Download - Tunel de Vento
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UDC – CENTRO UNIVERSITARIO DINAMICA DAS CATARATASCURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
“Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos
a promoverem as transformações futuras”
BANCADA DE ESTUDOS DE PERFIS AERODINÂMICOS
Lucas Henrique Oliveira
Diego willy
Foz do Iguaçu
Junho / 2015
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SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO......................................................................................................3
2-OBJETIVOS..........................................................................................................6
3-JUSTIFICATIVA....................................................................................................7
4-REVISÃO BIBLIOGRAFICA................................................................................17
5-METODOLOGIA..................................................................................................18
6-CRONOGRAMA..................................................................................................19
7-PROJETO DE SISTEMA MECÂNICO................................................................20
8-LISTA DE MATERIAL E ORÇAMENTO..............................................................22
9-BIBLIOGRAFIA...................................................................................................23
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1 INTRODUÇÃO
O ser humano pode ser a considerado a criatura mais ambiciosa do nosso
pequeno planeta, sempre almejamos mais, sempre conquistamos de alguma forma
aquilo que era alvo de nossa ganancia. Por muito tempo, nos apenas observamos
os pássaros no desejo de voar, de conquistar o ideal supremo de liberdade que os
pássaros gozam. Com essas observações e essa ambição natural, o ser humano
começou a engenhar e construir muitas vezes protótipos que imitavam as asas de
pássaros na esperança de alcançar o céu. Mas por muito tempo isso não foi
possível e o ser humano falhou miseravelmente pagando algumas vezes com sua
vida, pois não haviam parâmetros, ele não entendia o que regia o voo dos pássaros,
ele simplesmente achava que o que sustentava os pássaros era o movimento das
asas. Como um cego que tenta entender as cores, ele não tinha as ferramentas
necessária para tal.
Com o estabelecimento dos métodos científicos e aquilo que se diz como
ciência concreta, o ser humano tinha ferramentas mais tenazes para seus
propósitos, para resolver seus enigmas. Agora as coisas não eram só fruto de
experimentações arriscadas e devaneios insanos. O ser humano sabia que quando
a atmosfera soprava com força, algumas formas de objetos interagiam diferente com
essa massa ar, algumas se mantiam de pé facilmente, outras se perdiam com o
vento. Com isso ele deve ter se questionado como era o funcionamento desse
sistema, como ele poderia fazer para conseguir se beneficiar disso.
Com a ciência o ser humano experimentou um turbilhão de novas ideias,
teorias e hipóteses juntas, mas a importância real disso é que elas eram divulgadas
e compartilhadas criando novas ideias e hipóteses. Os estudos navais estavam na
frente dos aeronáuticos no século XIX, pois barcos eles podiam testar e navegar,
mas ainda não tinham tido muito sucesso em maquinas voadoras. Mas foi só
questão e tempo, com os estudos hidrodinâmicos para ocorrer a ligação sobre
escoamento de fluidos.
E foi só questão de tempo para testes aerodinâmicos começarem a ser
realizados, talvez de uma forma ambiciosa, mas talvez eles não imaginavam o
impacto em todo campo do conhecimento que essas pesquisas iram trazer. De
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como isso ia mudar a visão geral da construção de cada objeto no futuro. Pois, as
pretensões deles eram basicamente para investigar os meios para alcançar aquele
velho desejo de voar como os pássaros e se deslocar graciosamente pelo fluido
atmosférico, como poderiam imaginar que áreas como arquitetura, engenharia civil,
automobilismo, entre outras, poderiam se utilizar dos resultados e dos conceitos
introduzidos a partir disso. Os tuneis de vento nasceram para os estudos
aerodinâmicos, eles são a ferramenta capaz de realizar ensaios que seriam
impossíveis de controlar fora de um laboratório, ou seja, ele recria a situação real
que os objetos enfrentam quando estão se deslocando pelo fluido atmosférico.
Uma das cosias mais emocionantes de todo isso é pensar que tanto os
animais aéreos quanto os marinhos, evoluíram através da seleção natural, ou seja,
se adaptando geração a geração, e aqueles que tinham as características mais uteis
foram se perpetuando. O ser humano se utilizou de uma ferramenta muito mais
efetiva e que teve praticamente o mesmo efeito, o intelecto. Graças a isso evoluímos
tanto no ar quanto no mar, em questão de se mover por fluidos, domamos a
evolução e a criamos em laboratório.
E tão ambicioso quanto qualquer ser humano, esse projeto visa a construção
de um túnel aerodinâmico subsônico de circuito aberto de pequenas proporções,
para a realização de testes e experimentos com perfis, talvez de forma muito
semelhante que foram feitos os primeiros com os pioneiros da aeronáutica.
Através da pratica de aerodinâmica experimental um olhar sobre essa
tecnologia não tão atual comparada com os ensaios realizados em computadores
(Dinâmica de fluidos computacional) que já são possíveis atualmente , mas observar
os conceitos introduzidos nos semestres antecessores e além disso analisar o
escoamento em perfis aerodinâmicos de modelos e objetos, comparando com
imagens e com dados já existentes feitos em testes de grandes proporções e avaliar
se há uma viabilidade e confiabilidade nos resultados conseguidos.
O projeto foi baseado em informações tiradas de várias fontes, tanto as
características do modelo quanto aos parâmetros que ele deverá obedecer para
criar uma leitura muito próxima da que se conseguiria em um grande túnel de vento
fechado em laboratórios de grandes proporções.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O projeto visa a construção de uma bancada de estudo aerodinâmico de
baixo custo para fins didáticos e a realização de ensaios aerodinâmicos afim de
observar o comportamento dos perfis de escoamento nos objetos testados, e nisso
comparar com imagens já existentes desses mesmos objetos e suas analises em
outros estudos e comparar os resultados obtidos no nosso construto.
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
Construir a bancada para ensaios aerodinâmicos
Realizar ensaios com corpos
Visualizar conceitos teóricos dos fluidos
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3 JUSTIFICATIVA
A proposta do projeto é a construção da bancada de estudos aerodinâmicos
no centro acadêmico, para a realização de pequenos ensaios com fins instrutivos
para as matérias relacionadas ao fluxo e dinâmica da matéria. Além disso, essa
construção será deixada como um legado para o futuro, para que mais acadêmicos
possam utilizar e visualizar os conceitos introduzidos em sala de aula.
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4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1 Propriedades do ar
O ar é um fluido muito familiar na nossa vida, ele preenche a maior parte da
atmosfera, e é basicamente um dos fatores fundamentais da vida na terra. Ele é
composto de nitrogênio, oxigênio, vapor de agua, e outros gases e partículas
suspensas em baixa quantidade geralmente. Sem essa presença gasosa na
atmosfera não haveria os fenômenos nem estudos aerodinâmicos, por exemplo, no
espaço que pode ser considerado praticamente vácuo, não há fenômenos
aerodinâmicos, pois não há partículas para interagir e opor forças contra objetos.
Além disso, há vários componentes particulares que podem ser encontrados no ar
em situações diferentes, como composição atmosférica, pressão, temperatura,
vento, umidade.
4.2 VentoSegundo a definição de FRANCISCO (2015) “o vento consiste no
deslocamento de massas de ar, sendo que esse fenômeno é consequência do
movimento do ar de um ponto no qual a pressão atmosférica é mais alta em direção
a um ponto onde ela é mais baixa”. O vento pode ser considerado como algo ruim
ou negativo, tudo depende da capacidade do ser humano de obter controle sobre ele
ou se adaptar a ele. A milhares de anos usamos maquinas que possam obter sua
força para moer grãos ou até mesmo atualmente para transformarmos em corrente
elétrica. No passado os grandes desbravadores do novo mundo não estavam em
aeronaves sustentadas pelo vento, mas foram arrastados por ele em suas
embarcações com enormes velas.
O vento além de realizar funções de trocas de calores e umidade na nossa
superfície terrestre, também é responsável por espalhar vida, por desgastar
montanhas e cânions, uma força capaz de dar vida ou acabar com ela.
4.3 aerodinâmica
A aerodinâmica é a ciência responsável pelo estudo do movimento relativo de
gases (geralmente atmosféricos) e os objetos. Esse estudo é muito presente em
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qualquer etapa de processos de manufatura atuais. Não é algo tão recente a
relevância que o ser humano dá para esses estudos, os progressos reais vieram
juntamente com a aviação moderna e o automobilismo, ou seja, em meados do
século XIX e XX.
No início do século passado quando se ia projetar um prédio, uma torre, um
carro, ou quaisquer produtos, uma coisa que era dificilmente levada em
consideração era como isso se movia pelo ar, ou como ele interagia com o ar.
Quando não se é levado em consideração a eficiência aerodinâmica de um produto
isso gera desperdício de força ou até leva a danificação do mesmo, já que as forças
de escoamento podem ser destrutivas em muitos casos.
Hoje em dia os designers se preocupam muito com esses fatores, qualquer
coisa a ser produzida seja de grande escala ou pequena, há estudos aerodinâmicos
entrelaçados aos processos de manufatura. Nos casos de pequena escala, hoje em
dia há os softwares CAE para a realização de ensaios computadorizados de fluidos.
Já as empresas de grande porte que possuem recursos quase que ilimitados de
verbas como a indústria aeronáutica e automobilística, usam e abusam de
supercomputadores e de grandes instalações de ensaios aerodinâmicos. Com o
tempo os estudiosos também começaram a perceber que apesar de algumas vezes
ter relação o formato de gota de agua na facilidade que um corpo se move, nem
sempre isso será um fator decisivo para facilitar a forma com que o objeto se mova.
Os cientistas a partir dos estudos começaram a entender as leis que
regiam o voo dos pássaros, começaram a enxergar que havia forças agindo nos
corpos imersos em fluidos, no caso do voo, havia as forças que permitiam a
sustentação do corpo no ar.
4.4 Tuneis Aerodinâmicos
Segundo a NASA “Túneis de vento são grandes tubos com ar que se move
dentro. Os túneis são usados para copiar as ações de um objeto em voo. ” Francis
Herbet Wenham é um dos grandes conceptores do túnel de vento, isso em 1871,
graças aos ensaios feitos por ele e seus anos dedicados as pesquisas aeronáuticas
o homem começou a entender melhor os conceitos de arrasto e sustentação. A
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partir daí outros inventores como santos Dumont também aperfeiçoaram protótipos
de tuneis de vento para testar seus modelos em escala
reduzida e assim aperfeiçoar as asas que fizeram decolar um novo mundo.
Na maioria desses testes realizados em tuneis de vento usamos a
contribuição deixada por Sr. Isaac newton, a semelhança geométrica, com isso não
há necessidade de ter orçamentos milionários para construir gigantes centros de
testes para aeronaves. Basta construir um modelo geometricamente semelhante. Os
ensaios aerodinâmicos são de suma importância tecnológica atualmente, permite
maior confiabilidade, melhor escolha de parâmetros de material (rugosidade,
resistência), maior eficácia e tendência a obtermos um menor desperdício de
energia tanto mecânica quanto cinética.
4.4.1 TiposExistem basicamente dois tipos de tuneis de vento, o de circuito aberto e de
circuito fechado. Eles no fato de que um reutiliza o ar, além disso tuneis de grandes
proporções de circuito aberto utilizariam muito espaço e seria um transtorno. Já que
para pesquisas geralmente deve haver um controle maior do meio, como
temperatura, pressão, umidade. Geralmente os de circuito aberto são mais usados
em pequena escala como faculdades e de forma didática.
Além disso eles também podem ser classificados pela gama de vento que
eles conseguem gerar, por exemplo, os normalmente utilizados e que compreendem
a maior parte deles, são subsônicos, ou seja para realização de testes básicos,
testes de visualização e medição de força simples. Mas além desses há os
supersônicos e hipersônicos, utilizados geralmente na indústria aeronáutica e
aeroespacial, geralmente não há uma viabilidade para a construção desses,
geralmente esses testes ocorrem em tuneis “alugados”, como é o caso das
instalações da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) que
disponibiliza para empresas realizarem testes.
4.4.1.1 Circuito aberto
A figura 1 mostra um túnel de vento de circuito aberto, é composto
basicamente de 3 partes. Compressor, câmara de ensaios e o difusor. O que atrai
muito na construção desse tipo de túnel aerodinâmico é que ele é de baixo custo.
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Apesar de suas limitações, por esse motivo não é tanto usado em escalas grandes.
Geralmente é o que se encontra em escolas e universidades por contato da
facilidade e do custo.
Imagem 1. Desenho esquemático de um túnel de vento aberto, o processo e partes.
Fonte:
4.4.1.2 Circuito fechado
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Imagem 2: retrata um túnel de circuito fechado e seus componentes básicos
Esse reutiliza o ar testado, mantendo em um circuito fechado. Nesse tipo há
maior controle das condições do ar e propriedades desejadas no ensaio,
temperatura, umidade, pressão, volume. Seu custo inicial é mais alto, mas é
indicado a ensaios mais recorrentes, já que comparado com o aberto, ele utiliza
menos energia para movimento de massa e possui menos ruído. Seu esquema
básico é mostrado na figura 2.
4.6 Modelo e protótipo (Analise dimensional)
Em muitos casos não há como realizar testes em laboratórios utilizando peças
em tamanho real, ou mesmo se houver essa possibilidade, pode se tornar muito
caro. Graças as descobertas de Isaac newton e do teorema de bridgman que tornou
possível as escalas de semelhança (teoria dos modelos). Com isso grandezas
podem ser relacionadas, no caso de ensaios aerodinâmicos geralmente desejamos
modelos dinamicamente semelhantes.
Com isso os custos para realizar testes, é bem reduzido, e ao mesmo tempo sua
eficácia é ainda muito significativa.
4.7 Injeção de fumaça
A representação visual de linhas de escoamento é obtida pela introdução de um
material de rastreamento no escoamento, no caso dos tuneis de vento geralmente
se utiliza fumaça para a visualização dos fenômenos de fluxo, geralmente para
acompanhar as linhas que percorrem a superfície (figura3). A análise geralmente se
dá através de fotografias e de vídeos, para uma posterior analise dos frames. Estas
fotografias fornecem as linhas de corrente definidas como uma linha contínua que é
tangente aos vetores velocidade ao longo do escoamento em um determinado
momento do ensaio. Como consequência desta definição, não há escoamento
cruzando uma linha de corrente. Geralmente são utilizados vapores de óleos leves,
embora até vapor seja utilizado, não dando bons resultados. Geralmente tuneis de
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vento que se utilizam dessa técnica não usam uma velocidade muito alta para o
fluxo, geralmente entre 10-20 m/portanto, uma superfície sólida ou parede que
delimita o escoamento também é uma linha de corrente. Quando se observa o
caminho de uma dada partícula fluida em função do tempo, tem-se a trajetória da
partícula.
Imagem 3: teste em túnel de vento com um veículo em tamanho real, teste com imersão de fumaça.
4.8 Regime de escoamento e forças envolvidas
Devido ao efeito da viscosidade, o escoamento de fluidos reais pode ocorrer de em
dois regimes distintos tanto escoamento laminar e o escoamento turbulento. Isso foi
descrito por Osbourne Reynolds, que realizou experimentos e que deixou um
legado, um número adimensional que utilizamos, Re.
Escoamento laminar é aquele em que as linhas de fluxo se deslocam sem
haver troca de massa entre elas, ou seja, elas fluem linearmente e definidas. No
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caso do ensaio com imersão de fumaça, é o que torna possível a visualização das
linhas de fluxo. Já no escoamento turbulento as partículas apresentam um
movimento que pode ser considerado como aleatório, a velocidade apresenta
componentes transversais ao movimento. O regime de escoamento é dado pelo
número adimensional chamado Reynolds (Re), que basicamente representa o
quociente entre as forças de inercia e forças viscosas. No caso dos sistemas que em
escala adimensional, quando um modelo e um protótipo possuem o mesmo número
de Reynolds nós podemos dizer que ambos são dinamicamente semelhantes, e isso
é muito importante para os testes.
O ar que passa sobre um corpo de revolução faz nascer, em contato com o
mesmo, uma camada onde há uma grande variação de velocidade do ar,
em função da distância a que o mesmo se entra do corpo. Daí resulta uma
deformação no fluxo de ar e essa camada é denominada camada-limite.
(SILVA, João Mendes da, 1977, p. 13)
Imagem 4: retrata a transição das zonas de escoamento
Fonte: manual do engenheiro Globo p.13
Coeficiente aerodinâmico (Cx)
Ao haver movimento de um corpo imerso a um fluido, dadas as questões
físicas há a geração de uma componente de força que pode ser decomposta tanto
no eixo x quanto no y. No caso a componente que aparece no eixo x é a força de
arrasto. Uma força que é contraria ao movimento. Esse número geralmente é
determinado por ensaios aerodinâmicos ou em softwares CAE, e quanto menor esse
coeficiente for mais eficazmente ele será considerado.
Onde:
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fa=(cx.p.vo².a)/2
fa- força de arrasto
cx-coeficiente aerodinâmico
p-densidade
vo-velocidade inicial
A-area transversal
Para cada corpo, cada formato de objeto, há seu coeficiente aerodinâmico. Hoje em
dia temos essa variável tabelada. Podemos ver um exemplo disso na figura 5.
Imagem 5: mostra exemplo de algumas geometrias e seus respectivos coeficientes aerodinâmicos.
Claramente esse coeficiente pode demonstrar a facilidade ou não de um
corpo se mover em um fluido, tanto gasoso quanto liquefeito. Atualmente o cx dos
carros é muito trabalhado afim de atender parâmetros de consumo e velocidade nos
veículos, a média atual que é observada está na faixa de 0,3.
Arrasto e sustentação
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Imagem 6: representação das componentes de força em um perfil aerodinâmico
Fonte: manual de engenheiro Globo, p.10
Ambas são componentes de força gerada devido a interação do movimento
relativo de um corpo imerso em um fluido. A força que resulta nesse corpo é
decomposta nos eixos x e y dando origem a essas forças. A força de sustentação é
aquela responsável tanto por fazer um avião ou um pássaro se manter em seu voo
constante ou até mesmo alguns tipos de embarcações, e ao mesmo tempo é o
responsável por manter veículos de auto desempenho mais estáveis no chão.
Tantos as leis de newton quanto as de bernoulli nos ajudam a entender o fenômeno
da sustentação.
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5- METODOLOGIA
A proposta do projeto uma bancada para estudos aerodinâmicos, a partir
deste princípio foi iniciada as pesquisas e coletas de dados na internet e em fontes
bibliográficas disponíveis. Tão depressa surgiram as bases fundamentais para o
projeto “feira de ciências” de tuneis de vento. São construções simples de
proporções na maioria das vezes modestas capazes de recriar as condições de
vento e pela inserção de fumaça ou vapor nesse caso, temos a capacidade de
visualizar as linhas que se formam com base no perfil aerodinâmico do objeto
submetido aos ventos.
A partir disso foi realizado o projeto direcionando a parte construtiva para
materiais que já havia a posse, ou seja, houve um aproveitamento de coisas para
não haver a necessidade de compra. Isso fez com que o orçamento não se tornasse
tão robusto para a realização da tarefa proposta.
Esse equipamento a ser construído pode ser dividido em modulo de 3 partes.
O compressor, a zona de teste e o difusor.
A requerimentos de construção para cada parte destas, algumas devem ser
seguidas à risca por motivos de escoamento de fluido.
Por exemplo, vindo da equação de bernoulli que para o fluxo temos que
vazão 1 é igual a vazão 2, temos que no início do compressor a seção de área é
maior que no início da zona de teste, isso é requerido para que a velocidade na zona
de teste seja maior (Q=V*A).
Conforme foi sendo iniciada a parte de levantamento de material, ocorreram
problemas de disponibilidades de alguns componentes, como um motor axial. Com
isso foi requerido uma certa flexibilidade nisso, e uma opção disponível era um
motor com um suporte de fluxo misto. Um motor geralmente utilizado dentro de um
ar condicionado com a função de sucção do ar para realizar a refrigeração do
mesmo. Com a maior parte dos componentes já aglomerados, se iniciou a parte de
montagem de todo aparato.
O protótipo foi elaborado no software Solid Works, aonde foi definido suas formas
iniciais e suas medidas básicas. Com cada peça catalogada ficou fácil realizar o
planejamento do plano de corte do material a ser usado, nesse caso chapa de mdf
de proporção de 5mm. O planejamento do plano de corte é importante para
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maximizar o aproveitamento da matéria prima. Com isso esse corte pode ser
realizado em até mesmo em uma máquina cnc, planejando aonde ficaria cada parte
a ser cortada e programando em sinumerik, mas como há limitações orçamentarias,
decidimos utilizar um corte manual realizado com uma máquina de corte circular.
Com os componentes principais já prontos para a montagem era chegada a
parte de seleção de fixação, ou seja, se iriamos utilizar algum tipo de material
aderente ou utilizar um elemento de fixação.
Com todo o “corpo” do protótipo já pronto, se inicia o processo de montagem
das fitas de led e de escolha de aonde deve ficar os tubos que realizam a injeção de
fumaça dentro da câmara de deste, esses que ficam localizados na grade de
retificação de fluxo de ar. Além disso deve se atentar aos detalhes de funcionamento
para qualquer modificação que deve se haver, pois muitas falhas em projetos só são
descobertas no momento dos primeiros testes de equipamentos.
Protótipo em pleno funcionamento para realizar os primeiros testes
aerodinâmicos com modelos. Nesses testes são comparados os perfis que se
destacam pela fumaça tanto de modo visual “real” quanto por foto.
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6- CRONOGRAMA
MES/ETAPAS Agosto Setembro Outubro Novembro
Escolha do tema
X
Planejamento do projeto
X X
Coleta de dados
X
Pé projeto X
Projeto XProtótipo X X
Orçamento detalhado
X X
1 apresentação
X
Materiais e métodos
X
Procedimentos de teste
X X
Resultados XApresentação X
Submeter X
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7- PROJETO DO SISTEMA MECÂNICO
Imagem 7 e 8: mostra como teoricamente ficara a bancada, com as seguintes componentes; a
entrada com seção que vai se estreitando para comprimir o volume de massa que é puxado pelo
ventilador de fluxo misto. Logo após a parte aonde a massa entra, existe a tela para retificar o fluxo,
ou seja, o fluxo que entra de forma desordenada é alinhado, do mesmo modo que acontece em
dissipadores de ventilação. A geometria dessa componente pode ser quadrada, circular, mas
geralmente se recomenda que seja no formato de colmeia. Nessa parte também é que adicionamos
as linhas de injeção de fumaça, para que ela possa percorrer o corpo que está na seção de teste.
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Imagem 9: Na seção de teste é aonde os perfis são adicionados, e aonde há a visualização de todo o
processo. Através de uma placa translucida que haja a possibilidade de olhar e de tirar fotografias.
Além disso com a abertura para facilitar em trocar o componente a ser testado no seu interior.
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8- LISTA DE MATERIAL E ORÇAMENTO
Material Quantidade Preço
máquina de fumaça 1 R$ 200,00
Grade de condicionador de ar
1 Já possuíamos posse
Chapa acrílico 10x20 cm Já possuíamos posse
Chapadas de m.f.
Fitas lied indefinido Já possuíamos posse
Motor ar condicionado 1 Já possuíamos posse
Corpo de ar condicionado 1 Já possuíamos posse
Elementos de fixação Já possuíamos posse
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9-BIBLIOGRAFIA
Livros:Barlow, Jewel B., Alan Pope, and William H. Rae, Jr. Low-Speed Wind Tunnel
Testing. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, Inc., 1999.
Brunetti, Franco. Mecanica dos fluidos. 2rd ed. São Paulo: Pearson Inc., 2005
Silva, João Mendes. Manual do engenheiro globo. 6ª ed. Porto alegre: Editora
globo., 1977
WHITE, Frank M. Mecânica dos fluidos. 6. ed. Rio de janeiro: McGraw-Hill, c2010
Material da Internet Disponível em: <http://www.sciencebuddies.org/science-fair-projects/wind-tunnel-
toc.shtml> . Acesso em : 25 ago. 2015
Disponível em <http://www.ctie.monash.edu.au/hargrave/wenham.html> Acesso em: 25 ago. 2015.
Disponível em <http://carros.hsw.uol.com.br/aerodinamica2.html> Acesso em: 25 ago. 2015.
Disponível em <http://flatout.com.br/como-funciona-um-tunel-de-vento.html> Acesso em: 25 ago. 2015.
FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "Vento"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/vento.htm>. Acesso em 26 de setembro de 2015.
What are wind tunnel? disponivel em <http://www.nasa.gov/audience/forstudents/k-4/stories/nasa-knows/what-are-wind-tunnels-k4.html> Acesso em: 27 de setembro de 2015.