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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
FARMÁCIA
CAROLINA MELLACE MAURO RODRIGO NASCIMENTO MARTINS
ROWENA KARINA ARCHIDIACONO
DETERMINAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DO CAPTOPRIL APÓS EXPOSIÇÃO À TEMPERATURA ACIMA DA
AMBIENTE, POR MÉTODO TITULOMÉTRICO
Santos - SP Novembro – 2010
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
FARMÁCIA
CAROLINA MELLACE MAURO RODRIGO NASCIMENTO MARTINS
ROWENA KARINA ARCHIDIACONO
DETERMINAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DO CAPTOPRIL APÓS EXPOSIÇÃO À TEMPERATURA ACIMA DA
AMBIENTE, POR MÉTODO TITULOMÉTRICO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharelado à faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Santa Cecília, sob a orientação do Prof. Sérgio Ferreira
Santos - SP
Novembro– 2010
Folha de aprovação
CAROLINA MELLACE MAURO RODRIGO NASCIMENTO MARTINS
ROWENA KARINA ARCHIDIACONO
DETERMINAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DO CAPTOPRIL APÓS EXPOSIÇÃO À TEMPERATURA ACIMA DA AMBIENTE, USANDO MÉTODO TITULOMÉTRICO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Farmacêutico à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Santa Cecília. Data da aprovação: 10 / 11/ 2010 ______________________________________________________________ Prof. Ms. Sérgio Ferreira Orientador _____________________________________________________________ Prof. Dr Walber Toma _____________________________________________________________ Prof. Luiz Waldir Orsatti
DEDICATÓRIA
Á alma de todos aqueles que nos ajudaram e
cruzaram nossos caminhos, nesta época da árdua transformação das nossas vidas para
sempre...
AGRADECIMENTOS
A realização de um sonho é fruto do trabalho de muitas pessoas... Das grandes, das pequenas participações, das palavras de apoio... A realização deste sonho é fruto do trabalho daqueles que se posicionam
todos os dias na frente de uma classe, por acreditarem que estão nascendo novos grandes profissionais .
Um sonho, é fruto das amizades feitas e que nos conduzem a caminharmos todos os dias com mais alegria. É fruto dos esforços de nossas famílias, e é a concretização de uma força maior que rege e escreve nossas histórias, para sempre na eternidade.
A realização deste trabalho é um sonho, e não há exclusão de nenhuma pessoa que cruzou o meu caminho nestes quatro anos. Tem a força de cada uma delas, cada conquista nestes quatro anos foram escada para que se chegasse a essa etapa final, que tem um pedaço de cada pessoa nestes papeis. Aquelas que estiveram juntas, que estiveram por perto, por mais longe que a distancia fosse, que choraram e que enxugaram as lágrimas, que sorriram e que se foram...
Não seria digno, não lembrar de todas . Assim fui muito feliz na longa caminhada da graduação, e o melhor de tudo é ter a certeza disso na plena caminhada. De todo amor foi intensa minha felicidade, nossas histórias tem um ponto final nesta graduação e o começo de outra história lá fora.
Que assim seja, que comece a nova era, e que eu deixe aqui toda a minha gratidão, por tanta felicidade, á todos.
Foi de grande batalha o desenvolvimento deste trabalho, mas não há nada tão gratificante...
Meus agradecimentos especiais ao Laboratório Central de Biologia, minha segunda casa, ao apoio sempre prestado e a tudo concedido, e melhor de tudo ainda são as amizades que deixo lá. Agradeço especialmente ao Alessandro Alves de Almeida, responsável pela ajuda na estabilização da estufa, pela organização de materiais, pela palavra amiga quando tudo parecia perdido, por ter feito meu primeiro estágio ser tão divertido, pelos ensinamentos, pelo acolhimento.
Também não poderia deixar de agradecer o Laboratório de Preparações Químicas, pelo apoio, atenção, ajuda, que sem eles o trabalho não teria se desenvolvido.
Agradeço ao meu orientador pela disponibilidade, pela sinceridade e sempre mostrar os pontos fracos e fortes de mim, como ser humano e profissional.
E como no nosso caminho nada é por acaso, o acaso colocou em meu caminho duas pessoas para serem meus amigos de TCC, e eu nunca acreditei que existissem pessoas com tanta serenidade e paciência para se manterem calados enquanto eu gritava.Com certeza houve o amadurecimento dessas pessoas participando do trabalho. Essas três pessoas que incluindo o professor Sérgio Ferreira, eu tenho toda liberdade e orgulho de dizer “ São meus amigos”... e por isso já vale todo o meu trabalho.
“Deus abençoe a todos...” Rowena Karina Archidiacono
Tenho muito a quem agradecer, a começar por Deus, que foi o responsável por proporcionar os melhores quatro anos de minha vida, e por me trazer serenidade e maturidade para a concretização deste trabalho.
Agradeço aos meus pais por serem amáveis e companheiros e por respeitarem e apoiarem minhas decisões .
Aos meus irmãos ,minhas cunhadas e meus oito “anjinhos”,que mesmo distantes ,me encheram de amor.
Ao meu ex namorado e amigo Márcio, pelo seu apoio e paciencia,que foram fundamentais .
Agradeço ao Professor e orientador Sérgio Ferreira por sua dedicação . À engenheira Kátia e aos integrantes do laboratório Central de biologia da
Unisanta,em especial ao Alessandro, que foram sempre muito solícitos. Agradeço a todos que somaram de alguma forma em minha vida,e a este
trabalho e principalmente àqueles que somaram de todas as formas .Obrigado Mauro e Rowena por me mostrarem o real sentido do companheirismo e amizade.
Carolina Mellace Como podemos descrever este carrossel de emoções que é cursar uma
faculdade? Na verdade não podemos, mas acho que escolhi as palavras certas para ilustrar esta minha idéia: amor, respeito e amizade.
Aprendi a respeitar e ser respeitado, a amar minha profissão e entendi que o valor da amizade pode quebrar inúmeras barreiras.
Ter paciência e entender que nossos sonhos não são construídos da noite para o dia, que os desafios são inúmeros mas as conquistas serão infinitas.
E nada que conquistei foi tão gratificante como ter pessoas maravilhosas ao meu lado, meus amigos e meus professores. Agradeço aos meus professores pela paciência e pelo muito que me foi ensinado, entendo que ser um bom profissional é minha obrigação, pois, eles não esperam nada menos que isso de mim.
Aos meus queridos amigos eu gostaria de agradecer do fundo do coração, pois, sem eles nada de especial teria acontecido. Rowena e Carol: muito obrigado pela paciência e por todo o suor derramado, por todos os ensinamentos e momentos inesquecíveis que passamos juntos, agradeço as risadas e as lagrimas, mas acima de tudo agradeço a Deus por colocar pessoas maravilhosas como vocês em meu caminho.
Leonardo, meu irmão para todas as horas, com excelentes conselhos e sermões, me ensinou a ser simples e procurar apoiar os verdadeiros amigos.
Professor Sergio, obrigado por nunca desistir de nós, um orientador tão paciente e interessado por todos os nossos problemas que por muitas vezes parecia o nosso pai.
Agradeço pelo carinho de todos os meus familiares, mas gostaria de agradecer em especial a minha mãe, uma mulher guerreira que sempre me apoiou e me ajudou em todos os momentos da minha vida, não seria nada sem o exemplo dela.
Sempre estará em meu coração a lembrança de todos que me ajudaram, pois sozinho não sou ninguém.
Mauro Rodrigo Nascimento Martins
RESUMO O Captopril é fármaco anti-hipertensivo inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA), indicado para o tratamento da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva. É uma substância que mediante à exposição a níveis elevados de temperatura e umidade é suscetível à degradação oxidativa resultando em Dissulfeto de Captopril,um produto tóxico. O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente o possível processo degradativo, ocasionado ao Captopril perante exposição à temperaturas acima da ambiente,que pode promover redução do teor do princípio ativo , representando falhas na terapêutica.O método escolhido para tal avaliação foi o método analítico de oxi-redução por iodometria,um método de baixo custo e fácil realização preconizado pela farmacopéia americana (USP 24) . O Captopril foi armazenado em estufa com temperatura de (49 ± 1º) ,sendo dividido por lotes de matéria prima e de fármaco encapsulado. As análise foram realizadas a partir da 4° semana de armazenamento, tendo seqüência na 8°, 12° e 16° semana. Os resultados obtidos através deste método e nestas condições analíticas não demonstraram uma efetiva redução no teor do Captopril . PALAVRA-CHAVE: Captopril; temperatura; iodometria; teor.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Resultado das análises do período de 4 e 8 semanas..........................25
TABELA 2 – Resultado das análises do período de 12 e 16 semanas......................26
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Molécula do fármaco Captopril................................................................ 10
FIGURA 2 - Locais de ação dos inibidores da ECA ............................................. 11
FIGURA 3 - Sítio ativo da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA)...................... 12
FIGURA 4 - Degradação do fármaco Captopril........................................................... 13
FIGURA 5 - Ponto de viragem na titulação ............................................................... 19
FIGURA 6 - Placas de petri sendo esterelizadas ................................................. 22
FIGURA 7 - Estufa escolhida para acondicionamento do material....................... 23
FIGURA 8 - Pesagem da matéria prima para acondicionamento e análise......... 23
FIGURA 9 - Matéria prima e cápsula acondicionada na estufa............................ 24
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................8
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................8
1.1. Hipertensão arterial...................................................................................... 8
1.2. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA)............................10
1.3. Armazenamento de medicamentos............................................................13
1.4. Estabilidade................................................................................................13
1.5. Titulometria ................................................................................................16
1.6. Iodometria..................................................................................................16
2.OBJETVO...............................................................................................................17
3.MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................18
3.1.Materiais....................................................................................................18
3.2.Métodos.....................................................................................................19
3.3.Procedimento.............................................................................................20
3.3.1. Matéria prima..............................................................................20
3.3.2. Controle de qualidade.................................................................20
3.3.3. Encapsulação..............................................................................21
3.3.4. Peso médio das cápsulas...........................................................21
3.3.5. Esterilização das placas de petri...............................................22
3.3.6. Estabilização da estufa...............................................................22
3.3.7. Pesagem da matéria prima.........................................................23
3.3.8. Acondicionamento na estufa......................................................24
4. ANÁLISES..............................................................................................................24
4.1 Reprodutividade das análises..................................................................26
5. DISCUSSÃO..........................................................................................................27
6.CONCLUSÃO..........................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................................29
ANEXOS.....................................................................................................................32
Anexo A – Preparo de soluções....................................................................32
Anexo B – Fórmulas.....................................................................................34
Anexo C – Laudo do fornecedor da matéria prima......................................36
10
INTRODUÇÃO
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O seguinte trabalho propõe detectar quantitativamente o processo
degradativo do fármaco anti-hipertensivo Captopril quando exposto a uma
temperatura acima da ambiente em um determinado período de tempo.
Os experimentos foram realizados pelo método analítico de oxi-redução
descrito na farmacopéia americana (USP) validado em estudo realizado por
Cavalcante et al,utilizado como referência para a escolha do fármaco e do método
do presente estudo.
É um estudo de estabilidade que tem como objetivo avaliar o comportamento
do medicamento em função do tempo e da temperatura. Isto é de suma importância
para a orientação aos pacientes sobre o armazenamento adequado de fármacos a
fim de evitar condições de umidade e temperatura que possam prejudicar sua
concentração e consequentemente a terapeutica .
O fármaco Captopril foi analisado nos seguintes intervalos de:
4 semanas, 8 semanas, 12 semana, 16 semana, onde foi exposto a uma
temperatura de (49 ± 1º). A determinação do valor da temperatura foi escolhida em
base no trabalho científico de: de Garcia et al, que em Estudos realizados na Região
Nordeste, demonstram que algumas áreas no interior do baú dos veículos, os
valores de temperatura ultrapassam 50 ºC .
1.1 Hipertensão arterial
O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio das
artérias, a tensão gerada na parede das artérias é chamada de pressão arterial. A
hipertensão arterial é a elevação da pressão para números acima dos valores
considerados normais.
A pressão arterial é diretamente proporcional ao produto do fluxo sanguíneo,
o débito cardíaco (DC) pela resistência da passagem do sangue pelas arteríolas,
11
que é chamada de resistência vascular periférica (RVP). Essa relação é
demonstrada pela seguinte equação:
PA= DCX RVP
De modo geral, a elevação da pressão arterial é ocasionada por uma
combinação de diversas anormalidades (KATZUNG,2005).
A idade acima de 40 anos,a raça negra,o excesso de peso,o excesso de
ingestão de sódio , ingestão prolongada de álcool, o sedentarismo,fatores
socioeconômicos,genéticos e outros fatores de risco cardiovascular, são apontados
na VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão como fatores de risco para o
desenvolvimento da doença.
É uma patologia permanente que causa poucos sintomas até alcançar um
estágio avançado ou já tenha ocasionado alguma lesão, pois é uma doença
habitualmente assintomática. O diagnóstico da pressão arterial depende das
medidas da pressão arterial e não dos sintomas relatados pelo paciente, daí a
importância do diagnóstico precoce através de aferições realizadas em avaliações
médicas.
O avanço da patologia danifica os vasos sanguíneos renais, cardíacos,
cerebrais e resulta em um aumento na insuficiência renal, coronopatia, insuficiência
cardíaca e acidente vascular cerebral (KATZUNG,2005).
De acordo com um levantamento de dados realizado pelo MINISTÉRIO DA
SAÚDE no ano de 2009, 24,4% dos brasileiros foram diagnosticados
hipertensos,sendo 27,2% representado por mulheres contra 21,2% por homens,
sendo os idosos acima de 65 anos os mais acometidos pela doença totalizando um
percentual de 63,2%.
A redução farmacológica efetiva da pressão arterial impede lesão dos vasos
sanguíneos e diminui consideravelmente as taxas de morbilidade e mortalidade.
O tratamento da hipertensão arterial consiste em avaliar o grau de risco
cardiovascular. Se for baixo o paciente pode seguir uma terapia não medicamentosa
através de: controle do peso, mudança no estilo alimentar como por exemplo, dietas
vegetarianas,a redução no consumo de sal e de álcool, prática de atividades físicas
entre outros. Porém se o grau for alto, se faz necessário o tratamento
medicamentoso (KATZUNG,2005).
12
São sete classes de anti hipertensivos disponíveis para uso clínico de
acordo com a VI Diretriz Brasileira de hipertensão sendo: diuréticos, inibidores
adrenérgicos,vasodilatadores diretos,bloqueadores dos canais de cálcio,inibidores
da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores de AT1, inibidor direto da
renina.
O Captopril pertence a classe de anti hipertensivos que são inibidores da
enzima conversora de angiotensina, e se encontra incluso na Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME-2010). Foi o primeiro fármaco a pertencer a
esta classe terapêutica e ainda hoje, por apresentar baixo custo e uma grande
eficácia ao tratamento de pacientes portadores de hipertensão arterial, com ou sem
doenças crônicas associadas,como diabete mellitus, muitas vezes na prescrição é
considerado um medicamento de primeira escolha (Bresolin, 2006).
Encontra-se disponível na forma de comprimidos e cápsulas, estas
produzidas em farmácias de manipulação.
Figura1: Molécula do fármaco Captopril. (BRESOLIN,2006).
1.2 Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)
Os fármacos pertencentes a esta classe de anti hipertensivos atuam
inibindo a enzima que converte angiotensina I em angiotensina II, que é um potente
vasoconstritor, produzindo redução da pressão arterial, principalmente ao diminuir a
resistência vascular periférica, não ocorrendo alterações significativas no débito
cardíaco e na freqüência cardíaca.
13
Outra ação importante as angiotensina II é a estimulação da síntese de
aldosterona no córtex renal,aumentando a absorção renal de sódio e o volume
sanguíneo intravascular.
A atividade hipotensora do Captopril resulta de uma atividade inibitória no
Sitema Renina Angiotensina Aldosterona e uma atividade estimulatória do sistema
calicreína, devido a uma enzima análoga a ECA a cininase II que também é inibida
pelo fármaco. Ela é responsável pela degradação de bradicinina, aumentando a
síntese de prostaglandina, promovendo a vasodilatação, ocorrendo a diminuição da
RVP, tendo consequentemente a redução da pressão arterial (Katzung, 2005).
Figura 2: Locais de ação dos inibidores da ECA e bloqueadores do receptor da angiotensina II.
O desenvolvimento do fármaco Captopril foi um dos primeiros exemplos de
planejamento bem-sucedido de drogas baseado no conhecimento químico da
molécula alvo (DALE, 2006 ).
14
Figura 3: Sitio ativo da Enzima Conversora de Angiotensina (DALE,2006)
O Captopril provoca uma pequena queda da pressão arterial em seres
humanos normais que estão consumindo a quantidade de sal contida na dieta
habitual, porém se observa uma queda de pressão muito maior em pacientes
hipertensos, principalmente naqueles em que a secreção de renina está aumentada
(como por exemplo em pacientes que fazem uso de diuréticos). Os IECAS atingem
os vasos de capacidade e de resistência e diminuem a carga cardíaca, e também a
pressão arterial.
Os efeitos indesejáveis do fármaco são :
Hipotensão: principalmente depois da primeira dose e em pacientes com
insuficiência cardíaca que foram tratados com diuréticos de alça, no qual o sistema
Renina-Angiotensina-Aldosterona se encontra altamente ativado.
Tosse seca: É um efeito adverso mais comum e persistente. Ela ocorre
possivelmente pela ocorrência do acúmulo de bradicinina na mucosa brônquica
(DALE, 2006 ).
Apesar da sua estabilidade em formas farmacêuticas sólidas, o Captopril
sofre reação de oxidação quando exposto a umidade e altas temperaturas, formando
o produto Dissulfeto de Captopril, onde ½ mol de O2 é suficiente para degradar 2
mol de Captopril (SILVA, 2006).
15
Figura.4: Degradação do fármaco captopril . (BRESOLIN,2006).
1.3 Armazenamento de medicamentos
Para que seja garantida a estabilidade de uma preparação farmacêutica
durante o prazo de validade cogitado pelo fabricante, o produto deverá ser
armazenado em condições adequadas.
Segundo Ansel et. al (2000) : ” É recomendável armazenar os comprimidos
em recipientes herméticos e em lugares com pouca umidade e protegidos dos
extremos de temperatura.”
O rótulo do medicamento inclui as condições ideais de armazenamento.
Quando não há fornecimento dessas indicações específicas ou limitações de
armazenagem, fica subentendido que as condições incluem a proteção contra
umidade, congelamento e calor excessivo (ANSEL, 2000).
1.4 Estabilidade
Segundo Ferreira (2006), a estabilidade é a extensão de tempo na qual o
produto mantém, dentro de seus limites especificados, através do período de
armazenamento e uso, as mesmas propriedades que possuía no momento de sua
fabricação.
Há diversos tipos de estabilidade aplicados a produtos farmacêuticos:
16
Estabilidade Química
Quando cada princípio ativo contido na preparação mantém sua integridade
e eficiência, dentro dos limites especificados.
Estabilidade Física
quando são mantidas as suas propriedades físicas originais, como:
aparência, uniformidade, suspendabilidade.
Estabilidade Microbiológica
É a resistência ao crescimento microbiano, dentro dos requerimentos.
Estabilidade Terapêutica
quando o efeito terapeutico mantém-se inalterado
Estabilidade Toxicológica
Quando não ocorre nenhum aumento da toxicidade (FERREIRA, 2006).
A estabilidade química é essencial para escolher as condições de
armazenagem como a temperatura, luz e umidade e selecionar o recipiente
adequado e prever as interações ao misturar fármacos e excipientes .
Os sinais de instabilidade das formulações podem ser reveladas em alguns
casos pela mudança na aparência física, na coloração, no odor, no gosto ou na
textura, enquanto em outros casos, possam ocorrer alterações químicas que não
são evidenciadas e que só podem ser identificadas por análises químicas
(ANSEL,2000) .
Nas preparações magistrais há dificuldade em estabelecer o prazo de
estabilidade (validade) dos medicamentos, mesmo que para o produto manipulado
subentenda-se que os mesmo será utilizado logo após sua manipulação e somente
durante o tempo de tratamento, o fármaco precisa manter-se estável durante todo
esse tempo (FERREIRA, 2006).
O problema de se estabelecer a estabilidade nas formulações magistrais
são pelos aspectos à produção artesanal desses fármacos bem como a diversidade
de formulações, associações de ativos, formulações específicas e personalizadas
17
além dos diversos excipientes e veículos utilizados e também o fator econômico
justifica a falta desses testes de estabilidade.
Um mecanismo comum de degradação química de um fármaco é a
oxidação, que também é a reação responsável pela degradação do fármaco
Captopril em Dissulfeto de Captopril (FERREIRA, 2006).
A oxidação consiste em uma perda de elétrons de uma molécula que é
aceito por outro átomo ou molécula.
A deterioração do fármaco por oxidação requer a presença de oxigênio, não
só na fórmula molecular O2, como também na forma de um radical livre, onde possui
dois elétrons desemparelhados, podendo iniciar reações em cadeia resultando a
quebra das moléculas do fármaco, particularmente se a reação ocorre na presença
de catalizadores como: luz, calor, alguns íons metais e peróxido (FERREIRA, 2006).
Com os medicamentos oxidáveis sua degradação é apressada pelo aumento
de temperatura, é aconselhável manter esses medicamentos em locais frescos
Está reação ocorre mais lentamente em pH menor que 4,0.
A velocidade de degradação do fármaco normalmente segue a cinética de
primeira ordem onde a degradação é diretamente proporcional a sua concentração.
(ANSEL, 2000)
Alguns fatores devem ser analisados para se determinar o prazo de
estabilidade de um fármaco:
-As propriedades físicas e químicas dos componentes da fórmula.
-A natureza da droga e suas características de degradação cinética.
-Provável temperatura de armazenagem do fármaco.
-A forma farmacêutica.
-Se possui algum fator que influencia na velocidade entre ativos, veículos ou
excipientes (FERREIRA, 2006).
18
1.5 Titulometria
A titulometria inclui um grupo de métodos analíticos baseados na
determinação da quantidade de um reagente de concentração conhecida que é
requerida para reagir completamente com o analito. A quantidade do reagente pode
indicar através da solução de uma substância química ou uma corrente elétrica de
grandeza conhecida (CROUCH, 2007).
1.6 Iodometria
Consiste em uma titulação com iodato, em um meio levemente ácido tendo
excesso de iodeto de potássio e o amido como o indicador , enquanto o amido reage
como iodo resultando complexo azul.
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2 . OBJETIVO
Avaliar através de titulometria,a concentração do fármaco anti-hipertensivo
Captopril, após exposição prolongada em temperatura acima da ambiente,(49 ± 1º),
verificando a ocorrência de um possível processo oxidativo.
20
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais:
Captopril (matéria prima)
Cápsulas gelatinosas nº03 ,cor branca
Excipiente: talco 30%, lauril sulfato de sódio 1%, dióxido de silício 1%,
amido qsp
Ácido sulfúrico 3,6N, Grau de pureza:98%,Densidade: 1,84 g/ml
Iodeto de potássio
Iodato de potássio 0,1N
Amido SI
Água destilada
Medidor de pH marca Marte, modelo MB10
Balança semi-analítica digital Marte, modelo AL500
Balança analítica digital Ohaus, modelo AS200
Estufa Fanem, modelo Orion S15
Estufa MIM, modelo LI122
Frasco para determinação de iodo 250 ml
Béquer
Pipeta graduada de 10 e 5 ml
Proveta de 10 ml
Bureta 25 ml classe A
Suporte universal
Papel vegetal
Espátula
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3.2 Método
O método que foi utilizado para dosar a concentração do fármaco Captopril,
após ser mantido a temperatura de( 49 ± 1),e analisado periodicamente é o método
descrito pela Farmacopéia Americana (USP 2000).Trata-se de um método
titulométrico de oxi-redução, validado em 2009 por Calvalcante et al.
O método consiste em dissolver aproximadamente 300 mg do fármaco,
acrescido em frasco para determinação de iodo de 250 ml, acrescido de 100 ml de
água destilada, 10 ml de ácido sulfúrico 3,6 N, 1g de iodeto de potássio e 2 ml de
amido SI , titular com iodato de potássio 0,1N até viragem para cor azul persistente
por 30 segundos.
Vale ressaltar que primeiramente foi realizada uma prova em branco,ou seja
mesmo procedimento excetuando –se o acréscimo do fármaco na solução, com a
finalidade de testar os reagentes.
O valor encontrado nesta prova em branco foi de 0,1 ml de iodato de
Potássio gasto na titulação até obter-se o ponto de viragem, sendo descontado em
todas as posteriores análises.
Nesta metodologia, cada ml titulado de iodato de potássio 0,1N corresponde
a 21,73mg de Captopril.
Na titulação das cápsulas,devido a influência dos excipientes o ponto de
viragem é caracterizado pelo aparecimento de um tom levemente marrom.
Figura 5 :Ponto de viragem na titulação: (A) matéria-prima;(B) cápsula.(arquivo pessoal)
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3.3 Procedimento
3.3.1 Matéria Prima
Foi adquirida a matéria prima do Captopril,de lote CP0701, validade
junho/2011 e fornecedor Pharma Nostra. por intermédio da farmácia de manipulação
Central localizada na cidade de Itanhaém, onde seu custo ficou por cargo dos alunos
do trabalho.
3.3.2 Controle de Qualidade
Foi realizado o controle de qualidade da matéria prima comparando com o
laudo do fornecedor aonde analisou-se: descrição (características organolépticas),
solubilidade, pH. Sendo a determinação pH uma análise adicional devido a sua
influência na oxidação do medicamento.
Todos os testes foram condizentes com as referências onde obtiveram os
seguintes resultados:
● Descrição (características organolépticas) Pó cristalino, branco
● Solubilidade Realizado no laboratório da universidade Santa Cecília B32-
B, com material preparado e cedido pelo Laboratório Central de Biologia (LCB).
Todos os resultado de solubilidade foram condizentes com o laudo do fornecedor.
-Água: facilmente solúvel
-Metanol: facilmente solúvel
-Álcool: facilmente solúvel
-Clorofórmio: facilmente solúvel
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● pH O procedimento consistiu em diluir 0,5g de Captopril em 25 ml de água
destilada, conforme a farmacopéia Portuguesa onde seus valores ideais estariam
entre 2,0 à 2,6 , estando a matéria prima conforme especificado, obtendo o valor de
2,28.
O Medidor de pH utilizado foi da marca Marte, cedido pelo Laboratório de
Preparações Químicas no dia 01/03/2010.
● Ponto de Fusão Foi realizado na farmácia de manipulação Medicinal
Terapêutica, localizada no município de Itanhaém. O aparelho para teste de ponto
de fusão marca Quimis, modelo Q-340513 . O resultado, foi de fusão a 105ºC,
estando condizente com o laudo do fornecedor que está dentre os limites de 104ºC-
110ºC.
3.3.3 Encapsulação
Foram encapsuladas cerca de 300 cápsulas de Captopril, dentre elas, foram
separadas 256 em placas de petri devidamente esterilizadas, em 4 lotes contendo
16 cápsula cada um, sendo 12 para a análise e 4 cápsulas extras como um fator de
segurança .As 44 cápsulas restantes ficaram de reserva.
3.3.4 Peso Médio das cápsulas
Após a manipulação das cápsulas foi determinado o seu peso médio de acordo
com o método da Farmacopéia Brasileira (1988), onde foram pesados 20 cápsulas
individualmente e realizado o cálculo de média, a variação individual permitida é de
+-10% em relação ao peso médio, estando as cápsulas conforme a Farmacopéia.
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3.3.5 Esterilização das placas de petri
Antes de acondicionar as cápsulas e a matéria prima nas placas de petri elas
passaram pelo procedimento de esterilização individualmente através da limpeza
com álcool 70% .Depois foram embaladas com papel pardo e colocadas na estufa,
após alcançar a temperatura de 140ºC o material ficou acondicionado por
aproximadamente mais 2 horas.
Figura 6: Placas de petri sendo esterelizadas (Arquivo Pessoal).
3.3.6 Estabilização da temperatura da Estufa
Entre os dias 15/02/2010 e 26/02/2010 foram monitoradas cerca de 4
diferentes estufas nos laboratórios da faculdade afim de verificar qual obtinha a
temperatura estável. Após este período de medições nos 3 turnos diários, a estufa
que demonstrou uma maior estabilidade de temperatura oscilando somente entre
48º e 50º foi a estufa de marca MIM modelo LI 122 localizada no laboratório B-13
sendo a escolhida para o acondicionamento das amostras.
25
Figura 7: Estufa escolhida para acondicionamento do material (Arquivo pessoal).
3.3.7 Pesagem da matéria prima
A pesagem de toda matéria prima foi realizada no dia 01/03/2010, no
laboratório de Preparações Químicas (LPQ) localizada na Universidade Santa
Cecília.A balança utilizada para o procedimento foi a balança analítica de precisão e
ISSO OHAUS com certificado de calibração NBR ISO/IEC 17025.
Foi pesado aproximadamente 1,6 g de matéria-prima em cada lote,
quantidade suficiente para uma triplicata.
Figura 8: Pesagem da matéria prima para acondicionamento e análise. (Arquivo pessoal).
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3.3.8 Acondicionamento na estufa
Em 02/03/10 foram acondicionados em estufa marca MIM modelo LI122 localizada
no laboratório B-13 da Universidade Santa Cecília, quatro lotes de cápsulas e oito
lotes de matéria-prima sendo quatro lotes para análise e quatro lotes como fator de
segurança para eventuais análises posteriores .
Figura 9: Matéria prima e cápsula acondicionadas na estufa (Arquivo pessoal)
27
4 .ANÁLISES
A matéria prima como mencionado anteriormente foi acondicionada a estufa no dia
02/03/2010º e analisadas nos dias:
30/03/2010 - 4ºsemanas
27/04/2010 - 8ºsemanas
26/05/2010 - 12ºsemanas
23/06/2010 - 16ºsemanas
Amostra Semana Vol KIO3
consumido * Massa
amostra(mg)
Massa recuperada(mg)
Teor(%)
Matéria prima
4º 14,9 307 323,8 105,5
Matéria prima
4º 14,0 304 304,2 100,1
Matéria prima
4º 14,5 303 315,1 103,9
Matéria prima
8º 14,2 304 308,5 101,5
Matéria prima
8º 14,0 302 304,2 100,7
Matéria prima
8º 13,8 301 299,8 99,6
Cápsula
4º 12,9 300 280,3 93,4
Cápsula
4º 13,2 300 286,8 95,6
Cápsula
4º 13,4 300 291,8 97,0
Cápsula
8º 14,2 300 308,5 102,8
Cápsula
8º 13,4 300 291,1 97,0
Cápsula
8º 13,9 300 302,0 100,6
*Volume já com o desconto de 0,1 ml gasto na prova em branco Tabela 1: resultados das análises do período de 4 e 8 semanas
28
4.1 Reprodutividade das análises
Em busca de uma maior reprodutividade após a obtenção dos primeiros
resultados demonstrados na tabela 1 fez-se necessário realizar algumas mudanças
como:
- ajuste de dosagem real das cápsulas através de sua pesagem individual
devido a perda ocasionada na encapsulação e durante o procedimento analítico
utilizando o cálculo constante no ANEXO B.
- preparação de um novo iodato de potássio.
-troca de balança, para se obter maior precisão
Amostra Semana Vol KIO3
consumido Massa
amostra(mg)
Massa recuperada(mg)
Teor(%)
Matéria prima
12º 15,1 327,3
326,0 99,6
Matéria prima
12º 14,5 316,9 313,1 98,8
Matéria prima
12º 13,6 295,3 293,6 99,4
Matéria prima
16º 13,8 302,4 297,9 98,5
Matéria prima
16º 14,1 308,2 304,5 98,8
Matéria prima
16º 13,8 304,7 297,9 97,8
Cápsula
12º 12,9 277,2 278,5 100,5
Cápsula
12º 12,7 276,8 274,2 99,0
Cápsula
12º 12,8 276,6 276,3 99,9
Cápsula
16º 12,7 277,5 274,2 98,8
Cápsula
16º 12,6 277,6 272,1 98,0
Cápsula
16º 12,7 276,2 274,2 99,3
* Volume já com o desconto de 0,1 ml gasto na prova em branco Tabela 2: resultados das análises do período de 12 e 16 semanas.
29
5 .DISCUSSÃO Este estudo possibilitou avaliar a sensibilidade química de um fármaco,
através da variante temperatura, acima da ambiente assim como relatado em estudo
de Garcia et.al, que afirma que algumas áreas do baú aonde estão sendo
transportados os medicamentos podem chegar a 50ºC de temperatura. Ambos
estudos reforçam a importância do adequado armazenamento dos medicamentos, já
que tais alterações que poderiam ser ocasionadas pelo aumento da temperatura,
não seriam perceptíveis aos olhos do paciente.
Os resultados obtidos diferiram dos resultados de SILVA (2006), que
demonstrou redução no teor do Captopril, avaliados pelo mesmo período de tempo
em estufa a aproximadamente 50ºC, pelo mesmo método, porém em condições
analíticas, excipientes e lotes de matéria-prima diferentes, sendo fatores importantes
que podem explicar de tal discrepância.
30
6 . CONCLUSÃO
Através deste método e nestas condições analíticas foi obtida a média de
98,4% de teor para as cápsulas e 100,3%,para a matéria-prima,valores estes
compreendidos na farmacopéia americana como sendo adequados para sua
comercialização, desta forma podemos concluir, que a redução do teor apresentada
neste estudo não indica um possível processo degradativo, em ambas as formas
analisadas sendo, portanto, seguro para seu uso terapêutico.Vale ressaltar que
somente a aplicação deste método não é suficiente para certificar o processo
oxidativo ou a não ocorrência.
Objetivando o aperfeiçoamento dos resultados e a continuação do presente
estudo sugere-se que: sejam realizadas novas análises por outros métodos
analíticos afim de quantificar o Dissulfeto de Captopril, assegurando ao método
ainda maior confiabilidade.
31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, Miracy Muniz de. et al. Estudo de estabilidade de comprimidos de captopril 25mg acondicionados em blister frente a diferentes tipos de filmes modáveis. Rev. Farm. Brás.p.1283-131, ago 2006. Disponível em : <http://www.revbrasfarm.org.br/pdf/2006/N42006/pag_128a131_ESTUDO.pdf. >Acesso em 16 jan 2010 ANSEL,Howard C.et al.Farmacotécnica:Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos.6 ed.São Paulo:Editorial Premier,2000. ARAÚJO, Magali Benjamim ET al. Desenvolvimento e validação do ensaio de dissolução para captopril em cápsulas magistrais por CLAE. Rev. Bras. Cienc. Farm. v.44 n.2 São Paulo abr./jun. 2008. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151693322008000200011&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 21 jan 2010. ASSUMPÇÃO,Rosely M.V; MORITA, Tokio. Manual de soluções reagentes e solventes .2 ed.São Paulo: Afiliada,1998 BARNES,J.D.et al.Voguel:Análise Química Quantitativa. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC.2002. BORGES, Ney Carter do Carmo. Biodisponibilidade comparativa de duas formulações de captopril em voluntários sadios após a administração de uma dose única.Revista Brasileira de Medicina.Disponível em: <http://www.vivecor.com.br/papers/003.pdf> Acesso em 15 dez 2009 BRASIL,Ministério da Saúde,Hipertensão avança e atinge 24,4% dos brasileiros, 26 abr. 2010. Disponível em<http://portal.saude.gov.br/ portal/ aplicacoes/noticias/ default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11290> Acesso em 07 ago. 2010. BRESOLIN, Tânia Mari Bellé et al. Análises de cápsulas de captopril manipuladas em farmácias. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. Santa Catarina,n.3. p. 221-225, maio 2006.
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KATZUNG, Bertram G.Farmacologia:Básica e clínica.9 ed.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2005 KULKAMP, Irene Clemes; PEZZINI, Bianca Ramos. Validação de metodologias analíticas titulométricas controle de qualidade de cápsulas manipuladas. Encarte técnico anfarmag, São Paulo, n. 08. p. 1-9, jun. 2005. LINBINSKI, Leda Maria. ET al. Avaliação da equivalência farmacêutica de comprimidos de captopril. Rev.Bras.Farm.Cuiabá MT,n.89. p214-219, Jan 2008. MATIOLI, Graciette ET al. Validação de métodos analíticos na quantificação de comprimidos de Captopril-comparação de metodologias para programa de garantia de qualidade. Acta Scientiarum. Health Sciences. Maringá, v.26, n.2, p.357-364, 2004. Disponível em: <http://www.revbrasfarm.org.br/edicoes/pdf/2008/RBF_R3_2008/138_pag_214a219_avaliacao_equivalencia.pdf.> Acesso em : 16 fev 2010. SILVA,Marco Antonio Segatto; STULZER ,Helen Karine. Estudo de estabilidade de grânulos revestidos e comprimidos contendo captopril. Acta Farmacêutica Bonaerence. Santa Catarina vol 25 n .4.p497-503, junho 2006. Disponivel em:<http://www.latamjpharm.org/trabajos/25/4/LAJOP_25_4_1_3_89P5DO2171.pdf >acesso em:21 jan 2010 USP- The United States Pharmacopeia USP 24, The National Formulary NF 19. United States Pharmacopeial Convention, INC. Rockville, 1999 – Official from January, 2000. Zenebon, Odair; Pascuetneus, Sadocc Tiglea. Instituto Adolfo Lutz, Método Físico-Químico para Análise de Alimentos. São Paulo. 4 ed. 2005.
34
ANEXOS ANEXO A- Preparo de soluções
Preparação de ácido sulfúrico 3,6 N (H2SO4)
Transferir 216 ml de H2SO4 com proveta para balão volumétrico com rolha
esmerilhada, contendo cerca de 500 ml de água, diluir o volume com cuidado a 1000
ml sob agitação (ZENEBON, 2005).
Fatoração do ácido sulfúrico
Pesar exatamente 0,950 g de carbonato de sódio (Na2CO3) previamente seco a 270
°C por 1 hora, diluir em água e transferir para balão volumétrico de 1000 ml,
completar o volume. Pipetar 20,0 ml da solução preparada de carbonato de sódio e
transferir para erlenmeyer de 250 ml, adicionar 3 gotas de vermelho de metila 0,1%
(m/v). Titular até viragem para coloração rósea, aquecer até ebulição para eliminar o
gás carbônico, esfriar e prosseguir a titulação até coloração rósea persistente.
(ZENEBON, 2005).
Preparação de iodato de potássio 0,1 N (KIO3)
Seca-se o iodato de potássio puro a 180ºC durante 1 hora,dissolvem-se 3,567 em
água e completa-se a um litro (ASSUMPÇÃO,1998)
Tiossulfato de sódio 0,1 N
Pesar 24,8g do sal(pode-se pesar com ligeiro excesso até 25 g).Dissolver em água
destilada contendo 0,1 g Na2CO3,em balão volumétrico de 1000ml homogeneizar e
avolumar até 1000 ml
Pesar 0,1400g a 0,1500g de KIO3 seco a 120ºC por 1 hora,em um erlenmeyer de
500 ml,dissolver em 50 ml de H2O destilada,fria e previamente fervida.
Adicionar 2 g KI P.A 5 ml de solução de HCl 2 N.
Titular com a solução de Na2S2O3 com agitação constante.Quando a solução
apresenta a coloração amarelo pálido,diluir com 100ml de H2O destilada e adicionar
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2 ml de solução de amido.prosseguir a titulação com Na2S2O3 até mudança de cor
azul para incolor.(JUNIOR,1982)
Solução de amido (para padronização do iodato)
Dissolver 1 g de amido em 50 ml de H2O destilada .Verter a suspensão em 250 ml
de H2O destilada fervida.Agitar bem até completar a solução.(JUNIOR,1982)
Preparação de amido SI
Triturar 1 g de amido R em 10 ml de água fria e despejar lentamente, sob
agitação constante, em 200 ml de água fervente, manter a mistura fervendo até
obter um fluido translúcido e pouco denso (fervura mais prolongada que a
necessária torna a solução menos sensível). Deixar sedimentar e usar somente o
líquido sobrenadante límpido, preparar solução nova no dia do uso (FERREIRA,
2002).
36
ANEXO B- Fórmulas
1. Exemplo de cálculo para determinação do valor real das cápsulas
-Total do captopril pesado para manipulação das cápsulas = 7,5 g -Total do exipiênte pesado para manipulação das cápsulas = 76,5 g -Total de pó para manipulação das cápsulas: 7,5 + 76,5 = 84 g -Porcentagem do captopril no peso final da cápsula: 7,5/84 x 100 =8,929% -Peso contido em cada cápsulas = 84/300 = 0,28 -Peso contido em 12 cápsulas = 0,28 x 12 cápsulas =3,36g
1- 0,3185
2- 0,3293
3- 0,3159
4- 0,3214
5- 0,3245
6- 0,3218
7- 0,3060
8- 0,3286
9- 0,3134
10 -0,3081
11 -0,3211
12 -0,3057
____________
Total: 3,8143
Valor das cápsulas após esvaziamento
Peso cápulas cheias + placa de petri = 24,3577g
Peso cápsulas vazias + placa de petri = 21,2521g
Diferença obtendo o valor da cápsula após procedimento = 3,1056 g
Quantidade de perda
Peso ideal para 12 cápsulas - Peso real da cápsula
3,36g - 3,1056 g = 0,26 g
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8,929___________100 g
x ___________0,26g
100x = 8,929.0,26
100x = 2,33714
x= 2,33714 = 0,02337 g
100
Transformação para mg
0,02337 g x 1000 = 23,3714 mg
300 mg -23,3714 mg = 276,63 mg
Sendo ,portanto 276,63mg o peso real da cápsula. 2.Cálculo para a obtenção da massa recuperada de Captopril após titulação Volume gasto(ml) x 21,73 x fator de correção = massa recuperada(g) Na titulação KIO3 3.Cálculo para obtenção do teor de captopril Massa recuperada(g) x 100 = teor do captopril (%) Massa pesada(g) 4.Cálculo de média (Valor 1+Valor 2+.....valor x) = média Número total de valores
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ANEXO C-Laudo do fornecedor da matéria prima
39
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