especial serviços fúnebres

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especial G Serviços Fúnebres Serviços Fúnebres especial Textos: Catarina Cerca e Oriana Pataco A morte de alguém próximo é encarada de forma diferente por cada um de nós, consoante a nossa idade, crença religiosa ou identidade cultural. Ainda assim, sen- timos a morte, regra ge- ral, como um momen- to de intensa dor, uma ferida que pode demo- rar a cicatrizar. Hoje em dia, os técni- cos de serviço fúnebre prestam um serviço que não se esgota nas exéquias fúne- bres, mas que se prolonga, por exem- plo, na prestação de apoio psicológico ou numa preparação cuidadosa do fa- lecido. Também a cremação come- ça a ser, cada vez mais, uma escolha. Neste Especial, pode verificar as vantagens desta opção. Partilhamos ainda as histórias de um dos coveiros mais jovens da região e da- mos a conhecer o próspero negócio de uma empresa de urnas da Bairrada. Porque entendemos que a morte não tem de ser um tabu, aqui fica um Especial para ler e reflectir.

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Porque entendemos que a morte não tem de ser um tabu, aqui fica um Especial para ler e reflectir

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Page 1: Especial Serviços Fúnebres

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Textos: Catarina Cerca e Oriana Pataco

A morte de alguém próximo é encarada de forma diferente por cada um de nós, consoante a nossa idade, crença religiosa ou identidade cultural. Ainda assim, sen-timos a morte, regra ge-ral, como um momen-to de intensa dor, uma ferida que pode demo-rar a cicatrizar.

Hoje em dia, os técni-cos de serviço fúnebre prestam um serviço que não se esgota nas exéquias fúne-bres, mas que se prolonga, por exem-plo, na prestação de apoio psicológico ou numa preparação cuidadosa do fa-lecido.

Também a cremação come-ça a ser, cada vez mais, uma escolha. Neste Especial, pode verificar as vantagens desta opção.

Partilhamos ainda as histórias de um dos coveiros mais jovens da região e da-mos a conhecer o próspero negócio de uma empresa de urnas da Bairrada.

Porque entendemos que a morte não tem de ser um tabu, aqui fica um Especial para ler e reflectir.

Page 2: Especial Serviços Fúnebres

ESPECIAL | SERVIÇOS FÚNEBRES

Como agir quando morre um familiarA morte de um familiar é um acontecimento que, mais tarde ou mais cedo, acaba por nos tocar a todos. Por isso, convém estar a par de todas as implicações burocráticas.

1. A melhor opção, quando morre um familiar, é contactar de imediato uma agência fune-rária. As agências sabem dar a melhor orientação e informar sobre tudo o que é necessário, nomeadamente documentos do falecido.

2. O Delegado de Saúde da área da residência tem de ates-tar o óbito.

3. Contactada a agência – à

partida, pelo telefone -, terá depois de ha-ver um encontro presencial, ou na agência ou na casa da família, para analisar os ser-viços desejados, nomeadamente o tipo de funeral e extras.

4. Uma pessoa da família terá, depois, de assinar uma autorização, delegando no agente funerário o tratamento de todos os procedimentos burocráticos e legais. A par-tir desse momento, é a agência que resolve todas as questões – inclusive as que respei-tam à realização de autópsias ou interven-ção do Ministério Público.

5. São também os agentes funerários que procedem ao assento de óbito no Registo Civil. Se for ao fim-de-semana, esse registo é apresentado junto das forças policiais.

NO CASO DE ACONTECER A UM ESTRANGEIRO EM PORTUGAL

1. Mais uma vez, a opção é contactar uma agência funerária

2. Depois, o Delegado de Saúde emitirá o

livre-trânsito mortuário. Será também pe-dido um outro livre-trânsito às autoridades policiais.

3. A urna será selada na presença das au-toridades. Pede-se autorização às embaixa-das do país de origem do defunto para en-viar o corpo. Nalguns casos, a autorização é enviada por fax, mas noutros casos podem exigir a presença da urna.

NO CASO DE ACONTECER NO ESTRANGEIRO

1. Mais uma vez, aconselha-se que contacte uma agência, mas em Portugal. O agente deverá saber orientar e indicar os procedimentos burocráticos. Há também agências em Portugal que já dispõem de delegações noutros países (a Servilusa é uma delas).

2. Outro passo a dar é contactar a em-baixada portuguesa no país em que o óbi-to aconteceu. Mas este contacto também pode ser efectuado pela própria agên-cia.

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Jornal da Bairrada28 | Outubro | 2010

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Page 3: Especial Serviços Fúnebres

SERVIÇOS FÚNEBRES | ESPECIAL

“Nunca sabemos a hora a que vem a morte”Victor Amaral encara a mor-

te com a maior naturalidade, não contasse ele quase 30 anos de coveiro. Profissão cuja escolha se almejou de crian-ça. “Desde garoto, ajudava a transportar as urnas na carre-ta e levava a caldeirinha ao lado do senhor padre”, recorda um dos coveiros mais jovens da região.

Com apenas 49 anos, car-rega nas mãos um ofício que não é para qualquer um. E que nem qualquer um aceita. Por isso, o coveiro de Anadia teme “o futuro desta arte”. “Quando me reformar, não sei como vai ser. Sou muito solicitado para fazer serviços noutros sítios, mas é muito difícil dividir-me”, confessa.

“É uma arte que exige de nós toda a disponibilidade, porque nunca sabemos a hora a que vem a morte. Não temos dias de descanso, não temos ho-ras de fechar, não há feriados nem fins-de-semana. E nem as férias são tranquilas”, admite Victor Amaral.

Os funerais são cada vez a

horas mais tardias, por dese-jo dos familiares. Sacrifican-do o coveiro que, para além de sepultar o corpo, é ele pró-prio um túmulo, onde se afer-rolham lamentos, desabafos, saudades de quem partiu. “Temos de ser muito huma-nos. Por vezes, perdemos ho-ras com as pessoas, principal-mente os velhinhos, que sen-tem necessidade de falar com alguém.”

“JÁ ESTOU CÁ DENTRO, NÃO DOU DESPESA”

Com o passar dos anos, a forma de olhar a morte foi-se alterando. “Até aos 35/40 anos, não me custava tanto fazer um funeral como hoje, em certas situações.” Já fez fu-nerais de filhos de colegas de escola, momentos especial-mente sofridos e de dor par-tilhada. Também a morte do colega Valentim não lhe foi in-

diferente. “Marcou-me mui-to. Ainda hoje me lembro dele, mas consciente de que ele está bem. Sei que ele está feliz.”

Mas se a morte dos outros o afecta, a verdade é que o pen-samento lhe foge muitas ve-zes para a sua própria morte. O “verso” para pôr na campa já está escrito. E, em tom de brincadeira, até costuma dizer que, como “já estou cá dentro, não dou despesa”.

Brincadeiras à parte, Victor Amaral não receia a morte, antes a pondera “com cons-ciência e serenidade”. “Todas as pessoas deveriam meditar sobre o mistério da morte e da ressurreição. Deixavam de ver a morte como tabu e en-caravam esta vida como uma passagem.”

EPISÓDIOS MARCANTESÉ do início da profissão que

o coveiro Victor Amaral guar-da os episódios mais caricatos. “Faz agora anos, por altura dos Finados, que o meu chefe me mandou fechar o cemitério ve-lho. Junto à capela de S. Bento havia um arbusto e era aí que tínhamos de ir buscar a chave. Era noite cerrada e não havia luz. Quando venho para baixo, sai-me um vulto junto de um jazigo. Fiquei atormentado! Quando contei ao meu chefe, ele só me disse: «esqueci-me de te avisar que esse sr. ia a ho-ras mortas ao cemitério!»”

Mas também há histórias de “morrer” a rir. Como aque-la em que Victor ficou sozinho

a segurar numa urna, depois do agente funerário Victor Andrade e o falecido colega Valentim terem ficado “de pernas para o ar” dentro de uma cova, depois do terreno ceder. Ou aquela que não tem graça nenhuma, mas que Vic-tor Amaral sobreviveu para contar. “Fiquei soterrado e se não fosse o Valentim a salvar-me…”

CREMAÇÃOComo vê a cremação al-

guém que tem como mis-são enterrar um corpo? “Para quem tem essa ideia de ser cremado, é uma limpeza, é hi-giénico”, afirma Victor Amaral. Mas o coveiro de Anadia con-sidera que falta incentivo por parte das autarquias “e a pró-pria Igreja não aceita muito bem esta opção”. Não tem dú-vidas de que “é uma forma de criar espaço nos cemitérios, de não haver contaminação dos solos, etc.” Mas confessa al-gum incómodo. “Eu não quero ser cremado. Não deixa de ser uma coisa macabra…”

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Page 4: Especial Serviços Fúnebres

ESPECIAL | SERVIÇOS FÚNEBRES

Inquérito 1. Como se lida diariamente com a morte? 2. A forma de encarar a morte tem-se alterado nas últimas décadas? 3. Fale-nos sobre um episódio (da sua vida profissional) que o tenha marcado. 4. Aceita funerais encomendados em vida? Por quê? (caso a resposta seja negativa) 5. A sua agência funerária presta serviços que a distinguem das demais?

Agência Funerária Medeiros Bartolomeu, Lda.

Gerente: Manuel BartolomeuSede: Rua Padre Joaquim Maneta,

n.º 26, Oliveira do Bairro

1. Quem está neste sector, precisa de ter coragem e muita calma. Dia-riamente, tem de se lidar bem com a morte, pois quem não o conseguir, não pode estar nesta profissão. Cla-ro que, se falecer uma pessoa ami-ga, custa a prestar o serviço, mas te-mos de ser profissionais e tentarmos abstrair-nos dos sentimentos. Não é nada fácil, não somos de ferro nem máquinas mas, quando nos contra-tam, é para que façamos o melhor possível, logo, será feito.

2. Cada pessoa tem uma maneira própria de lidar com a perda de um familiar. A idade, o estado de saúde, o sofrimento, tudo isso se reflecte na maneira como o familiar lida com a morte de um ente querido.

3. Tenho muitos funerais que me marcaram ao longo do tempo. Já per-di muitos amigos, até demais. O fu-neral que me marcou mais foi o de uma menina de uns 8 anos, a quem, desde que foi diagnosticada a doen-ça até falecer, passaram-se apenas 20 dias. Como é que não ficaram estes pais, que em 20 dias ficaram sem a única filha?... Crianças e bebés são os casos mais difíceis e os que mais me custam em termos emocionais.

4. Já aceitámos funerais em que os próprios fizeram questão de escolher e pagar em vida. São opções que te-mos de respeitar.

Quando perguntamos por quê, as respostas são sempre as mesmas: “Não queremos incomodar os filhos com isto”; ou a mais comum, “Não temos família, ou está longe e tam-bém não falamos muito”.

5. Nos funerais temos de traba-lhar com honestidade e seriedade. As pessoas são cada vez mais exi-gentes. Claro que nos fomos dotan-do de tudo o que é necessário para satisfazer os familiares das pesso-as falecidas. Podemos dizer que a nossa agência está ao nível das me-lhores.

João Bartolomeu

Agência Funerária Palhacense, Lda.

Sócios Gerentes: António Manuel Santos Carmo e Carlos da Costa

Sede: Rua Dr. José de Carvalho, n.º 21, Palhaça

Fundação: 2 de Janeiro de 1993Outras agências: Portomar –

Mira

1. Com a maior naturalidade, porque é o nosso dia-a-dia, e aca-ba por ser uma questão de hábito. É verdade também que existem serviços com um grau de dificulda-de maior, principalmente os fune-rais que envolvem crianças, jovens e pessoas amigas.

2. Sim. Pelo menos na última dé-cada tem havido uma mudança, a começar pelos serviços que, ago-ra, são prestados aos familiares. A forma de tratar com as famílias tem mudado aos longo dos anos, dou como exemplo o serviço de acompanhamento psicológico.

António Carmo

Agência Funerária Dinis Bartolomeu Lda.

Director Técnico: Dinis Gustavo Albuquerque Bartolomeu

Sócios Gerentes: Dinis dos Reis Bartolomeu / Maria Fernanda Albu-querque Maia Bartolomeu

Sede: Rua das Agras, 35, OiãFundação: 1974

1. A morte é um momento de dor e perda. Nós, Agentes Funerários, tam-bém somos humanos e, como tal, tam-bém temos sentimentos, mas nunca colocamos de lado o profissionalismo. Seguimos os nossos valores, dando apoio às famílias, respeitando com mui-ta seriedade o momento de dor dos familiares que acabam de perder um ente querido. Como profissionais, no ramo de funerária, temos de ter uma postura de seriedade e um diálogo cui-dado, para poder falar com os familia-res, nesses momentos em que nem sabem muito bem o que dizer, nem o que pensar.

2. Depende de pessoa para pessoa e de religião para religião. Muitos en-caram a morte como uma passagem para outra vida, outros simplesmente aceitam a morte física e espiritual.

3. Todos os momentos são mar-cantes de uma maneira ou de outra, há sempre situações que nos mostram o quanto é frágil ser-se humano e profis-sional ao mesmo tempo. Os funerais que marcam mais são os das crianças.

4. Aceitamos funerais em vida se alguém pretender, pois podem organi-zar a seu gosto, deixando destinado o tipo de serviço e, desta forma, poupar a família de decisões difíceis e pesso-ais. Temos clientes que já compraram a urna, escolheram os tecidos do interior e a cor dos mesmos. O aspecto visual é muito importante, dizem mesmo que é o último luxo a que se podem permi-tir. Alguns pagaram mesmo o funeral, seja este realizado amanhã ou daqui a 50 anos.

5. A nossa agência, como as outras, presta um serviço que as distingue: ri-gor, pessoal especializado e qualidade/preço que podemos e devemos pro-porcionar aos nossos clientes.

Dinis Gustavo Bartolomeu

Agência Funerária de Famalicão, Lda.

Sócios Gerentes: Vítor Manuel Louro Andrade e Victor Manuel Lei-tão Andrade

Sede: Largo M.ª de Fátima, n.º 21, Famalicão - Anadia

Fundação: séc XIX

1. Temos de ser profissionais e des-ligarmo-nos do que estamos a fazer. Porém, também somos humanos e, de vez em quando, o sacrifício de nos abstraírmos da situação é peno-so, pois também partilhamos e so-fremos a dor da família (alguns são nossos conhecidos e amigos).

2. Sim, a morte era tabu, neste mo-mento já é falada mais abertamente e aceite como um factor natural da vida humana. Mas a morte é ainda falada com um certo distanciamento, dor e saudade, pois é uma das característi-cas do povo português.

3. Todos os funerais me marcam, e tenho de respeitar as pessoas e a sua dor. Em termos de facto profis-sionais, o que me tem marcado são, sem dúvida, as Formações Profissio-nais que tenho tido e que mudaram os conceitos e a minha maneira de pensar e trabalhar nesta área.

4. Só em casos especiais e espe-cíficos, pois não é uma situação mui-to normal. Muitas vezes, por detrás desse pedido pode estar uma pessoa com atitudes suicidas. Então, deve-mos abordar as pessoas com cuida-do, levando-as a pensar em viver o melhor possível e só pensar no fu-neral na velhice ou o mais tarde pos-sível.

5. Utilizo catering nos funerais (café, água, chá e bolachinhas). No cemitério utilizo uma carpete, va-sos com plantas naturais a enfeitar. Quando chove, utilizo uma barraca que protege o corpo do falecido, a família e até o padre e mordomia – cruzes. Também faço preparação de corpos, dando-lhes uma imagem se-rena, se for caso disso ponho uma maquilhagem simples. Penso que esta funerária, na zona da Bairrada, tem sido a que mais inovou e melho-rou no serviço prestado.

Vitor Andrade (filho)

Agência Funerária Manuel Sousa Pereira, Lda.

Sócios Gerentes: Manuel Sousa Pereira

Sede: Rua do Areeiro, n.º 11, Pa-lhaça

Fundação: Dezembro 1992

1. Procuramos lidar com a situa-ção da forma mais natural possível, pois é um processo natural da vida, embora haja situações que mexem mais connosco, exemplo disso, é quando se trata de crianças, de jo-vens…

2. Penso que sim, embora não seja bem a forma de encarar a mor-te, mas sim o culto da morte. Anti-gamente, as pessoas “cultivavam” mais intensamente o luto, quer no velório, quer o luto em si, se nos lembrarmos do recurso às “carpi-deiras” e do uso do preto em ter-mos de vestuário, que perdurava por períodos mais ou menos lon-gos ou curtos consoante o grau de parentesco. Hoje em dia, isso já não acontece… não quero com isto di-zer que as pessoas não sintam a dor com a mesma intensidade… exte-riorizam-na é de forma diferente!

3. Um dos episódios que me mar-cou mais foi fazer o funeral duma criancinha que morreu afogada numa piscina. Quando se trata as-sim destes casos, custa mais… so-bretudo quando temos crianças ou jovens de idades próximas, pois, sem querer, projectamo-nos mais na dor dos seus familiares.

4.Embora tenha tido já solicita-ções nesse sentido, não tenho acei-tado, porque não acho muito digno, pois penso que se aceitasse, passa-va para o domínio essencialmente do comercial e não atendia à com-ponente humana, que também pro-curo não descurar…

5. A minha preocupação essen-cial é procurar prestar o melhor ser-viço possível, procurando dar dig-nidade ao acto, sobretudo com o “ente” falecido. É óbvio que o servi-ço depois tem os seus reflexos em relação aos demais...

Manuel Sousa Pereira

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Page 5: Especial Serviços Fúnebres

SERVIÇOS FÚNEBRES | ESPECIAL

Inquérito

Agência Funerária Memorial - Serviços Funerários, Lda

Sócios Gerentes: António Manuel de Jesus Coelho e Diamantino Coe-lho Mendes

Sede: Rua dos Malmequeres n.º 15, Mata - Curia

Fundação: 18-09-1998

1. Como um fenómeno natural.2. Talvez não tanto assim.3. O episódio mais marcante foi

estar das 18h até às 1h30 à espera das autoridades para autorizar o levanta-mento do cadáver .

4. Já tivémos uma experiência do género, em que um Sr. teve o cuida-do de preparar toda a logística do seu funeral. Tendo até tido o cuidado de visitar a nossa exposição, escolhendo a urna e tendo deixado escrito para a família a roupa que queria levar vesti-da e como deveriam ser orientadas todas as exéquias fúnebres.

5. Trabalhamos no sentido de di-versificar os nossos produtos e servi-ços, de forma a prestar uma cerimó-nia fúnebre com dignidade.

José A. S. Castilho- Funerária Lda.

Gerente: José António de Sousa Castilho; Sócio: Paulo Jorge Martins Castilho

Sede: Rua da Horta-Velha, 6, Bor-ralha, Águeda

Fundação: 1977

1. Aprender a aceitar a morte é uma das lições mais importantes que um ser humano tem de aprender na vida. A nossa única certeza é de que um dia morreremos.

Para os cristãos, a morte não signi-fica o fim, mas uma passagem nesta vida terrena.

2. A morte tem-se alterado nas úl-timas décadas, mas o falecimento de um ente querido é sempre doloroso. Estar de luto é uma ferida que precisa de atenção e tempo para ser curada.

3. Há cerca de seis anos, estava na morgue do Hospital Distrital de Águeda a preparar um cadáver com um colaborador. Não me apercebi de que estava um outro cadáver na câmara frigorífica. Entretanto, ouvi-mos um telemóvel tocar e eu pensei que era do meu colega e ele pensou o mesmo. Depois de tocar várias ve-zes, percebi que o som vinha do inte-rior da câmara frigorífica. Incrédulo, fui pedir auxílio à enfermeira de ser-viço de urgência. Decidimos abrir o gavetão e o telemóvel não parava de tocar. O que mais me chocou é que se tratava de um rapaz praticamen-te da minha idade e no visor aparecia a palavra “AMOR”. Deduzimos que fosse a namorada. Desligámos o te-lemóvel. Podia ser eu…

4. Sim, já tenho sido abordado por pessoas que fazem questão em orga-nizar o seu funeral, expressando as suas ideias e vontades.

5. Somos uma empresa familiar mas que se congratula pelo sigilo pro-fissional, qualidade, experiência. Pri-mamos por executar uma despedida do ente querido com qualidade, apoio psicológico e ir de acordo à vontade dos familiares. Nos dias que correm, tem de se prestar um serviço exem-plar com o máximo de dignidade que o acto exige.

Paulo CastilhoAntónio Coelho

Agência Funerária Nossa Senhora da Guia de Bicho & Santos, Lda.

Sócios Gerentes: Paulo Jorge R. Alves e Silvério António Bicho

Sede: Montouro-CovõesFundação: Surge da fusão de: Fu-

nerária do Montouro (início activi-dade 1979), e Funerária Bustuense (1991). Foi constituída a actual Fune-rária N.ª Sra. da Guia, em 2001.

1. Com alguma naturalidade e mui-ta sensibilidade. O desafio desta acti-vidade é lidar com a família num mo-mento particularmente difícil, saben-do ouvir e corresponder ou superar as expectativas que são colocadas no nosso serviço.

2. Sim. Por transformações sociais ao longo das décadas, bem como por existirem hoje ao dispor alguns atenu-antes (medicação, apoio psicológico, profissionais com melhor formação, etc.), fazem com que, apesar de tudo, a morte não tenha a intensidade e consequências tão marcantes como no passado. Não podemos ainda es-quecer que o facto de se ter passa-do a utilizar locais públicos para as cerimónias fúnebres, como as casas mortuárias, torna as situações menos marcantes para quem as vivencia.

3. Emocionalmente, é muito difícil não ficar afectado com o funeral de alguém que me é próximo, de jovens ou mortes não esperadas. No entan-to, foi precisamente o primeiro fune-ral que fiz, que recordo como um epi-sódio definitivamente marcante. Há cerca de 20 anos, e ainda sem grande controlo sobre as minhas emoções, tive de lidar com uma situação de morte violenta e de seguida assistir à autópsia no hospital de Oliv. Bairro.

4. Sim.5. Temos uma grande ligação afec-

tiva com as pessoas da zona que tra-balhamos. Apostamos na decoração com arranjos florais. No serviço de preparação da pessoa falecida, te-mos feito uma aposta importante na formação. Temos também meios de conservação, por isso podemos fazer alguns serviços com maior seguran-ça para a saúde pública e confiança para a família.

Paulo Alves

Agência Funerária Cunha, Lda.

Sócios Gerentes: Arlindo Ferreira Nunes e Delfina Santiago Cunha Nunes

Sede: Rua dos Olivais, 121, AnadiaFundação: 1942

1. Efectivamente, o luto ainda é um “tabu” na nossa sociedade.

Em termos profissionais, devemos apostar na formação e nos anos de experiência, para lidar com a morte.

Devemos, como agentes fúne-bres, exercer a nossa actividade com zelo e discrição; respeitar leis e bons costumes, na defesa dos interesses legítimos dos nossos clientes.

2. O sector funerário sofreu gran-des alterações, após a publicação da legislação em 2001, que, pela primei-ra vez, regulamenta o exercício da actividade. Hoje em dia, e cada vez mais, a modernização do sector é ne-cessária e tem de ser vista de uma forma bastante diferente.

Este é o nosso objectivo, manten-do o que de melhor temos, a experi-ência de largos anos no sector e sen-síveis à necessária renovação e inova-ção associada a esta actividade.

3. Como deve qualquer um, em termos profissionais, devemos man-ter e respeitar o sigilo profissional.

4. Ainda não sucedeu. Sou da opi-nião que será uma forma usual no fu-turo, pois assegura opções do cliente, poupando terceiros em decisões difí-ceis e pessoais.

5. Prestamos o serviço com base na competência, na tradição e na sim-patia.

Arlindo Nunes

Agência Funerária Madeira & Moreira, Lda.

Sócios Gerentes: Ana Maria G. Madeira Moreira e Rogério Gon-çalves Moreira

Sede: Pedreira de Vilarinho, Vi-larinho do Bairro - Anadia

Fundação: Designação por que é conhecida actualmente –Janeiro de 2002, mas teve como sua ante-cessora a Funerária Alves, que sur-giu na primeira década do século XX, pelo avô paterno de um dos actuais sócios

1. Deve-se lidar sempre bem. Porque a morte é uma realida-de inevitável. “Tu és Pó e em Pó te hás-de transformar”- Génesis 3:19, logo ninguém escapa à Lei da Morte. Por isso devemos saber viver, durante o tempo que Deus nos deu de Vida.

2. Julgo que não. Porque, apesar de todo o progresso, é algo que não podemos vencer. Por isso, é um tema que foi e é sempre que possível, evitado/repudiado das conversas, por ser um “hóspede“ não convidado e indesejado com o qual temos que conviver.

3. A morte súbita do meu pai, vítima de A.V.C. , depois das exé-quias fúnebres de um cliente e amigo, que deixou viúva e 4 filhos menores.

4. Nunca fui/fomos abordados/confrontados com tal proposta.

5. Julgo que sim. Porque a conju-gação entre a experiência do pas-sado e a capacidade técnica uti-lizada fizeram e fazem com que a nossa agência se diferencie da concorrência, pelo seu saber, pe-las artes fúnebres, transmitidas de geração em geração e também pela capacidade de conjugar coe-rentemente conceitos aparente-mente inconciliáveis: Inovação e Tradição.

Rogério Moreira

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Page 6: Especial Serviços Fúnebres

ESPECIAL | SERVIÇOS FÚNEBRES

Cremação, um processo prático e higiénicoA cremação é uma técni-

ca funerária que visa reduzir um corpo a cinzas através da queima do cadáver. O méto-do comum no mundo ociden-tal é a cremação do cadáver em crematórios. A cremação é uma alternativa que ofere-ce menos riscos ambientais do que o sepultamento do corpo em covas.

De facto, este processo é um dos mais antigos prati-cados pelo homem. Em al-gumas sociedades, este cos-tume fazia parte do quoti-diano da população, por se tratar de uma medida práti-ca e higiénica. Alguns povos utilizavam a cremação para rituais fúnebres: os gregos, por exemplo, já cremavam os seus cadáveres por volta de 1.000 a.C. e os romanos adoptaram a prática por vol-ta do ano 750 a.C.

A cremação começa a tor-nar-se usual em certos paí-ses quando a falta de lugares para sepultamento se torna flagrante. Por exemplo, o Ja-pão, como possui pouquíssi-mo espaço territorial, incre-mentou significativamente a prática.

O 1.º crematório da Europa surgiu em 1874. Foi o Crema-torium em Milão, Itália.

Já em Portugal, a crema-

ção foi um processo que se iniciou com debates e arti-gos de opinião, produzidos por grupos e individualida-des dos sectores mais pro-gressistas da sociedade de oitocentos, mas só na 1.ª Re-

pública, em 1912, teve início o processo de estabelecimen-to de um Crematório em Lis-boa, no Cemitério do Alto de S. João.

Actualmente em Lisboa, verifica-se ausência de espa-

ço para a inumação tradicio-nal, não só porque a cidade cresce, mas também por-que as exumações efectua-das não são suficientes para libertar o espaço para ocu-pações posteriores. A opção pela cremação, enquanto prática funerária, tornou-se uma alternativa em crescen-te expansão quanto ao desti-no dos restos mortais, quer se trate de cadáveres quer de ossadas.

Em Dezembro de 2002, entrou em funcionamento o forno crematório do Cemité-rio dos Olivais. A construção deste crematório, que visava responder à crescente procu-ra desta prática, revelou-se poucos meses depois, insu-ficiente.

TAXA DE CREMAÇÕES EM PORTUGAL AINDA BAI-XA

Até 2008, havia apenas três fornos crematórios em Portugal, situados nos Ce-mitérios do Alto de São João e dos Olivais, em Lisboa, no Cemitério Prado do Repou-so, no Porto e no cemitério de Ferreira do Alentejo.

Hoje, já existem outros fornos crematórios pelo país, nomeadamente em El-vas, Rio de Mouro (Sintra),

Figueira da Foz, São João da Madeira, Olivais, Santa Iria da Azóia, Sesimbra, Aço-res, Almada, Faro, Camarate (Loures), estando para breve a abertura de um forno em Setúbal (Quinta do Conde, finais de 2010) e outro está projectado para Leiria.

De acordo com a agên-cia funerária Servilusa, “mesmo com este es-pectacular cresci-mento de oferta do serviço de cre-mação, Por-tugal está

[em 2009] na cauda da Eu-ropa, com pouco mais de 5,5%”.

Só por curiosidade, em 2009, a taxa de cremação em cer-tos países da Europa era a seguinte:

Dinamarca: 74,3% (32 crematórios)Suécia: 73,2% (68 crematórios)Reino Unido: 72,4% (250 crematórios)Suíça: 64,1% (27 crematórios)Holanda: 53,7% (65 crematórios)Bélgica: 43,6% (10 crematórios)Alemanha: 40,1% (140 crematórios)Noruega: 34,6% (35 crematórios)França: 26,3% (125 crematórios)Espanha: 26% (132 crematórios) ... e noutros pontos do mundo: Japão: 99,61% Hong Kong: 82% China: 52,70% EUA: 28,63%

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Jornal da Bairrada28 | Outubro | 2010

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Page 7: Especial Serviços Fúnebres

SERVIÇOS FÚNEBRES | ESPECIAL

Urnas made in Bairrada para o mundoO continente africano é o

principal destino de milhares de urnas fabricadas no cora-ção da Bairrada, em Tamen-gos (Anadia).

Com mais de duas déca-das de existência, a Fábrica de Urnas do Cértoma dedi-ca-se sobretudo ao merca-do externo, que representa 98% do volume de negócios. O mercado nacional é mera-mente residual e não ultra-passa os 2%.

S o b r e a e m p r e s a , Diamantino Coelho Men-des, sócio-gerente e funda-dor da mesma, fala do cres-cimento desta unidade fabril onde trabalham actualmen-te 11 pessoas e cujo volume de negócios, em 2009, ron-dou os 360 mil euros.

Aqui fabrica-se todo o tipo de urnas (para terra, ja-zigo, cremação). O portfó-lio é vasto e alguns dos mo-delos existentes foram aqui “inventados”. Isso mesmo é avançado por Diamantino Coelho Mendes, que com 72 anos de vida, se mantém no activo. Fundador da Fá-brica de Urnas do Cérto-ma, reconhece que se trata de uma actividade que ain-da faz “confusão” a muitas pessoas.

Ao entrar no coração da fábrica, é certo que o visitan-te se depara com muitas de-zenas de urnas, devidamen-te embaladas e empilhadas, prontas a serem transporta-das e entregues aos vários clientes (agências funerá-rias) que possuem em Por-tugal e no exterior.

Um cenário que poderá “arrepiar” os mais sensíveis mas que, para as 11 pessoas que aqui trabalham, é perfei-tamente normal e natural.

Na empresa, que ocupa 1387 metros de área coberta,

o trabalho faz-se de forma continuada, com movimen-tos repetidos e metódicos, seja na zona de carpintaria, pintura, acabamentos ou a estofar.

O cuidado na produção de uma urna começa na es-colha da matéria-prima e só termina quando aquela é de-vidamente embalada.

Mas é um facto de que se trata de um sector onde a inovação é aceite de uma forma muito lenta. Ao con-trário de outros sectores, aqui a tradição continua a ditar regras, embora às ve-zes surjam pequenas mu-

danças.“Em Portugal existe uma

tradição grande nos mode-los de urnas, nos tecidos e rendas utilizados. O merca-do africano é mais aberto à novidade, à inovação, por isso a Fábrica de Urnas do Cértoma continua a apos-tar em material inovador e diferente, tendo em conta a expansão que está a ter na-quele continente”, admite Diamantino Mendes.

O pinho, o MDF e o mog-no são as principais madei-ras utilizadas, assim como o cetim. Contudo, o veludo branco começa, ainda que

lentamente, a ser uma op-ção já aceite por vários clien-tes.

E é olhando às necessi-dades dos clientes que a Fábrica de Urnas do Cérto-ma trabalha. “Se um clien-te quer urnas revestidas a cetim azul, ou rosa, ou cre-me, nós fornecemos. Se outro cliente prefere urnas revestidas a veludo branco, ou até mesmo verde, tam-bém o fazemos”, avança. Por isso, a prioridade é sa-tisfazer as especificidades de cada cliente, fidelizando-o com um produto que obe-dece aos mais rigorosos pa-

drões de qualidade. “Temos alguns modelos

que foram inovações nossas e hoje são produzidos em muitas outras empresas”, revela Diamantino Mendes, destacando que, em Portu-gal, a empresa possui, mais para sul, dois grandes clien-tes que mensalmente com-pram 35 urnas.

Todavia, o grosso da pro-dução ruma a África, conti-nente onde espera vir a cres-cer ainda mais. Angola, onde já estão implantados há 12 anos, representa 65% do vo-lume de vendas, seguindo-se Cabo Verde (25%), Guiné

Bissau (5%) e São Tomé e Príncipe (3%). Um continen-te onde apostam fortemen-te, devendo nos próximos tempos esta unidade expor-tar também para a Guiné Co-nacri e para o Senegal.

Ciente de que este conti-nente é diariamente invadi-do por urnas fabricadas em países como o Brasil ou Chi-na – a preços muito mais baixos – defende que, gra-ças à qualidade do produto nacional, as urnas fabrica-das em Portugal continuam a ser preferidas pelas princi-pais agências funerárias da-queles países.

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Arranjos � oraisRamos de noiva

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de Famalicão, desde 1902 na Bairrada”

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Jornal da Bairrada28 | Outubro | 2010

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Page 8: Especial Serviços Fúnebres

ESPECIAL | SERVIÇOS FÚNEBRES

Novos serviços ao encontro de novos anseiosCatering, música, prepara-

ção do falecido, apoio psicoló-gico, cremação… Aliar a tradi-ção à inovação está cada vez mais presente.

CATERING NO VELÓRIOA morte de um familiar ou

amigo muito próximo leva-nos, muitas vezes, a perder o apetite. Mas, para ter for-ça para aguentar toda a pres-são física e psicológica, é fun-damental alimentar-se con-venientemente. Como nem sempre há tempo ou disposi-ção, há agências funerárias já a fornecer pequenas refeições e/ou bebidas quentes, como café ou chá.

No entanto, há outras agências que discordam da disponibilização deste servi-ço, pois consideram falta de sensibilidade haver comida no mesmo local onde se velam os defuntos.

Ainda assim, esta era uma prática muito comum no tem-po em que se velavam os de-funtos em casa, pois aí havia sempre comida e bebidas para

quem ali estava longo tempo. Hoje, sendo mais usual velar nas Igrejas/capelas mortuá-rias, esta é uma questão que fica ao critério de cada famí-lia.

PREPARAÇÃO DO DEFUNTODá pelo nome de Tanatopra-

xia a preparação do falecido para o velório, feita pelos pro-fissionais do sector. O objecti-vo é dar-lhe um ar mais sereno e natural, próximo do que ti-nha em vida.

O curso de Tanatopraxia co-meça a ser cada vez mais fre-quentado pelos profissionais do sector que, assim, adqui-rem conhecimentos de con-servação e restauração do ca-dáver humano.

PEDIDOS ESPECIAISHá desejos expressos em

vida que, depois da morte, os familiares procuram cumprir. Por exemplo, a roupa que se leva vestida no funeral. Mas também os objectos de valor preferidos, como sejam foto-

grafias ou símbolos de clubes desportivos, podem acompa-nhar o defunto. Há também quem peça que o cortejo fúne-bre passe por locais que eram queridos ao falecido.

MÚSICA AO VIVOÉ um conceito que foge à

tradição, mas que começa a ver-se. Música ao vivo duran-te o velório, ao som da harpa ou do violino, podem ajudar a transmitir harmonia e tranqui-lidade ao local.

CREMAÇÃOComeça a ser uma solução

muito procurada em algumas regiões do país. A família pode escolher o destino das cinzas. Uma opção que começa tam-bém a ter procura é a possibi-lidade de usar pequenas ur-nas biodegradáveis e, no local onde estas são depositadas, podem vir a nascer árvores.

DIAMANTESÉ possível, a partir de uma

madeixa de cabelo do defun-to, fazer um diamante? Sim, é

possível. Só este ano, a agên-cia funerária Servilusa já pro-duziu quase duas dezenas de diamantes deste género.

REPORTAGEMUma espécie de revista ou

jornal com a história de vida do defunto ou uma reportagem fotográfica ou em filme são também serviços já requisita-dos e possíveis de realizar para algumas agências funerárias.

APOIO PSICOLÓGICOMuitas agências disponibi-

lizam este apoio, não apenas para os primeiros dias de luto, mas para os dias/semanas se-guintes. São, muitas vezes, as pessoas idosas, que perdem o marido/mulher e não têm os fi-lhos ou outros familiares junto de si, que precisam deste apoio, uma vez que é um momento em que a solidão bate verdadei-ramente à porta. Também há agentes funerários que, tendo em conta determinadas situa-ções mais delicadas, mantêm durante algum tempo o con-tacto com as famílias.

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Jornal da Bairrada28 | Outubro | 2010

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Page 9: Especial Serviços Fúnebres

SERVIÇOS FÚNEBRES | ESPECIAL

Sector funerário vai ter novas regrasVictor Manuel Andrade tem

39 anos e desde os 20 que se assume como um técnico pro-fissional de empresa lutuosa. É um caso raro, senão único em toda a zona Centro. A ba-gagem formativa que possui faz de um dos sócios-geren-tes da Agência Funerária de Famalicão (Anadia) um dos elementos de “ouro” da Asso-ciação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL), pois foi dos primeiros agentes funerários do país a ter formação profis-sional no ramo. Estávamos no ano 2002. De lá para cá, não mais parou e, hoje, possui um currículo invejável, com mais de mil horas de formação.

Victor Andrade está, por isso, tranquilo em relação à nova legislação, que entrará em vigor a 13 de Dezembro deste ano e que, entre outras medidas, exige que “o responsá-vel técnico detenha habilitação do nível de qualificação especí-fico requerido para o exercício do cargo, por via de formação adequada ao regime instituído pelo Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de Dezembro”.

Aliás, o agente profissional diz mesmo concordar com a nova lei, nomeadamente “com o facto de todas as agências se-rem obrigadas a ter um técnico

funerário profissional”. No en-tanto, também admite discor-dâncias: “não concordo com o facto das associações mutua-listas, IPSS’s e Santas Casas po-derem fazer funerais. Para se constituírem em agências fu-nerárias, têm de pagar os mes-mos impostos que nós. Não é justo”, frisa.

Mas, no seu conjunto, a nova legislação vai melhorar o sector,

“torná-lo mais profissional”.

Formação essencialVictor Andrade admite que,

“efectivamente, o que mais me tem marcado em termos profis-sionais são as formações que tenho tido e que me ajudaram a abrir os olhos, a mente, a mudar conceitos e a minha própria ma-neira de pensar e trabalhar”.

Em 2009, frequentou uma

formação de oito dias, em Lis-boa, em Tanatopraxia Avança-da, possuindo também for-mação em áreas tão diversas como Tanatoestética Inicial e Avançada, Tanatoplástica, Psi-cologia do luto, Técnicas de Preservação e Conservação de Cadáveres, Medicina legal e forense e tanatológica, entre muitas outras.

Hoje em dia, a aplicação da tanatoestética (maquilha-gem) e tanatoplástica (corrigir grandes feridas, mutilações) é cada vez mais frequente, até porque, reconhece Victor Andrade, “as famílias preocu-pam-se cada vez mais com a aparência do defunto. No iní-cio, havia alguma desconfian-ça, mas agora já não”.

Este ano, está determina-do em continuar a formação. Irá a Barcelona, durante oito

dias, para mais uma formação na área da Tanatopraxia e está, neste momento, a realizar uma formação de 1200 horas (das quais já concluiu 500) e que lhe dará acesso à carteira profissio-nal na área.

Por vezes, o agente repete algumas formações, para se manter actualizado e a par das inovações, admitindo no futu-ro tirar o CAP e, quem sabe, dar formação no ramo.

Gerência: Mário Silva919 756 655 | 919 220 920

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A Tanatoestética é uma das muitas formações de Victor Andrade

1. São introduzidas novas áreas de actua-ção das entidades funerárias, onde releva, nomeadamente, a permissão de gestão e de exploração privada de cemitérios mediante concessão pública e a gestão e exploração privada de capelas e centros funerários, per-mitindo que as empresas do sector expan-dam a sua actividade e, por outro lado, ofe-reçam novos serviços aos cidadãos.

2. Consagra-se a possibilidade de exercí-cio da actividade funerária pelas associações mutualistas, no âmbito restrito das suas finalidades mutualistas e de prestação de serviços de carácter social aos respectivos associados (…).

3. Procede-se à simplificação do procedi-mento de registo de forma desmaterializa-da junto da Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE), dispensando-se, igual-mente, os interessados do fornecimento da informação que possa ser facultada por ou-tros organismos da Administração Pública.

4. Exige-se que o responsável técnico de-tenha habilitação do nível de qualificação específico requerido para o exercício do car-go, por via de formação adequada ao regime instituído pelo Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de Dezembro (JusNet 2633/2007).

5. Consagra-se a possibilidade de cada responsável técnico ter a seu cargo o má-ximo de três estabelecimentos, embora, por razões de interesse público, se tenha circunscrito a sua localização no mesmo distrito, de forma a garantir uma efectiva gestão técnica.

O que muda com a nova lei

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