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1. INTRODUÇÃO
O sistema nervoso é subdividido em sistema nervoso periférico que são
terminações nervosas vindas de todo nosso corpo e sistema nervoso central que é
composto pela medula espinhal e pelo encéfalo.
O sistema nervoso é o sistema que sente que pensa e que controla em nosso
organismo. Para realizar essas funções ele reúne as informações sensoriais vindas de
todas as partes do corpo – oriundas de miríades de terminações neurais sensoriais
especializadas da pele, dos tecidos profundos e dos olhos, dos ouvidos, do aparelho do
equilíbrio de outros sensores – e as transmite para a medula espinhal e para o encéfalo.
Ele é formado por um eixo sensorial, um eixo motor e um sistema integrador
que analisa a informação sensorial.
Após o sistema nervoso que controla o músculo liso, músculo cardíaco e
algumas glândulas criam o sistema nervoso autônomo (SNA). O SNA e o sistema
nervoso somático compõem o sistema nervoso periférico.
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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
Segundo (GUYTON, 1959), o sistema nervoso pode ser caracterizado como
um conjunto de órgãos responsáveis pela coordenação e integração dos demais sistemas
orgânicos, relacionando o organismo com as variações do meio externo e controlando o
funcionamento visceral. Além disso, é formado por três subsistemas principais, a saber:
a) um eixo sensorial: que transmite sinais das terminações nervosas
sensoriais periféricas para quase todas as partes da medula espinhal, do
tronco cerebral, do cerebelo e do córtex;
b) um eixo motor: que conduz sinais neurais, com origem em todas as
áreas centrais do sistema nervoso para os músculos e glândulas de todo
o corpo;
c) um sistema integrador que analisa a informação sensorial, a armazena
na memória, para um uso futuro e que utiliza tanto a informação
sensorial como a armazenada na determinação das respostas apropriadas.
Muitas das reações neurais mais simples são integradas em nível da medula
espinhal, incluindo efeitos do tipo de retirada de qualquer parte do corpo do campo de
ação de estimulo doloroso, e de reflexos que encurtam os músculos sempre que
estiverem estirados em excesso e, ate mesmo, de sinais que produzem os movimentos
de marcha, sob condições adequadas. Reações mais complexas do sistema nervoso,
como as de controle da postura e do equilíbrio, bem como as de controle da respiração e
da circulação, são integradas em nível do tronco cerebral, GUYTON (1959).
As funções ainda mais complexas do sistema nervoso, como os processos do
pensamento, armazenamento de memórias, determinação de atividades motoras
complexas entre outras são todas integradas no cérebro. O cerebelo atua em intima
associação com todas as outras partes do sistema nervoso central, participando na
coordenação de todas as funções motoras seqüenciais.
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2.1 Sistema nervoso central
O Sistema Nervoso Central (SNC) divide-se em encéfalo (que contém cerca
de35 bilhões de neurônios) e medula que irá encontrar neurônio motor, fibra
eferente(axônio motor), raiz posterior, gânglio da raiz posterior. O encéfalo corresponde
aotelencéfalo acomodando a substância cinzenta e o córtex, recobre uma grande parte
docentro medular, formado por fibras oxonais que são conhecidas como as
substâncias brancas (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo
e, troncocefálico, que se divide em: bulbo, situado caudalmente; mesencéfalo,
situadocranialmente; e ponte, situada entre ambos (GUYTON, 1959).
O Sistema Nervoso tem a capacidade de receber, transmitir, elaborar
earmazenar informações. No mesmo, existe a chamada substância cinzenta e
substância branca. A substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e, locali
za-seinternamente à substância branca, que é formada por seus prolongamentos
dosneurônios, localizando-se na porção externa (BURT, 1995; JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2008).
As células excitáveis do sistema nervoso são compostas por trêsclasses de
neurônios. Os neurônios aferentes informam o SNC das condições doambiente interno e
externo, enquanto que os eferentes transportam instruções do
SNC para os órgãos efetores, nomeadamente, músculos e glândulas, obtendo, assim, are
sposta desejada (algum tipo de movimento ou secreção). Os interneurônios
sãoresponsáveis pela integração da informação aferente e formulação de uma
respostaeferente, assim como, todas as funções mentais superiores associadas à mente
(FREITAS et al., 2005)
2.1.1 Principais divisões anatômicas
Segundo (GUYTON, 1959), anatomicamente, o Sistema Nervoso, apresenta
duas principais divisões (FIGURA 1): o sistema nervoso central, formado pelo encéfalo
e pela medula espinhal e o sistema nervoso periférico.
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Figura 1 – Principais partes anatômicas do sistema nervosoFonte: http://www.fotosimagens.net/sistema-nervoso.html
O encéfalo é a principal área integradora do sistema nervoso. O local onde
são armazenadas as memórias, onde são elaborados os pensamentos, onde são geradas
as emoções e onde outras funções, relacionadas ao nosso psiquismo e ao complexo
controle de nosso corpo, são executadas. Para a realização dessas funções complexas, o
próprio encéfalo é dividido em muitas partes funcionais distintas (GUYTON,1959).
O encéfalo é uma parte do sistema nervoso que fica localizada na caixa
craniana. O encéfalo é dividido em seis partes:
a. o cérebro;b. o diencéfalo;c. o mesencéfalo;d. a ponte ou prootuberancia;e. bulbo.
Essas partes são absolutamente indispensáveis para a manutenção da função
nervosa, em verdade, muito mais importante do que qualquer outra massa equivalente
do cérebro ou do cerebelo (GUYTON, 1959).
A medula espinhal exerce duas funções: primeiro serve como condutor para
muitas vias nervosas, que vão para ou que vem do cérebro; segundo serve como área
integradora para a coordenação de muitas atividades neurais subconscientes, como, por
exemplo, a retirada reflexa de parte do corpo do campo de ação de um estimulo
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doloroso, o enrijecimento reflexo em extensão da perna em pessoa que fica de pé e, ate
mesmo, de movimentos grosseiros de marcha. Dessa forma, a medula espinhal é muito
mais do que, simplesmente, um grande nervo periférico (GUYTON, 1959).
O sistema nervoso periférico é mostrado na parte direita, documentado o fato
de ser formado por rede ramificada de nervos, com tal extensão que, dificilmente, pode
haver um único milímetro cúbico de tecido no corpo que não possua terminações
nervosas (GUYTON, 1959).
2.1.2 Tecido Nervoso
O tecido nervoso, (GUYTON, 1959), seja ele do encéfalo, da medula
espinhal ou dos nervos periféricos, contém dois tipos básicos de células:
a. os neurônios que conduzem os sinais pelo sistema nervoso – existem
cerca de 100 bilhões dessas células em todo o sistema nervoso central;
b. as células de suporte ou de isolamento, que mantem os neurônios em suas
posições e evitam que os sinais sejam dispersados entre os neurônios e
suas estruturas intercelulares; são, em conjunto, chamadas de neuróglia.
No sistema nervoso periférico são as células de Schawann.
2.1.3 Neurônio do sistema nervoso central
Os principais componentes de um neurônio do encéfalo e da medula espinhal
incluem os seguintes: o corpo celular que é a região de onde se diferenciam todas as
outras partes do neurônio. Também, o corpo celular é responsável pela maior parte da
nutrição e é necessário para a continuidade da vida de todo o neurônio; os dendritos que
são prolongamentos múltiplos e ramificados, com origem no corpo celular. Constituem
as partes receptoras principais do neurônio, a maior parte dos sinais que devem ser
transmitidos ao neurônio chega a ele por meios dos dentritos, embora alguns sinais
cheguem diretamente pela superfície do corpo celular. Os dendritos de cada neurônio,
em geral, recebem sinais de muitos milhares de pontos de contato com outros neurônios,
as sinapses; axônio cada neurônio possui um axônio. Essa é a parte do neurônio que é
chamada de fibra nervosa. Seu comprimento pode ser de apenas alguns milímetros,
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como acontece com os axônios dos neurônios pequenos do cérebro, ou pode atingir ate
um metro, como no caso dos axônios (fibras nervosas) que partem da medula para
inervar os pés (GUYTON, 1959).
Os axônios transmitem os sinais neurais para a célula seguinte no cérebro ou
na medula espinhal, ou para músculos e glândulas nas regiões periféricas do corpo;
terminais axônicos e sinapses, próximos a seus términos, todos os axônios ramificam-se
extensamente, com o número total dessas ramificações, podendo atingir aos milhares.
Na extremidade de cada uma dessas ramificações existe uma terminação neural
especializada que, no sistema nervoso central, é chamada de pé ou botão sináptico,
devido a sua semelhança com o PE de um móvel (ou com um puxador de gaveta). Por
sua vez, esse botão sináptico fica situado sobre a superfície da membrana de um
dendrito ou do corpo celular de outro neurônio. Esse ponto de contato entre o botão
sináptico e a membrana neural é a sinapse. É através dela que os sinais são transmitidos
de um neurônio a outro (GUYTON, 1959).
Quando estimulado, o botão sináptico libera quantidade diminuta de um
hormônio, chamado de substância transmissora, no espaço entre o botão e a membrana
do neurônio, e a substância transmissora estimula este neurônio (GUYTON, 1959). A
(FIGURA 2) apresenta um grande neurônio da medula espinhal.
2.1.4 Neuróglia
As células da neuroglia são chamadas de células da glia (ou células gliais).
Muitas delas funcionam de modo semelhante aos fibroblastos do tecido conjuntivo; isto
é, formam fibras que mantêm a unidade do tecido. Outras têm as mesmas funções das
células de Schwann nos nervos periféricos; elas enrolam bainhas de mielina em torno
das fibras mais calibrosas, formando fibras nervosas mielínicas típicas, capazes de
transmitirem sinais com velocidade de ate 100 metros por segundo, como acontece nos
nervos periféricos. As fibras nervosas de menor diâmetro não possuem bainhas de
mielina e, por isso, são chamadas de fibras amielinicas, mas mesmo elas ficam isoladas
entre si pela interposição de células de glia, modo essencialmente idêntico ao
isolamento pelas células de Schwann das fibras nervosas amielinicas nos nervos
periféricos (GUYTON, 1959).
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Figura 2 – Grande neurônio da medula espinhalFonte:http://4.bp.blogspot.com/_taxNfr7HcAU/TUXw7qHClgI/AAAAAAAAAU4/iLp_bmbjuIQ/s1600/
esquemaNeuronio.png
2.1.5 Medula espinhal e sua estrutura geral
Abaixo do bulbo, o sistema nervoso central se continua como medula espinal.
A medula desempenha duas funções principias, (GUYTON, 1959):
a. 1º conduz os impulsos nervosos para o encéfalo e do encéfalo;
b. 2° processa informações sensitivas de uma forma limitada, tornando possível o
inicio de ações reflexas estereotipadas (reflexo espinais) sem ação do centro
superior do encéfalo.
A medula espinal atravessa o canal vertebral das vértebras. Ela se estende
desde o forame magno do crânio até p nível da primeira ou segunda vértebra lombar.
Até o terceiro mês do desenvolvimento, a medula espinal possui o mesmo comprimento
da coluna vertebral. Á medida que o desenvolvimento continua, a coluna cresce em uma
proporção maior que a da medula. Como resultado, a medula espinal não ocupa toda
extensão do canal vertebral no adulto. Um delgado filamento fibroso das meninges
espinais denominados filamento terminal se continua da ponta da medula espinal (o
cone medular) ao cóccix (GUYTON, 1959).
Trinta e um apares de nervos espinhais se originam da medula e atravessam
os forames intervertebrais das vértebras adjacentes. Os nervos espinhais que saem da
coluna vertebral entre as vértebras cervicais são denominados nervos torácicos. Da
mesma forma, lombares, sacrais e coccíneos são os nervos que saem pela coluna
vertebral entre as vértebras de mesmo nome. Cada porção da medula espinal que origina
um par de nervos espinhais é denominada segmento da medula espinal. Por causa da
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diferença de crescimento entre a coluna vertebral e medula espinal, os nervos espinais
são tracionados para baixo á medida que a coluna se desenvolve. Como resultado, as
raízes dos nervos espinais inferiores percorrem alguma distância para baixo, antes de
atingirem o forame intervertebral correspondente. No final da medula espinal, o
conjunto de raízes nervosas lombares e sacrais possui a aparência de um rabo de cavalo,
e é por isso denominado cauda eqüina (GUYTON, 1959).
A medula espinal apresenta duas regiões dilatadas. A intumescência cervical
está localizada na porção da medula que origina os nervos espinais destinados aos
membros superiores. Esses nervos formam o plexo braquial. A intumescência lombar se
localiza na região da medula que origina os nervos destinados aos membros inferiores.
Esses nervos formam o plexo lombos sacrais (GUYTON, 1959).
A medula espinal está envolvida pelas mesmas três meninges que envolvem
o encéfalo: a dura-máter craniana, e ao contrário da dura-máter do encéfalo, ela não de
funde aos ossos que circundam a medula. Desta forma, há um pequeno espaço epidural
entre a dura-máter espinal e a coluna vertebral. A dura-máter espinal se estende além da
porção terminal da medula, envolvendo a cauda equina. Na região sacral, ela forma um
envoltório para o filamento terminal. A dura-máter se estende lateralmente e se une com
o tecido conjuntivo que recobre cada nervo espinal (GUYTON, 1959).
Como no caso de encéfalo, a aracnóide espinal forma um forro intimamente
aderido a dura-máter. O espaço subaracnóideo, contendo líquido carobrospinal, é
aumentado na região da cauda eqüina. (GUYTON, 1959)
A medula espinal está fixada em posição no interior das meninges por pontes
fibrosas que atravessam o espaço subaracnóide, e unem a pia-máter a acacnóide e dura-
máter. As hastes destas pontes são os ligamentos denticulados, localizados ao longo das
margens laterais da medula espinal(GUYTON, 1959).
A medula, como o encéfalo, consiste de áreas de substância cinzenta. A
substância branca é composta principalmente de prolongamentos neuronais
mielinizados, enquanto que as áreas de substância cinzenta são compostas
principalmente por corpos celulares e fibras nervosas internunciais desmielinizadas
(amielínicas). A neuroglia aparece tanto na substancia branca quanto na cinzenta
(GUYTON, 1959).
A substância cinzenta da medula espinal apresenta aproximadamente o
formato da letra H. A barra transversa de substância cinzenta que conecta duas áreas
laterais de substancia cinzenta é a comissura cinzenta. No interior da comissura está
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localizado o estreito canal central preenchido em liquido cerebrospinal, que se continua
superiormente com o quarto ventrículo. As barras verticais de substancia cinzenta
localizadas em cada lado da comissura são divididas em colunas, um par anterior
(ventral) e outro posterior (dorsal). Na região torácica e lombar alta, a medula espinal
também apresenta um par de colunas laterais, localizados entre as anteriores e
posteriores. As colunas anteriores e laterais de substância cinzenta se desenvolvem a
partir das lâminas basais (motoras) do tubo neural primitivo. As colunas anteriores
apresentam os corpos celulares dos neurônios motores somáticos (voluntários) cujos
axônios deixam a medula e penetram em um nervo espinal (GUYTON, 1959).
A substância branca da medula envolve completamente a substância cinzenta
e está composta principalmente por fibras mielínicas. Esses axônio seguem 3 direções
(GUYTON, 1959):
a. Sobe pela medula espinal u atingirem o encéfalo ou níveis mais altos da
medula.
b. Descem pela medula, vindos de centros encefálicos ou níveis mais altos
da medula espinal.
c. Cruzam a linha mediana, transmitindo impulsos de um lado a outro.
Em cada metade da medula espinal a substância branca está dividida pela
substância cinzenta em três áreas (GUYTON, 1959):
a. o funículo posterior
b. o lateral
c. o funículo anterior.
No interior dos funículos existem pequenos feixes de fibras nervosas
denominadas tractos ou fascículos. Os tractos estão formados por processos de
neurônios que levam impulsos similares para um destino específico. Alguns tractos são
ascendentes (sensitivos) – leva impulsos que atingem a medula espinal através de
neurônios aferentes de um nervo espinal, rumo ao encéfalo. Outros tractos são
descendentes (motores) – levam impulsos do encéfalo para neurônios motores situados
nas colunas anteriores ou laterais da medula espinal. Os tractos não são visíveis, mas
suas localizações têm sido determinadas por métodos experimentais. A maioria dos
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tractos da medula possui nomes que indicam onde eles se originam e onde terminam
(GUYTON, 1959).
Os tractos ascendentes da medula levam impulsos aferentes (sensitivos) de
receptores periféricos sensitivos para vários centros no encéfalo. Esses tractos
geralmente apresentam três neurônios sucessivos denominados neurônios de primeira,
segunda e terceira ordem. Como resultado, impulsos sensitivos iniciados em receptores
do lado direito do corpo são interpretados no córtex do cérebro do lado esquerdo e
impulsos do lado esquerdo são interpretados no lado direito do córtex do cérebro. Os
principais tratos ascendentes (sensitivos) da medula são (GUYTON, 1959):
a. Fascículo grácil;
b. fascículo cuneiforme
c. tratos espinotalâmicos
d. tratos espinocerebelares
Os fascículos gráceis e cuneiformes são dois tractos do funículo posterior
que levam impulsos sensitivos referentes a sentido de posição muscular, articular e tato
fino de diversas partes do corpo. Nos tractos espinotalâmicos a maioria dos neurônios
de segunda ordem cruzam para o lado oposto da medula após trocarem sinapse com os
neurônios sensitivos dos nervos espinais e ascendem pela substancia branca da medula
como tractos espinotalâmico lateral e espinotâlamico ventral. O tracto espinotalâmico
lateral leva impulsos referentes a dor e temperatura,e o espinotalâmico ventral conduz
impulsos referentes a tato e pressão (GUYTON, 1959).
Os neurônios dos tractos descendentes da medula espinal conduzem
impulsos do encéfalo para os neurônios motores que regulam a atividade dos músculos
esqueléticos. Todos esses tractos cruzam para o lado oposto, e todos eles apresentam
dois ou três neurônios consecutivos. Existem dois tipos de tractos descendentes
(GUYTON, 1959):
a. tractos piramidais
b. tractos extrapiramidais.
Os tractos piramidais são tractos motores que se originam principalmente
das grandes células do córtex do giro pré-central (células piramidais) e passam pelos
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pedúnculos do cérebro no mesencéfalo e pela pirâmide do bulbo. Esses tractos são
também denominados tractos corticospinais, um nome que indica a sua origem.Os
outros tractos motores que se originam de várias regiões do córtex do cérebro e áreas
subcorticais, são denominados tractos extrapiramidais (GUYTON, 1959).
2.1.6 Suas funções
2.1.7 Sistema sensorial
O sistema sensorial transmite informações sensoriais, de toda a superfície e
das estruturas profundas do corpo, para o sistema nervoso, por meio dos nervos
espinhais e cranianos. Essa informação é conduzida para (1) todos os níveis da medula
espinhal e (2) para o troco cerebral, formado pelo bulbo, pela protuberância e pelo
mesencéfalo, e (3) para as regiões mais altas do cérebro, inclusive o tálamo e o córtex
cerebral. Em seguida, esses sinais são transmitidos, por vias secundarias a praticamente
todas as outras regiões do sistema nervoso, onde vai ocorrer a analise e o processamento
da informação sensorial. Segundo (GUYTON, 1959) a (FIGURA 3) abaixo mostra o
plano geral do sistema sensorial:
Figura 3 – Componente sensorial do sistema nervoso.Fonte: Guyton: Neurociência Básica: Anatomia e Fisiologia. Filadélfia, W. B. Saunders Co., 1987.
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2.1.8 Sistema motor
A mais importante função do sistema nervosa é a de controlar as atividades
do corpo. Isso é conseguido pelo controle (1) da contração dos músculos esqueléticos
em todo o corpo, (2) contração dos músculos lisos nos órgãos internos, e (3) secreção
das glândulas exócrinas e endócrinas em muitas regiões do corpo. Em conjunto, essas
atividades formam as funções motoras do sistema nervoso, e a parte desse sistema
nervoso que esta diretamente relacionada com a transmissão de sinais para os músculos
e para as glândulas é o sistema motor (GUYTON, 1959).
Segundo (GUYTON, 1959), a (FIGURA 4) abaixo mostra o plano geral
desse eixo motor para o controle da contração do músculo esquelético. Sinais podem ter
origem (1) na área motora do córtex cerebral, (2) nas regiões basais do encéfalo, ou (3)
na medula espinhal, e são transmitidos, por nervos motores, para os músculos. Cada
nível especifico do sistema nervoso desempenha seu próprio papel no controle dos
movimentos corporais, ficando a medula espinhal e as regiões basais do encéfalo
encarregadas, aos estímulos sensoriais, enquanto as regiões mais elevadas ficam com a
execução de movimentos deliberados, controlados pelos processos do pensamento do
cérebro.
Figura 4 – Eixo motor do sistema NervosoFonte: Guyton: Neurociência Básica: Anatomia e Fisiologia. Filadélfia, W. B. Saunders Co., 1987.
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2.1.9 Sistema Integrador
A expressão integradora significa o processamento de informação para
determinar a ação motora correta e apropriada para o corpo ou para permitir o
pensamento abstrato. Localizado imediatamente adjacente a todos os centros sensoriais
e motores da medula espinhal e do encéfalo, existem numerosos centros cuja função é o
desempenho de processos integradores (GUYTON, 1959).
Algumas dessas áreas estão relacionadas com armazenamento de informação,
isto é, com a memória, enquanto outras avaliam a informação sensorial para determinar
se é agradável ou desagradável, dolorosa ou calmamente, intensa ou fraca entre outras
(GUYTON, 1959).
É nessas regiões que a resposta apropriada à informação sensorial que chega
é determinada; uma vez tendo ocorrido essa determinação, os sinais são transmitidos
para os centros motores, para causar os movimentos do corpo (GUYTON, 1959).
2.2 Reflexos
Nem todos os impulsos nervosos que chegam á medula através de neurônios
sensitivos atingem os tractos ascendentes e são levados para centros superiores do
sistema nervoso central. Alguns neurônios sensitivos trocam sinapse diretamente ou
através de neurônio internunciais, com neurônios motores do corno anterior da medula
espinal no mesmo nível em que penetram na medula. Outros neurônios sobem ou
descem por poucos segmentos medulares antes de trocarem sinapse com o neurônio
motor. As vias neurais pelas quais impulsos sensitivos dos receptores atingem os
efetuadores sem chegarem ao encéfalo são denominadas arco reflexo medulares
(SPENCER, 1991).
A presença dos arcos reflexos medulares torna possíveis reações automáticas
e estereotipadas. Essas reações, denominadas reflexos, ocorrem sem que se tornem
conscientes. Consequentemente, um estimulo específico sempre determina uma resposta
especifica. Uma vez que esses reflexos ocorrem ao nível da medula espinal sem
envolvimento dos tractos piramidais, eles são respostas involuntárias, ainda que elas
frequentemente envolvam músculos esqueléticos (SPENCER, 1991).
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a. um receptor,que pode ser uma terminação nervosa periférica de um
neurônio sensitivo ou uma célula especializada associada a
terminação periférica de um neurônio sensitivo.
b. um neurônio sensitivo (aferente), que leva impulsos através de um
nervo espinal, do receptor para a medula espinal.
c. uma sinapse entre neurônios sensitivos e neurônios motores na
medula espinal. Se o sensitivo troca sinapse diretamente com o
neurônio motor, o arco formado é conhecido como arco reflexo
monossinápticos. Se existem um ou mais neurônios internunciais
entre o neurônio sensitivo e o neurônio motor, exigindo mais de uma
sinapse, o arco denominado arco reflexo polissináptico. A maioria
dos arcos reflexos no SNC são polissinápticos.
d. um neurônio motor(eferente), que transmite o impulso nervoso da
coluna anterior da medula para um efetuador.
e. um efetuador que responde ao impulso eferente. Músculo
(esquelético, liso cardíaco) e glândulas são as únicas estruturas
capazes de atuarem como efetuadores.
O reflexo de estiramento muscular é iniciado por receptores musculares
esqueléticos encapsulados denominados fusos neuromusculares. Os fusos levam
informações sobre a extensão dos músculos esqueléticos. No interior de um fuso
existem varias células musculares especializadas denominadas fibras intrafusais. Essas
fibras são contráteis apenas em suas extremidades, onde elas são supridas por neurônios
eferentes. A porção central dessas fibras, não contrátil, recebe neurônios aferentes que
se espiralizam ao seu redor (SPENCER, 1991).
O reflexo de estiramento, o estiramento de um músculo resulta uma
freqüência aumentada de impulso nervoso nos neurônios aferentes associados aos fusos
neuromusculares. No interior da medula espinal, os neurônios aferentes trocam sinapse
com neurônios eferentes que suprem as células do músculo. Como resultado, a
freqüência aumentada de impulsos nervosos nos neurônios aferentes aumenta o
estimulo para os neurônios motores, determinando a contração muscular e a
conseqüente resistência e estiramento (SPENCER, 1991).
O reflexo patelar é um exemplo comum de reflexo de estiramento. Uma leve
pancada no tendão do quadríceps abaixo da patela,traciona o tendão e este intactos,os
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fusos neuromusculares no interior do músculo quadríceps iniciam um reflexo de
estiramento que determina a contração do músculo e impulsiona a perna para a frente,
extensão da perna (SPENCER, 1991).
O reflexo tendíneo auxilia na proteção e os músculos a eles associados,
evitando lesões que poderiam resultar de tensão excessiva. Os receptores para esse
reflexo são os órgãos neurotendíneos, que são estruturas encapsuladas localizadas no
interior dos tendões próximo a junção destes com os ventres musculares. Diferente dos
fusos neuromusculares, que são sensíveis ao alongamento, os órgãos neurotendineos são
sensíveis a tensão (SPENCER, 1991).
No reflexo tendíneo, um aumento na tensão aplicada a um tendão –mais
comumente como resultado de uma contração muscular- aumenta a freqüência dos
impulsos nervosos nos neurônios aferentes associados com os órgãos neurotendíneos
(SPENCER, 1991).
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2.3 Sistema nervoso autônomo
[...] a partir do sistema nervoso que regular o músculo liso, músculo
cardíaco e certas glândulas constitui o sistema nervoso autônomo (SNA).
Em conjunto, o SNA e o sistema nervoso somático compõem o sistema
nervoso periférico. (GUYTON, 1977).
Nossos pensamentos, planos e ações representam apenas uma pequena
fração de atividades do sistema nervoso. Se toda a consciência fosse eliminada, os
processos vitais fisiológicos ainda continuariam praticamente inalterados. A
sobrevivência só é possível porque os ajustes rotineiros nos sistemas fisiológicos são
realizados pelo sistema nervoso autônomo (SNA), independente de nossa percepção
consciente. O SNA regula a temperatura corporal e coordena as funções
cardiovasculares, respiratórias, digestivas, urinarias e reprodutoras. O sistema nervoso
autônomo conte duas partes principais, a parte simpática e a parte parassimpática
(TIMMONS, 2009).
2.3.1 Funções do Sistema Nervoso Autônomo
Ainda que SNA geralmente opere sem o controle consciente do córtex
cerebral, é regulado por outras regiões encefálicas, principalmente o hipotálamo e o
tronco encefálico. Alguns neurônios do SNA liberam acetilcolina, enquanto outros
liberam noradrenalina (norepinefrina) e o resultado é o excitação em alguns casos e a
inibição em outros (GUYTON, 1977).
Os neurônios do SNA que liberam a acetilcolina incluem todos os neurônios
pré-ganglionares simpáticos e parassimpáticos, todos os neurônios pós-ganglionares
parassimpáticos e alguns neurônios pós-ganglionares simpáticos. Uma vez que
acetilcolina é inativada rapidamente pela enzima acetilcolinesterase, os efeitos
parassimpáticos são de curta duração e localizada (GUYTON, 1977).
A maioria dos neurônios pós-ganglionares simpáticos utiliza a
neurotransmissora noradrenalina (Sistema nervoso) uma vez que a noradrenalina é
inativada muito mais lentamente do que a acetilcolina e a medula da glândula supra-
renal também liberam adrenalina e noradrenalina na corrente sanguínea, os efeitos da
ativação da divisão simpática são de mais longa duração e mais disseminados do que os
da divisão parassimpática. Nas tabelas 1 e 2 mostraram as funções do SA e a
comparação do sistema nervoso autônomo e central (GUYTON, 1977).
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2.3.2 Estrutura do sistema nervoso autônomo
A divisão simpática do SNA é também denominada divisão toracolombar,
pois o fluxo de impulsos nervoso simpáticos origina-se dos segmentos torácico e lombar
da medula espinal. Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares simpáticos
localizam-se nos 12 segmentos torácicos e nos primeiros segmentos lombares da
medula espinal (GUYTON, 1977).
Os gânglios simpáticos são classificados como gânglios do tronco
simpáticos (laterais á coluna vertebral) ou gânglios pré-vertebrais (anteriores á coluna
vertebral. Um único axônio pré-ganglionar simpático pode fazer sinapse com 20 ou
mais neurônios pós-ganglionares. as respostas simpáticas afetar os órgãos de todas as
partes do corpo quase simultaneamente (GUYTON, 1977).
A divisão parassimpática é também denominada divisão crânio sacral, pois o
fluxo de impulsos nervosos parassimpáticos se origina dos núcleos dos nervos cranianos
e dos segmentos sacrais da medula espinal. Os corpos celulares dos neurônios pré-
ganglionares parassimpáticos estão localizados nos núcleo dos nervos cranianos 3, 7,
9,10 no tronco encefálico e nos três segmentos sacrais da medula espinal (GUYTON,
1977).
Os gânglios parassimpáticos são denominados gânglios terminais
localizando-se próximo ou dentro de efetores autônomos, os gânglios terminam
parassimpáticos então junto as ou dentro das paredes de seus efetores autônomos, de
modo que a maioria dos axônios pós-parassimpáticos é muito curta. No gânglio, os
neurônios pré–ganglionar geralmente fazem sinapse com somente quatro ou cinco
neurônios pós-ganglionares que suprem o mesmo efetor. Assim, as resposta
parassimpática estão localizadas em único efetor (GUYTON, 1977). A (FIGURA 5)
mostra a anatomia do sistema nervoso simpático e parassimpático:
Figura 5 – Anatomia do sistema nervoso simpático e parassimpáticoFonte: LOPES, SÔNIA. Bio 2.São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.
26
2.3.3 Atividades do sistema nervoso autônomo
A maioria dos órgãos do coração recebe instruções de ambas as divisões do
SNA, que funcionam tipicamente em oposição recíproca. O equilíbrio entre atividade
simpática e a parassimpática, ou “tom” é regulado pelo hipotálamo. O hipotálamo
aumenta o tom simpático, ao mesmo tempo em que diminui o tom parassimpático, e
vice-versa. Algumas estruturas recebem somente inervação simpática as glândulas
sudoríparas, os músculos eretores dos pêlos conectados aos folículos pilosos na pele, os
rins, o baço, a maioria dos vasos sanguíneos e a medula das glândulas supra-renais
(GUYTON, 1977).
2.3.4 Parte simpática
Conhecida como parte toracolombar, onde as fibras pré-ganglionares dos
seguimentos espinais torácicos e lombares superiores fazem sinapse em gânglios
próximos à medula espinhal. Estes axônios e gânglios constituem a parte simpática, ou
toracolombar, do SNA. Essa parte é frequentemente chamada de “sistema de alarme” ou
“sistema de emergência”, porque o aumento da atividade simpática em geral estimula o
metabolismo tecidual, eleva o estado de alerta e prepara o organismo para enfrentar
emergências (TIMMONS, 2009).
A parte simpático os neurônios pré-ganglionares estão localizados entre os
segmentos T1 e L2 da medula espinal: Os corpos celulares desses neurônios ocupam a
coluna lateral entre T1 e L2, e seus axônios penetram nas raízes anteriores desses
segmentos. Neurônios ganglionares localizados em gânglios próximos à coluna
vertebral. Há dois tipos de gânglios na parte simpática: Gânglios do tronco simpático,
também chamados de gânglios paravertebrais ou glânglioslaterais, localizados
lateralmente, de cada lado da coluna vertebral. Os neurônios nesses gânglios controlam
efetuadores nas paredes do corpo, cabeça, pescoço, membros e no interior da cavidade
torácica. Gânglios colaterais, também chamados de gânglios pré-vertebrais, localizados
anteriormente à coluna vertebral. Os neurônios nesses gânglios inervam efetuadores na
cavidade abdominal (TIMMONS, 2009).
Neurônios especializados no interior da glândula supra-renal: O centro de
cada glândula supra-renal é um gânglio modificado. Aqui, os neurônios ganglionares
têm axônios muito curtos que, quando estimulados, liberam neurotransmissores na
27
corrente sanguínea, para serem distribuídos em todo corpo de hormônios. (TIMMONS,
2009)
2.3.5 Parte Parassimpática
Conhecida como parte craniossacral, onde as fibras pré-ganglionares que se
originam tanto do tronco encefálico quanto dos segmentos sacrais de medula espinal
constituem a parte parassimpática, ou craniossacral, do SNA. As fibras pré-ganglionares
fazem sinapse em neurônios de gânglios terminais, localizados perto dos órgãos-alvo,
ou em gânglios intramurais (muros, parede), dentro dos tecidos dos órgãos-alvo. Essa
parte é freqüentemente chamada de “sistema de repouso” ou “sistema de inação”,
porque conserva energia e promove atividades sedentárias, como a digestão
(TIMMONS, 2009).
Todas as fibras automáticas pré-glanglionares liberam acetilcolina (ACh) em
suas sinapses terminais. Os efeitos são sempre excitadores (TIMMONS, 2009). As
fibras pós-ganglionares parassimpáticas também liberam ACh, mas os efeitos podem ser
excitadores ou inibidores, dependendo da natureza do receptor. A maioria das fibras
pós-ganglionares simpáticas terminais libera a neurotransmissora noradrenalina (NAd).
Os efeitos são geralmente excitadores (TIMMONS, 2009).
A parte parassimpática as fibras pré-ganglionares deixam o encéfalo por
meio dos nervos cranianos III (oculomotor),VII (fácil), IX(glossofaríngeo) e X (vago),
as fibras parassimpáticas nos nervos oculomotor, fácil, glossofaríngeo e vago auxiliam
no controle de estruturas na cabeça e fazem sinapses nos gânglios ciliares,
pteriogopalatino, submandibular e ótico. Fibras no nervo vago fornecem inervação pré-
ganglionar parassimpática aos gânglios intramurais das estruturas nas cavidades
torácicas e abdominopélvica, as fibras pré-gânglionares que partem dos segmentos
sacrais formam nervos pélvicos que inervam gânglios intramurais no rim, na bexiga
urinária, em segmentos terminais do intestino grosso e órgãos genitais. A parte
parassimpática tem as seguintes características (TIMMONS, 2009):
a. Inclui núcleo motores viciares associados aos nervos cranianos
III,VII,IX e X e os segmentos sacrais S2-S4;
b. Neurônios ganglionares se localizam em gânglios terminais ou
intramurais próximos ou nos órgãos-alvo, respectivamente;
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c. Inerva áreas supridas por nervos cranianos e órgãos na cavidade
torácica e abdominopélvica;
d. Todos os neurônios parassimpáticos são colinérgicos. Osneurônios pós- ganglionares também são colinérgicos, sendo aindasubdividos de acordo com a presença de receptores mascarínicos ounicotínicos;e. Os efeitos são habitualmente breves e restritos a sítio específicos.
2.3.6 Relações entre a parte simpática e parassimpática
A parte simpática tem influencia disseminada (resposta em massa),
alcançando estruturas somáticas eviscerais por todo o corpo (GUYTON, 1977).
A parte parassimpática inerva somente estruturas viscerais supridas por
nervos cranianos ou situadas no interior das cavidades torácica e abdominopélvica.
Órgãos com dupla inervação recebem comandos das duas partes. O (QUADRO 1)
abaixo mostra as funções e o (QUADRO 2) mostra a comparação das partes simpática e
parassimpática (GUYTON, 1977):
QUADRO 1 – Funções do sistema nervoso autônomo
Órgão Efeito da estimulação simpática Efeito da estimulaçãoparassimpática
olho: pupilamúsculo ciliar
dilataçãonenhum
contraçãoexcitação
glândulas: nasaislacrimaisparótidassubmaxilaresgástricaspancreáticas
vasoconstriçãoestimulação de secreçãofina e copiosa contendomuitas enzimas
glândulas sudoríparas sudorese copiosa (colinérgica) nenhumglândulas apócrinas secreção espessa e odorífera nenhumcoração: músculo
coronárias
aumento da freqüênciaaumento da força de contraçãovasodilatação
diminuição da freqüênciadiminuição da contração atrialconstrição
pulmões: brônquiosvasos sangüíneos
dilataçãodiscreta contração
constriçãonenhum
intestino lúmenesfíncter
diminuição do peristaltísmo e tônusaumento do tônus
aumento do peristaltismo etônusdiminuição do tônus
Fígado liberação de glicose nenhumvesícula biliar e ductosbiliares inibição excitação
Rim diminuição do débito urinário nenhumUreter inibição excitaçãobexiga: detrusor inibição excitação
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trígono excitação inibição
Pênis ejaculação ereçãoVasos sangüíneossistêmicos:abdominaismuscularessubcutâneos
constriçãoconstrição(adrenérgica)dilatação (colinérgica)constrição(adrenérgica)dilatação (colinérgica)
nenhumnenhumdilatação
sangue: coagulaçãoglicose
aumentoaumento
nenhumnenhum
Metabolismo basal aumento de até 100% nenhumsecreção do córtex-adrenal Aumento nenhum
atividade mental aumento nenhummúsculos pilo-eretores excitação nenhum
músculo esquelético aumento da glicogenólise e da força nenhum
Fonte: Guyton, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 5 edição. Interamericana Ltda. Rio de Janeiro, 1977.
QUADRO 2 – Comparação do sistema nervoso somático e autônomo
Propriedade Somático Autônomo
Efetores Músculo esquelético Músculo cardíacoMúsculo liso e glândulas
Tipo de controle Voluntario Involuntário
Via nervosa Um neurônio motor seEstende-se do SNC e faz sinapsediretamente a uma fibramuscular
Faz sinapse com neurônio motor eum gânglio; e o segundoneurônios faz sinapse com umefetor autônomo
Neurotransmissor Acetilcolina Acetilcolina e noradrenalina(norepinefrina)
Ação doneurotransmissor
Sobre o efetor
Sempre excitatória causandocontração do músculoesquelético
Pode ser excitatória (causandocontração do músculo liso,aumento da freqüência cardíaca,aumento da força de contraçãocardíaca ou aumento das secreçõesglandulares) causandorelaxamento do músculo liso.Diminuição da freqüência cardíacaou redução das secreçõesglandulares
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2.4 Interação e controle das funções autonômicas
2.4.1 Reflexos viscerais
Os reflexos viscerais são funções mais simples do SNA. Eles fornecem
respostas motoras viscerais que podem ser modificadas, facilitas ou inibidas por centros
superiores, especialmente no hipotálamo (TIMMONS, 2009).
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3 CONCLUSÃO
Conclui-se que o sistema nervoso é o conjunto de neurônios, nervos,
gânglios e centros nervosos que fazem o comando e coordenação das funções vitais, das
reações e das respostas sensoriais. É composto pelo Sistema Nervoso Central, que é
constituído pelo encéfalo e a medula espinhal, e pelo Sistema Nervoso Periférico, que é
constituído pelo sistema somático e o sistema autônomo.
Encéfalo encontra-se na cabeça protegido pelo crânio, é o centro de todo
sistema nervoso. O encéfalo se comunica com todo o corpo por meio de vias chamadas
de axônios.
Medula espinhal é um prolongamento do encéfalo, encontra-se no interior da
coluna vertebral. Ela é responsável pela parte motora, onde se encontra os neurônios
motores responsáveis por enervarem os músculos, ela também é responsável pela parte
da sensibilidade do corpo e parte da sensibilidade da cabeça.
O sistema nervoso autônomo controla o organismo internamente, como o
ritmo cardíaco, respiração e atividades fisiológicas. Esse sistema é responsável pela
resposta corporal a uma mudança do ambiente, como por exemplo, ao frio, fazendo com
que o corpo não perca tanto calor para o ambiente. O sistema nervoso autônomo esta
divide em Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Parassimpático.
O sistema simpático é responsável por reações de stress, como uma briga,
discussão ou perigo aumentando os batimentos cardíacos, pressão arterial e adrenalina
no sangue. O sistema parassimpático é responsável por reações de calma, como yoga,
meditação e dormir.
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REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C. (1959). Fisiologia Humana. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara KooganS.A, 1988. 564 p.
GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 5 ed. Rio de Janeiro: InteramericanaLtda., 1977.
LOPES, SÔNIA. Bio 2.São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.
SPENCER, Alexander P. Anatomia Humana Básica. 2. ed. Rio de Janeiro: EditoraManole Ltda, 1991. p 399- 411.
TIMMONS, ROBERT B. TALLITSCH. Anatomia Humana. 6 ed. Porto Alegre:Artmed, 2009. 904 p.