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O Plano Colômbia e o combate ao narcotráfico: A questão
geopolítica norte-americana na América do Sul
Projeto de Monografia
Aluna: Carina Diniz da Silva
Orientadora: Profª. Ivi Vasconcelos Elias
Rio de Janeiro - 2010
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O Plano Colômbia e o combate ao narcotráfico: A questão geopolítica norte-
americana na América do Sul
1. Introdução
No pós 2ª Guerra Mundial surgem dois blocos de influência no cenário
internacional: o comunista liderado pela URSS e o capitalista norte-americano. Nesse
momento a Colômbia reforça suas relações diplomáticas com o EUA. Entre 1948 e
1958, a Colômbia um país agrário cafeicultor, enfrenta uma guerra civil violenta
derivada da disputa pelo poder entre liberais, conservadores e socialistas. Com o êxodo
rural de camponeses que necessitavam fugir dos campos cria-se uma população
miserável habitante de favelas e guetos nas cidades colombianas. Os grupos de guerrilha
camponeses de esquerda liderados pelas FARC (Forças Revolucionárias da Colômbia) e
pela ELN (Exército de Libertação Nacional) se armam para a luta contra o capitalismo.
Os EUA em 1952 sob o comando do presidente Harry Truman visam marcar sua
influência no território sul americano efetivamente para o combate ao comunismo. EUA
e Colômbia assinam um Acordo de Assistência de Defesa Mútua, onde os norte-
americanos proveriam assistência militar para garantir a paz na América do Sul. Já em
1960, seria implementado o Plano Lazo onde seriam financiados obras públicas,
treinamento de civis contra as guerrilhas e o fornecimento de armas para esse combate.
O narcotráfico na Colômbia cresce e se desenvolve em um contexto de proibição
de consumo e comercialização de drogas psicoativas durante a Guerra Fria, mais
especificamente durante os anos 80. Ao buscar financiamento para sua luta armada,
esses grupos guerrilheiros verificam a demanda e a possibilidade do narcotráfico. Um
negócio que seria ser rentável com uma demanda internacional para o consumo. Os
EUA nesse momento se tornam um dos maiores consumidores de drogas do mundo com
uma alta demanda pelas drogas e ao vir à tona essa realidade, o então presidente Ronald
Reagan em 1986 emite uma Decisão Diretiva de Segurança Nacional (National Security
Decision Directive-NSDD) na qual qualificava o narcotráfico como uma terrível ameaça
à segurança dos EUA. O governo do presidente George Bush também financia ajuda
militar a Colômbia e durante a década de 90 após o fim da Guerra Fria a questão das
novas guerras também começa a fazer parte da agenda. A preocupação com os direitos
humanos começa a ser incorporada à ajuda. Em Março do ano 2000, o governo
colombiano na luta contra o tráfico de drogas lança o Plano Colômbia onde consegue
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novamente apoio financeiro e militar dos EUA. Além do combate ao narcotráfico esse
Plano visa promover a paz entendida aqui como a ausência de conflito no país,
recuperar a economia e fortalecer os pilares da democracia colombiana.
Baseando-se nessas observações, este projeto propõe analisar as relações dos
EUA e Colômbia através do Plano Colômbia. O objetivo é relacionar o financiamento
econômico e militar norte-americano no território colombiano aos seus interesses
geopolíticos na América do Sul, como uma tentativa de manter sua área de influência na
região.
2. Justificativa
O Plano Colômbia de combate às drogas financiado pelo governo norte-
americano pode-se verificar como mais um movimento de participação militar e
econômica dos EUA. Ao longo do tempo “intervenções” para conter certas ameaças à
segurança e à estabilidade pelos EUA vêm sendo feitas de forma intensa e apoiando-se
principalmente nessas questões vitais de sobrevivência do Estado como própria
segurança e estabilidade.
A Colômbia situa-se em território que faz fronteira com Brasil, Venezuela,
Panamá, Equador e Peru. A parte do território que faz divisa com o Brasil, a floresta
Amazônica está em constante debate sobre a ingerência de outros Estados pela
importância com relação ao meio ambiente. A Venezuela é um país que representa uma
potência no que diz respeito à comercialização de Petróleo. O Panamá é a ligação direta
entre a América do Sul e Central, saída para o Caribe. Fazendo uma análise territorial
breve da importância dos territórios que cercam a Colômbia, podemos verificar sua
importância geopolítica sobre a área de influência da América do Sul.
No contexto do século XXI com a ascensão de governos de esquerda na América
Latina que muitas vezes não compartilham das políticas e interesses do governo norte-
americano, faz-se necessária uma nova abordagem da participação militar e econômica
dos EUA na Colômbia com relação ao tráfico de drogas. Principalmente pelo discurso
anti-hegemônico do presidente venezuelano Hugo Chávez. Ao passo que essa
participação direta sobre o território se intensifica e se justifica sob a ótica do combate
às drogas, os países vizinhos que tem de compartilhar bases militares norte-americanas,
ser parte de rota do narcotráfico levantam questões sobre intervencionismos, seus
custos, interesses e eficácia.
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3. Problema e hipótese
Ao longo dos anos, os EUA vêm elaborando e participando de planos de
desenvolvimento econômico e de segurança nos países periféricos em especial na
Colômbia, principalmente após o fim da 2º Guerra Mundial. Em um primeiro momento
a alegação para uma participação mais intervencionista era a ameaça comunista, em um
bloco liderado pela URSS que dividia o mundo em dois. Na década de 80 com o avanço
do consumo e comercialização das drogas nos países desenvolvidos, o clamor passa a
ser a luta contra as drogas ilegais, produzida em larga escala na Colômbia. Logo em
seguida após a queda do muro de Berlim, além do tráfico em si o argumento da ajuda se
relaciona com a busca pelo cumprimento dos direitos humanos, violado muitas vezes
pela violência e a guerra civil instaurada graças ao narcotráfico.
O estado colombiano, enfraquecido graças à perda de coerção frente ao poder do
tráfico que rende milhões de dólares anualmente enfrenta problemas com relação à
corrupção em suas instituições. Torna-se complicado garantir quem são os indivíduos
que ganham e os que perdem com a comercialização das drogas ilegais. Os traficantes
ao mesmo tempo que são os “inimigos” do Estado e da sociedade como um todo, estão
infiltrados no governo como políticos ou com acesso direto a informações privilegiadas.
A política de proibição se mostrou ineficaz quanto à supressão da demanda
consumidora. A intenção deste projeto, no entanto, não é estabelecer uma relação direta
com a proibição e o aumento do consumo e a violência que traz consigo. 1 A
problemática colocada é a de que forma os EUA perseguem seus interesses de
manutenção e influência na América do Sul por meio de políticas dentro do estado
colombiano?
Para pensar essa problemática será tomado como base o período dos governos
de Bush nos EUA e Álvaro Uribe na Colômbia em que governavam simultaneamente
entre os anos de 2002 e 2008. Ambos compartilhavam a ideia de que as guerrilhas são
fundamentalmente grupos de terroristas que controlam o narcotráfico, reduzindo, por
conseqüência, o complexo conflito armado colombiano ao combate ao terrorismo. Um
1 A política de combate às drogas sempre esteve na pauta de política interna do governo norte-americano. Uma mescla do puritanismo e de uma ética protestante sempre viu com repúdio o vício e a utilização de substâncias entorpecentes. Com a importância que os EUA adquiriram no cenário internacional, o repúdio às drogas foi disseminado a outros estados o modelo repressor de combate às drogas. Apesar de tudo o problema da demanda consumidora no próprio país não foi solucionado (Tena, 2000, Rodrigues, 2004)
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ponto importante desse momento no contexto internacional foram os atentados às torres
gêmeas em 11 de setembro de 2001 onde verifica-se uma mudança na política externa
adotada por Bush até o momento com um aprofundamento maior com relação às
políticas militares do Plano Colômbia de combate ao narcoterrorismo.2
A hipótese considerada para pensar esta problemática é a de que a Colômbia
enfraquecida em seu poder de coerção perante às suas instituições e sociedade, com uma
localização privilegiada que faz fronteiras com diversos países com uma economia
próspera é importante para o exercício de influência e poder. A influência e o poder que
podemos considerar são principalmente militares e econômicas através de ajudas
financeiras, alianças de bases militares na região, com o objetivo de influenciar em
questões fundamentais para a sobrevivência do Estado e se manter na condição de
estado hegemônico no cenário internacional. A Colômbia tem uma importância
geopolítica para os EUA devido a sua dimensão territorial, demográfica e econômica e
devido às fronteiras com outros importantes países sul-americanos como o Brasil,
Venezuela e Panamá por exemplo. O Plano Colômbia foi incorporado pelos interesses
norte-americanos no combate ao terrorismo sob a justificativa de lutar contra o
narcoterrorismo. Mas além dessas questões é fundamental que se amplie a agenda com
temas de política, democracia conforme propõe o Plano. As principais políticas do plano
incluem a as questões de direitos humanos, do crescimento econômico colombiano e o
fortalecimento da democracia. Em um local que as constantes chacinas e violência
instaurada os direitos humanos não são respeitados, grandes multinacionais americanas
atuam desde empresas petrolíferas como a OXY a tecnologia da informação como a
IBM e a democracia é de vital importância para uma garantia de cooperação entre os
dois países, as políticas do plano se associam diretamente aos interesses norte-
americanos. Então para pôr em prática essas políticas associam-se a necessidade de
defender a segurança e a ameaça do narcoterrorismo e do tráfico de entorpecentes,
mesclando nesse contexto o tema de direitos humanos e fortalecimento da democracia
para justificar as intervenções, com o discurso de que a Colômbia necessita de ajuda
devido a sua perda de coerção.
4. Objetivos
2 Os ataques terroristas de 11 de setembro, fizeram com que os EUA reassumissem uma posição unilateral clara de império para o combate ao terror. (Pecequilo, 2005)
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Identificar os principais planos de ação na política de combate às drogas pelo
Plano Colômbia.
Analisar as formas de participação dos EUA tomando como base as ações em
território colombiano desde a implementação do Plano.
Analisar as políticas do Plano Colômbia financiadas pelos EUA
Demonstrar como as políticas implementadas pelo Plano se aliam as estratégias
de influência dos EUA na América do Sul.
5. Quadro teórico
A perspectiva teórica a ser utilizada para a elaboração do trabalho é a da teoria
de interdependência complexa das Relações Internacionais (RI) e a análise dos temas de
combate ao narcoterrorismo e ao tráfico de drogas internacional à luz da política externa
norte-americana.
A partir do fim da Guerra Fria, a agenda de segurança internacional sofre
mudanças. Segundo Amado Cervo “a segurança humana, o narcotráfico, as fronteiras
vivas e, sobretudo, a exclusão social como fonte de violência” passaram a ocupar o
lugar dos temas tradicionais próprios à razão de ser das forças armadas tradicionais
(Cervo, 2008).
Segundo Ayoob uma situação de segurança é definida em relação às
vulnerabilidades, tanto interna quanto externa, que ameacem ou têm o potencial de
enfraquecer as estruturas do Estado como um todo além de seu regime político
(Ayoob,1995, p. 9). No caso da situação na Colômbia, o Estado perde o poder de
coerção a partir do momento em que grupos guerrilheiros detêm parte do território e ali
estabelecem suas regras. Nesse contexto o próprio estado não tendo condições de
controlar o seu problema interno, a questão toma proporções internacionais. Para os
EUA a falta de controle na produção traz problemas para sua demanda interna. As
ameaças então não se originam unicamente na esfera militar, elas transcendem as
barreiras sociais, econômicas e políticas.
A política norte-americana colocava a questão do consumo de drogas no país
não como um problema da demanda interna, mas sim da oferta externa traduzindo-se
em políticas de erradicação dos cultivos através da militarização nos países produtores.
Além disso, a partir do momento que grandes corporações norte-americanas, a saber,
petrolíferas como, por exemplo, a OXY e a Texaco vinham sendo alvo dos ataques de
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guerrilheiros através de seqüestros e explosão de postos de extração, essas empresas
passam a necessitar efetivamente de intervenção militar estadunidense. Verificamos aí
que os interesses puros do estado não atuam sozinhos. As necessidades das empresas se
mesclam com o interesse do estado em garantir a segurança de quem é fundamental para
a economia. Outros atores além do estado entram em cena, como é o caso do interesse
das multinacionais.
A internacionalização do combate ao narcotráfico através da interferência norte-
americana transformou o que antes era um projeto de paz, em um projeto militar
antidrogas e contra-insurgente norte-americano, segundo Antonio Navarro Wolf
(2002:16),
“Plano Colômbia de Pastrana3, em sua versão original, não era isto. Quando começaram as conversações de paz entre o governo e as FARC no Sul do país, foi desenhado um plano de investimentos produtivos e de desenvolvimento nas áreas pobres e isoladas do país e também ficou decidido que as FARC e o governo decidiriam os destinos dos recursos econômicos provenientes da comunidade internacional. Quando entraram os norte-americanos em cena em 1999, a primeira coisa que fizeram foi descartar as FARC das discussões sobre o emprego dos recursos econômicos do Plano Colômbia. Segundo,armaram um pacote de ajuda ao exército e tomaram o controle da guerra no sul. Desaparecia então todo o conteúdo de paz que tinha a versão inicial do plano, transformando-se em um plano antidrogas e contra-insurgente. As FARC repudiaram o plano sob a alegação de agressão ao processo de paz e, por conseqüência, seguiram a tarefa de continuar o conflito.”
Com a eleição de Álvaro Uribe Vélez as estratégias americanas ganham mais vigor com
a implementação da guerra antiterror estabelecida pelo governo Bush pós 11 de setembro.
Apesar de contar com a ajuda militar, a luta principal é contra a produção das substâncias
ilícitas, apesar de que para isso há constantes enfrentamentos com os grupos guerrilheiros que
dominam a produção. Outra questão importante que podemos levantar no caso da Colômbia é
que os principais “inimigos” da segurança compartilham de uma ideologia inclinada para o
marxismo que foi combatida pelos EUA durante a Guerra Fria além desses grupos serem
criminosos. Essas características vão claramente contra os ideais democráticos e de livre-
mercado que os norte-americanos divulgam.
Os EUA nesse contexto conseguem aliar seus interesses contra o narcotráfico e buscam
uma cooperação constante para outros assuntos de interesse nacional como, por exemplo,
relações comerciais através de tratados. Durante esse período a discussão era em relação à
ALCA4 que posteriormente não seria aprovada.
3 Andres Pastrana Arango foi o presidente colombiano no período de 1998 a 2002 que inaugurou o Plano Colômbia em 2000. No final de seu mandato decidiu encerrar o diálogo com as FARC influenciado pela estratégia americana com relação ao Plano. Esta futuramente seria a política de Uribe (2002-2010) que também rejeitou negociações com as FARC.4 A Área de Livre Comércio das Américas seria uma zona de livre comércio integrando os países do continente americano.
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Além dessas questões de poder e influência, a manutenção da democracia é de
fundamental importância para a questão da política externa. Paul Wolfowitz5 afirma que
foi graças à democracia que os EUA obtiveram triunfo contra o comunismo e a queda
da URSS.
Através da necessidade de utilização de forças militares, financiamentos de
grandes corporações multinacionais, fundamentais para a economia e mostra de poder
coercitivo contra grupos guerrilheiros, os EUA mostram sua influência e seu poder com
o apoio do governo Uribe. Podemos traçar um paralelo dos interesses da política externa
norte-americana do governo Bush, baseado no neoconservadorismo com a atuação e
políticas do Plano Colômbia. A questão da aproximação da Colômbia e EUA se coloca
então como uma importante forma dos norte-americanos manterem seus interesses
garantidos na região através da aliança estreita com Uribe. Com um forte poder militar
se mostra como superpotência na região e como um auxílio “fundamental” para o
combate da oferta de entorpecentes e da ação de narcoterroristas no território.6
Diante desse contexto podemos verificar que os estados precisam cooperar entre
si para alcançar seus objetivos. No caso da Colômbia da ajuda externa para auxiliar a
luta contra o tráfico que gera problemas internos de violência e para os EUA além de
uma proposta de diminuição da produção, uma ideia de que a América Latina possuindo
bases americanas em seu território seria uma aliada constante para seus interesses.
A partir do quadro exposto serão utilizadas a teoria da interdependência
complexa e as diretrizes da política externa norte-americana do governo Bush com
relação ao combate ao terrorismo internacionais utilizando-se do Plano Colômbia.
6. Metodologia
O estudo será feito a partir da adoção dos seguintes procedimentos: estudo da
literatura relevante; formulação de hipóteses; desenvolvimento de um projeto de
pesquisa; coleta e análise de dados.
A pesquisa terá uma abordagem qualitativa com base em um estudo de caso. O
caso aqui se apresenta de forma ilustrativa ao argumento levantado na hipótese não se
5 Paul Wolfowitz é um professor e político norte-americano, ex-presidente do Banco Mundial. Como sub-secretário de defesa americano rquitetou a política externa de George W. Bush, conhecida como Doutrina Bush que visava entre outros pontos uma política de apoio a democracia mundial estabelecida no plano Colômbia pela necessidade de fortalecer os pilares da democracia colombiana.6 A diplomacia brasileira reconhece esses grupos como guerrilheiros somente. O governo americana atribui a questão do terrorismo após os ataques de 11 de setembro. (Pecequilo, 2005)
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pretendendo a formulação de generalizações. O que se pretende é promover um
argumento que relacione as políticas que envolvem esse plano específico com uma
forma de manutenção de influência norte-americana na América do Sul e os resultados
dessas políticas.
Para a realização da pesquisa serão utilizadas fontes primárias representadas por
documentos e legislação disponibilizados pelos governos americano e colombiano.
Além de fontes secundárias, livros e artigos, que darão o suporte analítico. Os
periódicos consultados são: Revista Brasileira de Política Internacional, Contexto
Internacional, Revista de Sociologia e Política.
Serão consultados, também, sítios de notícias como Folha Online, BBC, NY
Times, El Colombiano, El Tiempo, The Economist em virtude da atualidade do caso. A
proposta de capítulos da monografia está assim estruturada:
Introdução.
O narcotráfico na Colômbia X EUA a relação entre produtor e consumidor
Breve histórico da questão das drogas EUA X Colômbia
Análise das políticas intervencionistas dos EUA na Colômbia nos anos
80
Discussão sobre a política externa americana no pós 11 de setembro com
relação ao combate ao narcotráfico
Plano Colômbia e suas políticas
Enumeração das políticas do plano
Relação dos direitos humanos na luta contra o narcotráfico
Análise crítica da questão geopolítica
Análise das políticas militares, diplomáticas e econômicas
Estudo de caso: Plano Colômbia, combate ao narcotráfico e intervencionismos
Estabelecimento das políticas do plano com estratégias de influência dos
EUA na América do Sul
Análise crítica das estratégias de influência norte-americanas
Discussão da posição de Brasil e Venezuela: custos e resultados de um
intervencionismo econômico e militar na luta contra o narcotráfico
Conclusão
7. Referências bibliográficas para a monografia
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