SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS
Curitiba, 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁMM378 - DISCIPLINA DE NEUROLOGIADEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
Bruna C Dal VescoCarolina do CarmoDaniele R XimenezDiego R Girardello
Gabrielle TremlLarissa P BuckerLuciana Oliveira
Marina R GuilhermeNicole T Amadeu
VISÃO GERALINTRODUÇÃO, EPIDEMIOLOGIA
E FISIOPATOLOGIA
INTRODUÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
CLASSIFICAÇÃO
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Estudos Estudos LaboratoriaisLaboratoriais
Pesquisa de Auto-Ac no soro e LCRPresença de atividade inflamatória
FDG-PETFDG-PET Avaliação do metabolismo
RMRM Alterações SNC
TC tórax/abdomeTC tórax/abdome Investigação de sítios primários (pulmão, mama, ovário)
Eletroneurofisiologia Eletroneurofisiologia Potencias de ação dos nervos
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
TIPOS MAIS COMUNS
SÍNDROME MIASTÊNICA DE LAMBERT-EATON
• DAI na junção neuromuscular;• 60% dos pacientes com SMLE apresentam
neoplasia–3% dos SCLC;– Timoma.
CLÍNICA• Fraqueza proximal e distal;• Sintomas autonômicos;• Hiporreflexia;• Fadiga.
SÍNDROME MIASTÊNICA DE LAMBERT-EATON
TIPOS MAIS COMUNS
ENCEFALOMIELITE PARANEOPLÁSICA
CLÍNICA• Mielite;• Encefalite do tronco– Diplopia;– Disartria;– Disfagia;– Dormência facial;– Alterações oculares;– Perda de audição subaguda.
• Os sintomas precedem SCLC em 4 -12 meses – Linfoma, mama, esôfago, ovários, pâncreas, rim...
ENCEFALOMIELITE PARANEOPLÁSICA
PROGNÓSTICO• Sobrevida de 1 ano ao diagnóstico.
ENCEFALOMIELITE PARANEOPLÁSICA
TIPOS MAIS COMUNS
ENCEFALITE LÍMBICA
CLÍNICA• Início subagudo;• Disfunções límbicas: alteração de humor,
alucinações, perda de memória a curto prazo, confusões, convulsões e sintomas psiquiátricos;
• Disfunções hipotalâmicas: hipertermia, sonolência, disfunções endócrinas.
ENCEFALITE LÍMBICA
Tu Pulmão 50-60%
Tu de Células Germinativas Testiculares 20%
•>50% possuem neoplasia subjacente
L Outros: Ca de mama, Timoma, Doença de Hodgkin, Teratomas Imaturos.
PROGNÓSTICO• Recuperação neurológica parcial: 38 a 64% dos
casos– Recuperação completa é rara.
ENCEFALITE LÍMBICA
TIPOS MAIS COMUNS
DEGENERAÇÃO CEREBELAR PARANEOPLÁSICA
•Cânceres associados –CA de pulmão de pequenas células;–CA de mama;–CA de ovário;– Linfoma de Hodgkin.
DEGENERAÇÃO CEREBELAR PARANEOPLÁSICA
FISIOPATOLOGIA– Ac contra proteínas tumorais semelhantes as células
de Purkinje → injúria e degeneração cerebelar– A resposta imune de céls T é o principal fator para a
degeneração neuronal.
DEGENERAÇÃO CEREBELAR PARANEOPLÁSICA
CLÍNICA → DISFUNÇÃO CEREBELAR• Marcha atáxica cerebelar; • Disartria, dismetria e disdiadococinesia;• Disfagia;• Período prodrômico: tonteira, oscilopsia,
diplopia, visão turva, náuseas e vômitos.• Possível: sinal de Babinski ou neuropatia leve.• Instalação abrupta/gradual;• Déficit de coordenação: unilateral → bilateral.
DEGENERAÇÃO CEREBELAR PARANEOPLÁSICA
TIPOS MAIS COMUNS
SÍNDROME OPSOCLONUS MIOCLÔNUS
• “Síndrome dos olhos (e pés) dançantes”;• Curso oscilante;
CLÍNICA• 1 a 3 anos de idade;• Início agudo ou subagudo– Ataxia, distúrbios de sono e irritabilidade;
• Opsoclonus– Movimento ocular anormal, caótico, involuntário,
durante o sono e rápido;• Mioclonias de membros e troncos– Durante movimento intencional e estresse;– Desaparece durante o sono.
SÍNDROME OPSOCLONUS MIOCLÔNUS
ASSOCIAÇÃO– Crianças: >50% com neuroblastoma• 1 a 3% dos portadores de neuroblastoma terão a
síndrome;• Melhor prognóstico e alta sobrevida; • Sequelas neurocognitivas;
– Mulheres: ca de mama;– Homens: ca pulmonar.
SÍNDROME OPSOCLONUS MIOCLÔNUS
TIPOS MAIS COMUNS
NEUROPATIA SENSORIAL SUBAGUDA
•Paraneoplásica em 20% dos portadores–70-80% SCLC.
•Assimétrica e multifocal;•Progressão rápida: semanas a meses.
NEUROPATIA SENSITIVA SUBAGUDA
SINTOMASInício: dor e parestesia em MMSS
ATAXIA SENSITIVA
NEUROPATIA SENSITIVA SUBAGUDA
TIPOS MAIS COMUNS
NEUROMIOTONIA (SÍNDROME DE ISAACS)
• Hiperexcitabilidade de nervos periféricos– 40% apresentam Ac contra canais de potássio voltagem
dependentes.
CLÍNICA• Espasmos musculares;• Cólicas;• Rigidez;• Relaxamento muscular retardado; • Parestesia transitória.
TRATAMENTO• Anticonvulsivantes ou imunossupressores.
NEUROMIOTONIA
TRATAMENTO
• Remoção do Ag– Tratamento do tumor subjacente
• Imunossupressão– Ig IV– Plasmaferese– Corticoesteróides– Ac monoclonal: Rituximab– Ciclofosfamida, Tacrolimus e Ciclosporina
TRATAMENTO
CONCLUSÃO
ARROYO, H. A.; TRINGLER, N.; de los SANTOS, C. CECILIA. SINDROME DE OPSOCLONUS-MIOCLONUS. ACTUALIZACIONES EN NEUROLOGIA INFANTIL II, Buenos Aires, 2009; 69 (1/1): 64-70.
B DARNELL, R.; B POSNER, J. Paraneoplastic Syndromes Involving the Nervous System The New England Journal of Medicine.
BRAIK, T. et al. Paraneoplastic Neurological Syndromes: Unusual Presentations of Cancer. A Practical Review The American Journal of Medical Sciences.
C PELOSOF, L.; E GERBER, D. Paraneoplastic Syndromes: An Approach to Diagnosis and Treatment. Mayo Clinic Proceedings.
DALMAU, J.; R ROSENFELD, M. Paraneoplastic syndromes of the CNS. Lancet Neurology.
GRAUS, F. et al. Recommended diagnostic criteria for paraneoplastic neurological syndromes. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry.
Harrison Medicina Interna.HERSKOVITZ, S.; LIPTON, R. B. Clinical / Scientific Notes ACQUIRED NEUROMYOTONIA
AS A PARANEOPLASTIC MANIFESTATION OF OVARIAN CANCER. 2011;76;100-101. MEHDI, A.; Y KO, D. Paraneoplastic Cerebellar Degeneration.R ROSENFELD, M.; DALMAU, J. Update on Paraneoplastic Neurologic Disorders. The
Oncologist.VOLTZ, R. Paraneoplastic neurological syndromes: An update on diagnosis,
pathogenesis, and therapy Lancet Neurology 2002.W. DE BEUKELAAR, J.; A. SILLEVIS SMITT, P. Managing Paraneoplastic Neurological
Disorders. The Oncologist.
REFERÊNCIAS