PREFEITURA DE PETRÓPOLIS SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE PEDAGÓGICA
Ano de escolaridade: 3ª série do Ensino Médio
*Atividade elaborada com a colaboração dos professores do Liceu Cordolino Ambrósio
CADERNO 17
30/10 – SEXTA-FEIRA
FILOSOFIA
Professora Renata Martins
Conteúdo: Filosofia Política - Contratualismo
Competências gerais:
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo
o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.
Competências:
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional,
nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos,
científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles,
considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza
científica.
Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica
e responsabilidade.
Habilidades: EM13CHS101, EM13CHS104, EM13CHS501.
Política: Poder, democracia e cidadania - Parte 1
Para iniciar o debate acerca de política – poder, democracia e cidadania é necessário relembrar alguns
conceitos, sem os quais essa compreensão ficaria comprometida.
Contratualismo
O contratualismo é um modelo teórico criado para explicar o surgimento da sociedade. Esta teoria é baseada
na ideia de que os seres humanos viviam em um estado pré-social, chamado de estado de natureza e
abandonaram-no para firmar um pacto, o contrato social.
As teorias do contratualismo surgem da necessidade de explicar o fato dos seres humanos terem se
organizado em torno de sociedades regidas por leis criadas pelo Estado.
Os pensadores que desenvolveram essa escola de pensamento são conhecidos como filósofos
contratualistas. Os contratualistas afirmam que antes do contrato social, todos os seres humanos eram livres
e iguais, vivendo de acordo com as leis da natureza.
Entretanto, vão firmar um pacto social e abandonar a sua liberdade natural para a construção de uma
sociedade que lhes garantam o direito à propriedade.
Assim, o contratualismo vai representar o abandono da liberdade natural o surgimento da liberdade civil
submetida às leis. O Estado nasce com a função de formular leis às quais todos os indivíduos devem seguir.
Os contratualistas e as diferentes perspectivas sobre o contrato social
Os contratualistas divergem sobre os fatores que levaram os seres humanos ao abandono do estado de
natureza e a realização do contrato social.
Assim, as três principais teorias contratualistas foram desenvolvidas por Thomas Hobbes, John Locke e
Jean-Jacques Rousseau. Cada um tem sua própria definição do estado de natureza e o motivo pelo qual se
deu o surgimento da sociedade.
Esses pensadores também são conhecidos como jusnaturalistas por reconhecerem que os indivíduos
possuem direitos naturais.
Hobbes e o contrato social como garantia da paz
Para Thomas Hobbes (1588-1679), o ser humano guiado por sua tendência natural à violência, em estado
de natureza estava em uma constante guerra de todos contra todos.
O contrato social hobbesiano surge por medo de uma morte violenta. Assim, decide-se abrir mão da
liberdade natural em favor de um Estado que possa garantir a paz e a segurança para seus cidadãos.
Locke e a liberdade baseada nas leis
O contratualista John Locke (1632-1704) refutou a teoria de Hobbes sobre um estado de guerra constante.
Para ele, não há um estado de guerra, mas os seres humanos são naturalmente egoístas e que esse
egoísmo leva a disputas de interesses.
Locke é conhecido como o "pai do liberalismo. Ele afirmou que os seres humanos possuem o direito natural
à propriedade e o Estado deve agir como garantidor desse direito.
Para resolver os litígios gerados por interesses rivais, deve haver um poder mediador ao qual todos devam
estar submetidos.
O contrato social representa a aceitação e validação do poder mediador do Estado em sua capacidade de
garantir a liberdade e o direito à propriedade baseada nas leis.
Rousseau e o bem comum
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) é um contratualista que possui uma visão bastante distinta de seus
antecessores. Rousseau defendia que o estado de natureza era um período pacífico e que o ser humanos
é naturalmente bom.
Segundo ele, o ser humano seria um "bom selvagem". Em seu estado natural, os seres humanos viveriam
em harmonia entre si e com a natureza, como fazem os outros animais.
Entretanto, o surgimento da propriedade privada gerou uma desigualdade entre os indivíduos e,
consequentemente, um ambiente de tensão entre os possuidores os não possuidores de terras.
Para a resolução desse problema, firma-se o contrato social para que o Estado possa garantir a manutenção
do direito à propriedade e a regulação de toda a sociedade.
Assim, o Estado surge como uma ferramenta a serviço dos cidadãos com o objetivo de que seja respeitada
a vontade geral e coibida a ação por interesses particulares.
Definições gerais do contratualismo e o surgimento da sociedade civil
Apesar das distinções entre as teorias contratualistas, alguns pontos em comum podem ser definidos:
Os seres humanos em estado de natureza são compreendidos como livres e iguais.
Alguns fatores levam os indivíduos a abandonarem a liberdade natural e firmarem o contrato social.
O contrato social dá origem à sociedade.
No contrato social, a liberdade natural é substituída pela liberdade civil.
O surgimento do Estado submete os indivíduos a um poder maior que se manifesta através das leis.
As leis representam a ordem social, impõem limites aos indivíduos que visam a regulação das
interações sociais.
Disponível em : https://www.todamateria.com.br/contratualismo/ <acesso em 13 de outubro de 2020>
O poder, o Estado e a política
O conceito de poder vem do latim possum, que poderá ser traduzido por “ser capaz de”. O
termo poder está associado às palavras, deliberar, agir, determinar, forçar, compor, mandar… Estas
palavras estão diretamente associadas à arte de comandar – que na sua definição genérica pode ser
concebida como “a capacidade de alguém ou de uma instituição levar um indivíduo ou um grupo de
indivíduos fazer(em) ou deixar de fazer(em) algo”. O poder está presente em várias esferas de atuação na
sociedade: na família, com rara exceção, o poder é paternal ou maternal; nas associações, por um corpo
diretivo ou um presidente credenciados para defender os seus associados; numa sociedade empresarial,
um dono ou um colegiado dirigido por um executivo que definem estratégias e comandam o seu corpo
funcional; nas igrejas, por uma hierarquia que, em nome de Deus, impõe regramentos dogmáticos a serem
obedecidos e seguidos por todos os seus fiéis; em um partido político, pelo seu diretório ou comandante
supremo e nos Estados por várias formas de governos. Enfim, onde existirem humanos reunidos, em
raríssimos casos, o fator poder, conforme o conceito acima descrito, sempre se fará presente para ordenar
e harmonizar a convivência coletiva.
Estamos sempre na busca de exercer um certo tipo de poder, às vezes conscientes, outras
vezes agindo por instinto. O poder é exercido, seja para impor uma vontade a outrem, para compor
interesses diferentes e até mesmo divergentes ou para fazer valer uma norma coletiva capaz de promover
a harmonia nas relações humanas. O fato é que a relação de poder é um fator inerente à vida em sociedade.
O poder, quase sempre, é exercido sem que a parte submissa perceba, quero dizer, na maioria das vezes,
o poder é imperceptível. A sutileza no exercício do poder é um fator importante na relação de mando, pois
envolver a parte submissa na engrenagem dominante como se fosse parte do todo, como se o projeto
dominante fosse dela, é a melhor maneira de dar ao poder constituído uma eficácia duradoura.
O poder não se edifica numa relação isolada. Ele está sempre relacionado a uma teia de sustentação,
e esta sustentação, a depender de sua força, é o que lhe dará consistência e longevidade. Quanto mais
claros os objetivos dos detentores do poder, mais facilidade terão de convencimento de uma rede de
colaboradores. É esta rede, tecida com fortes argumentos de sustentação, que faz o poder consistente; sem
ela, nenhum tipo de poder se sustenta por longos períodos.
Falamos aqui de poder em geral, qualquer que seja ele: aquele exercido em uma empresa, numa
família, no sindicato, nas igrejas, ou seja, em todos os círculos de convivência humana. Mas para efeito
deste artigo, o que interessa é o poder político. Dele, todos os demais são dependentes, com maior ou
menor intensidade. É do poder político a maior interferência em dois elementos fundamentais que homens
e mulheres buscam ao longo de toda a história da humanidade: a liberdade e a igualdade.
A política, especialmente no brasil, tem sido vilipendiada. O desprezo por esta atividade humana é
tamanho que quando alguém se propõe a debater ou simplesmente mencionar a política como algo inerente
ao convívio humano, é vítima, no mínimo, de olhares. Para as pessoas comuns, política virou sinônimo de
práticas ruins: malvadeza, corrupção, simulação e dissimulação, enganação. Há no senso comum, uma
intolerância com esta complexa atividade da qual, paradoxalmente, é dela a responsabilidade pela condução
das atividades do Estado que tanto interferem na vida dos indivíduos.
Por outro lado, há um público que se interessa pela política e até se dispõe a travar um combate
diário para torná-la um espaço saudável de participação coletiva e de persecução do bem. Este interesse é
um indicativo de que a reconhecida repulsa, a alienação e a indiferença não suplantaram a arte do bem
fazer política. E isso é bom, pois reforçar a negatividade da política ou permitir o rebaixamento da política a
interesses particulares é deixar um campo aberto àqueles que desejam aparelhar o Estado em seu benefício,
sem se preocupar com a coletividade.
O fazer política não pode ser um meio para garantir vida boa para alguns privilegiados. Pelo contrário,
deve ser um ato de vontade daqueles que optaram por fazer desta atividade um instrumento para a
edificação de uma sociedade cuja premissa fundamental seja a edificação de um novo tipo de relação entre
as pessoas onde a ética, o respeito às diferenças e, fundamentalmente, fazer do desenvolvimento
econômico o elemento chave para fazer diminuir as desigualdades sociais.
Valorizar a boa prática é estimular a ampliação participativa dos cidadãos nas decisões
administrativas e no arcabouço normativo que organiza a vida em sociedade. Combater e procurar derrotar
as visões autoritárias, o elitismo, o personalismo e o patrimonialismo na política são tarefas de todos que
veem a política como espaço de todos. Dar azo ao seu rebaixamento, classificando a política como sendo
uma atividade humana desprezível é um desserviço à coletividade. A política esteve, está e estará presente
no cotidiano das pessoas independente de conceitos valorativos subjetivos.
O resgate da boa prática política é o único modo de ampliar o contingente de cidadãos interessados
em participar da condução do Estado. Por outro lado, esvaziar a participação política é a melhor forma de
exercer, sem questionamentos, o poder. Este é o desejo de uma casta que sempre fez da política um meio
de vida. Qual o brasileiro que nunca ouviu ou leu a expressão “política não foi feita para amador?” Esta é
uma afirmação que fortalece a ideia do poder nas mãos de poucos, a ideia da política como uma profissão
e nunca como um espaço para os vocacionados a doar-se aos interesses públicos.
Aqui, não se pretende fazer uma defesa da política por mero amor ao debate ou como uma forma de
alimentar elaborações filosóficas descolada da vida real. A política não se compara a uma atividade de lazer,
que dialoga, quase sempre, com a sensação de bem-estar subjetivo dos indivíduos. Ela é, na sua essência,
uma atividade voltada para organizar a sociedade, efetivar programas voltados para o bem comum,
promover a harmonia entre os indivíduos e modelar o poder do Estado. Até porque a humanidade optou, a
partir de sua necessidade, por um tipo de organização social em torno do Estado que facilitasse a sua
convivência coletiva.
Tomando como referência o que escreveu Aristóteles, que o “homem é um ser sociável por
natureza”, ou aquilo que escreveu Tomas Hobbes quase dois mil anos depois, que numa visão menos
humanista afirmou que “o homem é lobo do homem”, seja num ou noutro fundamento chegamos a
conclusões parecidas: a de organizar, disciplinar e fomentar o desenvolvimento do ser humano como uma
premissa fundamental para a ação daqueles que são credenciados politicamente para conduzir o Estado.
Foi nessa dinâmica dialética, na livre circulação das ideias, que homens e mulheres, num processo evolutivo,
chegaram ao formato contemporâneo de Estados Nacionais.
A opção humana de viver em sociedade não foi um acaso do destino ou acidente da história. Na
verdade, trata-se de um processo evolutivo em que homens e mulheres perceberam que, se juntando,
poderiam desenvolver mecanismos coletivos de solução dos seus problemas. No fundo, foi o
reconhecimento de que a vida isolada, cada um cuidando das suas necessidades particulares, sem
nenhuma interação com seus semelhantes, não ajudava na resolução das suas necessidades e que, por
outro lado, ao juntar-se, a somatória de esforços e a complementaridade de expertises superaria suas
limitações e elevaria a outro patamar as condições objetivas de resolução para suas aflições do dia-a-dia:
paz, segurança, alimentação, saúde, cultura, enfim, uma crescente melhora na qualidade de vida e
construída com uniformidade sem castas nem preconceitos.
É da natureza da política ser relacionada com termos fortes, sejam eles de cunho positivo ou
negativo. Nada assustador. Na verdade, a política trata de temas complexos. Quando falamos de política há
uma associação imediata com termos como interesses, ambições, poder, armas, força, persuasão, leis,
repressão, justiça, injustiça, disputa, programa, ideologias. Enfim, a política não é a expressão apenas
do bem, mas também não é a imposição do mal. Ela é a expressão do todo em disputa em uma sociedade,
ou melhor, por ser a política o instrumento fundamental que por ela se disputa o poder com a finalidade de
administrar os estados, esta carrega em si todas as contradições inerentes a vida em sociedade.
Não há política sem poder e não há poder sem domínio, como definimos antes, “o poder é a
capacidade de alguém levar um indivíduo ou um grupo de indivíduos a fazer(em) ou deixar de fazer(em)
algo. Portanto, a política é um instituto onde seus atores postulam, por métodos variados, determinar ou no
mínimo influenciar as condutas, orientações e opções dos demais indivíduos. No exercício do poder, ao
longo da história, sempre esteve presente a relação hierárquica, uma relação de mando e comando. Não
se trata de questionar o conceitos de poder e sim a forma de exercício do poder, pois é na forma de
comandar e no estilo de mando que se consolidam a dimensão de liberdade dos indivíduos, bem
como o tipo de igualdade que se pretende construir em cada Estado.
Disponível em: https://www.atricon.org.br/artigos/o-poder-o-estado-e-a-politica/ <acesso em 13 de
outubro de 2020>
Vídeo aulas:
https://www.youtube.com/watch?v=9PhuFvwfQz8&ab_channel=N%C3%A3oPercaaCabe%C3%A7a
https://www.youtube.com/watch?v=IteUs2OdqZ4&ab_channel=FilosofiaTotalcomProf.Anderson
Para reflexão aceca do poder – Não deixem de ver essa cena!!
https://www.google.com/search?q=poder+%C3%A9+poder&oq=poder+%C3%A9+poder&aqs=chro
me..69i57j0l2j0i22i30l5.6417j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
PROPOSTA DE TRABALHO
1) O contratualismo é uma escola de pensamento a partir da qual várias interpretações sobre a natureza
humana e o surgimento das sociedades civis foram concebidas. Para os contratualistas, o ser humano:
a) era como uma tábula rasa, pois nascia completamente desprovido de qualquer tipo de ideia ou
consciência.
b) vivia em um estado de natureza anterior às organizações sociais ou políticas que temos hoje.
c) era um animal desprovido de qualquer tipo de capacidade de relação social.
d) era o único ser vivo do planeta capaz de manter relações sociais.
2) Thomas Hobbes acreditava que o “homem era o lobo do homem”. O que Hobbes queria dizer com isso?
a) Que o homem, assim como os lobos, relacionavam-se em alcateias, formando uma hierarquia em que o
objetivo comum era a obtenção de alimento.
b) Que o ser humano passou a ver na figura do lobo um espelho de suas atividades sociais, de forma que,
em algumas sociedades, o lobo ainda é uma figura simbólica.
c) Que o homem é capaz de agir como predador de sua própria espécie, podendo ser cruel, vingativo e mau
quando lhe fosse conveniente em seu estado de natureza.
d) Que a amizade entre os seres humanos era comparável à relação próxima que os lobos possuem em
uma alcateia.
3) (UFSM) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer
com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo
durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser
assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz.
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
Considere as afirmações:
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa
inequivocamente a defesa de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o “estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de
que o afeto predominante nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem
do estado de natureza para o estado de sociedade.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
4) O poder é inerente as relações sociais como pudemos ler nos textos acima. A grande questão está no
exercício do poder. Ao longo da história da humanidade pudemos vislumbrar as mais diversas formas de
poder. Na sua opinião o que é o poder e qual a melhor forma de exercê-lo?
Professor Luiz Fernando Abend
Estes sao exercıcios gerais sobre contagem.Exercıcios gerais sobre contagem
1. De quantos modos diferentes 6 pessoas podem ser colocadas em fila?
2. De quantos modos podem-se escolher tres dos jogadores de um time de futebol pararepresenta-lo em uma cerimonia de premiacao? Lembre que um time de futebol eformado por 11 jogadores.
3. Um grupo de 4 alunos (Igor, Nino, Lucas e Danilo) tem que escolher um lıder e umvice-lıder para um debate.
(a) Faca uma lista de todas as possıveis escolhas (use a inicial de cada nome,para facilitar). Organize a sua lista do seguinte modo: primeiro, escreva todasas possibilidades em que Igor e a presidente, depois, aquelas em que Nino epresidente, e assim por diante.
(b) Conte o numero de possıveis escolhas e verifique que o Princıpio Multiplicativofornece a mesma resposta.
4. Quantos algarismos sao escritos ao se escreverem os numeros inteiros de 1 a 100?
5. Paulo Henrique e Frederico lancam, cada um, um dado.
(a) Quantas sao as possıveis combinacoes de resultado?
(b) Quantas sao as possıveis somas que eles podem obter?
1
6. Cada dıgito de uma calculadora e mostrado no visor acendendo filamentos dispostoscomo mostra a figura a seguir. Quantos sımbolos diferentes podem ser representa-dos? (Nao inclua o caso em que nenhum filamento e aceso.)
7. Quantos sao os gabaritos possıveis de um teste de 10 questoes de multipla escolha,com 5 alternativas por questao? Em quantos destes gabaritos a letra A apareceexatamente uma vez? Em quantos a letra A nao aparece?
8. De quantos modos podemos formar uma palavra de 5 letras de um alfabeto de 26letras, se a letra A deve figurar na palavra mas nao pode ser a primeira letra dapalavra?
9. De quantos modos podemos formar uma palavra de 5 letras de um alfabeto de 26letras, se a letra A deve figurar na palavra mas nao pode ser a primeira letra dapalavra e a palavra deve ter letras distintas?
10. Um vagao do metro tem 10 bancos individuais, sendo 5 de frente e 5 de costas. De10 passageiros, 4 preferem se sentar de frente, 3 preferem se sentar de costas, e osdemais nao tem preferencia. De quantos modos eles podem se sentar, respeitadasas preferencias?
Gabarito
1. 720 2. 165
3. (a) Pela natureza do exercıcio, nao coloquei a resposta. Sugiro conferir com umcolega de classe. Mostre o que fez e peca que o colega mostre tambem;
(b) 12
4. 192
5. (a) 36
(b) 11
6. 127
7. 9.765.625; 2.621.440; 1.048.576
8. 265 − 255 − 264
9. 1.214.400
10. 43.200
2
PREFEITURA DE PETRÓPOLIS SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE PEDAGÓGICA
Ano de escolaridade: 3º ano do Ensino Médio
*Atividade elaborada com a colaboração dos professores do Liceu Cordolino Ambrósio
CADERNO 17
30/10 – SEXTA-FEIRA
DISCIPLINA GEOGRAFIA
PROFESSOR FELIPE LISBOA
A Economia Global no Pós-pandemia: o que esperar de cada país
Não há quem considere que a crise econômica global atual seja independente da pandemia de Covid-19. Justamente por isso essa crise se distingue das passadas. Não se sabe ainda a extensão dos danos econômicos e sequer se já atingimos o fundo do poço. Apesar disso, tem-se discutido os cenários sobre como será a atividade econômica mundial pós-pandemia. Esse texto argumenta que a crise econômica ganhou autonomia em relação ao choque que a gerou. Isto é, apesar de a crise econômica ter origem na pandemia, é improvável que a solução do problema médico-sanitário resolva o problema econômico.
Acumulam-se evidências de que o choque econômico gerado pelo novo coronavírus é pelo menos de proporção tão grande quanto aqueles vivenciados na Grande Depressão e na Crise Financeira Global de 2007 -2009. O choque atual incide sobre uma economia que já vinha em desaceleração. As últimas estimativas do FMI sugerem que a economia global deve encolher cerca de 3% em 2020, muito mais do que a retração de 0,07% observada em 2009.
Ainda segundo o FMI, as economias dos Estados Unidos e da Eurozona devem encolher 5,9% e 7,5%, respectivamente. No caso da Zona do Euro, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, já alertou que espera em 2020 contração ainda maior que a estimada pelo FMI, algo entre 8% e 12%. Projeta-se uma taxa de crescimento da economia chinesa de 1,2% em 2020, que seria a menor desde o final da Revolução Cultural, em meados da década de 1970. Há ainda muitos países que terão a maior recessão desde o pós-Segunda Guerra Mundial.
As informações já disponíveis sobre mercado de trabalho, produção e vendas também expressam um choque de grandes proporções. Nos Estados Unidos, cerca de 43 milhões de pessoas já solicitaram seguro desemprego, perfazendo mais de 27% da força de trabalho do país. A taxa de desemprego de 13,3%, observada em maio último, supera a do pico do desemprego da crise de 2007-2009, que foi de 10%. Matéria da Bloomberg aponta que tem havido cortes de salários daqueles que ainda estão empregados, o que é atípico mesmo em recessões. O grau de utilização da capacidade instalada manufatureira já atingiu, em abril, mínimas históricas, indicando 35% de capacidade ociosa.
Na Eurozona, os impactos no mercado de trabalho têm sido mais tênues por enquanto, em função das regulações trabalhistas e das políticas econômicas focadas em evitar demissões em massa. Contudo, as perspectivas são também de forte crescimento do desemprego. O grau de ociosidade na Eurozona já é comparável ao do vale da crise de 2007-2009, atingindo cerca de 30% conforme dados da Eurostat.
Ou seja, os dados já disponíveis e as estimativas de consenso pintam um cenário nefasto e sem precedentes em termos da profundidade e velocidade de deterioração da atividade econômica global.
Suponha-se um cenário otimista: a pandemia acabará logo e uma eventual segunda onda será, de alguma forma, controlada. Evidentemente, parte da deterioração da atividade econômica será dissipada na medida em
que o problema médico-sanitário seja superado. Mas poderíamos declarar que a economia estará saudável com a remissão da pandemia?
Olhemos para alguns dos seus efeitos. Eles se manifestaram tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda. O necessário isolamento social acarretou algum grau de paralisação da atividade econômica e grande parte dos agentes econômicos perdeu receitas, o que tem consequências dinâmicas diversas, as quais, em geral, desencadeiam cortes de gastos.
O nível de emprego é um dos termômetros mais importantes da atividade econômica. A experiência histórica indica que a perda de empregos ocorre, em geral, mais rápido do que a sua retomada. Uma das coisas que se pode observar é que a retomada do volume de empregos perdidos na recessão de 2007-2009 levou mais de seis anos, no que foi a recuperação mais lenta no pós-guerra. Na recessão atual, iniciada em fevereiro, a perda de empregos tem se mostrado ainda mais rápida e pronunciada que em 2007-2009.
Quanto tempo levará para que o nível de emprego seja retomado na recessão atual? Tudo isso dependerá de como as nações irão lidar com as necessidades da população e das empresas. De forma otimista em até uma década, se nada acontecer, grande parte das nações estarão em ritmo similar ao período pré-pandemia.
Agora responda:
1. Considerando as partes destacadas do texto, sintetize os principais problemas trazidos em escala global pela pandemia de COVID-19 (mínimo 10 linhas).
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