Download - 20 Years best of pato
Rodrigo Canhão
20 Years best of pato
15 Março – 6 Maio de 2007
MUSEU MUNICIPALDEPARTAMENTO DE CULTURA
EDIFÍCIO CHIADOGALERIA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS
Apoio sonoro: Intima Fracçãohttp:/intima.blogspot.com/
2
Acrílicos, 2006
40 × 50 cm
Óleos, 2006
35 x 45 cm
Um artista conimbricense emoldura, comos seus trabalhos, a Galeria de ExposiçõesTemporárias no Edifício Chiado. Mais umartista que tem o privilégio de mostrar o pro-duto do seu talento num espaço emblemáticodo Museu Municipal, sedeado no coração daBaixa, na área cosmopolita da cidade.
Rodrigo Canhão – Pato, com apetênciainata para a pintura, valorizou-se através doestudo e da experiência, garantindo umaqualidade pictórica que busca a sua materia-lização no acrílico, no óleo e na aguarela, ouseja, experimenta três técnicas que dãoexpressividade à sua imaginação criativa.São figuras desconhecidas ou que povoam onosso quotidiano, o imaginário da nossafantasia, sustentadas por expressões carica-turais, por olhares idiotas, por rostos tro-cistas, por faces alegres, por sinais derevolta ou tristeza, muitas coadas namemória do artista, e que traduzemmomentos de boa disposição ou tempos derealidade/irrealidade.
E, nesta diversidade/unidade envolta nopensamento mais fantasista ou na recriaçãomais “delirante” de valores que cruzam onosso trajecto, Rodrigo Canhão encontra nocromatismo que dá vida às suas figuras, a
substância preciosa que alimenta a suacapacidade de fazer raciocínios complexospara uma complexidade e diversidadecrítica.
As cores vivas ou que expandem tristeza,respondem, positivamente, à criação dotipo/modelo que preenche a superfície doseu espaço pictórico. Nas suas figuras respi-ra-se o espírito do tempo e olha-se o mundonas profundezas (in)sondáveis da imagina-ção.
Rodrigo Canhão optou pela pintura. Umcaminho sinuoso, difícil, mas atractivo.Nem todos chegam à montanha, porque ocume da arte está, sempre longe, e é neces-sária uma determinação sem desfalecimen-tos para o alcançar. Rodrigo Canhão paten-teia na sua pintura um querer que desafia adistância e os escolhos. Pensamos que o“vulnerável” já foi ultrapassado. Agora, ocaminho está mais aplanado para atingir oestádio desejado.
Visite a exposição até 6 de Maio.
Coimbra, 1 de Março de 2007
MÁRIO NUNES
Vereador da Cultura
3
QUAL A SUA PERSONAGEM?
4
Acrílico, 2007
34 × 44 cm
5
Acrílico, 2007
34 × 44 cm
6
Acrílico, 2001
63 × 103 cm
In the extremely exciting artistic expe-riences of my life, I had the wonderfulprivilege to SEE at WORK some of the ART GIANTS and often Movement leadersof the 20th and 21st Centuries: HENRY MOORE
(1898-1986) in his country home inEngland, SALVADOR DALI (1904-1989 Spain) in Port Llegat-Spain, VICTOR PASMORE
(1908-1998 UK) in his country home inMalta, ZOLTAN PERLMUTTER (1922-2002Israel) in his Academy in London as well asBelgium and Germany, PATRICIA FINCH
(1923-2001 UK) in her studio in London,LUCIANO GASPER (1935-2001 Italy) in hisTreviso Studio, LILIKA PAPANICOLAOU (Greece.Born 1923) in her studios in London,Greece, and USA, MANUEL QUINTANILLA
(Spain. Born 1924) in his Home/Studio inEngland, GIACOMO DE PASS (France. Born1938) in his historical Country Home/Studio in France and many others younger,sometimes at TEMPRA HOUSE inLONDON (until 1990) and lately at VILLATEMPRA in MALTA.
They all over-flowed with enthusiasmand felt like exploding from hunger andthirst for creation and above all, anirrepressible need of release by creating: I would often surprise them, at dawn,passionately drawing, painting, sculpting,writing poetry in the Villa Tempra Conser-vatory or Gardens or composing music, atthe piano! The irresistible urge, springingfrom their inner selves, would let outof their genes, this explosive creativity sothat they would feel released withinthemselvess and from… themselves!
When I was first confronted with theworks of Portuguese artist RODRIGO
CANHÃO “SUPER PATO” for the 2005 MadeiraInternational Art Biennale in PortugalMIAB, created and most professio-nally presented in pluralistically excitingvenues by MANUEL BARATA, I had never metthe artist. Yet, I immediately came tosuspect the same inner, need, urge andpassion for creation that I had known inthe Great Masters of the 20th and
7
RODRIGO CANHÃO “SUPER PATO”THE PICTORIAL POET OF THE SOULAND HIS STRIKINGLY PHILOSOPHICAL ALLEGORIES OF EMOTIONS
BY DAME FRANCOISE TEMPRA*
* Dame Francoise Tempra – Art Historian (author of 60 books in 4 languages).Creator and Curator of 11 Museums and Public Collections in 7 countries.Founder-President TEMPRA ACADEMY & MALTA (105 Nations) ART BIENNALE.
Acrílico, 2001
63 × 103 cm
8
9
21st centuries that I had the privilege tohave seen at work!
RODRIGO CANHÃO ‘s pictorial composi-tions, in a most movingly legible NAÏVEPICTORIAL STYLE, spontaneously spokeas in emotional ALLEGORIES.
The works which bore NO TITLES, sim-ply LOUDLY STATED for themselves thepathos of strong emotions: “Incertitude”,“Challenge”, “Binding Tradition”, “InnerDefiance”, “Longing Demand”… and held,at once, my fascination, first in the splendid2005 MIAB Catalogue and subsequently onwalls of exhibiting museums.
When in July and August 2006 duringthe “HOMAGE to M.I.A.B.-PORTUGAL”was inaugurated in MALTA at the Medi-terranean Conference Centre (Prestigioushistorical building of 1574) by the EmeritusPresident of the Republic of Malta Prof.Guido de Marco, the President of MIAB,
Manuel Barata and the Portuguese Ambas-sador to Malta, H. E. António Russo Dias,the wall RODRIGO CANHÃO fascinated thepublic while giving it tremendous food forthought! Indeed, I found even more thanthe previous year, the at first glance verysimple pictorial NAÏVE language of RodrigoCanhão to prove the sophisticated deliveryof a very unusual philosopher of life,psychologist, and above all a lyrical poet ofthe soul.
Thus, I could read within these untitledworks, in total fascination, the pictoriallyemotional ALLEGORIES of the soul “Anger”,“Derision”, “Humility”, “Repression”,“Misunderstanding”, “Nakedness of Love”“Playfulness”, “Despair of Incomprehen-sion”, “Innocence”, “Playfulness” or“Jucundity”!… But each visitor offereddifferently personal interpretations, as I amsure, the artist himself would!
10
Aguarela, 1990
38 × 53 cm
11
Aguarela, 1994
47 × 56 cm
12
Aguarela, 1989
40 × 44 cm
Aguarela, 1989
40 × 44 cm
13
Aguarela, 1995
43 × 46 cm
Aguarela, 1990
43 × 46 cm
14
Aguarela, 1993
43 × 047 cm
15
Aguarela, 1991
43 × 53 cm
16
Aguarela,1993
75 × 85 cm
17
Acrílico, 2000
43 × 53 cm
Acrílico, 2000
43 × 53 cm
18
Aguarela, 1989
10 × 15 cm
19
Aguarela, 1989
10 × 15 cm
20
Óleo, 1996
60 × 68 cm
21
Óleo, 1987
40 × 60 cm
22
Óleo, 2003
55 × 65 cm
23
Acrílico, 2005
60 × 75 cm
24
Óleo, 1988
67 × 107 cm
25
Óleo, 1996
80 × 120 cm
26
Acrílico, 2003
75 × 95 cm
Estas personagens desconcertantes ecoloridas resultam numa ficção convin-cente, desdobrada em viagens ao passado,mas também em inflamadas projecções nofuturo, súbitas visões. Como um episódio deum discurso mais complexo, às vezes subtil,às vezes violento, outras pouco mais quesugerido.
Fragmentos aparentemente dispersos deuma trama larga, são comandados por olhosque fitam (quase sempre) de modo hipnó-tico, tensos, glaciais, atormentados, de umatristeza fugidia ou nem tanto. Olhos fundoscomo luas, outras vezes inocentes, olhosantigos, vazios de silêncios fundos, olhos dememórias-sombras. É também atravésdestes olhares vários que a obra de Pato,labirinto policromático, se abre a múltiplaschaves de leitura.
Estados de alma atrás de máscaras conta-minadas e contaminadoras da verdadeiraidentidade? Um Pato alter-ego do criadorRodrigo Canhão? (Re) invenções de si
mesmo, ou – simplificadamente – auto--retratos? Arte de negação de si próprio?Conjecturas e congeminações dos especta-dores, que podem conduzir (ou não) a umadesassombrada reflexão e a curiosas for-mulações da sua maneira de ver tanto omundo que nos rodeia como o mais secretoe insondável que se esconde dentro doartista para que este o transforme em linhasde força, espécie de vertigem de contemplaruma (ir) realidade que ilude e desilude.
Neste desfile de tipos (dominantementemasculinos), imagens teatrais de grande efi-cácia, há fervor e exasperação, desconsolo,fixação, nostalgia e exaltação fria. Há sar-casmo, inquietação, minúcia, mas tambéminsónia e clarão e outras dinâmicas convoca-das, que complicam a intriga e nos permi-tem reencontrar a nossa condição humana,por vezes exposta ao grotesco e a um ridí-culo hilariante, afinal.
TERESA CARREIRO
27
28
Acrílico, 2004
84 × 103 cm
29
Acrílico, 2004
84 × 103 cm
30
Acrílico, 2003
84 × 103 cm
31
Acrílico, 2003
84 × 103 cm
32
Acrílico, 2005
75 × 95 cm
33
Acrílico, 2005
75 × 95 cm
34
Acrílico, 2005
75 × 95 cm
35
Acrílico, 2003
75 × 95 cm
36
Acrílico, 2000
55 × 65 cm
Acrílico, 2000
46 × 56 cm
37
Óleo, 2004
45 × 55 cm
38
Acrílico, 2007
20 × 30 cm
Acrílico, 2007
20 × 30 cm
39
Acrílico, 2001
25 × 40 cm
40
Acrílico, 2007
82 × 122 cm
41
Acrílico, 2007
82 × 122 cm
42
Acrílico, 2006
40 × 50 cm
Acrílico, 2006
40 × 50 cm
43
Acrílico, 2007
63 × 93 cm
Acrílico, 2007
63 × 93 cm
44
Acrílico, 2006
38 × 47 cm
RODRIGO CANHÃO nasceu em Coimbra em 1968. Actualmentevive em Santo Varão (concelho de Montemor-o-Velho).
Iniciou o seu percurso artístico no CAP – Círculo de ArtesPlásticas, em Coimbra. Em 1987 adoptou o pseudónimo “pato”.
As suas mais recentes exposições foram em Malta, a convite da Tempra Academy (na homenagem à MIAB – MadeiraInternational Art Bienal), e na Madeira, Casa da Luz /Museu daElectricidade.
Nos últimos anos tem participado em várias Bienais eConcursos, nacionais e internacionais.
E-mail: [email protected] www.pato.com.sapo.pt
45
NOTA BIOGRÁFICA
46
Coordenação
Telo de MoraisBerta Duarte
Maria Adelaide Marcos
Secretariado
Joana Barata
Montagem
António MarquesAngelo Marques
Fernando Acúrcio
Lettering
Nuno Ferreira João Bacelar
Iluminação
José TavaresHugo Moura
Ricardo Folhas
Design gráfico
Pedro Simõ[email protected]
Impressão e acabamento
G.C. – Gráfica de Coimbra, Lda.
Outubro-Março
Terça a Sexta-feira:10.00 às 18.00 h
Sábados e Feriados:10.00 às 13.00 h14.00 às 18.00 h
Domingos:14.00 às 18.00 h
Abril-Setembro
Terça a Sexta-feira:11.00 às 19.00 h
Sábados e Feriados:11.00 às 13.00 h14.00 às 19.00 h
Domingos:14.00 às 19.00 h
47
Ficha Técnica Horário
48