Promover a produção de leite de qualidade e
seguro na cadeia do leite, garantindo a saúde
dos consumidores.
É o produto obtido por meio de ordenha higiênica que
apresenta ausência de microorganismos patogênicos, livres de
resíduos químicos e medicamentosos, que tenha baixa contagem
bacteriana e baixa contagem de células somáticas, com sabor
agradável e de alto valor nutritivo.
► Baixa CBT ►Baixa CCS
►Sabor, cor e cheiro adequados ►Composição (% proteína, % gordura, etc.)
adequada
► É aquele que não oferece risco à saúde e integridade do
consumidor.
► Nele, os perigos estão controlados.
► É aquele que não oferece risco à saúde e integridade do
consumidor.
► Nele, os perigos estão controlados.
► São contaminantes no leite, tais como bactérias (biológicos),
produtos químicos ou fragmentos (físicos) que podem causar
danos à saúde ou à integridade física do indivíduo.
São substâncias estranhas no leite como:
► Resíduos de antibióticos, agrotóxicos, herbicidas,
bernicidas, vermífugos;
► Toxinas de fungos ou mofos (micotoxinas)
inseticidas;
► Metais pesados – cobre, chumbo, mercúrio
► Detergentes e desinfetantes.
Químicos
► objetos estranhos no leite que podem causar danos ao consumidor;
► insetos ou pedaços deles;
► pedaços de: vidro, de plástico, de teteiras;
► pregos e agulhas;
► pelos;
► fios de corda
► esterco, etc
Físicos
►São microrganismos como fungos, bactérias, vírus,
protozoários e outros.
►Eles se encontram em toda parte do ambiente de ordenha e
no trabalhador.
►Para o leite são importantes:
Patógenos como: (Staphylococcus aureus, Salmonella, Listeria
, C. botulinum,, B. abortus e outros)
Biológicos
O leite é um produto muito rico e que possui todas as
condições para o desenvolvimento de microrganismos.
Nutrientes Temperatura: faixa ideal 20 e 45 oC
Obs: Alimentos pouco ácidos, como o leite, são os preferidos pelas bactérias
Água
► Terra
► Ar
► Chão (piso)
► Água Pessoas
► Cabelo
► Nariz, boca e garganta
► Intestino
► Mãos
► Roupa, sapatos
Região Período CCS
(células/mL)
CBT
(UFC/mL)
Resíduos de
antibióticos e
inibidores
Sudeste, Centro-Oeste
e Sul
De 01/07/2005 a
01/07/2008 1.000.000 1.000.000 *
De 01/07/2008 a
01/07/2011 750.000 750.000 *
A partir de 01/07/2011 400.000 100.0001 (300.0002) *
Norte e Nordeste
De 01/07/2007 a
01/07/2010 1.000.000 1.000.000 *
De 01/07/2010 a
01/07/2012 750.000 750.000 *
A partir de 01/07/2012 400.000 100.0001 (300.0002) *
Tabela 1 – Limites para CCS, CBT e resíduos químicos
Fonte: Adaptado de Brasil, Mapa, IN 51/02.* Limites máximos previstos no Programa Nacional de Controle de Resíduos do Mapa.
Região Período CCS
(células/mL)
CBT
(UFC/mL)
Resíduos de
antibióticos e
inibidores
Sudeste, Centro-
Oeste e Sul
De 01/01/2012 a
30/06/2014 600.000 500.000 *
De 01/07/2014 a
30/06/2016 480.000 104.000 *
A partir de
01/07/2016 300.000 100.000 *
Norte e Nordeste
De 01/01/2013 a
30/06/2015 600.000 500.000 *
De 01/07/2015 a
30/06/2017 480.000 104.000 *
A partir de
01/07/2017 360.000 100.000 *
Entrou em vigor a partir de 01 de janeiro de 2012
► Maior valorização do produto: melhor preço e competitividade.
► Vacas mais saudáveis e produtivas: menor índice de mastite.
► Leite com maior tempo de vida: menor ocorrência de acidez no leite.
► Satisfação do REAL do consumidor: “quem toma o seu leite?”
1º - Para o produtor de leite:
► Leite mais seguro com baixo índice de resíduos e toxinas;
► Maior rendimento industrial;
► Maior prazo de validade;
► Maior valorização do produto;
► Maior abertura do mercado externo.
2º - Para a indústria:
3º - Para o consumidor:
► Leite seguro, com menor risco de problemas à saúde;
► Melhor sabor, aspecto, cor, durabilidade do produto na
geladeira;
► Menor ocorrência de doenças.
Na segurança:
► Controle de antibióticos
Como? Reduzindo e controlando o uso.
► Controle de toxina estafilocócica
Como? Controlando mastite e temperatura do leite.
► Redução Bactérias patogênicas
Como? Controlando doenças, higiene e temperatura do leite e qualidade da água.
► Redução de Micotoxinas
Como? Controlando o mofo no armazenamento e distribuição dos alimentos das vacas.
► Redução de resíduos de sanitizantes e outros resíduos químicos
Como? Obedecendo as normas de uso.
1. Qualidade da água.
2. Manejo da ordenha.
3. Higiene e manutenção do equipamento de ordenha,
utensílios e tanque de refrigeração.
4. Refrigeração e estocagem do leite.
5. Manejo sanitário.
6. Instalações.
7. Produção e armazenamento de alimentos.
8. Controle de pragas.
9. Capacitação e saúde do trabalhador.
• Trabalhando com PO’s – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
• Trabalhando com IT – INSTRUÇÃO DE TRABALHO
São as instruções de como realizar as tarefas orientadas pelos
procedimentos operacionais.
► A água é a base para a produção de um alimento seguro.
► É utilizada para a lavagem dos tetos, instalações, utensílios
e equipamentos que entram em contato com o leite.
► É usada na higiene dos trabalhadores e para o consumo
dos animais.
IMPORTANTE!
A água usada para higiene pessoal, de utensílios e equipamentos
deve ser potável.
Os poços e nascentes devem:
► Ser cercados;
► Ser mantidos limpos ao seu redor;
► Ficar tampados;
► Ser protegidos de enxurradas.
As caixas d’água devem estar:
► Sem defeitos.
► Tampadas.
► Protegidas contra água das enxurradas.
► Lavadas e higienizadas semestralmente ou quando necessário.
► Para volumes de água a tratar superiores a 5.000 litros/dia,
recomenda-se usar um clorador por gotejamento ou ainda o
clorador contínuo de pastilhas.
► Para volumes menores, podem ser usados cloradores por
difusão ou flutuadores do tipo piscina, com pastilhas de cloro.
Flutuador
Bombas
dosadoras
Continuo
com pastilha
Produtos à base de Cloro Dose para de água
Hipoclorito de sódio: 20 a 30 % de Cl (líquido) 3 a 5 mL
Água sanitária a 2 % (líquido) 50 mL
Hipoclorito de cálcio a 10% (pó) 10 gramas
Cloro granulado a 65% (pó) 1,54 gramas
Cloro estabilizado em tabletes (65% a 90% de cloro) Seguir instrução do
fabricante
► Quantidade de cloro para tratar 1000 litros de água (1 mg/L
de cloro livre aplicado)
► Para medir o cloro final, utilize um cloroscópio portátil disponível no comércio, fitas apropriadas ou reagentes para essa verificação.
O cloro livre na água é o indicativo de que
a água não tem microrganismos.
► O adequado manejo de ordenha é um dos principais fatores
que auxiliam na produção de um leite seguro e de qualidade.
Os principais pontos de atenção no processo de ordenha:
► Limpeza do local da ordenha
► Saúde e higiene pessoal do ordenhador;
► Seleção dos animais a serem ordenhados;
► Verificação diária da ocorrência de mastite clínica;
► Higiene dos tetos antes da ordenha;
► Desinfecção dos tetos após a ordenha.
O local de ordenha deve ser:
► Coberto;
► Protegido do sol e da chuva;
► Limpo, (sem acúmulo de esterco, barro ou lama);
► Longe de fontes de mau cheiro e que atraia pragas;
► Livre de outros animais.
Ao final de cada ordenha, fazer a limpeza
da sala, equipamentos e utensílios.
► Antes de iniciar a ordenha, selecionar os animais aptos para serem
ordenhados de acordo com o estado de saúde.
Não ordenhar juntamente com os animais sadios:
► Os que apresentam mastite clínica; primíperas e vacas sadias
► Os que apresentam algum outro sintoma ou doença (metrite,
problemas de casco, etc.);
► Os que estejam recebendo qualquer tipo de tratamento;
► Os que estão em período de carência;
► Recém paridas.(Período colostral)
Fazer o teste da caneca de fundo escuro ou telada:
► Em todas as vacas
► Em todos os tetos
► Em todas as ordenhas
Fazer a avaliação clínica do úbere em todas vacas
O teste da caneca permite:
► Diagnóstico precoce da mastite clínica
► Eliminar os jatos de leite mais contaminados (com maior CBT)
► Estimular a descida do leite
Os animais doentes diagnosticados no teste da caneca devem:
► ser identificados visualmente (corda, fita, etc.)
► ser ordenhados separadamente ao final da ordenha
► ser separados em piquetes ou lotes diferentes dos animais sadios
O caso clínico de mastite deve ser registrado em ficha própria
► O leite dos animais doentes, em tratamento e
no período de carência não pode ser destinado
ao consumo humano ou de bezerras!!!
► Higienizar os tetos utilizando água limpa (quando necessário) e
desinfetante apropriado para este fim ou usar água clorada.
► Utilizar frasco para o desinfetante do tipo sem retorno ou vasilhame
com água clorada.
► Secar completamente os tetos, com papel-toalha descartável.
Deixar o desinfetante agir por 30 segundos
antes de secar os tetos!
Para desinfecção dos tetos:
► Usar desinfetante apropriado, logo após a ordenha;
► Utilizar frasco do tipo sem retorno;
► Cobrir toda a superfície do teto.
Este procedimento visa
eliminar as bactérias que
possam ter sido transmitidas
durante a ordenha, sendo uma
prática importante no controle
da mastite contagiosa
► Controle da mastite;
► Higiene;
► Trabalho em equipe;
► Treinamento constante.
Registros
► Ocorrências de casos clínicos de mastite e outras doenças.
"Somos o que repetidamente fazemos. A
excelência, portanto, não é um feito, mas
um hábito" Aristóteles
Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro
3. HIGIENE E MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO DE
ORDENHA, UTENSÍLIOS E TANQUE DE REFRIGERAÇÃO
Os principais pontos de atenção:
► Aquisição e estocagem de produtos de higienização;
► Higienização de utensílios e da ordenhadeira mecânica;
► Volume e temperatura da água utilizada na limpeza;
► Manutenção da ordenhadeira mecânica;
► Higienização do tanque de refrigeração;
► Manutenção do tanque de refrigeração do leite;
► Higienização da sala de ordenha.
► Produtos registrados nos órgãos competentes
► O rótulo dever estar legível e conter todas as informações
necessárias
► Armazenar em local seco, ao abrigo da luz e com acesso restrito
► Seguir rigorosamente a indicação do rótulo e/ou fabricante
Higienização:
► Constituído de duas etapas: limpeza e sanificação;
► Aplicação em ambientes, equipamentos e pessoa;
► Elimina ou reduz a contaminação.
Limpeza:
► É a remoção da sujidades
grosseiras ou a parte visível.
Sanificação:
► Redução dos microrganismos a níveis aceitáveis;
► Aplicação em ambientes, equipamentos e pessoas.
Fatores que interferem na higienização:
► Mão de obra qualificada;
► Água;
► Energia mecânica;
► Energia química;
► Tempo;
► Temperatura.
► Enxaguar com água a temperatura ambiente ou morna;
► Escovar as partes externas dos equipamento com escova
apropriada, usando solução de detergente neutro;
► Enxaguar com água a temperatura ambiente ou morna.
Higienização Manual:
Higienização na Ordenha Manual
► Enxaguar os baldes e os latões com água potável e morna, no final da ordenha;
► Lavar os baldes e os latões com detergente neutro, de acordo com as especificações do fabricante, esfregando toda a superfície, usando escova de náilon apropriada para esta finalidade;
► Enxaguar em seguida e escorrer bem;
► Guardar os baldes com a boca virada para baixo, em local limpo e seco apropriado;
► Manter os latões limpos e bem fechados quando não estiverem em uso;
► Sanificar os latões e baldes de inox ou plástico com a solução 200 ppm de cloro = 20 ml água sanitária/ 1 l de água
► Enxaguar o sistema por completo com água, até a água ficar
completamente limpa, sem leite;
► Utilizar solução de detergente alcalino de acordo com as orientações do
fabricante e temperatura entre 70 e 75 °C. Circular a solução por 10 (dez)
minutos;
► Tirar toda a solução de limpeza por meio de enxágüe;
► Uma vez por semana: circular uma solução de detergente ácido por cinco minutos, na temperatura recomendada pelo fabricante, e enxaguar com água potável;
► Tirar toda a solução de limpeza por meio de enxágüe;
► Trinta minutos antes da próxima ordenha, fazer circular solução sanificante por cinco minutos à temperatura ambiente, sem enxaguar o equipamento;
► Seguir as recomendações do fabricante para cada tipo de sanificante.
Higienização na Ordenha Mecânica:
► Efetuar a limpeza logo após a retirada do leite;
► Enxaguar com água potável até a retirada de todo o resíduo de
leite;
► Usar solução detergente recomendada;
► Esfregar toda a superfície interna, o agitador e a tampa, com
escova específica para a finalidade;
► Sanitizar antes do uso;
► Utilizar detergente ácido periodicamente.
► A higienização da sala de espera e de ordenha é
realizada após o final de cada ordenha;
► Semanalmente é realizada a desinfecção do chão e
das paredes da sala de ordenha com produto
apropriado;
► A sala do tanque de refrigeração é mantida limpa e
sem acúmulo de lixo e água e deve ser higienizado
sempre que o leite é recolhido pela indústria
(diariamente ou a cada 48 horas).
► A revisão técnica do equipamento de ordenha é realizada de 6 em 6
meses;
► Em casos de defeito ou falhas no funcionamento, a assistência
técnica autorizada é acionada imediatamente;
► A troca das teteiras/insufladores é realizada a cada 2.500 ordenhas
ou de 6 em 6 meses, o que vencer primeiro.
Mau funcionamento:
► Leite residual e lesões nos tetos e no esfíncter dos tetos,
podendo levar ao aumento da CCS.
► A revisão técnica do tanque de refrigeração é realizada
anualmente;
► Manter o condensador (radiador) sempre limpo e bem
ventilado;
► Verificar o funcionamento dos ventiladores;
► Em casos de defeito ou falhas no funcionamento, a
assistência técnica autorizada é acionada imediatamente.
Mau funcionamento:
► Aumento da CBT
► Acidez do leite
► Congelamento do leite
► Atenção na execução das tarefas
► Zelo com os utensílios
► Planejamento
► Trabalho em equipe
► Treinamento constante
Os principais pontos de atenção:
► Filtração e coagem do leite;
► Local do tanque de refrigeração;
► Tempo de refrigeração do leite;
► Estocagem do leite.
► Ordenha canalizada: filtração ocorre durante a ordenha.
► Ordenha balde ao pé ou manual: coagem do leite ocorre com o
uso do coador de aço inoxidável ou de plástico.
O tanque de refrigeração deve estar um local fechado, protegido
contra:
► Luz solar;
► Chuva;
► Entrada de moscas;
► Entrada de ratos,
gatos e cachorros.
O local deve ser de uso exclusivo para a atividade e mantido
limpo e seco.
O leite deve ser refrigerado em até duas horas após o término de
cada ordenha, à temperatura entre 2 e 4oC.
► Sistema manual ou balde ao pé:
• O leite ordenhado é colocado em latão
• Cada latão que completa sua capacidade
é levado imediatamente para o tanque de
refrigeração, independente do término
da ordenha
► Sistema canalizado:
• O leite é transferido diretamente para o tanque
de refrigeração, através da tubulação de leite.
Quanto mais rápido o leite atingir a temperatura entre 4ºC e 2ºC,
menor será a multiplicação da maioria das bactérias!
O leite deve ser conservado sempre entre 4ºC e 2ºC
Crescimento de bactérias em diferentes temperaturas e
condições de higiene.
Condições Temperatura
(oC) Leite fresco
Leite após 24h de
ordenha
Leite após 48h de
ordenha
Vacas e utensílios
limpos
04 4.300 4.300 4.600
15 4.300 1.600.000 33.000.000
Vacas e utensílios
sujos
04 136.000 280.000 538.000
15 136.000 25.000.000 639.000.000
Fonte: Adaptado de FRÖEDER (1985).
A saúde e o bem-estar dos animais, garantem maior
produtividade dos rebanhos e a obtenção de leite com
qualidade e seguro.
► Identificar e registrar, individualmente, os animais;
► Ter um programa de saúde do rebanho com devida orientação
veterinária:
► calendário de vacinações, exames e controle de parasitas;
► Realizar vacinações obrigatórias ou recomendadas pela defesa sanitária
animal;
► Realizar exames periódicos para brucelose e tuberculose.
Ao introduzir animais na propriedade:
► Realizar quarentena;
► Exigir atestado de vacina contra aftosa e brucelose e exames para
brucelose e tuberculose.
► ATENÇÃO: Observar os animais em conjunto para facilitar
a identificação daqueles que apresentem conduta diferenciada
e possíveis sinais de doenças.
► Realizar tratamento contra carrapatos e vermes,
conforme orientação do médico veterinário;
► Respeitar o período de carência dos medicamentos, recomendado
pelos fabricantes;
► Identificar, de forma visível, os animais que estão
em tratamento e registrar.
ATENÇÃO: Produtos carrapaticidas, utilizados
para banhos por aspersão, devem ser preparados
em quantidade suficiente para uma única vez,
evitando-se sobras.
Promover a limpeza periódica e evitar o acúmulo de fezes e urina nas
instalações, são práticas fundamentais para o sucesso de qualquer
programa sanitário!
Os medicamentos veterinários devem ser:
► Estocados em armários fechados, separados de outros produtos;
► Mantidos em suas embalagens originais, identificados e com as instruções de uso;
► Descartados após o vencimento do prazo de validade.;
As vacinas devem:
► Ser mantidas refrigeradas conforme recomendação do fabricante;
► Ser utilizadas dentro do prazo de validade.
DICA: Os produtos com data de
fabricação mais antiga são usados
primeiro.
PVPS - Primeiro que Vence,
Primeiro que Sai
► Análise diária da ocorrência de mastite clínica;
► Desinfecção dos tetos após a ordenha;
► Manutenção dos animais em pé após a ordenha;
► Tratamento imediato dos casos clínicos de mastite.
► Separação dos animais doentes;
► Funcionamento adequado e manutenção periódica
do equipamento de ordenha;
► Tratamento das vacas na secagem;
► Descarte dos animais cronicamente infectados;
► Higiene e conforto do ambiente de permanência
das vacas.
Consequências:
► Saúde do consumidor
► Reações alérgicas;
► Bactérias resistentes.
► Perdas econômicas do leite
► Problemas no processamento (queijo/iogurte);
► Perda da qualidade do leite.
Origem do problema - tratamento das vacas para:
►Mastite (durante a lactação);
►Vacas secas (prevenção após a lactação);
►Endo e ecto parasitos, infusões intra-uterinas e outros.
► Ler o rótulo e a bula do medicamento selecionado para o
tratamento.
► Observar:
► nome comercial e princípio ativo;
► período de carência do leite;
► recomendações gerais quanto ao uso e via de aplicação;
► dosagem recomendada.
► Administrar adequadamente o medicamento.
► Observar atentamente o período de carência.
► Usar somente medicamentos específicos para animais/categorias de
animais;
► Descartar o leite de todos os quartos mamários das vacas tratadas;
► Não aumentar nem alterar a dosagem recomendada;
► Não combinar antibióticos diferentes;
► Identificar, registrar e separar os animais doentes.
► Cuidados específicos na administração de carrapaticidas e
parasiticidas em geral, observando o período de carência;
► Cuidados no manuseio de agentes sanitizantes, detergentes e
desinfetantes usados na desinfecção de tetos e higienização de
utensílios e equipamentos.
Devem:
► Facilitar a higienização do local e dos equipamentos
► Ser confortáveis e seguras para os animais e trabalhadores
► Obedecer a legislação em vigor
► Dispor de água de qualidade suficiente para a atividade
Exemplos:
► Curral de espera
► Sala de ordenha
► Sala de leite
► Depósito de rações
► Depósito de produtos químicos
► Depósito de Agrotóxicos
► Produtos de higienização
► Medicamentos e vacinas
► Instalações sanitárias
Deve:
► Apresentar espaço suficiente e área sombreada.
► Ser concretado ou revestido com blocos de cimento ou pedras
rejuntadas e com declividade para facilitar limpeza.
► Ter canaletas sem cantos vivos.
► Ser cercado.
► Ter cochos de fácil limpeza e escoamento das água.
Deve:
► Permitir a higienização de tetos e o manuseio correto do
equipamento de ordenha.
► Facilitar a eficiência dos colaboradores e proporcionar conforto
a eles e aos animais.
► Dispor de facilidades para higiene pessoal (pia, sabonete,
toalha de papel)
► Área ampla, iluminada e ventilada;
► Pisos e paredes e forro de material de fácil limpeza;
► Janelas e basculantes à prova de insetos;
► Ambiente limpo e seco;
► Dispor de Água quente e fria;
► Próxima à sala de ordenha para facilitar o transporte de leite e
acesso de operadores e ajudantes;
► Espaço suficiente para tanque, pia e utensílios;
► Pia e tanque para lavagem de vasilhame disponíveis;
► Ter fácil acesso para o transportador de leite - facilidade de
coleta .
► Depósito de rações
► Protegido de umidade e acesso de pragas
► Depósito de produtos químicos (acesso controlado)
► Agrotóxicos
► Produtos de higienização
► Medicamentos e vacinas
► Instalações sanitárias
► Próximo ao local de trabalho
► De fácil higienização
► NÃO adquirir/usar alimentos de origem animal como farinha
de sangue, cama de frango, etc
► Nos produtos embalados, verificar: ► A integridade dos produtos, umidade e presença de fungos;
► As embalagens, data de fabricação, data de validade, lote;
► As condições de higiene do veículo e se não transporta
produtos incompatíveis com alimentos;
► Nos Produtos a granel (grãos, silagem e feno),verificar : ► Presença de mofo e umidade (caso observe a presença de mofo, não
receber).
Deve ser:
► Em locais exclusivos ► Ventilados secos e protegido contra o acesso de pragas;
► Sobre estrados e afastados da paredes.
► Identificados e organizados de forma a se utilizar o
produto mais velho primeiro;
► No caso de silos, serem protegidos contra o acesso
de animais que possam danificar a silagem ou a lona
de proteção.
► Fungos: de campo e de armazenagem;
► Micotoxinas mais importantes: Aflatoxinas- B1, B2, G1, G2, M1 e M2
► Na vaca, as aflatoxinas causam:
► Redução da produção;
► Problemas reprodutivos;
► Lesões e problemas metabólicos.
► Condições favoráveis para o desenvolvimento de fungos:
► Umidade elevada;
► Alta temperatura;
► Presença de oxigênio;
► Grão danificado.
► Observe:
► Se alimentos estão sem deterioração ou fungos;
► Se cochos estão limpos, sem sobras de alimentos ou
outros elementos estranhos a alimentação.
► Distribuir os alimento pouco tempo antes do consumo;
► Depois das vacas leiteiras, alimentar as outras categorias com as
sobras ou retirar restos para esterqueira ou pastos;
Cana, uma vez picada, deve ser usada imediatamente.
► Chamamos de pragas os ratos,
cobras, pássaros, moscas,
baratas e outros insetos;
► Outros animais domésticos não
devem permanecer nos locais de
produção.
O controle de pragas deve ser feito com o uso de medidas
conhecidas como 5A.
Acesso
Água
Abrigo
Aplicação
pesticidas Alimento
Controle
Integrado de
Pragas
Apenas com o controle de Acesso, Abrigo, Água e
Alimento controlamos 80% das pragas!
É feito pelo uso de barreiras que impedem a entrada de
pragas no ambiente, tais como:
► Telas nas aberturas, janelas e portas da sala do leite e do
depósito de alimentos;
► Vedação de borracha na parte inferior das portas;
► Ralos sifonados, com fechamento apropriado ou com tela de
proteção.
Devemos:
► Fechar frestas;
► Pequenos buracos;
► Manter limpas as áreas externas e internas.
► Usar lixeiras para recolhimento do lixo
► Realizar tratamento químico adequado.
► Eliminar lixos ou entulhos.
Vicentini, N.M.
► Evitar excesso de mato perto das
instalações.
Controle de Animais domésticos
► Evitar a presença de animais domésticos nas áreas de
ordenha, de armazenamento do leite e de armazenamento de
rações.
O homem pode ser fonte de microrganismos e de outros perigos
para o leite.
► A saúde e os hábitos higiênicos de todos os trabalhadores
envolvidos na ordenha e refrigeração do leite é uma condição
essencial para que possam trabalhar na propriedade leiteira.
É importante observar:
► Estado de saúde dos trabalhadores.
► Princípios de higiene pessoal.
► Comportamento pessoal.
► Se tem conhecimento das atividades relacionadas à produção
do leite.
► Se tem noções sobre qualidade do leite.
A propriedade deve dispor:
► De sanitários e vestiários sem acesso direto a sala de ordenha.
► De pias com sabonete líquido e meio higiênico para enxugar as
mãos nas salas de ordenha e de leite.
Os ordenhadores não podem apresentar:
► Feridas nas mãos, braços ou antebraços.
► Doenças como tuberculose, otites, faringites, diarréias.
O produtor, diante de tal situação, deve
garantir que esses trabalhadores não
permaneçam na ordenha ou que tenha
contato com o leite.
► Utilizar roupas limpas e exclusivas para a ordenha:
► calça comprida e blusa ou macacão
► botas de borracha
► boné ou touca para cobrir o cabelo
► Manter as unhas aparadas e a barba e os cabelos sempre
aparados, presos ou cobertos
► Antes de iniciar a ordenha, o funcionário lava as mãos e os
braços com sabão e enxuga com toalha de papel descartável
► Tomar banho diariamente e enxugar - se
com toalha limpa.
Manter os cabelos sempre limpos e protegidos.
► No caso dos homens, a barba deve ser
feita diariamente.
► Usar botas de borracha e gorros ou bonés
.
Durante a ordenha, NÃO:
► Fumar;
► Comer;
► Cuspir;
► Assoar o nariz;
► Enxugar o suor com as mãos;
► Passar a mão sobre os animais.
Caso aconteça, lavar as mãos e enxuga-las imediatamente.
► Não usar anéis, relógios e cordões e colares.
► Não carregar objetos no bolso acima da cintura
► A troca do uniforme ou da roupa de trabalho deve ser diária, ou
sempre que necessário.
► Usar o uniforme ou roupa de trabalho na sala de ordenha e
armazenamento do leite.
► Imediatamente antes de iniciar a ordenha;
► Antes de aplicar medicamentos;
► Depois de utilizar o sanitário, tossir, assoar o nariz ou manusear dinheiro ou outro material sujo;
► Após o uso de produtos e utensílios de limpeza;
► Após manusear ou recolher lixo e outros resíduos;
► Após tocar o pelo de animais.
Todos os trabalhadores devem receber:
► Capacitação em Boas Práticas na Produção do Leite de Qualidade
e Seguro na função que irão desempenhar.
► Treinamento periódico ou quando for necessário.
O treinamento poderá ser realizado:
► Na propriedade por técnicos, extensionistas ou
trabalhador mais capacitado;
► Em instituições governamentais;
► Em instituições privadas.
Se todos os cuidados e
práticas de higiene forem
seguidos, o resultado final será a obtenção
de um alimento mais saudável vindo de
animais sadios, visando prioritariamente a
segurança alimentar.
CONCLUSÃO
Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro
Obrigado a todos !!!
• CHARLES DRUMONT DA CRUZ MACEDO
TECNICO EM AGROPECUÁRIA
FONE – 88 9968 5271
E-MAIL – [email protected]