ensaio de transformador monofásico final
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António Macedo Nº 38607
Brian Estrela Nº 38684
João Freixo Nº 22610
José Silva Nº 18452
Turma: LM 31N
Professor: Lima de Oliveira,
2012/2013 – Semestre de Inverno
Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Fundamentos de Maquinas Electricas
ENSAIO DO TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
Índice
I. Objetivos...................................................................................................................................................3
II. Identificação do transformador monofásico.............................................................................................4
III. Ensaios e Resultados.................................................................................................................................4
1. Ensaio em vazio:...................................................................................................................................4
2. Ensaio em Curto-Circuito......................................................................................................................5
3. Ensaio de medição da resistência de um enrolamento.........................................................................6
4. Ensaio em carga....................................................................................................................................7
5. Circuito equivalente............................................................................................................................10
IV. Gráficos...................................................................................................................................................11
V. Conclusão...............................................................................................................................................14
I. Objetivos
O objetivo principal deste trabalho foca-se no estudo do comportamento de um transformador monofásico, tendo em vista a construção de um modelo teórico.
Assim o trabalho divide-se me três fases. A primeira onde são feitos três tipos ensaios em laboratório num modelo didático. Um ensaio em vazio, um ensaio em curto-circuito e ainda um ensaio em carga. Esta fase visa a determinação dos elementos do circuito equivalente.
Na segunda fase do trabalho, de acordo com os dados obtidos no ensaio anterior são calculadas as curvas características do transformador e utilizando o Simulink, realizar as simulações.
Na terceira fase, é a verificação dos resultados obtidos e compará-los com resultados obtidos no ensaio em carga, verificando ou não a validade do modelo.
II. Identificação do transformador monofásico
Fabricante: Atesan
Modelo: dLB, nº 10132
Características nominais: V=150/150
Relação de transformação (m): 1
SN[VA]
U1[V]
I1[A]
U2[V]
I2[A]
Relação de transformação
150 5 149 5 1
U 1
U 2
=N1
N2
=m (relação de transformação)150149
=1.006≈ 1
III.Ensaios e Resultados
1. Ensaio em vazio:
Neste ensaio o primário do transformador é ligado à tensão nominal (150V) ficando o secundário em vazio de acordo com o esquema de legações da figura 2.
Uma vez que o secundário está em vazio não há energia transmitida aquele ramo do circuito e consequentemente não há perdas pelo efeito de Joule no secundário. Assim as únicas perdas serão as originadas pelas correntes de Focault e ciclos de Histese.
1.1.Leituras efetuadas nos aparelhos de medida, neste caso, uma pinça amperimétrica.
Figura 1- Esquema de ligações - Transformador em Vazio Figura 2 - Circuito equivalente
PRIMÁRIO
Tensão nominal Un 150 V
Corrente Io 0,50 A
Potência Po 20 W
1.2. Cálculo da resistência de perdas do núcleo (Rp), fator de potencia (ϕ), e reactância de magnetização (Xm).
P0=U n I n cosφ0⟺cos φ0=P0
U 0 I 0
= 20150×0,5
=0,2666
φ0=cos−1 0,2666⟺φ0=74 .54 °
Como se trata de uma indução, a corrente vai sofrer um atraso, logo o ângulo vai ser negativo, o que implica que φ = - 74,54⁰
I p=I 0 .cos φ0=0,5.cos (74,58 ° )=0 ,133 A
Rp=U 0
I p
= 1500,133
=1125Ω
X m=U 0
Im
=U 0
I 0 . senφ0
= 1500,5× sen (74,54 °)
=311 ,3Ω
* Nota: Para efeitos de cálculo utiliza-se o valor modular de φ
2. Ensaio em Curto-Circuito.
O ensaio em curto-circuito consiste em ligar o primário a uma fonte de alimentação estando o secundário ligado em curto-circuito, tal como mostra o esquema de ligações da figura 3.
2.1.Leituras efetuadas nos aparelhos de medida, neste caso, uma pinça amperimétrica.
PRIMÁRIO
Tensão Ucc 54.5 V
Corrente nominal In≡Icc 5 A
Potência Pcc 60 W
SECUNDÁRIOTensão Ucc 0 V
Corrente nominal I2cc 5 A
2.2.Cálculo do fator de potência (φ), impedância de curto-circuito (Zeq), componente ativa da impedância (Req) e componente reativa da impedância (Xeq).
φ1=φcccos φ1=Pcc
U cc I n
= 6054,5×5
=0,22⟹φ cos−1(0,22)≈ 77,28 °
P=R I 2 Pcc=Req In2⟺ Req=
Pcc
I n2 ⇔Req=
6052 =2 ,4Ω
Z¿=UCC
I n
=54.55
=10,9Ω¿
X eq=√Zeq2−Req
2=√10,92−2,42=10 ,63Ω
3. Ensaio de medição da resistência de um enrolamento.
Figura 4- Esquema de ligações - Transformador em Curto-circuito.
Figura 3- Circuito Equivalente
Neste ensaio, o primário é ligado a uma fonte de tensão de corrente contínua.
3.1. Leitura efetuadas nos aparelhos de medida, neste caso, pinça amperimétrica.
3.2. Cálculo da resistência R1
R1=U 1 DC
I1 DC
⟺R1=2.041.74
=1,172Ω
4. Ensaio em carga
Com este ensaio pretende-se verificar as alterações de tensão e corrente no primário quando a carga do secundário varia.
Figura 5- Esquema de ligações - Transformador em corrente contínua.
Figura 6- Esquema de ligações - Transformador em carga
PRIMÁRIOU1DC (V) 2.03I1DC (A) 1.74
4.1.Leitura efetuadas nos aparelhos de medida, neste caso, pinça amperimétrica e respectivos cálculos.
LEITURAS CÁLCULOS
U1 I1 P1 U2 I2Perdas
cuPerdas
feP Útil
Rendimento
ηV A W V A W W W %
Carga 0 150 0,50 20 149,0 0 0 20 0 02 150 1,40 194 144,3 1,16 3,24 20 170,76 88,024 150 2,41 343 140,9 2,17 11,32 20 311,68 90,876 150 3,40 480 137,0 3,14 23,64 20 436,36 90,918 150 4,31 599 131,6 4,02 38,88 20 540,12 90,1710 150 5,11 694 125,8 4,80 55,29 20 618,71 89,15
4.2.Cálculo da corrente no secundário (I2), perdas no núcleo pelo ferro (Pfe), perdas no cobre (Pcu), potência útil (Pútil) e rendimento (η).
Pfe=U 1
2
R p
= 1502
1125=20W , I 2
' = I ₂= I 1− I 0
Para o I₁ consideramos:
P₁ U₁ I₁ Cos φ₁ φ I₁ = Arcos φ₁ I₁ . Cos φ₁ I₁ . senφ₁
194 150 1,40 0,92 -22,51⁰ 1,29 -0,54343 150 2,41 0,95 -18,41⁰ 2,29 -0,76
Figura 7-Circuito Equivalente
480 150 3,40 0,94 -19,75⁰ 3,20 -1,15599 150 4,31 0,93 -22,1⁰ 3,99 -1,62694 150 5,11 0,91 -25,12⁰ 4,63 -2,17
Para carga = 0 , I 2' = I 1− I0 = 0 ( consideramos I 0= I 1 )
I₀ -φ₀I₀ cos(-φ₀)
I₀ sem(-φ₀ )
0,50 -74,53⁰ 0,133 -0,482
Para carga = 2 , I 2' = I 1− I0
I 1=1,4.cosφ₁ + j1,4.senφ₁ , sendo φ1=−22.51 ° I 1=1,29+¿j -0,54I 0 = 0,5.c osφ1+ j0,5. senφ1 , sendo φ0=−74.54 ° I 0 = 0,133− j 0,48
I 2' =(1,29−0,133 )+ j (−0,54+0,48 )=1,157− j 0,06
I 2' =√1,1572+0.062 . ej.arctg(0,06/1,157) = 1,16 e j-2,67⁰
PCu=Req∙ I 2' 2=2,4×1.3456=3,24 W
PÚttil=P1− (P fe+Pcu )=194−(20−3,24 )=170,76W η=PÚtil
P1
×100 %=170,76194
× 100=88,02 %
Para carga = 8 , I 2' = I 1− I0
I 1=4,31.cosφ₁ + j4,31.senφ₁ , sendo φ1=−22.10 ° I 1=3,993+¿j -1,622I 0 = 0,5.c osφ1+ j0,5. senφ1 , sendo φ0=−74.54 ° I 0 = 0,133− j 0,48
I 2' =(3,993−0,133 )+ j (−1,622+0,48 )=3,860− j1,140
I 2' =√3,8602+1,1402 . ej.arctg(1,140/3,860) = 4,02 e j-16,45⁰
PCu=Req∙ I 2' 2=2,4×16,16=38,88 W
PÚttil=P1− (P fe+Pcu )=599−(20−38,88 )=540,12W η=PÚtil
P1
×100 %=540,12599
×100=90,17 %
Para carga = 10 , I 2' = I 1− I0
I 1=5,11.cosφ₁ + j5,11.senφ₁ , sendo φ1=−25.12 ° I 1=4,627+¿j -2,169I 0 = 0,5.c osφ1+ j0,5. senφ1 , sendo φ0=−74.54 ° I 0 = 0,133− j 0,48
I 2' =(4,627−0,133 )+ j (−2,169+0,48 )=3,860− j1,140
I 2' =√4,4932+1,6872 . ej.arctg(1,687/4,493) = 4,8 e j-20,58⁰
PCu=Req∙ I 2' 2=2,4×23,04=55,29 W
PÚttil=P1− (P fe+Pcu )=694−(20−55,29 )=618,71W η=PÚtil
P1
×100 %=618,71694
×100=89,15 %
4.3.Cálculo de U’2 teórico.
U1=U eq+U 2'⟺ U2
'=U1−U eq⟺U 2'=U 1−(Req+ j X eq) I 1
5. Circuito equivalente
5.1.Cálculo de R2 e R2’.
R2=Req−R1
m2 =2,4−1,17212 =1,228Ω
R2'=Req−R1=1.228 Ω
Xm=311,13 Ω
Rp=1225Ω
R2=1,228ΩX2
Transformador IdealX1R1=1,172 Ω
Figura 8 - Circuito Equivalente
IV. Gráficos
Utilizando o software a ferramenta presente SIMULINK, presente no MATLAB foi realizada uma simulação do transformador monofásico. Assim através dos gráficos em função da corrente do secundário é possível comparar o modelo teórico com o ensaiado.Os gráficos originados pelo SIMULINK são da tensão no secundário em função da corrente no secundário U2=f(I2), potencia útil em função da corrente no secundário Pútil=f(I2), potencia de perda do cobre em função da corrente no secundário PCu=f(I2), potencia de perdas do ferro em função da corrente do secundário PFe=f(I2) e ainda a o rendimento do transformador em função da corrente do secundário η=f(I2),
Gráfico 2 Curva da potência útil Pútil em função de I2
Gráfico 1- Curva da tensão U2 em função de I2.
Gráfico 4 Curva de perdas do ferro Pfe em função de I2
n(%)=f(I2)
Gráfico 6 Curva de Rendimento η(%) em função de I2
Gráfico 7 Curvas dos gráficos 3, 4 e 5.
n(%)=f(I2)
PFe=f(I2))
PCu=f(I2)
V. Conclusão
O ensaio em carga permitiu-nos verificar que, após um aumento de rendimento inicial, este tem a tendência para, chegado a um máximo, diminuir à medida que se aumenta a carga.Através do estudo do gráfico verificámos que o rendimento máximo de um transformador monofásico acontece quando as perdas no Cobre igualam as perdas no Ferro (sendo estas últimas constantes) PFe=PCu . As discrepâncias entre os valores de U2 teórico obtidos a partir do SIMULINK e os valores experimentais devem-se às simplificações que se fazem para transformar o circuito do transformador num circuito equivalente simplificado. No entanto a tendência é a correta, ou seja, à medida que se aumenta a carga no secundário, baixa a tensão U2, como podemos verificar, comparando o gráfico teórico gráfico 1, com o
gráfico fico seguinte.