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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PODEROSA PARA
MELHORIA DO ENSINO
Por: Adriana Machado Fresen
Orientador
Prof.ª Mary Sue Carvalho Pereira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PODEROSA PARA
MELHORIA DO ENSINO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Tecnologia Educacional
Por: Adriana Machado Fresen
3
AGRADECIMENTOS
Obrigada, meu Deus, por ter me dado
forças nos momentos que eu
acreditava não ser mais capaz de
prosseguir.
Aos meus pais queridos, duas bênçãos
assemelham-se a uma bela melodia
tocando ao longe, me incentivando a
seguir. Com seus ensinamentos
aprendo a lutar por um ideal sem ferir
os meus princípios. Seus exemplos
trago comigo onde eu for e guardo-os
como meu bem mais precioso.
Aos meus irmãos, Sílvia Helena e
Renato Augusto que, mesmo de longe,
estiveram presente me incentivando.
Vocês são meu combustível, meus
amores.
Aos meus sobrinhos, Larissa, Lucas,
Maria Eduarda e Emanuel, crianças
adoráveis e admiráveis que com seus
sorrisos iluminam a minha vida e me
dão forças para prosseguir alcançando
meus objetivos.
4
A Mary Sue Carvalho Pereira,
professora Mestre, todo o meu carinho
e admiração. Obrigada por me orientar
na elaboração deste trabalho.
A Coordenadora de Gestão de
Pessoas, da Regional Baixadas
Litorâneas, professora Cláudia Helena
Carvalho Vieira (minha chefe).
Agradeço a compreensão, incentivo e
apoio durante a trajetória do curso.
A Gabriela Ribeiro Perez, obrigada,
amiga, pelo incentivo em fazer a Pós-
Graduação. Foi a primeira pessoa a me
dá apoio para fazer o curso que tanto
sonhava.
As amigas, Ana Luzia Machado, Leda
Teixeira Maia e Maria Goretti Teixeira
Maia. A vocês, meu carinho e eterna
gratidão pelo apoio e incentivo. Que o
Senhor as abençoe e guarde.
5
A Luciana Lutterback Farah, também
formanda. Agradeço a Deus por ter
colocado você na minha vida. Obrigada
por aceitar a fazer o Curso de Pós-
Graduação em Tecnologia Educacional
comigo. A sua companhia foi
fundamental durante toda essa
jornada.
A todos os meus amigos, os de perto,
os de longe, os que vejo todos os dias,
os que não vejo faz tempo, e até
aqueles que não foram citados aqui e
nem sabem o quanto são queridos e
necessários. Obrigada por estarem
comigo nos, momentos bons e nem tão
bons assim e, também, pelo privilégio
de chamá-los de amigos.
6
DEDICATÓRIA
Dedico, primeiramente, a Deus, pois sem
seu consentimento este trabalho não teria
sido realizado; os amores da minha vida:
meus pais, meus exemplos, meus portos
seguro, Délio Fresen e Vera Lúcia
Machado Fresen, pais plenos de amor e
sabedoria; a minha sobrinha e afilhada
Larissa Fresen Brazil, que com seu
coração de estudante, me dá forças para
alcançar mais uma conquista em minha
vida.
7
RESUMO
Este estudo teve como objeto os recursos tecnológicos capazes de
proporcionar ao corpo docente e ao corpo discente no processo ensino-
aprendizagem a construção do conhecimento. Durante a pesquisa, foi
constatada a falta de interesse, resistência ao novo por parte de alguns
professores e gestores escolares e falta de investimento em recursos
tecnológicos em algumas Instituições Escolares, dificultando às ações
educativas da tecnologia como ferramenta poderosa na melhoria do ensino,
com vistas à utilização das tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
na prática pedagógica.
De acordo com as ações das Políticas Públicas voltadas ao incentivo à
Tecnologia Educacional, é possível proporcionar aos docentes a formação
continuada promovendo a inclusão digital do professor, juntamente com a
valorização remuneratória da categoria para que possam adquirir o(s)
recurso(s) com o fruto de seu trabalho, investir na estrutura e nas mídias
disponíveis na escola para utilização dos docentes e inserirem no Curso de
Formação de Professores, disciplinas que ensinem e incentivem os futuros
professores no uso das mídias em sala de aula.
METODOLOGIA
8
Os métodos utilizados para abordar os benefícios das ferramentas
tecnológicas capazes de ajudar na melhoria do ensino e a falta de uso das
mesmas, foram pesquisados com base na leitura de livros, revistas, jornais,
sites e questionários preenchidos por alguns professores do Colégio Estadual
Comendador Valentim dos Santos Diniz- NATA, localizado em São Gonçalo-
Rio de Janeiro.
Antes de começar a produção da monografia, pesquisei no caderno, nas
disciplinas de Projetos Tecnológicos em Educação e Educação, Mídia e
Cibercultura, no qual os professores haviam informado algumas bibliografias
que estariam enriquecendo o Curso. Então comprei vários destes livros, fiz
assinatura das revistas Nova Escola e Exame Info, ambas da Editora Abril e li
jornais, como O Globo e a Folha de São Paulo.
Durante a produção da monografia, visitei o Instituto de Educação
Professor Ismael Coutinho, em Niterói, que foi fonte de inspiração no
desenvolvimento do meu trabalho. Lá, entrevistei o Professor Mário da
disciplina de Matemática, que utiliza com frequência o Laboratório de
Informática.
SUMÁRIO
9
INTRODUÇÃO 11
CAPÍTULO I - O Potencial Revolucionário das
Novas Tecnologias para a Educação 13
CAPÍTULO II – O Papel do Educador quanto
A Contemporaneidade, os Avanços, a Atualização 21
CAPÍTULO III – A Gestão da Escola Rumo ao Mundo Conectado 31
CONCLUSÃO 41
ANEXOS 42
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 50
FOLHA DE AVALIAÇÃO 51
INTRODUÇÃO
Há 30 anos seria impossível imaginar uma sala de aula sem o quadro
ou uma pesquisa escolar feita sem uma enciclopédia. Muito menos, que esses
instrumentos consagrados seriam substituídos por modernas lousas digitais e
inúmeras obras virtuais disponíveis na internet.
10
Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação, surgidas com a
revolução pós-industrial, fizeram acelerar e crescer imensamente o fluxo
comunicacional planetário. Nossos dias fartos de informação demandam cada
vez mais à escola a seleção, a pesquisa e a maturação de toda abundância
cotidiana, possibilitando a formação do cidadão globalizado e digitalmente
incluído. A Educação deve tornar-se um processo que proporcione a
construção de conhecimentos e não apenas o reproduza, deve buscar utilizar
as novas tecnologias como aliadas ao combate a uma sociedade desigual e
excludente e desenvolver-se com base em um currículo reelaborado para que
a escola contemporânea possa cumprir o papel de proporcionar um ambiente
democrático e inclusivo em uma nova sociedade tecnológica, proporcionando
aos atores envolvidos nesse processo novas formas de comunicação,
favorecendo a inteligência coletiva, em que educar para os meios de
comunicação e para a vida contemporânea significa também educar para a
cidadania.
As tecnologias não se dão de modo estanques, isoladas. Elas fazem
parte de todas as histórias possíveis e vividas pela humanidade, no seu curso.
Novas tecnologias trazem à sociedade algumas possibilidades, que
permitem uma reestruturação ampla dos objetivos de ensino e aprendizagem e
alguns caminhos para se chegar a uma escola mais dialógica e participativa
diante das mídias eletrônicas e digitais, suas linguagens e seus ecossistemas
comunicativos. O rádio, o jornal, o cinema, a televisão e agora os
equipamentos da chamada era digital – computadores e suas conexões via
internet. Estes aparatos impuseram/impõem grandes transformações sociais e
alteraram (e continuam alterando) profunda e irreversivelmente nossos mapas
cognitivos.
Desde pequena, a criança é educada em um determinado meio cultural
familiar, onde adquire conhecimentos, hábitos, habilidades e valores que
11
definem sua identidade social. Da mesma forma, a escola também exerce o
seu poder em relação aos conhecimentos e ao uso das tecnologias que farão a
mediação entre professores, alunos e os conteúdos a serem aprendidos. Já é
possível falar de um “novo espectador” acostumado cada vez mais com a
interação, com a participação e com a criação de novos conteúdos. Há
necessidade de que as escolas não descartem a possibilidade de formar
alunos conhecedores dos meios de comunicação a ponto de poderem interferir
nos produtos oferecidos por esses meios.
A plena incorporação das novas tecnologias e culturas nesse processo
também é essencial para os jovens do século 21. O Brasil tem hoje uma escola
do século 19 e um professor do século 20 para um aluno do século 21!
CAPÍTULO I
O POTENCIAL REVOLUCIONÁRIO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO
“Onde estão as fronteiras, senão nos limites de nossa própria visão?”
12
Frei Betto,1997
A sociedade, sua produção, seus valores, sua mídia precisam
ocupar seus espaços no cenário educativo, porém pautado no conceito
pedagógico da Tecnologia Educacional (TE), que se traduz, de acordo com a
Associação Brasileira de Tecnologia Educacional (ABT, 1982),
Em uma opção filosófica, centrada no desenvolvimento
integral do homem, inserido na dinâmica da
transformação social; concretiza-se pela aplicação de
novas teorias, princípios, conceitos e técnicas num
esforço permanente de renovação da educação.
Sendo a Educação e Tecnologias, indissociáveis, temos outra
definição, segundo o dicionário Aurélio, a educação diz respeito ao:
“Processo de desenvolvimento da capacidade física,
intelectual e moral da criança e do ser humano em geral,
visando à sua melhor integração individual e social”.
É preciso formar alunos para trabalhar em grupos e em redes,
favorecendo a integração e a constituição de conhecimentos e valores, ou
seja, que se utilize a educação para ensinar sobre as tecnologias que estão na
base da identidade e da ação do grupo e que se faça uso delas para ensinar
as bases dessa educação.
1.1 – Geração Nova Sala de Aula
13
O rádio, o jornal, o cinema, a televisão e agora os equipamentos da
chamada era digital, impuseram (e ainda impõem) grandes transformações
sociais e já foram acusados de disseminarem exclusão ou desigualdades e,
quase sempre, estão no centro de grandes debates sobre a inclusão social, as
possibilidades de uso, seus malefícios e/ou benefícios à sociedade e, em
especial, à Educação. As novas tecnologias não são simplesmente
ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos.
De acordo com Nelson Pretto (2011), a tecnologia não pode ser vista
como uma ferramenta auxiliar para realizar o mesmo tipo de ensino. Ela nos
traz uma nova forma de organizar a produção de conhecimento. Um
computador e um software apenas facilitam a comunicação e a informação.
Quem os transforma em material didático é o professor qualificado. Por isso, o
docente tem de ser um hacker do bem e explorar a rede até que fique imerso
na cibercultura. Só assim, ele enxergará os novos recursos como ferramentas
educacionais e como instrumentos para adaptar a sua realidade e a sua
necessidade.
É certo que mudanças tecnológicas têm ocasionado mudanças em
praticamente todas as esferas de nossas vidas, e, estando o processo
pedagógico inserido nesta dinâmica de transformações sociotécnicas, é
importante inseri-lo nas reflexões que envolvam mudanças na sociedade.
Sendo as novas tecnologias o habitat dos nossos alunos, elas podem
colaborar no processo de ensino e aprendizagem. Crianças e jovens
constituem o público mais afeito às novidades tecnológicas, especialmente
aquelas que lhes abrem novos conteúdos e disponibilizam esses conteúdos
em formatos mais atraentes e permitem-lhes exercer a interatividade. O uso
das TICs deve acontecer na sala de aula, justamente onde ocorre o contato
com os alunos.
Os recursos estão disponíveis e assumem atualmente formas de
lousas digitais, notebooks e outros equipamentos portáteis de informática, ou
14
sistemas capazes de permitir aos professores o gerenciamento on-line do
conteúdo aos alunos, vinculados a um projeto pedagógico, podem ser
extremamente eficazes, se tornando um instrumento a mais para a
aprendizagem, assim como o livro.
O jovem de hoje é formado na linguagem das novas tecnologias, e é
preciso uma relação direta entre atividade didática e a cultura na qual as
pessoas estão inseridas, favorecendo a integração e a constituição de
conhecimentos e valores.
O aluno de hoje faz parte da cibercultura, e é fundamental que a sala
de aula se adeque a essa realidade. As modernas possibilidades de utilização
da tecnologia na atividade pedagógica parecem representar apenas um passo
inicial em um processo de inevitável transformação do modelo tradicional da
sala de aula, ainda fundamentado no discurso oral do professor e no quadro-
negro. Adequado a uma conjuntura predominante há algumas décadas, na
qual o maior mérito de um estudante era conseguir realizar da melhor maneira
possível tarefas sempre repetitivas, esse modelo não condiz com a atual
realidade do mercado de trabalho. Hoje, é necessário criatividade e
capacidade de colaboração, daí a importância das novas tecnologias.
Embora não seja simples projetar tendências em um contexto
tecnológico que evolui aceleradamente, pode-se ao menos prever, na sala de
aula do futuro, a utilização de equipamentos de informática cada vez menores,
e o uso mais intenso da imagem. Nesse quesito da imagem, fica até difícil
imaginar as inúmeras possibilidades que se abrirão quando melhorarem os
equipamentos de projeção holográfica. A sala de aula do futuro que se delineia
deve incluir, juntamente com lousas digitais e equipamentos portáteis para os
alunos, acesso rápido à web, para que o trabalho não fique restrito ao
conteúdo existente em sala, ampliando as possibilidades de trabalho do
professor e oportunidades de acesso ao conhecimento por parte dos alunos.
15
Formar um cidadão de um mundo cada vez mais dinâmico e
globalizado, que possa se apropriar de forma crítica e autônoma desses novos
meios de comunicação, tornou-se dos grandes desafios para a Educação em
uma sociedade dita da informação e do conhecimento, o que nos remete às
ideias de Kenski (2008,p.41):
“Um saber ampliado e mutante caracteriza o estágio do
conhecimento na atualidade. Essas alterações refletem-
se sobre as tradicionais formas de pensar e fazer
educação. Abrir-se para novas educações, resultantes de
mudanças estruturais nas formas de ensinar e aprender
possibilitadas pela atualidade tecnológica é o desafio a
ser assumido por toda a sociedade”.
1.2 – Alunos da Geração Digital, Conhecidos Como Nativos
Digitais
Participar e ser cidadão na era digital é mais do que estar conectado
e consumir a distância. É atuar no ciberespaço com a perspectiva
comunitária e política, que segundo (Lemos, 2004, p.24):
“O capital social pode ser dinamizado a partir de um
‘Portal da Cidade’ com diversas informações sobre ONGs,
implementação de fóruns de debates, livres ou induzidos,
por regiões, áreas de chats, propiciar a transparência
informativa, disponibilizar serviços on-line e informações
16
que incentivem a participação política do cidadão; deve-
se também incentivar a construção de telecentros em
instituições e centros comunitários, com terminais de livre
acesso, e-mail grátis para todos, buscando lutar contra a
exclusão digital. O objetivo é colocar os grupos sociais e
indivíduos em sinergia, utilizando o potencial do
ciberespaço como vetor de agregação social”.
As crianças e jovens da geração digital tem muitas histórias para
contar. A vida social dos nativos digitais online, também conhecidos como
geração digital é tão ou até mais importante que aquela que ocorre
presencialmente. No mundo virtual, eles contam suas preferências, fortalecem
relações e organizam eventos. Diante disso, há uma identidade que se constrói
no universo digital e é representada por textos, imagens e outros conteúdos
apresentados nas interações. Os alunos de hoje são muito diferentes dos de
ontem, lidam com os aparatos modernos com extrema desenvoltura, como se
fossem parte deles, como se tivessem sempre lidado com computadores e
vídeo games. Os membros da geração Web jogam PlayStation, DS e Wii,
pesquisam na Internet, falam pelo MSN, Facebook e participam do Orkut. Eles
utilizam também, com facilidade, as inúmeras ferramentas disponíveis na Web
2.0: Twiter, Skype, Google, Flickr, Youtube, Delicious, Blogs, Wikis, Podcasts,
ambientes de realidade virtual etc., que não foram produzidas originalmente
para uso pedagógico, mas estão revolucionando a educação. A escola precisa,
enfim, garantir aos alunos cidadãos a formação e a aquisição de novas
habilidades, atitudes e valores, nos colocando em um novo contexto de
conectividade, velocidade e cooperação, para que possam viver e conviver em
uma sociedade em permanente processo de transformação, dando liberdade
para que possam criar oportunidades e serem sujeitos da própria existência.
A tecnologia aproxima a escola da realidade desta geração que
praticamente nasceu sabendo usar tudo o que é tecnológico e se transforma
em um intermediário atraente, que ajuda a motivar os alunos.
17
Segundo Cortella (2011), “os alunos não são mais alunos”. Os
estudantes de hoje, preferem caminhos mais rápidos, menos tortuosos, mas
isso aliado a essa sociedade “fast food” em que vivemos e que acabamos
experimentando, como: “ o que você tem pronto hoje para me passar?” Esses
estudantes ao chegarem à sala de aula já assistiram mais de cinco mil horas
de televisão, jogaram vídeo games, possuem celulares de alta tecnologia.
O professor deve estar atento às mudanças e reorientar o ensino
alterando o que for necessário e preservar do modelo tradicional o essencial. O
professor não pode abrir mão do plus comunicacional oferecido pelas novas
tecnologias. Prevalece ainda hoje, o modelo tradicional de educação baseado
na transmissão para memorização, ou na distribuição de pacotes fechados de
informação ditas “conhecimento”. Há cinco mil anos a escola está baseada no
falar-ditar do mestre e na repetição do que foi dito por ele. Paulo Freire, maior
educador brasileiro, criticou intensamente esse modelo educacional. Ele dizia:
a educação autêntica não se faz de A para B, mas de A com B mediados pelo
mundo e de que o professor hoje (na sala de aula presencial e a distância)
está diante de um novo espectador, o aluno da chamada geração digital, que
emergem com a cibercultura e terão cada vez menos interesse na Pedagogia
da Transmissão.
As competências e habilidades dos alunos da geração net estão
mudando, pois estão cada vez menos passivos perante a mensagem fechada
à intervenção, pois aprenderam com o controle remoto da televisão, com o
joystick do vídeo game e agora com o mouse. Eles modificam, produzem,
partilham. O movimento vem de fora das escolas e é ela que, cada vez mais
sofrerá consequências. Como diz Tapscott (op. cit.), eles se comportam como
ativos pesquisadores de informação e não “recipientes”. São inquietos e
preferem descobrir sozinhos a seguir linearmente os passos planejados por
outrem para chegar às aprendizagens. Reunidos nas redes em grupos em que,
muitas vezes, preservam suas identidades reais, os jovens da geração digital
também aprendem entre si, em articulações múltiplas ou grupos organizados,
18
nos quais se encontram online regularmente, ainda que estejam em locais
diferentes da cidade, do país e do mundo, possuindo como características
marcantes a quebra de paradigmas e premissas estabelecidos, a busca da
satisfação imediata e o acesso a todo tipo de informação de forma irrestrita e
instantânea.
Segundo Marc Prensky (2001), os nativos digitais são os jovens que
nasceram com a tecnologia e são fluentes na linguagem digital dos
computadores, dos jogos eletrônicos e da Internet. Esse grupo nos desafia a
repensar nossa prática pedagógica, seja na educação desses nativos digitais,
seja na formação inicial e continuada dos professores imigrantes digitais, que
não nasceram no contexto sócio-histórico e cultural das tecnologias digitais e
que com emergência dessas tecnologias, migraram para esta nova mídia.
Como radiografia de um nativo digital, destaca-se a socialização, o
foco, a rapidez, a leitura, as multitarefas e vários rumos. O ciberespaço integra
seu cotidiano. É nele que compartilha suas histórias e os conhecimentos
adquiridos. Concentra-se no que lhe interessa. Caso tenha um videogame por
perto, o restante fica sem atenção. Acostumado a encontrar informações
rapidamente e a acessá-las de maneira fragmentada. Lê menos livros, mas
80% de suas ações na internet envolvem leitura, o que também rende
intimidade com o inglês. Com a tecnologia, executa mais de uma tarefa ao
mesmo tempo. É capaz de ler e ouvir música, por exemplo. Em vez de um
único projeto de vida, possui vários planos a curto e médio prazo, de diferentes
naturezas.
É necessário seguir alguns passos para dar uma aula tecnológica para
esse novo aluno. Em fase de preparação, o professor deve planejar bem a
aula, com propostas consistentes. E, quando possível, estabelecer uma
produção final resultante do uso da tecnologia. Com a participação dos alunos,
torna o conteúdo mais interessante que o computador, envolvendo os alunos e
estimulando o debate sobre os temas que estão sendo trabalhados. Para um
19
bom desenvolvimento da aula, organizar as carteiras em forma de “U”, com os
alunos voltados para a parede, tendo assim a visão de todas as telas.
Segundo Samantha Kutscka (2012), dentro de cinco anos, os alunos
deverão ter acesso a todo tipo de tecnologia, incluindo tablets, games de
última geração e conexão de internet 3G. No início, os professores vão frear o
uso dos equipamentos que não sejam reconhecidamente educativos, mas com
o tempo os docentes passarão a explorar essas tecnologias de forma correta e
contextualizada. Em dez anos, então, devemos ter uma escola completamente
diferenciada do que existe hoje, onde a tecnologia permita a construção
coletiva do conhecimento e a disseminação dele dentro de uma grande rede.
CAPÍTULO II
O PAPEL DO EDUCADOR QUANTO A
CONTEMPORANEIDADE, OS AVANÇOS,
A ATUALIZAÇÃO
O principal recurso do professor é a postura reflexiva, sua capacidade de
observar, de regular, de inovar, de aprender com os outros, com os alunos,
com a experiência.
Philippe Perrenoud, in Revista NOVA ESCOLA, setembro de 2000
Para que todos possam ter informações que lhes garantam a utilização
confortável das novas tecnologias é preciso um grande esforço educacional
geral. Como as tecnologias estão em permanente mudança, a aprendizagem
por toda vida torna-se consequência natural do momento social e tecnológico
em que vivemos. Já não há um momento determinado em que qualquer
20
pessoa possa dizer que não há mais o que aprender. Ao contrário, a sensação
é a de que quanto mais se aprende mais há para estudar, para se atualizar.
Desde que as tecnologias de comunicação e informação começaram a
se expandir pela sociedade, aconteceram muitas mudanças nas maneiras de
ensinar e aprender. Independentemente do uso mais ou menos intensivo de
equipamentos midiáticos nas salas de aula, professores e alunos tem contato
durante todo o dia com as mais diversas mídias. Guardam em suas memórias
informações e vivências que foram incorporadas das interações com filmes,
programas de rádio e televisão, atividades em computadores e na internet.
Informações que se tornam referências, ideias que são capturadas e servem
de âncora para novas descobertas e aprendizagens, que vão acontecer de
modo mais sistemático nas escolas, nas salas de aula. Um programa de TV, a
notícia no telejornal, a campanha feita pelo rádio, mensagens trocadas na
internet e no celular, jogos interativos de todos os tipos são fontes de
informações e de exemplos que ajudam a compreensão de conteúdos e a
aprendizagem.
É muito raro nos dias de hoje encontrar um jovem que não possua
conhecimento acerca da Internet ou um perfil em alguma rede social. As
crianças e adolescentes do século XXI, também conhecidas como geração Y
ou nativos digitais, têm em suas vidas ligação com o ambiente virtual. Para não
desperdiçar esses talentos que surfam nessa forte onda tecnológica, muitos
professores têm incluído em suas metodologias essa nova ferramenta. Criando
técnicas para tentar atrair o aluno para o conhecimento.
E não são apenas os professores que aprovam o uso da Internet e das
redes sociais dentro da sala de aula. Alunos que passaram pela experiência de
aprendizado com o auxílio dessas ferramentas dizem que a aula se torna mais
dinâmica e prática, já que eles podem ver a teoria aplicada em casos do dia a
dia de cada um deles. “É o que faltava aos interessados, e é um desafio aos
desinteressados.” Diante da perspectiva do uso das novas tecnologias em sala
21
de aula, destaca-se o depoimento da aluna Fernanda Sayuri, 9 anos, da
Escola Municipal Padre Serafim Martinez Guiterrez:
“Nossa professora criou um blog. A gente escreve as
poesias e ela publica. Antes, eu não gostava muito de
escrever. Mas, agora, como sei que será publicado e
minha família vai ler, até gosto. Faço uma poesia quase
todos os dias, e nem vale nota.”
Segundo Leite (2008, p. 70) (...) a primeira grande etapa para que a
aproximação da educação e da comunicação se efetive com sucesso constitui-
se na compreensão de ver e ouvir, interagir com a mídia, sem cobrança
educativa e, a partir de sua adequação à proposta pedagógica em questão,
integrá-la ao processo educativo em consonância com a abordagem da
Tecnologia Educacional. Para isso, um dos grandes desafios reside no papel
do professor, uma vez que essa iniciativa só vai ter sucesso se ele, a partir
desta compreensão, e imerso em um contínuo processo de alfabetização
tecnológica para “lançar mão do que há de oportuno em cibercultura a fim de
favorecer o salto de qualidade necessário em Educação, que lhe permita
conhecer mais e melhor a cada dia as mídias, irá fazer individualmente e com
seus alunos uma leitura crítica das mesmas e do entretenimento da
contemporaneidade, dando-se conta das mudanças paradigmáticas em
informação e comunicação que se operam em nosso tempo buscando
expandir possibilidades e estimular aprendizagens.
A agonia da Pedagogia tradicional da transmissão torna a sala de aula
cada vez mais sem atrativos, tornando-se necessário que o docente utilize as
possibilidades geradas pelas novas tecnologias para ser mais que instrutor, ser
um “mobilizador das inteligências múltiplas e coletivas na experiência do
conhecimento” (Silva, 2003, p.13).
22
Formar o cidadão de um mundo dinâmico e globalizado e incluído na
sociedade tecnológica, ainda é a escola, e em especial a escola pública, um
local privilegiado para a democratização do acesso a um mundo globalizado e
tecnológico. As razões para incorporar as novas tecnologias às práticas
educativas devem estar em consonância com a adequação do sistema escolar
às características da sociedade da informação; preparação de crianças e
jovens para as novas formas culturais digitais; incremento e melhoria da
qualidade dos processos de ensino; inovação dos métodos e materiais
didáticos, entre outros.
Segundo Helena Mendonça (2012) com a chegada da tecnologia na
escola, o professor consegue aprimorar algumas práticas importantes. Entre
elas, está lidar com a diversidade dos alunos, que apresentam diferentes
ritmos de aprendizagem. Ao preparar seu material, o docente consegue passar
uma atividade para as crianças mais rápidas e outra para as que demoram um
pouco mais e, assim, oferecer uma ajuda ainda mais direcionada a elas.
Não basta usar a televisão ou o computador, é preciso saber usar de
forma pedagogicamente correta à tecnologia escolhida. O que vai fazer a
diferença qualitativa é a capacidade de adequação do processo educacional os
objetivos ao encontro do desafio de aprender.
O verdadeiro educador é aquele que sabe conduzir seu aluno na busca
e no acesso à informação necessária de modo que possa orientá-lo no
processo de construção de conhecimento, interagindo com o seu aluno
enquanto ser humano que tem sensibilidade para perceber e atender às suas
necessidades e aos interesses pessoais, estimulando a participação criativa,
considerando suas disposições sensoriais, motoras, afetivas, cognitivas,
culturais, intuitivas etc. Assim Moran (2001) lembra de que ensinar e aprender
são os desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas e
particularmente agora que estamos pressionados pela transição do modelo de
gestão industrial para o da informação e do conhecimento.
23
A introdução das novas tecnologias em sala de aula está apoiada em
três condições básicas, pois convertem as escolas em espaços mais eficientes
e produtivos; conectam a formação com as necessidades da vida social e
preparam os alunos para a atividade profissional do futuro.
De acordo com a pesquisa realizada pela Fundação Victor Civita
(2009), o uso do computador e da Internet na escola, trouxeram muitas
vantagens na Educação, tais como: 78% maior exploração dos temas e
conteúdos, 67% aumento da motivação dos alunos e dinamização das
aulas,64% maior interação entre os alunos, 63% melhoria da aprendizagem,
60% maior interação entre os alunos e os professores, 53% maior interação
entre os professores, 50% cumprimento do conteúdo curricular e 46% aumento
da motivação dos professores.
2.1 – Políticas Públicas para Inclusão Digital nas Escolas
“Só é possível o desenvolvimento de uma nação a partir do amadurecimento
de Políticas Públicas que visem à Educação como “agente modificador da
sociedade”.
Alvim Antônio de Oliveira Netto
Em tempos de cibercultura, é imprescindível investir mais em políticas
públicas de inclusão digital que é necessária e de extrema importância na
Educação, não só para os estudantes da escola básica, mas também para os
professores em formação inicial e continuada e na formação dos usuários de
modo que entendam efetivamente o novo paradigma trazido pelo digital de
fato, e a Internet perderá a perspectiva democratizante.
Mas além de dominada, as ferramentas precisam ser utilizadas
pedagogicamente, e explorar esse potencial pedagógico das novas tecnologias
24
é justamente um dos grandes desafios da educação do século XXI. Somos
todos verdadeiros bandeirantes nessa floresta tecnopedagógica.
As imposições de mudança na ação docente precisam ser
acompanhadas da plena reformulação do processo educacional. Alunos,
professores e tecnologias interagindo com o mesmo objetivo geram um
movimento revolucionário de descobertas e aprendizados, salientando a
importância de implementação de políticas públicas que possibilitem subsídios
ao docente a fim de lhe proporcionar acesso ao domínio técnico, pedagógico e
crítico das novas ferramentas, em especial às relacionadas ao uso do
computador e da Internet.
Segundo Silva (2003, p.13) não podemos negar que encontramos
profissionais dispostos a implementar mudanças e que, muitas vezes, se
questionam até quando sustentarão o modelo educacional de transmissão de
conhecimentos considerado como obsoleto, principalmente com o advento da
cibercultura.
O desafio da profissionalização docente no Brasil para que sejam
desenvolvidas políticas públicas que visem à inclusão digital do professor e de
seu aluno onde a necessidade de uma política global de formação e
valorização do magistério tem sido defendida pela UNESCO (2007) como
forma de obter uma adequada preparação para que estes profissionais se
sintam aptos a lutar contra a evasão e o fracasso escolar, assim como
poderem conhecer formas de utilizar as novas tecnologias como aliados para
esta árdua tarefa e que esse profissional se sinta à vontade e fortalecido na
sua tarefa diária de mediação do conhecimento, a fim de tornar o conjunto do
Sistema de Ensino mais equânime, democrático, inclusivo, interativo e
qualificado.
Segundo Lévy (2008), toda e qualquer política de educação deverá
levar em consideração os novos suportes de informação e comunicação e
25
proporcionar aos atores envolvidos no processo educacional uma formação
que lhes permita evitar posicionamentos extremistas com relação ao uso das
novas tecnologias, pois eles podem proporcionar mudanças na forma de
trabalho do professor no novo mundo da cibercultura, onde o docente deixa de
ser apenas um dispensador de conhecimentos e passa a ser um animador da
inteligência coletiva. De acordo com o Livro Branco (Brasil,2002) elaborado
pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, propõe uma série de políticas de curto
e longo prazo que possam inserir o Brasil no atual contexto de rápidas e
profundas transformações, imensos desafios e demandas por que passa o
mundo. De acordo com o documento, não é aleatória a ênfase conferida nos
últimos anos à inovação, “nesta virada do século XXI, em que emergem as
chamadas Economia do Conhecimento e Sociedade da Informação,
levantamos a bandeira da Inovação procurando superar barreiras históricas
que obstruem o processo inovativo no País” (p.11). Em um era marcada pelo
impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), torna-se cada
vez mais estratégia de manutenção da soberania nacional produzir
conhecimentos e transformar tais conhecimentos em inovações nas esferas
econômica e social.
“A construção de um País não se faz se educação, e nenhuma nação
atingiu níveis de desenvolvimento humano sem um investimento específico
destinado para esse fim”.
“A formação continuada dos educadores, a animação permanente
desses heróis silenciosos que fazem milagres pelo Brasil é um imperativo que
clama aos que tem consciência e militam na educação, não importando o
espaço que a liderança de cada um atinge”.
2.2 – Formação de Professores para o Século XXI
26
”A educação precisa de pessoas com os olhos no futuro. Sem elas,
continuaremos a repetir velhas fórmulas do passado, em que professores dão
aula e os alunos copiam”.
Maurício Garcia
A exigência do mercado de trabalho de que o trabalhador se atualize e
esteja em constante adaptação a novas realidades é analisado por Sennet
(2007) como:
“Um novo paradigma mercadológico, em uma sociedade
cada vez mais dinâmica, como a que vem se
descortinando, as pessoas passivas “murcham”, e, no
presente, cada vez mais “flexível e fragmentado, talvez
pareça possível criar narrativas apenas sobre o que foi, e
não mais narrativas precisas sobre o que será”.
A formação de professores e de seus alunos demanda com urgência a
preparação para superação da separação social de “inforricos” e “infopobres”
na era digital. Será eficaz em nosso tempo se desenvolver efetivamente a
participação cidadã na Web. Há os excluídos digitais, há aqueles que
apresentam desenvoltura instrumental no tratamento com as tecnologias
digitais e com a Web e há, finalmente, a cibercidadania. Doravante a função
social da educação é elevar o animal humano à cibercidadania, precisando
começar pela sua própria inclusão digital. As pessoas precisam atualizar seus
conhecimentos e competências periodicamente, para que possam manter
qualidade em seu desempenho profissional.
O curso de formação de professores, precisa inserir o uso de recursos
das tecnologias digitais como simulações de todos os tipos garantindo
vivências, transformações no comportamento, aquisição de novas
27
competências, telepresença, realidade virtual e inteligência artificial instalando
um novo momento no processo educativo.
A formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo
quadro de complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que
inclui, entre outros, um razoável conhecimento de uso do computador, das
redes e de demais suportes midiáticos (rádio, televisão, vídeo, por exemplo)
em variadas e diferenciadas atividades de aprendizagem. É preciso saber
utilizá-los adequadamente. Identificar quais as melhores maneiras de usar as
tecnologias para abordar um determinado tema ou projeto específico ou refletir
sobre eles, de maneira a aliar as especificidades do “suporte” pedagógico (do
qual não se exclui nem a clássica aula expositiva nem, muito menos, o livro) ao
objetivo maior da qualidade de aprendizagem de seus alunos.
As escolas avançam no processo de utilização da tecnologia como
ferramenta pedagógica. Esse avanço teve início com a estruturação dos
laboratórios de tecnologia, chegou às salas dos professores, e em alguns
casos, já atinge a disponibilização de terminais em sala.
Segundo Morgado (2011), que prevê: Teremos depois as redes sem fio
para acesso pelos alunos munidos de notebooks, servidores de material
didático, e a ubiquidade proporcionada pelas salas virtuais.
Com a finalidade de preparar o futuro professor para a escola do
século XXI, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, já está
inserindo na grade curricular do Curso de Formação de Professores- Curso
Normal- Ensino Médio Profissionalizante a disciplina Tempos para Ênfase no
PPP/Integração das Mídias e Novas Tecnologias/Libras, possibilitando ao
corpo discente ter as mídias como parceiras no processo de aprendizado. Os
profissionais da sociedade do conhecimento têm a necessidade de tomar
contato com as novas realidades do mercado e das tecnologias disponíveis
28
tornando-se, hoje, parte de um vasto instrumental historicamente mobilizado
para a educação e aprendizagem.
Formar o docente para a utilização das novas tecnologias, de acordo
com Perrenoud (2008, p.128) pode ser entendido da seguinte maneira:
“Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento,
o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as
faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a
capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a
análise de textos e de imagens, a representação de
redes, de procedimentos e de estratégias de
comunicação”.
Formar um cidadão de um mundo dinâmico e globalizado é uma das
tarefas do profissional que atua em uma escola cada vez mais sem atrativos.
Caberá ao profissional, construir redes e não rotas, permitindo a integração
ensino/aprendizagem de forma colaborativa, continuada, individualizada e
amplamente difundida. O professor assume o papel de Educomunicador,
utilizando as mídias (vídeo, cinema e outros) e ao mesmo tempo mediando o
aluno na construção do conhecimento.
29
CAPÍTULO III
A GESTÃO DA ESCOLA RUMO AO MUNDO
CONECTADO
“As escolas serão na interação social o elemento fundamental da construção
do conhecimento e na definição das identidades sociais e individuais”.
João Pedro da Ponte.
A escola é instituição social da maior importância. O papel da escola
na sociedade da informação é preparar para a vida, refletindo sobre o cotidiano
atual, mediando o processo de ensino/aprendizagem, possibilitando o aluno a
passar pela zona de desenvolvimento proximal. É ali que se formam os
quadros de profissionais que, mais do que dar vida, continuidade e inovação à
produção, irão formar um exército de usuários para o consumo de bens e
serviços da informação.
No projeto de uma escola nova, democrática e inclusiva, além de
flexíveis currículos e ambientes propícios à interação, é imprescindível a
previsão de investimentos em capacitação de professores para o domínio
técnico e crítico de projetos educacionais que proporcionem não apenas bons
índices estatísticos, mas também que resultem de fato em aprendizagens
relevantes para o seu corpo docente e discente. É importante também que o(s)
gestor (res) das unidades escolares estejam inseridos no mundo conectado,
em que a integração das tecnologias de informação e comunicação na escola
vá além da implantação dos laboratórios de informática, sendo necessário que
façam parte do projeto político-pedagógico da escola, para que sejam
30
utilizadas como potencializadoras na construção do conhecimento e não como
instrumento ou ferramenta de uma velha educação travestida de uma
roupagem nova.
Visando colaborar com a preparação dos gestores para a inovação
tecnológica, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, trabalha
com um Programa integrado de informações educacionais “Conexão
Educação”, onde em cada link é possível centralizar os dados de toda a rede,
contribuindo para ações gerenciais de toda a rede. Inclusive dando acesso aos
pais dos alunos a acompanharem o processo de ensino/aprendizagem dos
seus filhos, através do site www.educacao.rj.gov.br.
Segundo Libâneo (2011) a escola precisa deixar de ser meramente
uma agência transmissora de informação, e transformar-se num lugar de
análises críticas e produção da informação, em que conhecimento possibilita a
atribuição de significado à informação.
Educar para a inovação e a mudança significa planejar e implantar
propostas dinâmicas de aprendizagem, em que se possam exercer e
desenvolver concepções sócio-históricas da educação nos aspectos cognitivo,
ético, político, científico, cultural, lúdico e estético em toda a sua plenitude e,
assim, garantir a formação de pessoas para o exercício da cidadania e do
trabalho com liberdade e criatividade.
As escolas estão em tempos de mesclar a utilização de recursos
tecnológicos que podem ser integrados à prática pedagógica, para que esta
realidade signifique uma fase de transição rumo a um futuro onde os medos e
as inquietações de nossos dias tenham definitivamente cedido espaço à escola
competente no que diz respeito à utilização da tecnologia, integrada à
sociedade contemporânea e às novas possibilidades comunicacionais que
produz, ou seja, uma escola em que caiba o mundo. Quem enxerga Educação
com esses olhos pode perceber que as novas tecnologias podem propiciar a
31
ampliação da comunicação para além dos limites físicos do ambiente escolar,
o que, com a devida análise crítica, pode, e acreditamos nisso, auxiliar o
processo de construção de conhecimento.
3.1 – Reestruturações Curricular Desafio para a
Educação
Grande reformulação curricular deve ser implementada assim como os
investimentos na formação do professor e na aquisição de tecnologias,
favorecendo sintonia do processo ensino – aprendizagem com a vida
contemporânea, para que os ambientes educacionais estejam aptos a receber
gerações de alunos acostumados com as Tecnologias de Informação e
Comunicação.
Marinho (2006,p.10) afirma que:
“Precisamos ver a questão do currículo em uma dimensão
mais contemporânea”.
Essa afirmação pode significar repensar a escola para uma nova
Educação, focada na sua função social em uma sociedade globalizada e
mergulhada na informação, mas que continua excludente e discriminatória.
Deve o currículo ser encarado como um dos componentes fundamentais do
projeto político-pedagógico de qualquer escola, em qualquer nível, inclusive ( e
com primordial atenção) na formação dos docentes.
Essas alterações nas estruturas escolares caracterizam-se como
desafios para a educação e, sobretudo, requerem novas concepções para
abordar conteúdos, novas metodologias de ensino e novas perspectivas para a
ação de professores, alunos e todos os profissionais da educação.
32
Segundo Silva (2007, p.73) caberá ao profissional da educação:
“Construir uma rede e não uma rota, desenvolver
currículos que se apresentem como territórios a serem explorados, sem abrir
mão de indispensáveis conteúdos”.
O currículo gera previsibilidade de um conjunto de
disciplinas que devem ser desenvolvidas em um determinado tempo, com uma
determinada segurança e aproveitamento.
O esforço do professor só terá êxito se houver uma
adequação à realidade do século XXI daquilo que se ensina, pois a
desatualização ainda preocupa, pois para revertê-la, é necessário trabalhar ao
mesmo tempo com formação continuada, transformação de currículos e
programas e compreensão da linguagem adequada aos novos modelos.
3.2 – Recursos Ideais para Trabalhar em Todas as
Disciplinas
“O que eu escuto, eu esqueço; o que eu vejo, eu lembro; o que eu faço, eu
compreendo.”
Confucius(451 a.C.)
Para o bom uso do laboratório de informática e das tecnologias mais
amplamente utilizadas (livros, vídeos, televisão, data show) é necessário
adequá-las aos conteúdos, pois ampliam o espaço da sala de aula, sendo
preciso um planejamento adequado. A simples apresentação de um filme,
slides, programas de televisão, vídeos do youtube, sem nenhum tipo de
trabalho pedagógico anterior ou posterior à ação, desloca professores e aluno
para uma forma receptiva e pouco ativa de ensino. Novas informações
33
adentram a sala de aula e, diante de um público receptivo, informam, atuam,
movimentam emoções e reflexões.
Na escola a interatividade ultrapassa o discurso e se instala, quando
se disponibiliza, utiliza as diversas tecnologias com um propósito, ou seja, com
um objetivo de levar os alunos a produzirem, a participarem de forma que
criem, recortem, tenham envolvimento como o “objeto”, tentando dar opiniões,
modificando conceitos pré-estabelecidos. Na sala de aula interativa, a
aprendizagem se faz associando a co-criação da comunicação entre emissor e
receptor, nos demonstrando a importância da metodologia no processo ensino-
aprendizagem.
O “espaço sagrado” dos computadores não permitia a convergência
com outras mídias, a exemplo de livros, revistas, televisão, materiais
concretos. Educadores críticos começaram a denunciar os problemas
pedagógicos e anunciaram novos usos e práticas com o computador nas
escolas. Começaram a circular no meio acadêmico os conceitos de
“Informática educativa” e “softwares educativos”, ou seja, recursos utilizados
para facilitar o processo ensino e aprendizagem com o uso da informática para
além da sua instrumentalidade. Neste sentido, o computador é utilizado no
tratamento específico dos conteúdos escolares, integrando-se ao currículo
escolar por meio de atividades e projetos intencionais.
O público infanto-juvenil passou a ser alvo do mercado na Internet.
Programas de televisão, fabricantes de brinquedos passaram a criar sites
infantis, com recursos, como jogos e atividades interativas. Alguns professores
passaram a usar sites em suas aulas de informática educativa. Para o
melhoramento da sociedade e da educação, faz-se necessária a
transformação do espectador em cidadão, no que a mídia-educação pode
contribuir significativamente.
34
Várias habilidades e competências são necessárias aos docentes para
que incluam na prática pedagógica as novas tecnologias, pois antes da
proximidade com linguagens informáticas, ou mesmo a participação em cursos
destaca-se: o otimismo, a boa vontade, a disponibilidade para pesquisar,
aprender e preparar atividades diferenciadas, além da esperança e a alegria
com relação ao novo, a qual é necessária ao docente ao perceber que também
ele, o professor, está se educando com todo esse processo. Como alerta
Freire (1996, p.72):
“Existe uma relação entre a alegria necessária à atividade
educativa e a esperança, e que seria uma contradição que uma pessoa que
não teme a novidade não seja criticamente esperançosa”.
Os jogos, assim como brincadeiras e histórias, também educam. O
ambiente lúdico contribui para o encantamento, o que ajuda no processo
educacional.
O mundo dos jogos pode trazer para a educação escolar novos
desafios, pois se transferidos para o desenvolvimento das aprendizagens
escolares, farão uma grande diferença. O projetista de jogos educacionais do
Massachusetts Institute of Technology (MIT), Kurt Squire (2004), acredita no
uso dos jogos como:
“Estratégias educacionais, pois jogando as pessoas
podem processar mais rápido as informações, desenvolver seus sentidos e ter
mais capacidade de raciocínio para discernir entre diferentes tipos de
informação, entre outras coisas.”
Existem várias formas de o docente incluir novas tecnologias em sua
prática para querer buscar além da lousa, acompanhar o desenvolvimento de
35
novos softwares em sua área e buscar compreender as possibilidades de uso
pedagógico necessários à inclusão digital.
O uso sistemático de sites e ambientes virtuais em educação tem nos
blogs um grande aliado. O blog pode ser utilizado para registrar resenhas de
livros, artigos e também para propor atividades para os alunos. Fáceis de
serem criados, os blogs podem servir como espaços construídos por todos os
participantes de uma disciplina. É possível que cada aluno tenha seu blog no
site da escola, ou seja, seu diário escolar pessoal. Nele, os estudantes podem
colocar resumos, anotações, exercícios e tudo que for de seu interesse. Em
interação com outros alunos e demais pessoas que visitem as páginas, podem
receber informações e oferecer colaboração para a realização das atividades
escolares.
Existem algumas formas de usar as redes sociais como aliadas da
aprendizagem contribuindo no processo de ensino-aprendizagem, tais como:
fazer a mediação de grupos de estudo, convidando os alunos de séries
diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes. Os grupos no
Facebook ou as comunidades do Orkut podem ser concebidos como espaços
de troca de informações entre professor e estudante, pois a colaboração entre
os alunos proporciona o aprendizado fora de sala de aula e contribui para a
construção conjunta do conhecimento. O professor pode disponibilizar
conteúdos extras para os alunos compartilhando através de espaços virtuais
mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio
professor; promovendo debates interessantes sobre temas do cotidiano,
desenvolvendo nos alunos o senso crítico, propondo perguntas com base em
notícias atuais, mantendo-os em dia com questões cobradas nos vestibulares;
organizar um chat para tirar dúvidas on-line, combinando um horário em que os
alunos possam estar em um mesmo lugar sem que haja a necessidade do
deslocamento físico.
36
Diante de várias possibilidades do uso das tecnologias na prática
pedagógica, cito como exemplo, a professora de Língua Portuguesa do 9º ano
da E. E. Dom Camilo Maria Cavalheiro, em São Paulo, criou um blog e todo
mês apresenta um tema para os alunos. Com o objetivo de estimular os
comentários, a tarefa dos alunos é pesquisar e comentar e que leram.
Precisam expressar suas opiniões e sugerir vídeos, fotos e sites. As postagens
devem acontecer pelo menos duas vezes por semana. Com essa iniciativa é
possível perceber o desenvolvimento do poder de argumentação, leitura e
produção de texto dos alunos.
Uma das tecnologias utilizadas, no século XX, pelo educador Célestin
Freinet, era a confecção com seus alunos de um jornal escolar. Apesar dos
avanços tecnológicos, os jornais escolares permanecem extremamente
válidos, principalmente no que diz respeito à tomada da palavra e da palavra
crítica, por crianças e adolescentes e à sua participação da vida social.
Com inovação, existem alguns aplicativos gratuitos, que podem ser
acessados no IPHONE, IPAD, ANDROID e WINDOWS PHONE através de
games, fotos, diversão, esportes, serviços, música e finanças que podem estar
contribuindo para o processo ensino-aprendizagem, tais como: BRAIN
TRAINER (IPHONE / IPAD) com mais de 14 milhões de usuários, o Brain
Trainer é um app que tem como objetivo exercitar o cérebro. Ele inclui dez
jogos para aperfeiçoar funções como memória, velocidade de raciocínio,
atenção, flexibilidade e capacidade de resolver problemas. MINDS OF
MODERN MATHEMATICS (IPAD) desenvolvido pela IBM, o MMM é uma
história interativa da matemática, do ano 1000 a 1950. Esse período é coberto
por uma linha do tempo, na qual o leitor vai localizando os grandes
matemáticos e suas descobertas. Há também uma seção de vídeos.
A utilização dos recursos tecnológicos também serviu de inspiração
para a professora Daniela Mazoco, da EMEF Professor Athayr da Silva Rosa,
em Urupês, a 470 quilômetros de São Paulo, onde utiliza o Geogebra (reúne
37
recursos de geometria, álgebra, tabelas, gráficos, probabilidade, estatísticas e
cálculos em um único ambiente) porque, além de ter boas ferramentas, ele
pode ser usado pelos jovens em casa. Uma das atividades é sobre o Teorema
de Pitágoras, no 9º ano. Na primeira aula, ela solicita a construção de um
triângulo retângulo sobre uma malha quadriculada. Nos encontros seguintes,
fazem a malha e constroem quadrados sobre os catetos e calculam áreas.
Usando o recurso de rotação o quadrado fica exatamente sobre a hipotenusa e
assim todos visualizam o conceito de teorema, o que só é possível no
software.
A professora de Geografia Cleusa Diniz, do Colégio Marista
Arquidiocesano, utiliza o aplicativo para tablets gratuito Planets (Apple Store)
em inglês, para mostrar os alunos onde estão os planetas e as constelações.
Boa opção para cidades ou horários nos quais é difícil visualizar as estrelas e
os planetas. O aplicativo exibe em tempo real como está o céu de acordo com
a sua localização. Mesmo à luz do dia, os alunos conseguiram apontar onde
estava o Cruzeiro do Sul.
Essas experiências positivas deixam claro que as tecnologias de
Educação e Comunicação colaborem para que a aprendizagem se torne
significativa e desafiadora, permitindo novas interfaces e práticas de linguagem
e relacionamentos diferenciados. Sendo necessário que os professores e
estudantes tenham acesso à informação, sabendo interpretar, selecionar,
criticar e fazer uso delas em benefício próprio ou coletivo, transformando essa
matéria-prima em conhecimento, através de um processo intencional,
contribuindo para o desenvolvimento de todas as disciplinas proporcionando
um feedback entre o corpo docente e discente.
De acordo com Nunes (2012) a principal função das TIC em sala de
aula é:
“Permitir que os alunos explicitem suas ideias, conheçam
as dos colegas e, dependendo da atividade proposta, exercitem sua
38
capacidade de argumentar e construir coletivamente. Portanto, além de
possibilitar que se chegue a um produto final como resultado da colaboração, a
tecnologia permite desenvolver maior conscientização sobre os processos de
pensar de forma crítica, colaborativa e estratégica.”
Várias habilidades e competências são necessárias aos docentes para
que incluam na prática pedagógica as novas tecnologias, pois antes da
proximidade com linguagens informáticas, ou mesmo a participação em
cursos, destaca-se: o otimismo, a boa vontade, a disponibilidade para
pesquisar, aprender e preparar atividades diferenciadas, além da esperança e
a alegria com relação ao novo, a qual é necessária ao docente ao perceber
que também ele, o professor, está se educando com todo esse processo.
Segundo alerta Freire (1996, p.72):
“Existe uma relação entre a alegria necessária à atividade
educativa e a esperança, e que seria uma contradição que uma pessoa que
não teme a novidade não seja criticamente esperançosa”.
CONCLUSÃO
A tecnologia com suas ferramentas estão mudando o cenário de como
os jovens adquirem e compartilham conhecimento, de como produzem,
interagem com o outro, transformam e colaboram no processo de ensino-
39
aprendizagem. Com os recursos tecnológicos, professores/mestres são
capazes de apontar os caminhos dentro do universo virtual, sendo mediador e
agente transformador, colaborando para a construção do conhecimento. Nada
de respostas prontas ou padronizadas. Aprender no virtual é uma jornada
infinita, não um livro com número exato de páginas.
ANEXOS
Índice de anexos
Como forma de avaliar a utilização das novas tecnologias como
ferramenta para o trabalho em sala de aula para todas as disciplinas, utilizei o
Questionário, objetivando aprofundar a prática da pesquisa. Com essa
40
avaliação, cheguei à conclusão que a melhor aula para cada circunstância é o
professor quem faz, mediando o processo ensino-aprendizagem, encarando as
novidades da tecnologia e se beneficiando do potencial delas.
Anexo 1 >> Questionários
41
42
43
44
45
BIBLIOGRAFIA
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Concepção à Integração de Políticas Públicas de Informática. Rio de Janeiro:
Wak, 2011.
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Docente. 2ª edição. Rio de Janeiro: Wak, 2011.
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RANGEL, Mary, Freire, Wendel (Orgs.).Ensino-Aprendizagem e Comunicação.
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estimulam, desenvolvem e preparam os pequenos para a aprendizagem. Ano
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Revista Nova Escola- A revista de Quem Educa- Fundação Victor Civita. Guia
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Revista Nova Escola- A revista de Quem Educa- Fundação Victor Civita.
Neurociência – Como ela ajuda a entender a aprendizagem. Ano XXVII nº 253-
Junho/Julho. São Paulo, 2012.
46
Revista Nova Escola- A revista de Quem Educa- Fundação Victor Civita.
Matemática- 5º ano e 6º ano- Planeje essa transição. Atividades que integram
os conteúdos dos dois anos. Ano XXVII nº 257- Novembro. São Paulo, 2012.
Revista Nova Escola- A revista de Quem Educa- Fundação Victor Civita.
Educação Infantil- As crianças já pensam sobre textos e números. Aproveite! .
Ano XXVII nº 258- Dezembro. São Paulo, 2012.
Revista Exame Info. 100 APPS- Uma Seleção de Aplicativos para iPHONE,
iPAD, Android e Windows Phone que você precisa ter. Todos Testados!
Games, Fotos, Diversão, Educação, Esportes, Serviços, Música e Finanças. Nº
318- Julho. São Paulo, 2012.
Revista Exame Info. 35 Dicas de como fazer uma seleção rápida para zerar os
e-mails, ter o currículo perfeito, ecnomizar na compra de eletrônicos, usar bem
o instagram, evitar micos no Facabbok...e muito mais!. Nº 319- Agosto. São
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Potencial Revolucionário das Novas Tecnologias. São Paulo: Novatec, 2008.
WERNECK, Hamilton. Professor: Agente da Transformação. Rio de Janeiro:
Wak, 2008.
47
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 7
RESUMO 8
48
METODOLOGIA 9
SUMÁRIO 10
INTRODUÇÃO 11
CAPÍTULO I
O Potencial Revolucionário das Novas Tecnologias
para a Educação 13
1.1 – Geração Nova Sala de Aula 14
1.2 – Alunos da Geração Digital, Conhecidos como
Nativos Digital 17
CAPÍTULO II
O Papel do Educador quanto A Contemporaneidade,
os Avanços, a Atualização 21
2.1 – Políticas Públicas para Inclusão Digital nas Escolas 25
2.2 – Formação de Professores para o Século XXI 27
CAPÍTULO III
A Gestão da Escola Rumo ao Mundo Conectado 31
1.1 – Reestruturações Curriculares, Desafio para a
Educação 33
3.2– Recursos Ideais para Trabalhar em Todas as
Disciplinas 34
CONCLUSÃO 41
ANEXOS 42
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 50