doenÇas granulomatosas da cabeÇa e …‡as granulomatos… · autoimunes/vasculites . sarcoidose
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REUNIÕES CL ÍNICAS DE
OTORRINOLARINGOLOGIA
E1 HCV - GUSTAVO BERNARDI
29 DE AGOSTO DE 2013
DOENÇAS GRANULOMATOSAS DA CABEÇA E PESCOÇO
GRANULOMA
Trata-se de um tipo de inflamação crônica
Os neutrófilos geralmente removem agentes que causam uma resposta inflamatória aguda através da fagocitose e digestão. Se um agente é indigestível há a formação de um ciclo vicioso de resposta inflamatória aguda que pode causar dano ao tecido local. O corpo então forma granulomas para tentar diminuir este dano
GRANULOMAS
Os macrófagos conseguem fagocitar agentes indigestíveis, porém isto faz com que percam a sua motilidade e se acumulem no local da injúria.
Os macrófagos sofrem então alterações estruturais e se transformam em células epitelióides. Estas novas células tem capacidade de se fundir e formar células multinucleadas gigantes
Os linfócitos então circundam estas células
A este complexo dá-se o nome de “Langhans Giant Cells”
GRANULOMA
Granuloma caseoso
INFECÇÕES BACTERIANAS
DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO
Bartonella hanselae (bacilo gram negativo)
História de contato recente com gato em 90% dos casos
Afeta mais crianças e adolescentes
Inicia com uma pequena pápula ou pústula no local da inoculação, seguido por linfadenopatia (pré-auricular/submandibular), febre e prostração
DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO
Diagnóstico:
História de contato com gatos ou pulgas.
Sorologia IgG e IgM
Exame histopatológico com identificação dos microrganismos através da coloração de Warthin-Starry
Tratamento:
Suporte (duração média da doença é de 14 semanas).
Azitromicina por 5 dias é capaz de acelerar a resolução da linfadenopatia
ANGIOMATOSE BACILAR
Bartonella hanselae ou bartonella quintana.
Mais comum em imunossuprimidos.
Há lesões cutâneas vasculoproliferativas como pápulas, nódulos subcutâneos ou placas hiperpigmentadas
ANGIOMATOSE BACILAR
Diagnóstico:
Sorologia IgG e IgM
Exame histopatológico com identificação dos microrganismos através da coloração de Warthin-Starry
Tratamento:
Eritromicina ou doxiciclina
Resolução em 3-4 semanas
TUBERCULOSE
Mycobacterium tuberculosis
Transmissão através da inalação do bacilo
Infecção primária pode ser assintomática
Infecção secundária pode gerar emagrecimento, febre, mal-estar geral, tosse, tosse não produtiva, lesões em pulmões (em especial no ápice)
Manifestações em cabeça e pescoço:
Linfadenopatia cervical escrófulo
Linfonodos bilaterais, múltiplos, aderidos
Fissuras, nódulos, placas, vesículas e úlceras em cavidade oral
A língua é o local mais comumente envolvido da cavidade oral
TUBERCULOSE
TUBERCULOSE
Laringe:
Só é afetada em 1% dos pacientes com TB pulmonar ativa
Disseminação linfática e hematogênica
Cordas vocais > aritenóides > comissura posterior
Lesões edematosas, granulomatosas e ulcerativas
Ouvidos:
Otorréia serosa
Multiplas pequenas perfurações
Tecido de granulação na orelha média
TUBERCULOSE
Tratamento: rifampicina, isoniazida, etambutol e pirazinamida
Excisão do linfonodo pode levar a fistulização crônica
MICOBACTÉRIAS ATÍPICAS
M. avium, M. Kansaii, M. scrofulaceum, M. gordonii, M. fortuitum
Mais comum em crianças e imunocomprometidos
Clínica:
Ulceras de córnea
Linfadenopatia cervical (escrófula)
Unilateral, em região cervical anterior, pré-auricular e submandibular
Os linfonodos são discretos, separados e podem evoluir para um abscesso
MICOBACTÉRIAS ATÍPICAS
Diagnóstico:
Biópsia excisional e exame anatomopatológico.
PPD é frequentemente negativo
Tratamento:
Eritromicina, rifampicina ou estreptomicina
Escrófula: excisão cirúrgica
HANSENÍASE
Mycobacterium leprae
Doença granulomatosa que acomete pele e nervos periféricos
Humanos são o hospedeiro natural e os tatus são os reservatórios
Transmissão através de secreções nasais, contato com úlceras ou leite humano.
HANSENÍASE
Forma tuberculóide:
Nervos periféricos > lesões cutâneas
Caracterizada por um extenso envolvimento dos nervos periféricos causando dor e atrofia muscular
Podem haver lesões hipopigmentadas
Os granulomas resultam da resposta da imunidade celular
HANSENÍASE
Forma lepromatosa:
Lesões cutâneas > nervos periféricos
Atinge sobrancelhas, bochchas, nariz e orelhas
Fascies leoninas
Mucosa nasal (95%): nódulos, placas, espessamento
Perfuração septal
Nariz em sela
Úlceras e nódulos em laringe e palato
HANSENÍASE
Diagnóstico:
Esfregaços de raspados epidérmicos e nasais contendo o m. leprae
Lesões de pele com alteração de sensibilidade
Acometimento de nervos com espessamento neural
Baciloscopia positiva
Paucibacilares = até 5 lesões de pele
Multibacilares = mais de 5 lesões de pele
Tratamento:
Forma tuberculóide: dapsona + rifampicina
Forma lepromatosa: dapsona + rifampicina + clorfazinime
SÍFILIS
Treponema palidum
Transmitido via sexual ou via transversal
Dividida em estágios:
Primária (cancro duro)
Secundária (febre, placas mucosas)
Latente
Terciária (goma sifilítica, acometimento do SNC)
Manifestações em cabeça e pescoço:
Alopécia, rinite, laringite, faringite, tonsilite, perfuração septal, nariz em sela, perfuração de membrana timpânica
SÍFILIS
Pode ocorrer também sintomas da síndrome de Menière, labirintite, fibrose ossicular, fenômeno de Túlio, pericondrite, estenose subglótica, fronte olímpica, palato elevado
Quando congênita, há a tríade de Hutchinson: incisivos centrais anormais, ceratite intersticial e lesão do VIII par craniano (surdez neurossensorial)
SÍFILIS
Diagnóstico: RPR ou VDRL (não treponêmicos) e FTA-Abs (treponêmico)
Tratamento: penicilina benzatina
ACTINOMICOSE
Bacilos gram-positivos ramificados
A infecção ocorre por aspiração do actinomyces ou através do contato da bactéria com uma mucosa danificada (má higiene dentária, abscesso dentário)
Aumento submandibular, cervical anterior ou de parótida. Em geral é avermelhado, endurecido e indolor
Pode haver fistulização ou envolvimento ósseo
Diagnóstico: cultura com a presença de grânulos sulfúricos
Tratamento: penicilinas e debridamento cirúrgico
RINOSCLEROMA
Causado pela klebsiella rhinoscleromatis
Bacilo gram negativo encapsulado
Relacionada a má-higiene, aglomeração de pessoas e má-nutrição
Estágios da doença:
Catarral: rinite não específica, crostas em favo-de-mel, rouquidão, edema de aritenóides
Proliferativa (granulomatosa) – células de Mikulicz: epistaxis, obstrução nasal, pólipos aderentes ao septo nasal, glótico e subglótico granulomas.
Cicatricial (esclerótica): estenoses e deformidades
RINOSCLEROMA
Diagnóstico:
Demonstração do microrganismo nos vacúolos dos histiócitos (células de Mikulicz)
Tratamento:
Debridamento cirúrgico + tetraciclina (ou ciprofloxacino) por 3 a 9 meses.
Acompanhar paciente a longo prazo devido a altas taxas de reincidência da doença
INFECÇÕES FÚNGICAS
HISTOPLASMOSE
Histoplasma capsulatum
Contato com excremento de aves, morcegos.
É inalado como um esporo e então convertido a uma levedura
Clínica: Assintomática e auto-limitada em 90% dos pacientes
Forma pulmonar crônica: ocorre em pacientes com outra doença pulmonar subjacente
Forma disseminada: imunossuprimidos
Há febre, emagrecimento, astenia, tosse, hepatoesplenomegalia, úlceras em mucosas, choque séptico
HISTOPLASMOSE
Manifestações em cabeça e pescoço:
O mais comum são as úlceras da cavidade orofaríngea
Granulomatose mediastinal os nódulos coalescem formando grandes lesões
Lesões cutânes
Contato com excremento de aves, morcegos.
É inalado como um esporo e então convertido a uma levedura
HISTOPLASMOSE
Diagnóstico:
Biópsia ou swab do centro de uma lesão ulcerativa e cultura.
Sorologia sanguínea ou em urina para pesquisa de h. capsulatum
Tratamento:
Imunocompetentes: itraconazol
Imunossuprimidos/doença avançada: anfotericina B
BLASTOMICOSE
Blastomicis dermatitidis
Fungo dismórfico encontrado no solo úmido
Clínica:
Pulmonar: infecção crônica
Cutâneas: é a mais comum – verrugas, úlceras
Laríngea (2%): rouquidão, dispnéia, odinofagia, tosse.
Eritema difuso e úlcerações
BLASTOMICOSE
BLASTOMICOSE
Diagnóstico:
Exame do escarro ou biópsia
Cultura
Sinal de Hallmark: hiperplasia pseudoepiteliomatosa
Tratamento:
Itraconazol
Anfotericina B
COCCIDIOIDOMICOSE
Coccidioides immitidis
Encontrado no solo de regiões de clima seco.
“Febre do vale”
Infecção pulmonar primária: forma esferas no parenquima pulmonar
Clínica:
60% são assintomáticos ou tem sintomas de IVAS
Extrapulmonar/doença disseminada (0,5%):
Afeta pele, ossos, SNC e linfonodos
COCCIDIOIDOMICOSE
Manifestações em cabeça e pescoço:
Laríngeos: nódulos em submucosa, edema.
Rouquidão, dispnéia, estridor
Linfadenopatia cervical
Cutâneas: eritema nodoso ou eritema multiforme
COCCIDIOIDOMICOSE
Diagnóstico:
Cultura
Biópsia(granuloma + esferas com endosporos)
Sorologia
Tratamento:
Itraconazol
Anfotericina B
ASPERGILOSE
Aspergillus fumigatus
Hifas septadas
Transmissão através da inalação dos esporos
Doença resulta da resposta imunológica ou invasão tecidual
Pulmões, seios da face e SNC são os locais mais acometidos
Pacientes com doença pulmonar prévia (DPOC) podem cronificar a aspergilose com tosse, hemoptise e cavitações pulmonares (bola fúngica)
ASPERGILOSE
Bola fúngica (não invasiva):
Envolvimento de um único seio da face, gerando sinusite recorrente
Diagnóstico: TC ou RNM e biópsia ou cultura em meio de sabourad’s agar
Tratamento: FESS
ASPERGILOSE
Sinusite fúngica alérgica: O fungo serve de antígeno para uma reação alérgica que
resulta na produção de mucina alérgica, espessamento mucoso e pólipos nasais
Pacientes são imunocompetentes
Sintomas de sinusite crônica e alergia
Diagnóstico:
Nasoendoscopia
Mucina alérgica (eosinofilia nasal)
Pólipos
Biópsia com a presença de hifas sem invasão tecidual
Tratamento: FESS + corticóides
ASPERGILOSE
Sinusite fúngica aguda invasiva:
Invasão rápida do fungo em tecidos
Mucormicose: é a mais invasiva (oclusão vascular, tromboses, infartos e necroses)
Imunocomprometidos
Clínica: febre, edema orbital, dor em face, necrose de palato ou cornetos
Tratamento: debridamento cirúrgico + anfotericina B
ASPERGILOSE
Sinusite fúngica crônica invasiva:
Curso indolente
Localmente invasiva
Diagnóstico e tratamento são os mesmos forma aguda
DOENÇAS AUTOIMUNES/VASCULITES
SARCOIDOSE
Etiologia desconhecida
10 a 80 casos por 100.000 hab. nos EUA
Clínica:
Eritema nodoso, uveíte e lesões maculopapulares
Rx: Linfadenopatia hilar bilateral
Sarcoidose aguda (síndrome de Löfgren)
Desenvolvimento abrupto com remissão espontânea em até 2 anos
Manifestações em cabeça e pescoço ocorrem em 9% dos casos
SARCOIDOSE
Manifestações nasais/sinusais são raras
Obstrução nasal, rinorréia, espessamento mucoso, granulomas, pólipos, mucosa friável e com crostas
SARCOIDOSE
Laringe:
1-5% dos pacientes
Disfonia, dispnéia, disfagia, tosse
Epiglotite
Supraglote aparece pálida, com induração difusa e edemaciada
Nódulos, úlceras e massas podem ser observadas
SARCOIDOSE
Manifestações cutâneas:
Pápulas, placas, eritema nodoso, nódulos subcutâneos
Lupus pernio: placas violáceas e nódulos cobrindo o nariz, sulco nasolabial, malares e em torno dos ólhos
Envolvimento de glandular:
Parotidite (mais comum) e edema de glândulas lacrimais
Síndrome de Heerfordt: febre crônica, edema parotídeo bilateral, uveíte e paralisia de nervo facial
SARCOIDOSE
Diagnóstico
Linfonodomegalia hilar bilateral à radiografia
Biópsia (granuloma não caseoso)
Elevação do cálcio sérico e urinário
Tratamento
Corticóides sistemicos e intranasais
Metotrexate
Hidroxicloroquina (primeira linha
para acometimento nasal ou sinusal)
SARCOIDOSE
Granuloma não caseoso
(histiócitos epitelióides circundados por linfócitos)
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Granulomatose com poliangeíte
Epidemiologia
3 casos em 100.000 habitantes
Homens e mulheres igualmente afetados
Mais comum em caucasianos
Doença sistemica caracterizada por granulomatose necrotizante e vasculite de pequenos vasos
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Clínica:
Tríade clássica:
Trato respiratório superior e inferior
Nasal/paranasal – local mais frequentemente acometido na GW limitada
Laringe/traqueia
Pulmões (envolvido em 90% dos casos)
Renal: glomerulonefrite proliferativa
Vasculite disseminada
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Manifestações em cabeça e pescoço:
Nasal/paranasal: acomete 95% dos pacientes e pode ser a única manifestação em 30% deles
Congestão nasal, rinorréia, anosmia, sinusite recorrente ou crônica
Rinorréia serosanguinolenta, epífora e dor no dorso nasal
Mucosa friável e com crostas
Perfuração septal nariz em sela
Obstrução do ducto nasolacrimal
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Cavidade oral:
Rara
Úlceras e hiperplasia gengival
Laringe e traquéia:
Estenose subglótica
Disfonia, tosse, estridor/chio (confundido com asma) e dispnéia
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Ouvidos:
Edema e dor auricular
Otite média de efusão (24%)
Vertigem e VPPB (vasculite coclear)
Olhos:
Obstrução do ducto nasolacrimal epífora
Pseudotumor orbitário
Edema periorbitário
Proptose
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Pulmonares:
Dispnéia, hemoptise, tosse
Cavitações granulomatosas
Renais:
20% já tem acometimento renal ao momento do diagnóstico
80% progridem para glomerulonefrite
Hematúria, proteinúria, edema, hipertensão
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Diagnóstico:
c-ANCA (especificidade de 98%)
Biópsia
Sítio nasal é o mais comum
Demonstração de granulomas necrotizantes com vasculite
Radiografias de tórax
Tratamento:
Induzir remissão com ciclofosfamida + prednisona em altas doses
Trimetoprim + sulfametoxazol (terapia de manutenção)
Rituximabe, etanercetp, lefunomide (terapias em investição)
ARTRITE REUMATÓIDE
Doença autoimune que cursa com inflamação nas junções sinoviais
Mais comum em mulheres
Manifestações de cabeça e pescoço: Disfunção temporo-mandibular
Laríngea:
Anquilose cricoaritenoide
Estridor, dispnéia, disfonia
Nódulos submucosos nas cordas vocais
Otológicas:
Secundárias ao acometimento dos ossos
do ouvido (são raras)
ARTRITE REUMATÓIDE
Diagnóstico:
Rigidez matinal, poliartrite simétrica de pequenas articulações, nódulos subcutâneos
Biópsia (granulomas necrotizantes)
Tratamento:
Corticóides, azatioprina, metotrexate, penicilamina, hidroxicloroquina
LÚPUS
Vasculite autoimune idiopática
Atinge mais mulheres (9:1) e negros
Manifestações sistêmicas: fotosensibilidades, artrite, pneumonite, pericardite, miocardite, nefrite, hipercoagulabilidade, anemia, cefaléias e acometimento do SNC
Manifestações em cabeça e pescoço: Rash malar em “asa de borboleta”
Úlceras e máculas em cavidade oral
Artrite de cricoaritenóide, espessamento ou paralisia de cordas vocais e estenose subglótica
Perfuração nasal anterior
Xerostomia
LÚPUS
Diagnóstico:
Presença de 4 de 11 critérios listados pelo Colégio Americano de Reumatologia
Anti-smith (específico) e anti-DNAds
Tratamento:
Evitar exposição solar
Corticóides, azatioprina, metotrexate
SÍNDROME DE CHURG-STRAUSS
Etiologia desconhecida
Mais comum em homens, por volta dos 50 anos
Vasculite de pequenos e médios vasos
Três fases:
Pródromos: asma iniciada em adultos, rinite alérgica com polipose nasal e sinusite recorrente
Segundo estágio: eosinofilia periférica e tecidual (pneumonia eosinofílica cronica ou gastroenterite)
Terceiro estágio: vasculite sistêmica (renal, GI, cardíaca, SNC)
SÍNDROME DE CHURG-STRAUSS
Envolvimento nasal/paranasal:
Polipose nasal
Sinusite recorrente
Perfuração septal é rara
Presença de asma e polipose nasal a distinguem de granulomatose de wegener
Ouvidos:
Tecido de granulação rico em eosinófilos em orelha média
Otorréia crônica
VPPB
SÍNDROME DE CHURG-STRAUSS
Diagnóstico:
Asma, eosinofilia e vasculite com granulomas necrotizantes caracterizam a doença
Leucocitose com mais de 10% de eosinófilos
p-ANCA (70% dos pacientes)
IgE sérica elevada
Tratamento: prednisona e ciclofosfamida
NEOPLASIAS
NASAL NK / LINFOMA DE CÉLULA T
Forma extranodal do linfoma não-Hodgkin
Originada dos linfócitos NK ou células T
Etiologia desconhecida
Mais comum em homens
Clínica: Sinais sistêmicos (prostração, febre, emagrecimento)
Obstrução nasal, rinorréia purulenta, perfuração septal (descarga serosanguínea)
Úlceração mucosa unilateral (palato, seio maxilar e lábio superior)
Destruição do 1/3 médio da face
Fístulas oronasais
NASAL NK / LINFOMA DE CÉLULA T
Diagnóstico:
Biópsia células polimorfonucleadas com invasão linfóide angiocentrica
TC/RNM de seios da face
Tratamento:
Radioterapia
Radioterapia + quimioterapia
HISTIOCITOSE DE LANGERHANS
Etiologia desconhecida
Crianças > adultos
Histologia: proliferação das células de langerhans, eosinófilos, macrófagos e linfócitos
Imunohistoquímica é positiva para o antígeno S-100
HISTIOCITOSE DE LANGERHANS
Granuloma eosinofílico: Idades entre 5 a 9 anos
Lesão osteolítica solitária
Mandíbula, maxila, crânio
Curso benigno com bom prognóstico
Tratamento: curetagem local + radioterapia
Doença de Hand-Schuller-Cristian Menores de 5 anos
Lesões multifocais (ossos, órgãos sólidos, pele)
Sintomas constitucionais
Tríade: lesões osteolíticas em crânio, exoftalmia e diabetes insipidus
Tratamento: radioterapia
HISTIOCITOSE DE LANGERHANS
Doença de Letterer-Siwe:
Menores de 2 anos
Doença disseminada esplenohepatomegalia, dermatites, proptose
Alta taxa de mortalidade
Tratamento: quimioterapia + radioterapia
Manifestações em cabeça e pescoço:
Otorréia, tecido de granulação ou pólipos em CAE, mastoidite aguda
Paralisia facial
Vertigem
SIALOMETAPLASIA NECROTIZANTE
Processo inflamatório das glândulas salivares menores
Benigna e auto-limitada
Etiologia desconhecida, associada a trauma e radiação
Homens > mulheres
Há edema ou úlcera indolor e unilateral em palato duro
SIALOMETAPLASIA NECROTIZANTE
Diagnóstico:
Biópsia com hiperplasia pseudoepiteliomatosa
Comumente confundida com mucoepidermose
Não é necessário tratamento
OBRIGADO!