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CharleneGiseliJoeli
CBD- Cultura e Informação
Junho de 2010
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APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Introdução
A transferência da informação é maior que a simples comunicação
Transferência e Fluxos de Informação
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IntroduçãoIntrodução
A informação estabelece referências para o homem durante o percurso de sua odisséia individual no espaço e no tempo. Quanto ◦ao seu passado histórico; ◦às suas cognições prévias; ◦ao seu espaço de convivência.
Coloca o homem em um ponto do presente, com uma memória do passado e uma perspectiva de futuro.
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IntroduçãoIntrodução
No artigo Barreto limita-se a observação e discussão das características e qualidades referentes ao fenômeno da informação entre seres humanos, habitando um determinado espaço social, político e econômico, e que se dá entre um emissor (ou fonte geradora), um canal de transferência, um código comum e um receptor (ou um destinatário) de uma mensagem com condições semânticas.
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Qual a essência do fenômeno da informação?
A adequação de um processo de comunicação que se efetiva entre o emissor e o receptor da mensagem e pode gerar o conhecimento.
Nesse caso a definição está relacionada a intenção de passagem, o foco é o emissor ou o receptor.
Mas as definições que relacionam a informação à criação de conhecimento no indivíduo são as que melhor explicam a natureza do fenômeno.
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Aqui a informação é qualificada como instrumento modificador da consciência do indivíduo e da sociedade como um todo.
o conhecimento só se realiza se a informação é percebida e aceita como tal e coloca o indivíduo em um estágio melhor dentro do mundo;
a informação quando assimilada modifica o estoque mental de informações do indivíduo e traz benefícios ao seu desenvolvimento e da sociedade em que ele vive.
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A informação é um agente mediador na produção do conhecimento.
Estruturas simbolicamente significantes com a (in)tensão de gerar conhecimento.
Neste caso a característica da informação passou a ser sua (in)tensão para gerar o conhecimento.
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ProblemáticaComo se organiza, controla e distribui
de maneira correta, política e socialmente, a informação, considerando sua ingerência na produção do conhecimento?
A produção de informação tem práticas bem definidas e apoia-se num processo de transformação orientado por uma racionalidade técnica.
A questão que se coloca é o trabalhar com a informação enquanto estrutura significante no sentido de direcioná-la ao seu propósito de criadora de conhecimento para a sociedade.
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A estrutura de informação
A estrutura de informação é considerada como qualquer inscrição de informação em uma base física que a aceite; a estrutura é então pensada como sendo um conjunto de elementos que formam um todo ordenado e com princípios lógicos.
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A estrutura de informação textualpossuem características de
linguagem que admitem condições morfológicas, onde partes podem representar o todo;
constitui um todo unificado passível de ser distribuído por um canal de transferência;
o conteúdo é a elaboração de seu autor;
textos se relacionam com as estruturas de informação agregados nos estoques de informação de áreas do conhecimento.
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Através da interpretação do receptor de informação o texto pode se transformar em lenda.
“Lenda porque, a ele texto se agregam pela leitura, a interpretação de diferentes indivíduos com diferentes (in)tenções.”
A estrutura da informação passa a ser independente do autor, está a cargo da interpretação do leitor.
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Análise da estrutura de informaçãoNa cultura tribal havia a comunicação oral, ou
seja, entre pessoas (sem intermédio de instrumentos técnicos). A comunicação podia ser multivariada, de várias vozes ao mesmo tempo.
Com a cultura escrita e tipográfica o pensamento inscrito em diferentes bases de suporte pode ser multiplicado, armazenado e transportado para espaços longínquos e tempos milenares.
A escrita, onde o texto pode ser linear, sequencial e alfabético ou acêntrico e sem destino, deu ao homem valores visuais lineares e ocasionou uma consciência fragmentada.
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Com o advento da tecnologia digital abre-se novas configurações de relacionamento com o receptor e com o conhecimento. O hipertexto, com suas cadeias imprevisíveis de links entrelaçados, apresenta características não-lineares e permite que cada leitor trace seu próprio caminho.
Análise da estrutura de informação
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Leitor
Um texto é feito de escritas múltiplas, saídas de várias culturas e que entram umas com as outras em diálogo.
O pensamento do autor se transforma em informação quando inscrito por meio da escrita, mas a multiplicidade se reúne no leitor. A unidade do texto está no leitor.
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No relacionamento com uma estrutura de suporte de informação um receptor realiza reflexões e interações, que lhe permitem evocar conceitos relacionados explicitamente com a informação recebida. O receptor mostra aspectos de um pensamento que é seduzido por condições quase ocultas, silenciosas, de um meditar próprio de sua privacidade ambientadas no:
contexto do texto, enquanto estrutura da informação;
contexto particular do sujeito; estoque de informação do sujeito; competência simbólica do receptor;contexto físico e cultural do sujeito que
interpreta o texto.
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A transferência da informação é maior que a simples comunicação
Em 1949 Shannon e Weaver publicam “The Mathematical Theory of Communication”
Emissão e recepção de sinais telefônicos.
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A transferência da informação é maior que a simples comunicação
O modelo de comunicação de Shannon e Weaver :
Uma fonte geradora Um codificador Uma mensagem Um canal Um decodificador Um receptor
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A transferência da informação é maior que a simples comunicação
A CI e a Comunicação nascem no pós guerra.
A Comunicação e a CI adotaram o modelo como uma estrutura para explicar seu comportamento.
O significado semântico da informação não tem qualquer papel no modelo e na teoria de Shannon e Weaver.
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A transferência da informação é maior que a simples comunicação CI e Comunicação
◦ Estranheza contra o pressuposto de que as áreas se entrelaçam no que diz respeito a construção histórica, características e destino final.
◦ Racionalidades, Objetos, objetivos e conteúdos diferenciados. Pouco tem em comum a não ser de que a mensagem comunicada pode ser tratada como informação relevante para gerar conhecimento em determinado individuo ou grupo de pessoas.
◦ Uma mistura irregular de temas, história e métodos diferenciados.
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A transferência da informação é maior que a simples comunicação
Comunicação ◦ Gerador – instituição ou um grupo ◦ Receptor – massa ◦ A mensagem - é um decorrência do
canal
Obs: ◦ Impessoalidade entre os atores. ◦ A (in)tensão é que alcance um maior
público comum que a entenda. ◦ Importância do meio.
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A transferência da informação é maior que a simples comunicação
CI – transferência da informação◦ Caracteriza o seu gerador. ◦ Nomeia seus autores. ◦ Estuda as necessidades. ◦ Faz um perfil do receptor. ◦ Na transferência da informação – deslocamento.
Obs:◦ Pode ser um grupo ou um indivíduo. ◦ A CI quer uma transmudação com melhor
distribuição e conseqüentemente apropriação da informação considerando sua natureza e conteúdo.
◦ Importância para o conteúdo. ◦ Não basta atingir o receptor há que criar
conhecimento modificador em pessoas únicas.
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A transferência da informação é maior que a simples comunicação
A transferência de informação está dentro do processo comunicacional.
Mas, só acontece se a informação gerar conhecimento modificador no receptor.
Nesse caso a transferência da informação tem implicações maiores do que a simples comunicação.
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Transferência e Fluxos de InformaçãoTransferência e Fluxos de Informação
1º níve/fluxos internos (mundo do gerenciamento da informação): racionalidade técnica, produtivista e reducionista. Indústria da informação e Infocontextura (corporações públicas e privadas) que manipulam os estoques de informação.
2º nível (onde ocorre as transferências da informação): fica nas extremidades do primeiro nível. Esquerda: Idéias e fatos delineados pelo autor para produzir uma narrativa mental que é traduzida numa linguagem que é traduzida para uma linguagem escrita.Direita: estrutura de suporte, a linguagem de inscrição e o conhecimento a ser elaborado pelo receptor.
Fonte: Barreto (2007, p.24).
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Transferência e Fluxos de InformaçãoTransferência e Fluxos de Informação
O texto é um dos elemento dos estoques de informação que adquire significação nos espaços públicos e pode gerar conhecimento.
O texto é elaborado por um autor inserido dentro de uma área do conhecimento onde seu conteúdo se relaciona com outros conteúdos dos estoques de informação. Sendo o leitor responsável por atribuir significados ao texto.
O lugar em que a informação se faz conhecimento é na consciência do receptor que precisa ter condições para aceitar a informação e a interiorizar (memória e associações). Onde o significado do texto está conectado à relação entre a informação e o estado da memória do receptor, seu conteúdo e os seus contextos. Assim, o receptor fica liberado da intenção do emissor, pois uma mensagem pode ter diferentes significados para pessoas diferentes ou para uma mesma pessoa em tempo diferentes.
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Comentários
Quando Barreto trabalha o conceito de informação como (in)tensão de gerar conhecimento no indivíduo, ele mostra a interdisciplinaridade da CI, pois ao se relacionar com o conhecimento a informação necessita, para sua explicação, uma reflexão junto com a filosofia, a lingüística, a ciência cognitiva, a ciência da computação, a sociologia, entre outras áreas.
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Comentários
No início do texto Barreto diz que os conceitos de
informação tendem a se concentrar no principio ou no fim
do processo de transferência. (ou seja, no emissor ou no
receptor).
Isso causa uma adjetivação do conceito com o
significado de mensagem.
O que ele defende: ”As definições que melhor explicam a
natureza do conceito são as que relacionam à informação à
criação de conhecimento no indivíduo”.
O que percebemos: Durante sua argumentação ele
enfatiza o papel do Leitor (onde se elabora o conhecimento)
no processo de transferência da informação.
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Comentários
A pergunta que Barreto se propõe a responder continua em aberto:
“Como se organiza, controla e distribui de maneira correta, política e socialmente, a informação, considerando sua ingerência na produção do conhecimento?”
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Referências Referências BARRETO, A. de A. Memórias, esquecimentos e estoques de informação. Disponível em: <http://aldoibct.bighost.com.br/MemorEsquecim.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2010.
BARRETO, A. de A. Uma história da ciência da Informação. In: TOUTAIN, L. M. B. B (Org). Para entender a Ciência da Informação. Salvador: EDUFBA, 2007, p.13-34. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/17/PARA%20ENTENDER%20A%20CIENCIA%20DA%20INFORMAMACAO.PDF?sequence=3>. Acesso em: 11 jun. 2010.
BARRETO, A. de A. A questão da informação. São Paulo em Perspectiva, v. 8, n. 4, 1994. Disponível em: <http://www.e-iasi.org/cinfor/quest/quest.htm>. Acesso em: 07 jun. 2010.