equipamentos de voo e sobreviviencia
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OSTENSIVO CIAAN-0801
CAPÍTULO 1
EQUIPAMENTOS DE VÔO E DE SOBREVIVÊNCIA
1.1 - CLASSIFICAÇÃO
Os equipamentos e equipagens de vôo e de sobrevivência necessários às atividades
aéreas estão classificados em quatro categorias, de acordo com suas utilizações,
conforme a seguir discriminado:
- Categoria I - são itens de uso individual dos aeronavegantes que exercem função a
bordo das aeronaves da MB:
1) bota de vôo;
2) macacão de vôo;
3) luvas de vôo;
4) capacete de vôo;
5) prancheta de vôo;
6) blusão de vôo;
7) protetores auriculares;
8) faca de sobrevivência;
9) conjunto de máscara de oxigênio;
10) roupa anti-G; e.
11) suspensório de pára-queda.
- Categoria II - são itens eventualmente usados por aeronavegantes embarcados em
aeronaves da MB:
1) colete salva-vidas MK15;
2) colete LPU-21;
3) colete LPU-32 vip;
4) colete LPU-36 com inflagem automática;
5) colete LPU-30/P (jaqueta de convôo);
6) macacão anti-exposição;
7) balsa individual; e
8) Colete SV-2 para VF-1
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- Categoria III- são os itens orgânicos da aeronave:
1) bolsa de primeiros socorros;
2) extintor de incêndio;
3) foguete manual de sinais com estrelas vermelha com pára-quedas;
4) cinto de segurança do fiel;
5) balsa salva-vidas agregada à cadeira de ejeção; e
6) pára-quedas agregado à cadeira de ejeção.
- Categoria IV- são os itens para o uso em sobrevivência em terra e no mar:
1) balsa coletiva;
2) alça para guincho;
3) cinto para içamento individual
4) rede de carga;
5) gaiola de salvamento;
6) bolsa de sobrevivência em terra;
7) sinal de perigo diurno e noturno com luz vermelha e fumaça laranjada;
8) marcador de fumaça de média duração;
9) marcador de fumaça de longa duração;
10) marcador de superfície; e
11) bóia luminosa.
1.1.1 – MATERIAL DA CATEGORIA I
a) CAPACETE
O uso do capacete para tripulantes é obrigatório durante todo o vôo, nas aeronaves
da MB. Os capacetes são utilizados para distribuir a força de um impacto sobre a
cabeça do utilizador e absorvê-lo ao máximo, para que o mínimo de choque atinja o
crânio, evitando assim, ferimentos que poderiam ser fatais. Foi constatado que em
um grande número de acidentes, nos quais capacetes foram destruídos, seus
utilizadores não sofreram ferimentos graves.
Existem atualmente dois tipos de capacetes em uso na Aviação Naval, sendo o
SPH-3 utilizado por tripulantes de helicópteros (Fig. 1-1) e o HGU por pilotos de
asa fixa.
Os capacetes de vôo compõem-se de:
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- concha externa - tem o propósito de distribuir a força do impacto e resistir às
perfurações; é feita em fibra de vidro e resina de poliéster.
- forro atenuador de energia - É destinado a absorver e dissipar energia do impacto,
tornando mínimas a ocorrência de uma fratura ou ferimento no crânio.
- almofadas de ajustagem - permite uma perfeita adaptação da cabeça à parte
interna do capacete, proporcionando estabilidade e conforto.
- visor - dá proteção contra clarões, raios solares, rajadas de vento e objetos que
poderiam atingir os olhos. Além de grande resistência à rachaduras, quando não se
encontra em uso, pode ser recolhido para dentro de um alojamento próprio.
Podem ser incolor para uso em dias nublados ou à noite ou verde escuro para uso
em dias de ensolarados.
- conjunto de fones e microfone - os fones possibilitam a recepção rádio e atenuam
os ruídos externos. O microfone fica preso do lado de fora do capacete e sua
posição é ajustável de acordo com o formato do rosto do utilizador.
- adaptadores para máscara de oxigênio - têm o propósito de fixar a máscara de
oxigênio junto ao rosto do utilizador; existem vários tipos, sendo alguns de
encaixes e outros de tirantes providos de botões de pressão.
-tirante de ajustagem - servem para dar estabilidade ao capacete quando
devidamente ajustado à cabeça do utilizador. São em número de dois: jugular e
nuca.
CAPACETE DE VÔO SPH-3
Figura 1-1
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A fixação de fitas adesivas reflexivas na parte externa tem a finalidade identificar
se o usuário é Oficial ou Praça, e no caso de operações de busca e salvamento,
localizar um sobrevivente à noite por intermédio do reflexo produzido por qualquer
luz sobre as fitas.
Alguns cuidados devem ser observados para conservação do capacete:
- conservar sempre seu capacete limpo e seco;
- para limpar os visores, usar água e sabão, tendo o cuidado de não molhar outras
partes;
- para tirar arranhões, usar polidor de acrílico;
- lubrificar levemente os trilhos;
- nunca deixa-lo exposto ao sol;
- não usar o capacete para outros fins ou como local para guardar coisas ou sentar-
se;
- conduzir o capacete debaixo do braço ou dentro de uma bolsa apropriada; e
- levar para inspeção regularmente ou quando observar alguma deficiência.
A colocação do capacete deve ser feita adotando-se os seguintes procedimentos:
- pegar o capacete com o lado de baixo virado para cima e a frente voltada para o
corpo;
- colocar os polegares sobre as almofadas dos fones, forçando-se para fora;
- levar o capacete à testa, na área entre os polegares e colocá-lo na cabeça fazendo
movimento para frente e para trás com a própria cabeça até que fique posicionado
satisfatoriamente;
- ajustar a jugular por baixo do queixo;
- ajustar o visor; e
- ajustar o microfone se for fazer uso dele.
b) MACACÃO DE VÔO
Com a possibilidade de ocorrência de incêndio nas aeronaves, os técnicos em
equipamentos de segurança desenvolveram roupas com tratamento antifogo a fim
de proteger pilotos e tripulantes contra tais eventualidades. Primeiro apareceram os
tecidos de algodão tratados com solução de ácido bórico na confecção dos
macacões e luvas de vôo. Atualmente, os tecidos já são confeccionados com fibras
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sintéticas de características antifogo.
A roupa de vôo tem uma importante função para a segurança e sobrevivência do
homem que voa. Ela protege contra as intempéries e dá o conforto necessário para
um vôo eficiente em climas que variam dos trópicos à Antártica.
Na escolha da roupa de vôo, dois fatores devem ser considerados:
- as condições climáticas em que ela vai ser usada; e
- a ajustagem da roupa, que não depende do seu tipo, mas de sua perfeita adaptação
ao corpo.
Usar roupas de tamanho errado, por exemplo, será tão desconfortável e ineficiente
como a sensação sentida por alguém usando roupas pesadas nos trópicos.
Nas áreas onde as condições climáticas são extremas, a roupa tem muito a ver com
a sobrevivência do indivíduo. Para manter o corpo aquecido, em temperaturas
abaixo de zero grau, deve-se usar várias camadas de roupas. Não se deve ficar
aquecido além do necessário, a ponto de suar; o suor deixará a roupa úmida,
anulando as propriedades térmicas.
I) MACACÃO DE VÔO DE VERÃO
Confeccionado em POLYAMIDE, sua finalidade é oferecer proteção contra o fogo
e insetos aos tripulantes (Fig. 1-2). Seu tecido é leve e resistente, sua combustão só
inicia entre 370º a 470º C.
Os punhos e a boca das pernas têm um sistema de fechamento para evitar a entrada
de objetos e insetos. Os bolsos são fechados por intermédio de zíper de cor preta
para evitar reflexo do metal em área de combate. Após a lavagem, não deve ser
passado a ferro de engomar ou máquina de passar.
A roupa interna, camiseta, cueca e meias, em uso com o macacão devem ser de
algodão. Nunca use peças de nylon.
Normalmente é adaptado na perna direita da calça, acima do joelho, do lado de
fora, um bolso para a faca de vôo.
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MACACÃO DE VÔO DE VERÃO
Figura 1-2
c) BLUSÃO DE VÔO
Tem a finalidade de proteger o pessoal em climas frios, principalmente após o vôo
(Fig. 1-3). Fabricado em tecido sintético verde-oliva, resistente ao fogo, possui dois
bolsos pouco acima da cintura e no braço esquerdo um porta canetas.
É fechado na frente por meio de zíper, tendo os punhos e a cintura elásticos.
BLUSÃO DE VÔO
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Figura 1-3
d) LUVAS DE VÔO
Oferece proteção ao utilizador em caso de fogo na aeronave e em sobrevivência.
São fabricadas em polyamide e pelica e destinam-se ao uso dos tripulantes (Fig. 1-
4). A parte de cima da luva é em tecido elástico e polyamide e a palma em pelica
fina e macia. A pelica não anula a sensibilidade tátil na operação dos instrumentos e
no manuseio dos equipamentos de sobrevivência.
Para a conservação, as luvas não devem ser guardadas no bolso do macacão nem
em lugares abafados. Normalmente elas estão suadas e o suor é corrosivo,
deixando-as úmidas com um cheiro bastante desagradável.
Para lavá-las, deve-se vesti-las e proceder como se estivesse lavando as mãos com
sabão. Após essa operação, escorra a água sem torcê-las, secando com uma toalha,
evitando o contato de uma luva com a outra.
LUVAS
Figura 1-4
e) BOTAS PARA VÔO
Protegem os pés do utilizador contra esmagamento e impactos em um pouso
acidentado (Fig. 1-5). Possuem solados especiais, são resistentes ao fogo e
antiderrapantes. A biqueira é protegida internamente por uma chapa de aço para
resistir a fortes compressões.
As botas devem ser limpas diariamente e “engraxadas” com uma pomada
específica, que não lhes tirem a propriedade de resistir ao fogo. Quando não
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estiverem em uso, guarde-as em local arejado.
BOTA DE VÔO
Figura 1-5
f) PRANCHETA DE NAVEGAÇÃO (KNEE - BOARD)
Sua finalidade é facilitar as anotações, cálculos de navegação, etc (Fig. 1-6). Fica
preso na cocha, próximo ao joelho do utilizador, através de um cinto com presilhas.
Possui lâmpada com interruptor, mola para o descanso do lápis, compartimento
para pilhas e prendedor de papel.
Para sua manutenção e conservação, deve-se trocar as pilhas sempre que necessário
e não guardar a prancheta com pilhas por longo tempo.
PRANCHETA DE NAVEGAÇÃO
Figura 1-6
g) FACA DE SOBREVIVÊNCIA
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Pode ser usada para pequenos serviços, como esfolamento da caça obtida,
fabricação de armadilhas, etc. (Fig.1-7).
Possui lâmina com serra no dorso, furo no guarda-mão para prender a faca e um
cordão. O cabo é coberto de couro com um martelo na ponta.
A bainha é de couro com bolso para pedra de amolar. Sua lâmina é de cor escura
para evitar o reflexo em área de combate.
Deve ser conservada sempre limpa, passando levemente na lâmina um óleo
lubrificante.
FACA
Figura 1-7
1.1.2 – MATERIAL DA CATEGORIA II
a) COLETES SALVA-VIDAS
Os coletes salva-vidas têm o propósito de dar flutuabilidade positiva ao utilizador,
mantendo a cabeça fora d’água, mesmo estando desmaiado. São confeccionados de
modo a não interferir com o uso dos outros equipamentos e os movimentos do
utilizador a bordo da aeronave. Atualmente, são utilizados na Aviação Naval três
tipos a saber: MK-15; LPP e LPU-23.
I)COLETE SALVA-VIDAS MK-15
Tem uma capacidade de flutuabilidade de 35 libras. Consta de uma só câmara,
confeccionada de tecido impregnado de borracha, formando um flutuador na
altura do tronco (Fig. 1-8) sendo inflado através de uma ampola de CO2 (Fig. 1-
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9) ou oralmente.
Itens que compõem o colete MK-15:
- rádio transceptor de emergência;
- espelho sinalizador;
- luz de emergência ;
- unidade de respiração autônoma de emergência (HEED III);
- sinalizador diurno/noturno MK-4 – duas unidades;
- conjunto de sinalizador estrela vermelha – uma unidade;
- apito; e
- strob - light
COLETE SALVA-VIDAS MK-15
Figura 1-8
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ACIONAMENTO DO COLETE SALVA-VIDAS MK-15
Figura 1-9
II) COLETE SALVA-VIDAS LPP
Este colete possui uma só câmara, com 35 libras de flutuação (Fig 1-10). Pode
ser inflado através de uma ampola de CO2 ou oralmente. É preso por um cinto
afivelado na frente, e nesse mesmo cinto, existe um pequeno bolso onde fica
alojado um cabo de nylon com uma trava de madeira presa na ponta,
denominado Linha da Vida. Sua finalidade é rebocar o sobrevivente caso esteja
impossibilitado de nadar. Possui alguns equipamentos de sinalização e é usado
normalmente por passageiros em pequenos vôos sobre água.
COLETE SALVA-VIDAS LPP
Figura 1-10
III) COLETE SALVA-VIDAS LPU-21
Utilizado apenas pelos pilotos de asa fixa, este colete possui uma capacidade
de flutuabilidade de 65 libras e conta com duas câmaras independentes, em
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forma de X, possibilitando desta forma que o sobrevivente mantenha-se em
equilíbrio no caso de falha em uma delas.
Para inflar estas câmaras o colete dispõe de duas ampolas de CO2 e duas
válvulas para enchimento oral. Como equipamentos de sinalização o colete
está equipado com dois sinalizadores diurno/noturno e um DYE MARKER
(marcador de mar).
COLETE SALVA-VIDAS LPU 21
Figura 1-11
IV) COLETE SV-2
Utilizado em complementação ao colete LPU, por ocasião de vôos de longa
duração sobre a água ou terra.
COLETE DE SOBREVIVÊNCIA SV-2
Figura 1-12
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b) BALSA INDIVIDUAL ( LR1 )
É uma pequena balsa pneumática usada por pilotos e tripulantes em vôo sobre
água (Fig. 1-13). Faz parte dos equipamentos de vôo e sobrevivência e pode ser
guardada em bolsa individual de nylon ou container de fibra de vidro. Se
acondicionada em container de náilon, fica amarrada à cintura dos utilizadores
através de um cinto afivelado na frente. Quando voando sobre água, o utilizador
fica sentado em seu banco tendo a balsa como encosto. Acondicionado em
container de fibra de vidro, é usada por pilotos de determinados helicópteros,
ficando estes sentados em cima da balsa.
A balsa LR1 tem uma só câmara que pode ser inflada por uma ampola de CO 2, ou
oralmente. O toldo e o fundo da balsa também podem ser inflados. Estes por sua
vez, apenas oralmente.
As alças de abordagem são em número de cinco, sendo duas em cada lateral e
uma na proa da balsa pelo lado de dentro.
BOLSA DE NYLON CASULO DE FIBRA
BALSA INDIVIDUAL LR1
Figura 1-13
I) DESCRIÇÃO DAS PARTES
1) Válvula oral - fica localizada na parte superior do tubo flutuante, lado direito. É
usada para recompletar o ar ou inflar a balsa caso a ampola de CO2 não funcione.
Normalmente, a válvula oral vem travada e, para operá-la, os seguintes
procedimentos devem ser adotados:
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- destravar, girando o tambor para esquerda até o esbarro;
-prender o bico entre os dentes e, empurrando-o para baixo, soprar; e
- soltá-lo para inspirar (ficará vedado por ação de uma mola).
2) Cobertura - Existe um toldo enrolado em toda a extensão lateral do tubo
flutuante e a ele é preso um capuz, e ambos são fixados por velcron (Fig. 1-15).
3) Biruta d’água ou âncora d’água - fabricada em nylon e amarrada nas quatro
pontas com um longo cabo, tem por finalidade manter a balsa aproada à maré e
evitar que ela se afaste rapidamente do local do acidente (Fig. 1-14).
4) Estabilizadores - ficam presos externamente ao fundo da balsa e têm o formato
de bolsa. São em número de dois;
5) Fita retentora - fita comprida de nylon que se encontra amarrada no gargalo da
ampola de CO2 (Fig. 1-14). Sua finalidade é manter a balsa presa ao utilizador.
Depois de posicioná-la no banco da aeronave e em sua cintura, prende-se esta fita
ao colete salva-vidas, ficando presa através de um botão de pressão junto ao
punho de acionamento da ampola de CO2; e
6) Punho de acionamento da ampola de CO2 - situado na parte inferior, lado
direito, indicado por uma seta na bolsa. No container de fibra de vidro, o punho
também é à direita.
Para acionar a ampola de CO2 da LR1 contida no container de fibra, é necessário
soltar os cintos que prendem a balsa ao utilizador.
BALSA LR1
Figura 1-14
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ALÇAS DE ABORDAGENS
ÂNCORA FLUTUANTE
FITA RETENTORA
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BALSA LR - 1 COM COBERTURA
Figura 1-15
c) MACACÃO ANTIEXPOSIÇÃO
É um macacão de vôo de inverno, para uso sobre água fria ou neve (Fig. 1-16).
Confeccionado com três camadas de tecidos sendo uma de algodão, uma de
borracha (neoprene) e outra de nylon. Possui ajustes nos punhos e no pescoço
para dificultar a entrada de água fria, evitando assim a troca de calor.
MACACÃO ANTIEXPOSIÇÃO
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Figura 1-16
d) UNIDADE DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA DE EMERGÊNCIA (HEED-
III)
Parte integrante do colete MK-15, este equipamento consiste de uma garrafa
pressurizada, um regulador de fluxo de ar automático, um indicador, um tubo e
uma peça bucal de silicone (Fig. 1-17). O equipamento é leve (624 gramas) e
bastante pequeno - 5 centímetros de diâmetro por 29 cm de comprimento e pode
ser transportado no colete salva vidas MK – 15.
O HEED-III está dimensionado para prover entre dois e quatro minutos de
respiração autônoma submersa. O aparelho é de fácil operação, necessitando
apenas colocá-lo na boca, tomando a devida precaução de purgar a água de dentro
da válvúla. Em seguida deve respirar normalmente.
Embora simples de usar, pode potencialmente causar vários danos ao utilizador
não adestrado. Devido ao diferencial de pressão de água, o utilizador deve exalar
durante a subida para evitar que os pulmões sejam afetados quando os gazes
inalados aumentarem de volume. Simultaneamente, com a possibilidade de
ruptura dos pulmões, existe também o risco potencial de um embolismo fatal.
O HEED III deve:
- prover no mínimo dois minutos de respiração submersa;
- ser capaz de operar até 20 pés de profundidade; e
- operar em águas à temperatura de 13º C.
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HEED III
Figura 1-17
I) PROCEDIMENTOS DE UTILIZAÇÃO
- Abrir a válvula
- Pressionar o botão de dreno; e
- Respirar normalmente
1.1.3 – MATERIAL DA CATEGORIA III
a) CINTO DO FIEL
Usado normalmente nos helicópteros de grande porte para que o fiel possa
trabalhar na porta sem que haja perigo de queda (Fig. 1-18). O cinto fica preso na
parte oposta à porta aberta. O resgate de sobrevivente é um exemplo desse
trabalho do fiel na aeronave.
CINTO DO FIEL
Figura 1-18
1.1.4 – MATERIAL DA CATEGORIA IV
a) BALSA COLETIVA (LRU - 12/A MK-4)
A balsa coletiva é usada normalmente em helicópteros de grande porte e em
aeronaves de busca e salvamento.
Não se deve colocar uma balsa embaixo da carga ou junto de baterias ou outras
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fontes de calor. Ela deve ser colocada em lugar acessível, de preferência perto das
saídas de emergência. Se o manual de vôo da aeronave designar um lugar para a
balsa, este espaço deverá ser mantido, sempre que possível, em todas as aeronaves
do mesmo modelo. Isso possibilitará que a tripulação fique familiarizada com a
localização, evitando confusão em caso de emergência.
Esta balsa pneumática possui três câmaras independentes. É destinada a acomodar
quatro homens, acessórios e equipamentos de emergência para mantê-los vivos no
mar por vários dias.
A balsa é acondicionada em uma bolsa com alça para o transporte (Fig.1-19) e
um punho de metal para o acionamento da ampola de CO2 .
O corpo da balsa é constituído por dois tubos flutuantes, sendo um composto por
duas câmaras independentes, que poderão ser infladas através de uma ampola de
CO2 ou através da bomba manual, e o outro com apenas uma câmara que só
poderá ser inflado através da bomba manual.
BOLSA DE TRANSPORTE DE BALSA LRU-12/A MK-4
Figura 1-19
I) DESCRIÇÃO DAS PARTES
1) Tubo central (banco) - sua finalidade é manter uma correta abertura da balsa,
servindo também como banco, só podendo ser inflado através da bomba
manual;
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2) Cabo de acionamento da ampola de CO2 - o punho fica localizado na parte
posterior da bolsa de transporte e é coberto com uma capa presa por botões de
pressão. A ampola de CO2 é presa ao tubo flutuante, do lado direito, junto à linha
d’água (Fig 1-20);
3) Válvula de enchimento manual - em número de três, sua finalidade é dar meios
para fazer o recompletamento de ar das câmaras, caso elas diminuam a pressão,
ou inflar a balsa na falha da ampola de CO2 (Fig 1-20);
4) Bomba manual - estocada no saco de acessórios, é usada para recompletamento de
ar ou em caso de falha na ampola de CO2 (Fig 1-21);
5) Linha da vida - é um cabo que circula toda a balsa na parte superior do tubo
flutuante. Serve como apoio para o sobrevivente quando dentro da água (Fig 1-
20);
6) Âncora d’água ou biruta d’água - amarrada na proa da balsa, tem como finalidade
manter a balsa aproada à maré, evitando que se afaste rapidamente. Deverá ser
lançada à água se não houver intenção de navegar, caso contrário deverá ser
recolhida;
7) Alça de desemborcar - em número de três, ficam localizadas no fundo da balsa e
servem para desemborcá-la, caso vire. Neste caso, manter sempre a ampola na
parte inferior, isto é, no local onde vai colocar o pé, evitando assim que a ampola
de CO2 caia na cabeça de quem esteja desemborcando a balsa;
8) Bolsa de suprimento - localizada próximo ao banco, lado esquerdo, é presa por
botões de pressão. Utilizada para guardar, equipamentos sensíveis como bússola,
espelho de sinalização, etc; e
9) Saco de acessórios - amarrado dentro da balsa. Serve para guardar equipamentos
como bomba manual, caixa de 1º socorros, saco para água, etc.
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AMPOLA DE CO2 E CABO DE
ACIONAMENTO
ALÇAS DE ABORDAGEM
LINHA DA VIDA
VÁVULAS DE ENCHIMENTO ORAL
ÂNCORA D’ÁGUA
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BALSA COLETIVA LRU-12/A MK-4
Figura 1-20
VÁLVULA DE ENCHIMENTO MANUAL E BOMBA
Figura 1-21
II) PROCEDIMENTOS PARA ENCHIMENTO MANUAL
Caso seja necessário inflar a balsa com a bomba manual , seguir a seqüência:
1º- abrir a bolsa de transporte, retirar a bomba de dentro do saco de suprimento;
2º - colocar o tubo da bomba na válvula, rosqueando-o;
3º - abrir a válvula (girar para a direita);
4º - bombear o ar até achar suficiente a pressão dos tubos;
5º - fechar a válvula (girar para a esquerda); e
6º - retirar a bomba.
b) GAIOLA DE RESGATE (NET)
É usada para resgatar sobreviventes no mar e em terra. Fabricada com armações
de aço, cabos de nylon e flutuadores, é usada por helicópteros de grande porte. O
sobrevivente ao ser resgatado pela gaiola, não deve ficar sentado próximo a sua
porta e, sim, na parte oposta a ela. Isto evitará que o homem caia (Fig 1-22).
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VÁLVULA DEENCHIMENTO
BOMBAPNEUMÁTICA
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GAIOLA DE RESGATE
Figura 1-22
c) ALÇA DE RESGATE
É usada para resgate de sobrevivente no mar e na selva. Fabricada com tecido
de nylon flutuante pode ser usada em todos os helicópteros da MB (Fig 1-23). O
uso da alça de resgate requer cuidado especial: antes de passá-la sob os braços,
deve-se deixar que o gato do HOIST toque a água ou a terra. Este procedimento
visa descarregar a eletricidade estática acumulada pela aeronave durante o vôo.
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ALÇA DE RESGATE ( SLING )
Figura 1-23
1.2 SINALIZADORES
Existem vários tipos de sinalizadores que, quando corretamente utilizados, podem
indicar a posição de um acidente aeronáutico ou de seus sobreviventes.
Além dos sinalizadores padronizados, outros tipos podem ser improvisados. Por
exemplo: utilizando-se uma lanterna comum, por meio de lampejos, pode-se
emitir o sinal internacional de socorro, SOS, em Morse, constituído por uma
seqüência de três pontos, três traços e três pontos (...---...); em matas cerradas,
uma fogueira realimentada por folhas e galhos verdes desprenderá fumaça
suficiente para transpor as copas das árvores, o que provavelmente não
aconteceria com a fumaça pirotécnica.
I) CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO
Seguem abaixo, algumas orientações sobre a utilização de equipamentos de
sinalização:
- mantê-los secos e prontos para uso;
- fazer uso no momento adequado; não usá-los desnecessariamente;
- para uma longa permanência em sobrevivência, principalmente no mar, o
espelho é o equipamento ideal para os dias ensolarados;
- em terra, uma fogueira deve estar pronta em local de boa visibilidade para ser
acesa a qualquer momento; e
- nunca deixar para saber como funciona qualquer equipamento na hora de
sinalizar. Um grupo de sobreviventes poderá deixar de ser localizado (e resgatado)
por seu próprio erro.
1.2.1 - ARTIFÍCIOS PIROTÉCNICOS
a) SINALIZADOR DIURNO-NOTURNO
Gera uma tocha por reação química, que arde aproximadamente por 18 a 20
segundos. Na sinalização diurna, ela produz uma fumaça alaranjada com uma
visibilidade de até sete milhas (11 km aproximadamente) e, na noturna, produz
um clarão vermelho vivo, com a visibilidade de até 15 milhas (27 km
aproximadamente).
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Sem nenhuma fonte de luz, à noite, pode-se identificar o lado noturno através da
tampa, onde são encontradas algumas marcas para sua identificação: têm
saliências ou ranhuras.
I) Operação
- retirar a tampa;
- quebrar o lacre forçando o anel;
- com o pirotécnico à frente do corpo, puxar com força o anel de acionamento; e
- em seguida, estender o braço acima da cabeça num ângulo de 45 graus a favor
do vento.
II) Cuidados
- a ignição é instantânea;
- não acionar contra o vento; e
- não colocar a mão, após o uso, no lado que foi queimado.
Ao acionar o lado diurno e este pegar fogo, colocar rapidamente dentro da água,
retirando logo em seguida. O fogo apagará, ficando somente a fumaça, que é o
produto esperado. A queima de qualquer lado dar-se-á até a metade do
pirotécnico, ficando fria a parte em que o utilizador estiver segurando; depois de
acionada, a reação não apagará mais. O pirotécnico serve, além da sinalização,
para dar a direção do vento ao piloto para a aproximação da aeronave.
Este artefato pode ser encontrado na balsa salva-vidas e colete MK-15.
SINALIZADOR DIURNO / NOTURNO
FIGURA 1-25
b) FOGUETE PÁRA-QUEDAS COM ESTRELA VERMELHA.
O propulsor eleva-o a uma altura de 300 metros, liberando um pára-quedas com
o qual desce uma estrela luminosa, de cor vermelha, bem intensa, que, clareia a
área das balsas. Para isso deve ser disparado corretamente na vertical.
Encontramos o foguete pára-quedas na balsa coletiva e nas aeronaves, de acordo
OSTENSIVO -1 - 23 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
com o tipo de missão.
FOGUETE PÁRA-QUEDAS COM ESTRELA VERMELHA
FIGURA 1-26
c) CANETA DE SINALIZAÇÃO
Para sinalização diurna e noturna, é composta de uma cartucheira com oito
cartuchos de 16 mm (descartáveis) e um projetor. Pode projetar uma estrela
vermelha incandescente de 12.000 velas a uma altitude de 200 pés (60 metros
aproximadamente).
I) OPERAÇÃO
- atarraxar o cartucho até fixá-lo bem;
- apontá-la somente para o alto;
- puxar o gatilho; e
- se negar fogo, tentar novamente.
II) CUIDADOS
- nunca apontar ou atirar na direção de alguém; e.
- não colocá-lo no fogo.
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OSTENSIVO CIAAN-0801
CANETA DE SINALIZAÇÃO
FIGURA 1-27
1.2.2 – MEIOS CONVENCIONAIS
a) HELIÓGRAFO (ESPELHO DE SINALIZAÇÃO)
Para uso diurno, é um pequeno retângulo de vidro espelhado, tendo no centro um
círculo telado. Quando usado devidamente com sol forte, pode ser visto a uma
distância de até 45 milhas (72 km aproximadamente). Seu reflexo é equivalente a
oito milhões de velas e pode ser visto por uma aeronave ao longe, mesmo que o
sobrevivente ainda não esteja vendo-a ou ouvindo o som de seus motores. Deve
ser usado do nascer ao pôr do sol, fazendo a varredura no horizonte. Suas
limitações são: o tempo nublado ou a cerração. No modelo ora em uso na Aviação
Naval, a operação deve obedecer a seguinte seqüência:
- levá-lo ao rosto e virar-se para o sol, colocando a outra mão à frente;
- olhando pelo orifício central, procurar um ângulo tal que o foco do reflexo fique
concentrado na palma da mão; e
- retirar a mão e fazer a varredura no horizonte.
Na falta do heliógrafo, um espelho pode ser improvisado com o invólucro da
ração alimentar ou com pedaço de metal brilhante.
HELIÓGRAFO
FIGURA 1-28
b) CORANTE
Day Marker (corante marcador), normalmente conhecido como Marcador de Mar,
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OSTENSIVO CIAAN-0801
para uso diurno, é um composto químico, tipo cristalino, que fica acondicionado
em um pacote.
Quando posto na água, dissolve-se produzindo uma brilhante cor amarelo-
esverdeada. Dependendo do mar, dissolve-se rapidamente e é visível a uma
distância de 10 milhas (16 km aproximadamente) a uma altitude de três mil pés.
- Operação
- rasgar o pacote forçando as abas para fora; e
- colocá-lo dentro d’água amarrando à balsa ou sacudi-lo ao redor da mesma.
Conforme a balsa vai se deslocando com o vento, o marcador forma uma
esteira na sua popa. Pode também ser usado na neve.
CORANTEFIGURA 1-29
c) STROB LIGHT (Lanterna de Facho Intermitente)
É uma pequena lanterna de foco não direcional que funciona com uma bateria de
mercúrio, com duração de 9 horas contínuas. Eficiente para o uso diurno e noturno
e em cerração, quando ligada, produz 50 lampejos por minuto com intensidade
equivalente a 250.000 fótons (velas). É um equipamento de uso obrigatório pelo
nadador salvamento em um resgate noturno e tem a vantagem de ser à prova
d’água, funcionando mesmo submersa.
A bateria normalmente vem desconectada para evitar seu descarregamento.
I) Operação
- atarraxar para conectar a bateria;
- ligar o interruptor; e
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OSTENSIVO CIAAN-0801
- colocar em local bem visível, de preferência no próprio capacete.
d) LUZ DE EMERGÊNCIA
É aquela emitida pela lâmpada do colete L.P.P. e MK15 Ao ser acionado a
ampola de CO2 que infla no colete, a lâmpada automaticamente é ligada através
de um pino que trava e destrava o interruptor. Quando o brilho não for necessário,
durante o dia por exemplo, recolocar o pino, desligando-a.
Quase todos os tipos de lanterna podem ser usados para emitir sinais.
STROB LIGHT
FIGURA 1-29
e) O APITO
É eficiente para uso diurno e noturno ou sob nevoeiro. É de grande
utilidade para atrair a atenção de embarcações, reunir
sobreviventes no mar ou em terra, ou ainda chamar a
atenção quando perdido na selva. Em pleno
silêncio, o apito pode ser ouvido até 1000 jardas (900 m) de
distância. Muitos resgates já foram feitos com sucesso devido ao seu
uso.
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OSTENSIVO CIAAN-0801
APITO
FIGURA 1-30
1.2.3 - MEIOS ELETRÔNICOS DE SINALIZAÇÃO
a) EQUIPAMENTOS DE RÁDIO-COMUNICAÇÃO DA AERONAVE (VHF,
UHF, HF)
Verificar se o equipamento está em condições de uso e procurar informar a
posição do acidente, se possível.
b)TRANSCEPTOR DE EMERGÊNCIA (S.A.R.B.E / - SEARCH AND
RESCUE BEACON EQUIPMENT)
É um rádio transmissor / receptor orgânico do colete MK-15. Apresenta a
vantagem de além de transmitir automaticamente um sinal padrão nas freqüências
de Guarda (Internacional de Socorro), permite a comunicação em fonia nas
mesmas: 121.5 (VHF) e 243.0 (UHF) MHz.
Impermeável, suas dimensões aproximam-se das de um rádio portátil (rádio de
pilhas). Possui uma fita de náilon alaranjada pendente que, quando puxada, liga o
transmissor através da remoção de um pino de segurança.
A transmissão automática dos sinais alcança um raio de 110 km, e em fonia, o
alcance é de 18 km. Para transmitir é necessário que se pressione uma tecla ao
lado do rádio chamada de PTT (PRESS TO TALK).
As aeronaves militares e as da aviação comercial ou civil de médio e grande porte
têm equipamentos que rastreiam as Freqüências de Guarda, permitindo a
OSTENSIVO -1 - 28 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
localização dos sobreviventes.
RÁDIO TRANSCEPTOR / RECEPTOR – BE 515
FIGURA 1-31
c) RÁDIO TRANSCEPTOR DE EMERGÊNCIA PRC-90
O rádio transceptor de emergência PRC-90 é um equipamento para auxiliar a
busca e salvamento ; é individual e portátil. Ele transmite e recebe nas freqüências
de 243.0 Mhz (emergência) e 282.8 Mhz ambas em UHF
O equipamento é a prova d'água; a operação do rádio é proibida, exceto
quando em operação de resgate, emergência de comunicação no solo ou durante o
teste do equipamento, pois um falso sinal pode ser gerado confundindo uma
operação de resgate que esteja transcorrendo.
MÓDULO VOICE: transmite nas freqüências 243.0, com alcance de 60 MN (111
km aproximadamente) e 282.8, com alcance de 50 MN (92 km aproximadamente).
Pressionando a chave seletora girando-a para a freqüência desejada, para
transmitir apertar o PTT e solte-o para receber.
MÓDULO BCN: transmite na freqüência 243.0, com alcance de 80 MN (148 km
aproximadamente). Quando este é selecionado o sinal BEACON é transmitido
automaticamente.
Instruções de Operação
1.Libere a antena de seu compartimento e estique-a completamente.
2.Ajuste o volume.
3.Gire o chave seletora para a freqüência desejada.
4. Utilize o fone de ouvido em operações silenciosas.
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RÁDIO TRANSCEPTOR DE EMERGÊNCIA PRC-90
FIGURA 1-32
d) TRANSCEPTOR DE EMERGÊNCIA PRC-149
A partir de 2009 a determinação é que os rádios transceptores de emergência
devem operar na nova freqüência (406 MHz SAR).
Transmite nas freqüências:
Modo VOICE - 121.5 MHz, 243 MHz e 282.8 MHz,
Modo BCN - 121.5 MHz, 243 MHz e 406.025 MHz, e GPS.
Opera com o sistema COSPAS-SARSAT
Raio de transmissão do sinal é de 25 MN (46 km aproximadamente) a altitude de
1.000ft e de 50 MN(92 km aproximadamente) a uma altitude de 10.000ft (3 km
aproximadamente);
Margem de erro na localização do GPS: 120 metros.
Peso de 910g, com bateria;
É resistente a água, opera a uma profundidade de até 50ft (15m
aproximadamente);
Temperatura de trabalho: - 20ºC a 55ºC; e
Duração da bateria: 48h transmitindo na freqüência 406 MHz (freqüência SAR);
24h no modo TRIPLO BCN.
Componentes:
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CHAVE SELETORA
BOTÃO DE VOLUME
ANTENA
LUZES DE FUNCIONAMENTOMICROFONE
AUTO FALANTE
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- Antena;
- Antena GPS;
- Terminal para plug de ouvidos;
- Compartimento da bateria;
- Microfone;
- Alto-falante;
- Luzes de funcionamento
- Botão de volume;
- Chave seletora; e
- Botão PTT.
OSTENSIVO -1 - 31 - REV.3
ANTENA GPS
PLUG E TERMINAL
BOTÃO PTT
BOTÃO DE VOLUME
AUTO FALANTE
MICROFONE
CHAVE SELETORA
LUZES DE FUNCIONAMENTO
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TRANSCEPTOR DE EMERGÊNCIA PRC-149
FIGURA 1-33
UTILIZAÇÃO:
a) Libere a antena mantendo-a na vertical, e selecione o módulo de transmissão
pressionando e girando a chave seletora para o módulo desejado;
b) Calque o botão PTT para transmitir e libere-o para receber; e
c) Ajuste o volume pressionando o botão de volume.
MÓDULO GPS: Após ser selecionado o equipamento captará o sinal do satélite
determinando sua localização. Este sinal será codificado como mensagem de
emergência, através da freqüência 406MHz, modo BCN .
MÓDULO VOICE: Após selecionar o módulo VOICE o equipamento começa a
transmitir automaticamente na frequência 243 MHz (AM1).
Para mudar de frequência pressione os botões de volume simultaneamente, observe as
luzes de funcionamento, que mudará para AM2 (282.8 MHz) ou para AM3 (121.5
MHz).
MÓDULO 406 BCN: Nesse módulo o equipamento transmite na freqüência 406 MHz
BCN, a qual está acoplada o GPS, que fornecerá os dados de localização do rádio.
Esses dados serão inseridos como parte da mensagem de emergência, a qual será
transmitida ao sistema de satélites COSPAS-SARSAT.
MÓDULO TRIPLO BCN: Neste módulo o equipamento transmite em todas as
freqüências BCN, ou seja, 121.5 MHz, 243 MHz e 406.025 MHz e GPS.
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA:
-Não dobre a antena para trás;
-Não deixe o rádio entrar em contato com produtos químicos;
-Não tire a bateria com o rádio em operação;
-Não recarregue a bateria; e
-Use somente extintor de incêndio Classe “D”, exceto Halon, para apagar incêndios na
bateria.
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e) BEACON RÁDIO
É um equipamento impermeável, com invólucro de fibra na cor alaranjada,
instalado na estrutura da aeronave, também conhecido como CRASH
POSITION INDICATOR (CPI).
A ejeção dá-se por controle de rádio, impacto e imersão, estes dois últimos
através de sensores. Sendo um rádio transmissor nas freqüências de emergência,
esse equipamento tem uma chave “ON-OFF”, que em vôo deverá ser colocada
na posição “ON”. Porém, só transmitirá quando ejetado, pois a corrente elétrica
de inibição que recebia da aeronave terá cessado.
A ejeção por controle, comandada pelo piloto, não anula as por impacto e
imersão. Na Aviação Naval, o SH-3B, o UH-14 e o AH-11A são equipados com
BEACON RÁDIO, sendo que o último não possui controle rádio.
As aeronaves UH-12 e UH-13 utilizam um outro tipo de C.P. I, portátil, que se
localiza no compartimento de bagagens. Também é acionado por impacto,
imersão e controle rádio.
O IH-6B possui um terceiro tipo de CPI, que atua por impacto e por controle
rádio, localizado na cabine dos pilotos.
BEACON RÁDIO (CPI)
FIGURA 1-34
f) COSPAS-SARSAT
É um Sistema Internacional de Busca e Salvamento que emprega satélites para detectar
e localizar aeronaves, embarcações e pessoas acidentadas ou em situação de perigo,
que tenham acionado os transmissores de emergência. O sistema funciona,
basicamente, a partir do acionamento de um transmissor de emergência, o qual emitirá
OSTENSIVO -1 - 33 - REV.3
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sinais em freqüências específicas para os satélites COSPAS-SARSAT, que circundam
a terra em órbitas polares. Os satélites, por sua vez, retransmitirão à uma estação
terrestre que processará o sinal e indicará a localização do transmissor em coordenadas
geográficas.
1.3 - A AERONAVE
1.3.1 - CINTOS E SUSPENSÓRIOS
Foram desenvolvidos para evitar que os homens que voam venham a sofrer
agravamento de sua condição física em pousos bruscos ou no caso de acidentes
aeronáuticos.
Bem utilizados, poderão proporcionar a manutenção da vida do aeronavegante. O
passado mostra que, em muitos acidentes, as cabines permaneceram relativamente
intactas.
A combinação do cinto com os suspensórios, ou somente o cinto, é suficiente para
segurar o homem em seu assento durante o impacto. Todas as fivelas desses cintos
têm aberturas rápidas (quick release).
a) CARRETEL DE INÉRCIA
Os pilotos necessitam ter livre acesso aos painéis e consoles da cabine e,
paralelamente, serem protegidos em casos de impactos. Por isto foi desenvolvido
um carretel com um mecanismo que libera os suspensórios nos movimentos
normais, recolhendo-o quando o utilizador volta a posição de origem, e
travando-o quando o movimento é brusco. Pode, também, ser travado
manualmente, a critério do utilizador (Fig. 1-28).
OSTENSIVO -1 - 34 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
CARRETEL DE INÉRCIA
Figura - 1-35
Existem vários tipos de cintos e suspensórios de segurança, variando de acordo
com o seu emprego e tipo de aeronave. Apenas os pilotos e operadores de sonar
possuem em seus bancos cintos e suspensórios de segurança, os demais
tripulantes usam apenas cinto. Uma observação deve ser feita para alguns
helicópteros, porque os tripulantes dessas aeronaves utilizam meio suspensório,
isto é, cinto normal com um só cadarço do suspensório, que é preso na parte
superior do banco. Quando em uso, ele passa por cima do ombro do utilizador e
desce na transversal até a altura da cintura; nesse ponto, ele é acoplado através
de encaixe ao cinto com botão de soltura rápida. Todos os cintos são de abertura
rápida.
1.3.2 - SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
As aeronaves, normalmente, possuem saídas de emergência (Fig. 1-29) facilmente
alcançáveis pelos tripulantes.
Os helicópteros, em particular os utilizados pela aviação naval, possuem vários
tipos de saídas de emergência, como portas e janelas, que podem ser alijadas com
facilidade.
Alguns helicópteros possuem ao redor das portas pontos de cor esverdeada,
chamados luzes beta (beta light). A finalidade desses pontos é a localização das
portas pelo tripulante e passageiros em plena escuridão. São radioativas e, como tal,
perigosos quando quebrados.
OSTENSIVO -1 - 35 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
SH-3A / BFigura 1-36
- Seaking (SH-3A/B)Pertencente ao 1ºEsquadrão de Helicóptero de Emprego Anti-Submarino - EsqdHS-1.Esse helicóptero possui seis saídas de emergência:
a) Cabine dos pilotosExistem duas janelas na cabine dos pilotos que em emergência poderão ser alijadasatravés de alavancas, uma em cada janela, localizadas em sua parte inferior.
b) Porta dos tripulantesLocalizada a bombordo da aeronave, foi fabricada em duas seções, podendo ser alijadaapenas a seção superior. A parte inferior, além da porta, serve também como escadaquando aberta, não é alijável, mas abre normalmente para baixo.
OSTENSIVO -1 - 36 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
CABINE DOS PILOTOS E PORTA DOS TRIPULANTESFigura 1-37
c) Janela dos operadores de sonarSituada a boreste, junto aos bancos dos Operadores de Sonar. Em emergência pode seralijada com uma forte cotovelada ou soco na parte inferior do acrílico (visor).
JANELA DOS OPERADORES DE SONARFigura 11-38-
d) Janela de cabine de tropaFica também a bombordo da aeronave, próximo ao banco da tropa, e pode ser alijadacom uma forte cotovelada ou soco aplicado na parte inferior do acrílico (visor).
JANELA DE CABINE DE TROPAFigura 1-39-
e) Porta de cargaTambém situada na cabine de tropa, a boreste, tem alijável somente a seção de acrílico(visor), através de uma alavanca na parte inferior da janela. A porta também pode seraberta normalmente, destravando-se o trinco e empurrando-a em direção do nariz daaeronave. O número máximo de ocupantes varia de acordo com a configuração.
OSTENSIVO -1 - 37 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
PORTA DE CARGAFigura 1-40
SUPER LYNX (AH-11A)Figura 1-41
OSTENSIVO -1 - 38 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
- Super Lynx (AH-11A)Pertencente ao 1º Esquadrão de Helicóptero de Esclarecimento e Ataque - EsqdHA-1.Esse helicóptero possui quatro (4) saídas de emergência:
a) Cabine dos pilotosNa cabine dos pilotos, as duas janelas são alijadas através de pequenas alavancaslocalizadas nas respectivas colunas das portas.
b)Porta dos tripulantesNa cabine de passageiros, os visores de acrílico (em número de dois) são alijadosatravés de alavancas localizadas em sua parte inferior. As portas poderão abrirnormalmente, quando empurrados a em direção à cauda da aeronave.Ao redor das portas são encontrados pontos de cor esverdeada, chamados luz beta (betalight). A finalidade desses pontos é a localização das portas pelo tripulante e passageirosem plena escuridão. São radioativas e como tal, perigosas quando quebradas.Número máximo de ocupantes: onze (11).
CABINE DOS PILOTOS E PORTA DOS TRIPULANTESFigura 1-42
OSTENSIVO -1 - 39 - REV.3
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SUPER PUMA
Figura 1-43
– Super Puma (UH-14)Existem nesse helicóptero quinze saídas de emergência, sendo a rampa a única saída quenão pode ser alijada.
a) Porta dos pilotosSão alijadas através de alavancas (uma de cada lado) localizadas na parte inferior, àfrente das portas.
PORTA DOS PILOTOSFigura 1-44
b)Portas de cargaAbrem normalmente correndo sobre trilhos, mas podem ser alijadas através dealavancas localizadas no teto da aeronave, junto às portas.
OSTENSIVO -1 - 40 - REV.3
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PORTAS DE CARGAFigura 1-45
c) RampaÉ uma saída à ré da aeronave. É aberta através de uma alavanca situada no piso, junto àprópria rampa.
UH-12Figura 1-46
ESQUILO MONOTURBINA HB-350-BA (UH-12)Pertencente aos 1º, 3º, 4º e 5º Esquadrões de Helicópteros de Emprego Geral - EsqdHU-1,EsqdHU-3, EsqdHU-4 e EsqdHU-5.Existem nesse helicóptero três saídas de emergência:
a) Cabine dos pilotosNum acidente, os pilotos poderão alijar suas portas através de alavancas (uma em cadaporta), situadas na parte inferior, à frente daquelas.
OSTENSIVO -1 - 41 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
CABINE DOS PILOTOSFigura 1-47
b)Cabine dos passageirosNo helicóptero esquilo mono-turbina, a porta do 1P é maior que a 2P, por isso, ospassageiros sentados do lado direito (BE) sairão pela porta alijada pelo 1P. O passageirosentado à esquerda não alija sua porta, devendo proceder da seguinte maneira paraoperá-la:I) Destravar a porta através de uma alavanca na parte inferior do visor;II) Torcer a alavanca que fica na parte dianteira da porta; eIII) Empurrar a parte traseira da porta para fora com o ombro e, em seguida, para ré.Número máximo de ocupantes: seis (6).
CABINE DOS PASSAGEIROSFigura 1-48
OSTENSIVO -1 - 42 - REV.3
OSTENSIVO CIAAN-0801
UH-13Figura 1-49
Esquilo biturbina HB-355-F (UH-13)Pertencente ao 1º e 5º Esquadrões de Helicópteros de Emprego Geral - EsqdHU-1 eEsqdHU-5.Existem nesse helicóptero quatro saídas de emergência:a) Cabine dos pilotosExistem duas janelas na cabine dos pilotos que em emergência poderão ser alijadasatravés de alavancas, uma em cada janela, localizadas em sua parte inferior.b)Cabine dos passageirosAs portas dos passageiros são em número de duas e alijáveis por alavancas.Número máximo de ocupantes: seis (6).
IH-6BFigura 1-50
AERONAVE IH-6B (BELL JET RANGER III)Pertencente ao 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução - EsqdHI-1. Esse helicópteropossui quatro saídas de emergência. Pilotos e tripulantes poderão alijar suas portas atravésde alavancas localizadas nas colunas das portas, à frente e acima, próximas à sua cabeça.Número máximo de ocupantes: cinco (5).
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OSTENSIVO CIAAN-0801
CABINE DOS PILOTOSFigura 1-51
1.3.3 - FLUTUADORES
Os flutuadores na verdade são bóias, normalmente infladas por ampolas de CO2
(Fig. 1-30), cujo o seu emprego visa manter a aeronave flutuando, ou retardar o seu
afundamento enquanto a tripulação e passageiros a abandonam. O tipo empregado
na aviação naval é o de inflagem por pressão (POP-OUT).
Aeronave SH3-A/BNesse helicóptero, eles ficam localizados logo acima do trem-de-pouso e são operadas pelopiloto no console entre bancos (interseat console).
Aeronave AH-11APossui dois flutuadores (flotation bag) localizados na parte de ré do trem de pouso. Após aqueda na água, os pilotos podem acioná- los através de uma chave situada no coletivo. Nacoluna de vante do pé da porta do 1P, existe uma chave listrada em amarelo e preto com ainscrição E.S.S.B. (Emergency Service Safety Breake) que, quando ligada, permite, dentreoutros equipamentos, o acionamento dos flutuadores através da chave no coletivo;portanto, antes do vôo deverá ser ligada. Cumpre registrar que presa atrás do banco do 2Pexistem uma âncora d’água, que, no caso de um pouso acidentado na água, será fixada poreste piloto à extremidade de um cabo que se encontra junto a sua janela, no lado externo (aoutra extremidade está fixada ao nariz da aeronave). A finalidade dessa âncora é manter ohelicóptero aproado à maré.
Aeronave UH-12/13Possui dois flutuadores, um em cada esqui. Em ambos os modelos, ao sair para um vôosobre a água, os circuitos dos flutuadores devem ser ligados, isto é, prontos para seremacionados em emergência.
Aeronave UH-14Possui três flutuadores, um avante e dois a ré, e podem ser acionados pelos pilotos atravésde chaves localizadas nos coletivos ou por uma chave localizada no console entre bancos.
Aeronave IH-6B
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Os dois flutuadores estão localizados nos esquis e são acionados, quando necessário, pelopiloto através de uma chave localizada no coletivo. Existe no painel, à frente do 2P, ainscrição FLOAT ARMED (flutuadores armados). Esta chave deve estar ligada quandovoando sobre a água.
FLUTUADORES DE AERONAVES
Figura 1-52
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