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Indicadores de Morbimortalidade Epidemiologia

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Page 1: ebook Indicadores de Morbimortalidade

Indicadores de Morbimortalidade

Epidemiologia

Page 2: ebook Indicadores de Morbimortalidade

MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA

● O processo saúde-doença dos indivíduos é bastante complexo e se dá a partir de diversos fatores

● Alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais estão previstos na Constituição Federal de 1988 como alguns determi-nantes em saúde

● Além disso, esses fatores são combinados com as características de cada indivíduo, como raça, sexo, idade e genética e com as peculiaridades dos agentes etiológicos das doenças, como morfologia, infectividade e pato-genicidade

● A epidemiologia consiste no estudo da distribuição das doenças nas po-pulações, levando em considerações todos os fatores citados anterior-mente, através da análise de 3 principais eixos: a Clínica, a Estatística e a Medicina Social

● A Clínica aborda o conhecimento de como a saúde e a doença se compor-tam nos indivíduos

● A Estatística transforma esses fatores em dados para analisá-los no cole-tivo

● A Medicina Social conhece o modo pelo qual a saúde e a doença dos in-divíduos se relacionam com o meio social em que estão inseridos

● O objetivo da epidemiologia é propor medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, assim como contribuir para o plane-jamento, administração e avaliação das ações de saúde

INDICADORES DE MORBIMORTALIDADE

COEFICIENTES

● Medem o risco ou a probabilidade que qualquer pessoa da população tem de vir a adoecer ou morrer, em determinado local e ano

● A unidade numérica presente no numerador é diferente da presente no denominador

COEFICIENTE DE MORBIDADE

● Mede o risco de uma pessoa adoecer em um determinado local e ano

Page 3: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● Permite localizar os principais problemas de saúde de uma determinada localidade, permitindo um planejamento para prevenção e controle dos fatores de risco

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdecasosdeumadoençanotempoXenolugarY

populaçãodaáreanomesmoperíodo × 10:

Coeficiente de Prevalência

● Mede a frequência de uma doença no atual momento ● Indica a relação entre o número de casos existentes de uma determinada

doença e a população, num determinado momento no tempo, indepen-dente de serem casos novos ou antigos

● Ele mostra a situação existente em um determinado momento conside-rando todos os casos registrados, em acompanhamento e em tratamento

● Pode ser calculado e analisado em diferentes momentos no tempo, per-mitindo ações em situação de risco

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdecasosconhecidosdetaldoençanotempoXenolugarY

populaçãodaáreanomesmoperíodo × 10:

● Situações como número de novos casos diagnosticados, imigração de do-entes e diminuição da mortalidade por doenças crônicas podem aumentar esse coeficiente

● O aumento do número de óbitos de determinado agravo, o aumento per-centual de pacientes curados e a emigração de doentes podem diminuir esse coeficiente

● A prevalência que foi tratada aqui se refere à prevalência instantânea, que é a medida em um momento no tempo, mas também há a prevalência por período (ou lápsica), que consiste em uma medida em um intervalo de tempo, levando em consideração os óbitos, curas e emigrações, que a pre-valência instantânea não considera

● A prevalência é igual ao número total de casos de um agravo e ela difere do coeficiente de prevalência, que é igual à relação entre o total de casos de um agravo e a população exposta, porém, muitas vezes esses 2 termos são muito usados como sinônimos

Page 4: ebook Indicadores de Morbimortalidade

COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA

● Mede a frequência de casos novos de uma determinada doença em de-terminado local e tempo

● Traduz a ideia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população, mede a frequência de uma doença no tempo

● Permite medir a progressão ou regressão de uma doença através do nú-mero de casos novos que surgem a cada momento

● O coeficiente de incidência pode ser calculado em períodos de tempo va-riáveis

● Entre os coeficientes de morbidade, é o melhor para avaliar o risco de ado-ecer por um determinado agravo

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdecasosnovosdetaldoençanotempoXenolugarY

população(exposta)daáreanomesmoperíodo × 10:

● Também há uma fórmula relacionando o tempo de doença, prevalência e incidência, porém, para que sejam válidos, os coeficientes de incidência e a duração do agravo deve ser constante ao longo de anos, a fórmula con-siste em Prevalência = Incidência x Duração

● Incidência é igual ao número de casos novos de um agravo ● Já o coeficiente de incidência é igual à relação entre o número de casos

novos de um agravo e a população exposta, porém, os 2 termos são mui-tas vezes usados como sinônimos

● Quando a incidência é usada para avaliação de surtos epidêmicos ela se chama coeficiente de ataque

● O coeficiente de ataque secundário é a razão entre o número de casos novos surgidos após o contato com o caso-índice e o número total de con-tatos com o caso-índice, o resultado deve ser expresso em percentual

COEFICIENTE DE LETALIDADE

● Avalia a capacidade que uma determinada doença possui de causar a morte em pessoas acometidas por ela, medindo, dessa forma, a gravidade da doença

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosportaldoençanotempoXenolugarYnºdedoentesdetaldoençanamesmaáreaeperíodo × 100

Page 5: ebook Indicadores de Morbimortalidade

COEFICIENTE DE MORTALIDADE

● Os coeficientes de mortalidade medem a probabilidade que qualquer pes-soa da população tem de morrer, em determinado local e ano

● Alguns deles são: ○ Coeficiente de mortalidade geral (probabilidade de morrer em

uma dada população, região e ano) ○ Coeficiente de mortalidade infantil (probabilidade de uma criança

menor de 1 ano morrer) ○ Coeficiente de mortalidade geral por causas (probabilidade das

pessoas de uma dada população morrerem por determinadas do-enças)

● Esses coeficientes sofrem variações e podem ser calculados por faixa etá-ria e sexo, possibilitando análises mais específicas da realidade de saúde

● Por exemplo, o coeficiente de mortalidade infantil pode ser desmembrado em: ○ Coeficiente de Mortalidade Infantil Precoce ou Neonatal ○ Coeficiente de Mortalidade Infantil Tardia ou Pós-Neonatal ○ Coeficiente de Mortalidade Perinatal ○ Coeficiente de Natimortalidade

● Cada um desses coeficientes tem importância na organização de um sis-tema de saúde

COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL

● Mede a probabilidade que qualquer pessoa da população tem de morrer, em determinado local e ano

● Ele depende do número de óbitos e da população da área que se estuda ● O cálculo é realizado da seguinte forma:

nºdeóbitosnotempoXenolugarYpopulaçãonamesmaáreaeperíodo × 10

:

● Esse coeficiente se refere a frequência anual de mortes ● A taxa bruta de mortalidade é influenciada pela estrutura da população

quanto à idade e sexo ● Taxas elevadas podem estar relacionadas a baixas condições socioeco-

nômicas ou demonstrar uma elevada proporção de pessoas idosas na po-pulação total

Page 6: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● Esse coeficiente também permite analisar as variações geográficas e tem-porais da mortalidade, o cálculo do crescimento vegetativo ou natural da população e contribui para estimação do componente migratório da vari-ação demográfica

● A média do coeficiente de mortalidade geral entre os países se encontra entre 7 e 10 mortes/1.000 habitantes/ano

● O problema desse coeficiente é a dificuldade de comparação entre 2 re-giões, devido à variação da faixa etária, por isso é necessário padronizar os coeficientes

● Para ser feita, deve ter uma distribuição desigual de uma dada caracterís-tica em 2 ou mais populações que estejam sendo analisadas

● A padronização torna a comparação mais real

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR CAUSAS ● Mede o risco que uma pessoa de determinada população tem de morrer

por uma determinada doença ou por um agrupamento de causas ● O O cálculo é realizado da seguinte forma:

nºdeóbitosportaldoençanotempoXenolugarYpopulaçãodamesmaáreaeperíodo × 10:

● Também se pode ser mais específico, podendo investigar um grupo de causas, associada a um sexo ou uma faixa etária

COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA

● Este coeficiente reúne as mortes em mulheres grávidas devido às compli-cações de gravidez, parto, puerpério e abortos

● Este indicador mede o risco de morte por essas complicações, avaliando a cobertura da qualidade da assistência à mulher gestante

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosporcausasmaternas

nascidosvivos × 10:

● Nesse caso, o denominador não é a população exposta, e sim o número de nascidos vivos, que é a medida que permite estimar o número total de mulheres grávidas no período

Page 7: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● No Brasil, esse indicador chega a 58 mortes por 100.000 nascidos vivos, comparado outros países como Cuba, com 45,2, Estados Unidos, com 9,6 e Suécia, com apenas 1 morte a cada 100.000 nascidos vivos

● A morte materna é definida como a morte de uma mulher durante a ges-tação ou dentro de 42 após o término da gestação, independente da du-ração ou da localização da gravidez, decorrente de qualquer causa relaci-onada com a gravidez, excluindo somente causas acidentais ou inciden-tais

● Esse coeficiente pode ser dividido em mortes obstétricas diretas, indiretas e tardia

● As mortes obstétricas diretas resultam de complicações obstétricas na gravidez, parto e puerpério, decorrentes a intervenções, omissões ou tra-tamento incorreto, representando 70-80% dos óbitos maternos

● As mortes obstétricas indiretas resultam de doenças existentes antes da gravidez ou que se desenvolveram durante a gravidez, não devidas a cau-sas obstétricas diretas, mas que foram agravadas pelos efeitos fisiológi-cos da gravidez, representando 20-30% dos óbitos maternos

● As mortes maternas tardias consistem na morte de uma mulher por cau-sas obstétricas diretas ou indiretas mais de 42 dias, mas menos de um ano após o término da gravidez

● Além disso, o Ministério da Saúde, em 2013, também incluiu nas causa de morte materna, as decorrentes de acidentes e violências durante o pu-erpério, desde que se prove que há relação entre a causa externa e o de-senvolvimento da gravidez, parto ou puerpério

● Esse coeficiente consiste na frequência de óbitos femininos atribuídos a causas ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério, em relação ao total de nascidos vivos

● Ele demonstra a qualidade da assistência à saúde da mulher e taxas ele-vadas desse coeficiente estão relacionadas à má condições nos serviços oferecidos

● Esse coeficientes está muito atrelado à atenção básica, sendo parte da estratégia do Ministério da Saúde

● Seus pontos desfavoráveis são a imprecisão na declaração da causa de óbitos maternos, podendo comprometer sua compactuação com a reali-dade

Page 8: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● As diferentes definições de morte materna também podem prejudicar as comparações com outros dados

● O coeficiente de mortalidade materna entre os estados brasileiros entre 1997-1998 por 100.000 nascidos vivos estava entre 44-86

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS

● Esse coeficiente representa o número de óbitos por causas externas, ou seja, acidentes e violências, por 100.000 habitantes na população resi-dente em determinado espaço e ano considerados

● As principais causas externas de óbito são acidentes de transporte, suicí-dios, homicídios, incluindo intervenções legais e causas de intenção

● Esse indicador estima o risco de morte por causas externas ● Taxas elevadas de mortalidade estão relacionadas com a maior prevalên-

cia de fatores de risco específicos para cada tipo de causa externa ● Variações das taxas de mortalidade específicas também podem estar re-

lacionadas com a qualidade da assistência médica disponível ● Esse coeficiente permite analisar variações geográficas e temporais da

mortalidade específica por causa externas, servir de base para o planeja-mento de medidas preventivas e assistenciais relativas às causas externas de óbito

● Apesar de ser muito útil, as bases de dados nacionais sobre mortalidade não abrangem muitos municípios do país

● Imprecisões na declaração da causa de morte acabam aumentando a pro-porção de causas externas do tipo ignorado, assim como a presença da descrição da natureza da lesão ao invés de haver a causa básica da morte

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosderesidentesporcausasexternas

populaçãototalresidenteajustadaaomeiodoano × 100.000

● No Brasil, entre 2001 e 2013 houve um aumento na taxa de mortalidade por causas externas em todas as regiões, exceto na região Sudeste, que diminuiu de 82,8 para 66 por 100.000 habitantes, com acentuada sobre-mortalidade masculina

● Atualmente, a taxa brasileira está aproximadamente 72,4 por 100.00 ha-bitantes

● Entre as causas externas, a principal causa de mortalidade são as agres-sões seguidas pelos acidentes de transporte

Page 9: ebook Indicadores de Morbimortalidade

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR NEOPLASIAS MALIGNAS

● Esse coeficiente é o número de óbitos por neoplasias malignas, por 100.000 habitantes, na população residente em determinado espaço ge-ográfico, em um ano considerado

● As principais localizações primárias de neoplasias malignas que contri-buem para esse coeficiente são pulmão, traqueia e brônquios, estômago, cólon, junção retossigmoide, reto e ânus, mama feminina e próstata

● Esse indicador permite estimar o risco de um indivíduo morrer em decor-rência de uma neoplasia maligna

● Altas taxas desse indicador estão relacionadas ao envelhecimento da po-pulação e a maiores taxas de incidência da doença neoplásica

● Dessa forma, a incidência está associadas a fatores de risco para neopla-sias, como dietéticos, comportamentais, ambientais e genéticos

● A mortalidade também é influenciada pela concentração de tipos mais graves de neoplasias e também estão associadas às condições assisten-ciais disponíveis, principalmente para o diagnóstico e tratamento

● Esse coeficiente permite analisar variações geográficas e temporais na mortalidade por neoplasias malignas, além de servir de base para os pla-nejamentos em saúde voltados para ações preventivas e assistenciais re-ferente às neoplasias malignas

● No entanto, as bases de dados nacionais não possuem cobertura em mui-tos municípios brasileiros, prejudicando a quantificação deste indicador

● Além disso, as imprecisões nas declarações de óbito da causa da morte podem acabar levando ao aumento da proporção de óbitos por causa mal definidas

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosderesidentesporneoplasiamaligna

populaçãototalderesidentesajustadaaomeiodoano × 100.000

● As neoplasias mais comuns no sexo masculino foram (retirando o câncer de pele não melanoma): próstata, pulmão e cólon, junção retossigmoide, reto e ânus, nesta ordem

● As principais neoplasias causadoras de morte no sexo masculino são: pul-mão, próstata e estômago, nesta ordem

● No sexo feminino, as principais neoplasias são (retirando o câncer de pele não melanoma): mama, cólon, junção retossigmoide, reto e ânus e colo de útero, nesta ordem

Page 10: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● As principais neoplasias causadoras de morte no sexo masculino são: mama, pulmão e cólon, junção retossigmoide, reto e ânus, nesta ordem

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR AFECÇÕES ORIGINADAS NO PERÍ-ODO PERINATAL

● Tem o objetivo de medir o número de óbitos por afecções originadas no período perinatal, em menores de 1 ano de idade, por 1.000 nascidos vi-vos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado

● Esse coeficiente estima o risco de morte por afecções originadas no perí-odo perinatal, durante o 1º ano de vida

● Altas taxas desse coeficiente demonstram baixos níveis socioeconômicos e insatisfatórias condições assistenciais com a mãe e ao recém-nascido

● O cálculo é realizado da seguinte forma:

nºdeóbitosderesidentes < 1anodeidadeporafecçõesdoperíodoperinatalnºdenascidosvivosdemãesresidentes × 100.000

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR IDADE

COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL

● Esse coeficiente mede a probabilidade de uma criança morrer antes de completar 1 ano de idade a cada 1.000 nascidos vivos em um determi-nado local e ano

● É um indicador de saúde sensível que permite avaliar as condições de vida e saúde de uma comunidade

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemmenoresde1ano

nºdenascidosvivos × 1.000

● No Brasil, no ano de 1996, o coeficiente de mortalidade infantil foi de 26,27 a cada 1.000, ou seja, morreram 26 crianças menores de 1 ano a cada 1.000 que nasceram vivos

● Esse coeficiente estima o risco de morte dos nascidos vivos durante seu primeiro ano de vida

● As taxas de mortalidade infantil são geralmente classificadas em altas (50 a cada 1.000 ou mais), médias (20-49) e baixas (menos de 20)

● Esse indicador deve ser periodicamente ajustado devido às mudanças no perfil epidemiológico

● Atualmente, vários países possuem esse valor abaixo de 10 a cada 1.000

Page 11: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● Quanto essa taxa está alta, indica que o componente pós-neonatal pre-domina e quando está baixa, indica que o componente de mortalidade ne-onatal precoce predomina

● Altas taxas de mortalidade infantil demonstram baixos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico e baixas taxas também podem en-cobrir más condições de vida em algum determinado segmento social

● Há uma tendência de diminuição da mortalidade infantil em todo o BRasil, demonstrando a melhoria das condições de vida, a diminuição da fecun-didade e o efeito de intervenções públicas na área da saúde

● Porém, essa taxa continua elevada, principalmente nas regiões Nordeste e Norte, estando em 33,2 e 23,5 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, res-pectivamente

COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEONATAL

● Essa taxa é um desdobramento do coeficiente de mortalidade infantil e contam somente os óbitos em crianças menores de 28 dias (até 27 dias) a cada 1.000 nascidos vivos em um determinado local e ano

● Quase todas as mortes nessa idade estão relacionadas às causas perina-tais e às anomalias congênitas (problemas de gestação, de parto, fatores maternos e problemas genéticos, congênitos)

● o objetivo deste indicador é saber como está a assistência ao parto, ava-liando o impacto disso nas ações de saúde no pré-natal, verificando difi-culdades no acompanhamento de casos nos primeiros dias de vida

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemmenoresde28dias

nºdenascidosvivos × 1.000

● No brasil, em 1996, o coeficiente de mortalidade infantil foi de 26 a cada 1.000, e o coeficiente de mortalidade infantil neonatal foi de 15 a cada 1.000, ou seja, das 26 mortes de menores de 1 ano que ocorreram, 15 foram na faixa dos menores de 28 dias, totalizando 58% da mortalidade infantil

COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEONATAL PRECOCE

● Essa taxa mede o número de óbitos entre as crianças na faixa de 0-7 dias (até o 6º dia) a cada 1.000 nascidos vivos em um determinado local e ano, permitindo visualizar melhor as taxas de mortes perinatais e avaliar a as-sistência ao parto

Page 12: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemmenoresde7dias

nºdenascidosvivos × 1.000

● No brasil, em 1996, o coeficiente de mortalidade infantil neonatal foi de 15 a cada 1.000, e o coeficiente de mortalidade infantil neonatal precoce foi de 12 a cada 1.000, ou seja, das 15 mortes de menores de 28 dias que ocorreram, 12 foram na faixa dos menores de 7 dias, totalizando 80% da mortalidade infantil neonatal

● As principais causas de morte nessa faixa envolvem as causa perinatais e as anomalias congênitas

● Esse coeficiente permite uma avaliação mais próxima da realidade refe-rente à assistência pré-natal, do acompanhamento do parto e das condi-ções gerais de vida da mãe da criança

● A mortalidade infantil precoce mostrou uma diminuição entre os anos de 1991-1998 na média nacional de 18,5 para 15,6, com uma maior dimi-nuição nas regiões Sul e Sudeste

● Importante ressaltar que os valores das regiões Norte e Nordeste, com 17,2 e 21,2, respectivamente, ainda são elevados, sendo o do Nordeste 2,6 vezes maior do que da região Sul

● Em 2013, a média nacional chegou a 7,5 por 1.000 nascidos vivos

COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEONATAL TARDIA

● Esse coeficiente é uma variação do coeficiente de mortalidade infantil e ele mede o número de óbitos em crianças na faixa etária entre 7 e 27 dias de vida completos a cada 1.000 nascidos vivos, na população residente em determinado espaço e ano determinado, permitindo identificar os pro-blemas mais relacionados à essa faixa

● O cálculo é realizado da seguinte forma:

nºdeóbitosemcriançasnafaixade7diasa27diasnºdenascidosvivos × 1.000

● No Brasil, em 1996, esse coeficiente foi de 3 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos

● Esse indicador apresentou um declínio no Brasil, entre 1991 e 1998, de 5,3 para 4,2 nesse período, exceto nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde as taxas aumentaram de 4,0 para 4,3 e de 3,4 para 3,6, respectiva-mente

Page 13: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● Na região Nordeste, mesmo com o declínio predominante nos valores, a taxa se apresentou em 5,8, em contrapartida, na Região Sul, esse coefici-ente estava 2,4 em 2013

● Porém, por estar mais relacionada com causas endógenas e à qualidade de atendimento médico, essa diminuição é mais lenta que a mortalidade pós-neonatal

COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL TARDIA OU PÓS-NEONATAL ● Esse coeficiente é mais uma variação no coeficiente de mortalidade infan-

til e ele mede o número de óbitos em crianças na faixa entre 28 dias até completar 1 ano de vida, ou seja, com 364 dias de vida completos por 1.000 nascidos vivos em uma população de um local e ano determinado

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemcriançasnafaixade28diasà1ano

nºdenascidosvivos × 1.000

● No Brasil, em 1996, este coeficiente era de 10 óbitos a cada 1.000 nasci-dos vivos nessa faixa etária

● Nesta faixa de idade, as anomalias congênita e genéticas são as principais causas de morte, seguidas pelas doenças respiratórias e logo após, pelas afecções do período perinatal, sendo as doenças infectoparasitárias a 4ª causa mais frequente

● Esse último dado reflete as melhorias nos serviços de saneamento básico e práticas de higiene no Brasil

● Segundo dados do IBGE, em 1999, 18,9% das crianças (entre 0 e 14 anos) viviam em domicílios sem saneamento de esgoto adequado, sendo que esse 10 anos depois, esse número caiu para 10, 9%

● Porém, as diferenças regiões também estão presentes aqui, pois, en-quanto na região Sudeste em 2009, o percentual de crianças com acesso a saneamento básico era de 4%, no Nordeste esse valor era 19,2%, mas comparado com o ano de 1999, quando apresentava 35%, a região Nor-deste vem melhorando

● No Brasil, esse coeficiente em 1996 era de 13,3, diminuindo para 7,58 em 2004, há um grande declínio da mortalidade pós-neonatal, mesmo que ainda existam diferenças marcantes entre as regiões do país

Page 14: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● Esse declínio decorre de diversos fatores, como o aumento da cobertura de saneamento básico, a melhoria nos níveis educacionais das mulheres e o maior acesso a ações de proteção da saúde infantil

COEFICIENTE DE MORTALIDADE PERINATAL

● Esse coeficiente mede as mortes no período perinatal (22 semanas com-pletas de gestação até o 7 dias completos após o nascimento) acrescido dos óbitos neonatais precoces (0 a 6 dias) a cada 1.000 nascidos totais (óbitos fetais mais nascidos vivos), em determinado espaço e ano deter-minado

● Ele permite uma avaliação mais precisa da assistência pré-natal, do acom-panhamento do parto e das condições de vida da mãe da criança

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdenascidosmortos + nºdeóbitosemmenoresde7dias

nºdenascidosvivos + nºdenascidosmortos × 1.000

● No Brasil, em 1996, este coeficiente era de 16 óbitos a cada 1.000 nasci-dos totais (óbitos fetais e nascidos vivos)

● Estimou-se que para 2013, que este valor seja de 17,9 por 1.000 nascidos vivos

COEFICIENTE DE NATIMORTALIDADE

● Esse coeficiente mede os natimortos (nascidos mortos), decorrentes de perdas fetais tardias

● Ele permite analisar melhor a assistência pré-natal, as condições de saúde e nutrição da mãe e os fatores fetais, como anomalias

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdenascidosmortos

nºdenascidosvivos + nºdenascidosmortos × 1.000

● No Brasil, em 1996, esse valor foi de 4 óbitos a cada 1.000 nascidos totais (natimortos e nascidos vivos)

COEFICIENTE DE MORTALIDADE NA INFÂNCIA

● Esse coeficiente mede o número de óbitos em crianças até completar 5 anos de vida em relação aos nascidos vivos

● De acordo com o DATASUS, em 2013 havia um taxa de 16,7 a cada 1.000 nascidos vivos, porém, esse valor vem decrescendo desde 2000, quando

Page 15: ebook Indicadores de Morbimortalidade

era 32 decorrente da queda da fecundidade e de intervenções públicas nas áreas de saúde, saneamento e educação da mãe

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemmenoresde5anos

nºdenascidosvivos × 1.000

Após a análise de todos esses coeficientes que auxiliam a análise da situação de saúde da população brasileira e na elaboração dos planejamentos das ações em saúde no país, pode-se concluir que

● O Brasil vem evoluindo ao longo das décadas no que se refere à diminui-ção de diversos indicadores e coeficientes de mortalidade infantil em to-das as regiões, apesar de ainda existir uma discrepância entre os valores encontrados nas mesmas

● O coeficiente que mais diminuiu, foi o de mortalidade pós-neonatal, influ-enciado principalmente pelas campanhas de vacinação e de amamenta-ção e acesso à saneamento básico e moradia

● Os componentes neonatais precoce e tardio, apresentaram um aumento, em que atualmente, mais de 70% das causa de morte em crianças meno-res que 1 ano estão relacionadas às afecções perinatais e malformações congênitas

● Esse aumento é considerado bom, pois representam causas de difícil in-tervenção, como anomalias incompatíveis com a vida

ÍNDICES

● Os índices, assim como os coeficientes, contribuem para a avaliação das condições de vida e saúde de uma população, indicando a frequência das doenças e a proporcionalidade destas em uma visão mais geral de saúde

● Os índices são proporções em que há a comparação entre um subconjunto (numerador) e o conjunto (denominador), nas mesmas unidades, sendo expresso por percentual

● Esses índices também podem ser calculados para determinadas regiões, condição socioeconômica, nível educacional, faixa etária, sexo, entre ou-tros

Page 16: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● Importante ressaltar, para uma melhor compreensão, que o coeficiente é composto por um numerador e um denominador diferentes e o índice é composto por um numerador que é igual ao denominador

ÍNDICES DE MORTALIDADE PROPORCIONAL POR IDADE

● Esse índice mede a distribuição percentual de óbitos por faixa etária em relação ao total de óbitos, na população residente em determinado local e em um ano determinado

● Ele permite analisar a proporção de óbitos de menores de 1 ano de idade, que está relacionada a más condições de vida e de saúde

● Esse índice permite analisar que há uma maior concentração de óbitos em grupos etários mais velhos, apresentando uma diminuição da mortalidade em jovens, principalmente na infância

● Outras mudanças nessa concentração de óbitos podem estar relaciona-das com a frequência e a distribuição de causas de mortalidade específica por idade e sexo

● Esse índice é utilizado para analisar as variações geográficas e temporais da mortalidade por idade e sexo, além de servir como base para o plane-jamento, gestão e avaliação de políticas de saúde voltadas para grupos etários específicos

● Apesar disso, as bases de dados nacionais sobre mortalidade apresentam cobertura insatisfatória, especialmente na região Norte e Nordeste

● A subenumeração de óbitos pode estar desigualmente distribuída entre as faixas etárias, resultando distorções na proporcionalidade dos óbitos informados

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosderesidente, porfaixaetária

nºtotaldeóbitosderesidentes, excluídososdeidadeignorada × 100

● A retirada dos óbitos de idade ignorada gera um indicador que trata so-mente do total de óbitos com idade conhecida

● Um importante ponto é a recente mudança, em toda regiões do Brasil, da mortalidade proporcional para faixas etárias maiores, resultado da redu-ção da mortalidade infantil e do aumento da expectativa vida

Page 17: ebook Indicadores de Morbimortalidade

ÍNDICE DE MORTALIDADE INFANTIL PROPORCIONAL

● Esse índice mede a proporção de óbito de crianças de um 1 ano sobre todos os óbitos, permitindo uma comparação desses valores com relação aos demais da assistência materno-infantil

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemmenoresde1ano

nºtotaldeóbitosemtodasasidades, excluídososdeidadeignorada× 100

● No Brasil, em 2014, 3,14% das mortes foram de menores de 1 ano de idade, o que parece pouco, mas comparando esse índice com o de outros países em 1980: Suécia com 0,7% no Japão, com 1,6% e Estados Unidos com 2,4%, percebe-se que ainda há muito para melhorar

MORTALIDADE PROPORCIONAL POR IDADE, EM MENORES DE UM ANO

● Esse índice mede a distribuição percentual dos óbitos de crianças meno-res de 1 ano de idade, por faixa etária, na população residente de um local em um ano determinado

● Ele também permite analisar a participação dos óbitos de cada faixa etária selecionada, em relação aos óbitos de menores de um ano de idade, mos-trando a composição desse índice por mortalidade infantil por períodos neonatal (precoce e tardio) e pós-neonatal

● Altos valores de óbito neonatal podem estar associados a diversos fatores da gestação e do parto, já no período pós-neonatal, altos valores revelam grande associação às causas ambientais de óbito

● Esse indicador é utilizado para analisar as variações geográficas e tempo-rais da distribuição dos óbitos infantis segmentados por faixa etária, ser-vindo de base para a avaliação dos níveis de saúde da população neces-sária para um planejamento e gestão adequados dos serviços de saúde relacionados à atenção maternoinfantil

● Apesar disso, a cobertura dos dados nacionais sobre mortalidade não é suficiente em muitos locais do país, principalmente no Norte e no Nor-deste

● Essa falta de dados causa uma subenumeração de óbitos que pode estar desigualmente distribuída entre as faixas etárias distorcendo as análises e resultados

● Outra fonte de viés também é a declaração de óbito de natimortos, ou seja, dos óbitos ocorridos logo após o nascimento

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● Também é importante, na análise, identificar que um aumento no percen-tual de óbitos de uma faixa etária, pode simplesmente significar, uma di-minuição das outras faixas etárias

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemmenoresde1anodeidadeporfaixaetária

nºtotaldeóbitosdemenoresde1anodeidade, excluídososdeidadeignorada× 100

● Os óbitos infantis possuem a tendência de serem maiores no período ne-onatal, principalmente durante a primeira semana de vida, enquanto di-minui a proporção de mortes no período pós-neonatal

● Isso é resultado da melhoria das condições básicas de proteção da saúde infantil, reduzindo principalmente as mortes relacionadas com fatores am-bientais

ÍNDICE DE SWAROOP-UEMURA OU RAZÃO DE MORTALIDADE PROPOR-CIONAL (ISU)

● Esse índice mede percentagem de pessoas que morrem com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos podendo avaliar o nível de vida

● Para o cálculo desta taxa, não é necessário os dados populacionais for-necidos pelos censos ou por estimativas e projeções, podendo ser calcu-lada em qualquer período

● Ela é utilizada para quando se deseja comparar diversas regiões ou anali-sar a evolução da mortalidade em um local determinado

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosempessoasde50anosoumaisanos

nºtotaldeóbitosemtodasasidades, excluídososdeidadeignorada× 100

● Em 2014, no Brasil, esse índice era de 76,45%, sendo considerado alto para um país, pois a média considerada alta é entre 75 e 100%

● A análise desse índice por algumas regiões, mostra a região Sul com 80,64% e a região Nordeste com 71,9%

● Altos percentuais deste indicador são positivos, pois significam que a po-pulação vive mais, com baixos índices de mortalidade infantil e entre os jovens

CURVA DE NELSON MORAES

● Essa curva, proposta por Nelson e Moraes depois de um estudo realizado no Brasil em que se justifica a definição de 5 grupos etários bem distintos, são eles:

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○ Menores de 1 ano: óbitos infantis ○ 1-4 anos: óbitos em pré-escolares ○ 5-19 anos: óbitos em escolares e adolescentes ○ 20-49 anos: óbitos em adultos jovens ○ Maiores de 50 anos: óbitos em adultos de meia-idade e idosos

● O autor elaborou quatro tipos de curvas diferentes, sendo estas: ○ Curva tipo I: nível de saúde muito baixo, com formato de “N”, pre-

dominando os óbitos em adulto jovem ○ Curva tipo II: nível de saúde baixo, com formato de “L” ou “J” inver-

tido, predominando os óbitos infantis e em pré-escolares ○ Curva tipo III: nível de saúde regular, em formato de “U”, começa a

aumentar a mortalidade de pessoas com mais de 50 anos, mas a mortalidade infantil ainda é considerada alta

○ Curva tipo IV: nível de saúde elevado, curva em formato de “J”, pre-dominando a mortalidade de indivíduos com mais de 50 anos

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitos(menoresde1ano)(1 − 4); (5 − 19); (20 − 49); (50+)

nºtotaldeóbitos× 100

QUANTIFICAÇÃO DE GUEDES

● Esse indicador foi elaborado em 1972 por Guedes, com o objetivo de quantificar as curvas de mortalidade propostas por Nelson de Moraes, propondo uma atribuição de pesos para cada grupo etário, garantindo uma possível comparação sobre os níveis de saúde de diferentes locais

● A atribuição dos pesos para cada grupo é a seguinte: ○ Menores que um 1 ano: -4 ○ 1-4 anos: -2 ○ 5-19 anos: -1 ○ 20-49 anos: -3 ○ Maiores de 50 anos: +5

ÍNDICES DE MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS

● Esse índice permite a análise da proporção de óbitos por causa, avaliando mais minuciosamente as principais causas de óbito na população e em comparação com outros grupos populacionais

Page 20: ebook Indicadores de Morbimortalidade

● O índice de mortalidade proporcional por causas mede a distribuição per-centual de óbitos por uma determinada causa em uma população resi-dente em um local e em um ano determinado

● Essa taxa quantifica o percentual de diversos grupos de causas de morte no total de óbitos com causa esclarecida

● A partir do estudo dos valores encontrados entre os grupos se pode defi-nir algumas correlações com possíveis fatores desencadeadores, como por exemplo, alta percentagem de mortes por doenças infecciosas e pa-rasitárias estão muito associadas com baixas condições socioeconômicas e sanitárias

● Esse indicador permite analisar as diferenças geográficas e temporais da mortalidade por grupos de causas de modo a contribuir para o planeja-mento e gestão das necessidades em saúde adotando medidas de pre-venção e assistenciais referentes às diferentes causas de óbito

● Porém, as bases de dados nacionais possuem uma baixa cobertura, tendo como resultado um valor abaixo do que compreende a realidade, princi-palmente nas regiões Norte e Nordeste

● Além disso, esse indicador também possui uma restrição quanto ao seu uso em situações de elevada proporção de óbitos em que não tiveram as-sistência médica ou em que as causas não foram devidamente esclareci-das

● Um cuidado a ser tomado durante a análise é de que um aumento no per-centual de óbitos devido à um determinado grupo de causas pode decor-rer simplesmente por haver uma diminuição na ocorrência de óbitos pelas outras causas

● Essas taxas são influenciadas pela idade e sexo da população, por exem-plo, em populações mais idosas, irá ocorrer um maior percentual em óbi-tos causados por doenças crônico-degenerativas

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosemresidentes, porgrupodecausasdefinidas

nºtotaldeóbitosemresidentes, excluídasascausasmaldefinidas× 100

● No Brasil, aproximadamente 60% das mortes informadas em 1998, foram decorrentes a 3 grupos principais de causas: ○ Doenças do aparelho circulatório (32,4%) ○ Causas Externas (14,9%) ○ Neoplasias (14%)

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● Em relação às diferentes regiões do país, as doenças do aparelho circula-tório predominavam as causas da óbitos, seguidas logo após pelas causas externas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e pelas neoplasias na região Sul

● Dados atualizados do Ministério da Saúde vêm mostrando uma mudança nos indicadores de mortalidade proporcional classificada pelos grupos de causas da seguinte forma: ○ Doenças do aparelho circulatório (27,73%) ○ Neoplasias (16,45%) ○ Causas Externas (12,79%)

ÍNDICE DE MORTALIDADE PROPORCIONAL POR DIP (DOENÇAS INFECCI-OSAS E PARASITÁRIAS)

● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdeóbitosporDIP

nºtotaldeóbitosportodasascausas, excluídasasmaldefinidas× 100

● No Brasil, em 2014, esse indicador revelou 4,25% e, para ser mais espe-cífico, pode-se também definir o total de óbitos em menores de 1 ano, e nesta faixa etária, os óbitos por DIP, utilizando a fórmula abaixo, tem-se uma taxa de 4,45%

nºdeóbitosporDIPem < 1anonºtotaldeóbitosportodasascausasem < 1ano

× 100