erros inatos do metabolismo: terapia nutricional prof. dr. josé simon camelo jr. nutrição e...
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Erros Inatos do Metabolismo: Erros Inatos do Metabolismo: Terapia NutricionalTerapia Nutricional
Prof. Dr. José Simon Camelo Jr.Prof. Dr. José Simon Camelo Jr.Nutrição e Metabolismo em PediatriaNutrição e Metabolismo em Pediatria
Faculdade de Medicina de Ribeirão PretoFaculdade de Medicina de Ribeirão PretoUniversidade de São PauloUniversidade de São Paulo
[email protected]@fmrp.usp.br
EIM - História EIM - História
Sir Archbald Garrod, 1908: Royal College of Physicians of London: Inborn Errors of Metabolism Alcaptonúria, pentosúria benigna, albinismo e
cistinúria, tratamento não modifica a doença Herança autossômica recessiva, doenças
crônicas e leis Mendelianas Følling, 1934:
Fenilcetonúria (PKU) – retardo mental grave Tratamento com restrição dietética de Phe
EIM - HistóriaEIM - História Scriver, 2001: mais de 500 doenças
atribuíveis a defeitos herdados Raros individualmente MAS
significantes coletivamente Apresentação variada, virtualmente em
QUALQUER tecido ou órgão corporal Diagnóstico preciso é importante para o
TRATAMENTO e PREVENÇÃO em outros membros da família
EIM – Conseqüências EIM – Conseqüências PrimáriasPrimárias
Membrana
A fora A dentro1 B C2
Holoenzima
5
neg
D
3
FE6
Apoenzima + co-fator
4
EIM – FisiopatologiaEIM – Fisiopatologia Acúmulo de substrato:
Envolvem enzimas mutantes responsáveis por processos de degradação
Metabólitos geralmente hidrossolúveis: Aminoacidopatias Acúmulo de Ácidos Orgânicos
Refletem-se em rápidos acúmulos em plasma e urina
Acúmulo de lipídeos complexos hidrofóbicos: Limitam-se a tecidos como o SNC, por exemplo Diagnóstico mais difícil
EIM – FisiopatologiaEIM – Fisiopatologia
Acúmulo de substrato: Mucopolissacaridoses / Doenças de Depósito
O acúmulo é o principal fator fisiopatológico Acúmulo de um mucopolissacáride serve
como screening, mas o metabolismo de 1 MPS envolve pelo menos 10 enzimas lisossomiais Qualquer uma pode estar alterada
Diagnóstico exige demonstração da enzima alterada no tecido apropriado Leucócitos ou cultura de fibroblastos de pele
EIM – FisiopatologiaEIM – Fisiopatologia Acúmulo de metabólito normalmente
menor: Produto em excesso de uma reação de
importância geralmente trivial Galactosemia
Cataratas Acúmulo de Galactitol
Leucodistrofia de células globóides de Krabbe Acúmulo de Psicosina Desmielinização desproporcional ao acúmulo de
galactocerebrosídeo
EIM – FisiopatologiaEIM – Fisiopatologia Deficiência de um produto:
Doença depende da importância do produto Exemplos:
Hipotireoidismo Congênito – deficiência de hormônio tireoidiano – Cretinismo e bócio
Deficiência de Transcobalamina II – deficiência de vitamina B12 – Anemia megaloblástica
Doença de Hartnup – deficiência de niacinamida – condição semelhante à Pelagra
Intolerância Protéica Lisinúrica – deficiência de ornitina – Hiperamonemia recorrente
EIM – FisiopatologiaEIM – Fisiopatologia
Deficiência de um produto pode estar associada ao acúmulo de substrato tóxico (duplo mecanismo fisiopatológico): Acidúria arginino-succínica – UCD
Deficiência de conversão de ácido succínico em arginina
Deficiência de arginina e de ornitina Depleção de ornitina na mitocôndria Acúmulo de carbamil-fosfato e NH3
Hiperamonemia e encefalopatia “Roubo” e “Seqüestro” metabólicos
EIM – FisiopatologiaEIM – Fisiopatologia Fenômenos metabólicos secundários geram
conseqüências que ocorrem além dos efeitos imediatos causados por deficiências enzimáticas ou defeitos de transporte Hiperglicinemia cetótica / Acidemia Propiônica
Acúmulo de glicina secundário a efeitos metabólicos secundários em pacientes com defeitos primários no metabolismo do ácido propiônico
Acidemias Orgânicas (Metilmalônica) Acúmulo acentuado de glicina, cetoacidose grave e
hiperamonemia
Erros Inatos são herdados!Erros Inatos são herdados! Doenças autossômicas recessivas:
Maioria das doenças metabólicas herdadas Mendelianas, defeitos em gene único Doença se expressa em homozigotos, com
2 mutações, nem sempre iguais, no mesmo gene
Raros: Mutação de novo Isodissomia uni-parental
Consangüinidade: Mesma mutação recessiva rara
Erros Inatos são herdados!Erros Inatos são herdados! Doenças recessivas ligadas ao X:
Sexo masculino, mutação de um gene no cromossomo X → DOENÇA
Mutações novas representam até ⅓ dos casos, quando mães NÃO são portadoras
Exemplo: Doença de Hunter Mucopolissacaridose do tipo II Doença de herança recessiva ligada ao X Herança materna ou mutação nova
Erros Inatos são herdados!Erros Inatos são herdados! Doenças autossômicas dominantes:
Contribuem POUCO como causas de doenças metabólicas herdadas, embora sejam causas comuns de doenças genéticas
Enzimas e proteínas de transporte geralmente NÃO são ligados a processos ou interações que envolvam dominância
1 indivíduo – 1 dos pais afetado ou MUTAÇÃO NOVA Sexos igualmente afetados Conceito de PENETRÂNCIA é importante
Exemplos: Síndrome de Marfan, Amiloidose Hereditária,
Esferocitose Hereditária, Porfiria Aguda Intermitente
Erros Inatos são herdados!Erros Inatos são herdados! Herança mitocondrial:
mtDNA: molécula de DNA pequena, circular e de dupla-cadeia
Genes codificando produção de RNA ribossomal e tRNA necessários à síntese de proteínas mitocondrial e algumas proteínas envolvidas no transporte de elétrons na mitocôndria (maioria das proteínas → DNA nuclear)
Origem do mtDNA: ÓVULO MATERNO mtDNA e mitocôndrias do espermatozóide perdem-se HERANÇA MITOCONDRIAL É MATERNA!!!
Fontes de Confusão Fontes de Confusão DiagnósticaDiagnóstica1. Confusão com condições adquiridas comuns:
1. INFECÇÕES Hepatites, enterovírus, mononucleose, toxoplasmose e
CMV congênitos, arbovírus, herpes-vírus2. INTOXICAÇÕES
Depressores SNC, anti-histamínicos, anti-convulsivantes, etanol, salicilismo, amiodarona, cardiomiopatia por ACTH
3. DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS Deficiência de vitaminas B1 e B12
4. PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS Hemoglobinopatias, linfomas, histiocitose com má-
evolução
Fontes de Confusão Fontes de Confusão DiagnósticaDiagnóstica2. Confusão causada por associação com
doenças intercorrentes: OMA resistente ao tratamento:
problema comum em crianças com mucopolissacaridoses
NEUTROPENIA: GSD tipo Ib Algumas Acidemias Orgânicas
SEPSE NEONATAL por E.coli: Galactosemia
Fontes de Confusão Fontes de Confusão DiagnósticaDiagnóstica3. Confusão proveniente de
heterogeneidade genética: Entre as doenças metabólicas herdadas, duas
ou mais doenças clinicamente semelhantes podem ser causadas por mutações em genes completamente diferentes
Exemplo: DOENÇA DE SANFILIPPO: MPS, grupo de doenças clinicamente
indistinguíveis, causadas por defeitos em diferentes enzimas envolvidas na degradação do HEPARAN SULFATO, um glicosaminoglican
Implicação importante: ERRO DIAGNÓSTICO
EIM: Classificação por GruposEIM: Classificação por Grupos GRUPO 1:
Defeito de síntese ou catabolismo de moléculas complexas (doenças de depósito)
Sinais e sintomas permanentes e progressivos Doenças Lisossomiais:
1. Mucopolissacaridoses2. Esfingolipidoses3. Glicoproteinoses4. Distúrbios do transporte da membrana
Doenças Peroxissomiais: Zellweger, Adrenoleucodistrofia, etc
EIM: Classificação por GruposEIM: Classificação por Grupos GRUPO 1:
Manifestações clínicas das doenças do Grupo 1 em todas as faixas etárias
Hidropsia fetal, ascite Achados dismórficos
Hepato-esplenomegalia Discrasias sanguíneas
Alterações esqueléticas Alterações oculares
Hipotonia e convulsões Alterações de pele
Fácies grotesco Limitação articular
Neurodegeneração aguda Involução DNPM
Mieloneuropatias subagudas Deficiência auditiva
EIM: Classificação por GruposEIM: Classificação por Grupos GRUPO 2:
Defeito no metabolismo intermediário Intoxicação aguda e crônica
Aminoacidopatias1. Fenilcetonúria2. Tirosinemias, etc
Acidemias Orgânicas Doenças do Ciclo da Uréia Intolerância aos Açúcares
1. Galactosemia2. Intolerância à Frutose
EIM: Classificação por GruposEIM: Classificação por Grupos GRUPO 2:
Manifestações clínicas de intoxicação aguda das doenças do Grupo 2
Acidose metabólica Desidratação
Alcalose respiratória Vômitos
Hiperamonemia Letargia e coma
Hipoglicemia Cetose
Hiperglicemia Icterícia
Insuficiência hepática Hepatomegalia
Complicações tromboembólicas
Odor anormal
EIM: Classificação por GruposEIM: Classificação por Grupos GRUPO 3:
Defeito na produção e utilização de energia Metabolismo intermediário de fígado,
músculo e cérebro Doenças de Depósito de Glicogênio Hiperlacticemias Congênitas Doenças Mitocondriais Defeitos de β-Oxidação de Ácidos Graxos
1. Medium chain (MCAD)2. Short chain3. Long chain4. Very Long chain5. Déficit transporte de carnitina, etc
EIM: Classificação por GruposEIM: Classificação por Grupos GRUPO 3:
Manifestações clínicas das doenças do Grupo 3 em todas as faixas etárias
Hipoglicemia Diabetes Alterações oculares
Hepatomegalia Hepatopatia MF cerebral
Hiperlacticemia Hipotonia Abortos repetidos
Cardiomiopatia Miopatia Alterações renais
Acidente vascular cerebral
Surdez Convulsões
Insuficiência cardíaca Morte súbita
Déficit de crescimento Odor anormal
EIM: Classificação ClínicaEIM: Classificação Clínica
Síndrome Neurológico Acidose Metabólica Síndrome Hepático Síndrome Cardíaco Síndrome de Depósito e Dismorfismo Doença Metabólica do Recém-Nascido
Síndrome NeurológicoSíndrome Neurológico
LF, Miopatia MitocondrialLF, Miopatia Mitocondrial
Acidose MetabólicaAcidose MetabólicaAcidose Metabólica
Anion gap normal(hipercloremia)
Anion gap aumentado
Perdas anormais de HCO3-
1. Diarréia2. Acidose tubular renal
Acúmulo de “ácidos fixos”
Acidoselática
Lactatoplasmático
Cetoacidose
β-OH-butiratoAcetoacetato
Acidemiasorgânicas
1. AA plasmáticos2. Ácidos orgânicos urinários3. Amônia plasmática
Acidemia PropiônicaAcidemia Propiônica
Síndrome HepáticoSíndrome Hepático
Icterícia Hepatomegalia Insuficiência Hepática
Galactosemia Tirosinemia tipo 1
Hipoglicemia
Síndrome HepáticoSíndrome HepáticoHIPOGLICEMIA
Substâncias redutoras naurina (não glicose)
Descartar:doença sistêmica grave, sepse, RCIU, FMD
Positivo:IF, galactosemia,tirosinemia Negativo
Corpos Cetônicos urina AA plasmáticos, Ácidos Orgânicos urinários, NH3
Anormal: Desordens AA ou metabolismo de AOBaixo Elevad
oÁcidos Graxos plasma Hepatomegalia
Elevado:FAOD
Baixo:Hiperinsulinismo
Presente Ausente
Lactato plasma hGH, cortisol, T4 plasma
Adequado:Hipoglicemia
cetótica
Anormal:EndocrinopatiasAumentado:
GSD I, DeficiênciaFDPase
Normal:Deficiência deβ-ketotiolase
Síndrome HepáticoSíndrome Hepático
M, Insuficiência Hepática, com Deficiência da Glicogênio-sintetase tipo 0;DOENÇA MITOCONDRIAL ???
Síndrome HepáticoSíndrome Hepático
RN L, Síndrome da Depleção do DNA Mitocondrial (mtDNA) ???
Síndrome Cardíaco / Doenças de Síndrome Cardíaco / Doenças de DepósitoDepósito
KS, Doença de PompeGSD tipo II
Causas de MorteCausas de MorteSúbita na Infância!Súbita na Infância!
Síndrome CardíacoSíndrome Cardíaco
Cardiomiopatias Mitocondriais
EIM x DismorfismoEIM x Dismorfismo Grandes MF não eram
consideradas sinais de uma doença ou alteração metabólica subjacente
Descobriu-se, então, um defeito na síntese do colesterol, potencialmente causador de Dismorfismos Novo Paradigma !!
R, Síndrome de Smith-Lemli-Optiz
Doença Metabólica do RNDoença Metabólica do RN
Quatro “Síndromes” Clínicas:
Encefalopatia sem Acidose Metabólica Encefalopatia com Acidose Metabólica Síndrome Hepática Hidropsia Fetal não-imune
Doença Metabólica do RNDoença Metabólica do RNPRINCÍPIO INICIATIVA ESPECÍFICAMinimizar aporte e produção endógena de metabólitos tóxicos
Eliminar PROTEÍNA e GORDURA da dieta, hidratação EV com teor alto de calorias / CHO, 1,5x a manutenção, KCl com bom débito urinário(CUIDADO COM EXCESSO DE VOLUME NAS ENCEFALOPATIAS)
Corrigir acidose Administrar NaHCO3 EV; CUIDADOSAMENTE se bicarbonato plasmático < 10 mmol/L
Tratar doença intercorrente
ATB, por exemplo
Convulsões intratáveis, sem hiperamonemia ou acidose
Piridoxina, 100-200 mg EVÁcido folínico
Doença Metabólica do RNDoença Metabólica do RN
PRINCÍPIO INICIATIVA ESPECÍFICAAcelerar a eliminação de metabólitos tóxicos
HemodiáliseHemofiltração veno-venosa contínua
Na presença ou suspeita de defeito enzimático do ciclo da uréia
Administrar Cloridrato de Arginina, 2 – 4 mmol/kg, EV, em no mínimo 1 hora, seguido de 2 – 4 mmol/kg/24 hs, dividido em 4 doses
Administrar Benzoato de Sódio 250 mg/kg EV imediatamente, seguido por 250 mg/kg/24 hs, dividido em 4 dose
Administrar Fenilacetato de Sódio, 250 mg/kg EV, seguido imediatamente por 250 mg/kg/24 hs, dividido em 4 doses
Fluxograma de Tratamento em Fluxograma de Tratamento em Emergências no Período NeonatalEmergências no Período Neonatal
Descompensação no Período Neonatal
Sinais deEncefalopatia
Sinais deHepatopatia
AcidoseMetabólica
Hiperamonemia
Jejum VOVIG 8-12
Convulsões
Piridoxina150 mg
Resposta:Manter 10-100 mg/d
Sem resposta:Outros co-fatoresB1-100 mg/d B2-200 mg/dÁcido folínico
Sem resposta:Benzodiazepínicos Altas doses
Retirar galactose, introduzir soja,2g/kg/d
Correção comBicarbonato de Sódio e Hidratação
Benzoato de Sódio(250-500 mg)Fenilbutirato de Sódio, se disponível
DIÁLISE se amônia> 4x o normal
Fluxograma de Tratamento em Fluxograma de Tratamento em Emergências Fora do Período NeonatalEmergências Fora do Período Neonatal
EMERGÊNCIA
Acidose Metabólica
Sinais de Defeito noCiclo da Uréia
Encefalopatia aguda E / ou hepatopatia
Correção comBicarbonato de Na,Hidratação eL-Carnitina:100-200 mg/kg/d
Benzoato de Na, 250-500 mg/d,Fenilbutirato de Na, se disponível;DIÁLISE se amônia> 4x o normal
Jejum oral, HidrataçãoGlicose VIG 8-12Não utilizar Gorduras eProteínas
Fluxograma de Tratamento em Fluxograma de Tratamento em Emergências em Pacientes com Emergências em Pacientes com Diagnóstico de EIMDiagnóstico de EIM
Descompensações Agudas
AcidúriasOrgânicas eAminoacidopatias
Defeitos noCiclo da Uréia
EIM metabolismodos carboidratos(glicogenoses,galactosemia,frutosemia, etc)
Hiperlacticemias
Jejum oral,Glicose,L-carnitina
Jejum oral,Benzoato de Na,Diálise
Jejum oral,glicose pelo menortempo possível
Jejum oral,Cofatores:B1(100 mg/d)
B2(200 mg/d)
B6(100 mg/d)
B12Biotina (20 mg/d)
EIM – Tratamento em longo prazoEIM – Tratamento em longo prazo
Depende da doença de base: Suporte para doenças ainda “intratáveis” Dietas de restrição balanceadas
Galactosemia, PKU, acidemias propiônica e metil-malônica, MSUD, etc
Dietas com o nutriente deficiente Colesterol (Smith-Lemli-Optiz), carnitina
Reposição enzimática Fibrose Cística, Gaucher, Pompe (GSD
tipo II), Fabry, MPS I, MPS II, MPS VI
EIM – Tratamento em longo prazoEIM – Tratamento em longo prazo
Depende da doença de base: Remoção de produtos tóxicos
NTBC – Tirosinemia tipo 1
Reposição de cofatores B1, B2, B5, B6, Biotina, B12, Ácido fólico,
Coenzima Q10, Vitamina C, Vitamina D, Ácido lipóico, Vitamina K
Reposição hormonal T4, hormônios adrenais
EIM – Tratamento em longo prazoEIM – Tratamento em longo prazo Depende da doença de base:
Inibição de substrato Gaucher, Niemann-Pick tipo C
Chaperonas Fibrose cística, Gaucher
Suporte para doenças ainda “intratáveis”
Terapia Gênica: Terapia Gênica: Quem se habilita ao Prêmio NobelQuem se habilita ao Prêmio Nobel
De Fisiologia e Medicina?De Fisiologia e Medicina?
Tratamento Tratamento Nutricional dos EIMNutricional dos EIM
Princípios e Princípios e Produtos Produtos
EspecializadosEspecializados
Tratamento Nutricional dos EIMTratamento Nutricional dos EIMPrincípios e Produtos Princípios e Produtos
EspecializadosEspecializados
Introdução Dieta na suspeita de EIM Dieta após confirmação
diagnóstica Manejo em “dias de doença” Serviços e literatura de apoio Considerações finais
Tratamento nutricional dos EIMTratamento nutricional dos EIMPrincípios e produtos especializadosPrincípios e produtos especializados
Introdução Dieta na suspeita de EIM Dieta após confirmação
diagnóstica Manejo em “dias de doença” Serviços e literatura de apoio Considerações finais
A Terapia Nutricional nos EIMA Terapia Nutricional nos EIM Única medida terapêutica (ex. PKU, galactosemia, etc) Parte importante do tratamento (ex. MSUD) Princípios gerais:
Reestabelecer o equilíbrio bioquímico Promover crescimento e desenvolvimento Prevenir deficiências nutricionais Prevenir complicações e seqüelas
Manejo da quantidade, qualidade e freqüência alimentar de: Aminoácidos / proteínas Carboidratos / açúcares Lipídios / ácidos graxos Aporte energético Micronutrientes
Shaw & Lawson, 2007. Martins e col, 2006. Turcato & Tanaka, 2007.
EIM mais freqüentes com tratamento EIM mais freqüentes com tratamento nutricional nutricional Fenilcetonúria – 1356 pacientes em Fenilcetonúria – 1356 pacientes em acompanhamento nos SRTNs do Brasil*acompanhamento nos SRTNs do Brasil*
SIEM – Resultados de 5 anos e 5 meses**SIEM – Resultados de 5 anos e 5 meses**
* Vargas PR e col. Acta Bioquímica Clínica Latinoamericana; set. 2007 (supl.1): 71**Dacier Lobato C e col. Acta Bioquímica Clínica Latinoamericana; set. 2007 (supl.1): 191.
aminoacid.20%
acid. org.23%
DLD16%
met. carb.10%
met. energ.10%
peroxiss.6%
outras15%
n = 97
n = 97
SIEM - Group of disordersSIEM - Group of disorders N N Organic aciduriaGlutaricMethylmalonicPropionicFumaric3- methyl-crotonylglycinuriaDesidrogenase 2-metyl-3-OH-butiric deficiency
22963211
Amino acid disorders Maple syrup disease Tyrosinaemia type 1Non – ketotic hyperglycinaemiaHomocystinuria
1911521
Urea Cycle disorders 7
Defect of Energetic metabolismMitochondrial disordersFatty acid oxidation defectsPDH defectLactic acidemia
Carbohydrate Metabolism disordersDisorders ofgalactose and fructose metabolismGycogen storage disorderGlutamate dehydrogenase deficiency
107111
10541
Group of disordersGroup of disorders NNLysosomal DisordersMPSGM 1 gangliosidosisNiemann – PickGM 2 gangliosidosisMetachromatic LeukodystrophyKrabbe disorderMucolipidosesCeroid LipofuscinosesCystinosis
15432111111
Peroxisomal disordersX-linked adrenoleukodystrophyZelweger syndromePseudo-Zelweger syndrome
641 1
OthersCDGByotinidase deficiencyAlexander disorderLypoprotein disorderDisorder of lypid metabolims25-OH-calciferol deficiencyMenkes syndrome
82111111
TOTAL 97
Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Acidemias OrgânicasAcidemias Orgânicas
Princípios gerais da terapia Princípios gerais da terapia nutricionalnutricional
1. Restrição do(s) aminoácido(s) não tolerado(s)
2. Suplementação dos aminoácidos tolerados
3. Suplementação de nutrientes específicos4. Prevenção do catabolismo5. Prevenção de deficiências nutricionais6. Manutenção do crescimento e
desenvolvimento normaisShaw & Lawson, 2007. Martins e col, 2006. Turcato & Tanaka, 2007.
Tratamento nutricional dos EIMTratamento nutricional dos EIMPrincípios e produtos especializadosPrincípios e produtos especializados
Introdução Dieta na suspeita de EIM Dieta após confirmação
diagnóstica Manejo em “dias de doença” Serviços e literatura de apoio Considerações finais
IdadeNíveis seguros (g proteína/kg/dia)
* **
0 - 1 m - 2,69
1 - 2 m - 2,04
2 - 3 m - 1,53
3 - 4 m 1,86 1,37
4 - 5 m 1,86 1,25
5 - 6 m 1,86 1,19
6 - 9 m 1,65 1,09
9 - 12 m 1,48 1,02
1 - 1,5 a 1,26 1
1,5 - 2 a 1,17 0,94
2 - 3 a 1,13 0,92
3 - 4 a 1,09 0,9
4 - 5 a 1,06 0,88
5 - 6 a 1,02 0,86
6 - 9 a 1,01 0,86
9 - 10 a 0,99 0,86
Níveis seguros de ingestão de Níveis seguros de ingestão de proteínasproteínas
* Energy and protein requirements. Report of a joint FAO/WHO/UNU Expert Consultation. WHO Technical Report no. 724. Geneva, 1985.
** Dewey KG et al. Protein requirements of infants and children. Eur J Clin Nutr. 1996; 50(suppl 1): 119-50
IdadeNíveis seguros
(g proteína/kg/dia)
* **
Meninas
10 - 11 a 1 0,87
11 - 12 a 0,98 0,86
12 - 13 a 0,96 0,85
13 - 14 a 0,9 0,84
14 - 15 a 0,9 0,81
15 - 16 a 0,87 0,81
16 - 17 a 0,83 0,78
17 - 18 a 0,8 0,7
Níveis seguros de ingestão de Níveis seguros de ingestão de proteínasproteínas
* Energy and protein requirements. Report of a joint FAO/WHO/UNU Expert Consultation. WHO Technical Report no. 724. Geneva, 1985.** Dewey KG et al. Protein requirements of infants and children. Eur J Clin Nutr. 1996; 50(suppl 1): 119-50
Níveis seguros de ingestão de Níveis seguros de ingestão de proteínasproteínas
IdadeNíveis seguros (g proteína/kg/dia)
* **
Meninos
10 - 11 a 0,99 0,86
11 - 12 a 0,98 0,86
12 - 13 a 1 0,88
13 - 14 a 0,97 0,86
14 - 15 a 0,96 0,86
15 - 16 a 0,92 0,84
16 - 17 a 0,9 0,83
17 - 18 a 0,86 0,81
* Energy and protein requirements. Report of a joint FAO/WHO/UNU Expert Consultation. WHO Technical Report no. 724. Geneva, 1985.** Dewey KG et al. Protein requirements of infants and children. Eur J Clin Nutr. 1996; 50(suppl 1): 119-50
Pacientes com Pacientes com SUSPEITASUSPEITA de deAminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Acidemias OrgânicasAcidemias Orgânicas
Princípios gerais da terapia Princípios gerais da terapia nutricionalnutricional
1. Suplementação dos outros aminoácidos
2. Suplementação de nutrientes específicos
• conforme suspeita
• Distúrbios do Ciclo da uréia (exceto deficiência de arginase)– Arginina
• Acidemias Orgânicas (metilmalônica)– Vitamina B12
Barbara K Burton. Pediatrics 1998; 102(6) (online)
Pacientes com Pacientes com SUSPEITASUSPEITA de deAminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Acidemias OrgânicasAcidemias Orgânicas
Princípios gerais da terapia Princípios gerais da terapia nutricionalnutricional
3. Prevenção do catabolismo
• Dieta normo ou hipercalórica
• Fracionamento
• Dieta normo ou hipercalórica– Lactente mínimo 120kcal/kg– Glicose e lipídios EV S/N– VO: polímeros de glicose, TCM apenas em malabsorção,
ácidos graxos essenciais• Fracionamento• Evitar jejum prolongado
Shaw & Lawson, 2007. Martins e col, 2006. Turcato & Tanaka, 2007 . Burton 1998.
Pacientes com Pacientes com SUSPEITASUSPEITA de deAminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Acidemias OrgânicasAcidemias Orgânicas
Princípios gerais da terapia Princípios gerais da terapia nutricionalnutricional4. Prevenção de
deficiências nutricionais
5. Manutenção do crescimento e desenvolvimento normais
• Na dieta de manutenção monitorar aporte protéico, energético, vitaminas, de minerais e de ácidos graxos essenciais
• Níveis mínimos seguros de ingestão protéica• Dieta normo ou hipercalórica• Suplementar vitaminas, minerais e oligoelementos S/N• Monitorar oferta de ácidos graxos essenciais
Shaw & Lawson, 2007. Martins e col, 2006. Turcato & Tanaka, 2007 .
Pacientes com Pacientes com SUSPEITASUSPEITA de deAminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Acidemias OrgânicasAcidemias OrgânicasAlimentos que compõem a dietaAlimentos que compõem a dieta Lactentes
Não existem no Brasil fórmulas infantis hipoprotéicas Fórmula modulada:
Fórmula infantil ou leite materno dentro do limite permitido para ingestão protéica
Adicionar gorduras (óleos vegetais, TCM) e carboidratos (maltodextrina, dextrose, amidos, açúcar) para complementar a oferta energética
Suplementar vitaminas, minerais e oligoelementos individualmente
Crianças maiores VO: dieta hipoprotéica à base de alimentos naturais SNE: dieta hipoprotéica modulada
Dieta para o paciente com Dieta para o paciente com SUSPEITASUSPEITA de apresentar uma de apresentar uma aminoacidopatia, acidemia aminoacidopatia, acidemia
orgânica ou distúrbio do ciclo orgânica ou distúrbio do ciclo uréiauréia
NUNCANUNCA UTILIZAR UTILIZAR UMA FÓRMULA UMA FÓRMULA
METABÓLICA SEM METABÓLICA SEM A CONFIRMAÇÃO A CONFIRMAÇÃO
DIAGNÓSTICADIAGNÓSTICA
Tratamento nutricional dos EIMTratamento nutricional dos EIMPrincípios e produtos especializadosPrincípios e produtos especializados
Introdução Dieta na suspeita de EIM Dieta após confirmação
diagnóstica Manejo em “dias de doença” Serviços e literatura de apoio Considerações finais
Fenilalanina TirosinaFenilalanina hidroxilase
BH4
Dopamina
Tratamento: dietéticoQuando os níveis de fenilalanina sérica > 8 a 10mg/dl
Ác. Fenilpirúvico, fenilacético e
fenilacetilglutamina
Fenilcetonúria (PKU)
Como calcular a dieta?Como calcular a dieta? Considerar as necessidades:
Proteína Energia Ácidos graxos Essenciais Vitaminas e Minerais
Considerar variações individuais: Evolução peso / estatura Sinais clínicos e laboratoriais de deficiências
Osteoporose, anemia
Recomendação de aporte de Recomendação de aporte de proteína na PKU:proteína na PKU:
A recomendação protéica é maiorque de indivíduos não fenilcetonúricos
g/kg g/dia g/kg (prot.da fórmula) g/kg (prot.total)
0 - 0,5 3,5 - 30,5 - 1 3 - 2,51 - 22 - 34 - 6 ≥ 357 - 10 ≥ 4011 - 14 ≥ 50-55 1,515 - 19 ≥ 50-65 1 (max.80g/dia)
Idade (anos)
Elsas LJ and Acosta PB, 1999 (proteína
total)
≥ 30
3
2,5 (3-5 anos)
2,5
1,7
MRC 1993, MacDonald 2007
2,0 (6-10 anos)
Porque a recomendação protéica é Porque a recomendação protéica é maior?maior?
Rápida oxidação dos aminoácidos Aumento da retenção de N2:
crescimento Melhora do controle metabólico:
por prevenção do catabolismo por estímulo ao anabolismo
Tolerância a > ingestão de proteína natural: qualidade de vida
Competição dos AA na barreira hemato-encefálica
Shaw & Lawson, 2007.
Recomendação de ingestão de ácidos Recomendação de ingestão de ácidos graxos essenciais, vitaminas e graxos essenciais, vitaminas e minerais:minerais:
• Normal para a faixa etária• Monitorar deficiências nutricionais / risco• Vitaminas e minerais
• ~25% da dieta natural• ~75% das fórmulas metabólicas
• monitorar adequação às necessidades de cada paciente• exceção: vitaminas = cofatores suplementação via medicamentosa
• Ácidos graxos essenciais• uso de óleos vegetais / TCM só se malabsorção• importância dos LCPufas para o lactente
• leite materno• fórmulas metabólicas adicionadas de LCPufas
Alimentos que compõem a dieta Alimentos que compõem a dieta do fenilcetonúrico:do fenilcetonúrico:
1. Dieta natural vegetariana
2. Alimentos energéticos isentos ou com baixo teor de fenilalanina
3. Fórmula metabólica isenta de fenilalanina
Alimentos que compõem a dieta do Alimentos que compõem a dieta do fenilcetonúrico:fenilcetonúrico:
1. Dieta natural vegetariana 1º meses de vida: Leite materno
ou fórmula infantil Outras faixas etárias: dieta
vegetariana hortaliças, frutas, alguns cereais - controlados Leite materno ou fórmula infantil se necessário
Fornece aprox. 25% das necessidades diárias de proteínas, vitaminas e minerais
LIBERAR Frutas ehortaliças com < 50mg fenil/100g ???
Alimentos que compõem a dieta do Alimentos que compõem a dieta do fenilcetonúrico:fenilcetonúrico:
2. Alimentos energéticos isentos ou com baixo teor de fenilalanina:• Óleos, margarinas, açúcar, groselha,
goiabada, tapioca, amidos
Alimentos que compõem a dieta do Alimentos que compõem a dieta do fenilcetonúrico:fenilcetonúrico:
3. Fórmula metabólica isenta de fenilalanina e com reposição de tirosina:3. Industrializadas
3. Todos os aminoácidos essenciais e não essenciais (exceto fenilalanina), vitaminas, minerais e oligoelementos. Baixa quantidade de carboidratos. Isentas de gorduras.
4. Algumas (1º ano de vida) contêm carboidratos, ácidos graxos essenciais e LCPufas
4. Fornece cerca de 75% das necessidades diárias de proteínas, vitaminas e minerais
Administração da fórmula Administração da fórmula metabólica:metabólica:
Considerar como “medicamento” Administrar junto a alimentos calóricos e que contenham fenilalanina
(imediatamente antes) Forma:
Líquida Ingerir todo o conteúdo Não coar, não ferver > 1 ano: copo com tampa
Pasta (após 6 meses) Ingerir líquidos
Estabelecer uma rotina, administrar sob supervisão Orientar pais a terem postura firme, consistente e positiva, não aceitar
“desculpas” Fracionamento: 3 a 5 x /dia (ou mais em lactentes)
Shaw & Lawson, 2007.
Administração da fórmula Administração da fórmula 3x/dia3x/dia, em , em intervalos curtos – intervalos curtos – variações amplasvariações amplas dos níveis de fenilalaninados níveis de fenilalanina MacDonald A and col, 1999.
Administração da fórmula Administração da fórmula 3x/dia3x/dia, em , em intervalos maiores – níveis de intervalos maiores – níveis de fenilalanina fenilalanina mais estáveismais estáveis MacDonald A and col, 1999.
Administração da fórmula em Administração da fórmula em várias várias dosesdoses (4/4hs) – (4/4hs) – excelente controle excelente controle metabólicometabólico
MacDonald A and col, 1999.
Fontes de nutrientes na dieta Fontes de nutrientes na dieta para fenilcetonúria:para fenilcetonúria:
Proteínas
Vitaminase Minerais
Energia(carboidratose gorduras)
Alimentos (fórmula infantil, leite materno, vegetais)
Alimentos (vegetais, fórmula infantil, leite materno)
Alimentos (açúcar, óleos, margarina,groselha, goiabada, tapioca, amidos, etc)
Fórmula metabólica (PKU)
Fórmula metabólica (PKU)
Fórmula metabólica (PKU)
Aleitamento materno na Aleitamento materno na fenilcetonúria:fenilcetonúria:
Como fazer ?
Fazer controle freqüente dos níveis séricos de fenil
Diferentes protocolos
Vantagens: baixo teor de fenil do leite materno, contato mãe-filho, qualidade nutricional do LM (LCPufas, fatores imunológicos, etc), minimiza “sentimento de culpa” dos pais, praticidade.
Shaw & Lawson, 2007. Martins e col, 2006.
Exemplo de cálculo:Exemplo de cálculo:Lactente (fem.) com 6 semanas, 4kg, tolerância Lactente (fem.) com 6 semanas, 4kg, tolerância Fenil Fenil == 200mg/dia, BEG, estável metabolicamente200mg/dia, BEG, estável metabolicamente
Fenil(mg) Prot. da fórm. Metaból. (g)
Prot. total (g)
Energia (kcal)
Água (ml)
Necess./kg/dia 70 - 20 2,5 3 120 150 Necessid./dia 280 - 80 10 12 480 600 Fórmula inf. 42g* 200 - 4,7 219 - PKU 1 20g 0 10 10 56 - Óleo vegetal-8g 0 0 0 72 - Maltodextrina- 25g 0 0 0 97 - Água- 600ml 0 0 0 0 600 Total 200 10 14,7 444 600 * 10 colheres-medida
VCT: 41% Gordura 46% CHO 13% Proteína
O desafio da adesão ao O desafio da adesão ao tratamento por toda a vida:tratamento por toda a vida:
Razões para a baixa adesão ao Razões para a baixa adesão ao tratamento:tratamento:
Fórmula Sabor e odor característicos Necessidade de ingestão em várias doses por dia Inconveniência da manipulação fora do ambiente familiar
Geral Pressão social e a sensação de ser diferente Rebeldia natural da puberdade / pouca percepção de
riscos Pouca disponibilidade de alimentos hipoprotéicos fora do
ambiente familiar Adolescentes e adultos conseqüências menos evidentes
MacDonald A , 2003.
Consequências do abandono da Consequências do abandono da dieta em adolescentes e adultos:dieta em adolescentes e adultos:
• Níveis sanguíneos e cerebrais elevados de fenilalanina e baixos de tirosina e outros aminoácidos
deficiência de neurotransmissores e distúrbios na síntese protéica cerebral
• neurotoxicidade• Déficit de atenção e memória e dificuldade de
aprendizagem Redução da velocidade de processamento de informações
(Moyle JJ et al, 2007) queda do desempenho nos estudos e no trabalho
• Agressividade problemas no convívio familiar e social
• Deficiência de micronutrientes Schultz e Bremer (1995) estudando a ingestão alimentar
de 93 adolescentes e adultos, verificaram que 20% tinham parado de ingerir a fórmula metabólica e a ingestão de vit. B1, B2, ác. fólico, cálcio e ferro estava inadequada.
Perfil etário dos fenilcetonúricos Perfil etário dos fenilcetonúricos do Brasil (2007)*:do Brasil (2007)*:
Faixa etária Brasil
0 - 1 ano 118 (9%)
2 - 5 anos 297 (22%)
6 - 12 anos 500 (37%)
13 - 18 anos 248 (18%)
19 - 25 anos 126 (9%)
26 - 35 anos 61 (4%)
36 - 63 anos 14 (1%)
Total 1.364 (100%)
Dados em arquivo.
* Levantamento realizado pela Support Prod. Nutricionais
Situações especiais –Situações especiais –Gestantes fenilcetonúricas e com Gestantes fenilcetonúricas e com hiperfenilalaninemia:hiperfenilalaninemia:
Efeitos da hiperfenilalaninemia no feto
Microcefalia retardo no crescimento má-formações cardíacas congênitas aborto
Controle metabólico: manter até 4 a 6mg/dlPreferencialmente desde 3 meses antes da concepção
Em 2005 a triagem neonatal detectou no Brasil 96 casos de PKU e 78 de hiperfenil*
* Vargas PR e col. Acta Bioquímica Clínica Latinoamericana; set. 2007 (supl.1): 71
Fórmulas metabólicas - Fórmulas metabólicas - avançosavanços Disponíveis no Brasil
Apresentações isentas de sal Maior adaptação às necessidades das diferentes faixas etárias
Indisponíveis no Brasil: Específicas para gestantes Com adição de AGEs e LCPufas para acima de 1 ano Líquidas, prontos para consumo e com sabores Shakes (em pó), com sabores Gel Comprimidos Em barrinhas Isenta de sabor e odor
Tirosinemia tipo ITirosinemia tipo I Tratamento dietético SEM NTBC não previne
o óbito
Fenil
Tirosina( I )
MaleilacetoacetatoFumarilacetoacetato
FumaratoAcetoacetato
( II )
SuccinilacetatoSuccinilacetona
Urina
Hepato e nefrotóxic
os
MacDonald, 2007.
Fenil
Tirosina( I )
MaleilacetoacetatoFumarilacetoacetato
FumaratoAcetoacetato
NTBC
Macdonald, 2007.
Tirosinemia tipo ITirosinemia tipo I
• Tratamento dietético COM NTBC bom prognóstico
Tirosinemia tipo IITirosinemia tipo II
Fenil
Tirosina( I )
MaleilacetoacetatoFumarilacetoacetato
FumaratoAcetoacetato
( II )
( I ) Tipo I( II ) Tipo II
TirosinemiaTirosinemia Tratamento dietético de manutenção:
Tipo I: dieta hipoprotéica + fórmula metabólica isenta de fenil e tirosina. Restringir metionina S/N. Monitorar fenilalanina séria e suplementar S/N
Tipo II: idem acima. Não há necessidade de restrição de metionina.
Tratamento dietético do pacientes recém-diagnosticado: protocolos específicos
MSUD (Maple Syrup Urine Disease - MSUD (Maple Syrup Urine Disease - Doença do Xarope de Bordo na Urina) Doença do Xarope de Bordo na Urina) ou Leucinoseou Leucinose
Leucina Isoleucina Valina
1 1 1
2
3
4
5
Acetoacetato Acetil-CoA
Propionil-CoA
Metil-malonil-CoA
Succinil-CoA
6
7
8
9
10
METABOLISMO DOS AA DE CADEIA RAMIFICADA
BCKDH BCKDH
Tratamento dietético de manutenção: Proteínas naturais: 4 a 7% de leucina
Dieta: dieta hipoprotéica / restrita em leucina + fórmula metabólica isenta de leucina, isoleucina e valina Recomendações de ingestão de nutrientes semelhantes à PKU Aporte energético e fracionamento adequados / hidratação CUIDADO: Leucina é altamente neurotóxica Frequentemente ocorre defic. Isoleucina e valina
Tratamento dietético do pacientes recém-diagnosticado: protocolos específicos
Shaw & Lawson, 2007. Turcato e Tanaka, 2007. Martins e col, 2006.
MSUD (Maple Syrup Urine Disease - MSUD (Maple Syrup Urine Disease - Doença do Xarope de Bordo na Urina) Doença do Xarope de Bordo na Urina) ou Leucinoseou Leucinose
Distúrbios do metabolismo do Distúrbios do metabolismo do propionato - propionato - Acidemias Metilmalônica e Acidemias Metilmalônica e Propiônica:Propiônica:
Origens do propionato: 50% do metab. dos AA: Met, Tre, Val, Isoleu 25% fermentação anaeróbia no cólon 25% oxidação de ácidos graxos
MacDonald, 2007. Martins e col, 2006.
Tratamento nutricional de manutenção: Dieta: hipoprotéica + fórmula metabólica
isenta de metionina, treonina, valina e com baixo teor de isoleucina + fracionada e com energia adequada
+ l-carnitina + metronidazol + vit B12 para AMM hidratação Evitar fontes de ác. Graxos de cadeia curta
Tratamento nutricional do paciente recém-diagnosticado: Protocolos específicos
Distúrbios do metabolismo do Distúrbios do metabolismo do propionato - propionato - Acidemias Metilmalônica e Acidemias Metilmalônica e Propiônica:Propiônica:
Shaw & Lawson, 2007. Turcato e Tanaka, 2007. Martins e col, 2006.
Acidemia Glutárica tipo IAcidemia Glutárica tipo I
http://springerlink.metapress.com/content/a7v6118726q13623/fulltext.pdf
www.ssiem.org
Acidemia Glutárica tipo IAcidemia Glutárica tipo I
http://springerlink.metapress.com/content/a7v6118726q13623/fulltext.pdf
Acidemia Glutárica tipo IAcidemia Glutárica tipo I
http://springerlink.metapress.com/content/a7v6118726q13623/fulltext.pdf
Acidemia Glutárica tipo IAcidemia Glutárica tipo I
Tratamento dietético de manutenção: dieta hipoprotéica, fórmula metabólica isenta de AA
não-essenciais, arginina / citrulina, energia e fracionamento adequados Prot: 1/3 à metade AA essenciais; metade à 2/3
proteína natural Possível benefício da suplementação de AACR em
alguns pacientes Anorexia pode ser resultante dos altos níveis de
glutamina Dieta no paciente recém-diagnosticado:
Protocolos específicos
Distúrbios do Ciclo da UréiaDistúrbios do Ciclo da Uréia
Martins e col. Erros Inatos do Metabolismo: Abodagem Clínica. 2a ed, 2004; Shaw & Lawson, 2002.
Metabolismo da GalactoseMetabolismo da Galactose
LACTOSE
GALACTOSE GLICOSE
GALACTOSE-1-P
UDP-GALACTOSE
GLICOSE-6-P
GLICOSE-1-P
UDP-GLICOSE
ATP
ADPGalk
Galt UDP-Glicose
Glicose-1-P
Gale
ATP
ADPHex
Pgm
UgpUTP
PPi
Galactitol
Galactonato
Galactosemia – caso Galactosemia – caso encaminhadoencaminhado
JV, encaminhado de São Carlos
Galactosemia - caso triadoGalactosemia - caso triado
SSS, procedente de Canitar, região de Bauru
GalactosemiaGalactosemia
Dieta de exclusão da galactose: Fórmulas à base
de proteína purificada de soja e posteriormente com exclusão da galactose / lactose de outras fontes (leguminosas, por exemplo)
Tratamento nutricional dos EIMTratamento nutricional dos EIMPrincípios e produtos especializadosPrincípios e produtos especializados
Introdução Dieta na suspeita de EIM Dieta após confirmação diagnóstica Manejo em “dias de doença” Serviços e literatura de apoio Considerações finais
Manejo em “dias de doença”:Manejo em “dias de doença”: Princípios gerais
Dieta normo ou hipercalórica fracionada Dieta hipoprotéica / suspender ingestão protéica S/N
Se infecções recorrentes evitar dieta aprotéica oferecer líquidos energéticos com baixo ou desprezível
teor de proteína e reidratantes (com polímeros de glicose) sempre manter a fórmula metabólica não forçar aceitação VO da fórmula
Observar recomendações específicas para cada doença
MacDonald 2007, Martins e col 2006.
Tratamento nutricional dos EIMTratamento nutricional dos EIMPrincípios e produtos especializadosPrincípios e produtos especializados
Introdução Dieta na suspeita de EIM Dieta após confirmação diagnóstica Manejo em “dias de doença” Serviços e literatura de apoio Considerações finais
Um serviço gratuito para profissionais de saúde
atendimento personalizado das 9 às 12 e das 14 às 17 horas
conta com médicos e nutricionista do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre /
UFRGS
SIEMSERVIÇO DE INFORMAÇÕES SOBREERROS INATOS DO METABOLISMO
0800 510 2858
Um serviço gratuito para profissionais de saúde
Conta com equipe multidisciplinar do Serviço de Genética Médica do CREIM / EPM / UNIFESP
www.igeim.org.br
IGEIMInstituto de Genética e Erros Inatos do Metabolismo
0800 770 1006
Ações do Terceiro Setorde apoio aos EIM
Apoio a familiares e profissionais de saúde
0800 [email protected]
www.institutocanguru.org.br
Ações do Terceiro Setorde apoio aos EIM
Associaçõesde Pais
SAFE BrasilSAFE Brasil(Sociedade dos Amigos(Sociedade dos Amigos
dos Fenilcetonúricos do Brasil)dos Fenilcetonúricos do Brasil)(11) 9943 7911(11) 9943 7911
Literatura
Literatura
Literatura
WebsiteWebsitewww.metabolicpartners.comwww.metabolicpartners.com
www.genetests.org
www.ssiem.org
www.sbtn.org.br
www.igeim.org.br
www.pkup.com.br
http://www.fcf.usp.br/fenilcetonuricos
Outros websites:Outros websites:
Tratamento nutricional dos EIMTratamento nutricional dos EIMPrincípios e produtos especializadosPrincípios e produtos especializados
Introdução Dieta na suspeita de EIM Dieta após confirmação diagnóstica Manejo em “dias de doença” Serviços e literatura de apoio Considerações finais
Considerações Considerações finaisfinais
O monitoramento freqüente é fundamentalAs dietas são individualizadas e dinâmicasConsiderar protocolos + avaliação do indivíduo Já existe um protocolo brasileiro para tratamento
dietético em EIM, mas faltam políticas públicas
Toda a família deve ser envolvida
O trabalho multiprofissional é essencial
Agradecimento:Agradecimento:Vanessa CastroVanessa CastroSUPPORTSUPPORT
Gratos pela Paciência e Atenção!Gratos pela Paciência e Atenção!