Download - Resumo Liber Corrigido 1
Andressa Domingos – email, endereço e telefone;
Amanda Palha – email, endereço e telefone;
Carla Benitez Martins – email, endereço e telefone;
Daniel Vitor Castro – email, endereço e telefone;
Helga Maria Martins de Paula –
Isabela Franco de Andrade – email, endereço e telefone;
Kelly –
Jacqueline da Silva Martins – email, endereço e telefone;
Larissa Schwarz – acadêmica de Direito, [email protected], 62
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Lázaro –
Ludymila –
Mariane Junqueira –
A ordem capitalista se apropria das construções das diferenças corporais e
consequentes diferenças (im)postas, principalmente em relação aos comportamentos
entre os gêneros, para manter corpos, mentes, individualidades e subjetividades de
acordo com seus interesses e com base na normalidade que reproduz a desigualdade
necessária à sua própria manutenção.
O objetivo geral é observar/analisar/estudar a luta pelo reconhecimento e respeito
das identidades trans, se ela deve ser uma das pautas dos movimentos feministas e se
essa luta pode se esgotar na ordem do capital, visto que estamos inseridas/os em uma
dinâmica patriarcal que necessita dos papeis e desigualdades de gênero para sustentar o
sistema.
O interesse pelo tema “transexualidade” é recente, no entanto, percebemos sua
importância, tanto para a construção de nossas próprias ideias, quanto no que condiz à
relevância que a pesquisa sobre identidades de gênero possui, visto que existem poucos
trabalhos que se debruçam sobre a consubstancialidade das relações sociais de poder
entre classe, raça e gênero, e menos ainda são aqueles que procuram interligar estas às
discussões sobre as identidades de gênero. Sendo assim, é necessário que se estabeleça
esse vínculo, que se perceba quais teorias podem ser complementares.
Instiga-nos a invisibilidade e a exclusão a que homens e mulheres transexuais e
travestis estão submetidas, assim como transforma-se em força para querer estar ao lado
delas na luta contra esse modelo de sociedade.
Quanto mais excludente e limitada for nossa explicação, menos seremos capazes
de entender as pautas que precisam ser unidas e mais essa pluralidade escorrerá entre os
dedos, auxiliando aqueles que perpetuam a ideia de que nos dividimos entre normais e
anormais de gênero, incluídos e excluídos.
A anormalidade existe à medida que é comparada a um referencial padrão. Para
que continuem a existir processos de anormalização e consequente desumanização, o
sistema cisnormativo em nossa sociedade impõe-nos, desde o nascimento, pensamentos
e saberes que estabelecem as diferenças e singularidades dos sujeitos como incoerências
e aberrações.
Compreendemos a cisnormatividade como reiteração e reprodução das normas,
práticas e códigos socialmente impostos, cuja essencialidade é naturalizar o binarismo
de gênero, por meio do qual se normatizam os corpos limitando-os a genitais que
determinam a que gênero se pertence (pênis-homem-masculino X vagina-mulher-
feminino). Entendemos que a cisnormatividade como estruturante de um sistema que se
utiliza das opressões (de gênero, de raça, de sexualidade) para criar grupos
marginalizados, empurrando-os para serviços precarizados ou servindo como exército
de reserva trabalhista. Assim, mantém-se a relação de poder dos donos dos meios de
produção sobre a classe trabalhadora, que se sujeita à exploração pela dependência
econômica e pela pressão de serem facilmente substituíveis.
Questões que levantamos:
É a opressão de gênero uma questão estrutural?
Toda luta contra opressões será necessariamente anticapitalista?
A pauta dessas lutas pode se esgotar na ordem do capital?
Problematizar a baixíssima expectativa de vida/vulnerabilidade das pessoas trans
e travestis
Problematizar seus espaços no mercado de trabalho /prostituição