pública, de 1936, e da exposição da nova arquitetura brasileira no MoMa, em Nova York no ano de 1943, que gerou a publicação do livro Brazil Builds: Architecture New and Old 1652-1942, por Philip Goodwin. A abordagem dos projetos desses hospitais procura agregar os principais aspectos que demonstram o alinhamento da arquitetura hospitalar aos novos padrões da arquitetura moderna. A partir do uso das estruturas em concreto armado e por meio de paredes de alvenaria não estrutural, desenhadas de forma modulada, atingiu-se uma liberdade na concepção de espaços mais flexíveis, que pudessem atender às atividades médicas assistenciais, Além disso, assistiu-se à busca por maior conforto nas enfermarias e quartos de internação, com um cuidadoso estudo de orientação dos blocos prediais e do emprego de elementos que pudessem proporcionar o controle da ventilação e insolação preconizadas como integrantes essenciais dos espaços de atenção à saúde. Finalmente, encontra-se o cuidado em agregar aos projetos jardins terapêuticos e obras de arte - painéis, esculturas e pinturas murais - pontuando e afirmando que a arquitetura moderna brasileira se apresentava como síntese das artes, questão longamente discutida durante o Congresso Internacional de Críticos de Arte, ocorrido em 1959 em Brasília, prestes a ser inaugurada. Dessa forma, se alcançava uma arquitetura capaz de absorver novas tecnologias ao longo do tempo, compatibilizando seus atributos tipológicos com uma abordagem pioneira de conforto ambiental e humanização, partes integrantes do projeto moderno.
Palavras-chave: Hospitais Modernos; Documentação de Hospitais; Tipologia Hospitalar.
4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro
Introdução
Ao observar os edifícios hospitalares brasileiros, no período compreendido entre década de
1940 até 1960, conclui-se que os arquitetos e projetistas encontravam-se fortemente
influenciados pelas características da arquitetura moderna. Essa arquitetura, com preceitos
que se desenvolveram no período entre guerras, na Europa, acabou por se disseminar em
todo o mundo ocidental, notadamente nos anos que sucederam a segunda guerra. A
chamada Arquitetura Moderna se desenvolve no Brasil desses tempos a partir dos conceitos
que vinham sendo discutidos pelos arquitetos, à luz do projeto do Ministério de Educação e
Saúde Pública, de 1936, e da exposição sobre arquitetura brasileira no MoMa, em Nova
York no ano de 1943, que gerou a publicação do livro Brazil Builds: Architecture New and
Old 1652-1942, por Philip Goodwin como aponta Roberto Segre (2013).
“(...) o grande momento da história dos hospitais modernos aconteceu entre
as décadas dos anos trinta e os anos cinquenta, não somente no Brasil com
a Revolução de Getúlio Vargas, mas também na maioria dos países da
América Latina. Por uma parte, se assimilou a influência dos Estados
Unidos através da Fundação Rockefeller, que desempenhou um papel
significativo na modernização da medicina brasileira com antecedência à
Segunda Guerra Mundial” (SEGRE, 2013).
Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo detalhado das características e
elementos constituintes de alguns hospitais modernos brasileiros, de autores consagrados
pela historiografia e realizados no período em foco. Estes exemplos demonstram como os
conceitos do movimento moderno brasileiro foram usados para projetos hospitalares e dão
subsídios para orientar futuras intervenções, compatibilizando a memória da saúde e da
arquitetura com as novas conquistas científicas e tecnológicas de assistência.
Para subsidiar o estudo dos diversos atributos presentes nos projetos destes hospitais,
optou-se pela organização de dois Quadros-Resumo que apresentam as características
arquitetônicas modernas e as características da arquitetura hospitalar, respectivamente.
As características projetuais da moderna arquitetura foram escolhidas a partir de atributos
considerados essenciais aos projetos da época. As premissas da arquitetura hospitalar
também foram elencadas ordenadamente para que se estabeleçam as diretrizes de
atendimento médico traduzidas na organização dos seus espaços, visando dotar as
instituições dos novos elementos de diagnóstico e tratamento utilizados no período
estudado.
A seleção apresentada seguiu critérios referentes à inovação e de afirmação da nova
arquitetura brasileira e são exemplos dessas concepções, tanto em relação a aspectos
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hospitalares como de linguagem arquitetônica. Edifícios projetados por arquitetos
consagrados pela historiografia como Vila Nova Artigas e o Hospital São Lucas (1945) em
Curitiba, Irineu Breitman e o Hospital Fêmina em Porto Alegre (1955), Jorge Machado
Moreira e o Hospital das Clínicas em Porto Alegre (1955), Firmino Saldanha e o Hospital dos
Marítimos (1955) no Rio de Janeiro, Rino Levi e o Hospital Pérola Byington (1958) em São
Paulo, e Oscar Niemeyer e o Hospital Sul América (1959) no Rio de Janeiro demonstram
como os conceitos do movimento moderno brasileiro foram usados para projetos
hospitalares.
Características da Moderna Arquitetura de Saúde
As premissas para os projetos demonstram o alinhamento da arquitetura hospitalar aos
novos padrões da arquitetura moderna. O uso de linhas retas, volumetria abstrata, a
ausência de ornamento e de referencias históricas, a atenção aos aspectos funcionais, a
exploração das características construtivas do concreto armado. Tais princípios difundidos
pelo arquiteto Le Corbusier em seu livro Por uma Arquitetura (1998), e em seu projeto para
uma casa- a Ville Savoie (1928)- em que empregou os chamados “os cinco pontos”:
construção sobre pilotis, planta livre da estrutura, terraço jardim, fachada livre da estrutura e
janelas em fita- são considerados pelos arquitetos brasileiros, e se relacionam ao impacto
causado pela construção do edifício para o Ministério da Educação e Saúde, que foi o
primeiro edifício público em altura a empregá-los.
Assim, a partir do uso das estruturas em concreto armado, atingiu-se uma liberdade na
concepção de espaços mais flexíveis, que pudessem atender às atividades médicas
assistenciais, por meio de paredes de alvenaria não estrutural, implantadas a partir do uso
de modulação nos projetos e adequada insolação e aeração dos ambientes. Essa nova
maneira de projetar permitiu que os prédios hospitalares, livres das imposições espaciais
que a estrutura deixou de impor aos ambientes, se voltassem para a organização dos
diversos serviços de acordo com as atividades desenvolvidas e sua adequada localização
no prédio hospitalar, como descreve o arquiteto Jarbas Karman, referencia para a
arquitetura hospitalar brasileira:
“O agrupamento das unidades dos hospitais gerais por suas afinidades e
atividades ali desempenhadas resultou na definição de cinco zonas: 1) de
pacientes externos, composta por unidades destinadas aos pacientes que
procuram o hospital para tratamento ambulatorial; 2) tratamento e
diagnóstico, que concentram instalações e equipamentos de maior
resolutividade, destinados aos pacientes hospitalizados, ambulatoriais e
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externos; 3) internação, unidades destinadas à permanência de pacientes
durante o período de tratamento; 4) serviço, composta pelas unidades
industriais do hospital, que dão retaguarda aos demais setores, e 5) área de
administração” (KARMAN, 1978).
Além disso, assistiu-se naquele momento a busca por conforto nas enfermarias e quartos de
internação, por meio de um cuidadoso estudo de orientação dos blocos prediais e do
emprego de elementos que pudessem proporcionar o controle da ventilação e insolação
preconizadas como integrantes essenciais dos espaços de atenção à saúde.
Finalmente encontra-se, ainda, ao observarmos os projetos, a preocupação em agregar aos
projetos, jardins terapêuticos e a inclusão de obras de arte- painéis, esculturas e pinturas
murais- pontuando e afirmando uma das características mais exploradas pela arquitetura
moderna brasileira que se apresentava como síntese das artes, como discorre Ana Albano
Amora em relação à arquitetura carioca:
“As parcerias de arquitetos cariocas com o paisagista Roberto Burle Marx
garantiram a qualidade estética e funcional dos jardins dos hospitais.
Diferentemente da tendência internacional de pensar o jardim a partir da
sua funcionalidade, aqui se tomou outro caminho, com o jardim concebido
como parte da arquitetura, que se constituía em um núcleo duro, marcado
pela arquitetura racional, e um núcleo mole, composto pela organicidade do
jardim. Essa unidade se completava com a inserção da escultura e do
painel mural, uma clara posição em direção ao conceito do projeto integral,
junção de todas as artes. Como exemplos devemos citar o Hospital da
Lagoa, realizado em parceria com Oscar Niemeyer (1951-1959), e o
Instituto de Puericultura, com Jorge Machado Moreira (1949-1953), que
constituem patrimônios modernos exemplares de hospitais integrados a
jardins.” (AMORA, 2014).
A questão da Arquitetura representando a “síntese das artes” foi longamente discutida
durante o Congresso Internacional de Críticos de Arte, ocorrido em 1959 em Brasília,
prestes a ser inaugurada. Para tal Celia Gonsales (2012) contribui com a seguinte
afirmação:
“Os arquitetos brasileiros sempre indicaram a dimensão plástica e artística
como fator essencial da arquitetura mesmo aquela de cunho funcionalista”.
Mas também, desde muito cedo, essa obra se caracterizou pelo trabalho
integrado de pintores, escultores, arquitetos e paisagistas que, através da
inclusão da cultura local, buscaram a satisfação humanista em uma arte
constituído como “manifestação normal da vida”. Como é sabido, a partir do
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projeto do Ministério de Educação e Saúde no Rio de Janeiro, começa um
processo intenso de colaboração entre artistas e arquitetos”. (GONSALES,
2012).
Dessa forma, se alcançava uma arquitetura capaz de absorver novas tecnologias ao longo
do tempo, compatibilizando seus atributos tipológicos com uma abordagem pioneira de
conforto ambiental e humanização, partes integrantes do projeto moderno.
Assim, no Quadro 1 encontram-se as características que indicam esses hospitais como
exemplos do projeto moderno, aplicando aos edifícios de assistência à saúde da época
estudada (1940 a 1960) os elementos marcantes da nova arquitetura.
A conformação do Quadro 2 tem como diretriz a apresentação de algumas premissas
requeridas especificamente pela função hospitalar da época estudada (1940 a 1960).
Quadro Resumo 1- Características da Arquitetura Moderna
Para cada um dos edifícios hospitalares escolhidos, após a apresentação da autoria, local e
data dos projetos estudados, optou-se por apontar a tipologia formal, sistema construtivo,
numero de pavimentos, implantação no terreno, tipo de embasamento e relação com o
espaço público, além da orientação dos blocos principais.
A primeira observação dos edifícios estudados em relação à sua tipologia formal, sinaliza a
opção pela verticalização das construções hospitalares, seguindo a tendência em curso na
América do Norte. Como fato, a opção por edifícios mais compactos e altos em detrimento
dos antigos pavilhões sanatoriais começa a predominar. Considera-se que o fato, após a
presença de convênios dos governos brasileiros com a Fundação Rockfeller, de um grande
número de médicos e administradores hospitalares brasileiros ter tido acesso a viagens de
estudos e cursos de pós-graduação em universidades americanas teve grande influencia
nessa mudança, como aponta Costa (2011):
“No começo do século XX, o sistema monobloco, criado nos EUA, atraía
cada vez mais planejadores hospitalares e parecia ser a resposta a uma
modernidade mais própria ao novo século. (...) Ernesto de Sousa Campos
(1882-1970), médico, engenheiro, autor de diversos projetos hospitalares no
Brasil e ministro da Saúde em 1946, foi um dos maiores defensores do
modelo monobloco. Chamado para supervisionar a elaboração de um novo
projeto para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São
Paulo, Sousa Campos percorreu diversos hospitais, durante viagem de seis
meses pelos EUA e Europa em 1925, com o intuito de transformar a
proposta inicial, defendida por Ramos de Azevedo – pavilhonar e de feições
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neogóticas –, em outra que contemplasse a nova orientação formal que
chegava ao Brasil por meio da atuação da Fundação Rockefeller” (COSTA,
2011, p. 60).
Na coluna 2 do quadro 1, aponta-se o sistema construtivo destes prédios, enfatizando o
emprego das premissas da verdade estrutural preconizada entre outros por Le Corbusier e,
a partir das reflexões e discussões sobre a importância da funcionalidade, o emprego de
sistemas modulares, a construção sobre pilotis, possibilitando o descolamento das
estruturas do solo e a permeabilidade e relação com os espaços da cidade no pavimento
térreo. Isso irá permitir, ainda, a liberdade no estabelecimento da locação das alvenarias,
atendendo de maneira mais adequada aos diversos programas de saúde, liberando os
ambientes do lançamento estrutural e possibilitando a abertura livre das esquadrias,
inundando os ambientes de luz e aeração.
As observações a respeito da verticalização são enfatizadas quando se aponta o número de
pavimentos de cada hospital estudado, na coluna 3. De qualquer forma observa-se que se
tratam apenas de tentativas de otimizar a ocupação dos terrenos, já inseridos em plena
malha urbana e apresentando área relativamente limitada para o atendimento dos
programas arquitetônicos necessários para suprir a demanda por serviços hospitalares. No
entanto, as maiores alturas projetadas para estes prédios não ultrapassavam, na maioria
dos casos, dez a quinze pavimentos, o que caracterizava certo distanciamento com os
hospitais norte-americanos de grande número de andares, característica marcante da
acelerada conformação das cidades do pós-guerra nos EUA, como apontam Gisele
Sanglard e Renato Gama-Rosa Costa:
“A única indicação do surgimento de uma tipologia nos Estados Unidos é a
do bloco vertical. Foi nesse país que surgiram os hospitais em blocos acima
de cinco pavimentos. Enquanto na Europa os pavilhões hospitalares não
podiam passar de dois pavimentos, nos Estados Unidos os prédios atingiam
a impressionante altura de 20 andares, verdadeiros arranha-céus. a
estrutura pavilhonar que dominou a arquitetura hospitalar ao longo do
século XIX cuja principal característica era a preocupação com o contágio,
percebido na separação dos serviços e na aeração dos pavilhões e a
arquitetura em monobloco, que começou a predominar a partir do entre
guerras”. (SANGLARD e COSTA, 2004).
A coluna 4 aponta as diversas soluções usadas pelos arquitetos ao implantar as circulações
verticais nos projetos estudados. Sem dúvida, observa-se a adoção de torres e volumes que
organizam os fluxos entre os pavimentos e refletem uma abordagem estética característica
da arquitetura moderna brasileira. Encontra-se a ênfase nas soluções de volumetria externa,
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para escadas e elevadores, em relação aos blocos que abrigam os serviços hospitalares,
como que a explicitar a função e a racionalização dos fluxos. O uso de rampas em Artigas-
no Hospital São Lucas e a coluna vertical para escadas e elevadores em Niemeyer- no
Hospital Sul América são exemplos destas soluções.
Ressaltam-se, também, as decisões projetuais nos diversos modelos de embasamento dos
hospitais modernos. A opção de implantar um bloco vertical, com as unidades de internação
distribuídas em seus pavimentos, sobre um bloco horizontal de embasamento, de um ou
dois pavimentos, com os serviços de ambulatório, apoio técnico e logístico e a
administração, fazia parte de recomendação para a organização dos prédios de atenção à
saúde, caracterizando uma tipologia em voga na arquitetura de hospitais modernos,
chamada de “bloco e torre” ou “torre simples” ou “torre sobre pódio”, como abaixo:
“A partir da segunda metade do século XX, com o desenvolvimento
tecnológico gerado no pós-guerra, há o desdobramento do edifício para a
tipologia mista de bloco-torre. Nela o bloco vertical, com unidades de
internação e centro cirúrgico, apoia-se sobre um bloco horizontal onde se
localizam os serviços de diagnóstico e de apoio bem mais estruturados e
complexos” (ALMEIDA apud MENDES, 2007, p.61).
Finalizando os apontamentos consolidados no Quadro 1, optou-se por ressaltar as questões
relativas à orientação dos blocos prediais, especialmente os destinados a abrigar as
internações, assim como os cuidados nas escolhas para as implantações nos terrenos
apresentados, nas duas colunas finais.
Ressalta-se o apreço pela orientação ideal dos blocos de internação, que caracterizou uma
das questões mais estudadas pelos arquitetos modernos, traduzindo a preocupação com os
meios de garantir o conforto aos pacientes e usuários. Por outro lado, é comum observar-se
nestes projetos o emprego de brises, cobogós e painéis, onde se encontra a orientação
mais desfavorável, bem como a procura de vistas panorâmicas, aberturas para jardins e
presença do sol da manhã nos quartos e enfermarias. Estes cuidados fazem parte da
caracterização das formas e volumes arquitetônicos estudados, enfatizando a excelência
destes arquitetos e uma grande qualidade na arquitetura hospitalar. Como exemplo dessa
preocupação, não é por acaso que os edifícios da Cidade Universitária da atual UFRJ
fossem alvo de minuciosos estudos quanto à orientação.
“(...) os estudos de Paulo Sá para a orientação dos edifícios da Cidade
Universitária do Rio de Janeiro, marcaram o início da relevância científica
do assunto conforto ambiental nos edifícios da saúde no Brasil. O estudo
contemplava a quantidade de energia luminosa, a quantidade de energia
térmica, e a quantidade de energia ultravioleta recebidas pelo edifício além
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dos ventos predominantes no local da cidade. Depois examinou
especificamente o caso do hospital.” (SÁ, 1948, apud MASCARELLO,
2005).
Com diversas dimensões e topografias, mas já definitivamente inseridos na malha urbana,
os projetos apresentados exigem soluções as mais engenhosas para que sejam capazes de
atender a todas as exigências dos complexos programas de atendimento à saúde, com o
uso de rampas, a criação de edículas e anexos e, algumas vezes, de subsolos para abrigar
ambientes de apoio logístico destas instituições.
Encontra-se no livro da Divisão de Organização Hospitalar, do Departamento Nacional de
Saúde, Ministério da Saúde (1944), diretrizes em relação aos projetos hospitalares. Entre
outras, o Dr. Teóphilo de Almeida discorre sobre a escolha do terreno como uma questão a
ser tratada com merecido cuidado, de cujo acerto dependerá a adequação dos serviços
hospitalares.
“A escolha do terreno é de máximo valor, e uma falha neste particular ou
uma topografia inconveniente, inutilizarão ou prejudicarão totalmente a
futura instituição. Entre os requisitos aconselhados se apontam:
urbanização indicada, área suficiente para ampliações futuras, local
aprazível, saudável, de fácil acesso e de articulação favorável, sem
perturbações de ruído, de poeiras, fumaça e gases nocivos, de mosquitos e
outros insetos, enfim, que não tenha qualquer proximidade indesejável ou
inconveniente” (BRASIL, 1965. p.343).
Apresentamos, a seguir, o Quadro Resumo 1 com as características que mencionamos,
como um esboço para a documentação de hospitais modernos brasileiros. Ressalte-se que
o intervalo de tempo em foco (1940 a 1960) representa o período em que a moderna
arquitetura se consolidou e foi aplicada nas instituições de saúde, com todas as suas
peculiaridades, qualificando os prédios hospitalares.
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Quadro 1- Características da Arquitetura Moderna
HOSPITAL TIPOLOGIA FORMAL SISTEMA CONSTRUTIVO Nº DE PAVIMENTOS CIRCULAÇÃO
VERTICAL EMBASAMENTO ORIENTAÇÃO LOCALIZAÇÃO
HOSPITAL SÃO LUCAS
CURITIBA (1945),
VILANOVA ARTIGAS
Bloco vertical. sobre
embasamento
horizontal.
Estrutura livre, janelas
em fita e blocos ligados
por rampas. Bloco sobre
pilotis.
Bloco vertical com 4
pavtos e Anexo com 2
pavtos.
Rampas interligam os
Blocos, e delimitam
um pátio interno.
Bloco sobre pilotis de
seção circular. Anexo
com 2 pavtos.
Quartos voltados para
o norte, para garantir a
insolação. Empenas
laterais cegas.
Lote urbano alto, de
esquina. Blocos isolados
em meio-níveis.
Topografia irregular.
HOSPITAL FEMINA
PORTO ALEGRE (1955)
IRINEU BREITMAN
Bloco Vertical
(Monobloco).
Base, corpo principal e
ático. Estrutura
independente, janelas
em fita. Modulo 7,20 m.
10 pavimentos em
bloco vertical. Pavto.
semienterrado.
Interna. Tem escada
unindo pavto. térreo e
2º pavto.
Base sobre pilotis, e
envidraçada. Terraço
ajardinado no térreo.
Norte-Sul. As fachadas
Leste- Oeste tem
empenas cegas. Brises
na fachada norte.
Lote urbano c om
ocupação integral.
Topografia irregular.
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
PORTO ALEGRE (1955),
JORGE MOREIRA
Bloco vertical e 2
blocos horizontais .
Anexo p/ auditório.
Estrutura livre, janelas
em fita.
Bloco vertical de 13
pavtos. e 2 blocos
horizontais paralelos.
Escadas em 2 torres
anexas, junto ao
edifício. Rampas entre
anexos.
Bloco principal e um
dos anexos sobre
pilotis.
Leste- Oeste. Empenas
laterais cegas.
Terreno urbano com
ocupação integral.
HOSPITAL DOS
MARÍTIMOS RIO DE
JANEIRO (1955)
FIRMINO SALDANHA
Bloco Vertical
(Monobloco).
Estrutura independente,
janelas em fita.
Modulação.
10 pavimentos em
bloco vertical. O anexo
de 3 pavtos. é
posterior à sua
inauguração.
Em bloco vertical
separado do bloco
principal.
Bloco principal sobre
pilotis.
Leste- Oeste. Empenas
laterais cegas. Janelas
das Enfermarias com
venezianas.
Terreno urbano, alto.
Topografia irregular.
Rampa para acessar o
pátio da entrada.
HOSPITAL PÉROLA
BYINGTON SÃO PAULO
(1958), (HOSPITAL DA
CRUZADA PRÓ-INFÂNCIA)
RINO LEVI.
Bloco Vertical (bloco e
torre) 12 pavs. e 2
pavimentos na base
horizontal. Anexo.
Estrutura independente,
em concreto, lajes
nervuradas. Janelas em
fita. Módulo de 1,20 m.
15 pavimentos sendo
2 pavtos. Subsolos.
Ambulatório no térreo
e 2º pavto da base.
Três elevadores
internos no bloco
principal. Rampas
acessam o subsolo.
Bloco vertical sobre
pilotis. Bloco inferior,
horizontal para
Ambulatório.
Leste- Oeste. Empenas
laterais cegas. Brises
em certas janelas da
fachada norte.
Terreno urbano. Declive
em direção aos fundos
do terreno.
HOSPITAL SUL AMÉRICA
RIO DE JANEIRO (1959),
OSCAR NIEMEYER.
Bloco Vertical
(Monobloco) com 10
pavtos. sobre pilotis.
Bloco sobre pilotis,
modulação, janelas em
fita, estrutura concreto.
10 pavtos e subsolo.
Anexo curvilíneo.
Externa ao corpo
principal. Rampa liga o
bloco principal ao
anexo.
Pilares em “V” e pavto.
subsolo para cozinha e
serviços gerais.
Nordeste-Noroeste.
Empenas laterais cegas.
cobogós e brises na
fachada noroeste.
Centro de terreno
urbano, com jardins e
Anexo.
Fonte- Elaborado pela autora, 2015.
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Quadro Resumo 2- Características da Arquitetura Hospitalar
O Quadro 2 indica a abordagem do atendimento médico da época estudada e de como a
arquitetura moderna foi propícia ao atendimento dos diversos programas hospitalares,
discutidos, de maneira pioneira, no primeiro curso de arquitetura hospitalar, promovido pelos
arquitetos Rino Levi e Jarbas Karman, em 1953, no IAB de São Paulo. O curso em tela
originou uma publicação- Planejamento de Hospitais- em 1954, que se trata da compilação
das palestras e aulas dadas.
Logo depois, no ano de 1954, Karman fundou o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e de
Pesquisas Hospitalares- o IPH- mantenedor da primeira faculdade de Administração
Hospitalar da América Latina, onde foi diretor e titular da cadeira de Arquitetura Hospitalar.
Rino Levi, especialista em projetos complexos, como industriais e hospitalares, desenvolveu
profundos estudos sobre fluxo e setorização. Era característico deste profissional estudar os
programas de necessidades e os condicionantes minuciosamente para lançar seus projetos
e detalhá-los convenientemente.
Inicia-se o Quadro 2 com a definição da tipologia hospitalar que abriga as especificidades de
tais estruturas como, além dos hospitais gerais, os exemplos de hospitais dedicados ao
atendimento de público mais específico. Segue esta classificação, o porte da instituição
delineando, por meio do número de leitos, das necessidades de tamanho e da complexidade
para o atendimento ao número desejado de pacientes. Demonstra, ainda, a implantação do
setor de Internação e sua localização em relação aos demais setores.
Segue-se a menção às características projetuais que localizam os diversos setores de
atendimento de maneira estratégica em relação ao todo edificado, no intuito de estabelecer
algumas facilidades e peculiaridades na implantação de serviços hospitalares e seus fluxos.
Estas questões são também assinaladas nas colunas seguintes, analisando a locação dos
apoios técnico e logístico e a eventual opção pela construção de edículas e blocos anexos
para abrigar serviços específicos de suporte ao hospital.
Finaliza-se o quadro em questão, ressaltando as características do entorno, não só como se
aponta no quadro anterior, mas sinalizando a oferta de espaços para ampliações ou para a
inclusão de jardins terapêuticos e de áreas de relaxamento e contemplação, já buscadas
nos projetos modernos e usadas até o momento atual, incorporadas aos espaços de
atenção à saúde.
Apresentamos, a seguir, o Quadro Resumo 2, com os itens mencionados acima.
4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro
Quadro 2- Características da Arquitetura Hospitalar
HOSPITAL TIPOLOGIA INTERNAÇÃO, Nº LEITOS
CARACTERÍSTICAS HOSPITALARES
APOIO TÉCNICO APOIO LOGÍSTICO ANEXOS IMPLANTAÇÃO
HOSPITAL SÃO LUCAS
CURITIBA (1945),
VILANOVA ARTIGAS Hospital Geral
Informação não encontrada.
Bloco do C. Cirúrgico separado do bloco de Enfermarias, ligados por rampas.
Junto aos pavtos. de Internação e no bloco anexo.
No pavimento térreo. O anexo abriga o Centro Cirúrgico.
Terreno urbano, totalmente ocupado. Topografia irregular. Jardins.
HOSPITAL FEMINA
PORTO ALEGRE (1955)
IRINEU BREITMAN
Hospital especializado em doenças da mulher.
Internação nos pavtos. 4, 5 e 6, Enfermarias c/3 leitos cada. 220 leitos, 1944.
C. Cirúrgico no 8º pavto. Maternidade e Berçário.
Postos de Enfermagem na parte central dos pavtos. de Internação
Em pavimento semienterrado. Reservatórios na cobertura.
Não há. Não foi construído apesar de existir no projeto original.
Terreno totalmente ocupado. Topografia irregular. Jardim no térreo.
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
PORTO ALEGRE (1955),
JORGE MOREIRA Hospital Universitário.
Atualmente tem 843 leitos
Ambulatório no térreo do bloco principal e sua periferia.
Em todo o hospital. Postos de Enfermagem junto à Internação.
No bloco anexo com lavanderia, oficinas, almoxarifado, alojamento, garagem.
Um sobre pilotis para estacionamento. Outro sobre o solo. Ligados por rampas. Anexo p/ auditório.
Terreno totalmente ocupado. Jardins entre os blocos prediais.
HOSPITAL DOS
MARÍTIMOS RIO DE
JANEIRO (1955)
FIRMINO SALDANHA
Hospital Geral Projeto p/450 leitos em 1955
C. Cirúrgico e Central de Material no alto.
No pavto. térreo. Postos de Enfermagem junto às Enfermarias.
Cozinha, Serviços gerais, subestação, gases e caldeiras no pavto. térreo.
Tem anexo para Ambulatório. Tem prédios vizinhos incorporados para Laboratório e Imagem
Terreno urbano totalmente ocupado. Topografia irregular.
HOSPITAL PÉROLA
BYINGTON SÃO PAULO
(1958), (HOSPITAL DA
CRUZADA PRÓ-INFÂNCIA)
RINO LEVI.
Hospital especializado em doenças da mulher e da criança
107 leitos maternidade e 159 infantis. Total- 266 leitos (220 leitos, 1944). Em sete pavtos. (4 p/ maternidade e 3 p/ pediatria).
C. Cirúrgico no alto do bloco vertical. Pavtos. de Maternidade separados dos pavtos. Pediátricos.
Junto às Enfermarias e nos subsolos.
Nos pavtos. do Subsolo e no Térreo.
Anexo para a Residência de Médicos e Enfermagem.
Terreno totalmente ocupado. Declive para os fundos do terreno. Parque infantil no pavto. térreo.
HOSPITAL SUL AMÉRICA
RIO DE JANEIRO (1959),
OSCAR NIEMEYER. Hospital Geral
Projeto p/ 200 leitos, em 1952. Voltada para sudeste com vista panorâmica.
Centro Cirúrgico no alto. Anexo p/ Biblioteca e Centro de Estudos.
Serviços voltados para noroeste em frente às Enfermarias.
Não tem reservatório superior. Demais serviços no térreo, subsolo e cobertura.
Centro de Estudos no lugar original da capela, no Anexo.
Centro de terreno, circulações externas, jardins de Burle Marx, painéis de Athos Bulcão..
Fonte- Elaborado pela autora, 2015.
4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro
Considerações Finais
Os exemplos apresentados enfatizam os conceitos da moderna arquitetura brasileira para a
concepção dos projetos hospitalares conformando instituições capazes de abrigar os
padrões mais avançados da tecnologia médica e da assistência à saúde, no período
estudado, como convinha às demandas da época. Cabe observar que esta arquitetura foi
capaz de absorver novas tecnologias ao longo do tempo, compatibilizando seus atributos
tipológicos com uma abordagem pioneira de conforto ambiental e humanização, partes
integrantes do projeto moderno.
A par das críticas a respeito do confinamento da arquitetura dos hospitais de tipologia
monobloco, acusada de conceber estruturas fechadas e monolíticas, observa-se, na direção
inversa, a busca da flexibilidade dos edifícios, por meio das plantas desenvolvidas em
sistemas modulares e do sistema construtivo, que libera as divisões dos ambientes das
imposições estruturais da verticalização. Nesse sentido, observa-se a implantação das
estruturas sobre pilotis possibilitando novas circulações e perspectivas visuais nos lotes.
Observa-se, também, a consolidação do uso de anexos para abrigar serviços de apoio
logístico e o estudo criterioso da localização dos setores, otimizando fluxos e organizando o
atendimento à saúde.
Ao proferir sua palestra, durante o curso de Planejamento de Hospitais (1953), do IAB de
São Paulo, indagado sobre o que é um hospital moderno, o Dr. Félix Lamela, nos deixa a
seguinte observação:
“São os estudos econômicos, os inquéritos sobre a vida íntima de cada
comunidade, sua arquitetura racional, suas instalações, seus equipamentos,
seu pessoal idôneo (profissional e técnico), sua ideologia, sua marcha
ordenada, sua influência dinâmica no bem estar geral da comunidade, que
fazem o hospital moderno” (Planejamento de Hospitais, 1954, p.65).
Nada parece ser mais atual do que suas palavras. A busca por novos parâmetros estilísticos
e conceituais para embasar os futuros projetos hospitalares deve observar as qualidades e
potencialidades usadas pela arquitetura moderna brasileira e seu legado para a concepção
de estruturas complexas como as de atenção à saúde. Deve, ainda, estabelecer o uso de
elementos projetuais que, a exemplo dos hospitais modernos, possam resistir ao impacto da
atualização da tecnologia médica, conservando sua integridade projetual ao longo do tempo
de uso.
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