do reino árabe ao império islâmico

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AULA 09 - Do reino árabe ao Império Islâmico: O califado ortodoxo e o califado omíada (632-750 d.C.)

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A formação do Império Árabe- Califado Ortodoxo e Omíada.

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Page 1: Do reino árabe ao Império Islâmico

AULA 09 - Do reino

árabe ao Império

Islâmico: O califado

ortodoxo e o califado

omíada (632-750 d.C.)

Page 2: Do reino árabe ao Império Islâmico

O objetivo central de Maomé, que se iniciou antes mesmo de sua morte, era unificar as tribos nos valores islâmicos (Ummah), ou seja, um Estado teocrático e extenso para a concepção de um Império Árabe.

O sistema de poder árabe - o califado – iniciou-se no ano da morte de Maomé. Os califas eram seus seguidores fiéis, que colocariam em prática seus ideais. Este sistema era fundamentado nos laços de sangue e fidelidade, tradição das sociedades da época.

Os califas não eram profetas, e nem deviam aspirar esta posição, pois não pregavam o islã na sua essência. Seus discursos estavam pautados na convivência com Maomé.

1. Primeiras décadas do poder islâmico pós-Maomé; valores que

impulsionaram os programas de expansão islâmica para além da

Península Arábica.

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O discurso do primeiro califado: Nas primeiras quatro décadas estes não associavam Maomé a divindade, mas como homem perfeito a qual suas ações deviam ser seguidas como exemplo. Usavam a Sunna (registro sobre a vida e práticas de Maomé), o discurso califa ainda tinha a finalidade de ampliar o Império e não a conversão ao Islã.

Para a organização do Estado islâmico, havia a necessidade de criar uma burocracia a serviço dos califas, burocracia esta que abrangia os povos não-islâmicos, os dhimmis.

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Forma-se então um exército em favor da expansão árabe. Até então o modelo militar dependia de sucessivos recrutamentos e de frágeis laços de fidelidade com milícias tribais árabes, mercenários e sem apego aos poderes políticos ou a causa islâmica. Com isso são recrutados soldados de diversas origens (beduínos, persas e etc.) e no choque cultural que há no contato entre esses soldados que se diferem, começam então guerras civis.

Diante de uma ampla insatisfação por parte dos “recém chegados” ao Islã (se sentindo inferiores), resta ao califado conter as guerras civis e abafar as revoltas beduínas dos mawalli.

Page 5: Do reino árabe ao Império Islâmico

Sendo assim, a formação do Islã e a unificação da Arábia se dá em meio a diversas etnias e culturas das várias tribos locais extensas (resultado da poligamia).

Diante de tantas variáveis, nos primeiros califados há dificuldade de absorção das noções e práticas de Estado (inspirados nos bizantinos e sassâninas), isso levou o Islã a construir modelos políticos originais, como os estatutos legais dos dhimmis, que para obterem proteção deveriam seguí-los.

Page 6: Do reino árabe ao Império Islâmico

Os dhimmis não se servirão do Corão para ridicularizações, nem falsearão seu texto.

Não falarão do profeta em termos mentirosos ou desdenhosos.

Nem do culto do Islam com irreverência ou derrisão.Não tocarão em mulher muçulmana, nem procuração

desposá-la.Não procurarão, de modo algum, desviar um muçulmano de

sua fé, nem atentarão contra seus bens ou sua vida.Eles não darão socorro ao inimigo, nem darão abrigo a

espiões.A transgressão de uma única dessas seis condições anula o tratado e retira dos dhimmis a proteção dos muçulmanos.

(POLIAKOV, 1996, p. 31).

Page 7: Do reino árabe ao Império Islâmico

Diante de tantas divergências ocasionadas pela expansão territorial e administrativa do Império Árabe, o núcleo político de Damasco, encabeçado pelo seu governador, aplicam um ”golpe” de Estado. Então a família de Abu Talib (último califa descendente de Maomé) é substituída pela família do opositor de Maomé, surgindo então a primeira crise de legitimidade do Estado-Árabe. Há profunda transformação no perfil religioso do Islã.

2. Perfil político e religioso do poder Omíada em sua

política expansionista; conceito de Estado monárquico

árabe.

Page 8: Do reino árabe ao Império Islâmico

A dinastia Ommeya era centralista e burocrática, alcançando grande extensões territoriais (como a Península Ibérica). O legado teocrático dos Rashidum são substituídos pelo ideal de um Império Árabe. Os califas omíadasdeixam seu papel religioso em segundo plano e passam a dar mais importância ao papel social e administrativo.

Page 9: Do reino árabe ao Império Islâmico

As expansões territoriais alcançadas pelos omíadasnão incluíam conversões forçadas, mas submissão através dos saques e cobranças de impostos. Essa expansão territorial muçulmana levou à trocas culturais, legais e administrativas com os diversos povos conquistados.

Como após o golpe Damasco se tornou a capital do primeiro califado unificado, com as interações culturais, engenheiros, artesãos e arquitetos bizantinos são chamados para erguer a conhecida mesquita de Damasco.

Page 10: Do reino árabe ao Império Islâmico

Mesquita de Damasco http://oglobo.Globo.Com/pais/noblat/posts/2008/05/08/arquitetura-grande-

mesquita-de-damasco-100575.Asp