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Tatyana Mabel Nobre Barbosa
Claudianny Amorim Noronha
Estágio SupervisionadoD I S C I P L I N A
Módulo de orientação
Autoras
A (re)escrita do trabalho avaliativo fi nal:
o relatório, o artigo científi co e o memorial
09
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
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- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Divisão de Serviços Técnicos
Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”
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Ministro da EducaçãoFernando Haddad
Secretário de Educação a Distância – SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Secretária de Educação a DistânciaVera Lúcia do Amaral
Secretaria de Educação a Distância- SEDIS
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Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky
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Fotografi as - Adauto Harley
Stock.XCHG - www.sxc.hu
Barbosa, Tatyana Mabel Nobre.
Estágio supervisionado interdisciplinar / Tatyana Mabel Nobre Barbosa, Claudianny Amorim Noronha. –
Natal, RN: SEDIS, 2008. 11v
224 p.
1. Estágio supervisionado. 2. Formação de professores. 3. Educação. I. Noronha, Claudianny
Amorim. II. Título.
ISBN: 978-85-7273-489-9
CDD 370.733
RN/UF/BCZM 2008/109 CDU 371.133
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 1
1
2
Apresentação
Chegando ao fi m de cada Estágio Supervisionado, você, certamente, está se vendo diante
de um grande volume de papéis – caderneta escolar, provas, diários de campo, fi chas
de avaliação etc. – e de fl ashs com as mais diferentes lembranças da sua vivência na
escola: as difi culdades dos primeiros dias, a organização e desenvolvimento das atividades
de sala de aula, as tentativas de motivar os alunos etc.
Antes que as peças desse mosaico se dispersem, é o momento de sistematizar o trabalho,
socializar as atividades desenvolvidas, analisar as estratégias utilizadas, as difi culdades
vivenciadas e apresentar sua avaliação sobre esse conjunto de ações. Estamos falando da
necessidade de você escrever sobre sua experiência como estagiário.
Ao escrever, poderá registrar ações/situações pertinentes para se compreender o ensino
e a aprendizagem na sua área; apontar sugestões que poderão ser retomadas por você próprio
no Estágio seguinte ou mesmo em sua vida profi ssional; indicar elementos importantes para
se repensar a escola e o papel da universidade na formação do professor de Química, Física,
Matemática, Geografi a, dentre tantas outras áreas.
Assim, a partir deste módulo, você conhecerá as especifi cidades de alguns gêneros
textuais solicitados nessa situação; selecionará os temas que devem ser mencionados/
relatados/analisados no seu texto e iniciará sua primeira versão escrita sobre a avaliação fi nal
do estágio.
Conteúdos
A (re)escrita do trabalho avaliativo fi nal: o relatório, o artigo
científi co e o memorial.
Orientações para o planejamento, escrita e reescrita dos
gêneros acadêmicos.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado2
Por que escrever sobre o estágio?
Ao longo do estágio, diferentes instrumentos – como os diários de campo, roteiros de
observação da escola e de avaliação – já foram utilizados por você e pelos demais sujeitos
envolvidos no seu acompanhamento.
a) Diários de campo e roteiros de observação da escola: escritos por você após cada dia de
observação ou de aula. Tiveram o objetivo auto-avaliativo (em que você avaliou o próprio
trabalho) e de avaliação de todo conjunto que envolve a escola (quando seus registros são
resultado de observação da escola e da atuação dos seus sujeitos e possibilidades de ali
desenvolver seu trabalho). Portanto, essa escrita serviu para apoiar seu acompanhamento,
indicando os elementos importantes a serem considerados acerca do estágio (em seu
planejamento e atuação).
b) Fichas de observação: foram utilizadas pelos alunos, Professor Colaborador e o orientador
para analisarem seu trabalho e sua participação na escola. As avaliações realizadas por cada
um desses sujeitos foram fundamentais. O que seus alunos disseram serviu para pensar em
formas de interação mais adequadas às suas necessidades e possibilidades de aprendizagem;
o que o Professor Colaborador indicou foi fundamental como parâmetro para situar suas
ações diante das expectativas da escola; o diálogo com o Professor Orientador foi importante
para encaminhar alternativas de trabalho, coerentes com a realidade do estágio e mediar as
relações entre você, a escola e a universidade.
Assim, escrever sobre o estágio não é algo novo. No entanto, o objetivo dessa escrita que
você fará agora ao fi nal é um pouco diferenciado daquele que você vinha visando até então:
agora, é o momento de fazer as sínteses e identifi car os resultados do trabalho. Essa escrita
é importante porque permitirá a você sistematizar os diversos textos escritos ao longo do
estágio (por você e pelos demais sujeitos), analisar as várias ações desenvolvidas (seminário,
aulas de campo, ofi cinas etc.) e, assim, identifi car os grandes eixos do seu trabalho. Com isso,
você deve levantar pontos importantes a serem considerados nos próximos estágios (se for o
caso) e que contribuam, especialmente, para pensar o ensino da sua área e apontar elementos
para que a escola e a universidade possam melhor atuar na formação e acompanhamento da
iniciação docente.
O registro da experiência de estágio é o momento de você, como futuro professor, olhar
sua própria prática, não apenas para tomar consciência da necessidade de mudança, mas
articular teoria e prática. Para isso, as trocas entre você, o Tutor de Estágio, o Professor
Colaborador e o Professor Orientador são essenciais.
Sendo assim, essa escrita não pode ser um instrumento simplesmente técnico que visa
conferir uma nota ao fi nal do semestre, mas uma atividade participativa, desenvolvida através
de um processo contínuo. Assim, é essencial assumir essa escrita como momento de avaliação
e problematização da prática.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 3
O que e como escrever sobre o estágio?
Agora que você sabe da importância de escrever ao fi nal do estágio, deve estar se
perguntando o que, objetivamente, é importante escrever e como.
Há vários gêneros textuais que podem ser solicitados nessa situação: o relatório, o
artigo científi co e o memorial são alguns deles. Embora o tema a ser tratado nesses textos
seja o mesmo – o Estágio Supervisionado –, cada um deles tem características próprias
que concedem um tratamento diferenciado àquilo de que falam e que focalizarão aspectos
específi cos nessa avaliação.
Gênero textual é uma expressão utilizada para nos referirmos a textos materializados
“[...] que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características
sócio-comunicativas defi nidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e
composição característica.” (MARCHUSCHI, 2005, p. 22-23)
Fique atento!
Certifi que-se do seu tutor qual desses textos
será solicitado de você ao fi nal do Estágio
Supervisionado I, II ou III.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado4
Como planejar a escrita
sobre o estágioComo escrever sobre o estágio
Como reescrever
sobre o estágio
Ampliar o seu repertório: ler o que
for pertinente para saber o que
escrever (materiais produzidos no
estágio, livros, textos etc.).
Iniciar a escrita e estar sempre atento
ao que planejou escrever.Ler atentamente o que foi escrito.
Delimitar o tema: diante da
quantidade de pontos que podem
ser abordados num texto sobre
seu estágio (indisciplina, gestão,
material didático etc.), selecionar
aqueles que, de fa to, são
signifi cativos.
Observar se os itens selecionados
para serem relatados estão
constando no texto.
Observar se houve continuidade
temática; se elementos novos
foram associados ao tema;
se não há ambigüidades ou
passagens confusas.
Escolher como irá ordenar
as informações: que tópicos
são principais, quais estarão
subordinados.
Observar se, ao escrever, o modo
de tratamento dos temas está
coincidindo com o planejado. É
possível que ocorram mudanças.
Observar se as associações
estabelecidas são realmente
válidas e pertinentes.
Ter clareza do contexto de circulação
do texto e das características do
gênero: isso pesa sobre a fi nalidade
da sua escrita: analisar, relatar,
expor elementos pertinentes do
estágio aos seus leitores, que se
situam na universidade e na escola
(professores colaboradores e
orientadores).
A linguagem deve prezar pela
clareza, objetividade e correção.
Analise também o tratamento dado
aos temas desenvolvidos, pois
esse texto é acadêmico e todas as
suas análises/relatos devem estar
fundamentadas.
Rever se os objetivos da escrita
foram atendidos; anal isar
a correção da l inguagem
(ortografi a, pontuação, semântica
e sintaxe); analisar se os leitores
e você considerariam o texto
pertinente.
Fonte: Antunes (2003).
Seguindo esses passos, você poderá selecionar os aspectos relevantes a serem
abordados (planejamento), adequar melhor o seu texto às especifi cidades do gênero (escrita),
e redefi nir melhor o modo como pretende abordar cada elemento do estágio mencionado
no trabalho (reescrita).
E é justamente sobre as especifi cidades de cada um desses gêneros que discutiremos a
seguir, a fi m de orientá-lo no processo de elaboração do seu trabalho de fi nal de Estágio I, II ou III.
Independentemente do gênero textual que você escreverá, é fundamental que siga três
etapas básicas do processo de escrita: o planejamento, a escrita do texto e a reescrita. Esses
passos lhe permitirão elaborar um texto mais coerente e em consonância com as demandas
acadêmico-escolares, como refl etir sobre momentos e práticas específi cas desenvolvidas
durante o Estágio Supervisionado.
Observe o quadro a seguir e identifi que as diferentes ações necessárias para realizar cada
uma das fases de escrita. Oferecemos parâmetros globais que você deve procurar ajustar de
acordo com suas possibilidades de escrita e exigências do seu professor orientador.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 5
Orientações para a
escrita do relatório
O relatório é, certamente, o gênero acadêmico mais solicitado como trabalho de fi nal de
Estágio Supervisionado. Ele caracteriza-se pela apresentação do trabalho desenvolvido
no estágio em toda a sua dimensão: descrição dos dados, procedimentos utilizados,
análises, resultados alcançados e conclusões (MARCONI; LAKATOS, 2002).
Embora o relatório seja utilizado por diferentes profi ssionais (policiais, peritos, engenheiros
etc.) para organizar os dados, provas e relatar o estado de uma investigação ou de uma obra,
por exemplo, o relatório que você irá elaborar é um texto científi co e, por isso, tem algumas
especifi cidades: seu relatório deve ser fundamentado teoricamente; suas análises devem
considerar a situação de colaboração interinstitucional entre escola e universidade na formação
e no seu acompanhamento. Portanto, não é uma “encomenda” da universidade sobre o que
ocorreu na escola, mas um texto que circunstancia tanto as atividades planejadas e desenvolvidas
na escola quanto os processos de orientação realizados no seu acompanhamento. Desse modo,
esse gênero visa permitir que você possa compreender o sentido do estágio, das suas ações e
obter pistas para os Estágios seguintes, ou para sua vida profi ssional futura.
O relatório do Estágio Supervisionado caracteriza a escola, apontando, normalmente,
descrições resultantes das suas observações, descreve suas atividades como estagiário, os
resultados e avaliação do processo, bem como considerações sobre a formação docente
realizada no âmbito da universidade e suas contribuições para o estágio.
Veja, a seguir, algumas passagens de relatórios, escritos por graduandos de Física*.
Descrição da escola campo de estágio
A caracterização inicial da escola mostrou que ela dispõe de recursos para favorecer
um melhor aprendizado que são: xerox, vídeos, retroprojetores, laboratório,
biblioteca (onde o ambiente é agradável para se efetuar pesquisas), salas de vídeo
e de informática, espaço teatral, quadra poliesportiva (a escola oferece várias opções
de esportes [...]). (COSTA, 2004, p. 7, relatório de estágio)
O papel do professor colaborador
Existe também uma boa interação entre professor e alunos, sendo esta interação
de fundamental importância no ensino-aprendizagem. Pude observar, além
deste aspecto, algumas estratégias que o professor utilizava em sala. Estas são:
desenhos, questionamentos, exemplos e exercícios. (COSTA, 2004, p. 8, relatório
de estágio)
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado6
Os alunos como aprendizes
Quanto aos alunos, meu contato mais próximo foi com a turma por mim
selecionada para o estágio, o terceiro ano, turma B. Nesta turma constavam 32
alunos matriculados [...]. Todos eram adolescentes, bastante reivindicadores dos
seus direitos e, segundo outros professores, cumpridores de seus deveres. [...]
Aparentemente os alunos da turma viam a Física apenas como um obstáculo para
o término do ensino médio, algo que normalmente, tem sido visto nos alunos do
nível médio, e que é causado usualmente, pela falta de base ou de conhecimentos
matemáticos que a Física exige para sua compreensão. (ALMEIDA, 2004, p. 5,
relatório de estágio)
O desenvolvimento do planejamento
Ao elaborar o planejamento, tive a preocupação de saber a quem estaria
direcionando tais conceitos da física, pois sabemos que nem todos os alunos
gostam desse ramo que é tão belo e misterioso [...]. Os conteúdos ali presentes
exploravam tanto a parte física como a parte da matemática [...] porque fi cava
claro que alguns alunos não tinham uma boa afi nidade com a matemática. Uma
preocupação que sempre tive em mente, durante o ato do planejamento foi com
relação à Didática, [segue seu texto citando Libâneo] (COSTA, 2004, p. 9, relatório
de estágio).
Considerações sobre o estágio e a graduação
É no estágio que temos a oportunidade de transmitir para os alunos um pouco
da Física que aprendemos no decorrente do curso. As disciplinas pedagógicas
nos ajudam muito nesta fase (do estágio), pois elas nos ensinam como lidar com
os alunos e como fazer para que eles se voltem para o que estamos explicando.
Tentamos construir signifi cados para o que estávamos estudando e evidenciamos
em que parte da vida iríamos utilizar aqueles conhecimentos (COSTA, 2004, p.
13, relatório de estágio).
Esses são alguns dos elementos muito recorrentes no desenvolvimento do relatório do
Estágio Supervisionado. Como você pode observar, a escrita é predominantemente objetiva e
se detém à descrição sobre os elementos centrais do estágio, buscando apresentar o estado
atual da escola e do trabalho desenvolvido.
* Essas citações referem-se a relatórios de estágio supervisionado, os quais foram desenvolvidos na
disciplina Prática de Ensino de Física, junto aos graduandos da Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte, em 2004, sob a orientação da Professora Doutora Auta Stella de Medeiros Germano, a quem
agradecemos pela disponibilização dos relatórios para utilização neste material didático.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 7
Sugestão de atividade 1
Planeje a escrita do seu relatórioVeja a seguir como estruturar o seu relatório e, considerando o quadro que orienta
como planejar, escrever e reescrever, inicie o seu planejamento. Também é
importante que você consulte o item “leituras complementares” deste material e
conheça exemplares de relatórios.
Como elaborar cada parte do relatório Liste o que deve
conter no seu relatório
Elementos pré-textuais
CapaUFRN, SEDIS, curso de licenciatura em
__, disciplina: Estágio Supervisionado,
título do relatório, nome do estagiário,
do professor supervisor, do tutor, local
e data.
Folha de rostoTodos os itens da capa e, após o título,
um parágrafo recuado à direita contendo:
“Relatório apresentado ao curso de
_____, da UFRN-SEDIS, como requisito
da disciplina Estágio Supervisionado”.
Sumário
Os tópicos estruturadores do trabalho e
respectivos números de página.
Elementos textuais
IntroduçãoMencionar os objetivos do relatório;
explicitar os temas/assuntos que abordará
ao relatar o Estágio Supervisionado;
justifi car a delimitação.
DesenvolvimentoEste item se organiza em sub-itens, nos
quais se deve caracterizar a escola e todo
o trabalho de observação, planejamento e
atuação no estágio. Ao desenvolver cada
um desses itens, deve-se fazer referência
aos materiais produzidos em função do
estágio (provas, diários de campo, planos
de aula etc.), bem como ao referencial
teórico-metodológico que fundamenta o
relato.
ConclusõesEvidenciar os avanços e limitações,
apontar os eixos orientadores da relação
teoria-prática, indicar os resultados
atingidos com o estágio e as perspectivas.
ReferênciasMencionar todas as bibliografias e
demais fontes citadas.
Fonte: Marconi e Lakatos (2001).
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado8
Orientações para a
escrita do artigo científi co
Os artigos científi cos são muito utilizados na vida acadêmica. Você, certamente, já teve
oportunidade de ser leitor ou autor de um artigo, pois esse gênero consta nas revistas
científi cas, livros universitários e também são disponibilizados na Internet em sites
institucionais (normalmente, em formato pdf).
Embora, assim como o relatório, o artigo seja um gênero também utilizado em outras
situações, além das acadêmicas, o artigo científi co tem aspectos estruturais, funções e leitores
muito específi cos:
Os artigos científi cos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma
questão verdadeiramente científi ca [...]. Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas
e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científi cos pela sua reduzida dimensão
e conteúdo. (MARCONI; LAKATOS, 2001, p. 84)
A escrita do artigo científi co sobre um aspecto específi co do Estágio Supervisionado
pressupõe um trabalho de pesquisa prévio em que você atuará na sistematização e análise
dos dados, focalizando um ponto pertinente para investigação.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 9
Conheça alguns artigos científi cos
Em pesquisas na Internet, você encontrará diversos artigos
científicos focalizando sua área de ensino. Veja nossas
indicações, planeje a sua pesquisa e escreva seu artigo
científi co.
Ensino da Matemática
O artigo Temas político-sociais no ensino da matemática,
das autoras Renata Ueno – Faculdade de Tecnologia de Garça
(FATEC) e Maria Sueli Simão Moraes – Universidade Estadual
Paulista (UNESP), trata da aprendizagem de conceitos
matemáticos e estatísticos junto a alunos dos anos fi nais do
Ensino Fundamental. As autoras analisaram uma experiência de ensino da Matemática
na qual os alunos aprenderam a partir da resolução de problemas ampliados por temas
transversais/político-sociais.
Consulte a referência e veja o artigo na íntegra:
UENO, Renata; MORAES, Maria Sueli Simão. Temas político-sociais no ensino da matemática.
Ciência & Educação, v. 13, n. 2, p. 223-233, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
ciedu/v13n2/v13n2a06.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.
Ensino da Física
No artigo Tecnologias de Informação e Comunicação para ampliar e motivar o aprendizado de Física no Ensino Médio, os autores Marcelo Antonio Pires (Colégio Anchieta) e Eliane
Angela Veit (Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul) analisam como
a criação de um site e a utilização de um ambiente virtual de aprendizagem permitiram o
ensino da gravitação a estudantes do primeiro ano do Ensino Médio.
Consulte a referência e veja o artigo na íntegra:
PIRES, Marcelo Antonio; VEIT, Eliane Angela. Tecnologias de Informação e Comunicação
para ampliar e motivar o aprendizado de Física no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 28, n. 2, abr./jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-47442006000200015&lng=isso&nrm=isso#
nt01>. Acesso em: 25 jun. 2008.
Ensino de Química
No artigo Letramento em química, educação planetária e inclusão social, de Wildson Luiz
Pereira dos Santos (Instituto de Química, Universidade de Brasília), discute-se o letramento
em ciência e tecnologia, a fi m de compreender a relevância da educação química para a
inclusão social.
Consulte a referência e veja o artigo na íntegra:
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Letramento em química, educação planetária e inclusão
social. Química Nova, v. 29, n. 3, p. 611-620, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/
pdf/qn/v29n3/29295.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado10
Os artigos “Temas político-sociais no ensino da matemática” e “Tecnologias de Informação
e Comunicação para ampliar e motivar o aprendizado de física no ensino médio” são exemplares
de pesquisa acerca de uma situação de ensino. Embora não tenham, necessariamente, sido
desenvolvidos na situação de estágio, descrevem e analisam a prática de ensino em Matemática
e Física, a partir de situações que poderiam ser desenvolvidas em sua sala de aula, por exemplo.
Já o artigo “Letramento em química, educação planetária e inclusão social” retoma elementos
mais globais da educação, relacionando com o conhecimento da Química. A leitura dos três
artigos lhe permitirá comparar as pesquisas descritas com suas ações em sala de aula e será
enriquecedor para a sua formação e atuação docente. Por outro lado, o ajudará a delimitar o
tema do seu artigo.
Ao ler esses artigos, observe que eles contêm, basicamente, a seguinte estrutura:
preliminares, sinopse, corpo do artigo e referências. Quanto ao conteúdo, sua escrita pressupõe
a delimitação de um tema a ser tratado dentro da temática mais ampla que é o Estágio
Supervisionado. No relatório, pode-se falar um pouco sobre muitos aspectos do estágio. No
artigo científi co, deve-se tratar com profundidade sobre uma questão pertinente do estágio.
Observe que os artigos fundamentam-se em teorias e apresentam resultados comprováveis
diante da metodologia empregada. E isso responde por uma de suas funções, além de partilhar
com a comunidade científi ca os resultados de uma pesquisa, contribuindo, no seu caso, com
novas metodologias, abordagens e análises de uma prática específi ca de ensino da sua área.
De acordo com a leitura desses artigos, você verá que seu texto não só deve se
constituir na possibilidade de divulgação da pesquisa realizada, mas também permitir ao leitor
compreender os passos empenhados no seu trabalho. Por isso, procure usar uma linguagem
clara, articulada e objetiva, dar validade às descrições e resultados apontados, a partir da
retomada dos referenciais teóricos, e demonstrar os resultados apontados a partir dos dados
analisados. Nesse sentido, você pode consultar um dos nossos módulos, no qual falamos
sobre o Estágio como oportunidade para a pesquisa e ver que os materiais produzidos no
Estágio (avaliações, fi chas de observação etc.) podem sim constituírem os dados da análise.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 11
Sugestão de atividade 2
Planeje a escrita do seu artigo científi co
Veja a seguir como estruturar o seu artigo científi co e, considerando o quadro que orienta
como planejar, escrever e reescrever, inicie o seu planejamento. Também é importante que
você consulte o item “leituras complementares” deste material e conheça, a partir das nossas
sugestões, outros exemplares de artigos científi cos.
EstruturaComo elaborar cada
parte do artigo científi co
Liste o que deve conter no
seu artigo científi co
Preliminares
Cabeçalho: título do artigo
Autor:
Tutor:
Nome da instituição: UFRN - SEDIS
Curso:
Sinopse
Está na primeira página, depois dos dados do
cabeçalho. É o resumo do artigo com até 500
palavras, contendo: introdução, metodologia,
resultados, conclusão.
Palavras-chaves: selecionar 03 palavras.
Corpo do artigo
Compõe-se dos seguintes elementos:
Introdução: apresentação do assunto, objetivo,
metodologia, limitações e possibilidades
encontradas no estágio.
Dsenvolvimento: este item organiza-se em
sub-itens, nos quais se deve: expor, explicar e
demonstrar o que se propõe como tema central
dentro do estágio.
Conclusões: dedução lógica, baseada no texto
e na bibliografi a, de forma resumida.
Parte referencial
Referências: mencionar todas as bibliografi as
e demais fontes citadas.
Anexos: só deve ser usado quando realmente
necessário.
Fonte: Marconi e Lakatos (2001, p.84-85).
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado12
Orientações para escrita
do memorial de formação
O memorial é um gênero acadêmico de prestígio na Universidade. Inicialmente, solicitado
apenas para professores em situações de progressão na carreira (memorial descritivo),
a partir da década de 1990, vem sendo largamente utilizado como requisito parcial
para a graduação em diversos cursos (memorial de formação) e em concursos para o Ensino
Superior. O memorial de formação é um texto auto-biográfi co em que o autor historiciza sua
vida profi ssional e teoriza sobre a própria formação. Por isso, não é um mero relato evocativo,
mas um gênero acadêmico em que o Estágio Supervisionado será um dos elementos a ser
objeto de teorização sobre a própria formação do estagiário.
Memorial
Passeggi (2006) aponta
diferenças entre os
memoriais solicitados
nas duas situações. O
memorial descritivo é
normalmente solicitado
numa situação de
progressão na carreira
ou ingresso no ensino
superior como docente.
Nele, o professor-candidato
apresenta sua trajetória e
sua relação com a área a
que se propõe, situando
seu projeto de atuação
para a instituição. O
memorial de formação
vem sendo largamente
utilizado como texto
auto-avaliativo produzido
ao fi nal da graduação.
Nele, os graduandos
relatam suas experiências
formativas pertinentes
para a área de atuação
profi ssional.
O que os memoriais representam para seus autoresNos memoriais, cada autor desconstrói e reconstrói representações desse
universo cultural, numa articulação dialética entre situação pessoal e estrutura
institucional. [...] O professor-aluno escreve o memorial durante o processo de
formação, é acompanhado por um professor-formador, além de se benefi ciar de
espaços de discussão, em pequenos e grandes grupos, sobre experiências da
vida profi ssional. O tempo de refl exão, a relação entre pares e a orientação do
formador auxiliam o professor-aluno a transformar sua formação em história e
essa história em trabalho acadêmico. (PASSEGGI, 2006, p. 66-70)
O que os memoriais representam para a EducaçãoOs memoriais acadêmicos [...] reúnem representações do sistema educacional
em diferentes regiões do Brasil, percepções de narradores com distintos níveis
de escolaridade, visões sobre a formação e prática profi ssional em diversas áreas
do conhecimento. Entendê-los [...] permitiria desvendar [as] conseqüências e
desdobramentos para o ensino superior no Brasil e/ou (re)compor o mosaico das
representações de práticas educacionais no país. (PASSEGGI, 2006, p. 68)
No memorial de formação, o tema central é a formação, realizada ao longo da vida,
seja em situações formais ou não. Por isso, há sempre menção às situações ocorridas no
ambiente familiar, no trabalho e às personagens consideradas mediadores, nem sempre ligados
à universidade ou à escola. A partir dessa escrita, fi cam evidenciados os diferentes espaços
nos quais se aprende e sujeitos que nos ensinam.
Diferentemente do artigo científi co, o memorial permite uma escrita mais subjetiva, uma
vez que o seu objeto é a formação do próprio autor. Observamos alguns temas nos memoriais que lhe são estruturadores e recorrentes, são eles: a infância entre a escola e a família; a
formação no magistério e/ou superior; a iniciação/escolha da profi ssão; a prática docente
(no estágio e na vida profi ssional); a importância da escrita de si e o devir. Essas temáticas
Temas nos
memoriais
A identifi cação dessas
temáticas como
recorrentes nos memoriais
de formação vem sendo
sistematicamente
apontadas nas pesquisas
desenvolvidas pelo
Grupo interdisciplinar de
formação, autobiografi a
e representações sociais
(GRIFARS/PPGED-UFRN)
no âmbito da Associação
Norte-Nordeste de
Histórias de Vida em
Formação (ANNHIVIF).
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 13
têm se colocado como os principais tempos da formação docente para os licenciandos ao
escreverem seus memoriais.
Veja, a seguir, algumas passagens de memoriais de formação, escritos por
graduandos de Matemática*.
A infância entre a escola e a família[...] fui feliz na aquisição dos conhecimentos matemáticos nas primeiras séries do
ensino fundamental; sem esquecer, é claro, da grande importância e contribuição
dos conhecimentos prévios, adquiridos fora da escola, uma vez que nesse período
eu vendia picolé na escola em que minha mãe trabalhava e sacos de tecido vazios da
feira, fazendo com que logo cedo me familiarizasse com os algoritmos das quatro
operações aritméticas (MOISÉS, 2007, p. 7, memorial).
A formação no magistério e/ou superiorA formação no nível superior, para um professor de Matemática, é essencial.
Faço essa referência porque, mesmo lecionando a disciplina durante vários anos
com apenas o conhecimento adquirido durante o período em que cursei o ensino
médio, hoje, sendo aluno do curso de Matemática, sinto uma diferença enorme:
tenho mais segurança na aplicação dos conteúdos e vejo alguns que não lembro
se estudei no ensino médio (MAURÍCIO, 2007, p. 29, memorial).
A iniciação/escolha da profi ssãoTive o privilégio de ter uma excelente professora primária quando cursava a
2ª série do ensino fundamental [...]. Pelo seu jeito carinhoso de ensinar e pelo
exemplo de dedicação ao trabalho, chegando a encantar todos os seus alunos,
decidi que um dia também seria professora (MARLENE, 2007, p. 19, memorial).
A prática docente (no estágio e/ou na vida profi ssional)Revi os meus planejamentos e, conseqüentemente, a metodologia até então
por mim utilizada. Dentre essas mudanças, passei a ver com um novo olhar os
diferentes estilos cognitivos dos alunos, ao valorizar e propor que socializassem
as estratégias de cálculo por eles utilizadas. Com isso, os alunos compreendem,
por meio de análises e comparações, que pode haver diferentes caminhos para
se resolver um problema e também ampliam seu repertório acerca dos diferentes
procedimentos e tipos de cálculo por eles utilizados. [...] (MOISÉS, 2007, p.
212-22, memorial).
A importância da escrita de siEscrever sobre minha infância, a vida escolar, a profi ssional e a acadêmica
tornou-se para mim um desafi o e, ao mesmo tempo, um campo de pesquisa,
que me permitiu voltar ao passado e relembrar os acontecimentos que marcaram
de forma signifi cativa a minha trajetória estudantil. Fazendo esse exercício de
memória, trago para os dias de hoje uma análise do vivido, de forma crítica e
refl exiva [...] (LUAN, 2007, p. 7, memorial).
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado14
O devir
[...] a educação é, acima de tudo, mudança. É movimento, é lidar com o
inesperado, é ir para a sala de aula com um plano de trabalho e sair com outro
realizado. E eu, enquanto parte desse movimento, não posso parar jamais, pois
tenho plena consciência de que a educação, por si só, não é capaz de transformar
a sociedade, mas sei que, sem uma boa educação, jamais poderá ocorrer tal
transformação (JOÉLIA, 2007, p. 24, memorial).
Os pontos levantados nos memoriais, como você deve ter observado, são indissociáveis.
Aos ler esses relatos, é possível que você esteja se dando conta: de experiências signifi cativas
para a sua formação docente vivenciadas na infância; de que os modelos dos seus professores
do Ensino Fundamental e Médio tenham sido referências importantes durante o Estágio
Supervisionado; ou de que as demandas familiares que lhe iniciaram no mundo do trabalho,
por exemplo, tenham sido relevantes para a sua escolha profissional. Em todas essas
situações, você se situa no centro da sua formação, elaborando e identifi cando os sentidos que
atribuiu à sua história, bem como traçando metas para seu devir profi ssional. Esse processo,
denominamos método (auto)biográfi co:
[...] o método (auto)biográfi co repousa no reconhecimento não apenas do saber formal,
externo aos sujeitos, mas também naqueles saberes subjetivos, não formais, tecidos
nas suas experiências de vida e nos contextos socioculturais onde agem e interagem. A
incorporação desse método no processo de formação docente contribuiu para a tomada
de consciência, individual e coletiva, de que cada professor [ou licenciando autor do
memorial] permite-nos investigar suas escolhas e as representações construídas sob
infl uência do seu entorno familiar e profi ssional. As narrativas autobiográfi cas não são,
apenas, descrições ou interpretações de acontecimentos pessoais, mas se constituem
numa ação social por meio da qual o indivíduo retotaliza sua trajetória de vida e sua
interação com o social. (PASSEGGI et al, 2006, p. 206)
Por isso, ao optar por essa escrita, você estará não somente circunstanciando fatos
pontuais do seu estágio ou analisando com mais profundidade um aspecto específi co do ensino
na sua área, mas estará tomando a experiência do estágio para identifi car a rede complexa de
saberes, teorias e práticas que contribuíram ao longo da vida para a sua formação docente.
Nesse sentido, seu memorial será um balanço da sua formação e deverá apontar as grandes
linhas teórico-práticas da sua atuação docente futura.
Ao escrever o memorial, você se situará numa perspectiva pertinente para a Educação de
Adultos, que considera seus registros (o “lugar” de onde você vê o mundo) e suas experiências
formadoras (o que você aponta como signifi cativo na sua formação), segundo Josso (2004),
e sua capacidade de autopoiese (de se auto-criar através da escrita, transformando suas
representações ao escrever e refl etir sobre cada um desses tempos de formação), de acordo
com Passeggi (2006).
� Todos os memoriais aqui citados foram lidos em: Melo (2008, p. 327), cuja pesquisa foi desenvolvida
junto ao Instituto de Formação de Professores Presidente Kennedy (Natal-RN) e analisou, a partir dos
memoriais, os processos de aprendizagem do ser professor de matemática. Agradecemos à autora pela
disponibilização do seu trabalho para menção neste material didático.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 15
Sugestão de atividade 3
Planeje a escrita do seu memorial de formação
Considerando os principais pontos presentes nos memoriais e o quadro que orienta como
planejar, escrever e reescrever, inicie o seu planejamento. Observe o esquema a seguir e
preencha com o que você considera que foi/é fundamental na sua formação docente e que foi,
de alguma forma, importante nas suas refl exões sobre sua atuação no Estágio Supervisionado.
Lembre-se de que qualquer tempo, espaço ou personagens podem constar na sua escrita,
desde que tenham sido pertinentes para a sua formação docente.
Quadro 1 - Tempos da formação docente
A infância entre a escola e a família
______________________________
______________________________
______________________________
A formação no magistério e/ou superior______________________________
______________________________
______________________________
O devir______________________________
______________________________
______________________________
Formação docente
A iniciação/escolha da profi ssão______________________________
______________________________
______________________________
A importância da escrita de si______________________________
______________________________
______________________________
A prática docente no Estágio Supervisionado e/ouna vida profi ssional
______________________________
______________________________
______________________________
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado16
Leituras complementares
Conheça pelo menos um exemplar de cada um dos gêneros aqui discutidos. A seguir,
sugerimos alguns sites.
Relatório de estágio
Solicite de seu professor orientador a disponibilização, na página da disciplina, de
exemplares de relatórios escritos por estagiários da sua área de ensino. Observe a estrutura,
pontos desenvolvidos e a linguagem utilizada.
Artigo científi co
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FÍSICA. Disponível em: <http://www.sbfi sica.org.br/>. Acesso
em: 25 jun. 2008.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA. Disponível em: <http://www.sbm.org.br/>. Acesso
em: 25 jun. 2008.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA. Disponível em: <http://www.sbq.org.br/>. Acesso em:
25 jun. 2008.
Esses são, respectivamente, os sites das Sociedades Brasileiras de Física, Matemática
e Química. Em todos eles há links que o redirecionarão para as Revistas publicadas pelas
Sociedades. Em algumas delas, os artigos estão disponibilizados na íntegra para sua leitura.
Além de conhecer discussões pertinentes da área para a sua formação, veja como o tema
dos artigos está delimitado e como cada um dos seus itens está escrito. Essa leitura poderá
ajudá-lo na sua escrita.
REVISTA EDUCAÇÃO EM QUESTÃO. Disponível em: <http://www.revistaeduquestao.educ.ufrn.
br/>. Acesso em: 25 jun. 2008.
Esse é o site da Revista Educação em Questão do Departamento e Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Aqui, você encontrará
diversos artigos científi cos da área de Educação. Além de conhecer pesquisas relevantes para
a sua formação docente, você poderá observar os elementos estruturais e textuais da escrita
de um artigo científi co para ajudá-lo na escrita do seu texto.
Memorial
BIBLIOTECA DIGITAL DA UNICAMP. Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/list.
php?tid=121>. Acesso em: 25 jun. 2008.
Através desse site, você terá acesso à biblioteca digital da Unicamp e poderá encontrar
inúmeros memoriais de formação publicados na íntegra, escritos por graduandos dessa
universidade. Veja como se estruturam, a forma e estilo de escrita e, principalmente, o seu
caráter formativo. Outra sugestão é, quando estiver em Natal-RN, ir ao Instituto de Formação
Superior Presidente Kennedy e conhecer seu acervo de memoriais.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 17
Sugestão de atividade 4
Retome seus diários de campo e inicie oplanejamento do seu texto avaliativo sobre o estágio
Retome seus diários de campo e, a partir das orientações para planejamento,
escrita e reescrita dos gêneros aqui discutidos, inicie a escrita do seu texto.
Certifi que-se do seu tutor de estágio qual desses gêneros será solicitado de você.
Se for escrever um relatório, as anotações do diário de campo serão
fundamentais para ajudá-lo a elaborar as descrições; no caso da escrita do artigo
científi co, a leitura dos diários contribuirá para você delimitar o tema do seu
trabalho de pesquisa, também poderá ser importante lançar mão dos demais
materiais produzidos ao longo do estágio, para confi rmar as primeiras hipóteses
lançadas nos diários; para a escrita do memorial de formação, os diários permitirão
situar as observações realizadas na escola como experiências formadoras.
Referências
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. Tradução José Cláudio e Júlia
Ferreira. São Paulo: Cortez, 2004.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científi co. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2001.
______. Técnicas de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: defi nição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela
Paiva; MACHADO, Anna Raquel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. 3.
ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
MELO, Maria José Medeiros Dantas de. Olhares sobre a formação do professor de matemática:
imagem da profi ssão e escrita de si. 2008. 327f. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de
Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.
Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado18
PASSEGGI, Maria da Conceição. As duas faces do memorial acadêmico. Odisséia, Natal:
EDUFRN, v. 9, n. 13/14, p. 65-75, 2006.
PASSEGGI, Maria da Conceição et al. Formação e pesquisa autobiográfi ca. In: SOUZA, Elizeu
Clementino de (Org.). Autobiografi as, histórias de vida e formação: pesquisa e ensino. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2006.
PINEAU, Gaston. Temporalidades na formação. Tradução Lucia Pereira de Souza. São Paulo:
TRIOM, 2003.
PIRES, Marcelo Antonio; VEIT, Eliane Angela. Tecnologias de Informação e Comunicação para
ampliar e motivar o aprendizado de Física no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 28, n. 2, abr./jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0102-47442006000200015&lng=isso&nrm=isso#nt01>. Acesso
em: 25 jun. 2008.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Letramento em química, educação planetária e inclusão
social. Química Nova, v. 29, n. 3, p. 611-620, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
qn/v29n3/29295.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.
SOUZA, Elizeu Clementino de. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de
professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
UENO, Renata; MORAES, Maria Sueli Simão. Temas político-sociais no ensino da matemática.
Ciência & Educação, v. 13, n. 2, p. 223-233, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
ciedu/v13n2/v13n2a06.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.
Anotações
EMENTA
Claudianny Amorim Noronha
Tatyana Mabel N. Barbosa
Estágio Supervisionado I – INTERDISCIPLINAR
AUTORAS
AULAS
2º S
emes
tre d
e 20
08Im
pres
so p
or: G
ráfi ca
Tex
form
01 Módulo de orientação 1 – O Estágio Supervisionado para Formação de Professores: orientações para o estagiário
02 Módulo de orientação 2 – O Estágio Supervisionado como possibilidade de pesquisa-formação
03 Módulo de orientação 3 – O período de observação da escola: criando um outro olhar sobre os espaços, sujeitos e
ações de uma antiga conhecida nossa
04 Módulo de orientação 4 – Propostas de ações colaborativas para o Estágio: a interface entre os conhecimentos
escolares e acadêmicos
05 Módulo de orientação 5 – Materiais didáticos: como avaliar, utilizar e (re)elaborar
06 Módulo de orientação 6 – Planejamento de ensino I: objetivos, conteúdos, métodos e avaliação da aprendizagem
07 Módulo de orientação 7 – Planejamento de ensino II: objetivos, conteúdos, métodos e avaliação da aprendizagem
08 Módulo de orientação 8 – A avaliação do estágio: um processo de refl exão contínua
09 Módulo de orientação 9 – A (re)escrita do trabalho avaliativo fi nal: o relatório, o artigo científi co e o memorial
10 Módulo de orientação 10 – Estágio Supervisionado: o papel da escola como instituição co-formadora
11 Fichário de estágio
Apresenta as diferentes interfaces do estágio supervisionado, focalizando, principalmente, suas concepções
e orientações institucionais para a formação docente; as orientações práticas para a vivência pedagógica e o
planejamento do estágio na escola e a interlocução entre os saberes acadêmicos e escolares; como também
os princípios de avaliação e acompanhamento do estagiário pelos diferentes sujeitos do estágio na EaD.