Download - Revista da Papelaria 200
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200 dicaspara sua empresa
200edições
Nova marca, novo layout e
Ano XXI – ABRIL/2014 - Nº 200ISSN 1516-2354
Direção GeralJorge Vieira e Rosangela [email protected]
JornalismoEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Rachel RosaRevisão: Laila Rejane CoelhoColaboração: Joyce de [email protected]
ArteDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Nathalia RodriguesAtendimento ao leitorGabriel [email protected]
AdministraçãoCaroline [email protected]
PublicidadeDireção comercial: Jorge [email protected]
Atendimento Comercial em São PauloEricson Ortelan(11) 2978-8841 e (11) 99145-4181
Ivo Trevisan(11) 2099-4356 e (11) 98215-8322
Distribuição nacionalPapelarias, atacadistas, distribuidores, re-presentações e indústrias do setor e de-partamento de compras de corporações.Conselho editorialRegião Norte: Eurivan Duarte (EC Duarte Representações) e Eric Lira (Livraria e Pa-pelaria Lira) | Região Nordeste: Agnaldo Rodrigues Gomes (Opendoor Represen-tações) e Ivan José de Carvalho Galvão (Livraria e Papelaria Estudantil) | Região Centro-Oeste: Erli Moura (Represen-tações Modelo) e Carlos Alberto da Sil-va (Papelaria Pratika) | Região Sudeste: Rodnei Scapolan Alves Lamas (Scapolan
Representações) e Francis Ferreira de Melo Pádua (Papel Magia) | Região Sul: Norival Costódio Junior (N.C. Represen-tações Comerciais) e Valdomiro Altrão (Contabilista Papelaria e Informática)[email protected]
Sede própriaAv. das Américas, 5001/309, Barra da TijucaRio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel/fax: (21) 2431-2112
www.revistadapapelaria.com.br
Números inspiradores Circulando .................................... 4
Tecnologia ..................................10Dia do Consumidor Virtual
e-Social
Varejo ...........................................12Butterfly Papelaria
Capa ..............................................16200 edições e dicas para o sucesso
Negócios .....................................30Gerando Demanda pelo Conhecimento
Maquiagem nas papelarias
Fórum Nacional do Varejo
Entrevista ....................................36Suzane Morais, Neurobusiness Association
Mercado .......................................38Acrilex comemora 50 anos
Abrin 20
Gift Fair14
Destaque......................................44Sugestão de produtos
Representante ............................46Manoelito e Silva Representações
Vinte e um anos e 200ª edição. A conquista da nossa maior idade plena e a chegada a duas centenas de edições da Revista da Papelaria deixou toda a equipe
inspirada. Este seria, realmente, o momento ideal para nos reinventar e consolidar nosso objetivo desde a edição número 1: produzir e divulgar informação de qualidade e motivadora de negócios. A Redação e a equipe de Arte foram convocadas para criar uma Revista da Papelaria mais dinâmica, leve e objetiva. Criamos editorias fixas, como Tecnologia e Negó-cios, que podem ser facilmente identificadas e são capazes de orientar o interesse especial dos nossos leitores. A escolha da tipografia, presente tanto na nova marca da revista como no seu conteúdo, foi orientada pela modernidade e limpeza visual, e, por isso, é forte e marcante.
Perseguimos a clareza e a precisão neste novo projeto gráfico para comemorarmos esta edição especial com você, novos e antigos leitores da Revista da Papelaria. Mas não nos contentamos apenas com todas essas mudanças e partimos para produzir um conteúdo que fosse marcante na nossa edi-ção 200. E por que não reunir as melhores dicas dos melhores especialistas em suas áreas para inspirar os profissionais e empresários de papelaria? E por que não 200 dicas? O desafio ficou por conta da jornalista Rachel Rosa que, entre entrevistas e pesquisas, compilou 200 oportunidades para você aprimo-rar sua atitude diante da sua empresa, da sua equipe, do seu cliente e do seu próprio perfil empreendedor. Agradeço o empenho de Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Nathalia Rodrigues, do setor de Arte da editora, por traduzirem e tornarem real tantas ideias nesta edição. E você, o que achou? Envie sua opinião sobre esta edição 200 para nós. Sua participação é o motor que nos trouxe até aqui e que pode nos levar a muitas outras edições.
Rosangela Feitosa [email protected]
Nesta edição
Escola gratuita de empreendedorismoEm parceria com o Governo do Estado de São Paulo, o Sebrae-SP inaugura a primeira escola gratuita
de empreendedorismo do Brasil. A Escola de Negócios Sebrae-SP é uma iniciativa inédita e vai formar
e capacitar gratuitamente futuros e atuais empreendedores por meio do ensino técnico e tecnológico,
nas áreas de Administração, Gestão, Logística e Marketing. O projeto prevê, além da escola-sede na
capital, a implementação de um sistema de ensino à distância ainda em 2014. Para ingressar na escola,
os alunos devem se inscrever no chamado vestibulinho. Mais informações no www.centropaulasouza.
sp.gov.br e www.sebraesp.com.br.
Circulando
4 abril de 2014 Revista da Papelaria
Em continuidade à
renovação das mídias
impressas e digitais, a
Acrimet lançou novo
site, sendo leveza e inte-
ratividade as principais
características tanto para
o acesso pelo computa-
dor quanto por dispo-
sitivos móveis. Entre as
novidades, a linha de
produtos ganhou aten-
ção maior, os trabalhos
sociais e prêmios estão
com melhor destaque,
os lançamentos estão
localizados em página
exclusiva e os represen-
tantes ganharam área de
acesso especial, com lo-
gin e senha para facilitar
o atendimento.
Acrimet lança novo site
Pesquisa indica recuo de confiança de empresáriosconfiança geral para os
próximos três meses, de
acordo com o Centro de
Pesquisas em Estratégia
do Insper. O registro foi
Por ramo de atividade, a confiança no comércio passou de 68,8 pontos para 65,5; na indústria, de 69,6 para 67,1; no setor de serviços, de 70 pontos para 64,76.
O Índice de Confiança
do Empresário de Peque-
nos e Médios Negócios
no Brasil (IC-PMN) apre-
sentou recuo de 4,8% na
de 65,9 pontos contra os
69,2 pontos do primeiro
trimestre deste ano.
“Esta é a quarta queda
consecutiva do índice.
Isso se dá, principalmen-
te, pelo aumento das
incertezas com relação
ao futuro da economia,
que já atinge todos os
setores”, explica José
Luiz Rossi Junior, pro-
fessor e pesquisador do
Insper.
Circulando
6 abril de 2014 Revista da Papelaria
Mulheres ilustram coleção na Cicero PapelariaA Cicero Papelaria está com uma po-
derosa coleção de cadernetas. As capas
da nova linha foram ilustradas por
mulheres de várias áreas artísticas,
entre elas a tatuadora Bruna
Yonashiro, a ilustradora e de-
signer de superfície Paula
Jardim e a grafiteira
Panmela Castro. Elas se
expressaram por meio
de sketches, cada uma
com seu estilo e técnica favo-
rita, que vão desde as tradicionais
aquarelas ao grafite, passando por
canetas de nanquim e até pintura
com café. O resultado pode ser
visto em seis capas diferentes, nos tama-
nhos 9x13 cm e 14x21 cm.
Tilibra apoia portadores de necessidades Engajada social-
mente, a Tilibra,
por meio de repasse
pelo Fundo para a
Infância e Adoles-
cência, inaugurou
o Quiosque Tilibra:
Arte de Ser Feliz,
localizado dentro
da APAE Bauru, en-
tidade que atende
dezenas de pesso-
as com necessida-
des especiais. Mais
de 100 usuários da
instituição pode-
rão desfrutar diaria-
mente do espaço,
destinado a oficinas
de dança, artes e atividades recreativas. Além dessa ação, a
Tilibra, através da ACCO Brands, intermediou o processo de
recebimento de 275 cadeiras de rodas doadas pela Free Whe-
elchair Mission. Após levantamento feito pela SORRI-Bauru,
as cadeiras beneficiaram 16 entidades bauruenses.
O quiosque busca desenvolver potencialidades e proporcionar formação cidadã aos usuários.
Invenção da esferográfica
O jornalista László Bíró
inventou a caneta esfero-
gráfica quando viu uma
bola rolar sobre uma poça
d’água e deixar um rastro.
Juntou-se ao irmão para
criar uma versão viável co-
mercialmente.
O início
Em 1938, os irmãos Bíró
patentearam o design com
a pequena bolinha na pon-
ta, que rolava e liberava
a tinta. Dois anos depois,
começaram a licenciar o
modelo.
A BIC
Em 1950, Marcel Bich
lançou a primeira versão
da caneta sob a licença dos
irmãos Bíró, a BIC Cristal.
Resolveu algumas falhas e
deu início à produção em
massa e de baixo custo.
O furinho lateral
O furo serve para igua-
lar a pressão atmosférica
dentro e fora da caneta.
Sem ele, não seria possível
usar o objeto no topo de
um prédio, por exemplo.
A diferença na pressão
faria com que a caneta
estourasse.
O furo na tampa
Em 1991, as canetas ga-
nharam abertura na tampa
com o objetivo de aumentar
a segurança. O furo diminui
o risco de sufocamento, já
que permite a passagem
de ar caso a tampa seja
engolida.
Curiosidades
Revista da Papelaria
Empresa mais admirada do mundo
A International Paper,
líder global na produção
de papéis não revestidos
e embalagens, foi elei-
ta pela revista Fortune
como a empresa mais admirada no setor de produtos
florestais e de papel. Esta é a 11ª vez que a IP lidera a
lista do ranking anual das ‘Empresas Mais Admiradas
do Mundo’ nessa categoria. As empresas são pontua-
das em nove itens, entre as quais: habilidade em atrair
e reter talentos, inovação, qualidade dos produtos e
serviços, responsabilidade social com a comunidade
e com o meio ambiente.
Com 70 mil profi ssionais ao redor do mundo, a IP lidera a lista da Fortune pela 11ª vez nos últimos 12 anos.
Contagem regressiva para a Feira Natal Show
São apenas cinco anos de existên-
cia, mas suficientes para a Feira Natal
Show se consolidar como a principal
plataforma nacional de lançamen-
tos e geração de negócios do setor.
O evento, promovido pela Francal Feiras, é o grande responsável pelo
abastecimento desse mercado va-
rejista no Brasil, respondendo por
80% dos R$ 1 bilhão movimentados
anualmente.
A Natal Show será realizada em
São Paulo, de 31 de maio a 3 de junho,
data ideal para o varejo garantir os
estoques em tempo hábil. Cerca de
120 empresas estarão reunidas numa
área de 25 mil m².
A expectativa é de superar os 24,2 mil visitantes do ano anterior, entre os quais lojistas, decoradores, supermercadistas e compradores corporativos.
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8 abril de 2014
Tecnologia
Revista da Papelaria
Dia do ConsumidorVirtual chegaao BrasilA
primeira quarta-
feira após o dia
15 de março será
o Dia do Consu-
midor Virtual, que teve a
primeira edição em 2014.
Esta passará a ser a data da
primeira grande promoção
anual na internet brasileira.
Neste ano, mais de 500
lojas do varejo on-line par-
ticiparam, com ofertas de
produtos nas mais diversas
categorias. Os descontos
chegaram a até 60%, e o fa-
turamento chegou a ser 50%
superior ao de uma quarta-
feira comum.
Para evitar dor de cabeça,
é aconselhável pesquisar
a reputação do site e ficar
atento aos canais de comu-
nicação da loja. Os proble-
mas podem ocorrer, mas o
principal é como a empresa
vai resolvê-los, de acordo
com a consultoria NeoAssist.
As regras de prazo, entrega e
pagamento também mere-
cem atenção.
Segundo pesquisa do e-
bit, os segmentos que mais
geraram vendas na internet
brasileira no ano passado
foram os de moda e acessó-
rios, seguidos pelos setores
de cosméticos e perfumaria.
Poder de compra dos aplicativos
A consolidação do merca-
do de smartphones e tablets
nos últimos anos resultou em
um crescimento significativo
na utilização dos aplicativos
móveis. De acordo com uma
pesquisa global realizada pela
Flurry Analytics no início do
ano, houve um aumento de
115% no mercado de aplicati-
vos em 2013.
“A nova realidade dos con-
sumidores é fazer o que pre-
cisa, quando puder e onde
estiver, basta estar conectado.
E, para atingir a expectativa
desse público, é necessário
inovar e implantar serviços
que facilitem o dia a dia dos
O comércio eletrônico no Brasil deve movimentar cerca de R$ 53,1 bilhões em 2014, crescimento de 23% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da E-Consulting.
consumidores e ofereça be-
nefícios”, afirma André Ta-
pajós, CEO do Grupo Tap 4,
empresa especializada no de-
senvolvimento de aplicativos
nas plataformas modernas.
Tendo em vista os bons
resultados da primeira edi-
ção do Dia do Consumidor
Virtual e a crescente adesão
pelo consumo on-line, fica
cada vez mais aparente a
necessidade de as empresas,
sejam elas pequenas, médias
ou grandes, investirem, de
alguma maneira, no merca-
do virtual.
9Revista da Papelaria abril de 2014
Som portátilO mercado tecnológico conta agora com
a caixa de som portátil Jukebar, da marca
holandesa Trust, que chegou recentemente
ao Brasil. Tablets, smartphones, laptops e
MACs com ou sem conexão Bluetooth são
compatíveis com o produto. A Jukebar
possui visual discreto e grande potência,
com gadget que funciona sem fios a até
10 metros de distância. O microfone em-
butido permite o uso tam-
bém para chamadas
telefônicas. A bate-
ria interna permite
até 17 horas de fun-
cionamento. www.
trust.com/19275.
Câmara aprova Marco Civil da Internet
Após longa negociação, a
Câmara aprovou o Marco Ci-
vil da Internet, que cria regras
que regulam privacidade,
transparência e liberdade no
uso da rede. Ao todo, foram
três anos e cinco meses para
criar lei que disciplina o uso
da web. No entanto, para a
lei ser efetivada, é necessá-
ria ainda a aprovação pelo
Senado, prevista para final
de abril.
10 abril de 2014
Tecnologia
Revista da Papelaria
Prazo para adequação ao eSocial é adiadoApós pressão do empre-
sariado, mais uma vez o
governo decidiu prorrogar o
início da obrigatoriedade de
adesão ao eSocial. Todas as
empresas, de qualquer porte,
são obrigadas a se adequar
ao novo sistema, conhecido também como folha de paga-
mento digital. Agora, as empresas com receita anual acima
de R$ 78 milhões deverão fazer a substituição definitiva das
atuais guias de recolhimento a partir de janeiro de 2015 —
mesma data em que as demais empresas começam a aderir
ao projeto.
Nova geração de USBA Kingston lança USB inovador, que fun-
ciona com duas interfaces. Em um formato
compacto que combina USB e microUSB, o
DataTraveler microDuo permite a expansão
da capacidade de armazenamento de tablets
e smartphones Android em até 64 Gb, com
total portabilidade. A interface dual permite
a transferência de arquivos sem precisar uti-
lizar um PC, faz backup de arquivos de qual-
quer lugar e transfere de um dispositivo para
o outro com facilidade.
Para limpeza de eletrônicos
Você sabia que o te-
clado de um computador
pode abrigar cerca de
3.295 bactérias e micro-
organismos prejudiciais
à saúde? É o que diz uma
pesquisa da Universidade
do Arizona, nos Estados
Unidos. Pensando nisso,
a AF International apre-
senta três soluções para
aparelhos tecnológicos
e telas: o Multi-Screen
Clene, limpador universal
para todos os tipos de tela;
o Screen-Protector, pro-
duto em spray de 25 ml,
acompanhado por uma
flanela de microfibra,
indicado para usuários
em busca de portabilida-
de; e o Ar Comprimido
Sprayduster, especial para
limpeza de poeira e sujei-
ra de áreas inacessíveis de
equipamentos eletrôni-
cos em geral.
O eSocial vai facilitar o cruzamento de dados e a
verificação de falhas e fraudes.
Varejo
12 abril de 2014 Revista da Papelaria
Como uma mãe viu a oportunidade de independência no seu cotidiano
O olhar feminino que abriu negócio
TEXTO: JOYCE FREITAS
Há quatro anos, Sandra Aradzenka
comprava o material escolar de
seu filho na cidade de São Paulo.
Pesquisando, entrou em uma pa-
pelaria cujo dono estava passando o ponto.
Recém-saída de uma empresa multinacio-
nal, Sandra se interessou e resolveu fazer
uma pesquisa de mercado, conversando
com outros lojistas para entender se seria
ou não um bom negócio. “Os papeleiros
falaram que era melhor abrir uma do zero,
para não trabalhar com estoque antigo, pro-
dutos velhos. Eu aceitei a sugestão e abri a
loja”, explica.
O que Sandra considera um chamativo
para mulheres, como presentes e miudezas,
virou seu negócio. A Papelaria Butterfly oferece artigos escolares, presente, bazar,
caixas organizadoras e itens de escritório.
Como a loja é nova, a proprietária não se
preocupa com mudanças no formato, mas
em mexer na organização e disposição dos
produtos de acordo com a época do ano. Ao
longo desses anos, sua principal conquista
foi reunir um público fiel, mesmo com a
enorme concorrência no bairro da Mooca.
“Tem gente que não gosta da confusão de
lojas grandes e vem na Butterfly”, afirma.
Além disso, ela busca atrair mais clientes,
tanto moradores quanto de escritório com os
serviços: cópia, plastificação, encadernação,
carimbos, encapamento de livros e etiqueta-
mento de material escolar. “Os pais não têm
mais tempo. Alguns só ligam, informam o
que querem, — por exemplo, a lista escolar do
2º ano da escola ‘tal’ —, pagam pelo banco e
a loja entrega tudo na escola, com nome do
aluno, tudo etiquetado”, explica.
Mesmo estando apenas desde 2010 no
segmento, Sandra observa com atenção os
problemas. O principal, atualmente, é encon-
trar funcionários engajados, pois a papelaria
já perdeu empregados, inclusive depois de re-
ceberem treinamento. No momento, há três
trabalhando no local. Reclamação comum
no setor, os altos impostos para pequenas
A principal conquista foi reunir público fi el, mesmo com a enorme concorrência. A Papelaria Butterfl y oferece artigos escolares, bazar, caixas organizadoras e itens de escritório.
Temos o site, mas não fomos para loja virtual porque é como ter uma fi lial
Sandra Aradzenka
Varejo
14 abril de 2014 Revista da Papelaria
Nome: Papelaria Butterfl y.Localização: Mooca, São Paulo (SP).Fundação: abril/2010.Funcionários: 3.Região que abrange: Mooca e regiões próximas.Filiais: não possui.Área: cerca de 100 m².Serviços oferecidos: cópia, encadernação, plastifi cação, carimbos, encapamento de livros, etiquetagem de material escolar, recarga de Bilhete Único.Perfil do cliente: estudantes, escritórios, pequenas empresas.A vitrine precisa ter: produtos sazonais.Produtos mais vendidos: bazar (canecas) e material escolar (cadernos).Principais fornecedores: Jandaia, Inawa, Carpe Dien, Fina Ideia, Dermiwil, Guthi, Inpaper.Que aspectos do mercado precisam ser discutidos: cartão educação e impostos.Para saber mais: www.papelariabutterfl y.com.br ou (11) 2372-0878.Como chegar: Rua Jumana, 315 – Mooca – São Paulo/SP CEP: 03121-030.
Direto da Revenda
tar, quando deveria estimular o comércio e
a indústria.
Sandra comenta, ainda, que a internet
transformou muito o setor, que ela considera
acabado: “As pessoas compram mais por vias
eletrônicas do que nas lojas físicas. O cartão
educação seria uma medida para ajudar no
movimento”. Uma clientela que gera lucro
são os diversos escritórios e consultórios
no bairro, que compram tanto os itens co-
tidianos quanto artigos de informática. Para
atrair, a Butterfly oferece diversos produtos
do gênero, além de acessórios para celular e
até recarga de Bilhete Único e outros cartões
para transporte público.
O próximo objetivo é iniciar o comércio
eletrônico. “Temos o site, mas não fomos
para loja virtual porque é como ter uma
filial”, afirma Sandra. Para ela, é necessário
estar atento ao alcance nacional que a inter-
net gera, sendo preciso oferecer um mix de
produtos menor, estar sempre atualizada. O
futuro da Papelaria Butterfly pode ser muito
promissor.
empresas também incomodam a lojista. Os
preços que os fabricantes praticam são outro
ponto, o que a leva a comprar em distribui-
dores, nos quais consegue adquirir diversas
marcas por valores mais acessíveis. Mas uma
questão muito importante para Sandra é o
chamado “cartão educação”: um cartão que
começou a ser fornecido aos estudantes da
rede pública para que comprem o material
necessário nas papelarias de sua região, em
vez de continuarem recebendo tudo do go-
verno. O Distrito Federal e cidades do interior
de São Paulo começaram a adotar o sistema,
que ainda não se espalhou. “Temos muitas
escolas municipais e estaduais aqui, mas não
é o nosso público, nosso público é particular.
O pessoal de escola pública vem aqui só com
três ou quatro itens que o professor vai pre-
cisar. Eu vejo centenas de alunos passando
na porta da loja e fico com aperto no coração.
O cartão seria a saída ideal, porque traria os
estudantes de escola pública de volta”, diz.
Para a papeleira, o governo se tornou um
concorrente com o qual é impossível dispu-
Tem gente que não gosta da confusão de lojas grandes e vem na Butterfl y
Sandra Aradzenka
Capa
Sebrae-SP, Serviço de
apoio às micro e pequenas
empresas. Regional de
São Paulo.
TEXTO: RACHEL ROSA
Chegar ao número 200 é um privilégio. Afinal, contabilizar 200 edições publicadas é o resultado de duas décadas de existên-cia, acompanhadas por mudanças no mercado, nos hábitos de consumo e na forma de produção da notícia.
Para comemorar o feito, nada melhor do que presentear os leitores com muita informação útil, que podem (e devem) ser aplicadas ao dia a dia do trabalho. A Revista da Papelaria selecionou especialistas de diferentes áreas para dar valiosas dicas aos empresários do setor e, principalmente, inspirá-los a fazer o negócio crescer em dois aspectos: lucro e qualidade.
Como disse Steve Jobs, “estou convencido de que quase a metade do que separa os empreendedores de sucesso dos sem sucesso é pura perseverança”. Não há receita mágica, mas tomar alguns cuidados e sempre buscar conhe-cimento garante o diferencial.
O bom empreendedor
1Tem persistência. É o sonho do empreen-dedor que está ali, na empresa. Precisa estar
motivado, convicto, entusiasmado e crente nas possibilidades. Deve estar consciente, desde o início, de que empreender é um desafio. Por isso, não pode desanimar.
2Tem iniciativa. O empreendedor é o líder, o cabeça da empresa. Ele não pode esperar que
alguém resolva seus problemas. Ele deve ir atrás e buscar soluções, além de estar sempre atento ao movimento do mercado, dos clientes e também dos concorrentes para encontrar melhorias para a empresa e novas oportunidades de negócios.
ediçõesdicaspara o sucesso
Capa
18 abril de 2014 Revista da Papelaria
3 Corre riscos calculados. O empreendedor de sucesso aceita riscos, mas sabe onde pisa,
sabe até aonde pode ir, até onde arriscar.
Como manter o varejo saudável
11A inadimplência é um vírus que prejudica a economia como um todo. Quando ela existe,
o lojista perde o cliente porque grande parte dos consumidores inadimplentes fica impossibilitada de consumir a prazo, deixando de ativar a roda da economia.
12O lojista que não encara como essenciais o crédito e a cobrança está fadado à falência.
Quem trabalha com parcelamento vende mais.
13Para o varejista correr o menor risco possível de inadimplência, é viável a utilização do
SPC Brasil, que fornece uma lista com o cadastro do descumpridor.
14Se cinco dias após o vencimento de uma par-cela o cliente não quitar a dívida, sugiro que
o lojista registre o nome do inadimplente no SPC. É o próprio varejista quem tira o nome do cliente da lista mediante o pagamento da dívida.
15Para ter acesso ao serviço, basta o lojista procurar o SPC de sua cidade e filiar-se. A
partir daí, ele poderá consultar e fazer o registro de clientes quando necessário. Todo o processo é realizado pela internet.
16Vale a pena estar aberto a negociações, pos-sibilitando o parcelamento da dívida. Esse é
um método bastante eficaz.
17Ao facilitar a vida do cliente, o empresário faz com que ele tenha uma consideração
especial pela sua loja.
Roque Pellizzaro
Júnior, presidente
da CNDL (Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas) e
proprietário da Lux Papelaria.
4 Exige qualidade e eficiência. O em-preendedor não pode estar disposto
a oferecer qualquer tipo de produto ou serviço para o cliente. Assim, deve exigir o mesmo comprometimento dos cola-boradores, que também devem buscar o melhor.
5Tem comprometimento. O empreendedor faz um sacrifício pessoal ou despende um
esforço grande para completar uma tarefa. Deve estar disponível para colaborar com os empre-gados para terminar um trabalho, além de se esforçar para manter os clientes satisfeitos.
6Busca informações. O empreendedor de-dica-se pessoalmente a obter informações
de clientes, fornecedores ou concorrentes. Ele mesmo investiga como fabricar um produto ou fornecer um serviço e consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.
7 Estabelece metas. O empreendedor deve es-tabelecer metas e objetivos que são desafian-
tes e que têm significado pessoal. Define metas de longo prazo, claras e específicas. Ele estabe-lece os objetivos e mensura os resultados.
8Planeja e monitora sistematicamente. O empreendedor deve planejar. Precisa,
constantemente, revisar seus planos, levando em conta os resultados obtidos e as mudanças circunstanciais. Mantém registros financeiros e os utiliza para tomar decisões.
9Faz rede de contatos. O empreendedor deve frequentar feiras e outros eventos em que
estão pessoas diretamente ligadas ao seu setor de atuação, como possíveis clientes e fornece-dores. Cada pessoa que conhece nessas oca-siões pode gerar uma expectativa de negócio. Deve agir para desenvolver e manter relações comerciais.
10Tem independência e autoconfiança. O bom empreendedor tem autoconfiança,
acredita em si mesmo. Se não acreditasse, se-ria difícil tomar a iniciativa. A crença em si faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar diferentes tarefas, enfim, torna-o mais empreendedor. No entanto, ele deve estar aberto a ouvir a opinião dos colaboradores, que também estão no dia a dia da empresa e podem contribuir com percepções.
18 A cobrança não pode ser realizada
enquanto a pessoa estiver em
seu ambiente de trabalho ou em horário
inoportuno, como durante a madrugada.
É válido treinar uma pessoa da própria loja
para fazer essa abordagem junto ao cliente.
19Todos os varejistas repassam o prejuízo da inadimplência para o preço dos produtos.
O problema é que o lojista com grande número de clientes devedores vai repassar um valor maior a esses artigos se comparado ao concorrente que possui um pequeno número de consumidores na mesma situação.
20Procure sempre investir em portfólio de pro-dutos, aparência da loja e vendas a prazo.
19Revista da Papelaria abril de 2014
motivados a crescer é criar programas de reconhe-cimento. Premiar é uma forma de agradecer pelo esforço do funcionário e mostrar aos demais que tipos de comportamentos são desejados e valori-zados na empresa.
28Seja justo: um dos sentimentos que mais corroem o bom clima organizacional é a
falta de confiança na empresa. Regras devem ser-vir para todos. Quando os funcionários percebem que a lei “dois pesos e duas medidas” prevalece, se sentem injustiçados. Muitas empresas pequenas são familiares, e fazer “vista grossa” quando erros são cometidos por parentes não é saudável para o crescimento e profissionalismo da empresa.
29Ouça seus clientes: o maior patrimônio de uma empresa são seus clientes. Muitas
empresas pecam em não ouvi-los. Criar canais de comunicação e manutenção do relacionamento com o cliente é imprescindível para a melhoria e crescimento da organização.
30Crie um ambiente agradável: realizar pe-quenos eventos comemorativos, como
aniversariantes do mês e happy hours, ajudam a fortalecer os laços sociais. Esse sentimento de pertencimento fortalece a identidade da empresa e também dá a “cola” organizacional que ajuda a reter os talentos.
Varejo saudável e atuante
Administrar para o sucesso
21Planejamento estratégico: definir a visão (futuro desejado), a missão (razão da existên-
cia) e os valores (princípios éticos guias) orienta a direção e comportamentos da empresa, indicando o que e como fazer, e o que e como decidir. É difícil crescer e conduzir pessoas sem estar claro para aonde ir e como chegar lá.
22Estruture os processos internos: desenhar um fluxograma de trabalho auxilia na
compreensão e tomada de decisões a respeito do processo como um todo. Compartilhar as informa-ções com os funcionários ajuda a compreender o funcionamento total da empresa, e não apenas da sua área de atuação, fazendo-os entender o impac-to que um erro pode causar.
Meiry Kamia - palestrante, psicóloga, mestre em administração de empresas, consultora organizacional e docente em MBA de gestão de pessoas.
Abdala Jamil, presidente da Francal
Feiras, empresa promotora da
Offi ce Paper Escolar.
23Estruture os recursos humanos: des-crever cargos e funções orienta os
funcionários sobre onde começam e terminam as obrigações e auxilia na ges-tão e desenvolvimento de pessoas. Essa objetividade é importante no momento da contratação e desenvolvimento das habilidades necessárias para o cargo.
24Monitore a atuação e desenvolvimento da mão de obra: existe um “gap” entre o que
a empresa comunica e o que os funcionários en-tendem. Para minimizar, a empresa pode fazer uso da Avaliação por Competências. Essa ferramenta torna aspectos subjetivos (iniciativa, comunicação, proatividade etc.) em dados objetivos, auxiliando no desenvolvimento em todos os níveis.
25Comunicação interna deve ser habitual e cla-ra: crie o hábito de reunir os colaboradores
para uma rápida reunião para relembrar objetivos da empresa, comunicar diretrizes, tirar dúvidas etc. A iniciativa aumenta o nível de confiança entre as pessoas. Utilize, também, outras formas de comu-nicação, como cartazes e e-mails, para que todos tenham acesso à informação.
26Treinamento sempre: pesquisa realizada pela US News and World Report apontou que
68% dos clientes são perdidos por má qualidade no atendimento. Cabe à empresa investir em treina-mento, caso deseje um resultado melhor. É preciso dar as “ferramentas” (informação ou habilidades) para que os funcionários tenham melhores con-dições de exercer a função, tomar boas decisões e solucionar problemas.
27Reconheça: empresas pequenas oferecem poucas oportunidades de carreira. Uma
forma interessante de manter os funcionários
31 Procure associar-se. Entidades de
classe que falam em nome de vários
associados têm mais força para levar pleitos
aos agentes públicos.
32Diversifique. As papelarias atendem a dife-rentes tipos de público. Brinquedos, artesa-
nato, material de escritório e tecnologia (inclusive com produtos de maior valor agregado, como impressoras e tablets) são boas opções para fugir da sazonalidade do volta às aulas.
33Atualize-se. Equipe bem treinada e motivada garante boas vendas.
34Visite as feiras de negócios. Esses eventos são uma das melhores oportunidades do
ano para conhecer os lançamentos, as tendências dos principais fabricantes do setor e para obter vantagens nos negócios.
35Uma vez na feira, participe ou incentive sua equipe a participar dos seminários. Os
Capa
20 abril de 2014 Revista da Papelaria
eventos paralelos colaboram para a atualização profissional, com palestras sobre temas variados ligados ao varejo de papelaria.
36Informe-se. O setor de papelaria tem boas e variadas opções de publicações especializa-
das que falam do varejo e da indústria.
37Pratique benchmarking. Converse com ou-tros donos de papelaria, compartilhe experi-
ências, aprenda com os erros e acertos deles.
38Cuide da aparência de sua loja. Fluxo dos visitantes, displays atrativos, vitrines organi-
zadas e posicionamento estratégico dos produtos podem definir o sucesso de uma papelaria. Há profissionais especializados em dar esse tipo de consultoria.
39Não perca os negócios de oportunidade. O período de volta às aulas continua sendo o
mais importante para o varejo de papelarias, mas datas comemorativas — como Natal, Páscoa, Dia dos Namorados, Dia das Crianças — também po-dem garantir boas vendas ao longo do ano.
40Comunique-se. É importante se fazer co-nhecido. Anúncio em jornais de bairros,
patrocínio de eventos locais, distribuição de pan-fletos são importantes para que os clientes saibam tudo o que sua loja tem a oferecer.
Pequenas papelarias
41Conheça seu cliente. Uma papelaria peque-na não consegue atingir grandes clientes
por não ter competitividade. Seu foco de mercado está num raio de 500 m de sua loja. Conhecer a vizinhança é fundamental.
42Seja um negócio de conveniência. Já que preço não pode ser o seu forte, procure
atender seu cliente com um pouco de tudo do se-tor. A falta de produto é fatal. O preço alto não é.
43Tenha um mix variado. Mesmo com área diminuta, é possível oferecer produtos
complementares à papelaria, que aumentarão o fluxo de clientes na sua loja. Cópias, carimbos e outros serviços são os mais comuns. Contudo, pense em brinquedos, pequenos presentes e embalagens.
44Compre o máximo que puder à vista. Um bom modo de conseguir melhores preços
de custo mesmo com baixa escala de compras é pagar à vista. Só compre a prazo no volta às aulas e quando o desconto à vista não compensar.
45Pense no layout de sua loja. O cliente deve andar por toda a loja para conhecer o
máximo de produtos. Planeje a melhor maneira de ele circular pela loja, seja colocando o caixa no fundo ou localizando o xerox lá.
Marco Antônio Gaspar, vice-presidente de MPE’s da CDL-BH (Confederação de Dirigentes Lojistas) e proprietário da papelaria Brasilusa.
Fábio Januário, gerente de
trade marketing e gestor do
SGI (Sistema Integrado
Qualidade e Ambiental) da Dello e, ainda, palestrante no
projeto Gerando Demanda pelo
Conhecimento.
46 Mantenha uma reserva
financeira. Acidentes acontecem!
Oportunidades aparecem! Com um
pouco de dinheiro guardado, você poderá
aproveitar melhores oportunidades de
negócio ou se prevenir de algum problema
que atrapalhe seu fluxo de caixa.
47Mantenha-se informado sobre os pro-dutos do setor. Visite as feiras, assine as
revistas, atenda todos os representantes. Nosso negócio muda muito rapidamente. Ou você ainda vende muita bobina de fax?
48Tenha uma fachada e vitrines atrativas. Elas são o cartão de visita de sua loja. O
cliente que passa tem que ser atraído por uma novidade, um preço bacana ou algo inusitado. Placas de promoção fazem muita diferença.
49Tenha um bom programa de gestão. Você se surpreenderá com as ferramentas que
te ajudarão nas compras, na atenção a melhores clientes, dentre outras. No início, é difícil, mas depois vira fundamental.
50Associe-se, já que seu raio de influência não é tão grande. O concorrente pode
virar convergente, e uma associação entre vocês pode gerar compras conjuntas, com melhores preços de custo, uniformização de trabalho, de fachada etc., com maior confiabilidade dos clientes.
Pilares de um bom PDV
51Defina seu público-alvo (popular, sofisti-cado, terceira idade, jovem, família...). O
consumidor deve acreditar que o PDV foi feito para ele.
52Garanta ao consumidor uma boa experi-ência de compra. Cuide do visual da loja,
desde a infraestrutura do prédio, visual externo e interno, merchandising até o uniforme dos funcionários.
53Treine constantemente a equipe. Hoje, o shopper (comprador) é jovem, usa muito a
21Revista da Papelaria abril de 2014
tecnologia e possui elevado grau de informação para influenciar os pais. Não esqueça que vende-dor vende aquilo que conhece.
54Compartilhe informações com os principais fornecedores para ações de selling out. Eles
devem ajudá-lo a vender o que você comprou.
55Setorize e identifique a loja. Estamos acos-tumados a comprar produtos para sobrevi-
vência (comida) nos super e hipermercados. Nossa mente está acostumada com estes PDVs.
56Não monte seu negócio baseado em preço. Além de nivelar o mercado por baixo, atrairá
para a loja apenas consumidores de compra rápida. Preço é apenas condição econômica. A compra é feita por vários outros motivos.
57Ofereça em sua loja soluções em organiza-ção. Essa categoria está instalada no varejo
e poucos lojistas sabem trabalhá-la.
65Pesquisas mostram que 80% dos consumi-dores decidem comprar dentro da própria
loja quando se deparam com o produto.
66Procure sempre se colocar na posição de seus clientes e organize os espaços
de modo a facilitar a visualização das ofertas e produtos.
67 Na hora de montar o material de PDV, es-colha um local em que os produtos terão
boa visibilidade na entrada ou com bom fluxo de pessoas.
Sensus Design, empresa voltada a oferecer soluções de mercado ágeis e diversifi cadas e transformar conceitos inovadores em resultados efetivos para a empresa.
Fabio Nemer, coach, professor e palestrante em diversos eventos
e cursos, entre os quais o
projeto Gerando Demanda pelo
Conhecimento.
58Cuide do nível de ruptura de produ-tos no PDV. No Brasil, deixamos de
arrecadar 1 bilhão de reais/ano, com falta de produtos no PDV. Neste momento, a loja será trocada por outra.
59Dê atenção aos promotores que atuam na loja. Eles podem ajudá-lo tanto na expo-
sição quanto na manutenção de seu estoque, e possuem o contato direto com a fábrica.
60Use a internet. Aproveite sua rede de relacionamentos para investir em ações
cooperadas. Ex.: Crie uma página no Facebook para a loja.
Exposição de produtos
61É no ponto de vendas que o produto ganha visibilidade e desperta o desejo de compra.
62Ele deve chamar a atenção, seduzir, atrair, mexer com as emoções e sentidos. Por isso
a exposição dos produtos é tão importante.
63É fundamental transformar o ponto de vendas em um ambiente envolvente,
motivador, totalmente voltado às necessidades dos seus clientes.
64Você deve aproveitar ao máximo esse mo-mento tão precioso para a decisão de com-
pra, que é quando o cliente se encontra na loja.
68 Os materiais de ponto de venda
são excelentes aliados, desde que
usados de forma correta.
69Não há dúvidas de que bandeirolas, ade-sivo de solo, wobbler, displays de balcão e
de chão, além de outros materiais, são eficientes para chamar a atenção do consumidor na hora da compra.
70É fundamental usar essas propagandas. Use-as bem.
Invista no capital humanoe aumente as vendas
71Crie e aplique um modelo de processo se-letivo, que independa do porte da empresa
e do número de funcionários. Todos devem ser entrevistados, inclusive parentes. Nunca seja você o único entrevistador. Compartilhe sua opinião, elimine a discriminação, crie etapas para o pro-cesso de seleção, além de testes específicos para cada função a ser desempenhada.
72Crie um modelo de avaliação de desempe-nho bilateral. Avalie os funcionários men-
salmente, e todos também se avaliam nos mesmos tópicos criados para o modelo. O funcionário ideal é o que une conhecimento ao comportamento adequado. Sempre se avalie também. Quebre para-digmas, pratique o reconhecimento, descentralize e distribua as responsabilidades, sem se omitir.
73Crie um plano de desenvolvimento de carreira. Crescer profissionalmente não
significa, necessariamente, ser promovido. Toda mudança de função caracteriza uma promoção, um mérito, sem estar, precisamente, vinculada a aumento de salário e/ou benefícios.
74Realize reuniões e treinamentos periódicos com foco em comportamento e processos
Capa
22 abril de 2014 Revista da Papelaria
relacionados a cada função. Realize as reuniões de forma produtiva, pontualmente, e insira rápidos treinamentos entre os vendedores. Ex.: Em cada reunião semanal, um vendedor é responsável por falar sobre uma determinada linha de produtos.
83Fuja do atendimento desatencioso com o cliente e da desinformação quanto às es-
pecificações dos produtos (os consumidores estão cada vez mais informados graças à internet e, por vezes, sabem mais que os próprios vendedores).
84Não passe preços desalinhados à realidade de seu público (caro ou barato é relativo ao
tipo de consumidor e ao serviço prestado).
85Não deixe o ambiente escuro, sujo e desor-ganizado.
86Para inovar, inclua espaços nas lojas de-dicados à interação com o consumidor
(ambientação, promoções e experimentação de produtos nas lojas).
87Aplique processo de gerenciamento de categorias.
88Atrele a marca a eventos sociais com seus clientes (workshops são bons exemplos de
associação da marca e de troca de experiências com consumidores).
89Faça uso do comércio eletrônico (apesar de não ser novidade, para pequenos e médios
varejistas a prática de trabalhar este canal ainda é uma inovação).
90Utilize programa de relacionamento (por meio de cadastro dos clientes, conseguir
direcionar promoções, workshops etc., para cada perfil de público).
Marketing estratégico
91Conheça muito bem o processo de com-pra de seus clientes. Quanto maior o
conhecimento, maior será a fidelização. Esteja sempre atento às perguntas: Por que ele com-pra? Como ele compra? Como ele paga? Quando ele compra? Quem compra? Quanto compra? O que ele compra?
92Reserve um tempo junto com a sua equipe, reflita e discuta sobre perguntas
estratégicas como: Quem somos? Onde estamos comparando com a concorrência? Como somos vistos pelo mercado, pelos clientes? Como foi nossa evolução desde quando começamos? Para aonde vamos com os negócios e quem quere-mos ser? O que fazer para chegarmos lá?
93Analise os '4 Ps' do marketing com as perguntas: Tenho um mix ideal para
meu público? Tenho competitividade de preço junto a minha concorrência? Minha loja está
Jonathas Rosa, analista de mercado da Nielsen.
Fred Gorgulho, publicitário, empresário,
consultor de marketing,
palestrante no projeto Gerando
Demanda pelo Conhecimento.
75Profissionais de vendas devem ter sua remuneração no mínimo 100%
maior que a fixa. São esses os que atingem os melhores resultados.
76Antes de começarem na função, todos os funcionários devem ser treinados formal-
mente. Nunca coloque um novo funcionário para executar tarefas e aprender ao mesmo tempo. A margem de erro é muito alta, bem como a perda de clientes.
77O mix de produtos deve ser sempre atualiza-do, renovado, bem exposto e oferecer opções
de marcas para os clientes. Crie multiplicadores de informações sobre os produtos para manter todos sempre atualizados. O preço deve estar adequado ao seu público, mas lembre-se de que ele nunca é o principal fator de decisão da compra.
78Faça promoções de vendas que elevem o giro dos produtos, beneficiando e fidelizando
clientes, bem como estimulando seus funcioná-rios a venderem e ganharem mais. As promoções devem, claramente, sinalizar suas datas de início e fim e estar visíveis para as pessoas que passam pela loja.
79Cadastre seus clientes através dos cupons das promoções (evite usar a palavra cadastro)
e crie um banco de dados. Evite cansar o cliente com e-mail marketing, mas sempre desenvolva ações de marketing que gerem fidelização.
80Realize, sempre, ações de prospecção, ou seja, busque captar novos clientes. Use o
telefone como ferramenta e prospecte pequenos escritórios e empresas próximas a sua loja, usando como argumento de vendas condições diferencia-das e serviços como entrega.
O que evitar e como inovar
81 Evite a falta de produtos nas
gôndolas.
82Evite produtos que não são de preferência ou inadequados ao que o seu consumidor
busca (precisam estar de acordo com as necessi-dades dos clientes).
23Revista da Papelaria abril de 2014
bem localizada? As pessoas e empresas da região sabem da minha localização? Consigo divulgar bem meu negócio para pessoas físicas e jurídicas?
94Faça a mesma análise dos '4 Ps' com-parando com seus concorrentes diretos
(outras papelarias próximas a sua loja) e indire-tos (supermercados, por exemplo).
A venda para o homeme para a mulher
101Você precisa saber que não existem cérebros unissex. Anatomicamente e fi-
siologicamente, cérebros masculinos e femininos são diferentes, o que gera estratégias de compras bem diversas.
102O homem sai para caçar e a mulher, para coletar. Não avance querendo fazer uma
venda agressiva. A loja é o campo e o produto, a caça. Se você avançar, ativará a amigdala, uma área cerebral ligada ao medo.
Pedro Camargo, consultor em
biologia do comportamento do consumidor,
será um dos palestrantes no Neurobusiness
Expo Fórum.
95 Através de treinamentos,
campanhas de incentivo e muito
feedback, mantenha sempre a sua equipe de
loja orientada, controlada e muito motivada.
Lembre-se de que quem não detém a
informação, não pode ser responsabilizado.
96Para maximizar suas vendas, não pense somente no farto período de volta às aulas.
Trabalhe, com empresas e escolas particulares locais, a viabilidade de você fornecer produtos para o Dia do Professor, o Dia da Secretária, o Dia da Mulher etc.
97Faça uma análise para saber os seguintes pontos importantes da empresa: forças
internas (o que tem de melhor perante concor-rência e mercado); fraquezas internas (o que tem a melhorar); oportunidades externas (o que vê de oportunidade para ganhar mais dinheiro com clientes existentes e futuros); ameaças externas (o que o mercado, a situação econômica do setor, pode vir a interferir nas vendas e/ou clientela).
98Para qualquer mudança/atitude que você venha a tomar e que envolva custo/inves-
timento, sempre tenha as respostas das seguintes perguntas: O que vou fazer? Por que preciso fa-zer? Como vou proceder? Onde vou fazer? Quem será o responsável? Quando vou fazer? Quanto será o valor?
99Sempre mantenha aberto um canal de relacionamento com o cliente para ouvir
sugestões, críticas, elogios etc. Este canal pode ser via site, Facebook, e-mail, formulário de loja preenchido à mão, telefone etc.
100Através de treinamento, implante uma cultura para seus colaboradores
de que o cliente sempre tem razão e que é peça fundamental em qualquer modelo de negócio. O importante é o colaborador ter conhecimento es-tratégico de como atender clientes impertinentes, revertendo uma reclamação em venda.
103O homem tem um padrão de
compra muito diferente do pa-
drão da mulher: ela escolhe mais porque
foi coletora e precisava saber o que era
perigo e o que não era. O homem foi um
caçador e, portanto, seu comportamento
de compra é get in, get it, get out (entra,
pega e sai). Por isso, não fique escondendo
produtos no fundo da loja para o homem
andar muito. Ele desiste acaba por desistir
da compra.
104Não adianta fazer perguntas de satis-fação do consumidor na loja. 95% das
informações que recebemos estão no incons-ciente e, assim, ele ou ela não vão saber dizer o que sentem realmente.
105A última mudança na arquitetura do nosso cérebro é de pelo menos 180.000
anos, por isso ainda pensamos e agimos como caçadores e coletores.
106As mulheres são mais empáticas por natureza, têm mais ocitocina, hormônio
da confiança. Assim, olhar nos olhos dela ajuda a vender (e muito).
107 Se for vender para homens, fale no ou-vido direito deles, pois nossos sentidos
são cruzados e as áreas da compreensão da fala estão no lado esquerdo do cérebro. Isso aumenta a eficiência da mensagem.
108Não crie clima na loja porque a mulher tem neurônios espelho mais ativos e
pode perceber um mínimo sinal de disputa no ponto de venda, mesmo depois de terminado. Ela lê muito bem microexpressões faciais, incons-cientemente.
Capa
24 abril de 2014 Revista da Papelaria
109Vozes masculinas grossas podem ajudar a vender mais para mulheres. É sinal de
que o sujeito tem altos níveis de testosterona e isso atrai a atenção feminina.
110Se o homem tiver um rosto quadrado, sobrancelhas grossas, pelo no rosto e se
a diferença entre o dedo anelar e o indicador for grande, é sinal de que ele tem um nível alto de tes-tosterona. Não coloque outro homem para vender para ele, mas sim uma mulher. Ele é um macho alfa, um pavão, e vai querer agradar a mulher.
Linguagem para influenciar
111A Programação Neurolinguística (PNL) é uma ferramenta capaz de ajudar o
indivíduo a alcançar os seus objetivos traba-lhando o próprio pensamento. Ela funciona como um manual, trazendo instruções de como se utilizar melhor os recursos que possuímos no cérebro.
112A PNL atua nos negócios de duas ma-neiras. Na comunicação, ela ajuda a
melhorar tanto as relações internas, entre os empregados, quanto as relações externas, com clientes e fornecedores. A prática também é ca-paz de trabalhar a competência do funcionário. Se a função for, por exemplo, liderar, ela vai criar um líder de fato.
113A PNL vai influenciar diretamente nas vendas, no marketing e na divulgação
da empresa. Por meio dela, o funcionário vai estar mais preparado para bater metas e ne-gociar.
117Por meio do site da SBPNL (www.pnl.com.br), os interessados encontram entrevistas
e explicações sobre o tema.
118Diversos cursos são realizados em São Paulo. Empresários de outros estados
podem contar com o serviço por meio da visita de um instrutor.
119Os cursos da SBPNL são acessíveis ao pequeno e ao grande empresários, sendo
importante lembrar que esse é um investimento que traz retorno.
120Os treinamentos visam a desenvolver o que a pessoa tem de melhor, além de
estimulá-la a enfrentar o que ainda a limita, sendo importante tanto para a vida profissional quanto para a pessoal.
Por trás do nome da loja
121A importância de escolher bem o nome da loja é enorme. É ele que se torna de-
positário do reconhecimento e da identificação por parte dos clientes.
122O nome mal escolhido não é aquele difícil de escrever ou irreverente, mas
o que não forma uma solução carismática. Por outro lado, usar um nome registrado por outrem é receita de fracasso, configurando-se em crime de marca.
123Escolher o nome da empresa é bastante complexo. Usar nomes parecidos ou que
se confundam com a concorrência não ajuda. Deve-se evitar copiar o vizinho, pois o cliente vê isso como expressão de qualidade inferior.
124O correto é buscar a unicidade e a origi-nalidade, muitas vezes utilizando termos
cunhados ou neologismos. Uma papelaria pode até chamar-se Paco, se ali houver um papagaio com esse nome e que cante no meio da loja.
Vanessa Pasquini,
proprietária da Novetà
Criatividade e especialista
em naming, metodologia
utilizada para criar descrições
de negócios.
Alexandre Bortoletto, instrutor da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística.
114É importante destacar que, ao apostar na PNL, o lojista não so-
mente terá esse investimento refletido em suas vendas. Por meio dela, o balconista, por exemplo, vai se sentir mais satisfeito com ele mesmo, com seus resultados. Essa é uma maneira de investir na equipe.
115É importante que todos, proprietários e funcionários, informem-se sobre o
tema e participem de treinamentos.
116O trabalho feito não é para manipular o consumidor, mas para investir em uma
linguagem capaz de influenciar as pessoas. O funcionário, por meio da PNL, vai ficar mais apto a olhar para o cliente e a enxergar a sua necessidade, atendendo-o de maneira diferenciada, garantindo, portanto, o seu retorno à loja.
125 É a irreverência e a
diferenciação que fazem do
nome um elemento memorável sobre o qual
o comércio se capitaliza, pois é dele que os
clientes se lembram.
126Para proteger o nome do estabeleci-mento, busque o registro no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
25Revista da Papelaria abril de 2014
127Para fazer com que o nome seja conhe-cido, construa uma solução articulada
e coerente por meio da fonética e da linguística. Músicas e slogans também são excelentes ferra-mentas. Surpresa e encantamento na publicidade são outras formas de obter memorização.
128Acoplar a palavra “papelaria” ao nome escolhido pode ser feito caso combine,
mas não é essencial. Esse descritivo pode ser colocado sem muito destaque no cartão de visita, no site ou na fachada da loja, caso haja necessi-dade.
129Mais que falar com o público-alvo, o nome precisa emocioná-lo. Em con-
trapartida, focar excessivamente pode segregar o negócio. Atingir novos públicos é possível por meio de ações de publicidade, com imagens ou slogan e até mesmo com um cartão de visitas especial.
130Não é aconselhável a troca do nome da empresa, a não ser em caso de recebi-
mento de notificação extrajudicial. O nome é o R.G. do business. Mudança pode causar confusão para o cliente.
Com total apoio da lei
131As principais razões que levam o fun-cionário a entrar com uma ação contra
o empregador são diversas. Há pedido de indeni-zação por danos morais, de integração das comis-sões ao salário, mas a maioria está relacionada à hora extra e também à falta de registro na carteira profissional.
132A empresa que deixa as normas tra-balhistas em segundo plano pode ter
problemas com a fiscalização e ser alvo de ações judiciais, responsáveis pela perda de credibilidade diante dos consumidores e de espaço frente aos concorrentes. Além disso, a empresa fica malvista no mercado de trabalho.
136No Brasil, infelizmente, o escritório de advocacia só é lembrado quando a difi-
culdade surge. A falta de uma cultura de precaução gera grande quantidade de demandas judiciais.
138Outra alternativa para os empregadores é a auditoria trabalhista. Realizada por pro-
fissionais da área jurídica, ela tem como objetivo apontar os erros cometidos pela empresa, indicar as medidas corretivas e fazer o empresário seguir corretamente a legislação.
139É aconselhável realizar esse processo anualmente. A auditoria trabalhista é
acessível também às pequenas empresas.
140A correção das falhas é a melhor maneira de se livrar de futuras dores de cabeça.
Situações que levam a dificuldades
141Incorreta formação de preço. Muitos comerciantes, ainda hoje, têm seu pro-
cesso de formação de preço de modo empírico ou divorciado de premissas técnicas. A empresa necessita de profundo controle e gestão das des-pesas comerciais, administrativas e financeiras do negócio para poder basear os preços.
142Oferta de produtos. Como o público do varejista é o consumidor final, é
fundamental que os estabelecimentos possuam um mix de produtos adequado à demanda. Não pode haver desabastecimento de alguns produ-tos e nem dificuldade de giro em outros: o varejo necessita de precisão na oferta.
Sandra Sinatora, advogada especialista em Direito do Trabalho, da Ragazzi Advocacia e Consultoria.
Artur Lopes, advogado e
consultor de empresas,
especialista em gestão de crises
organizacionais.
133Muitos empregadores respeitam os direitos dos funcionários, mas
não seguem as determinações quanto à forma prevista em lei para a realização de cada procedimento. Isso significa que, diante de uma fiscalização ou pro-cesso trabalhista, eles não possuem a documentação exigida que comprove o cumprimento dessas obrigações.
134É aconselhável que o empregador deixe de lado a “camaradagem” e fique atento
aos cuidados que a legislação exige.
143 Defi ciência no atendimento.
O comerciante varejista deve
prover um atendimento cordial, efi caz e
com respeito ao consumidor. O treinamento
de seus funcionários é um requisito
fundamental para o sucesso do negócio.
144Escolha do ponto ou localização. A inadequada escolha do ponto comer-
cial, da localização do estabelecimento, pode comprometer o negócio.
145Alianças com fornecedores. Para bem atender os seus consumidores, o va-
rejista deverá manter uma relação estreita com seus fornecedores, de modo a obter condições melhores que possam ser repassadas aos seus clientes.
Capa
26 abril de 2014 Revista da Papelaria
Christian Barbosa,
consultor, autor e palestrante;
é o maior especialista
no Brasil em administração
de tempo e produtividade.
146Falta de indicadores. O varejista deve de-senvolver indicadores para a boa gestão
de seus negócios e guiar-se por eles.
147Ferramenta gerencial. Além de guiar-se por indicadores próprios da atividade, a
gestão de uma empresa varejista exige atenção constante aos resultados, assim, se algo não anda bem em um ou em outro mês, o empresário atento poderá modificar o rumo imediatamente.
148Gestão do caixa. A boa gestão de uma empresa varejista passa sempre pela
boa gestão e preservação do capital de giro. O ciclo operacional, sempre que possível, deve ser positivo, ou seja, o comerciante deve vender seus produtos em prazos inferiores aos que ele pratica com seus fornecedores, de modo que a atividade tenha um financiamento natural.
Causas do insucesso
149Sabemos que educação não é o ponto forte do Brasil, principalmente quando
comparada à de outros países. Falando especifica-mente de empreendedorismo, a situação é ainda pior. Praticamente inexiste formação básica para ensinar os estudantes a lidar com dinheiro, fazer planejamento, gerir recursos humanos, entre outros.
150A criação de negócio com boa chance de sucesso deve ser a elaborada com
base em plano de negócios bem detalhado, com muita busca de informações, riqueza de deta-lhes, simulação de cenários e planejamento de alternativas.
cimentos e autodesenvolvimento. Vivemos na era da hiperinformação, há conteúdo disponível sobre qualquer assunto na internet, livros, cursos, treinamentos, enfim, uma gama enorme de pos-sibilidades para aprender.
154Não é por falta de oportunidade que alguém não se aperfeiçoa.
155É necessário reconhecer que admi-nistrar um negócio não é fácil, pois
requer conhecimento em muitas áreas, como liderança, administração, gestão de tributos, técnicas de vendas, finanças, entre outras, sem mencionar os requisitos específicos necessários a cada negócio.
156É obvio que existem negócios mais ren-táveis que outros, mas não tenho dúvida
em afirmar que os fatores mais decisivos sobre o sucesso ou fracasso estão intimamente ligados aos conhecimentos e comportamentos do empresário que o dirige.
157Ser empresário é fácil. Qualquer pes-soa que redigir um contrato social e
registrá-lo será, imediatamente, um empresário. Contudo, tornar-se empreendedor bem-sucedi-do não é tarefa simples. Depende do desenvol-vimento dos comportamentos empreendedores, necessários a qualquer pessoa que deseja criar um negócio de sucesso.
158Faço parte do grupo dos otimistas que acreditam no potencial do brasileiro.
Mas não posso ter a ilusão de achar que não é necessário bastante esforço. Sem educação, pla-nejamento e muito trabalho, não é possível atingir o sucesso.
Administração de tempo
159Defina sua estratégia. Qual a estratégia da empresa para os próximos 12 meses?
Qual a missão do negócio? O que os concorren-tes estão fazendo de positivo, e o que você fará a respeito desse fato? Reserve um tempo para visualizar o negócio: 3, 5, 10 anos para frente. Uma estratégia eficaz é a única forma de torná-lo relevante nos próximos anos.
152Via de regra, negócios são iniciados com pouca ou nenhuma folga de capital de
giro. No planejamento malfeito, considera-se que a empresa logo comece a faturar, que os clientes naturalmente afluirão ao negócio e que impre-vistos não acontecerão. Por isso, se gasta todo o dinheiro disponível na montagem e estruturação, sem a reserva de um montante que seja suficiente para fazer frente aos custos fixos.
153Infelizmente, são pouquíssimos os empresários que buscam novos conhe-
151 Ao contrário disso, na maior parte
das vezes, o negócio começa
com poucas informações e quase nenhuma
experiência na administração. É justamente aí
que reside um grande problema.
Renato Maggieri, consultor, atuou por mais de 18 anos como professor universitário, auditor e executivo fi nanceiro.
160Transforme sua estratégia em metas. É seu papel transformar
estratégias em metas e desenvolver ati-vidades que precisam ser executadas no dia a dia pela equipe. Sem isso, se gasta tempo demais com coisas que não trarão resultados para o negócio.
27Revista da Papelaria abril de 2014
Fernando Loch, arquiteto
com MBA em grenciamento
de projetos, realiza
palestras/aulas nos Ciclos de
Estudos da Prosperidade
promovidos pela Seicho-
No-Ie do Brasil.
161Defina prioridades claras. Um dos maio-res problemas que os empreendedores
podem sofrer é a falta de definição de como a equipe deve investir o tempo. Sem uma política clara e explícita de prioridades, tudo na empresa se transforma em urgências. Reserve tempo para criar essa matriz de prioridades e divulgue ao time.
162Senso de importância em vez de senso de urgência. Não faça da equipe um
time de corrida, faça dela um time que saiba prevenir urgências, que gaste tempo com coisas realmente importantes e que saiba planejar para alcançar resultados pessoais e profissionais. Faça isso transparecer aos clientes e não apenas como uma reação a reclamações.
163Crie sistemas. Faça a empresa viver sem você. Para isso, crie sistemas que per-
mitam a equipe se guiar para trazer resultados. Como o cliente deve ser atendido? O que fazer quando há um novo pedido? Como comprar material para o estoque? Pense nas atividades do grupo e transforme em procedimentos claros e autoexplicáveis.
164Inspire, sonhe, lidere! Faça com que cada dia seja uma oportunidade para inspirar
o time na direção do que deseja alcançar. Sonhe com os próximos passos da empresa e lidere a equipe a fazer os objetivos por eles mesmos, sem necessidade de cobrança constante.
165Escolha uma agenda. É impossível admi-nistrar tempo com base na memória. É
preciso escolher uma ferramenta para armazenar as informações. Se você for tradicional, as agendas ou planners são ideais. Se for high-tech, existem softwares específicos a este propósito. Quem for uma mistura entre os dois pode usar sites como: www.neotriad.com e www.basecamphq.com, para utilizar a internet e imprimir o que for necessário.
166Transforme grandes desafios em peque-nas atividades. Divida a tarefa grande em
subtarefas. Evite gastar três horas em atividades menores e mantenha essas tarefas bem específicas e detalhadas. Anotar o que deve ser feito ajuda a ter maior comprometimento.
167Implante a colaboração na empresa. A internet oferece centenas de aplicativos
que ajudam a gerenciar a equipe. Um empreende-dor deve macrogerenciar os objetivos da empresa e a equipe deve microgerenciar as atividades para atingir as metas. Quando tenta abraçar os dois universos, o empreendedor fica sem tempo; a empresa, sem líder e o time, sufocado.
168Tenha tempo para você. A pessoa mais importante, que sempre deve estar prio-
rizada na sua agenda, é você mesmo. Sem tempo para si próprio, o empreendedor fica ansioso, nervoso e, muitas vezes, isso acaba refletindo em problemas de saúde. Nunca negligencie seu próprio tempo em função de qualquer atividade. O retorno a longo prazo fará a diferença na sua vida e na da empresa. Assuma o papel de empre-endedor e não de escravo do seu negócio. Viva o tempo com sabedoria.
Ensinamentos iluminadores
169Atmosfera do ambiente. Ninguém gosta de passar por ruas sujas e escuras. No
comércio também é importante manter sempre o local o mais bem iluminado e organizado possí-vel. Isso atrai clientes e proporciona um conforto cognitivo melhor.
171Visualize seu empreendimento sempre cheio de clientes satisfeitos. A Lei da Atra-
ção afirma que “manifesta-se o que é desenhado na mente”.
172Aproveite as primeiras horas da manhã. Chegar um pouco antes do expediente
pode ser o suficiente para organizar as ações do dia e antecipar o êxito em sua mente de tudo o que você precisa realizar.
173Não desperdice. Muitos comerciantes não se dão conta, mas uma das formas
mais simples de aumentar os lucros é não des-perdiçar. Seja o que for, utilize com sabedoria e, principalmente, utilize bem o seu tempo.
174Planeje com antecedência. Não apenas seu orçamento, compras ou estoque,
mas tudo o que está relacionado com sua vida pessoal, profissional e familiar.
175Confie plenamente em seus funcioná-rios. Somente quem se sente valorizado,
com confiança, consegue exteriorizar plenamente suas capacidades. Elogie na frente dos outros e chame atenção de forma reservada.
170 Atmosfera pessoal. Mais
importante ainda talvez seja a
atmosfera das pessoas no local do trabalho.
Manter a fi sionomia alegre e um sorriso gentil é
como utilizar um cartaz publicitário afi rmando
que você oferece o melhor para as pessoas.
Capa
28 abril de 2014 Revista da Papelaria
Marlon Pitolli, administrador, sócio e diretor executivo da Pitoli ADM, administradora de e-commerce.
176Ofereça sempre o melhor. A ética em-presarial não é para ser um conceito
abstrato, mas sim uma ação voluntariosa de trans-formação da sua empresa em um benefício para a comunidade, o país e o mundo.
177Foque todos os seus esforços no resul-tado que você deseja atingir. Por isso é
tão importante estabelecer metas intermediárias que nos possibilitam avaliar se estamos ou não no caminho que idealizamos.
178Agradeça. Agradeça e agradeça nova-mente. Você, que possui um empreendi-
mento ou que trabalha em algum, é um felizardo. Agradeça constantemente a tudo e a todos que tornam possível sua existência. Ninguém tra-balha sozinho, ninguém vive sozinho, estamos, constantemente, sendo vivificados por tudo e por todos. Muito obrigado.
Empreenda com ousadia
179A ousadia que aprendemos — que quase pode ser confundida com imprudência
— nos faz tomar atitudes sem considerar fatores ao nosso redor. Minha experiência me fez en-tender que a ousadia deve existir sempre, mas devemos acrescentar a ela o comportamento de “correr riscos calculados”. Tenha ideias ousadas, mas coloque-as nos papel, planeje, faça contas e dê passos seguros, mas nem por isso, menos inovadores. É essa ousadia que faz um empreen-dedor de sucesso.
182A plataforma é indispensável! Atual-mente, diversas empresas oferecem esse
serviço, então, pesquisar e avaliar é fundamental para saber qual a melhor que se adequa ao negó-cio. As mais utilizadas são: Open Source e SaaS. Para lojas virtuais com custos baixos e que não requerem nenhum tipo de customização, a SaaS (Software as a Service) é a mais recomendada. Já para e-commerce com alta necessidade de integração e customização, a Open Source é a melhor opção.
Marcelo Ostia, empreendedor, está à frente de diversas empresas que se destacam em seu segmento, entre elas Camisetas da Hora, Bom Pra Cachorro e Torcedor Show.
183 Capriche no seu layout. A
elaboração de um design bem
elaborado pode conquistar o cliente com
facilidade. A disponibilidade dos produtos
e imagens de qualidade, descrição do
produto, material utilizado, medidas, peso e
embalagens são essenciais.
184Quanto mais formas de pagamento dis-poníveis no site, maiores serão as chan-
ces na conversão de venda. Contudo, é necessário avaliar se a estrutura oferecida suporta administrar tantas formas de pagamento. Principalmente para vendas através do cartão de crédito, é de extrema importância a contratação de serviços especializa-dos contra fraude (Ex: F Control e Clear Sale).
185Separar o produto para envio, a qualidade da embalagem e realizar entrega dentro
do prazo mais curto possível, sem sombra de dú-vida, define a qualidade do serviço prestado e gera extrema satisfação ao cliente. Saiba escolher qual será o seu melhor parceiro.
186A política de privacidade é essencial para e-commerce. Troca e devoluções
são serviços obrigatórios a serem oferecidos para que não haja desentendimento com o seu cliente e, principalmente, com a lei.
187Desenvolver um planejamento de marke-ting é necessário para que a loja on-line
ganhe espaço e as vendas sejam bem-sucedidas. Existem ferramentas oferecidas para que você possa acompanhar e investir nas técnicas de SEO (Serch Enginee Optimization), essencial para lo-calizar o seu e-commerce. Outro caminho são as redes sociais, como o SMO (Social media optimi-zation). Através delas é possível criar um vínculo, interagir e ficar o mais próximo do seu cliente.
188Saber se o produto adquirido chegará na residência é uma dúvida e descon-
fiança muito comum dos novos consumidores. Possuir certificações/selos de segurança que
180Diga não à cultura do medo, resis-ta a acreditar quando as pessoas
dizem que você não irá conseguir realizar seus sonhos, ou que este ou aquele projeto não dará certo. Sonhe alto, tenha ideias ge-niais, saia na frente, assuma uma postura de coragem na vida. Não aquela coragem sem reflexão, de quem pula de peito aberto rumo ao desconhecido, mas sim aquela ousadia típica dos empreendedores de sucesso que enxergam à frente, estudam as possibilidades, planejam e realizam.
Para atuar no e-commerce
181Tenha um plano de negócio. Vendas não ocorrem sozinhas. Expor o produto e
esperar não é a melhor opção. A criação de uma loja virtual pode se tornar tão complexa quanto a criação de uma loja física. Da mesma forma, é pre-ciso ter um bom planejamento. Além disso, tempo e valor de investimento são fundamentais.
29Revista da Papelaria abril de 2014
Hoslei Pimenta, diretor comercial da Kalunga.
demonstrem a seguridade do site, tanto como links para redes sociais, fale conosco e telefone, é importante. Outro ponto é encher o cliente de informações após a compra, tais como aprovação do pedido, se já foi encaminhado para expedição e prazo de entrega.
189Tente explorar todas as ferramentas oferecidas pela plataforma adquirida,
e uma dessas opções é disponibilizar o campo para o cálculo do frete e o prazo para entrega. Procure também por ferramentas que sugiram a compra de produtos parecidos com que ele já está comprando. Você também pode investir no atendimento on-line.
190O planejamento de promoções é essen-cial. Estude, faça um levantamento dos
produtos disponíveis em seu estoque e a melhor época para realizar uma promoção. Caso a pro-moção seja inviável, ofereça o frete grátis para o Brasil ou apenas para uma localidade. Nunca se esqueça de oferecer vantagens ao seu cliente. Isso converte em vendas e fidelização ao site.
Dicas de quem chegou lá
Em 1972, na Vila Mariana, bairro da capital paulista, o ex-caixeiro viajante e empresário do ramo gráfi-co, Damião Garcia, abriu uma pequena papelaria. O bom rendimento e volume de vendas, frutos de muito trabalho, permitiram expansão constante, tornando a marca Kalunga forte e reconhecida no mercado, com uma história e uma logística que servem de inspiração.
o CD Cliente. Para os clientes de televendas, inter-net e corporativo, os produtos saem do CD Cliente. Para abastecer as lojas, saem do outro.
195Não pensamos em expandir para a Amé-rica Latina. Nosso país é muito grande e
só temos uma centena de lojas até agora. Temos muito o que crescer aqui.
196Para escolher o local de uma nova loja, observamos não só a cidade, mas a re-
gião. Aproveitando nossa logística, analisamos os melhores locais para alcançarmos, considerando a sede e os CDs em São Paulo. É sempre melhor onde tem mais lojas concentradas, inclusive para fazer divulgação e propaganda.
197Para eleger o ponto, primeiro escolhe-mos lojas em shoppings. As de rua são
escolhidas pela movimentação ou são no centro da cidade.
198Fazemos, diariamente, divulgação por meio dos jornais de São Paulo. Também
escolhemos os jornais locais de maior circulação. Temos a revista mensal para os clientes e a web, que é muito importante. Nós usamos, ainda, folhetos e panfletos, que já são de rotina.
199Estamos sempre muito atentos ao nos-so mix de produtos. Constantemente,
incluímos ou excluímos um produto do catálogo, pois estamos de olho público.
200Abrir uma filial depende da cidade, da região e até do bairro. Depende do
mercado, das condições econômicas da cidade. É preciso fazer um estudo do mercado local e da concorrência, avaliar se vai abrir na mesma cidade ou em outra. Não tem regra, mas é preciso fazer um bom planejamento.
O sucesso resulta de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco melhor. O insucesso, de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco pior
Henry Kissinger
Quando você, leitor, chegar até aqui, considere essa sugestão: marque as dicas que mais gostou e, rotineiramente, as leia novamente. Não deixe de mostrá-las para quem importa e faça dessas páginas uma motivação para ir além.
191Não existe segredo para o sucesso da Kalunga. É preciso ter bastante
persistência e fazer as coisas certas.
192O maior desafio é a gestão à distância, pois a empresa tem um volume de tra-
balho e produtos que não permite ter sempre tudo à mão de quem gere. Precisamos treinar bem as pessoas e ter uma estrutura para enxergar tudo, mesmo à distância.
193O fundamental é buscar padrão. Nossas lojas são todas iguais, o mix de produtos é
o mesmo, as características são as mesmas. Temos que fazer o público reconhecer a loja onde quer que esteja. Além disso, tem que ter agilidade. Isso faz diferença no ponto de venda.
194As lojas são de varejo, mas temos os clien-tes corporativos, o canal de televendas, o
site... O Centro de Distribuição, que chamamos de CD, não é único. Temos dois: o chamado CD Loja e
30 abril de 2014
Negócios
Revista da Papelaria
fábricas de cosméticos do
mundo, que também pro-
duz para grandes marcas,
como Revlon e M.A.C. “São
produtos desenvolvidos com
tecnologia alemã e com qua-
lidade que a consumidora
brasileira se acostumou a
exigir”, completa.
De acordo com a Abihpec
(Associação Brasileira da In-
dústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos),
o Brasil é o segundo maior
mercado mundial de cosmé-
ticos, ficando atrás apenas
dos Estados Unidos. O seg-
mento não para de crescer
em volume, valor agregado
e importância.
Algo bastante comum hoje
em dia é as meninas terem no
estojo o kit de beleza. Ferreira
afirma que a comunicação
do produto foi pensada para
acessar essa consumidora de
forma eficiente, inteligente e
moderna. “A Sertic preparou
lindos displays para serem
alocados de forma estra-
tégica, preferencialmente
próximos aos caixas, onde a
compra por impulso é ainda
maior”, comenta o gerente.
As papelarias que incluírem
a novidade vão surpreender
as clientes.
Foi-se o tempo em que
os produtos encon-
trados na papelaria
estavam totalmente
voltados ao universo escolar.
O século XXI trouxe produ-
tos eletrônicos ao portfólio,
além de gifts e brinquedos.
E, agora, mais uma novidade
chega ao setor papeleiro. A
Sertic lança a linha + Make,
direcionada para as adoles-
centes que frequentam os
estabelecimentos.
“Hoje em dia, é sabido
que as papelarias têm a área
de presentes, pelúcia, brin-
quedos e outros segmentos
e, então, por que não de ma-
quiagem?”, pondera o geren-
te de marketing da empresa,
Ricardo Ferreira. De acordo
com o gestor, os produtos de
beleza da Sertic são feitos por
uma das mais importantes
Linha de beleza
Maquiagem nas papelarias, sim!
Sertic lança linha de produtos de beleza com foco nas adolescentes
Kit maquiagem: embalagem com dois
minilápis (preto e prata) + 1 gloss brilho labial
Minilápis de olho nas cores
preta e prata
Lápis de olho na cor preta com esfumaçador
Gloss de brilho labial na cor Pink Crystal
Por estar em contato
direto com o consu-
midor, o setor varejis-
ta conhece as neces-
sidades da população e pode
ajudar o governo a identificar
projetos e políticas públicas
para contribuir com o cres-
cimento do país. O tema foi
discutido durante o 2º Fórum
Nacional do Varejo, em São
Paulo, de 28 a 30 de março.
Políticas públicas paraFórum Nacional do setor debate responsabilidades e experiência com o cliente A premissa não é ter uma
política específica para o
comércio, mas incentivar
o governo a criar políticas
públicas mais abrangentes,
de forma a beneficiar mais
setores. As decisões preci-
sam focar em políticas que
melhorem, também, acesso e
bem-estar do consumidor.
A experiência com o
cliente, trabalhada de ma-
neira humanizada e especia-
lizada, também foi abordada
no evento. Tratar clientes e
funcionários com atenção
passou a ser o diferencial de
grandes redes varejistas no
país, de acordo com Luiza
Helena Trajano, presidente
do Magazine Luiza.
O 2º Fórum Nacional do
Varejo reuniu cerca de 300
líderes empresariais para
debater conceitos, oportu-
nidades, desenvolvimento e
posicionamento do setor no
Brasil e no exterior.
o varejo
32 abril de 2014
Negócios
Revista da Papelaria
Conhecimento + técnica = lucro
Capacitar o mercado e gerar resultados é
o objetivo do projeto Gerando Demanda pelo
Conhecimento
que falta. No Brasil, não
existe esse tipo de evento”,
completa Januário.
O ciclo de capacitação
tem início no Rio de Janei-
ro. A boa aceitação fez com
que a cidade se tornasse a
primeira a receber o evento,
e neste ano não foi dife-
rente. Ao todo, 200 pessoas
conferiram as seis palestras,
“O balcão da pa-
p e l a r i a é o
grande gar-
galo da dis-
tribuição no Brasil”. Com
essa frase, Fábio Januário,
palestrante do Gerando De-
manda pelo Conhecimento,
consegue explicar o porquê
da criação do projeto. “O Ge-
rando Demanda é um ajuste
33Revista da Papelaria abril de 2014
Desta vez, para cumprir o objetivo de capacitar, mas sem abrir mão dos negócios, o evento foi dividido em dois dias. “Entendemos que o projeto quer levar conheci-mento, mas também aproveitar para dar a oportunidade de fechar novos negócios, com condições diferenciadas. O segundo dia é voltado mais para os compradores, ge-rentes, tomadores de decisão”, comenta Marília Maciel, coordenadora geral do Gerando Demanda pelo Conhe-cimento.
Empresas presentes: BIC, CHtech, Dello, Imex e Mi-croservice
As pessoas que representam os produtos são os vendedores. São eles que oferecem o produto e podem fazer a diferença
Lucas Huang
divididas nos turnos manhã,
tarde e noite, e comandadas
pelos profissionais Frederi-
co Gorgulho e Fabio Nemer,
além de Fábio Januário.
Este é o quinto ano de
aplicação do Gerando De-
manda, que mantém a tradi-
ção de visitar diferentes ci-
dades do Brasil, privilegian-
do todas as regiões: Norte,
Nordeste, Centro-Oeste,
Sul e Sudeste. “Passamos
nos estados do Brasil sem
discriminação, em cidades
distantes e até carentes de
capacitação”, revela o pales-
trante Fabio Nemer.
Visão social
Para o diretor do projeto,
Lucas Huang, o Gerando
Demanda possui a visão
social de auxiliar o mercado,
que, por parte dos vendedo-
res, carece de capacitação.
“Muitas vezes, o vendedor
não sabe dar destaque aos
produtos, à marca, e só foca
o fator preço. Isso por falta
de preparo, por falta de co-
nhecimento do produto, por
não saber vender”, explica.
A proposta é inovadora.
Os representantes do projeto
afirmam que os eventos vol-
tados ao universo de papela-
ria e informática costumam
focar o comprador. Não
existia um projeto que pen-
sasse na classe dos vende-
dores. “Se parar para pensar,
as pessoas que representam
os produtos são os vendedo-
res. São eles que oferecem o
produto e podem fazer a di-
ferença”, detalha Huang. Da
34 abril de 2014
Negócios
Revista da Papelaria
LIVROS:
D i á l o g o e p r á x i s ■
educativa — Uma leitura crítica de Paulo FreireA publicação com os estudos
sobre Paulo Freire, do autor
Carlos Alberto Torres, foi
lançada pela primeira vez
no Brasil em 1979. Agora, em
comemoração aos 50 anos de
Angicos/RN, a Edições Loyo-
la publica esta obra.
Sabedoria Financeira ■
Escrita pelo terapeuta finan-
ceiro Reinaldo Domingos,
traz dicas sobre como con-
trolar as próprias finanças,
encaixando os leitores em
quatro perfis: endividado,
inadimplente, equilibrado
e poupador, descobrindo a
melhor solução para cada
caso.
SITE:provar.or ■ g
O Provar — Programa de
Administração de Varejo foi
criado em 1992 com o obje-
tivo de promover pesquisas
e oferecer treinamento para
o setor. marketup.com ■
Sistema gratuito parceiro do
Sebrae para fazer a gestão
completa da empresa.
EVENTOS:Congresso e Exposição ■
TI & VarejoPrimeiro evento focado nas
soluções de TI para o setor
varejista. Dias 3 e 4 de junho,
em São Paulo.
AntenaPara você ficar ligado
mesma forma, são eles que
podem afastar os clientes da
loja para sempre.
Fred Gorgulho conta que
o objetivo é abrir a mente
dos participantes para que
pensem de forma diferen-
ciada. “E, consequentemen-
te, retornem isso em vendas,
em fidelização, em maior
número de pessoas na loja e
por aí afora”, completa.
As constantes mudanças
do mundo e também do
mercado exigem prepara-
ção. O Gerando Demanda
pelo Conhecimento é volta-
do para aqueles que querem
sair na frente e transformar
conhecimento em sucesso
no negócio.
Confira as próximas
edições:
13 de maio – Recife/PE
15 de maio – Salvador/BA
12 de agosto – São Paulo/SP
26 de agosto – Joinville/SC
7 e 8 de outubro – Belém/PA
11 e 12 de novembro –
Palmas/TO.
“O evento é bem produtivo. Gostei tanto das técnicas de venda quanto do incentivo a aprender sobre o produto, além da motivação a atender o cliente com excelência”Marcela dos Santos – Parco Papelaria
“É bom para nós e para os clientes. O que mais me marcou foi a frase ‘Ame o que faz’. Isso é o que nos motiva a levantar, trabalhar e fazer de uma segunda uma sexta”Vitor Hugo Lima - promotor da Dymo
“Gostei muito. Hoje, saio daqui um pouco diferente. A forma como tratar o cliente, o sorriso e a expressão são bem importantes e, com certeza, vou usá-los melhor do que antes”.Rosemary Dias - promotora da Imex
Visão dos participantes
“É muito aplicável. Gostei de ouvir que os gestos fazem diferença, os olhos também. É a linguagem não verbal, que pode até indicar se a pessoa está gostando ou não do seu atendimento” Pablo Balbi – Parco Papelaria
“O projeto aborda o que vivemos no dia a dia e tudo o que devemos saber para poder evoluir nas vendas. Criar vínculo com o cliente, fidelizando-o à loja, foi o que achei mais interessante”Lourdes de Almeida – Yan Livros
Entrevista
36 abril de 2014 Revista da Papelaria
E ela não para por aí.
De acordo com a
executiva, os esfor-
ços do neurobusi-
ness se direcionam em três
lacunas fundamentais no
negócio: rentabilidade, pro-
dutividade e lucratividade.
“Esse é o sonho dourado de
toda empresa e esse em-
poderamento é possível e
mensurável”, afirma Suzane.
Quer saber mais? Confira a
entrevista:
O que é neurobusiness?Semanticamente, pode-
mos simplificar dizendo que
é a “junção das neurociên-
cias aplicadas aos negócios”.
Em outras palavras, é o ato
de aplicar o conhecimento
sobre o cérebro, a mente e
o comportamento humano,
nas estratégias de negó-
cios, na comunicação e,
sobretudo, no marketing e
na gestão comercial. Mas o
neurobusiness também se
atém ao desenvolvimento
da liderança empresarial e
à gestão do relacionamento
com o cliente.
Quando o tema começou a ser estudado e por quê?
Desde a década de 90 até
o momento, várias áreas
despertaram para as possi-
bilidades de aplicação dos
achados neurocientíficos
sobre o cérebro, em suas pró-
O cérebro e os Um evento sem
precedentes e que mudará o rumo dos
negócios no Brasil é a promessa do
Neurobusiness Expo Forum 2014. Quem
faz a afirmação é a presidente do
conselho consultivo da Neurobusiness
Association, Suzane Morais, a entrevistada
desta edição especial da REVISTA DA PAPELARIA
prias áreas, mas isso ocorria
de forma isolada. Assim sur-
giu o neurobusiness, com o
intuito de consolidar essas
várias vertentes favorecendo
o crescimento dos negócios
para todos. A exemplo disso,
destacamos as áreas de neu-
roeconomia, neurolideran-
ça, neurocoaching, neuro-
marketing, neuroeducação,
neuromúsica, entre outras
tantas que já aplicam os
conhecimentos neurocien-
tíficos para desenvolvimento
de seus negócios.
De que forma o neurobu-siness pode beneficiar as empresas?
A maior arma do neuro-
business é desvendar o com-
portamento do consumidor,
sua lógica, costumes, anseios
e reais necessidades, reve-
lando o que os faria decidir
pela compra de determinado
produto e/ou serviço, o tor-
nando satisfeito e fidelizado.
Esse é o sonho dourado de
toda empresa e esse em-
poderamento é possível e
mensurável nas três bases de
todo negócio: a rentabilidade
é crescente; a produtividade
passa a ser mais assertiva,
uma vez que é mais dire-
cionada para aquilo que o
público realmente deseja; e
a lucratividade torna-se ex-
pressiva justamente porque
se alcançou altos índices de
Considerado o maior evento de neuromarketing do Brasil, o NEF
– Neurobusiness Expo Forum será realizado em São Paulo, nos
dias 16, 17 e 18 de maio.
37Revista da Papelaria 337abril de 2014
negóciossatisfação do consumidor
através de valores agregados
às marcas e produtos, cada
vez mais reforçados na men-
te da clientela.
Quais as ferramentas dis-poníveis para se trabalhar o tema?
Em neurobusiness, vá-
rias ferramentas são usadas,
desde a “neuropesquisa de
inteligência mercadológi-
ca”, elaborada com recursos
neurolinguísticos capazes de
startar os gatilhos mentais
inconscientes com vista a
obter as respostas, digamos,
mais “puras”; até o uso de
recursos tecnológicos de
neuroimageamento, aptos
ao mapeamento das áreas
cerebrais ligadas aos desejos
e emoções, em tempo real,
no momento da decisão.
Logo, o que se faz em
neurobusiness é a comple-
mentação e a convergên-
cia de múltiplos recursos e
múltiplas áreas, prontas a
atenderem às mais variadas
necessidades empresariais e
corporativas.
Como as empresas que tive-rem interesse em levar essa inovação a sua realidade devem proceder?
O primeiro passo que
orientamos é que se as-
sociem a quem sabe para
acessarem as informações
de vanguarda, os melhores
consultores do mercado
mundial, além de outros
inúmeros benefícios. Hoje, já
temos no Brasil a Internatio-
nal Neurobusiness Associa-
tion, criada justamente para
dar respaldo, suporte e,
principalmente, resul-
tados a quem busca
o empoderamen-
to e crescimento
sustentável de seus
negócios e tam-
bém a satisfação e
fidelização de seus
consumidores. O
segundo passo é
que não percam
tempo mantendo
paradigmas cris-
talizados. Nin-
guém segura a
força de uma ten-
dência. O neuro-
business veio para
ficar. Abram as pos-
sibilidades de uma
consultoria em neu-
ronegócios e consta-
tem por si as vantagens,
benefícios e os resultados
que ela pode promover
em sua empresa, em seu
negócio.
Suzane Morais épresidente do ConselhoConsultivo da Neurobusiness Association
38 abril de 2014
Mercado
As cores do sucesso
Aquela sensação de
segurar o pincel,
molhar na tinta e
pintar é um delei-
te para as crianças. Os pais
fazem questão de guardar
algumas dessas obras de
arte. Quando se tornam
adultos, têm o maior orgu-
lho de mostrar para a prole
o desenho, que parece feito
dias atrás.
Eles não imaginam, mas
para a pintura se manter e
virar relíquia familiar, ela
precisa ter qualidade. É aí
que se concentram os esfor-
ços da Acrilex. A busca pela
melhoria é constante e di-
versas gerações usufruíram
dos produtos. Neste ano, a
empresa comemora cinco
décadas de existência.
“2014 é um ano muito
especial para a Acrilex, que
completa 50 anos de história
e qualidade. A Acrilex é uma
indústria 100% brasileira e,
atualmente, é a maior fábrica
da América Latina no seg-
mento de tintas para manu-
alidades e está também entre
as maiores empresas no
segmento de tintas escolares
e artísticas”, conta Sergio Ko-
hashi, diretor comercial e de
marketing da empresa.
Tudo começou em 1964,
na cidade de São Paulo.
Hoje, além de exportar re-
gularmente para quase toda
a América Latina, a empresa
também distribui produtos
para alguns países da África e
da Europa. No Brasil, possui,
aproximadamente, 10.000
pontos de vendas. “Nesses
50 anos, a Acrilex conquistou
mercado em todo o Brasil,
além de outros 40 países”,
afirma o diretor.
Os investimentos em en-
tregar excelentes produtos
são prioridade. Atualmente,
a fabricante possui o Labo-
ratório de Qualidade, o Labo-
ratório de Controle e, o mais
recente, o Laboratório Micro-
biológico, para assegurar a
propriedade do material.
Muitas novidades farão
parte do cronograma da
empresa em 2014. Entre
elas, a tinta para tecido e
a caneta Acrilpen estão
sendo produzidas com um
rótulo comemorativo dos
50 anos. Os consumidores,
que também fazem parte
dessa história, poderão
guardar como recordação
dessa data especial.
“A fidelidade de nossos
consumidores com nossos
produtos também faz de nós
uma empresa de sucesso.
Nós sentimos um verdadeiro
carinho das mais diversas
gerações, e podem ter cer-
teza de que esse sentimento
é recíproco”, salienta Sergio
Kohashi. Está aí a receita da
Acrilex: some a qualidade
comprovada nos laboratórios
à afeição com o público para
trilhar um caminho próspero
e cheio de cores.
Acrilex completa 50 anos com muita história para contar e novidades neste ano especial
A fi delidade de nossos consumidores com nossos produtos também faz de nós uma empresa de sucesso
Sergio Kohashi, diretor
39339abril de 2014
São 50 anos de história, 10 mil pontos de
venda no Brasil e distribuição em mais 40 países.
1970
1964
1966
1974
2014
Foi adquirido terreno para as futuras instalações fábrica.
O laboratório de desenvolvimento no ano de fundação da Acrilex.
O setor de embalagem.
O primeiro produto –
tinta plástica fl uorescente à
base acrílica.
Vista aérea da fábrica
há 40 anos.
Vista aérea da fábrica nos dias atuais.
40 abril de 2014
Mercado
Revista da Papelaria
Brinquedos tecno-
lógicos, didáticos,
s u s t e n t á v e i s , e
muitos produtos
com alusão à Copa do Mun-
do no Brasil deram o tom à
31ª edição da Feira Brasileira
de Brinquedos — Abrin 2014.
Ao todo, 80 expositores se
reuniram em um espaço de
35 mil m² para apresentar
cerca de 1.400 lançamentos
que chegam às lojas nas
próximas semanas.
Pelo menos 25% do fa-
turamento da indústria de
brinquedos são movimen-
tados durante a feira, rea-
lizada há mais de 30 anos
pela Francal Feiras e Abrinq
— Associação Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos.
Mais de 15 mil profissionais
do setor vindos de todos os
estados do Brasil e de outros
países do Mercosul estive-
ram presentes para conferir
as novidades.
Tecnologia em altaBrinquedos que fazem
uso da tecnologia estão no
imaginário das crianças,
mas os tradicionais ainda
têm vez. A pedido dos con-
sumidores, a Estrela reeditou
dois grandes sucessos da
Abrin chega à 31ª edição com muita tecnologia, diversão e apelo a diversos públicos
Feira da diversão
década de 1980, o Genius e
o Boca Rica, em versões para
o século XXI. O carismático
Furby, da Hasbro, voltou ao
portfólio com novas funções
e ainda mais interativo. Ou-
tras novidades tecnológicas
são os jogos para tablets e
smartphones, helicóptero
com câmera acoplada e bo-
necos articulados que reco-
nhecem voz.
Brincar de cuidar e educar
A feira dá atenção especial
às empresas que trabalham
com brinquedos sustentá-
veis. A empresa Alegria Sem
Bateria, pela primeira vez na
Abrin, destaca a Torcida da
Alegria, bonecos com ver-
sões para menino e menina,
que permitem à criança pin-
tar e costurar. Já a Semaan
possui a linha Turma do
Guará, com quebra-cabeças,
castelos, jogos de tabuleiro e
educativos, feitos com ma-
deira de reflorestamento e
papéis recicláveis.
Música nos ouvidosAs lojas de brinquedos
passam a ofertar instrumen-
tos musicais desenvolvidos
para crianças, em tamanho
e formato apropriados para
a idade. A empresa Luen
Kids, por exemplo, participou
pela primeira vez da Abrin
para buscar novos
mercados e levou ao
stand diversos itens
do portfólio especial-
mente desenvolvidos
para o público infan-
til, entre os quais as
baterias da Turma da
Mônica, guitarras e
violões Tagima Kids,
teclados Cássio e
pandeiros licen-
ciados pelo rei do
futebol, Pelé.
Revista da Papelaria
A Summit levou a marca própria, TRIS, para a Abrin 2014. Além dos Kits Escolares com as cores do Brasil, a diversão das crianças está garantida com os Kits Criativos, que agregam diversão e criatividade às licenças adoradas pelos pequenos. Eles poderão customizar objetos e se divertir fora do ambiente escolar com diversos produtos, entre os quais Desenho Encantado das Princesas, Diário Monstruoso da Monster High, Make-up Set da Barbie e Desenho Light Box, da Hot Wheels.
Paixão pelo futebolNão poderia ser diferente.
Em virtude da realização da
Copa do Mundo do Brasil, o
tema “futebol” tomou conta
da indústria de brinquedos.
São diversos lançamentos
que remetem ao universo
futebolístico. A Líder Brin-
quedos chegou à edição
de 2014 com diversos itens
licenciados, como Chute a
Gol, Dominozão e Bola de
Vinil. Já a Brasilflex desen-
volveu produtos especial-
mente para o ano do mun-
dial no Brasil, o Tromboball
e o Juizão, e quer garantir a
diversão na torcida infantil
com bolhas de sabão.
A vez dos bebêsOs bebês tiveram atenção
especial na Abrin 2014 e
contaram com lançamen-
tos dos mais modernos e
sofisticados, além de pro-
dutos úteis para o dia a dia.
A cadeirinha Baby Jum-
per, da Dican, estimula os
sentidos do bebê e possui
painel touch. A Kababy traz
produtos como o Canguru
Seat Line, babador Bandana
e lancheira térmica com
alça guia. Ainda na sessão
de puericultura, a Toyster
apresenta mordedores com
água e produtos infláveis
com conceitos diferencia-
dos e design moderno.
Mundo nerdOs nerds são público cres-
cente na feira de brinquedo,
e as empresas lançam diver-
sos produtos para atender a
essa parcela de fãs de super-
heróis, RPG, games e séries
de TV. Entre as novidades, a
Hasbro comemora 30 anos
da marca Transformers com
uma linha de figuras ins-
piradas no novo filme da
franquia. A Rubie’s, empresa
especializada em fantasias,
destaca as estreias dos cine-
mas deste ano e também do
ano seguinte. Já os RPG’s e
card games ganharam mais
espaço na Abrin 2014 com a
participação da Devir.
42 abril de 2014 Revista da Papelaria
Mercado
Mais de 3 bilhões em presentesCriatividade, seriedade e competência são diferenciais que fazem o sucesso da Gift Fair
que esse segmento da eco-
nomia está em plena ascen-
dência. “Estamos preparados
para celebrar o crescimento
do setor”, diz o presidente das
feiras, Mauro Jordão.
Entre os expositores, esti-
veram: Cerâmica Ana Maria,
Oxford, Cobrirel, Plasútil,
Luminarc, Brasiterm, Buba
/ Mart, CB Pack do Brasil,
Cecília Dale, Imaginarium,
China América, Class Home,
Conthey Import, Uatt? e Doc-
tor Cooler.
ça ao longo dos quatro dias
das feiras, formatadas em
um modelo que atendeu as
datas estratégicas do comér-
cio. A cada edição, diversas
novidades por segmento são
lançadas e, neste ano, a Copa
embalou muitas ações espe-
ciais e, inclusive, a decoração
do espaço.
Em 2015, a Gift Fair com-
pleta 25 anos. Será a 50ª
realização do evento, que se
encontra em franca comer-
cialização, o que demonstra
Design e funciona-
lidade são as pa-
lavras que regem
quando o assunto
é decoração. Essas foram as
características que norte-
aram a 48ª Gift Fair e o 17ª
D.A.D (Salão Internacional
de Decoração, Artesanato e
Design), realizadas, simulta-
neamente, em São Paulo.
Os eventos reuniram 700
expositores, em uma área de
70 mil m². Cerca de 65 mil
visitantes marcaram presen-
43Revista da Papelaria abril de 2014
Na Estação Gourmet ‘Receber na Copa’, os visitantes obtiveram informações, dicas, ideias
práticas e receitas gourmets voltadas para os dias dos jogos da Copa do Mundo no Brasil.
Gifts DACLançada na coleção 2014, a linha Gift
da DAC tem foco no público infantil.
Para as meninas, baú para organização
de acessórios, porta-diário com diário
e chave, e os kits com, por exemplo,
porta-retrato, diário, bloco de anotações
e porta-lápis são ideais. Além de estampas
meigas, foram utilizados recursos como
aplicação em alto-relevo, glitter e hot
stamp. www.dac.com.br.
O Brasil está em alta na decoração. O tema tropical e referências
ao país estão surgindo com muita força. Apesar da óbvia Copa do Mundo,
a tendência país-tropical-bonito-por-natureza não
vai passar tão cedo.
Os quase 6.000 km de ruas dos pavilhões foram revestidos com
tapetes nas cores verde e amarela.
Em recente estudo sobre tendências, a holandesa Li Edelkoort continua a apostar em trabalhos artesanais, materiais táteis e formas orgânicas para decorar a casa.
A especialista também atentou para o conceito de gathering — “juntar, unir, agregar”, por conta das cozinhas maiores e das mesas espaçosas, dando espaço a muitos gifts nesse cômodo.
Em 2013, os eventos geraram negócios em torno de 3
bilhões de dólares e, neste ano, superaram essa expectativa.
As papelarias aproveitaram muitos produtos criados e desenvolvidos com inspiração na Copa do Mundo, além dos muitos produtos oficiais do Mundial, como pelúcias, canetas, ímãs, chaveiros, canecas e jogos.
Os eventos em detalhes:
DACOPA 2014De olho na Copa, a DAC trouxe ao Brasil a linha de rolinhos e bobinas plásticas, ideal para decorar am-bientes. Formatos: 0,45 x 25 m (bobina) e 0,45 x 2 m (rolinho). Cores: azul, amarela, verde, listrada e quadri-culada (verde e amarelo). Preço sob consulta. [email protected].
NOVO SUPER BONDER Chega ao mercado o Novo Super Bon-der, da Loctite. A fórmula exclusiva Power Flex Gel possui micropartículas de borracha flexíveis, não escorre e garante resistência em materiais fle-xíveis, impactos e quedas. Preço sob consulta.0800 704 2334.
ESTILETES BICNovidades na linha office da BIC, o Estilete Metálico possui maior poder de preci-são, já o Estilete Plástico possui fácil manuseio, leveza e grande precisão de corte. Ambos possuem cortador de lâmina. R$ 15 e R$ 7, respectivamente. 0800 282 6226.
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Destaque
44 abril de 2014 Revista da Papelaria
MENSAGEM CRIATIVAComo um cartão ou mesmo sozi-nho, os Mensageiros, da BoniFrati, possuem design criativo aliado a materiais artesanais. Podem ser personalizados e as placas com as mensagens trocadas entre os bone-cos. A partir de R$ 20,00.(11) 2649-8425.
QUALIDADE NA ESCRITADisponível nas versões péro-la ou preto, a caneta Energel Tradio Ink Inside, da Pentel, possui design diferenciado e qualidade da tinta como pon-to forte. Deixa linha sólida na escrita e seca rapidamente. Disponível nos calibres 0.5 mm e 0.7 mm. R$ 12,90.www.pentel.com.br.
45Revista da Papelaria abril de 2014
Itens de grande ■
giro na papelaria, a fita crepe, a fita para embalagem e a fita para empa-cotamento da Adelbras têm maior procu-ra durante o volta às aulas. É um dos itens mais populares nas papelarias e o ideal é expor em local de destaque.
Clássicos de venda na ■ 3M, as fitas de empacotamento Bopp Scotch® e as fitas Durex são versá-teis e comerciáveis o ano todo. Levam os consumidores às papelarias e ajudam a comer-cializar produtos próximos que têm venda por impulso.
A linha de fitas dupla-face ■
da Adere possui aplicações das mais simples, como a fi-xação de papel, às mais elaboradas, a exemplo de qua-dros e canaletas. Podem ser guar-dadas por tempo indeterminado, c o m g a r a n t i a permanente da fabricante.
Produto do mêsFita adesiva
Manoelito e Silva Representações.Área de atuação: São José do Rio Preto e cidades a cerca de 100 kmEmpresas que representa: Plastpark, Dermiwil e TridentTempo de estrada: 19 anos
MÁET
46 abril de 2014
Representante
Revista da Papelaria
A história começa no
interior do Estado
de São Paulo. Com
14 anos, Manoel
Rodrigues da Silva Neto saiu
da”roça” para morar em São
José do Rio Preto. Passou por
diversas empresas, inclusive
pela antiga rede varejista da
Tilibra, no início da década
de 1980. Desde então, não
saiu mais do ramo de pape-
laria. Em 1995, incentivado
por outro representante co-
mercial, começou a carreira
como preposto – até que, em
1999, se registrou e criou
a Manoelito e Silva Representações.
“Como exerceu
um bom trabalho,
voltou a atuar com
a Tilibra, onde havia
ficado até o fecha-
mento das lojas físi-
cas. Aos 45 anos,
Manoel se orgu-
lha de manter
um bom rela-
cionamento
com todos os
clientes que
Amizade acima de tudo
lhi o sustento em vez de ver
a família crescer. Mas isso
também é positivo, porque
fiz muitos amigos e tenho
meu sustento”, afirma. Ma-
noel conta com a parceria
de sua esposa e sócia, Sílvia,
com quem é casado desde
1994.”Eu fico na rua e ela
atende no escritório, em
casa”, comenta.
“Ao avaliar o mercado,
Manoel observa que o seg-
mento passou por três fases:
a primeira, com a introdução
de artigos de informática; a
segunda, com itens de ba-
zar; e a terceira, que ocorre
atualmente, com a inserção
de cada vez mais brinquedos
para atrair os clientes.
“Acima de qualquer coisa,
o trabalho proporciona o
sentimento de satisfação e
alegria com o caminho que
trilhou até aqui. Reunir pes-
soas importantes e ter todos
ao lado é a sua marca.”Se
tenho inimigos, não sei onde
estão para tentar transformá-
los em amigos”, diz o repre-
sentante.
Ao deixar a vida no campo e encarar desafios, um jovem alcançou uma carreira vitoriosa
atende na região de São
José do Rio Preto e cidades
a cerca de 100 km.Ӄ uma
história vencedora. Tem um
cliente que, se eu não for à
casa dele, ele não compra!
Clientes com rancho são
assim”, comenta.
“Representante da Plas-
tpark, Dermiwil e Trident,
Manoel considera que a prin-
cipal dificuldade é conquistar
as empresas e os comprado-
res e ter o voto de confiança.
A concorrência também é
complicada, pois há mui-
tas pessoas trabalhando no
segmento. Outro ponto é
conhecer os produtos a se-
rem vendidos, já que existe
uma grande variedade e é
necessário ter domínio sobre
o que vai oferecer.
“Para ele, uma grande
conquista é ver os frutos do
trabalho, como casa própria
e carro. Entretanto, foi neces-
sário abrir mão de estar com
sua esposa e filha.”Ficar fora
a semana toda é ruim. Ou
fico de segunda a quinta ou
de terça a sexta-feira. Esco-