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Pesca Responsável na Baía de Tijucas Encarte 1 Pág.
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Meta 1 e 2
ÍNDICE
LISTA DE FIGURAS ................................................................................. 3
LISTA DE TABELAS ................................................................................. 4
I - META 1: ESTRUTURAÇÃO DE UM PROGRAMA PARTICIPATIVO DE
MONITORAMENTO DE PARÂMETROS AMBIENTAIS E PESQUEIROS ................ 6
I-1. ATIVIDADE 1 - APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA À COMUNIDADE .......... 6
I-1.1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E RESPECTIVO
CRONOGRAMA .................................................................................. 6
I-1.2. METODOLOGIA EMPREGADA...................................................... 7
I-2. ATIVIDADE 2 - CADASTRAMENTO, SELEÇÃO E TREINAMENTO DE
MONITORES ...................................................................................... 10
I-2.1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E RESPECTIVO
CRONOGRAMA ................................................................................ 10
I-2.2. METODOLOGIA EMPREGADA.................................................... 11
I-3. RECURSOS ENVOLVIDOS.............................................................. 13
I-4. DIFICULDADES ENCONTRADAS E FORMAS DE SUPERAÇÃO............... 13
I-5. EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA............................................................. 14
II - META 2: IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO
PARTICIPATIVO .................................................................................... 16
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II- 1. ATIVIDADES 1 E 2 - COLETA DE DADOS AMBIENTAIS E
PESQUEIROS ................................................................................... 16
II-1.1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E RESPECTIVO
CRONOGRAMA ................................................................................ 16
II-1.2. METODOLOGIA EMPREGADA................................................... 17
II.1.3 - RECURSOS ENVOLVIDOS ...................................................... 20
II-4. DIFICULDADES ENCONTRADAS E FORMAS DE SUPERAÇÃO.............. 21
II.5 - EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA........................................................... 22
III - RESULTADOS ALCANÇADOS E PRODUTOS......................................... 22
IV - DISCUSSÃO ................................................................................... 34
V – CONCLUSÕES ................................................................................. 43
VI – RECOMENDAÇÕES.......................................................................... 46
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... 48
ANEXOS............................................................................................... 50
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Freqüência das saídas (visitas) mensais de supervisão da coleta dos
dados pesqueiros.................................................................................. 28
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Cronograma, local e número de presentes das reuniões iniciais de
apresentação.......................................................................................23
Tabela 2. Número mensal de embarcações cadastradas por localidade
monitorada..........................................................................................29
Tabela 3. Número mensal de embarcações ativas (pescando) por localidade
monitorada. ........................................................................................30
Tabela 4. Percentual entre o número de embarcações cadastradas e o número
de embarcações que foram registradas em atividade (pescando).................31
Tabela 5. Número mensal de embarcações/pescadores que forneceram
informações referentes à produção pesqueira por localidade.......................32
Tabela 6. Percentual entre o número de embarcações ativas (pescando) e o
número de embarcações que participaram do monitoramento pesqueiro,
fornecendo informações.........................................................................32
Tabela 7. Número de registros mensais de produção e/ou esforço pesqueiro,
para cada uma das localidades monitoradas. O registro de produção e/ou
esforço refere-se a cada saída de pesca...................................................33
Tabela 8. Rendimento médio do número de registros obtidos por embarcação
participante do monitoramento pesqueiro.................................................34
Tabela 9. Produção artesanal anual (2004/2005) registrada para as
comunidades monitoradas no entorno da Baía de Tijucas...........................38
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Tabela 10. Produções artesanais de peixes registradas nos boletins de
desembarques pesqueiros do IBAMA/Cepsul durante os anos de 1998 a 1998 e
a pelo monitoramento do Projeto Pesca Responsável – FNMA entre 2004 e
2005. .................................................................................................. 40
Tabela 11. Produções artesanais de crustáceos registradas nos boletins de
desembarques pesqueiros do IBAMA/Cepsul durante os anos de 1998 a 1998 e
pelo monitoramento do Projeto Pesca Responsável – FNMA entre 2004 e
2005.... ............................................................................................... 42
Tabela 12. Produções artesanais de moluscos registradas nos boletins de
desembarques pesqueiros do IBAMA/Cepsul durante os anos de 1998 a 1998
e pelo monitoramento do Projeto Pesca Responsável – FNMA entre 2004 e
2005...................................................................................................43
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I - META 1: ESTRUTURAÇÃO DE UM PROGRAMA
PARTICIPATIVO DE MONITORAMENTO DE PARÂMETROS
AMBIENTAIS E PESQUEIROS
A presente meta teve como objetivo engajar a comunidade através da
divulgação e discussão do projeto junto aos núcleos pesqueiros, capacitando
voluntários, incentivando à educação pela pesquisa e desenvolvendo o
exercício da cidadania.
Supervisão técnica: Rodrigo Pereira Medeiros (CTTMar/UNIVALI)
I-1. ATIVIDADE 1 - APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA À COMUNIDADE
I-1.1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E RESPECTIVO
CRONOGRAMA
O programa de monitoramento iniciaria com a exposição da proposta em
reuniões realizadas a partir das Colônias de Pescadores do entorno da Baía de
Tijucas, que teriam a função de comunicar e mobilizar os pescadores para os
encontros em cada comunidade dentro da área de abrangência do projeto.
Seriam realizadas duas reuniões em cada núcleo pesqueiro. As reuniões
seriam os contatos iniciais do projeto com os pescadores e demais membros
das comunidades.
Cronograma original: Bimestres
Atividade Unidade de Medida Quantidade 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Apresentação da proposta à comunidade
Reunião 6 X
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I-1.2. METODOLOGIA EMPREGADA
No dia primeiro de fevereiro de 2004 foram iniciados os contatos com as
Colônias de Pescadores parceiras (Colônia Z-9, com jurisdição abrangendo as
comunidades de Ganchos de Fora, Ganchos do Meio, Calheiros e Canto dos
Ganchos, todas no município de Governador Celso Ramos; Colônia Z-25, que
abrange as comunidades pesqueiras da Barra do Rio Tijucas, no município de
Tijucas, e a comunidade de Santa Luzia, no município de Porto Belo; e a
Colônia Z-22 que abrange as comunidades de Zimbros, Morrinhos e Canto
Grande, no município de Bombinhas). As visitas a estas Colônias ocorreram
durante o mês de fevereiro de 2004 (dias 4, 11 e 19) sendo realizadas
reuniões específicas com cada diretoria de Colônia. Nestas reuniões se expôs o
plano de trabalho aprovado pelo FNMA e se resgatou todo o processo que
levou ao apoio formal destas Colônias ao Projeto, tendo em vista o decurso de
aproximadamente um ano desde os entendimentos iniciais. Também se
discutiu a efetiva possibilidade de participação de cada Colônia na execução do
Projeto.
Em relação à execução da Meta 1, foi definida a estratégia de
apresentação do Projeto para as comunidades vinculadas a cada Colônia
parceira. Estabeleceu-se a forma de divulgação, os locais para estas
apresentações e as datas e horários mais adequados considerando as
particularidades de cada comunidade ou grupo de comunidades, balizadas nas
informações e opiniões fornecidas por cada Colônia.
A primeira apresentação do projeto para as comunidades de Governador
Celso Ramos foi realizada em um único evento no Ginásio Municipal do
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município, situado na localidade de Calheiros, às 18h do dia 13 de março de
2004, sábado. A divulgação do evento ficou a cargo da Colônia Z-9, com a
contratação de uma “moto de som” e a distribuição de panfletos e cartazes.
Ficou a cargo da Univali a produção da chamada em áudio, gravada em CD, e
produção de panfletos e cartazes. Considerando o tamanho do ginásio foi
necessário o uso de um sistema de som (microfone, amplificador e caixas de
som) viabilizado pela Colônia. A apresentação foi feita com auxílio de data-
show, e abordou os motivos que levaram o projeto a ser aprovado, as
atividades programadas, o objetivo a ser alcançado e, sobretudo, a
necessidade de participação dos pescadores no processo. A apresentação foi
encerrada com o convite para inscrição de interessados em participar como
monitor local do projeto, tendo como atribuição a coleta de dados ambientais e
pesqueiros.
A apresentação aos pescadores da Barra do Rio Tijucas ocorreu no dia 20
de março de 2004, sábado, às 16:00. A reunião foi realizada nas dependências
da Colônia de Pescadores Z-25. Esta reunião foi divulgada por meio de
cartazes e panfletos, e seguiu-se o mesmo roteiro de apresentação do
encontro realizado em Governador Celso Ramos.
No mesmo dia foi realizada a primeira apresentação à comunidade de
Santa Luzia, no salão paroquial de igreja católica local. Este evento também
foi divulgado por meio de cartazes e panfletos e seguiu o mesmo roteiro de
apresentação.
Em 26 de março de 2004 o projeto foi apresentado às comunidades de
Zimbros, Morrinhos e Canto Grande, em uma única reunião realizada no salão
paroquial da igreja católica local. Tanto a divulgação como o roteiro da
apresentação seguiu o procedimento adotado nos eventos realizados nas
outras localidades.
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Uma segunda rodada de apresentações do Projeto foi realizada no mês de
maio de 2004, nas localidades de Ganchos do Meio e em Canto dos Ganchos
(no dia 22 de maio), em Tijucas (27 de maio) e Santa Luzia (17 de maio).
Estes encontros ocorreram em locais sugeridos pelos presidentes das Colônias
e tiveram como objetivo reforçar os objetivos do projeto e apresentar os
monitores que iriam iniciar a coleta de dados pesqueiros no dia 1o de junho de
2004.
I-1.3. RECURSOS ENVOLVIDOS
As atividades desenvolvidas tiveram participação direta do Responsável
Técnico do Projeto e do supervisor técnico da Meta 1, ambos do quadro
funcional da Univali, com apoio de um estagiário contratado pelo Projeto. A
organização local das apresentações contou com o apoio de voluntários ligados
às Colônias de Pescadores, além dos respectivos presidentes.
As saídas de campo envolveram a utilização de veículos da frota da
Univali, pois o veículo do Projeto foi adquirido em 16 de março e ainda se
aguardou pelo emplacamento até o início de abril de 2004. As despesas com
alimentação nas saídas de campo foram custeadas com diárias do Projeto. A
divulgação das reuniões foi realizada com panfletos e cartazes produzidos no
âmbito da Meta 11. Nas apresentações do projeto às comunidades foram
utilizados notebook, data-show e tela portátil adquiridos com recursos do
Projeto.
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I-2. ATIVIDADE 2 - CADASTRAMENTO, SELEÇÃO E TREINAMENTO DE
MONITORES
I-2.1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E RESPECTIVO
CRONOGRAMA
Ao final de cada apresentação sobre o Projeto, seria distribuído aos
presentes um questionário para o credenciamento dos interessados, contendo
perguntas sobre o perfil socioeconômico das famílias e alguns requisitos
mínimos para a escolha do monitor. A escolha dos voluntários seria feita com
base nestes questionários. As Colônias de Pescadores também seriam ouvidas
para a escolha dos monitores.
Seriam realizadas reuniões com os monitores voluntários escolhidos para
sensibilização a respeito da importância de seu trabalho, bem como de todas
as implicações das informações geradas. Também seriam explicados que as
informações obtidas fariam parte do programa de gestão participativa e o
papel do próprio indivíduo no sucesso do trabalho.
Os monitores receberiam um "kit" de equipamentos de simples
manipulação, e seriam submetidos a um treinamento, que envolveria a
familiarização com o equipamento, procedimentos de amostragem e com o
método de observação e anotação dos dados em planilhas.
A princípio seria escolhido um membro da família para ser o monitor
responsável, no entanto outros membros da família poderiam ser habilitados a
coletar os parâmetros ambientais, garantindo a continuidade do trabalho caso
o monitor responsável ficasse temporariamente indisponível. A escolha do
Monitor Responsável seria baseada nos seguintes fatores: a) interesse pessoal
ou do seio familiar; b) papel social (p.ex. aposentados, mulheres e jovens em
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idade escolar normalmente apresentam grande dedicação ao trabalho); c)
tempo disponível.
Cronograma original: Bimestres
Atividade Unidade de Medida Quantidade 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Cadastramento, seleção e treinamento de monitores.
Monitores 6 X
I-2.2. METODOLOGIA EMPREGADA
Os monitores foram escolhidos a partir das primeiras reuniões de
apresentação do Projeto e/ou por indicação dos presidentes das Colônias.
Aqueles que mostravam interesse para participar do projeto foram convidados
para que fosse realizada uma entrevista com os mesmos. A entrevista tinha
por finalidade observar a afinidade do candidato com a pesca, sua relação com
a comunidade e sua disponibilidade para participar do projeto. Deu-se
prioridade aos monitores(as) pescadores e/ou filhos(as) de pescadores, que
possuíssem pelo menos um período diurno livre, e que fosse bem conhecido
pela comunidade. Neste último critério, pediu-se auxílio aos presidentes das
Colônias. Como a remuneração do trabalho foi questionada sempre que se
abordava a necessidade de se contar com monitores em cada localidade, se
optou por oferecer uma gratificação mensal equivalente a um salário mínimo –
prevista no orçamento do Projeto – para quem desenvolvesse o trabalho a
contento. A seleção dos monitores foi realizada ao longo do mês de abril de
2004.
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Na Colônia de Pescadores Z-9, houve 14 candidatos para o
preenchimento das vagas para as comunidades de Canto dos Ganchos,
Calheiros, Ganchos do Meio e Ganchos de Fora. Além da entrevista foi
realizada uma atividade de grupo, fazendo uso de mapas mentais para a
construção da comunidade pesqueira de Ganchos que todos gostaria de ver no
futuro, visando identificar o potencial de cada candidato para se tornar um
elemento multiplicador da proposta do projeto em sua comunidade.
Em Tijucas se candidataram duas pessoas, sendo a escolha baseada na
capacidade de resposta do questionário (um candidato era semi-analfabeto).
Em Santa Luzia houve somente um interessado, enquanto que na Colônia Z-
22 o seu presidente indicou os dois monitores que atenderiam as comunidades
de Zimbros/Morrinhos e Canto Grande.
O treinamento dos 8 selecionados/indicados foi realizado ao longo do
mês de maio, através da participação na elaboração dos formulários que
seriam utilizados para o registro dos dados ambientais e pesqueiros.
Inicialmente foi apresentada uma versão inicial que foi testada pelos
monitores em preenchimentos simulados com as próprias famílias. Em
reuniões sucessivas se procedeu ao aperfeiçoamento gradativo dos
formulários, agregando sugestões de todos os monitores.
Em 1o de junho de 2004 foi iniciada a coleta de dados ambientais e
pesqueiros através dos monitores em cada localidade. Neste primeiro mês se
manteve um acompanhamento diário do trabalho realizado, visando esclarecer
dúvidas e eventualmente aprestar o monitor e esclarecer aos pescadores o
objetivo do trabalho que estava se iniciando.
Após o primeiro mês de coleta de dados foi necessário substituir três
monitores vinculados à Colônia Z-9, por motivos diversos. A nova seleção foi
realizada com 5 candidatos que se ajustavam aos requisitos exigidos
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inicialmente, através da simulação do processo de coleta de dados e
preenchimento dos formulários. Posteriormente houve nova desistência do
monitor de Ganchos do Meio, o qual foi substituído mais uma vez, embora sem
êxito, o que levou o projeto a cancelar o monitoramento nesta localidade
devido a resistência por parte dos pescadores e pela falta de candidato com
perfil adequado. Na localidade de Zimbros houve substituição de monitor após
4 meses do início do trabalho, sendo o substituto identificado pelos técnicos de
campo, através da parceria com um pescador/colaborador do monitoramento.
I-3. RECURSOS ENVOLVIDOS
As atividades desenvolvidas tiveram participação direta do responsável
técnico do projeto e do supervisor da Meta 1, ambos do quadro funcional da
Univali, com apoio de um estagiário contratado pelo Projeto. Os encontros com
os candidatos a monitores foram realizados nas Colônias de Pescadores e/ou
nas respectivas residências.
As saídas de campo envolveram a utilização do veículo do Projeto (Fiat
Dobló MEH-7532) a partir da segunda quinzena de março. Combustível para o
veículo e as despesas com alimentação nas saídas de campo foram custeadas
com recursos do Projeto.
I-4. DIFICULDADES ENCONTRADAS E FORMAS DE SUPERAÇÃO
No município de Governador Celso Ramos foi encontrada a maior
dificuldade com a efetivação de monitores. Essa situação poderia estar
relacionada com a divulgação de que se tratava de um “emprego
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remunerado”, fazendo que a maioria dos candidatos não estivesse sintonizada
com a natureza da atividade. Outra questão seria a própria resistência dos
pescadores do município, marcadamente maior do que nas demais localidades,
que poderia ter desestimulado os primeiros monitores.
O início dos trabalhos dos monitores foi marcado por uma desconfiança
generalizada em relação à finalidade das informações. Casos como a criação
da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, de maneira autoritária e sem a
participação do pescador, e do período de defeso do camarão, principal conflito
na região, associava os técnicos e monitores envolvidos no Projeto às
instituições fiscalizadora da atividade (Polícia Ambiental e IBAMA). Também foi
evidenciado que parte das resistências tinham como motivação a
desinformação quanto à execução do Projeto, indicando que as reuniões
iniciais não foram suficientes para sua divulgação adequada. Para superar esta
dificuldade foram realizados novos encontros com os pescadores e elaborado
um “folder” explicativo do Projeto (ver Meta 11 – Encarte 9). Entretanto, este
material gráfico se mostrou pouco efetivo, pois os pescadores demonstraram
não compreender o seu conteúdo.
I-5. EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA
Os contatos iniciais com os pescadores da região, bem como a
apresentação do Projeto, indicaram aspectos de suma importância para a
execução do Projeto: necessidade de simplificar a linguagem nas
comunicações orais; não depender de comunicações escritas por não haver
entendimento de textos pela grande maioria; a existência de diferenças
significativas entre comunidades vizinhas no que tange às relações sociais e à
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própria atividade pesqueira; e a rejeição a órgãos governamentais, em
especial ao IBAMA.
Constatou-se que seria ideal que os monitores fossem efetivados
somente a partir do interesse em participar de ações para a melhoria da
atividade pesqueira em sua comunidade, sem haver o envolvimento de
qualquer tipo de pagamento. Por outro lado, percebeu-se que o pagamento
era necessário, conforme estabelecido originalmente a pedido dos presidentes
das Colônias de Pescadores, tendo em vista a situação generalizada de
desemprego e da baixa rentabilidade com a pesca. A não remuneração poderia
inviabilizar a coleta de dados ao longo do tempo.
A entrega de materiais de divulgação do projeto, como as camisetas
estampadas com o logo, foi estratégica para angariar mais pescadores adeptos
da coleta de dados pesqueiros, porém a distribuição também gerou disputas
entre a própria comunidade, principalmente na de Santa Luzia.
O monitoramento participativo da pesca ainda representa um grande
desafio para a sua implementação nas comunidades pesqueiras artesanais.
Torna-se fundamental criar instrumentos que provoquem uma maior
sensibilização do pescador quanto ao monitoramento da atividade pesqueira.
Por outro lado, o monitoramento possui um grande potencial para a formação
e legitimidade de lideranças locais. Evidências foram encontradas,
especialmente na comunidade de Santa Luzia, onde o monitoramento
contribuiu diretamente para o reconhecimento do monitor enquanto um líder
na comunidade.
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II - META 2: IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE
MONITORAMENTO PARTICIPATIVO
Esta meta visou a obtenção de informações quanto as variações
temporais de parâmetros ambientais e pesqueiros, a quantificação do número
de embarcações e petrechos empregados na pesca artesanal, além da
composição e volume dos desembarques efetuados pelas comunidades
pesqueiras em questão.
Supervisão técnica: Rodrigo Pereira Medeiros (CTTMar/UNIVALI)
Roberto Wahrlich (CTTMar/UNIVALI)
II- 1. ATIVIDADES 1 E 2 - COLETA DE DADOS AMBIENTAIS E PESQUEIROS
II-1.1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E
RESPECTIVO CRONOGRAMA
Diariamente, seriam coletados parâmetros ambientais, tais como
temperatura e transparência da água, salinidade, estado do mar (corrente e
ondas) e condições climáticas locais (vento, chuva, temperatura do ar). Seria
utilizado um “kit” de equipamentos incluindo disco de Secchi, garrafas para a
coleta de água, termômetro, caneta e prancheta para anotações. Os pontos de
coleta seriam definidos com os coletores, de acordo com a sua disponibilidade
de embarcação e proximidade do local de coleta.
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Também diariamente, seriam coletados dados da produção e esforço de
pesca, tais como nome da embarcação, tipo de petrecho de pesca empregado,
período de pesca ou número de lances realizados, localização da área de
pesca, número de pescadores envolvidos, composição e quantidade
desembarcada, valor de venda e comprador da produção.
Cronograma original: Bimestres
Atividade Unidade de Medida Quantidade 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Coleta de dados ambientais Relatório 14 X X X X X X X
II-1.2. METODOLOGIA EMPREGADA
As coletas de dados foram iniciadas em 1o de junho de 2004 e se
estenderam até 31 de julho de 2005, com exceção das comunidades de
Zimbros, Tijucas e Santa Luzia, nas quais foram mantida até 31 de agosto de
2005. O início das atividades foi retardado em relação ao cronograma original
(passando do 3o mês para o 5o mês de execução) em função do período de
defeso da pesca do camarão, conforme mencionado anteriormente.
Em relação à metodologia original, houve alteração no que se refere à
utilização do "kit" de equipamentos para coleta de dados ambientais. O uso
destes equipamentos foi descartado ao longo da execução da Meta 1, à
medida que se aprofundava o contato com as realidades locais. Observou-se
que os coletores teriam dificuldade em proceder coletas de dados ambientais e
de dados pesqueiros em dois procedimentos distintos. Por outro lado, o
material e a análise de água não haviam sido previstos nos desembolsos do
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FNMA e tampouco na contrapartida da Univali. Em compensação, se
estabeleceu nos procedimentos de coleta de dados pesqueiros o registro das
condições ambientais no local da pescaria, que seria relatada pelo pescador
entrevistado.
Observou-se que em função do esforço empregado pelos monitores para
acompanhar a dinâmica da atividade pesqueira, atividades de diagnóstico
rápido participativo, bem como entrevistas e conversas informais com
pescadores, ao longo da atividade dos técnicos, seria mais significativo do que
a coleta de dados ambientais. Portanto, os parâmetros ambientais que
influenciam a atividade pesqueira foram obtidos a partir do conhecimento
ecológico dos pescadores sobre o comportamento da Baía de Tijucas e da
região adjacente.
Os dados pesqueiros foram obtidos a partir de 4 procedimentos
complementares: cadastro inicial das embarcações sediadas em cada
localidade monitorada (atualizado periodicamente); preenchimento de um
calendário mensal da movimentação de cada embarcação por localidade, no
qual eram assinalados os dias em que o barco esteve pescando;
preenchimento de uma ficha de produção, na qual o monitor registrava a
produção de cada saída de pesca de uma dada embarcação; e a entrevista
sobre a pescaria, na qual se obteve dados de esforço e área de pesca, preço e
destino do produto, bem como dados ambientais da área de pesca
(formulários em anexo).
O trabalho dos monitores foi supervisionado por dois técnicos vinculados
ao Projeto, que atuaram como extensionistas, realizando visitas sistemáticas
às comunidades pesqueiras, de 3 a 4 dias por semana. O contato dos técnicos
com os monitores visou prestar orientações metodológicas, fornecimento e
recolhimento de planilhas de dados, e acompanhamento para esclarecimento
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da atividade executada perante os pescadores locais, quando requisitado pelo
monitor. Após a verificação e digitação semanal das informações obtidas, os
técnicos retornavam a campo para corrigir eventuais erros de procedimento ou
auxiliar na superação de dificuldades encontradas nos trabalhos de coleta. No
período de abrangência do monitoramento foram efetuadas 198 saídas de
campo visando a supervisão da coleta de dados.
A cada mês a produção de cada localidade foi sumarizada e relatórios
mensais foram produzidos para distribuição aos parceiros do Projeto. Nos
primeiros três meses de coletas de dados pesqueiros foram promovidos
encontros com pescadores de cada localidade, visando não só a divulgação e
discussão dos dados como também a reapresentação dos objetivos do Projeto.
No ano de 2005 houve uma tentativa por parte do IBAMA em reativar a
atividade de monitoramento dos desembarques controlados da frota artesanal,
cujo objetivo era a implementação do ESTATPESCA. Este programa, através
do Convênio SEAP-PR/PROZEE/IBAMA, consistia na coleta sistemática de
informações sobre a atividade pesqueira, através de uma rede de coletores de
dados estabelecida nas principais comunidades pesqueira ao longo do litoral
brasileiro, exceto o Estado de São Paulo.
O IBAMA então como parceiro do projeto Pesca Responsável, solicitou
através do Centro de Pesquisa e Gestão dos Recursos Pesqueiros do Litoral
Sudeste e Sul - CEPSUL a colaboração da equipe técnica do projeto, quanto a
realização do “Censo Estrutural da Pesca” na área da Baía de Tijucas, a fim de
não se sobreporem as atividades realizadas pelo projeto e as previstas pelo
ESTATPESCA. Inicialmente foi realizado pelos monitores um censo das
embarcações; atividade a qual tida como uma atualização das embarcações
cadastradas, obtendo dados referente as características físicas das mesmas.
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Posteriormente o IBAMA recebeu os dados produzidos pelos monitores para
contabilização da produção pesqueira artesanal de SC entre 2004 e 2005, uma
vez que a coleta sistemática de dados de produção pesqueira por esta
instituição encontra-se inoperante desde 1999.
No início de 2006, com a disponibilização dos dados da frota e das
pescarias existentes na Baía de Tijucas, através do projeto Pesca Responsável,
foi estabelecida a rede de coleta do ESTATPESCA, através da reconvocação
dos monitores que realizaram o trabalho a contento durante ao projeto. Os
monitores foram diretamente vinculados à instituição do IBAMA, sendo
remunerados pela FUNDAÇÃO PROZEE. A atividade de monitoramento
abrangeu três meses (fevereiro, março e abril de 2006), sendo paralisada
devido a falta de recursos financeiros.
Perante essa situação, em virtude da mudança do período de defeso do
camarão sete-barbas (de março, abril e maio para outubro, novembro e
dezembro de cada ano), e a necessidade de acompanhar os desembarques
neste período, o projeto Pesca Responsável deu continuidade ao
monitoramento pesqueiro no município de Tijucas durante os meses de maio e
junho de 2006. Este monitoramento veio a somar com os dados obtidos pelo
IBAMA nos três meses anteriores, e possibilitou avaliar a captura e esforço da
pesca do camarão sete-barbas, antes proibida durante esse período. O
acompanhamento da produção obtida em 2006 é apresentado no Encarte 5.
II.1.3 - RECURSOS ENVOLVIDOS
As atividades desenvolvidas foram coordenadas pelos supervisores
técnicos da Meta, ambos do quadro funcional da Univali. O trabalho de campo,
a digitação dos dados e a elaboração de relatórios mensais de produção foram
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Meta 1 e 2
realizados por dois oceanógrafos contratados com recursos do Projeto através
de uma cooperativa de trabalho. A coleta dos dados foi realizada por sete
monitores, conforme especificado na Meta 1.
As saídas de campo envolveram a utilização do veículo do Projeto (Fiat
Dobló MEH-7532) a partir da segunda quinzena de março. Combustível para o
veículo e as despesas com alimentação nas saídas de campo foram custeadas
com recursos do Projeto.
A Meta 2 também envolveu a utilização de quantidades consideráveis de
formulários, reproduzidos através de serviços externos de fotocópias ou em
fotocopiadoras da própria Universidade.
II-4. DIFICULDADES ENCONTRADAS E FORMAS DE SUPERAÇÃO
A principal dificuldade se referiu ao desinteresse, por parte de muitos
pescadores, em reportar a sua produção após cada viagem de pesca. Esta
resistência pode ser relacionada a dois fatores: desconfiança quanto ao uso da
informação, pois muitos pescam de forma irregular; e incredulidade em
relação aos benefícios do Projeto, pois muitos esperavam por alguma
“solução” imediata para os seus problemas. Outra dificuldade, ocorrida
principalmente com os monitores de Governador Celso Ramos, foi o pouco
envolvimento com a proposta do Projeto e a desistência prematura por
frustração em relação ao trabalho, principalmente pela própria resistência dos
pescadores.
Os problemas acima mencionados foram parcialmente superados pela
própria continuidade do trabalho e intenso contato da equipe do projeto com
os próprios pescadores das diferentes localidades, além da divulgação
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Convênio MMA/FNMA n º 025/2003
Meta 1 e 2
periódica dos resultados de produção pesqueira, seja em reuniões, seja na
distribuição de relatórios mensais às Colônias de Pescadores e às prefeituras
municipais. Quando necessário, foi realizada a substituição de algum monitor.
Mesmo com estas substituições, as dificuldades em Governador Celso Ramos
continuaram, sendo que na localidade de Ganchos do Meio a coleta não foi
retomada após o desligamento da terceira monitora local. Ressalta-se que a
ação da Colônia de Pescadores Z-9 não foi suficiente no sentido de sensibilizar
os pescadores para uma maior participação no Projeto.
II.5 - EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA
Apesar das dificuldades, evidenciou-se que a coleta sistemática de dados
pesqueiros realizada por integrantes da própria comunidade apresenta maior
eficiência do que se fosse realizada por pessoas externas às comunidades. A
experiência também demonstra a necessidade de contínuo acompanhamento
de trabalhos semelhantes realizados por monitores locais e constantes
estímulos aos mesmos para otimizarem seu desempenho.
III - RESULTADOS ALCANÇADOS E PRODUTOS
A análise conclusiva dos resultados obtidos a partir da estruturação e
implementação do programa de monitoramento participativo foi respaldada
pelos seguintes documentos e dados analisados: relatório Técnico Parcial de
cumprimento do objeto; a Versão Final do Projeto aprovada pelo FNMA; os
Relatórios das Reuniões e das Saídas a Campo da equipe técnica contratada;
as Informações Coletadas das Produções Pesqueiras previamente analisadas,
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Meta 1 e 2
as quais originaram os Boletins de Desembarques Controlados e as
Informações do Desempenho das Atividades de Monitoria.
Para comparação e discussão dos resultados obtidos, as fontes utilizadas
foram: os Boletins de Desembarques Controlados do IBAMA/CEPSUL, entre os
anos de 1988 a 1998 e o Código de Conduta para uma Pesca Responsável da
FAO (1995). As recomendações foram fundamentadas nas análises dos
resultados, discussões e conclusões obtidas.
Para apresentação do projeto foram realizadas inicialmente 8 reuniões,
sendo que em algumas comunidades houve uma segunda rodada, cujo
objetivo foi reforçar as informações repassadas anteriormente (Tabela 1).
Tabela 1. Cronograma, local e número de presentes das reuniões iniciais de apresentação. Data Local Número de presentes
13/03/2004 Ginásio Municipal de Gov. Celso Ramos 36 20/03/2004 Colônia Z-25 16 20/03/2004 Salão da Igreja Católica/ Santa Luzia 16 26/03/2004 Salão da Igreja Católica/ Zimbros 23 17/05/2004 Restaurante do Nelinho/ Santa Luzia 17 22/05/2004 Escola Municipal/ Ganchos do Meio 5 22/05/2004 Escola Municipal/ Canto dos Ganchos 12 27/05/2005 Colônia Z-25/ Tijucas 16
De acordo com a Tabela 1, o número de pessoas participantes da
primeira rodada de apresentações, ocorrida no mês de março, foi de 91
pessoas e na segunda rodada, no mês de maio, de 50 pessoas. Entre os
presentes estavam os presidentes das respectivas Colônias de Pescadores,
pescadores, membros da comunidade e outros interessados no assunto.
Nos quatro meses iniciais do monitoramento, foi realizado um total de 15
reuniões. Nestas reuniões era distribuído aos presentes um boletim mensal da
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Meta 1 e 2
produção pesqueira local, e de forma agrupada de todas as comunidades
monitoradas.
Observou-se que este tipo de reunião, objetivando informar e reforçar os
pescadores sobre a proposta do projeto, além de transmitir aos mesmos o
andamento das demais atividades prevista, a importância da participação
deles no processo e a devolução das informações obtidas pelo monitoramento
devidamente analisadas, não despertava interesse. Após o primeiro encontro,
detectou-se pouco interesse dos pescadores aos temas tratados, fazendo com
que gradativamente houvesse uma diminuição do número de participantes nas
reuniões que se sucederam. Segundo relato dos pescadores, a maior
participação e/ou colaboração da comunidade só ocorreria se algum benefício
“concreto” e “imediato” fosse realizado pelo projeto, pois do contrário não
haveria o porquê destes participarem do mesmo.
O processo de cadastramento de monitores iniciou a partir das primeiras
reuniões de apresentação do projeto e/ou por indicação dos presidentes das
Colônias. Os quesitos considerados na seleção foram: afinidade do candidato
com a pesca, sua relação com a comunidade e sua disponibilidade para
participar do projeto. As pessoas ligadas diretamente com a pesca local foram
priorizadas.
A implementação efetiva do monitoramento participativo iniciou-se após
a candidatura de 17 pessoas para as 8 comunidades a serem monitoradas. As
localidades do município de Governador Celso Ramos foram as que
apresentaram maiores dificuldades de implementação do monitoramento.
Inicialmente foram recrutadas 3 pessoas para esse município, sendo uma
responsável pela localidade de Canto dos Ganchos, outra por Calheiros e
metade de Ganchos do Meio, e a terceira cobriria o restante de Ganchos do
Meio juntamente com Ganchos de Fora. Porém houve situações que levaram a
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substituição desses monitores, como a incompatibilidade com a execução da
atividade de monitoria, no caso das localidades de Canto dos Ganchos e
Ganchos do Meio/Calheiros, até desistência em virtude da obtenção de
trabalho assalariado com registro em carteira, no caso da localidade de
Ganchos de Fora.
Mediante esta situação, a equipe técnica optou por selecionar 4 novos
monitores para este município (Governador Celso Ramos), sendo um para
cada localidade. Novamente houve desistência do monitor da localidade de
Ganchos do Meio, sendo então substituído por um membro da própria família,
que possuía interesse na atividade. Este novo monitor trabalhou até janeiro de
2005, vindo a desistir da atividade espontaneamente. Após a substituição dos
3 monitores de Ganchos do Meio, não houve mais interessados em executar a
atividade. De acordo com relato dos próprios monitores que atuaram em
Ganchos do Meio, a causa principal para a desistência era a elevada
resistência imposta pelos pescadores desta comunidade e o desinteresse dos
mesmos em participar das atividades propostas pelo projeto.
Atribui-se em partes essa situação, devido a forte interferência do
presidente da Colônia Z-09, que divulgou a atividade de coletor de dados
como um “emprego”, enfatizando o “salário” e o “benefício” de ser
“contratado” pela Universidade. Ressalta-se que havia sido comunicado a
todos os presidentes de Colônias que a atividade não deveria ser vista como
um emprego e que previa uma gratificação. Porém, em Governador Celso
Ramos houve a divulgação, gerando problemas por conseguinte. Além disso,
as comunidades desse município são historicamente as mais fechadas para a
realização de trabalhos com essas características.
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A localidade de Zimbros/Morrinhos também necessitou substituir o
monitor após o quarto mês. Neste caso, a desistência foi motivada pela
necessidade de auxílio nas atividades de maricultura realizadas pelo pai, não
dispondo tempo suficiente para cobrir todas as embarcações locais. O
substituto encontrado foi efetivado e posteriormente não houve mais
substituições.
Apesar da resistência inicial de alguns pescadores, o monitoramento
pesqueiro com o passar do tempo transcorreu sem grandes problemas, exceto
na localidade de Ganchos do Meio. Ressalta-se que os técnicos de campo
acompanharam diversas vezes os monitores efetivados nesta localidade, onde
a dificuldade de abertura por parte dos pescadores locais era visível e relatada
também pela equipe técnica.
Muitos dos pescadores participantes da atividade do monitoramento
deixaram claro que a adesão ao programa de monitoramento deu-se em
grande parte, devido ao auxílio financeiro que o monitor recebia do projeto,
pois desta maneira o pescador acreditava que estava contribuindo/auxiliando
com um membro da comunidade.
Os perfis dos monitores selecionados e efetivados ao longo do projeto
são descritos abaixo:
� Thiago – Localidade de Canto Grande, vinculado ao Projeto desde abril
de 2004. Filho de um dos pescadores mais influentes da comunidade de
Canto Grande, o Sr. Isaías, que desde 1996 participa de pesquisas
realizadas pela Univali. Thiago nunca foi pescador, mas sempre foi
respeitado por todos os pescadores por ser conhecido e pelo seu pai.
Thiago finalizou o ensino médio em 2004.
� Evandro – Localidade de Zimbros/Morrinhos, esteve vinculado ao Projeto
desde outubro de 2004. Foi o segundo monitor dessa comunidade. Já foi
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pescador, auxiliando as atividades de seu pai. Esse, Sr. Alcides (Cido),
também é muito respeitado na comunidade e possui relação de
parentesco com muitos pescadores da localidade. Concomitantemente
ao projeto, Evandro cursava o 3° ano do 2°grau.
� Joel – Localidade de Santa Luzia, vinculado ao Projeto desde abril de
2004. Pescador de camarão bem conhecido na comunidade, residindo
em local estratégico para a coleta de dados pesqueiros, por se localizar
em frente à barra do rio Santa Luzia, de onde pode facilmente monitorar
a saída e entrada das embarcações.
� Cláudia – Localidade de Tijucas, vinculada ao Projeto desde abril de
2004. Professora do ensino fundamental, tendo praticamente toda a
família envolvida na pesca. Seu irmão é pescador e diretor da Associação
de Pescadores de Tijucas (APAT). Sua mãe é intermediária da pesca
(“pombeira”), comprando o pescado de duas embarcações; e seu pai é
pescador. Teve trânsito livre e respeito em toda a comunidade.
� Janaína – Localidade de Canto dos Ganchos, vinculada ao Projeto desde
julho de 2004. Foi a segunda monitora nessa comunidade. Conhecida
entre os pescadores por ser de família tradicional (não no sentido elitista
da palavra, mas no reconhecimento como “gancheira, nativa”) da
comunidade pesqueira local. A qualidade dos trabalhos em Canto dos
Ganchos melhorou muito depois de sua entrada, pois obteve uma
melhor aceitação que o monitor anterior. Apesar do bom trabalho
realizado e no interesse demonstrado, enfrentou resistência de
pescadores da localidade.
� Glaidzi – Localidade de Calheiros, vinculada ao Projeto desde agosto de
2004. Com apenas 13 anos de idade foi a mais nova monitora vinculada
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ao Projeto. É filha de pescadores e sua tia tem uma cooperativa informal
de descascadoras de camarão.
� Vanessa – Localidade de Ganchos de Fora, vinculada ao Projeto desde
agosto de 2004. É a segunda monitora na localidade. Cresceu na
comunidade de Canto dos Ganchos, porém passou a residir em Ganchos
de Fora após ter casado com filho de antigo pescador da localidade.
Desde o início apresentou boa aceitação entre os pescadores e não
enfrentou resistência dos mesmos quanto à coleta de dados.
No período de monitoramento foram realizadas 198 saídas de campo
visando à supervisão da coleta de dados pesqueiros. Concomitantemente,
aproveitavam-se as visitas para divulgar o projeto, realizar reuniões
previamente agendadas, além de obter informações complementares previstas
nas demais metas. Foram realizadas entre 10 a 17 saídas (visitas) por mês
(Figura 1).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18N° de Dias
jul/0
4
ago/
04
set/0
4
out/0
4
nov/
04
dez/
04
jan/
05
fev/
05
mar
/05
abr/0
5
mai
/05
jun/
05
jul/0
5
ago/
05
Figura 1. Freqüência das saídas (visitas) mensais de supervisão da coleta dos dados pesqueiros.
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Meta 1 e 2
A avaliação do desempenho mensal de cada monitor foi realizada através
da comparação entre a quantidade de embarcações cadastradas, embarcações
ativas (pescando), embarcações participantes (fornecedoras de informações
da pesca) e do total de registros obtidos. Desta forma era possível verificar a
eficiência da cobertura do monitoramento pesqueiro.
Dentro das atividades desempenhadas pelo monitor, inicialmente
realizou-se o cadastramento das embarcações sediadas na localidade, o qual
era constantemente atualizado. Tal atividade permitiu registrar 399
embarcações ao término do período de monitoramento, sendo que a localidade
de Zimbros/Morrinhos apresentou o maior número de embarcações. As
flutuações mensais no número total de cadastros por localidade estão
apresentadas na Tabela 2.
Tabela 2. Número mensal de embarcações cadastradas por localidade monitorada. Local jun/04 jul ago set out nov dez jan/05 fev mar abr mai jun jul
Canto dos Ganchos 46 48 49 50 51 51 51 51 51 51 51 55 55 55
Calheiros s/d s/d 10 10 10 10 10 10 11 11 12 13 12 12
Ganchos do Meio 22 22 45 46 46 47 47 47 47 47 56 56 58 58
Ganchos de Fora 19 19 31 32 32 32 33 33 34 34 34 34 35 35
Tijucas 51 51 53 57 59 55 57 59 59 59 66 66 56 59
Sta. Luzia 39 40 40 41 40 40 40 40 40 40 51 51 47 51
Zimbros/Morrinhos 71 71 73 67 74 74 74 73 73 73 73 75 75 77
Canto Grande 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 50 52 52
TOTAL 293 296 346 348 357 354 357 358 360 360 388 400 390 399
Legenda: s/d (sem dados – sem informações).
A oscilação do número de embarcações nos três primeiros meses deve-
se provavelmente devido a substituição de monitores, em especial nas
localidades de Governador Celso Ramos. Nos meses seguintes, em alguns
casos, o número de embarcações cadastradas variou devido as transações
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Meta 1 e 2
comerciais de compra e venda das mesmas entre as localidades, ora
abrangidas pelo monitoramento ora não. (Tabela 2).
A manutenção do calendário mensal de movimentação das embarcações
por localidade permitiu conhecer o número de embarcações que se
mantiveram ativas (pescando) mensalmente; apresentados na Tabela 3.
Tabela 3. Número mensal de embarcações ativas (pescando) por localidade monitorada. Local Jun/04 jul ago set out nov dez Jan/05 fev mar abr mai jun jul
Canto dos Ganchos 10 30 32 33 31 25 19 20 28 s/d (período defeso) 51 51
Calheiros s/d s/d 4 4 3 5 7 8 6 s/d (período defeso) 7 6
Ganchos do Meio 12 s/d 35 31 29 39 33 25 s/d s/d (período defeso) s/d s/d
Ganchos de Fora 15 7 22 17 14 14 13 12 20 s/d (período defeso) 26 16
Tijucas 41 31 28 26 24 37 34 31 34 s/d (período defeso) 37 33
Sta. Luzia 38 34 29 29 28 30 32 34 33 s/d (período defeso) 45 41
Zimbros/Morrinhos 52 28 35 33 24 33 41 48 47 s/d (período defeso) 56 54
Canto Grande 33 20 14 13 18 11 8 12 11 s/d (período defeso) 36 21
TOTAL 201 150 199 186 171 194 187 190 179 s/d (período defeso) 258 222 Legenda: s/d (sem dados – sem informações).
Comparando os dados obtidos entre as Tabelas 2 e 3, observa-se que
houve uma parcela significativa de embarcações que permaneceram fora de
atividade. Os valores em percentagem, das embarcações que foram
registradas como ativas demonstram uma oscilação constante (Tabela 4).
Essa variação pode ter sido regida pela sazonalidade das pescarias, as quais
estão sujeitas aos períodos de safras das principais espécies capturadas na
Baía de Tijucas.
A tabela 4 demonstra que o início da primavera foi o período com menor
freqüência de embarcações em atividade pesqueira, e o mês de junho o que
teve a maior percentagem de barcos trabalhando. Tal fato deve-se
principalmente a pesca do camarão sete-barbas, que após o período de defeso
instituído na época (1º de março a 31 de maio), iniciava-se suas atividades em
1º de junho. Ressalta-se que durante os meses de defeso não foi possível
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Meta 1 e 2
obter os registros de produções por embarcação regularmente, devido ao
receio dos pescadores em participar do monitoramento em virtude da possível
fiscalização realizada pelos órgãos competentes (IBAMA e Polícia Ambiental).
Poucos pescadores optaram pelo fornecimento de suas informações neste
período; e mesmo com o controle de movimentação de barcos, este não
apresentou valores confiáveis, uma vez que a atividade de pesca durante o
defeso é geralmente realizada durante a noite. Sendo assim, a sigla “s/d”
refere-se a falta de informações.
A falta de registros de produção para Calheiros durante os meses de
junho e julho de 2004 e para Ganchos do Meio em julho de 2004 e de
fevereiro a julho de 2005 é decorrente da ausência ou paralisação da atividade
de monitoramento.
Tabela 4. Percentual entre o número de embarcações cadastradas e o número de embarcações que foram registradas em atividade (pescando).
Local jun/04 jul ago set out nov dez jan/05 fev mar abr mai jun jul Canto dos Ganchos 21,74 62,50 65,31 66,00 60,78 49,02 37,25 39,22 54,90 92,73 92,73
Calheiros s/d s/d 40,00 40,00 30,00 50,00 70,00 80,00 54,55 58,33 50,00
Ganchos do Meio 54,55 s/d 77,78 67,39 63,04 82,98 70,21 53,19 s/d s/d s/d
Ganchos de Fora 78,95 36,84 70,97 53,13 43,75 43,75 39,39 36,36 58,82 74,29 45,71
Tijucas 80,39 60,78 52,83 45,61 40,68 67,27 59,65 52,54 57,63 66,07 55,93
Sta. Luzia 97,44 85,00 72,50 70,73 70,00 75,00 80,00 85,00 82,50 95,74 80,39 Zimbros/ Morrinhos 73,24 39,44 47,95 49,25 32,43 44,59 55,41 65,75 64,38 74,67 70,13
Canto Grande 73,33 44,44 31,11 28,89 40,00 24,44 17,78 26,67 24,44
s/d (período defeso)
69,23 40,38
TOTAL 68,60 50,68 57,51 53,45 47,90 54,80 52,38 53,07 49,72 s/d (período defeso) 66,15 55,64
Legenda: s/d (sem dados – sem informações).
O fornecimento de informações referentes à produção e esforço
pesqueiro de cada saída de pesca por embarcação, possibilitou a obtenção do
número de embarcações/pescadores que contribuíram com o programa de
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Meta 1 e 2
monitoramento. A análise comparativa entre o número de embarcações ativas
(Tabela 3) e o número de embarcações/pescadores que forneceram o registro
de produção (Tabela 5), demonstrou boa correlação, uma vez que o número
de embarcações/pescadores participantes ficou próximo ao número de
embarcações em atividade (Tabela 6).
Tabela 5. Número mensal de embarcações/pescadores que forneceram informações referentes à produção pesqueira por localidade.
Local jun/04 jul ago set out nov dez jan/05 fev mar abr mai jun jul
Canto dos Ganchos 10 14 21 22 26 20 16 14 12 27 14
Calheiros s/d s/d 4 4 3 5 6 5 6 7 6
Ganchos do Meio 11 s/d 26 28 11 22 17 17 s/d s/d s/d
Ganchos de Fora 15 7 22 16 14 13 13 11 20 26 16
Tijucas 41 31 28 26 24 37 33 31 34 37 32
Sta. Luzia 34 32 28 28 26 27 27 30 30 41 33
Zimbros/Morrinhos 52 28 35 33 22 22 22 34 38 54 52
Canto Grande 33 20 14 13 18 10 8 12 11
s/d (período defeso)
36 21
TOTAL 196 132 178 170 144 156 142 154 151 s/d 228 174
Legenda: s/d (sem dados – sem informações).
No geral, o monitoramento abrangeu mensalmente entre 75 e 98% da
frota ativa, destacando-se principalmente a monitoria realizada nas localidades
de Calheiros, Ganchos de Fora, Tijucas e Canto Grande (Tabela 6).
Tabela 6. Percentual entre o número de embarcações ativas (pescando) e o número de embarcações que participaram do monitoramento pesqueiro, fornecendo informações.
Local jun/04 jul ago set out nov dez jan/05 fev mar abr mai jun jul Canto dos Ganchos 100,00 46,67 65,63 66,67 83,87 80,00 84,21 70,00 42,86 52,94 27,45
Calheiros s/d s/d 100,00 100,00 100,00 100,00 85,71 62,50 100,00 100,00100,00 Ganchos do Meio 91,67 s/d 74,29 90,32 37,93 56,41 51,52 68,00 s/d s/d s/d Ganchos de Fora 100,00 100,00 100,00 94,12 100,00 92,86 100,00 91,67 100,00 100,00100,00
Tijucas 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 97,06 100,00 100,00 100,00 96,97
Sta. Luzia 89,47 94,12 96,55 96,55 92,86 90,00 84,38 88,24 90,91 91,11 80,49 Zimbros/ Morrinhos 100,00 100,00 100,00 100,00 91,67 66,67 53,66 70,83 80,85 96,43 96,30
Canto Grande 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 90,91 100,00 100,00 100,00
s/d (período defeso)
100,00100,00
TOTAL 97,51 88,00 89,45 91,40 84,21 80,41 75,94 81,05 84,36 s/d 88,37 78,38
Legenda: s/d (sem dados – sem informações).
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Meta 1 e 2
Durante o período de monitoramento obteve-se um total de 15.094
registros diários da produção e esforço de pesca (Tabela 7), os quais geraram
14 boletins mensais da produção pesqueira da Baía de Tijucas. Cada boletim
apresenta a produção total obtida mensalmente por localidade, além do
somatório total de todas as comunidades monitoradas, sendo discriminadas
por espécie capturada e respectivo petrecho de pesca (Anexo 1.2).
Tabela 7. Número de registros mensais de produção e/ou esforço pesqueiro, para cada uma das localidades monitoradas. O registro de produção e/ou esforço refere-se a cada saída de pesca.
Local jun/04 jul ago set out nov dez Jan/05 fev mar abr mai jun jul Canto dos Ganchos
61 37 142 140 174 69 122 75 73 24 17 21 158 152
Calheiros s/d s/d 29 18 34 18 30 25 58 3 13 17 66 26 Ganchos do Meio
101 0 130 82 113 71 61 47 0 0 0 0 0 0
Ganchos de Fora
135 15 102 91 70 91 58 38 160 50 46 37 276 71
Tijucas 351 210 278 211 257 323 287 313 314 203 191 124 298 295
Sta. Luzia 522 326 336 233 191 174 173 198 183 26 21 11 245 107 Zimbros/ Morrinhos
273 162 180 155 112 136 126 257 256 190 202 231 818 513
Canto Grande 208 138 97 108 123 96 78 128 121 47 50 52 277 112
TOTAL 1.651 888 1.294 1.038 1.074 978 935 1.081 1.165 543 540 493 2.138 1.276
Legenda: s/d (sem dados – sem informações).
Dentre o número de embarcações monitoradas (Tabela 5), observa-se
que houve um rendimento médio de 6 a 9 registros diários de pesca por mês,
relativos a uma mesma embarcação (Tabela 8).
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Meta 1 e 2
Tabela 8. Rendimento médio do número de registros obtidos por embarcação participante do monitoramento pesqueiro.
Local jun/04 jul ago set out nov dez jan/05 fev mar abr mai jun jul Canto dos Ganchos
6,1 2,6 6,8 6,4 6,7 3,5 7,6 5,4 6,1 s/a s/a s/a 5,9 10,9
Calheiros s/d s/d 7,3 4,5 11,3 3,6 5,0 5,0 9,7 s/a s/a s/a 9,4 4,3 Ganchos do Meio
9,2 s/a 5,0 2,9 10,3 3,2 3,6 2,8 s/a s/a s/a s/a s/a s/a
Ganchos de Fora
9,0 2,1 4,6 5,7 5,0 7,0 4,5 3,5 8,0 s/a s/a s/a 10,6 4,4
Tijucas 8,6 6,8 9,9 8,1 10,7 8,7 8,7 10,1 9,2 s/a s/a s/a 8,1 9,2
Sta. Luzia 15,4 10,2 12,0 8,3 7,3 6,4 6,4 6,6 6,1 s/a s/a s/a 6,0 3,2 Zimbros/ Morrinhos
5,3 5,8 5,1 4,7 5,1 6,2 5,7 7,6 6,7 s/a s/a s/a 15,1 9,9
Canto Grande 6,3 6,9 6,9 8,3 6,8 9,6 9,8 10,7 11,0 s/a s/a s/a 7,7 5,3
TOTAL 8,4 6,7 7,3 6,1 7,5 6,3 6,6 7,0 7,7 s/a s/a s/a 9,4 7,3
Legenda: s/a (sem análise – período defeso camarão) e/ sem monitoramento (jul/04, jun/05 e jul/05)).
IV - DISCUSSÃO
A proposta inicial do projeto Pesca Responsável era implementar a coleta
de dados pesqueiros através de um processo participativo, fortalecendo e
estimulando o exercício da cidadania e a formação de lideranças comunitárias.
Através de uma série de reuniões, 141 expectadores participaram
inicialmente da etapa de divulgação e implementação do projeto (1º rodada:
91 pessoas; 2º rodada: 50 pessoas). Para efeito comparativo, as informações
obtidas ao final do monitoramento totalizaram 399 embarcações cadastradas.
Se considerarmos que o número de pescadores por embarcação varia de uma
a duas pessoas, o número subestimado de pescadores ficaria próximo de 600.
Esse primeiro contato dos pescadores com a proposta do projeto revelou-se
satisfatório, considerando todo o histórico eminente de conflitos na região.
Esse histórico envolve a descrença e desconfiança dos pescadores nas demais
instituições, devido principalmente à criação autoritária da Reserva Biológica
Marinha do Arvoredo, o antigo período de defeso imposto a todas as espécies
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Meta 1 e 2
de camarões e vigente até 2005, e a forma de como é executada a fiscalização
pelo IBAMA e pela Policia Ambiental, principalmente na abordagem em mar.
Porém, segundo relatos de presentes nas reuniões iniciais (pescadores,
presidentes das respectivas Colônias e demais membros da comunidade), o
público-alvo teria participado pouco nessa primeira etapa. O entendimento
sobre a participação dos atores principais (pescadores) considerava que eles
se envolvessem efetivamente com o projeto desde o início. Porém, a
participação no processo dependia dos objetivos e conseqüentes benefícios a
serem trazidos no decorrer do projeto. Tal fato era considerado normal pela
comunidade, uma vez que os pescadores não teriam interesse em participar
de eventos deste tipo, pois as soluções dos problemas da pesca, na visão
deles, dependeriam apenas dos órgãos do governo.
Deve-se considerar ainda que historicamente, diversos pescadores
demonstram-se repulsivos a programas de monitoramento, em especial
aqueles centrados na extração dos dados e uso das informações por
universitários, extensionistas e agentes do governo, que não geram benefícios
às comunidades de pescadores que cedem os dados, e sim, apenas produções
científicas e acadêmicas para os pesquisadores.
Há também a abordagem do trabalho, que pode ter sido considerado
pouco atraente para os pescadores, especialmente no âmbito das reuniões
devolutivas, onde os dados de produção pesqueira obtida através do
monitoramento eram apresentados e discutidos com a comunidade,
mostrando-se pouco atraente ou mesmo relevante para os pescadores.
Mediante isso, deve-se considerar a necessidade de repensar as abordagens
para se estabelecer uma melhor relação entre pesquisador e pescador.
Pág. 1-36 Encarte 1 Pesca Responsável na Baía de Tijucas
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Meta 1 e 2
Percebeu-se em determinados momentos a falta de compreensão entre a
atividade de monitoramento e a resolução de problemas. Os técnicos de
campo eram questionados constantemente quanto aos benefícios que o
projeto traria, além de perceberem nitidamente a expectativa por parte dos
pescadores quanto à resolução dos problemas locais. Perante essa situação, os
monitores devem compreender os objetivos e limites do programa, para que
não ajam falsas expectativas quanto à solução imediata de questões oriundas
das comunidades em questão. Somado a isso, deve-se considerar ainda o
receio dos pescadores em fornecerem informações relativas a suas estratégias
de pesca, como áreas mais propícias, legais ou proibidas, além da produção
diária obtida, levando ao monitor o conhecimento de sua renda.
De acordo com Bonilha et al. (1999), ao mesmo tempo em que o
programa de monitoramento deve ser metodologicamente rigoroso, a fim de
garantir sua acurácia e representatividade dos dados, deve-se também
considerar as particularidades (saberes, atitudes e habilidades) de cada
monitor.
Apesar dos conflitos inerentes à região, em geral os monitores
receberam reconhecimento quanto ao seu papel de monitores e, da mesma
forma, como agentes diretos de interlocução entre a universidade e a
comunidade. O reconhecimento do monitor perante o programa é
importantíssimo, uma vez que produzir estímulos individuais através de
certificados, integrações entre a equipe e até o marketing da atividade
executada, poderá motivá-lo a realizar a atividade de forma cada vez mais
eficiente. Ressalta-se ainda a importância de que os resultados obtidos pelo
programa sejam expostos aos monitores de maneira simples e informativa.
Dados que se provam úteis favorecem a continuidade e seriedade da coleta de
dados.
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Meta 1 e 2
Relativo a eficácia quanto ao monitoramento realizado, esta pode ser
confirmada através da comparação entre o número de embarcações ativas
(Tabela 3) e o número de embarcações/pescadores que participaram do
programa, através do fornecimento de informações referentes à produção e
esforço pesqueiro (Tabela 5), resultando nos percentuais apresentados na
Tabela 6. Nota-se que de todas as comunidades monitoradas, apenas as
localidades de Canto dos Ganchos obteve um decréscimo no número de
embarcações/pescadores participantes no decorrer do monitoramento
(avaliação mensal). As demais comunidades obtiveram participações
relativamente estáveis ao longo de todo período; demonstrando que a
metodologia empregada conseguiu abranger suficientemente as embarcações
ativas (pescando). A queda observada para Canto dos Ganchos partiu de
concepções dos pescadores, que com a presença da Universidade e o seu
próprio envolvimento com o fornecimento de dados para o monitoramento,
esperavam que as soluções para os problemas fossem atingidas rapidamente,
e ao não observarem tais mudanças, acabavam por perder o interesse em
participar.
Segundo as informações obtidas e analisadas, oriundas da coleta de
dados pesqueiros de produção, constatou-se que a produção em um período
de 12 meses foi de 623.012 kg de pescado desembarcado (entre peixes,
crustáceos e moluscos) nas comunidades monitoradas do entorno da Baía de
Tijucas (Tabela 9). Para efeito comparativo com os registros oficiais de
produção do IBAMA, entre as referidas localidades, considerou-se o período
entre os meses de agosto de 2004 a julho de 2005.
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Meta 1 e 2
Tabela 9. Produção artesanal anual (2004/2005) registrada para as comunidades monitoradas no entorno da Baía de Tijucas.
Município Localidades Peixes Crustáceos Moluscos Bombinhas Canto Grande 61.270 29.791 57 Bombinhas Zimbros 131.214 114.237 596 Porto Belo Santa Luzia 8.649 71.805 2.095 Tijucas Barra do Rio 37.212 34.782 340
Governador Celso Ramos Canto dos Ganchos 3.649 43.161 4.035 Governador Celso Ramos Calheiros 232 21.582 1.105 Governador Celso Ramos Ganchos do Meio - 14.349 640 Governador Celso Ramos Ganchos de Fora 10.753 31.458 -
TOTAL 252.979 361.165 8.868
Para os anos de 1988 a 1999, o IBAMA dispõe de dados anuais das
produções pesqueiras artesanais por classe de pescados em determinados
municípios litorâneos do estado de Santa Catarina. Nesses anos, as coletas
dessas informações não abrangiam todos os municípios, e os que dispunham
de informações, nem sempre apresentaram uma série continua durante o
período citado. O IBAMA reconhece que a partir do ano de 1989 houve uma
grande perda de informações relativas à pesca artesanal, onde cidades
historicamente tradicionais na captura de grandes quantidades de crustáceos
(camarão sete-barbas principalmente) – Governador Celso Ramos, ficaram
fora do controle de desembarques. A partir do mês de dezembro de 1993, o
CEPSUL/IBAMA firmou convênio com a Federação dos Pescadores de Santa
Catarina – FEPESC, objetivando melhorar a cobertura na coleta de dados de
pesca artesanal no Estado. Os responsáveis pela coleta no município de
Bombinhas e Tijucas eram funcionários do IBAMA e em Porto Belo e
Governador Celso Ramos, a FEPESC, através de coletores selecionados pelas
Colônias de pescadores locais.
As tabelas 10, 11 e 12 apresentam os registros de produção controlada,
por classe de pescado, durante os anos de 1988 a 1998. Ressalta-se que para
Santa Luzia há registros de dados apenas para 1998, e para Canto dos
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1-39
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Meta 1 e 2
Ganchos e Ganchos de Fora para 1994 e 1995. As demais localidades de
Governador Celso Ramos (Ganchos do Meio e Calheiros) não foram
contempladas pelo IBAMA.
Para os grupos dos peixes (Tabela 10), de maneira geral, os dados
controlados pelo IBAMA superaram as produções monitoradas pelo projeto,
onde as localidades de Canto Grande, Santa Luzia e Barra do rio tiveram
registros sempre mais elevados. Porém para Zimbros, apenas em 1990,
1991, 1994 e 1996 foram registradas maiores produções. Para a localidade de
Canto Grande, o histórico das produções de peixes demonstra uma queda
significativa entre 1988 e 1992. Os baixos valores em 1992 e 1993 podem ser
decorrentes da criação da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, bem como
para a localidade de Zimbros em 1993, onde se obteve a menor produção
anual. O decreto da área de reserva foi instituído em 1990. Quando se iniciou
a fiscalização na Reserva, no ano de 1992, os pescadores foram surpreendidos
com a apreensão de seus petrechos de pesca, sendo autuados e muitas vezes
obrigados a pagar multas com valores muito acima do seu poder aquisitivo
(VIVACQUA, 2005). Mediante isso, é fato de que com a instituição e respectiva
fiscalização da Reserva, a captura de peixes por ambas as comunidades
situadas no município de Bombinhas tenha sofrido uma queda abrupta. Ainda
na década de 90, muitos pescadores de rede de emalhar deixaram a pesca e
passaram a atuar na atividade de maricultura. De acordo com Abreu (2006),
em Canto Grande essa atividade teve início no ano de 1990, seguida pela
localidade de Zimbros em 1993.
Outro aspecto importante de se considerar, refere-se ao deslocamento
de pequenas traineiras sediadas em Canto Grande e Zimbros, que passaram a
desembarcar suas produções na década de 90 na cidade de Itajaí, por essa
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Convênio MMA/FNMA n º 025/2003
Meta 1 e 2
possuir uma maior infra-estrutura de descarga e abastecimento (cais, destino
do pescado, insumos – gelo e óleo, etc.). Desta forma, os registros de baixa
produção obtidos através do monitoramento podem ser decorrente de todo
esse histórico.
Para as localidades de Governador Celso Ramos não consta registros
oficiais de produção de peixes. Tal fato não causa surpresa, uma vez que o
município é conhecido historicamente pela sua tradição na pesca do camarão.
Mesmo assim, o monitoramento implementado pelo projeto registrou capturas
esporádicas para Canto dos Ganchos e Calheiros; porém para a localidade de
Ganchos de Fora, detectou-se uma importante parcela de pescadores que
atuam na pesca de emalhe, principalmente durante a época da corvina,
totalizando 10.753 kg de peixes desembarcados durante o período de
monitoramento.
Tabela 10. Produções artesanais de peixes registradas nos boletins de desembarques pesqueiros do IBAMA/Cepsul durante os anos de 1998 a 1998 e a pelo monitoramento do Projeto Pesca Responsável – FNMA entre 2004 e 2005.
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
FNMA
04/05
Localidades
Peixes Canto Grande
567.109 212.923 104.343 95.829 69.502 87.995 112.381 93.419 128.126 145.293 101.654 61.270
Zimbros 100.714 83.182 287.330 134.400 119.787 52.080 137.091 66.876 210.166 67.403 60.590 131.214
Santa Luzia 22.635 - - - - - - - - - - 8.649
Barra do Rio
41.040 43.407 37.684 43.893 84.276 66.398 62.056 87.814 42.271 39.884 49.878 37.212
Canto dos Ganchos
- - - - - - - - - - - 3.649
Calheiros - - - - - - - - - - - 232
Ganchos do Meio
- - - - - - - - - - - -
Ganchos de Fora
- - - - - - - - - - - 10.753
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Meta 1 e 2
Relativo a produção camaroeira (Tabela 11), as comparações revelaram
o contrário do grupo dos peixes. Neste caso, em geral os dados obtidos pelo
monitoramento superaram os registros do IBAMA, onde para Zimbros, obteve-
se uma produção significativa, superando de 30 a 400% os valores oficiais ao
longo dos anos. Provavelmente, o acompanhamento mais detalhado, de
caráter diário, e com o envolvimento da maior parte das embarcações em
atividade tenha sido significativo nessa diferença.
Para a Barra do rio (Tijucas), apenas o registro oficial de 1992 superou
os dados do projeto; enquanto que Canto Grande manteve-se com poucas
oscilações. Santa Luzia e Ganchos de Fora também revelaram valores mais
expressivos com o monitoramento. Apenas Canto dos Ganchos ficou abaixo
dos dados oficiais. Nesse casso, o fornecimento de dados de produção pode
justificar tal discrepância, uma vez que nesta localidade obteve-se uma menor
cobertura de embarcações, cerca de 60%.
Os dados relativos à localidade de Ganchos do Meio devem ser
considerados com ressalvas, uma vez que não contemplam a realidade. Os
baixos valores são decorrentes de problemas na implementação do
monitoramento neste local. Para Ganchos do Meio o IBAMA não dispõe de
dados, sendo plausível de ter encontrado dificuldades de implementar uma
coleta sistemática nesta localidade também; uma vez que pela conhecida
tradição pesqueira, ela deveria ter sido inclusa na cobertura oficial do IBAMA.
Ressalta-se que a pesca nesta área está direcionada quase que
exclusivamente na captura de camarões (crustáceos).
A análise histórica da produção camaroeira para a Baía de Tijucas
demonstra que os valores mantêm-se ao longo dos anos, com pequenas
oscilações decorrentes das safras, ora mais expressivas, ora menos, atribuídas
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Meta 1 e 2
provavelmente a eventos específicos (temperaturas da água, massas d’água,
salinidade, disponibilidade de estoque desovante, mortalidade natural,
predação, etc.).
Com relação aos moluscos, a lula foi o principal pescado desembarcado
ao longo dos registros. A predominância das capturas de lulas é decorrente da
pescaria de linha e anzol, que utiliza o petrecho denominado Zangarilho.
Com base nos dados, nas localidades que houve controle de produção
pelo IBAMA, em geral os valores foram superiores ao do monitoramento, com
exceção dos anos de 1988, 1996, 1997 e 1998 para Zimbros e 1988, 1992,
1995 e 1997 para a Barra do rio. Destaca-se as produções obtidas para Santa
Luzia, Cantos dos Ganchos, Calheiros e Ganchos do Meio, através do
monitoramento implementado pelo Pesca Responsável, as quais não eram
abrangidas pelo controle oficial do IBAMA.
Tabela 11. Produções artesanais de crustáceos registradas nos boletins de desembarques pesqueiros do IBAMA/Cepsul durante os anos de 1998 a 1998 e pelo monitoramento do Projeto Pesca Responsável – FNMA entre 2004 e 2005.
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
FNMA
04/05
Localidades
Crustáceos Canto Grande
57.261 25.078 19.975 15.221 16.373 26.661 20.169 26.120 30.274 23.338 18.695 29.791
Zimbros 77.464 48.423 81.275 54.768 61.133 48.845 49.185 51.277 54.011 39.531 27.962 114.237
Santa Luzia 29.460 - - - - - - - - - - 71.805
Barra do Rio
13.288 23.083 17.332 18.106 40.802 18.012 11.092 14.995 16.217 18.075 12.691 34.782
Canto dos Ganchos
- - - - - - 67.831 76.321 211.357 89.082 173.01
1 43.161
Calheiros - - - - - - - - - - - 21.582
Ganchos do Meio
- - - - - - - - - - - 14.349
Ganchos de Fora
- - - - - - 4.506 10.103 - - - 31.458
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Tabela 12. Produções artesanais de moluscos registradas nos boletins de desembarques pesqueiros do IBAMA/Cepsul durante os anos de 1998 a 1998 e pelo monitoramento do Projeto Pesca Responsável – FNMA entre 2004 e 2005.
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
FNMA
04/05
Localidades
Moluscos Canto Grande
- 2.226 1.675 1.324 120 - - 3.118 2.689 - 635 57
Zimbros 163 2.964 4.902 3.403 2.828 2.997 7.220 2.320 480 249 492 596
Santa Luzia - - - - - - - - - - - 2.095
Barra do Rio
79 2.502 1.824 679 48 2.464 492 223 - 123 - 340
Canto dos Ganchos
- - - - - - - - - - - 4.035
Calheiros - - - - - - - - - - - 1.105
Ganchos do Meio
- - - - - - - - - - - 640
Ganchos de Fora
- - - - - - - - - - - -
V – CONCLUSÕES
A estruturação e a implementação do monitoramento participativo da
pesca através do projeto Pesca Responsável apresentou algumas
características que tornaram o acompanhamento das pescarias mais efetivo,
demonstrando grande relevância frente aos objetivos propostos inicialmente e
revelando uma estratégia de obtenção de informações de alto valor científico.
Além de informações quanto ao número de pescadores, número de
embarcações e petrechos de pesca, áreas utilizadas, espécies-alvo, esforço
empregado e produção pesqueira, toda a dinâmica da cadeia sócio-produtiva
foi contemplada. Porém, a partir da experiência obtida com o projeto Pesca
Responsável, dois pontos cruciais devem ser bem esclarecidos na elaboração
de um programa de monitoramento: o objetivo do monitoramento e a
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Meta 1 e 2
concepção de participação. Se a proposta é de um programa de coleta de
dados para subsidiar uma gestão participativa da pesca local, as informações
geradas necessitam e devem ter a participação dos atores, no caso, os
pescadores, enfatizando seu caráter comunitário.
A participação, por sua vez, não deve ser vista como o número de
pescadores aderidos a causa, e sim, como o conhecimento da ideologia e
metodologia em questão, onde as comunidades, especialmente os monitores,
devem ser vistos como agentes diretos do processo de gestão local. Neste
contexto, há a necessidade de se criar instrumentos que provoquem uma
maior sensibilização do pescador quanto ao monitoramento da atividade
pesqueira, de forma a favorecer a participação consciente.
A construção de metodologias participativas na pesca é um processo de
grandes mudanças, que exige tempo, capacidade de aprendizagem e
reorganização dos envolvidos, num processo complexo de tentativa e erro,
especialmente na pesca, onde há ainda muito o que se avançar e aprender
sobre a construção de processos participativos. E, logicamente, não menos
complexo de ser imaginado, é preciso ter em mente que essas mudanças
numa comunidade (ou território) ocorrem num horizonte de médio a longo
prazo, e na maioria das vezes, numa dinâmica de evolução bastante distinta
daquela pretendida pelos agentes externos. Há que se considerar também a
“sede” da comunidade em querer resultados de forma imediatista, prontas e
vinda de fora dela. Muitas vezes as instituições externas definem o seu tempo
de atuação conforme o período de financiamento dos projetos, que na maioria
das vezes é incompatível com o tempo necessário para o desencadeamento de
um processo efetivo, endógeno, numa comunidade.
Ao deparar-se com esta situação, é importante considerar que a
proposta não tenha sido inclusiva o suficiente para que os sujeitos da situação-
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1-45
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Meta 1 e 2
problema se sentissem parte do movimento, e desta maneira, acaba
dependente de um resultado imediato, exógeno e que não exija esforços
maiores de envolvimento dos atores locais.
Embora o monitoramento participativo tenha possibilitado o
envolvimento de boa parcela da comunidade, esta demonstrou uma falta de
compreensão entre monitoramento e resolução de problemas. Logo, ações
integradas com outras instituições para encaminhamentos ou até mesmo
resolução de problemas em curto prazo podem fortalecer a proposta de
monitoramento, associada, logicamente, ao esclarecimento quanto aos
“tempos” necessários para que o processo evolutivo: dados, informação,
conhecimento e tomada de decisão, aconteçam efetivamente.
Para que haja uma maior mobilização e consequentemente maior
participação do processo decisivo, observou-se que é de fundamental
importância o envolvimento direto e permanente de alguma das instituições
governamentais ligadas diretamente ao setor, cujo intuito principal desta
instituição seja o fomento da atividade; como exemplo cita-se a EPAGRI,
devido a neutralidade desta, principalmente para os pescadores, quanto ao
processo de fiscalização.
A contratação de dois técnicos de ambos os sexos para atuarem como
extensionistas também foi fundamental, uma vez que o apoio e suporte
necessário aos monitores e pescadores foi constantemente fornecido através
do esclarecimento de dúvidas quanto ao projeto, bem como referente ao
contexto da pesca a nível local, estadual e nacional.
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Meta 1 e 2
VI – RECOMENDAÇÕES
De acordo com o Código de Conduta da FAO (1995), a ausência de
informações científicas adequadas, deveria ser motivo para que se iniciem
atividades de investigação o quanto antes. Os Estados e as organizações
internacionais pertinentes deveriam promover e aumentar a capacidade de
investigação nos setores de coleta e análise de dados, a ciência e a tecnologia,
o desenvolvimento dos recursos humanos e a prestação de meios de
investigação, a fim de que possam participar de maneira eficaz na
conservação, ordenamento e uso sustentável dos recursos aquáticos vivos. Os
Estados também deveriam velar para que se coletem estatísticas atualizadas,
completas e fidedignas sobre capturas e esforço de pesca e se mantenham de
acordo com as normas e práticas internacionais pertinentes, com suficiente
detalhe para permitirem análises estatísticas rigorosas, com dados atualizados
periodicamente. E ainda, os Estados deveriam promover a utilização dos
resultados da investigação como base para estabelecer os objetivos de
ordenamento, os pontos de referência e os critérios de comportamento, assim
como assegurar a devida integração entre a investigação aplicada e o
ordenamento pesqueiro.
Mediante essas premissas, recomenda-se:
• criar parcerias entre as instituições responsáveis pela gestão e
ordenamento da pesca, independente de seu nível hierárquico (ou seja,
desde associações de pescadores, colônias de pescadores, secretarias
municipais, órgãos de extensão pesqueira até instituições como o IBAMA
e a SEAP), de forma que todas estas instituições assegurem a inserção
local das informações da atividade, entre outras medidas necessárias a
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1-47
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Meta 1 e 2
sustentabilidade da mesma, visando a elaboração de um sistema
unificado que permita que todas estas possam usufruir;
• divulgar a necessidade de um maior “investimento” por parte de todos
os envolvidos quanto à aplicação de metodologias de coleta de dados
semelhantes a utilizada pelo projeto Pesca Responsável, buscando
sempre uma maior mobilização e compreensão dos pescadores quanto a
real importância dos mesmos no processo de gerenciamento pesqueiro,
considerando principalmente a sustentabilidade sócio-ambiental.
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Meta 1 e 2
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, W. A. 2006. Diagnóstico da Malacocultura no Município de Bombinhas.
Monografia apresentada ao curso de graduação em Ciências Econômicas.
Universidade Federal de Santa Catarina. SC.
BONILHA, L. E. C.; POLETTE, M.; MATAREZI, J. ARAÚJO, I. A. 1999.
Implementação de um programa de Monitoramento Ambiental Voluntário na
Zona Costeira: aspectos metodológicos e estudo de caso: Programa Olho Vivo.
Revista de Estudos Ambientais, 1 (2): 59-70.
FAO. 1995. Código de Conduta para uma Pesca Responsável. Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Roma.
IBAMA/CEPSUL. 1994. Informe sobre os desembarques controlados de
pescados no Estado de Santa Catarina, nos anos de 1988-1992. Itajaí, SC.
IBAMA/CEPSUL. 1994. Desembarques Controlados de Pescados – Estado de
Santa Catarina – 1993, Itajaí, SC. Coleção Meio Ambiente. Série Estudos -
Pesca, nº 14. Brasília.
IBAMA/CEPSUL. 1997. Desembarques Controlados de Pescado no Estado de
Santa Catarina, 1994. Itajaí, SC.
IBAMA/CEPSUL. 1998. Informe da Pesca Extrativa Marinha em Santa Catarina
de 1995 a 1996. Itajaí, SC, 1998.
Pesca Responsável na Baía de Tijucas Encarte 1 Pág.
1-49
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Meta 1 e 2
IBAMA/CEPSUL. 1999. Informe da Pesca Extrativa Marinha em Santa Catarina
de 1997. Itajaí, SC.
IBAMA/CEPSUL. 2000. Informe da Pesca Extrativa Marinha em Santa Catarina
de 1998. Itajaí, SC.
VIVACQUA, M. Conflitos socioambientais no litoral de Santa Catarina: o caso
da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. 2005. Florianópolis, 2005. 112 p.
Dissertação – Programa de Pós-graduação em Sociologia Política, UFSC.
Pág. 1-50 Encarte 1 Pesca Responsável na Baía de Tijucas
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Meta 1 e 2
ANEXOS
ANEXO 1.1. FORMULÁRIOS UTILIZADOS NO MONITORAMENTO
PESQUEIRO.
ENTREVISTA SOBRE A PESCARIA
Localidade: __________________________ Embarcação: _____________________________
Data de Saída: ____ /____/____ Hora ___________________
Data de Chegada: ____ /____/____ Hora _________________
Tipos de pesca: ( ) Arrasto camarão ( ) Arrasto parelha ( ) Rede fixa ( ) Rede de caceio
( ) Caça de malha ( ) Linha de mão ( ) Espinhel ( ) Zangarilho ( ) Arrasto de praia ( ) Tarrafa (
)outros ___________________
Locais em que pescou: ___________________________________________________________
Tipo de pesca Espécie Quantidade (Kg) Destino Valor por Kg
Destino: (1) peixaria; (2) venda direta; (3) beneficiamento terceiros; (4) beneficiamento próprio; (5) consumo próprio; (6) descarte; (7) restaurante. Pescadores no barco: ______ / Consumo de combustível: _____ litros / Gelo: _____kg
Arrasto: Tempo total de arrasto: _______horas / Número de lances: ________
Rede fixa: Tempo da rede na água: ______h /Comprimento da rede: ______metros
Rede de caceio: Tempo da rede na água: ______h /Comprimento da rede: ______metros
Linha de mão/espinhel: Quantidade de linhas: ______Quantidade de anzóis por linha: ______
Tempo e mar predominante durante a pescaria Condições do tempo: ( ) Chuva ( )Nublado ( ) Ensolarado
Direção do Vento: ______ Intensidade: ( ) Forte ( ) Moderado ( )Fraco
Condições do Mar: ( ) Agitado ( ) Moderado ( ) Calmo
Direção da Maré: ______ Intensidade: ( )Forte ( ) Moderada ( )Fraca
Cor da água: ( ) Escura ( ) Clara
Nome do coletor: ___________________________ Assinatura: ________________________
Pesca Responsável na Baía de Tijucas Encarte 1 Anexo 1.1
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Meta 1 e 2
REGISTRO DE PRODUÇÃO
Localidade: _______________________________________ Mês:
_____________________ Ano: _____________
Nome do coletor: ________________________ Assinatura: ______________________
Dia Embarcação Tipo de pesca Espécie Quantidade
Pág. 1-52 Encarte 1 Pesca Responsável na Baía de Tijucas
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Meta 1 e 2
ANEXO 1.2. REGISTROS FOTOGRÁFICOS ILUSTRATIVOS DA META 2.
Pesca Responsável na Baía de Tijucas Encarte 1 Anexo 1.2
_________________________________________________________________________________
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Meta 1 e 2
Anexo 1.2 Encarte 1 Pesca Responsável na Baía de Tijucas
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Meta 1 e 2
Pesca Responsável na Baía de Tijucas Encarte 1 Anexo 1.2
_________________________________________________________________________________
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Meta 1 e 2
Anexo 1.2 Encarte 1 Pesca Responsável na Baía de Tijucas
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Meta 1 e 2
Pesca Responsável na Baía de Tijucas Encarte 1 Anexo 1.3
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Meta 1 e 2
ANEXO 1.3. BOLETINS DE PRODUÇÃO PESQUEIRA.
Anexo 1.4 Encarte 1 Pesca Responsável na Baía de Tijucas
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Meta 1 e 2
ANEXO 1.4. DINÂMICA DA FROTA.
DINÂMICA DA FROTA (Número de embarcações ativas) e FONTE DE DADOS (Número de embarcações cadastradas, de embarcações com informção e de registros) POR LOCALIDADES DA BAÍA DE TIJUCAS -
SC DE JUNHO DE 2004 A JULHO DE 2005
PROJETO PESCA RESPONSÁVEL NA BAÍA DE TIJUCAS
Junho 2004Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarc ações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 46 10 10 61
G. do Meio 22 12 11 101
G. de Fora 19 15 15 135
Tijucas 51 41 41 351
Sta. Luzia 39 38 34 522
Zimbros 71 52 52 273
Canto Grande 45 33 33 208
TOTAL 293 201 196 1651
Número de Embarcações CadastradasTotal = 293
71
4539
51
1922
46
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de RegistrosTotal = 1651
61101
135
351
522
273208
0
100
200
300
400
500
600
C. dosGanchos
G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com InformaçõesTotal = 196
10 11 15
4134
52
33
0
20
40
60
C. dosGanchos
G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações Ativas (pescando)Total = 201
10 12 15
41 38
52
33
0
20
40
60
C. dosGanchos
G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Julho 2004Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 48 30 14 37
G. do Meio 22 0 0
G. de Fora 19 7 7 15
Tijucas 51 31 31 210
Sta. Luzia 40 34 32 326
Zimbros 71 28 45 162
Canto Grande 45 20 20 138
TOTAL 296 150 149 888
Embarcações com informaçõesTotal = 149
14
0
7
31 32
45
20
0
10
20
30
40
50
C. dosGanchos
G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Embarcações Ativas (pescando)Total = 150
30
7
3134
28
20
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de RegistrosTotal = 888
370 15
210
326
162138
0
50
100
150
200
250
300
350
C. dosGanchos
G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de Embarcações CadastradasTotal = 296
48
22 19
5140
71
45
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Agosto 2004Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 49 32 21 142G. do Meio 45 35 26 130G. de Fora 31 22 22 102Calheiros 10 4 4 29
Tijucas 53 28 29 278Sta. Luzia 40 29 28 336Zimbros 73 35 40 180
Canto Grande 45 14 14 97
TOTAL 346 199 184 1294
Embarcações Ativas (pescando)Total = 199
3235
22
4
28 29
35
14
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
G. do Meio G. de Fora Calheiros Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 184
2126
22
4
29 28
40
14
0
10
20
30
40
50
C. dosGanchos
G. do Meio G. de Fora Calheiros Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de RegistrosTotal = 1294
142 130102
29
278
336
180
97
0
50
100
150
200
250
300
350
400
C. dosGanchos
G. do Meio G. de Fora Calheiros Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de Embarcações CadastradasTotal = 346
49 45
31
10
53
40
73
45
01020304050607080
C. dosGanchos
G. doMeio
G. deFora
Calheiros Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Setembro 2004Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 50 33 22 140
Calheiros 10 4 4 18
G. do Meio 46 31 28 82
G. de Fora 32 17 16 91
Tijucas 57 26 26 211
Sta. Luzia 41 29 28 233
Zimbros 67 33 33 155
Canto Grande 45 13 13 108
TOTAL 348 186 170 1038
Embarcações ativas (pescando)Total = 186
33
4
31
17
2629
33
13
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 170
22
4
28
16
26 2833
13
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de registrosTotal = 1038
140
18
82 91
211233
155
108
0
50
100
150
200
250
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 348
50
10
46
32
57
41
67
45
0
10
20
30
40
50
60
70
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Outubro 2004Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 51 31 26 174
Calheiros 10 3 3 34
G. do Meio 46 29 11 113
G. de Fora 32 14 14 70
Tijucas 59 24 24 257
Sta. Luzia 40 28 26 191
Zimbros 74 24 22 112
Canto Grande 45 18 18 123
TOTAL 357 171 144 1074
Embarcações ativas (pescando)Total = 171
31
3
29
14
2428
24
18
0
5
10
15
20
25
30
35
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 144
26
3
1114
2426
22
18
0
10
20
30
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de registrosTotal = 1074
174
34
113
70
257
191
112 123
0
50
100
150
200
250
300
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 357
51
10
46
32
59
40
74
45
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Novembro 2004Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 51 25 20 69
Calheiros 10 5 5 18
G. do Meio 47 39 22 71
G. de Fora 32 14 13 91
Tijucas 55 37 37 323
Sta. Luzia 40 30 27 174
Zimbros 74 33 22 136
Canto Grande 45 11 10 96
TOTAL 354 194 156 978
Embarcações ativas (pescando)Total = 194
25
5
39
14
37
3033
11
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 156
20
5
22
13
37
27
22
10
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de registrosTotal = 987
69
18
7191
323
174136
96
0
50
100
150
200
250
300
350
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 354
51
10
47
32
55
40
74
45
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Dezembro 2004Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 51 19 16 122
Calheiros 10 7 6 30
G. do Meio 47 33 17 61
G. de Fora 33 13 13 58
Tijucas 57 34 33 287
Sta. Luzia 40 32 27 173
Zimbros 74 41 22 126
Canto Grande 45 8 8 78
TOTAL 357 187 142 935
Embarcações ativas (pescando)Total = 187
19
7
33
13
34 32
41
8
05
1015202530354045
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 142
16
6
1713
33
27
22
8
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de registrosTotal = 935
122
3061 58
287
173
126
78
0
50
100
150
200
250
300
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 357
51
10
47
33
57
40
74
45
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Janeiro 2005Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 51 20 14 75
Calheiros 10 8 5 25
G. do Meio 47 25 17 47
G. de Fora 33 12 11 38
Tijucas 59 31 31 313
Sta. Luzia 40 34 30 198
Zimbros 73 48 34 257
Canto Grande 45 12 12 128
TOTAL 358 190 154 1081
Embarcações ativas (pescando)Total = 190
20
8
25
12
3134
48
12
0
10
20
30
40
50
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 154
14
5
17
11
31 3034
12
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de registrosTotal = 1081
75
2547 38
313
198
257
128
0
50
100
150
200
250
300
350
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 358
51
10
47
33
59
40
73
45
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Fevereiro 2005Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 51 28 12 73
Calheiros 11 6 6 58
G. do Meio 47
G. de Fora 34 20 20 160
Tijucas 59 34 34 314
Sta. Luzia 40 33 30 183
Zimbros 73 47 38 256
Canto Grande 45 11 11 121
TOTAL 360 179 151 1165
Número de registrosTotal = 540
73 58
160
314
183
256
121
0
50
100
150
200
250
300
350
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 388
51
11
47
34
59
40
73
45
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações ativas (pescando)Total = 258
28
6
20
34 33
47
11
0
10
20
30
40
50
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 228
12
6
20
3430
38
11
0
10
20
30
40
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Março (Defeso) 2005Local n de cadastros num. de registros Acumulado dias de pe sca-embarcações
C. dos Ganchos 51 24
Calheiros 11 3 6
G. do Meio 47 1 60
G. de Fora 34 50 51
Tijucas 59 203 206
Sta. Luzia 40 26 91
Zimbros 73 190 203
Canto Grande 45 47 51
TOTAL 360 544 668
Número de registrosTotal = 544
243 1
50
203
26
190
47
0
50
100
150
200
250
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 360
51
11
47
34
59
40
73
45
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Abril (Defeso) 2005Local n de cadastros num. de registros Acumulado dias de pe sca-embarcações
Canto dos Ganchos 51 17 397
Calheiros 12 13 18
Ganchos do Meio 56 0
Ganchos de Fora 34 46 115
Tijucas 66 191 192
Sta. Luzia 51 21 47
Zimbros 73 202 219
Canto Grande 45 50 50
TOTAL 388 540 1038
Número de registrosTotal = 540
17 13 046
191
21
202
50
0
200
400
Canto dosGanchos
Calheiros Ganchos doMeio
Ganchos deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 388
51
12
56
34
66
51
73
45
0
20
40
60
80
Canto dosGanchos
Calheiros Ganchos doMeio
Ganchos deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Maio (Defeso) 2005Local n de cadastros num. de registros Acumulado dias de pe sca-embarcações
Canto dos Ganchos 55 21 363
Calheiros 13 17 27
Ganchos do Meio 56
Ganchos de Fora 34 37 124
Tijucas 66 124 124
Sta. Luzia 51 11 188
Zimbros 75 231 263
Canto Grande 50 52 164
TOTAL 400 493 1253
Número de registrosTotal = 493
21 1737
124
11
231
52
0
50
100
150
200
250
Canto dosGanchos
Calheiros Ganchos doMeio
Ganchos deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 400
5513
5634
66 5175
50
0
100
200
300
400
Canto dosGanchos
Calheiros Ganchos doMeio
Ganchos deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Junho 2005Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 55 51 27 158
Calheiros 12 7 7 66
G. do Meio 58
G. de Fora 35 26 26 276
Tijucas 56 37 37 298
Sta. Luzia 47 45 41 245
Zimbros 75 56 54 818
Canto Grande 52 36 36 277
TOTAL 390 258 228 2138
Embarcações ativas (pescando)Total = 258
51
7
26
37
45
56
36
0
20
40
60
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 228
27
7
26
3741
54
36
0
20
40
60
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de registrosTotal = 2138
15866
276 298245
818
277
0
150
300
450
600
750
900
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 390
55
12
58
35
5647
75
52
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Julho 2005Local n de cadastros embarcações ativas (pesca) embarcações com informações (planilhas) num. de registros
C. dos Ganchos 55 51 14 152
Calheiros 12 6 6 26
G. do Meio 58
G. de Fora 35 16 16 71
Tijucas 59 33 32 295
Sta. Luzia 51 41 33 107
Zimbros 77 54 52 513
Canto Grande 52 21 23 112
TOTAL 399 222 176 1276
Embarcações ativas (pescando)Total = 222
51
6
16
33
41
54
21
0
20
40
60
C. dosGanchos
Calheiros G. doMeio
G. deFora
Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Embarcações com informaçõesTotal = 176
14
6
16
32 33
52
23
0
20
40
60
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de registrosTotal = 1276
15226 71
295
107
513
112
0
300
600
900
1200
1500
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N
Número de embarcações cadastradasTotal = 399
55
12
58
35
5951
77
52
0
20
40
60
80
C. dosGanchos
Calheiros G. do Meio G. de Fora Tijucas Sta. Luzia Zimbros CantoGrande
Localidade
N