A realidade da vida pós moderna, seja por falta de
tempo, por estresse, pela busca pelo aperfeiçoamento
profissional, pela competição acirrada no mercado de
trabalho, entre outros fatores, fortalece, nas pessoas, a
necessidade de aceitação, de aconchego, de companheirismo
e de renovação, proporcionados pelos
pequenos grupos.
Os pequenos grupos não devem ser
considerados como um programa a mais na
agenda lotada da igreja que precisa redescobrir
uma paixão por pessoas perdidas e sentir uma grande
necessidade dealcançá-las.
Na estrutura dessa igreja bíblica do século vinte e
um, voltada para ocrescimento, haverá a
necessidade de uma base de apoio para os líderes
dos grupos.
“Não escolham como líderes de pequenosgrupos aqueles que jamais ganharam
uma alma para Jesus. Somentepessoas que já demonstraram suas
habilidades de ganhar almas devem serchamadas para posição de liderança,
pois só assim podemos criar igrejas quese reproduzirão e multiplicarão, o que é
o desejo de Jesus” (Mt 28:16-20).Russel Burril
Ao lançar o olhar sobre a história do adventismo primitivo podemos ver
que os crentes mantinham a fé sem umpastor fixo em seu meio.
Como faziam isso? Estudavam a Bíblia e liam
a Review, individual e coletivamente.
Foi principalmente através das reuniões
sociais que os adventistas primitivosmantiveram sua vida
religiosa.
O Advent Review and Sabbath Herald,
um periódico da igreja, registrou que as
reuniões sociais eram consideradas uma
parte regular da vida da igreja para a
maioria dos adventistas.
Uriah Smith assim descreveu as reuniões:
“Testemunhos espirituais e animadores da alma, o
olhar brilhando, avoz de louvor, a
exortação sincera eanimadora,
freqüentemente uma lágrima a rolar”.
A prática de realizar reuniões sociais
continuou até depois da organização da
igreja. Os pastores da igreja adventista
primitiva se dedicavam à implantação de
novas congregações e a conquista de
novos crentes.
As reuniões sociais não eram realizadas
somente na igreja local, mas essa prática também
era uma parte vital deoutros encontros
adventistas, até mesmodas sessões da
Conferência Geral.Menos sermões e mais
comunhão.
Os pequenos grupos são um excelente meio para adventistas modernosredescobrirem suas raízes no equilíbrio
dos ministérioscognitivo (doutrina) e
relacional (comunhão).
Com o intuito de resgatar o equilíbrio entre os dois estilos, as lições foram
preparadas de modo que no pequeno grupo
relacional a Bíblia seja estudada e os
relacionamentos, cultivados. Estudo
da Bíblia e relacionamentos caminham juntos.
As reuniões devem ser dinâmicas,
descontraídas, e solenes como na igreja
primitiva.
Num primeiromomento, os cristãos
compartilham as bênçãose desafios da semana
que passou.
Depois, orar com fervor uns pelos outros e
também por aqueles que ainda entregaram a vida a
Deus.
Em seguida vem o estudo da Bíblia, de
forma que os presentes extraiam preciosas lições
pessoais.
No adventismo primitivo as reuniões sociais eram
variadas, mas os elementos comuns eram:
oração, testemunho,palavras de exortação, e
cânticos.
A principal diferença entre estudar a
Bíblia na escola sabatina e estudar a Bíblia no
pequeno grupo está nopercentual de aplicação
pessoal.
Os amigos visitantes precisam sentir-se
parte do grupo. Devem ser visitados
durante a semana e as dúvidas despertadas,
esclarecidas.
Uma maneira pela qual os pequenos grupos
crescem rapidamente é através do patrocínio de uma série de reuniõesevangelísticas ou de temas proféticos nos próprios pequenos
grupos ou levando os grupos para participarem
dessas reuniões na igreja.
Na medida em que avançamos no
tempo do fim, devemos ampliar nossa
visão dos pequenos grupos.
Na igreja bíblica do século vinte e um,
o mensageiro tem um “evangelho eterno
para proclamar aos que habitam na terra, a toda
nação, tribo, língua e povo” (Ap 14:6-12).
O pequeno grupo evangelizará, cuidará eapoiará as pessoas em
seu ministério porCristo, mantendo-as
firmes e em crescimentocristão.