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Dinâmica de Grupo em Dinâmica de Grupo em Agentes Agentes Rui Prada GAIPS, INESC-ID IST-UTL

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Dinâmica de Grupo em Dinâmica de Grupo em AgentesAgentes

Rui Prada

GAIPS, INESC-IDIST-UTL

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Sumário Introdução Grupos de Personagens Sintéticos Problemas e Limitações Caso de Estudo: Perfect Circle Modelo de Dinâmica de Grupo Sintética (DGS) Avaliação Conclusões e Trabalho Futuro

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Introdução É comum encontrar ambientes virtuais com

vários personagens sintéticos (agentes) Jogos de computador Comunidades virtuais Software educacional Filmes

Vários destes ambientes promovem a interacção em grupo e colaboração com o utilizador

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Exemplos Vários trabalhos apresentam:

Dinâmica de grupo emergente Relações sociais explicitas

Utilizador Outros personagens

Colaboração Utilizador Outros personagens

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Boids Objectivo

Movimento de cardumes e bandos

Comportamento Dinâmica

Emergente Sem relações

sociais Sem colaboração

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

REA Objectivo

Vender casas Ganhar a

confiança do utilizador

Comportamento Relações

sociais Apenas com o

utilizador

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

AlphaWolf Objectivo

Simular uma alcateia

Comportamento Dinâmica

emergente Com relações

sociais Sem colaboração

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Avatar Arena Objectivo

Negociar marcação de reuniões

Comportamento Dinâmica

emergente Com relações

sociais Sem intervenção

do utilizador

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

The Sims Objectivo

Vida com sucesso

Gerir amizades Comportamento

Com relações sociais

Sem colaboração

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Sam Objectivo

Contar histórias em conjunto com o utilizador

Comportamento Colaboração Sem relações

sociais Apenas dois

intervenientes

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Steve Objectivo

Ensinar uma tarefa de grupo ao utilizador

Comportamento Colaboração Sem relações

sociais

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

RPGs Objectivo

Resolver desafios em grupo

Comportamento Colaboração Sem relações

sociais Papel pouco

importante

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Problema Casos típicos

(1) Dinâmica emergente; sem capacidade para estabelecer relações sociais; nem colaboração

(2) Com capacidade de estabelecer relações, sem colaboração

(3) Colaboração sem capacidade de estabelecer relações sociais

Não há muito trabalho em cenários com colaboração e simultâneamente uma dinâmica de relações sociais

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Objectivo Promover a interacção de um utilizador com um

grupo de personagens sintéticas Realizam uma tarefa de grupo num mundo virtual O utilizador pertence ao grupo

Qualidade da interacção do utilizador depende da credibilidade dos personagens

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Credibilidade Criar a Ilusão de Vida (Disney) Fazer esquecer que não é real Ser coerente com as expectativas do utilizador Vários níveis

Motor (Visual) Comportamento

Deve haver um equilíbrio entre os níveis Ex: o personagem não deve parecer mais “esperto” do

que é na realidade

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Credibilidade The Media Equation (Reeves and Nass, 1996)

Os utilizadores têm expectativas sociais quando interagem com o computador

Aplicam regras sociais semelhantes às usadas em interacções com outros humanos Utilizadores preferem computadores simpáticos e são

simpáticos para com os computadores Atribuem características de personalidade ao computador e

preferem interagir com computadores com personalidade compatível

Aplica-se a todo o tipo de utilizadores

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Hipótese Melhorar a interacção de um utilizador num grupo

de personagens sintéticos implica criar comportamento de grupo credível

Se a dinâmica do grupo for semelhante à verificada em grupos de humanos então a credibilidade do

grupo e consequentemente a interacção do utilizador com o grupo serão melhores

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Caso de Estudo Jogo de computador jogado por 5 personagens

1 controlado pelo utilizador e os restantes autónomos Tarefa colaborativa

Encontrar uma gema especial no mundo de FantasyA Navegar no mundo através de portais activados por

certas combinações de gemas preciosas O grupo tem de conseguir a combinação correcta para

avançar no jogo

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Demo: Perfect Circle

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Modelo DGS Um modelo para suportar uma dinâmica de grupo

credível Inpirado em teorias e estudos humanos (psicologia e

sociologia) McGrath (1984), Bales (1950), Heider (1958),

French and Raven (1968) Elementos são agentes autónomos com capacidade

de modelar criar um modelo dos outros e do grupo Dinâmica de grupo surge / observa-se nas interacções

entre os elementos do grupo

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Modelo DGS O modelo aplica-se a:

Grupos pequenos Sem estrutura organizacional Com membros autónomos Com membros heterogénios Comprometidos na resolução de uma tarefa

colaborativa

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Modelo DGS

Mente do Agente

Percepção

Acção

O Grupo

Crenças

Comportamento

Mod

elo

DG

S

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Modelo DGS

Interacções dos membros

Estado do Grupo

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Modelo DGS

Interacções dos membros

Estado do Grupo1. Nível Individual2. Nível de Grupo3. Nível de Contexto

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Modelo DGS

Interacções dos membros1. Instrumental2. Socio-emocional

Estado do Grupo1. Nível Individual2. Nível de Grupo3. Nível de Contexto

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Arquitectura

Geração de Comportamento

Sensores

Actuadores Acção

Percepção

Ambiente Mente do PersonagemCrenças

Individual

Grupo

Contexto

Interacções

ActionInfluence

IdentityCategory

Efeitos deInteracção

Revisão deCrenças

ActionPlanning

IdentificaCategoria

Influênciana Acção

Planeamentode Acções

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Nível Individual

Geração de Comportamento

Sensores

Actuadores Acção

Percepção

Ambiente Mente do PersonagemCrenças

Individual

Grupo

Contexto

Interacções

ActionInfluence

IdentityCategory

Efeitos deInteracção

Revisão deCrenças

ActionPlanning

IdentificaCategoria

Influênciana Acção

Planeamentode Acções

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Nível Individual Define as características individuais de cada

membro, incluindo o próprio agente Habilidades relacionadas com a tarefa Personalidade - Five Factor Model (McRae and

Costa, 1996) Extroversão: iniciativa dominante e frequência de

interação Simpatia: orientação socio-emocional

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Nível de Grupo

Geração de Comportamento

Sensores

Actuadores Acção

Percepção

Ambiente Mente do PersonagemCrenças

Individual

Grupo

Contexto

Interacções

ActionInfluence

IdentityCategory

Efeitos deInteracção

Revisão deCrenças

ActionPlanning

IdentificaCategoria

Influênciana Acção

Planeamentode Acções

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Nível de Grupo Composição do grupo

Conjunto de membros Estrutura do grupo

Relações inter-pessoais Atracção social: gostar e desgostar Influência social: poder potêncial

Relação dos membros com o grupo Motivação Posição no grupo

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Nível de Grupo A posição de um membro no grupo reflete a força

(importância) das suas acções no grupo

Posição do grupo depende de: A estrutura do grupo

Atracção que os outros membros nutrem pelo agente Influência que o agente tem nos outros

Capacidade (para resolver a tarefa) relativa no grupo

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Interacções

Geração de Comportamento

Sensores

Actuadores Acção

Percepção

Ambiente Mente do PersonagemCrenças

Individual

Grupo

Contexto

Interacções

ActionInfluence

IdentityCategory

Efeitos deInteracção

Revisão deCrenças

ActionPlanning

IdentificaCategoria

Influênciana Acção

Planeamentode Acções

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Interacções Categorias (baseadas em Bales, 1950)

Socio-emocionais Positivas: Encorajar, Concordar

E.g. Encorajar um elemento quando este falha a execução de uma acção

Negativas: Desencorajar, Discordar

Instrumentais Positivas: Facilitar Problema, Ganhar Competência

E.g. solve part of the group problem Negativas: Dificultar Problema, Perder Competência

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Efeitos de Interacção

Geração de Comportamento

Sensores

Actuadores Acção

Percepção

Ambiente Mente do PersonagemCrenças

Individual

Grupo

Contexto

Interacção

ActionInfluence

IdentityCategory

Efeitos deInteracção

Revisão deCrenças

ActionPlanning

IdentificaCategoria

Influênciana Acção

Planeamentode Acções

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Efeitos de Interacção Interacções Instrumentais alteram as relações de

influência (French and Raven, 1968) Um elemento do grupo que demonstre competência na tarefa

ganha influência sobre os outros Um elemento que demonstre incompetência perde influência

Interacções socio-emocionais alteram as relações de atracção (Heider, 1958) Um agente sente-se atraído por membros que executem

interacções socio-emocionais positivas para um agente que ele goste ou para ele próprio

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Condições de Interacção

Geração de Comportamento

Sensores

Actuadores Acção

Percepção

Ambiente Mente do PersonagemCrenças

Individual

Grupo

Contexto

Interacção

ActionInfluence

IdentityCategory

Efeitos deInteracção

Revisão deCrenças

ActionPlanning

IdentificaCategoria

Influênciana Acção

Planeamentode Acções

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Condições de Interacção Em geral a frequência de interacção depende de:

Motivação, Posição no Grupo e Extroversão

Nas interacções socio-emocionais: Simpatia Posição no grupo do agente alvo Atracção social pelo agente alvo

Nas interacções instrumentais Habilidades do agente

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Nível de Contexto

Geração de Comportamento

Sensores

Actuadores Acção

Percepção

Ambiente Mente do PersonagemCrenças

Individual

Grupo

Contexto

Interacção

ActionInfluence

IdentityCategory

Efeitos deInteracção

Revisão deCrenças

ActionPlanning

IdentificaCategoria

Influênciana Acção

Planeamentode Acções

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Nível de Contexto Suporta o mecanismo de identifiação das

interacções Modelo da Tarefa

Usado para identificar as interacções instrumentais Normas Sociais

Usadas para identificar as interacções socio-emocionais

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Avaliação

“Se as interacções num grupo de personagens sintéticos seguirem uma dinâmica semelhante às

interacções em grupos humanos:1) o grupo sintético torna-se mais credível2) o que torna melhor a experiência de interacção de um utilizador que participe

activamente no grupo”

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Avaliação Como avaliar a experiência de interacção do

utilizador? Experiência em Grupo (Allen et al., 2004)

Confiança Identificação social

Ambientes Virtuais (DeGreef et al., 2001) (Schubert et al., 2001) Presença Física e Social

Jogos Satisfação

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Avaliação Amostra

24 estudantes de Informática (IST-Taguspark) Com idades dos 18 aos 32 20 homens, 4 mulheres

Método Os participantes lêem as instruções do jogo na

primeira meia hora Depois jogam durante uma hora

Todos jogam com o mesmo grupo em termos de personalidade, aparência e habilidades individuais

Todos jogam a mesma sequência de desafios

No fim preenchem um questionário

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Avaliação 3 Condições (8 pessoas em cada)

(C1) Sem o modelo DGS Frequência de interacção constante A decisão de proceder com uma acção, depois de discutida

no grupo, não depende da posição dos elementos no grupo Não há interacções socio-emotionais

(C2) Com o modelo DGS e um grupo neutro(C3) Com o modelo DGS e um grupo pouco coeso

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Resultados

Asymp. Sig. de Trust foi 0,039 e de Identification foi 0,051

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Resultados

Asymp. Sig. de Presence foi 0,469 e de Satisfaction foi 0,105

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Conclusões Argumentou-se que credibilidade na dinâmica de grupo é

uma questão importante para melhorar a experiência de interacção de um utilizador que colabora com personagens sintéticos

Provou-se que essa credibilidade pode ser conseguida se as interacções no grupo sintético seguirem uma dinâmica semelhante aos grupos humanos

Este trabalho estende os sistemas existentes à data Os personagens sintéticos relacionam-se durante a

colaboração na resolução de uma tarefa Atracção social Influência social

O utilizador é um dos membros do grupo

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Trabalho Futuro Extensões ao modelo DGS

Incluir estrutura de organização Dinâmica da composição do grupo

Aceitação e exclusão de membros

Estender a personalidade Noção de individualismo

Relacionamentos inter-grupais

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Trabalho Futuro Mais avaliação

Efeitos da coesão do grupo Diferenças nos utilizadores

Cultura Personalidade

Teste de “Turing” Aplicar o modelo DGS noutros cenários

Treino de liderança Ferramenta para estudos socias sobre dinâmica de

grupo Mediação de interacções de grupo entre humanos

Rui Prada Dinâmica de Grupos formados por Humanos e Personagens Sintéticos 23 de Abril de 2007

Obrigado!

Contactos: [email protected]/~rui.prada/perfect-circle