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Disciplina Energia Eólica AULA 1

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Page 1: Eolica_AULA_1

Disciplina

Energia

EólicaAULA 1

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BIBLIOGRAFIA

Tolmasquim, Mauricio Tiomno (organizador) – “Fontes Renováveis de Energia no Brasil”, Editora Interciência, Rio de Janeiro 2003, 515pp;

Patel, Mukund R. – “Wind and Solar PowerSystems”,CRC Press, 1999, 351pp;

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Bibliografia – Continuação 1

Gipe, Paul - “Wind Power for Home andBusiness”, A Real Goods Solar Living Book, 1993, 413pp;

Gipe, Paul - “Wind Energy Basics – A Guideto Small and Micro Wind Systems”, A RealGoods Solar Living Book, 1999, 122pp;

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Bibliografia – Continuação 2

Reis, Lineu Belico dos – “Geração de Energia Elétrica – Tecnologia, Inserção Ambiental, Planejamento, Operação e Análise de Viabilidade”. Editora Manole, 2003, 324 pp;

Farret, Felix Alberto – “Aproveitamento de Pequenas Fontes de Energia Elétrica”. Editora UFSM,1999, 245 pp.

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Avaliação

1o Teste – 29 de abril - Valor: 35 pontos

2o Teste – 17 de junho - Valor: 35 pontos

1 trabalho, apresentação escrita e oral Dias - 24 de junho e 1o de julhoValor: 30 pontos

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ENERGIA EÓLICALivro: Fontes Renováveis de Energia no Brasil

(Cap. 4 – pp 207 a 237 )

Marcos Vinícius Gusmão do Nascimento (Coordenador) - CEPELJorge H. Greco Lima – CEPELFábio Gino Franscescutti - CEPELRicardo Marques Dutra - CEPELPatrícia de Castro Silva - CEPELMárcio Giannini – CEPELAffonso Vianna Júnior - CEPEL

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

• Há 5000 anos os egípcios utilizavam o vento para navegação no rio Nilo;

• Mais tarde foram construídos os primeiros sistemas para moagem de grãos que tinham pás parecidas com remos;

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

• No século XIV os holandeses lideram os projetos de moinhos de vento (drenar os pântanos e lagos do delta do rio Rohone);

• Na América os imigrantes vindos da Europa usaram os moinhos de vento para moagem de trigo, bombeamento de água e prover trabalho mecânico para serrarias;

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

• No século XX os pequenos moinhos de vento foram utilizados para bombeamento de água e geração de energia elétrica;

• Nos anos 70, com o primeiro choque do petróleo, a geração de energia elétrica via sistemas eólicos se tornou a opção economica e estrategica para muitos países;

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Atualmente, mesmo com o preço internacional do petróleo em patamar estável e abaixo ao verificado no período dos dois choques, o uso dessa fonte de energia renovável tem grande importância por se tratar de uma geração livre de emissões e custos de implantação progressivamente baixos.

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

A utilização da energia eólica no mundo para a produção de eletricidade em larga escala vem sendo cada vez mais difundida entre os países de todos os continentes.

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Países que inicialmente adotaram a utilização de energia eólica para geração de energia elétrica:

• Alemanha• Dinamarca• Holanda• Estados Unidos

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

A utilização de energia eólica para geração de energia elétrica também está presente em:

• Espanha• Portugal• Itália• Bélgica• Reino Unido• Países da América Latina, África e Ásia

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

O desenvolvimento tecnológico levou à necessidade de novos modelos de turbinas eólicas de

maiores capacidades, num mercado dominado por indústrias

dinarmaquesas e alemãs.

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Evolução das turbinas:

Início da década de 90: 20 m de diâmetro com 100 kW

Final dos anos 90: 50 a 60 m de diâmetro com 1,5 MW

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Cada vez mais turbinas de grande porte encontram espaço no mercado de geração eólica de

energia elétrica.

(Tabela 1)

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Aplicação em

terra

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

AplicaçãoOffshore

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

A utilização de energia eólica é uma das que mais cresce no mundo.

Entre 1996 e 2000:

a potência média instalada cresceu a uma taxa > 28% aa;

a potência acumulada cresceu 31% aa.

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Os vários países que já utilizam a energia eólica para a geração de energia elétrica são mostrados na

Tabela 4.

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

As Figuras 1a e 1b apresentam a evolução recente da capacidade

instalada e uma projeção realizada em 1999.

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Figura 1a – Evolução e previsões da capacidade instalada.

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1. ESTADO DA ARTE DA ENERGIA EÓLICA

Figura 1b – Evolução da capacidade instalada.

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

A dinâmica da tecnologia de produção de energia eólica no Brasil está dispersa em ações isoladas de:

Universidades;Centros de pesquisas;Concessionárias.

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

1976-82 – IAE/CTA: foram desenvolvidas e instaladas turbinas de 2 kW e 5 kW. Projeto DEBRA, turbinas de 100 kW e 165 kW;

Na década de 80: UFRGS instala aerogeradores wind-charger de duas pás no meio rural do RS;

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

1985: Na UFRGS é desenvolvido um aerogerador Darrieus de 3 kW;

1988: publicado o mapa eólico do RS, formado por isolinhas baseadas em análise de 42 estações anemométricas;

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

1991: convênio entre a firma italiana Riva-Calzoni e UFRGS com a instalação de 10 torres com anemômetros no RS;

1985-92: instalação e operação de três geradores de 2,2 kW;

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

Início da década de 90 – CELPE: instalação de um aerogerador de 75 kW (rotor de 13 m) na ilha de Fernando de Noronha ;

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

Década de 90: a UFRGS instala cinco turbinas eólica sendo quatro de 3 kW e uma de 5,2 kW;

1993: tentativa de se instalar cinco turbinas de 199 kW em Santa Vitória do Palmar/RS. Foram realizadas apenas as medições de vento por um ano pela UFRGS.

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

Agosto/94 – CEMIG: instalação de quatro aerogeradores de 250 kW no morro do Camelinho;

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

Janeiro/1996: Instalada no Brasil a primeira fábrica de aerogeradores Wobben Windpower Ind. e Com. (Sorocaba), subsidiária de empresa alemã com o objetivo de produção para exportação;

Março/1996 – UFPE: Início de operação do Centro de Testes de Turbinas Eólicas em Olinda/PE

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

1997 – CELPA:Instalado na Ilha de Marajósistema híbrido com 4 turbinas eólicas de 10 kW e um sistema fotovoltaico de 10 kW;

Fevereiro 2002: Wobben Windpower Ind. e Com.(Sorocaba) inaugura filial no CE com capacidade de produção conjunta de 600 MW para 2003;

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

1999-2002: realizados no Rs levantamento de potencial eólico com 27 torres de medição(alturas entre 40 e 50 m);

2002:publicado Atlas Eólico do RS. Potencial eólico de estado é estimado em 15.840 MW. Detectada a exploração offshore com capacidade de 18.520 MW.

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

Na Tabela 5 são apresentadas os principaisParques Eólicos no Brasil

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2. A EVOLUÇÃO DA DINÂMICA TECNOLÓGICA DO SETOR NO BRASIL

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3. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA EÓLICA

A energia eólica é a energia cinética do ar em movimento

(ventos), que pode ser aproveitada pelo homem para

realizar trabalho útil.

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3. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA EÓLICA

Inicialmente a utilização da energia eólica consistia de aplicação na agricultura:

o Bombeamento d’água;o Moagem de grãos.

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3. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA EÓLICA

A utilização da energia eólica para a geração de energia elétrica teve seu início no

final do século XIX.

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3. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA EÓLICA

A Figura 2 mostra o desenvolvimento do tamanho e da potência de turbinas eólicas

desde 1985

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3. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA EÓLICA

Figura 2 – Evolução do tamanho dos aerogeradores.

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3.1 POTÊNCIA EXTRAÍDA POR UMA TURBINA EÓLICA

A potência teórica extraída pela turbina eólica pode ser descrita pela equação:

3ip2

1 VAηcρP ⋅⋅⋅⋅=

ρ = massa específica do ar;Cp = coeficiente de potência;η = eficiência de conversão eletromecânica;A = Área do rotor;Vi = Velocidade frontal.

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3.1 POTÊNCIA EXTRAÍDA POR UMA TURBINA EÓLICA

Em condições ideais o valor máximo teórico da energia contida no fluxo de ar que pode ser extraída por uma turbina eólica é de 59,3%.

(Valor máximo de Cp = 0,593)

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3.2 COMPONENTES DE UM SISTEMA EÓLICO

Um sistema eólico é constituído por vários componentes que devem trabalhar em harmonia de forma a propiciar um maior rendimento final.

O Quadro1 apresenta seus principais componentes

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3.2 COMPONENTES DE UM SISTEMA EÓLICO

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3.2 COMPONENTES DE UM SISTEMA EÓLICO

rotordoáreanaventonodisponívelbrutaenergiaredeàsistemapeloentregueenergiaglobalndRe =

Uma turbina eólica tem o seu rendimento máximo a uma dada velocidade do vento, chamada de

velocidade nominal

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3.3 APLICAÇÕES DOS SISTEMAS EÓLICOS

O sistema eólico tem três aplicações distintas:

Sistemas isolados;Sistemas híbridos;Sistemas interligados à rede.

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3.3.1 SISTEMAS ISOLADOS

De pequeno porte, em geral utilizam alguma forma de armazenamento de energia:

• Baterias;• Energia gravitacional (água bombeada em

reservatórios elevados para posterior utilização).

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3.3.1 SISTEMAS ISOLADOS

Alguns sistemas isolados não necessitam de armazenamento:

sistemas para irrigação onde toda a água bombeada é diretamente consumida

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3.3.1 SISTEMAS ISOLADOS

Para o armazenamento em baterias é necessário utilizar o controlador de cargapara controlar a carga e descarga da bateria. Principal objetivo:

não deixar que haja danos aos sistemas de baterias por sobrecargas

ou descargas profundas

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3.3.1 SISTEMAS ISOLADOS

Para alimentação de equipamentos que operam em CA é necessário a utilização de um inversor que pode ser:

estado sólido (eletrônico);

Rotativo (mecânico).

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3.3.2 SISTEMAS HÍBRIDOS

Os sistemas híbridos apresentam mais de uma fonte de geração de energia:

turbinas eólicas;

Geradores diesel;

Módulos fotovoltaicos.

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3.3.2 SISTEMAS HÍBRIDOS

Os sistemas híbridos são empregados em sistemas de

médio porte destinados a atender um número maior

de usuários

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3.3.3 SISTEMAS INTERLIGADOS À REDE

Os sistemas interligados à rede não necessitam de

armazenamento de energia, pois toda a geração é

entregue diretamente à rede elétrica

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3.3.3 SISTEMAS INTERLIGADOS À REDE

Os sistemas eólicos interligados á rede

apresentam as vantagens inerentes aos sistemas de

geração distribuída

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3.3.3 SISTEMAS INTERLIGADOS À REDE

Redução de perdas;Custo evitado de expansão de

rede;Geração na hora de ponta

quando o regime de ventos coincide com o pico da curva de carga.