doenças cardiovasculares e treinamento físico prof. dr. mateus camaroti laterza unidade de...
TRANSCRIPT
Doenças Cardiovasculares e
Treinamento Físico
Prof. Dr. Mateus Camaroti LaterzaUnidade de Investigação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício (CNPq)Faculdade de Educação Física e Desportos (FAEFID)Faculdade de Medicina (PPGsaúde)Unidade de Avaliação Física do Hospital Universitário (HU/CAS)Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)E-mail: [email protected]
3°) Alto Índice de Mortalidade
Em 1998 ocorreram 930.000 óbitos no Brasil
Lessa I. Rev Bras Hipertns.2001; 8:383-92.
27% 40%
Doença Arterial Coronariana
É uma das principais causas de mortalidade dentre as doenças cardiovasculares.
Doença Arterial Coronariana - DAC
Doença Arterial Coronariana - DAC
Heart Disease and Stroke Statistics – 2010 Update, American Heart Association
• 17,6 milhões de americanos com DAC;
• A cada 25 segundos um americano sofre evento coronariano;
• E a cada minuto 1 americano morre de IAM;
• Em 2010 gasto estimado foi de 177,1 bilhões de dólares.
Doença Cardiovascular
Saúde Brasil 2009. Ministério da Saúde do Brasil 2010
Doença Arterial Coronariana - DAC
Saúde Brasil 2009. Ministério da Saúde do Brasil 2010
Principais Problemas de Saúde Pública
No Brasil em 2008 do total de mortes, 8,9% foi devido ao IAM.
(Brasil- Ministério da Saúde, 2010)
Saúde Brasil 2009. Ministério da Saúde do Brasil 2010
Fluxo Sanguíneo
ANGINA
Infarto Agudo Miocárdio50%
Doenças Cardiovasculares e Fatores de Risco
• Idade.
• Sedentarismo.
Não Modificáveis
Modificáveis
• Infarto do Miocárdio• Insuficiência Cardíaca
• Gênero.• Etnia.
• Hipertensão Arterial.
• Obesidade.• Dislipidemia.• Diabetes.• Estresse e Depressão.• SAHOS.
• Síndrome Metabólica.• Síncope.
Circulation, 2007. 115;2761-2788
Circulation, 2007. 115;2761-2788
Doenças Cardiovasculares e Fatores de Risco
• Idade.
• Sedentarismo.
Não Modificáveis
Modificáveis
• Infarto do Miocárdio• Insuficiência Cardíaca
• Gênero.• Etnia.
• Hipertensão Arterial.
• Obesidade.• Dislipidemia.• Diabetes.• Estresse e Depressão.• SAHOS.
• Síndrome Metabólica.• Síncope.
Angioplastia
Revascularização
Diminuição do fluxo sanguíneo
Fluxo sanguíneo normalizado
Antes Depois
Revascularização
Reabilitação Cardiovascular
Reabilitação cardíaca tem sido definida como a “soma coordenada de intervenções necessárias
para garantir a melhor condição física, psicológica e social, de forma que o paciente
com doença cardiovascular crônica ou pós evento agudo possa, por seus próprios esforços,
preservar suas atividades na sociedade e, por meio da adoção de hábitos de vida saudáveis, diminuir ou mesmo reverter a progressão da
doença”.
Taylor RS et al. Am J.Med 116: 682, 2004
HISTÓRICO
1930/50: Repouso absoluto no leito1950/60: Sentar-se à beira leito1960/70: Imobilização reduzia a capacidade funcional em 20 – 30%1977: I Congresso Mundial de Reabilitação Cardíaca na Alemanha1982: I Simpósio de Ergometria e Reabilitação Cardiovascular
I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular. Arq Bras Cardiol 69:267, 1997
Cooksey JD. et al. (Am J Cardiol 42: 372-376, 1978)
Aumento do Limiar de Angina
3 Meses de CF
BRITSH REGIONALHEART STUDY
META-ANÁLISES
OLDRIGE et al
O`CONNOR et al
5934 pctes
4347 pctes
4554 pctes
Mortalidade por todas as causas
Mortalidade20 a 25%
Morte súbita37% no 1º
ano pós-IAM
--- ---
----
--
------
---
Oldrige NB et al. Compr. Ther 5: 59-66, 1991 Oldrige NB et al. JAMA 260: 945-50, 1988 O`Connor GT et al. Circulation 80: 234-43, 1989
Mortalidade x Reabilitação Cardiovascular
COMO O TREINAMENTO FÍSICO PODE LEVAR À MELHOR PERFUSÃO
CORONARIANA?
REGRESSÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA
Ornish D. et al. JAMA 280:2001-2007, 1998
1 year 5 years Baseline
N= 48 pcts CAD , intervenção n=28 e controle n=20Follow-up 5 anos (35 completaram 5 anos)Angiografia coronária pré, pós 5 anosIntervenção: Dieta, Controle de Estresse, Parar com Fumo e Exercício Físico - 3x/sem
REGRESSÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA
Intervenção
Controle
* p<0,005
Diâ
met
ro L
umin
ar A
rter
ial
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Progressão Inalterado Regressão
*
Atenuação da DAC após 1 ano
Intervençãon=32
Controle n=34
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Progressão Inalterado Regressão
*
Diâ
met
ro L
umin
ar A
rter
ial * p<0,005
*
Atenuação da DAC após 6 anos
Niebauer J, et al. (Circulation.1997;96:2534-41)
N=113 pcts CAD , 56 intervenção e 57 controlesFollow-up 6 anos (80% aderência após 6 anos)Angiografia coronária pré, pós 1 ano e pós 6 anosTF: 30min ciclo/dia em casa + 2 a 4 sessões em grupo/semDieta: orientação baixa gordura
Belardinelli et al. Circulation 1998; 97: 553
FORMAÇÃO DE COLATERAIS
TF x FLUXO CORONARIANO
Pacientes com DAC, pós IAM. TF em bicicleta, 6 x por dia (5 min de aquecimento, 10 de bicicleta, e 5 de relaxamento), durante 4 semanas. Intensidade: 80% da FC max Hambrecht et al. N Engl J Med 2000, 342(7): 454
CURSO TEMPORAL DOS MECANISMOS QUE AUMENTAM PERFUSÃO MIOCÁRDICA
Gielen et al. Circulation 2001, 103:e1-e6
DAC DAC + TREINAMENTO FÍSICO
Exercício Colateral Placa
CPE ?
Apoptose
CPE ?
Função Endotelial
Vasculogênese
Adaptado de Link A et al. Progress in Cardiovasc Dis, 48 (4): 270-284, 2006 CPE = células progenitoras endoteliais.
Mecanismos envolvidos na melhora daperfusão miocárdica após exercício físico regular
SUMÁRIO
QUAL A ORIENTAÇÃO DEEXERCÍCIO FÍSICO ADEQUADA
PARA A REABILITAÇÃOCARDIOVASCULAR?
Sistematização da Reabilitação Cardiovascular
Fase IV
Fase III
Fase II
Fase I
Cap
acid
ad
e
Fu
ncio
nal %
semanas
Ferraz e cols. 1997,59:507
50
60
70
80
90
100
0 a 1 8 a 12 12 a 48 > 48
FASES
FASE IDurante o Período de Internação
• TIPO DE ATIVIDADE:- hábitos pessoais: comer, tomar banho, exercícios passivos e ativos de membros para manter tônus muscular e mobilidade articular (<2 mets)
• FREQÜÊNCIA: - 3 - 4 vezes ao dia
Am College of Sports Medicine`s Guidelines 2000.
Am College of Sports Medicine`s Guidelines 2000
FASE IIDa alta Hospitalar até 2-3
meses
Negrão CE & Barretto AC. Cardiologia do Exercício, 2006
• TIPO DE ATIVIDADE:- Aeróbias
• DURAÇÃO: - máximo de 20 - 40 minutos
• FREQÜÊNCIA: - 3 vezes por semana
• INTENSIDADE: - 10bpm abaixo do limiar de isquemia - consumo de até 5 a 7 METS (40-50% FC reserva) - LA – 10% PCR
• TIPO DE ATIVIDADE: - exercícios aeróbios e de resistência muscular localizada para melhorar tônus muscular
• DURAÇÃO: - total de 20 a 60 min
Am College of Sports Medicine`s Guidelines 2000
Alfieri e col, Arq Bras Cardiol.1996,67(1):55
FASE IIIAtividade Supervisionada entre 3 e 12
meses
• FREQUÊNCIA: - 3 a 5 vezes por semana
• INTENSIDADE:- consumo > 7 METS (50-70% FC reserva)
- LA – 10% PCR
FASE IVAtividade Física não Supervisionada
Am College of Sports Medicine`s Guidelines 2000
• Tipo de atividade:
- exercícios de intensidade limitada pela capacidade funcional útil
Critérios Obrigatórios:
- capacidade funcional > 8 METS
- resposta hemodinâmica e eletrocardiográfica adequadas ao pico de exercício
- PA e FC controlados
- conhecimento sobre a doença e as respostas cardiovasculares frente ao exercício
Insuficiência Cardíaca
É uma síndrome clínica complexa de caráter sistêmico,
definida como disfunção estrutural e/ou funcional cardíaca que
ocasiona inadequado suprimento sanguíneo para atender as
necessidades metabólicas tissulares.
Definição de Insuficiência Cardíaca
III Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2009; 93:1-71.
ACC/AHA Guidelines. Circulation. 2009; 119:e391-e479.
0
5
10
15
50-59 >60 Idade (anos)
Prev
alên
cia
(%)
• 550.000 novos casos são diagnosticados a cada ano.
Prevalência da Insuficiência Cardíaca
ACC/AHA Guidelines. Circulation. 2009; 119:e391-e479.
Menor Qualidade de Vida
Implicações Clínicas
• Intolerância aos Esforços
• Desconforto Respiratório
III Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2009; 93:1-71.
O Treinamento Físico no Tratamento da
Insuficiência Cardíaca!
Aumento na Capacidade Funcional
Bocalini DS, et al. Clinics. 2008; 63:437-442.
Tempo Meses
VO2 pico (m
L/Kg/min)
Belardinelli R, et al. Circulation. 1999; 99:1173-1182.
Diminuição na Mortalidade e Hospitalização
Whellan DJ, et al. Am Heart J. 2001; 142:101-106.
Bocalini DS, et al. Clinics. 2008; 63:437-442.
Aumento na Qualidade de Vida
Desconforto Respiratório
Número de Hospitalizações
Índice de Mortalidade
Tolerância aos Esforços
Sumário
Treinamento Físico
Melhora da Qualidade de Vida
Quais os Possíveis Mecanismos Envolvidos nos Benefícios do
Treinamento Físico na Insuficiência Cardíaca?
Como Iniciar o seu Aluno/Paciente com Insuficiência
Cardíaca na Rotina dos Exercícios?
Avaliação Clínica
Avaliação da Capacidade Funcional
• Tipo de Exercício Aeróbio
• IntensidadeFC entre o LA – 10% do PCR50%-70% da FC de Reserva (Sedentários)60%-80% da FC de Reserva (Treinados)
• Tempo Mínimo de 10 - 40 minutos • Frequência 3 a 5 vezes/semana
Programa de Treinamento Físico para o Paciente com IC
III Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2009; 93:1-71.
ACC/AHA Guidelines. Circulation. 2009; 119:e391-e479.
InCor.
Sintomas
Pré Treinamento Físico Pós Treinamento Físico
•Falta de ar
•Sono ruim
•Cansaço físico intenso
•Tremores musculares
•Dependência Familiar
•Depressão Severa
•Sem falta de ar
•Noites bem dormidas
•Disposição física
•Controle muscular
•Independência Familiar
•Incentivador dos outros alunos
Relato de Caso