estilos do design | surrealismo
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O surrealismo foi um movimento artístico e literário fundado na França, pelo poeta André Breton, na década de 1920, inserido no contexto das que viriam a vanguardasdefinir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Nasceu das teorias psicanalíticas de Freud, na artística necessidade de libertar o que há no inconsciente, na intuição e nos sonhos, resultando em obras que discutem o fantástico e o onírico em confronto com a realidade. Propunha o automatismo (autor se deixa levar pelo subconsciente) puramente físico, através do qual se pretendia expressar, verbalmente, por escrito, ou de outra forma, a verdadeira função do pensamento;
Busca restaurar os poderes da imaginação, castrados pelos limites do utilitarismo da sociedade burguesa (os surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e valores burgueses como pátria, família, religião, trabalho e honra), e superar a contradição entre objetividade e subjetividade, tentando consagrar uma poética da alucinação, de ampliação da consciência. Breton declara no seu Primeiro Manifesto Surrealista sua crença na possibilidade de reduzir dois estados aparentemente tão contraditórios: sonho e realidade, “a uma espécie de realidade absoluta, de sobre-realidade [surrealité]”.
SURREALISMOmedo ou liberdade?
Arquitetura e DesignProjeto de Design de Interiores
Paula Glória
Jéssica Oliveira Lucas
Não é o medo da loucura que vai nos obrigar a hastear a meio-pau a bandeira da imaginação (...) Só o que me exalta ainda é a única palavra, liberdade. André Breton.
Visão Surrealista
Produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo.
Humor, sonho e a contralógica são recursos a serem utilizados para libertar o homem da existência utilitária.
Faz grande uso de descontextualizações, esvazia-se um significante de seu significado para atingir novos e inusitados significados.
Destacou-se nas artes, principalmente por quadros, esculturas ou produções literárias que procuravam expressar o inconsciente dos artistas.
Experimentações de Andre Breton.
SURREALISMOmedo ou liberdade?
I N CO N S C I E N T E
Q U E B R A R A S R E G R A S
FANTÁSTICOIMAGINAÇÃO
LUGAR
SONHOS
FORA DO
ABSTRATO
IRREAL
Cadeira Calvet - Antoní Gaudi (1902)
SURREALISMO& design
Antoni Gaudí e o design surrealista
Ícone da arquitetura de Barcelona, sua obra é reconhecida por ser simplesmente livre: sem limites, sem definições, devotada à criação. Modernista e gótico, também chegou a ser considerado um surrealista em algumas de suas realizações.
A composição de pedras e tijolos modelados, com painéis cerâmicos repletos de cores, texturas e criações voluptuosas, trouxe à Barcelona uma nova ambientação.
Cadeira Batlló - Antoní Gaudi (1906)
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Antoni Gaudí e o design surrealista
Principais obras: Parque Güell (1857); Palácio Güell (1885); Casa Milà (1906); Casa Vicens (1883); Fachada da Natividade e cripta da Sagrada Famíla (1883); Casa Batlló (1904); Cripta da Colónia Güell (1899).
Casa Batlló - Antoni Gaudí
SURREALISMO& design
Antoni Gaudí e o design surrealista
SURREALISMO& design
Salvador Dali e o objeto surrealista
Às vezes chamada de "Relógios fundidos", o trabalho apresenta a surrealista imagem de que o relógio é, incansavelmente, o pressuposto de que o tempo é rígido ou determinista, e neste sentido é apoiado por outras imagens, no trabalho, tais como a vasta expansão da paisagem e de formigas a voar a devorar os outros relógios.
Telefone Lagosta - Salvador Dalí, 1936
Sofá Lábios - Salvador Dalí, 1937
Dois dos mais populares objetos foram os Telefone Lagosta e o Sofá-lábios de Mae West, completados por Dalí em 1936 e 1937, respectivamente.
A persistência da memória.
Cadeira Leda - Salvador Dalí, 1935/37
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Salvador Dali e o objeto surrealista
Durante os anos entre 1941 e 1970 Dalí também foi responsável pela criação de um impressionante conjunto de jóias, 39 no total.
Stuart Weitzman Store, Roma - 2006 / Fabio Novembre
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Fabio Novembre e o design surrealista
Responsável pela poltrona Nemo, que materializa uma grande máscara de forte presença cênica, bem como pela criação da dupla de cadeiras "Him" e "Her".
Poltrona Nemo e Cadeira Him/Her, Fabio Novembre.2010
Clift Hotel, em São Francisco (EUA) - Philippe Starck
Hotel SLS Bervely Hills, em Los Angeles - Philippe Starck
Philippe Starck e o design surrealista
Também exerce esse lado surrealista com grandeza quando propõe um espremedor de laranjas ou um banquinho. A luminária Marie Coquine também brinca de maneira inusitada com a composição entre a delicadeza do lustre comum com a brutalidade do saco de boxe.
Espremedor de laranja, 1990 - Philippe Starck
SURREALISMO& design
Itália, 1983Franco MoschinoLojas: 35Presença global: 60 paísesSegmento: Moda de Luxo
SURREALISMO& design
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Maison MOSCHINO
Inaugurado em 2010, em Milão, em um prédio de 4 andares que abriga 65 quartos temáticos e lúdicos (decorados com temas como «Alice do Páis das Maravilhas» e Bela Adormecida, ou com referências que lembram a infância, como almofadas em formato de grandes doces. Bar, restaurante de nível internacional, galeria de obras, academia, spa e sala de conferências. O interior do Hotel reflete o estilo distinto da marca, onde o mundo é pintado com um pincel de surrealismo. Decoração extravagente.
SURREALISMO& design
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MOSCHINO Store
O projeto da loja, elaborado pela designer Denisa Tudorica, foi inspirado na história, símbolos e características da marca. O tema principal está ligado à ideia de um teatro de fantoches, fazendo das cortinas vermelhas como a entrada do palco. Todo o interior é dominado pelos provadores que estão escondidos dentro do vestido de diferente escala pendurado no teto.
SURREALISMO& design
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MOSCHINO - RomaArquiteto: Michele de Lucchi
- Madeira e espelhos (com o objetivo de criar ilusões);- Coisas fora do lugar, quebrar as regras;- «Pensar em nossas roupas é como pensar em nossas casas, são os principais lugares em que vivemos»;
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MOSCHINO - RomaArquiteto: Michele de Lucchi
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MOSCHINO – NOVA YORKArquiteto: Vudafieri Partners
Tem como proposta contar a história da jornada de uma jovem por uma floresta, que tem várias descobertas ao longo da caminhada. A entrada apresenta uma série de luminárias de aço inoxidável personalizados contendo aglomerados corações de vidro fosco (analogia às nuvens). Um anel de diamante, no projeto em grandes dimensões, é posicionada como uma vitrine de apresentação, indica uma variedade de acessórios e mercadorias relacionadas sob o vidro. Caixas descansando no chão sugerem frutos caídos. Objetos em escalas diferentes fazem parte deste projeto. Na figura ao lado é possível associar uma bolsa gigante à um banco.
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MOSCHINO – NOVA YORKArquiteto: Vudafieri Partners
Um passeio pela área de acessórios se descobre uma pequena cabana de pala-telhado, com tratamento em lacca branca de alto brilho. A iluminação interna destaca a mercadoria e adiciona à fantasia da floresta. Uma árvore em uma parede adjacente, exibindo bolsas, possui prateleiras de vidro fosco, feito à mão na Itália, com um suporte de vidro cheio de bolhas.