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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CARMEL SILVEIRA
DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE VISUAL PARA O CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO - UNIVALI
Balneário Camboriú
2009
2
CARMEL SILVEIRA
DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE VISUAL PARA O CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO - UNIVALI
Trabalho de Graduação Interdisciplinar
apresentado ao curso de Design Gráfico
como requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel em Design Gráfico, na
Universidade do Vale do Itajaí. Sob a
orientação da professora Carla
Arcoverde de Aguiar Neves.
Balneário Camboriú
2009
3
“Não deixe que as decepções passageiras nos resultados, lhe façam perder o equilíbrio, à
paciência e a postura profissional, com atitudes impensadas de desistência ou de fuga”.
Euler Pompeu de Campos
4
Agradecimentos
À Deus acima de tudo.
Aos meus pais, especialmente á minha mãe pelo amor sempre
dedicado, incentivo e apoio que sempre me propiciou, meu
amor e reconhecimento eterno;
Aos colegas de faculdade que se tornaram amigos/irmãos
especialmente à Caroline, Francine, Ticyana, Felipe e Paulo,
que sempre me ajudaram e contribuíram para este projeto
dando opiniões além de me darem forças nos momentos em
que pensei em desistir;
Ao meu chefe Mauro Afonso de Gásperi que compreendeu a
importância deste projeto desde o início prestando todas as
informações necessárias para o bom andamento deste.
À minha orientadora Carla principalmente pela paciência,
sinceridade e visão crítica mostrando-se uma ótima
profissional, dedicada e ajudando-me a escolher o melhor
caminho para a solução deste projeto;
Aos amigos que compreenderam a minha ausência em muitos
momentos que gostariam que eu estivesse junto a eles;
Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram não só para
a conclusão deste projeto, mas em toda a minha vida!
5
Resumo
O presente relatório aborda a descrição do desenvolvimento do Projeto
de Identidade Visual para o Congresso Brasileiro de Direito Univali promovido
anualmente pela Coordenação do Curso de Direito Campus Balneário
Camboriú da Universidade do Vale do Itajaí. Será possível no decorrer deste
relatório, observar passo a passo todas as fases de desenvolvimento do
projeto, partindo da pesquisa de todos os requisitos para o desenvolvimento da
Identidade Visual passando para a geração de alternativas, chegando
finalmente na geração da alternativa final contendo todas as análises de
funções e as aplicações realizadas.
Palavras-chave: Identidade Visual, Congresso, Direito
6
Abstract
This report addresses the description of the development of the Identity
Project of the Brazilian Congress of Law Univali promoted annually by the Law
of Coordination Course Balneario Camboriu Campus of the University of Vale
do Itajaí. Is it possible in the course of this report, see step by step all the
stages of the project development, from the search of all requirements for the
development of Identity through the whole generation of alternatives, finally
arriving at the final generation of the alternative containing all analysis of
functions and applications made.
Keywords: Visual Identity, Congress, Law
7
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15
1.1 Contextualização ............................................................................................. 15
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 16
1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 16
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 16
1.3 PROBLEMA DO PROJETO ............................................................................ 16
1.4 HIPÓTESES .................................................................................................... 17
1.5 JUSTIFICATIVA DO TEMA ............................................................................. 18
1.6 DELIMITAÇÃO DO PROJETO ........................................................................ 19
1.7 METODOLOGIA .............................................................................................. 19
1.8 ESTRUTURA DO DOCUMENTO .................................................................... 23
2. Fundamentação Teórica ..................................................................................... 25
2.1 Design Gráfico ................................................................................................. 25
2.2 Identidade Visual ............................................................................................. 26
2.2.1 Marca ........................................................................................................ 28
2.2.2 Logotipo .................................................................................................... 31
2.2.3 Símbolo ..................................................................................................... 32
2.2.4 Cor padrão ................................................................................................ 35
2.2.5 Alfabeto padrão ......................................................................................... 36
2.3 Organização de eventos .................................................................................. 37
2.4 Marketing Promocional .................................................................................... 40
2.5 Cliente ............................................................................................................. 42
2.5.1 Univali ....................................................................................................... 42
2.5.2 O Curso de Direito .................................................................................... 43
2.6 Pesquisa de campo ......................................................................................... 44
2.6.1 Entrevista .................................................................................................. 44
2.6.2 Questionário .............................................................................................. 46
2.7 Estado do Design ............................................................................................ 52
2.8 Similares da área ............................................................................................. 57
2.8.1 Análise cartazes similares da área ........................................................... 62
2.9 Similares de outras áreas ................................................................................ 63
2.10 ANÁLISE E SÍNTESE DAS PESQUISAS ....................................................... 68
2.10.1 Análise da pesquisa bibliográfica .......................................................... 68
8
2.10.2 Análise da pesquisa de campo .............................................................. 69
3. CONCEITUAÇÃO ............................................................................................... 72
3.1 Listagem de requisitos ..................................................................................... 72
3.2 Painéis Semânticos ......................................................................................... 74
3.2.1 Painel do público ....................................................................................... 74
3.2.2 Expressão do produto ............................................................................... 75
3.2.3 Tema Visual .............................................................................................. 76
3.2.4 Referência Visual ...................................................................................... 77
4. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ........................................................................ 79
4.1 TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE ...................................................................... 79
4.1.1 Brainstorming ............................................................................................ 79
4.1.2 Analogia .................................................................................................... 80
4.2 ALTERNATIVAS REFINADAS ........................................................................ 82
4.2.1 Alternativa nº 1 .......................................................................................... 82
4.2.2 Alternativa nº 2 .......................................................................................... 83
4.2.3 Alternativa nº 3 .......................................................................................... 83
4.2.3.1 Adaptação da alternativa escolhida .................................................... 84
5. MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................. 88
5.1 FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL....................................................................... 88
5.1.1 Leis da Gestalt .......................................................................................... 88
5.1.2 Cor ............................................................................................................ 91
5.1.3 Tipografia .................................................................................................. 94
5.2 FUNÇÃO SIMBÓLICA ..................................................................................... 94
5.2.1 Semiótica .................................................................................................. 94
5.2.1.1 Símbolo .............................................................................................. 94
5.2.1.2 Ícone ................................................................................................... 95
5.2.1.3 Referências culturais .......................................................................... 96
5.3 FUNÇÃO DE USO ........................................................................................... 96
5.4 FUNÇÃO ERGONÔMICA ............................................................................... 97
5.4.1 Legibilidade ............................................................................................... 97
6. GERAÇÃO DOS MATERIAIS DE APLICAÇÃO ............................................... 100
6.1 Materiais Institucionais .................................................................................. 100
6.1.1 Papelaria ................................................................................................. 100
6.1.1.1 Papel timbrado ................................................................................. 100
9
6.1.1.2 Envelope grande .............................................................................. 101
6.1.1.3 Envelope carta .................................................................................. 103
6.1.1.4 Cartão de visita ................................................................................. 104
6.1.1.5 Credencial ........................................................................................ 105
6.1.1.6 Certificado ........................................................................................ 106
6.1.1.7 Pasta ................................................................................................ 107
6.2 Materiais de Divulgação ................................................................................ 110
6.2.1 Cartaz...................................................................................................... 110
6.2.2 Folder ...................................................................................................... 114
6.3 Linha de brindes ............................................................................................ 117
6.4 FUNÇÃO TÉCNICA ....................................................................................... 121
6.4.1 Processos de impressão ......................................................................... 121
6.4.1.1 Offset ................................................................................................ 121
6.4.1.2 Serigrafia .......................................................................................... 122
6.4.1.3 Hot Stamping .................................................................................... 122
6.5 FUNÇÃO DE MARKETING ........................................................................... 122
6.6 FUNÇÃO ECOLÓGICA ................................................................................. 123
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 126
10
Lista de Figuras
Figura 1 - Método Bruno Munari ................................................................................ 20
Figura 2 - Adaptação do método Bruno Munari ........................................................ 21
Figura 3 - Assinatura vertical da Varig para uso externo .......................................... 30
Figura 4 - Assinatura horizontal da Varig para uso externo ...................................... 31
Figura 5 - Assinatura vertical da Varig para uso interno ........................................... 31
Figura 6 - Assinatura horizontal da Varig para uso interno ....................................... 31
Figura 7 - Logotipo da Circus .................................................................................... 32
Figura 8 - Logotipo do Boticário ................................................................................ 32
Figura 9 - Logotipo da Embratel ................................................................................ 32
Figura 10 - Símbolo da Corib, empresa de comércio exterior ................................. 33
Figura 11 - Símbolo da Good Good cadeia de pizzarias ......................................... 33
Figura 12 - Símbolo do Instituto Nacional de Tecnologia ........................................ 34
Figura 13 - Símbolo da Érige, empresa de engenharia ........................................... 34
Figura 14 - Comparação entre símbolo e logotipo ................................................... 34
Figura 15 - Marca de lentes para câmera fotográfica .............................................. 52
Figura 16 - Outdoor de propaganda da Nivea ......................................................... 52
Figura 17 - Ponto de ônibus com customização do filme Os Simpsons .................. 53
Figura 18 - Ação urbana da seguradora Chilena ..................................................... 54
Figura 19 - Peça criada para divulgação no jornal Estado de São Paulo ................ 54
Figura 20 - Outdoor da rede de restaurantes Oldtimer ............................................ 55
Figura 21 - Cartão de visita do Dr. John Mullaly ...................................................... 55
Figura 22 - Divulgação do restaurante de massas .................................................. 56
Figura 23 - Cartaz Congresso de Direito da UFSC .................................................. 57
Figura 24 - Cartaz 10º Simpósio Nacional de Direito ............................................... 58
Figura 25 - Cartaz Encontro Nacional de Juristas - Voxlegem ................................ 58
Figura 26 - Cartaz 3º Congresso Brasileiro Direito e Política .................................. 59
11
Figura 27 - Cartaz II Congresso Internacional sobre Direito Coletivo do Trabalho .. 60
Figura 28 - Cartaz Congresso Internacional, Brasileiro de Direito Ambiental .......... 60
Figura 29 - Cartaz 1º Congresso Internacional de Direito Civil da UFPR ................ 61
Figura 30 - E-flyer XV Conferência Estadual dos Advogados de Santa Catarina .... 62
Figura 31 - Marca do 27º CIOSP ............................................................................. 63
Figura 32 - Marca do XXI Congresso Brasileiro de Parasitologia ............................ 64
Figura 33 - Cartaz II Congresso da Sociedade Goiana de Neurocirurgia ................ 64
Figura 34 - Cartaz XX Cobrac .................................................................................. 65
Figura 35 - Cartaz II Congresso Catarinense de Gastroenterologia ........................ 65
Figura 36 - Marca IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia Sobracil ..................... 66
Figura 37 - Cartaz II Congresso Pan- Amazônico de Hematologia e Hemoterapia . 66
Figura 38 - Marca VII Congresso Norte- Nordeste de Medicina Intensiva ............... 67
Figura 39 - Cartaz Congressos USP 2009 ............................................................... 67
Figura 40 - Painel semântico do público .................................................................. 74
Figura 41 - Painel semântico de expressão do produto ........................................... 75
Figura 42 - Painel semântico do tema visual ........................................................... 76
Figura 43 - Painel semântico de referência visual ................................................... 77
Figura 44 - Esboços brainstorming .......................................................................... 79
Figura 45 - Esboços analogia aos templo greco-romanos ....................................... 80
Figura 46 - Esboços analogia as colunas dos templos gregos ................................ 81
Figura 47 - Alternativa 1 ........................................................................................... 82
Figura 48 - Alternativa 2 ........................................................................................... 83
Figura 49 - Alternativa escolhida .............................................................................. 83
Figura 50 - Vista lateral do Oráculo de Delphos ...................................................... 84
Figura 51 - Alternativa escolhida .............................................................................. 84
Figura 52 - Escala de cores da marca ..................................................................... 93
Figura 53 - Fonte CG Omega .................................................................................. 94
Figura 54 - Oráculo de Delphos ............................................................................... 95
12
Figura 55 - Vista frontal do Oráculo de Delphos ...................................................... 95
Figura 56 - Logotipia da assinatura visual ............................................................... 98
Figura 57 - Papel timbrado ..................................................................................... 100
Figura 58 - Envelope A4 aberto ............................................................................. 101
Figura 59 - Envelope A4 fechado ........................................................................... 102
Figura 60 - Envelope carta aberto .......................................................................... 103
Figura 61 - Envelope carta fechado ....................................................................... 103
Figura 62 - Cartão de visita frente e verso ............................................................. 104
Figura 63 - Simulação abertura cartão ................................................................... 104
Figura 64 - Credencial ............................................................................................ 105
Figura 65 - Certificado ............................................................................................ 106
Figura 66 - Pasta A4 fechada ................................................................................ 107
Figura 67 - Pasta A4 aberta ................................................................................... 107
Figura 68 - Pasta A4 verso .................................................................................... 108
Figura 69 - Pasta A4 verso .................................................................................... 108
Figura 70 - Cartaz A3 ............................................................................................. 110
Figura 71 - Faca cartaz .......................................................................................... 111
Figura 72 - Escala de cores do cartaz e folder ...................................................... 112
Figura 73 - Adequação antropométrica .................................................................. 113
Figura 74 - Folder fechado ..................................................................................... 114
Figura 75 - Folder aberto ....................................................................................... 115
Figura 76 - Folder verso ......................................................................................... 115
Figura 77 - Faca folder ........................................................................................... 116
Figura 78 - Canetas ............................................................................................... 117
Figura 79 - Camiseta pólo ...................................................................................... 117
Figura 80 - Risque rabisque ................................................................................... 118
Figura 81 - Porta-cartão ......................................................................................... 118
Figura 82 - Chaveiro .............................................................................................. 119
13
Figura 83 - Agenda em couro ................................................................................ 119
Figura 84 - Marcador de página ............................................................................. 120
Figura 85 - Simulação marcador de página ........................................................... 120
Figura 86 - Boton/pin .............................................................................................. 121
Lista de Gráficos
Gráfico 1 - Você tem interesse em participar de congressos? ................................ 46
Gráfico 2 - Quantos congressos você já participou? ............................................... 47
Gráfico 3 - Você participa para: ............................................................................... 47
Gráfico 4 - Por qual destes meios você toma conhecimento do evento? ............... 48
Gráfico 5 - Por ordem de importância enumere as qualidades do evento: ............. 48
Gráfico 6 - Você já teve algum problema em um evento por falta de informação? . 49
Gráfico 7 - Quais as abordagens que já fez com que você participasse? ............... 50
Gráfico 8 - O tipo de abordagem para divulgação de um evento influencia você? . 50
Gráfico 9 - Por qual desses meios você prefere receber a informação?................. 51
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Tabela distância x leitura. ...................................................................... 98
14
Introdução
15
1. INTRODUÇÃO
A seguir serão listadas as temáticas e a definição da problemática que
será abordada no projeto, assim como o objetivo geral e específicos deste.
1.1 Contextualização
Definir e compreender o design para muitos não é algo tão simples, já
que muitas são as atribuições à palavra e às funções dadas ao profissional de
design. Nas palavras de Filho (2006, p.28) o design gráfico “Cuida da geração,
tratamento e organização da informação”.
O leque de opções no campo profissional do designer gráfico é grande
e variado, podendo atuar na área de editorial, fotografia, embalagem, web
design e ainda em identidade visual, responsável não só pela criação, mas
também pelo desenvolvimento, planejamento estratégico e gerenciamento de
marcas para empresas que visam um diferencial competitivo.
Os primeiros trabalhos na área de identidade visual foram criações de
sinais de identidade para as famílias, os tradicionais brasões. Segundo ADG
(2003, p.27) “Os símbolos constituíam armas indispensáveis nas batalhas
campais, sinalizando a origem dos guerreiros, demarcando espaços
conquistados, dando sentido de unidade aos exércitos”.
Do desenvolvimento de brasões para famílias e demarcações de
territórios, o design gráfico passou a construir marcas para as empresas,
portanto o caráter continua o mesmo, o que mudou foi apenas o cenário onde a
guerra agora é de mercados totalmente globalizados.
Seguindo o propósito da identidade visual surgiu a necessidade de
desenvolver, planejar e gerenciar a marca para o Congresso Brasileiro de
Direito promovido pela Coordenação do Curso de Direito Campus Balneário
16
Camboriú – UNIVALI juntamente com a Editora Atlas. Esta marca será utilizada
nos materiais de divulgação e nas demais aplicações necessárias.
Este congresso , de abrangência nacional, o qual contará com autores
conceituados da área jurídica que irão debater temas atuais e movimentará
toda a comunidade acadêmica e profissionais da área durante três dias de
evento. A promoção deste congresso além de proporcionar conhecimento e
atualizar o público dará maior visibilidade e credibilidade para a universidade
que através deste poderá ostentar seu pioneirismo no curso. 1.2 OBJETIVOS
Abaixo serão traçados os objetivos gerais e específicos do projeto a ser
desenvolvido.
1.2.1 Objetivo Geral
Desenvolver a identidade visual para o Congresso Brasileiro de Direito
1.2.2 Objetivos Específicos
Agregar maior e melhor visibilidade ao evento;
Instigar o público a comparecer e participar do evento;
Identificar o evento como promovido pela instituição Univali.
1.3 PROBLEMA DO PROJETO
Como problemática deste projeto gráfico pode-se ressaltar e descrever
o que acarreta para um evento a falta de uma identidade visual. Para Strunck
(2003, p.67) “Hoje, se uma empresa não tem uma boa imagem, não causa uma
boa impressão à primeira vista e isso irá certamente refletir em sua receita.”
17
Além de a empresa obter pouco lucro, a falta de identidade visual faz
com que ela não seja diferenciada perante seus concorrentes.
Martins (2006, p. 17) descreve a importância da identidade visual
dizendo que “Uma boa marca transmite eficazmente um determinado conjunto
de informações. Conseqüentemente, ela leva os consumidores a experimentá-
la, a gostarem dela, a repetirem o ato de compra e a recomendá-la
positivamente.”
A marca traz consigo os valores do produto e são estas informações
que levam os consumidores a conhecê-la e caso a experiência seja positiva, a
recomendam a terceiros, além disso, tornam-se consumidores fiéis a esta.
Outro fator fundamental para que a empresa se preserve no mercado
altamente competitivo é a promoção. Dentro do composto de marketing os
eventos são considerados promoção de venda, pois promovem a empresa
esteja ela atuando como organizadora ou como patrocinadora do evento.
Entretanto, é importante que o evento seja planejado e organizado por
profissionais capacitados, pois se mal conduzido compromete mais a imagem
da empresa do que a não-realização ou até mesmo a não participação nele.
(GIACACLIA, 2003)
Portanto, assim como todo o tipo de promoção, a organização de um
evento deve ser bem feita, caso contrário, fará com que os consumidores
tenham uma imagem negativa da empresa.
1.4 HIPÓTESES
Esta imagem corporativa fará com que o evento tenha maior visibilidade.
A identidade instigará o público a participar do evento.
A marca identificará o congresso como um evento promovido pela instituição.
18
1.5 JUSTIFICATIVA DO TEMA
Este projeto é de grande importância para a empresa, pois
proporcionará através da marca reconhecimento ao curso de Direito, além de
agregar valor e dar mais força a marca UNIVALI.
Ter uma boa imagem nos dias de hoje à empresa, faz com que esta
gere mais lucro e consequentemente tenha a possibilidade de investir em mais
promoção. “Quando as marcas conseguem estabelecer um relacionamento
afetivo com os consumidores, criam suas heranças, tornam-se símbolos de
confiança, ganham uma história e geram riquezas.” (STRUNCK, 2003, p.34)
A marca é o grande patrimônio da empresa, indica as qualidades do
produto ou dos serviços por esta oferecidos, bem como fortalece sua imagem
perante os consumidores. Seu valor é usado como estratégia para diferenciá-la
do concorrente, mantendo-se no mercado e conquistando novos clientes.
Para alcançar seus objetivos, um evento além de ter uma boa
organização deve ser amplamente divulgado e os materiais necessários para
esta divulgação devem ter uma identidade própria que identifique o evento e
traduza todo seu conceito.
De acordo com Zanella (2008, p. 151):
Para atingir e consolidar seu público, cada evento deverá ser promovido utilizando-se de instrumentos adequados e eficazes. Um instrumento da maior expressão e importância poderá ser “a marca” do evento [...]. A formação e consolidação da marca envolve ações de marketing direto, assessoria de comunicação e imprensa e outros elementos exigidos para uma ampla e eficiente campanha publicitária do evento no mercado.
A promoção deste evento dará mais visibilidade a marca UNIVALI, pois
se bem organizado possibilitará que acadêmicos e profissionais de outras
cidades possam prestigiá-lo e levar uma imagem positiva da universidade.
19
Portanto, a imagem positiva da empresa não se resume somente a
criação da marca, mas também ao bom gerenciamento desta que se dará
através do evento como um todo.
1.6 DELIMITAÇÃO DO PROJETO
Este projeto relaciona-se a identidade corporativa especificamente a
criação da marca, materiais de aplicação como: papelaria, brindes e materiais
de divulgação para o evento.
1.7 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para o desenvolvimento do projeto é a de
Munari (1998) que afirma que o método de projeto não é mais do que uma
série de operações necessárias, cujo seu objetivo é atingir o melhor resultado
com o menor esforço. Segue sua metodologia na íntegra:
20
Figura 1 - Método Bruno Munari
Fonte: MUNARI (1998)
“O método de projeto, para designer, não é absoluto nem definitivo;
pode ser modificado caso ele encontre outros valores objetivos que melhorem
o processo” (MUNARI, 1998, p.11). Com base nessa idéia a metodologia foi
adaptada para se adequar às necessidades do projeto e ficou da seguinte
maneira:
21
Figura 2 - Adaptação do método Bruno Munari
Fonte: Arquivo Pessoal
Feitas as adaptações, a metodologia que será aplicada consiste em:
Definição do projeto: definição do que será desenvolvido.
Pesquisa: Subdivide-se em grandes tópicos de diferentes áreas. A divisão foi
feita com a finalidade de facilitar a pesquisa, bem como a organização dos
resultados. A disposição horizontal é utilizada para demonstrar que todas as
áreas de pesquisa são importantes para o projeto.
Análise da pesquisa: análise e comparação dos dados coletados.
22
Definição do problema: após coletar e analisar os dados da pesquisa pode-se
então definir com exatidão e certeza o problema do projeto.
Componentes do problema: após definir o problema é necessário subdividi-lo
em todos os seus componentes, tornando mais fácil sua solução.
Conceituação do projeto: etapa na qual serão definidas as diretrizes visuais e
conceituais que servirão como base para a geração de alternativas.
Geração de alternativas: geração das alternativas com a finalidade de
resolver o problema com base na conceituação do projeto.
Adaptação da alternativa escolhida: escolha e adaptações finais da
alternativa que melhor solucionar o problema.
Verificação: etapa na qual será realizada a conferência do resultado obtido,
com a finalidade de verificar se a alternativa escolhida soluciona perfeitamente
o problema.
Geração dos materiais de divulgação: após a verificação da alternativa
escolhida, pode-se então gerar todos os materiais de divulgação desta com a
certeza de que nenhum tempo será desperdiçado, pois já se realizou a
verificação da alternativa escolhida.
Geração dos materiais de aplicação: etapa criada para aplicação nos
materiais que serão utilizados durante o evento.
Solução: etapa final na qual toda a identidade visual, bem como todos os
materiais de divulgação já estarão prontos, solucionando assim o problema do
projeto.
23
1.8 ESTRUTURA DO DOCUMENTO
O presente relatório divide-se em três etapas, na primeira etapa foram
desenvolvidos os Elementos Pré-textuais e apresentada a introdução,
contextualização, objetivo geral e específicos, problemas de projeto, hipóteses,
justificativa do tema, delimitações do projeto técnico, procedimentos
metodológicos e estrutura do documento. Na segunda etapa os Elementos
Textuais, pelos quais será apresentada a fundamentação teórica, concepção,
memorial descritivo do projeto e considerações finais. Finalizando na terceira
etapa com os Elementos Pós-textuais, as referências, apêndices e anexos.
24
Fundamentação
25
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O presente capítulo trata de uma revisão bibliográfica quanto à
definição do profissional de design gráfico e uma introdução a identidade
visual. Será abordada também uma breve definição à respeito de organização
de eventos e marketing promocional. Este levantamento teórico auxiliará na
construção do projeto gráfico proposto.
2.1 DESIGN GRÁFICO
Dentre as principais vertentes do design há especificamente o design
gráfico. Villas Boas (1999, p. 17) o define da seguinte maneira:
Design Gráfico é a área de conhecimento e a prática profissional específicas que tratam da organização formal de elementos visuais – tanto textuais quanto não-textuais [...] e que têm um objetivo expressamente comunicacional.
Em outras palavras design gráfico é o processo técnico e criativo que
utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, conceitos e idéias.
Podendo ser de cunho comercial ou social o design gráfico é utilizado para
informar, sinalizar, organizar, estimular, entreter e persuadir.
Para Strunck (2003, p.53) Design Gráfico tem uma conotação diferente:
A Programação visual, ou Design Gráfico é um conjunto de teorias e técnicas que nos permite ordenar a forma pela qual se faz a comunicação visual. Por meio dela podemos dirigir, com um nível bastante razoável de segurança, o modo pelo qual o entendimento das imagens se processa.
O designer gráfico é o profissional que pensa, cria, analisa e
desenvolve projetos gráficos, conceituando-os com metodologias específicas,
seu diferencial é a união da teoria e prática e que aliadas, permitem organizar
as informações na criação das mensagens visuais podendo conduzir o meio
pelo qual elas se processam na mente humana. Dividido em sub-áreas ele
pode atuar no desenvolvimento de embalagens, editorial, ilustração, tipografia,
26
web, ponto de venda, fotografia, vídeo, animação e identidade
corporativa/visual.
2.2 IDENTIDADE VISUAL
Desde a Pré- História o ser humano sente a necessidade de se
comunicar. De acordo com Strunck (2003) o homem primitivo deixava marcado
nas paredes das cavernas suas experiências através de símbolos que
retratavam seu cotidiano.
A identidade visual basicamente tem o mesmo propósito que o homem
primitivo tinha, retratava sua vivência e idéias através de símbolos, a identidade
visual vem para representar idéias e conceitos por meio de elementos gráficos.
Para bom entendimento do projeto faz-se necessária apresentar a
definição do que vem a ser uma identidade visual.
A identidade visual diz respeito aos elementos gráficos que compõem a
marca, segundo Strunck (2003, p.18):
A marca é um nome, normalmente representado por um desenho (logotipo e/ou símbolo), que, com o tempo, devido às experiências reais ou virtuais, objetivas ou subjetivas que vamos relacionando a ela, passa ter um valor específico.
Compreendido o significado de marca pode-se definir então identidade
visual ainda segundo Strunck (2003, p.57) como:
[...] conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, idéia, produto ou serviço. [...] Devem informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer um com quem os vê um nível ideal de comunicação.
De acordo com Peón (2003, p.11) identidade visual é “[...] aquele
componente de singularização visual que é formado por um sistema
expressamente enunciado [...] planejado e integrado por elementos visuais de
aplicação coordenada.”
27
Para Kotler; Armstrong (1993) a marca tem a função de identificar os
bens ou serviços de uma empresa e de diferenciá-la perante os concorrentes.
Deste modo, percebe-se que para que uma empresa tenha uma boa
imagem e uma boa representação é essencial uma identidade visual bem
construída e uma marca bem fundamentada.
Além de uma marca bem construída e fundamentada, um bom projeto
de identidade visual de acordo com Strunck (2003, p.111) “[...] deve ter um
grande grau de flexibilidade em sua aplicação. Isso irá permitir que ele se
mantenha atual, adaptando-se a boa parte do que possa vir acontecer.”
Estas aplicações são realizadas nos mais variados tipos de materiais e
mais frequentes em: impressos, web sites, identificação das instalações,
uniformes, frota, produtos, embalagens, material de ponto-de-venda, assinatura
de publicidade, sinalizações, estandes e brindes.
A identidade visual é dividida basicamente em quatro elementos que
Strunck (2003) denomina de elementos institucionais e Peón (2003) de
elementos de identidade visual.
Strunck (2003) classifica os elementos que compõem uma identidade
visual em principais e secundários. Os principais são logotipo e símbolo e os
secundários são as cores padrão e alfabeto padrão.
Já Peón (2003) classifica em primários e secundários, sendo que os
primários são marca, símbolo e marca e os secundários da mesma forma que
Strunck (2003) mudando apenas a nominação em cores institucionais e
alfabeto institucional.
28
2.2.1 Marca
A marca para Péon (2003) é classificada como um dos elementos
institucionais que compõem uma identidade visual e a conceitua como “[...]
aquela que resulta da simples associação entre o símbolo e o logotipo.”
(PEÓN, 2003, p.36), mas explica que nem sempre esta conjugação é tão
simples, então define marca como “O conjunto formado pelo símbolo e pelo
logotipo, normatizado quanto à posição de um relacionado ao outro e a
proporção entre eles.” (PEÓN, 2003, p.28)
Para Strunck (2003, p.76) a marca não é considerada um dos
elementos principais e a nomeia como assinatura visual definindo-a da
seguinte maneira “[...] combinação do logotipo com o símbolo”.
Basicamente todos os autores relatam marca como a combinação dos
elementos (logotipo e símbolo) entre si. Pinho (1996, p.14) acrescenta que
“essa combinação pretende identificar os bens e serviços de um vendedor ou
grupo de vendedores e diferenciá-los”.
Com isso percebe-se que a marca é um dos principais atributos que
servem para diferenciar um produto ou serviço dos concorrentes.
Antigamente as marcas eram utilizadas somente para identificar e
diferenciar uma mercadoria, produto ou serviço em relação aos seus
concorrentes, porém atualmente elas desempenham outros papéis. De acordo
com Domingues (1984) apud Pinho (1996) encontra-se na marca as seguintes
funções: concorrencial, identificadora, publicitária, individualizadora, de
descobrimento ou revelação, de diferenciação e de diferenciação interna.
Função concorrencial: entram as marcas que assinalam os produtos que
concorrem diretamente entre si;
Função identificadora: ao assinalar produtos e serviços, as marcas os
identificam individualmente;
29
Função individualizadora: o produto marcado e identificado torna-se um bem
individualizado e único perante um conjunto de bens e marcas diferentes;
Função de descobrimento ou revelação: depois de um produto novo ser
lançado no mercado, a marca é que vai revelar sua existência ao consumidor.
Função de diferenciação: por meio de uma marca o produto torna-se
diferenciado na sua categoria;
Função publicitária: a publicidade busca divulgar e promover a marca do
produto junto ao consumidor para que, assim ele deixe de ser uma mercadoria
anônima;
Função de diferenciação interna: são produtos lançados pela mesma
empresa diferenciados somente por algum elemento, são aparentemente
idênticos, porém apresentam diferenças concretas de qualidade, preço e
acabamento.
As marcas nominais também são distinguidas em sete classes de
acordo com Room (1987) apud Pinho (1996) baseadas em nomes artificiais de
pessoas, de um local ou região, científicos, de status, artificiais, descritivos e
por associações positivas.
Marcas baseadas em nomes de pessoas, pode ser do seu inventor, do titular
da patente, do lojista ou de pessoas de alguma maneira associadas ao produto
como, por exemplo, Mercedes Benz;
Marcas baseadas no nome de um local ou região, geralmente onde o
produto ou serviço foi originalmente inventado ou vendido como American
Airlines;
Marcas baseadas em nomes científicos criadas a partir de palavras latinas
ou gregas, como por exemplo, Aspirina;
Marcas baseadas em nomes de status, são provenientes de palavras da
língua francesa ou inglesa, como Minister por exemplo;
Marcas baseadas em associações positivas são frequentemente
estabelecidas a partir de histórias reais e lendas, como o uísque 100 Pipers;
Marcas baseadas em nomes artificiais, que guardem ou não uma
semelhança com nomes reais, como Kodak;
Marcas baseadas em nomes descritivos, como Coca- Cola por exemplo.
30
Considerando a força relativa dos nomes, Graham; Peroff (1987) apud
Pinho (1996) estabeleceram uma hierarquia que vai das marcas mais fortes às
mais fracas, composta por quatro categorias:
Marcas inventadas ou arbitrárias: é o tipo mais forte de marca. Pode ser uma
palavra que nunca existiu antes (Kodak) ou uma palavra existente, mas sua
escolha para o nome de um produto é arbitrária (Apple Computadores);
Marcas sugestivas: é um tipo atrativo, pelas associações que a marca sugere,
como Confort para amaciante de roupas;
Marcas descritivas: descrevem uma característica física ou atributo do
produto ou serviço.
Marcas genéricas: é o tipo mais fraco. E são divididas em dois tipos: aquelas
que são genéricas na sua concepção (como Natural para produtos naturais) e
as que se tornam genéricas pelo uso indevido, como Bombril, atualmente
sinônimo de esponjas de aço.
Quanto à escolha do nome da marca, Pinho (1996, p. 18) defende que:
Como regra geral, quanto mais descritivo for um nome, maior o seu poder de comunicação com o consumidor. Mas tais nomes são pouco distintivos e de difícil proteção. Por outro lado, quanto mais arbitrário ou convencional for o nome, menor será o seu poder de expressividade para o consumidor, obrigando o titular da marca a investir pesadamente para criar a personalidade de marca exigida por ele.
A marca, também é conhecida como assinatura visual que é segundo
Strunck (2003, p.76) “[...] a combinação do logotipo com o símbolo e pode ser
usada de uma única forma ou ter várias possibilidades de combinação, ora o
logotipo, ora o símbolo.”
Figura 3 - Assinatura vertical da Varig para uso externo
Fonte: Strunck, 2003
31
Figura 4 - Assinatura horizontal da Varig para uso externo
Fonte: Strunck, 2003
Figura 5 - Assinatura vertical da Varig para uso interno
Fonte: Strunck, 2003
Figura 6 - Assinatura horizontal da Varig para uso interno
Fonte: Strunck, 2003.
Essas possibilidades de combinações servem para estipular como
serão distribuídos esses elementos quando os espaços onde serão aplicados
serão quadrados, horizontais ou verticais. (STRUNCK, 2003)
Portanto, a assinatura visual prevê e permite a flexibilidade da marca
facilitando a adequação desta nos materiais nos quais necessita ser aplicada.
2.2.2 Logotipo
O logotipo ou marca nominativa como é denominada por Peón (2003,
p.33) “[...] é uma combinação de letras e números que possam ser lidos”.
Entretanto, se estas letras e números são modificados a tal ponto que sejam
reconhecidos mais como desenhos do que letras e números originais são
consideradas marcas figurativas.
A America Marketing Association (1960) apud Pinho (1996, p.15) define
logotipo como “[...] a parte da marca reconhecível, mas não é pronunciável,
como um símbolo, desenho ou cores e formatos de letras distintivas”.
32
De acordo com Strunck (2003) logotipo é “[...] a particularização da
escrita de um nome”. E os categoriza de maneira semelhante à Peón (2003).
Strunck (2003) divide o logotipo em três categorias:
- Letras desenhadas:
Figura 7 - Logotipo da Circus
Fonte: Strunck, 2003.
- Letras de um alfabeto existente:
Figura 8 - Logotipo do Boticário
Fonte: Strunck, 2003.
- Letras de um alfabeto existente, modificadas:
Figura 9 - Logotipo da Embratel
Fonte: Strunck, 2003.
Como se pode perceber nem todas as marcas possuem símbolos, mas
toda marca possui um logotipo.
2.2.3 Símbolo
Dentre os elementos principais ou primários encontra-se o símbolo. O
INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) denomina símbolo como
marca figurativa.
33
Para Strunck (2003, p.71) “O símbolo é um sinal gráfico que, com o
uso, passa identificar um nome, idéia, produto ou serviço”.
De acordo com Peón (2003, p.28) “[...] símbolo é um sinal gráfico que
substitui o registro do nome da instituição.” E os classifica em: tipográficos,
figurativos, ideograma e abstrato.
A classificação utilizada por Strunck (2003) divide os símbolos em dois
grandes grupos: abstratos e figurativos.
Os abstratos nada representam a primeira vista e seus significados
devem ser aprendidos, sua representação é tão modificada e estilizada que
seu reconhecimento se torna muito difícil ou até mesmo impossível.
Figura 10 - Símbolo da Corib, empresa de comércio exterior
Fonte: Strunck, 2003.
Os figurativos derivam de três naturezas. Os baseados em ícones, ou
seja, os desenhos são fiéis ao que pretendem representar. Deixam explícito o
que está sendo retratado.
Figura 11 - Símbolo da Good Good cadeia de pizzarias
Fonte: Strunck, 2003.
Os fonogramas, que são formados apenas por letras e não são
logotipos.
34
Figura 12 - Símbolo do Instituto Nacional de Tecnologia
Fonte: Strunck, 2003.
Os ideogramas que são desenhos que representam as idéias e
conceitos. Sua representação figurativa é apenas um veículo que é usado para
transmitir algo que não é palpável e que se torna mais concreto através da
figura.
Figura 13 - Símbolo da Érige, empresa de engenharia
Fonte: Strunck, 2003.
Para melhor entendimento a imagem mostra uma comparação gráfica
da diferença entre símbolo e logotipo
Figura 14 - Comparação entre símbolo e logotipo
Fonte: Strunck, 2003.
35
2.2.4 Cor padrão
Dentre os elementos secundários como já citados anteriormente a cor
padrão ou cor institucional como denomina Peón (2003, p.42) “São formadas
pela combinação de determinadas cores, sempre aplicadas nos mesmos tons.
[...] têm vital importância na eficiência do sistema, pois têm alto grau de
pregnância”.
O alto grau de pregnância das cores pode ser percebido quando
Strunck (2003, p.79) afirma que “As pessoas podem não saber descrever o
logotipo ou o símbolo das marcas mais conhecidas, mas certamente serão
capazes de dizer quais são suas cores”.
Deste modo, cabe ao profissional de design gráfico escolher cores que
quando associadas afetivamente ou materialmente remetam diretamente ou
indiretamente aos valores e conceitos da empresa, pois estas farão parte da
personalidade da marca e da própria empresa.
Outra consideração importante no que diz respeito à cor padrão é
quanto ao número de cores utilizadas na marca que segundo Peón (2003,
p.42)
[...] quanto maior o número de cores mais cara sairá a implantação e manutenção do sistema. Tal custo, de forma geral é desnecessário: um número grande de cores não influi de forma necessariamente positiva na eficiência do sistema. Ao contrário, tende a prejudicá-lo em praticamente todos os sentidos – exceto talvez quanto à originalidade.
Sendo assim não é interessante utilizar muitas cores na composição da
marca, tendo em vista que não influencia positivamente na eficiência do
sistema podendo prejudicá-lo em todos os sentidos.
Tecnicamente falando, as cores institucionais são de suma importância
no detalhamento do sistema e devem ser especificadas claramente no manual
de aplicação. (PEÓN, 2003)
36
É imprescindível que no manual sejam especificadas as cores e suas
variações de aplicação, além disso, essas especificações devem ser
adequadas a todos os materiais previstos a serem utilizados nas aplicações
nos mais variados tipos de suportes e técnicas.
2.2.5 Alfabeto padrão
O último item classificado como secundário nos elementos
institucionais é o alfabeto padrão ou alfabeto institucional.
Segundo Strunck (2003, p.80) “[...] é aquele empregado para escrever
todas as informações complementares numa identidade visual”.
O alfabeto institucional além de ser complementar a identidade visual
normatiza os textos que acompanham as aplicações da marca.
Para Péon (2003, p. 43):
O alfabeto institucional é utilizado para normatizar os textos incluídos nas aplicações, juntamente com os elementos primários. Ele é composto por uma família tipográfica preferencialmente de fácil disponibilidade e aquisição, incluindo suas variações de peso (itálico e negrito, ao menos).
A escolha de um alfabeto padrão para ser utilizado juntamente com a
identidade visual, tem a função de harmonizar o conjunto dos elementos
primários e secundários, além de auxiliar na padronização do sistema.
Cabe ressaltar que este alfabeto padrão dificilmente é o mesmo
utilizado no logotipo ou na marca. Tendo em vista que a fonte utilizada nos
elementos primários tende a ser muito marcante, o que torna sua aplicação
muito desgastante quando utilizada em textos corridos e minimiza e retira o
destaque, que deve ter a identidade visual no layout como um todo. (PEÓN,
2003)
37
Os alfabetos podem ser classificados em cinco grandes grupos
diferenciados pela serifa1 e que de acordo com Strunck são (2003, p. 80):
triangular, linear, quadrada, sem serifa e os decorativos que não se incluem
diretamente em nenhum destes grupos.
Este autor ainda explica que algumas famílias tipográficas apresentam
originalmente variações de desenho, ou seja, negrito, itálico etc, porém não
perdem a qualidade em suas características formais. Estes também são os
mais adequados para serem eleitos como padrão, pois se prestam melhor a
classificar hierarquicamente e ordenar as informações e conferem ritmo às
diagramações. Alguns projetos mais complexos ou sofisticados podem adotar
dois ou mais alfabetos padrão o que proporciona uma maior flexibilidade e
riqueza na aplicação da identidade visual.
Deste modo, é importante escolher alfabetos que tenham boa
legibilidade e que complementem a marca.
2.3 ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
Para melhor entendimento do que vem a ser a organização de um
evento é necessário primeiramente saber o que é um evento. De acordo com
Costa; Talarico (1996, p. 159) um evento é:
[...] uma reunião de um, ou mais público(s) em atividades de interesse comum, podendo ser definido como um fato ou acontecimento espontâneo ou organizado, capaz de provocar interesse e que pode ser explorado para fins mercadológicos.
Entretanto, essa definição de evento é genérica sob o ponto de vista
de profissionais que atuam na área. Segundo Tenan (2002, p. 13 - 14):
[...] o termo evento adquiriu valor semântico próprio, significando acontecimento especial, antecipadamente planejado e organizado, que reúne pessoas ligadas a interesses comuns. Eventos têm nome, local determinado e espaço de tempo predefinido.
1 Serifa é o traço colocado no início ou no final da haste de uma letra. (ROCHA, 2003, p.91)
38
Como se percebe um evento se dá como um fato ou acontecimento
espontâneo ou organizado. Porém se abordará aqui o evento como um
acontecimento planejado e organizado.
Neto (1999, p. 20-21) atribui as seguintes características a um evento:
- evento como um fato: é algo que acontece, tem data e horário de início e
fim determinado. Por isso é importante seu planejamento correto, oportuno e
adequado às características do patrocinador, do público e do ambiente onde
será realizado. Deve ser marcante, cheio de sensações, gerador de emoções
para o público presente e telespectadores, além de bem divulgado.
- o evento como um acontecimento que gera sensação: deve ser bem
sucedido. A sua condição de fato e acontecimento impõe a necessidade do
sucesso de sua realização. O seu sucesso está diretamente direcionado às
sensações geradas antes, durante e após a realização do evento.
- o evento como notícia: como fato e acontecimento e se bem-sucedido o
evento vira notícia na mídia. A sua capacidade de virar notícia é o que torna o
evento uma mídia disputada pelos patrocinadores.
Sendo assim, para os patrocinadores, o melhor evento é aquele que
adquire a força de um fato, reveste-se de um grande acontecimento e gera
notícia.
Segundo Giacaglia (2004) os eventos são classificados quanto a sua
finalidade, quanto à periodicidade, quanto à área de abrangência, quanto ao
âmbito, quanto ao público alvo e quanto ao nível de participação.
Já Tenan (2002) os classifica quanto à freqüência, quanto à
localização, quanto à forma de participação, quanto ao alcance do público,
quanto à dimensão, quanto ao objetivo, quanto à área de interesse, quanto ao
escopo geográfico e quanto a sua tipologia.
39
Os objetivos específicos de cada evento é que irão definir sua tipologia.
Basicamente os tipos de eventos de cunho comercial ou institucional são:
feiras, convenções de vendas, road- shows, workshops, eventos sociais,
culturais, desportivos e congressos.
Tenan (2002, p.43) relata que “Desde as mais antigas civilizações, há
registros de reuniões para debater temas relativos à sociedade. O primeiro
evento realizado, denominado congresso, aconteceu em 377 a.C em Corinto”.
No entanto, os congressos que aconteciam antigamente não tinham o
mesmo sentido que os congressos atuais possuem.
Giacaglia (2004, p. 48) define congressos como “[...] eventos em que
profissionais de empresas da mesma área de atuação reúnem-se, em local
fechado e restrito aos participantes, para discutir sobre temas em comum”.
Os participantes de congressos são profissionais que buscam
atualização ou até mesmo solução para problemas da sociedade e se reúnem
a fim de discutir temas relevantes de uma área em comum.
Portanto, os congressos são considerados importantes veículos de
difusão de conhecimento. Proporcionam grande contribuição para a sociedade,
permitindo e possibilitando a reunião de líderes políticos, empresariais,
pensadores e profissionais de toda ordem, trazendo discussões esclarecedoras
nas diversas áreas intelectuais econômicas, permitindo ainda a atualização
profissional. (TENAN, 2004)
Sob uma perspectiva de organizador de eventos Zanella (2008, p 07)
atribui a congresso a seguinte definição “[...] encontro solene de grande porte
com número elevado de participantes, promovido por entidades ou associações
de classe, e pode ter caráter regional, nacional ou internacional”.
O congresso dependendo de sua abrangência geográfica possui um
intervalo de tempo para acontecer. Segundo Tenan (2004, p.44) “Quanto à
periodicidade, os congressos de âmbito nacional em geral são realizados
40
anualmente; os internacionais e mundiais ocorrem a cada três, quatro ou cinco
anos”.
Tendo em vista que um congresso é um evento de grande porte,
necessita de tempo para planejá-lo e organizá-lo, e para que isso aconteça
tem-se a necessidade de um profissional capacitado que realize todas as
etapas necessárias para que o evento seja bem sucedido.
As empresas promovem e utilizam os eventos como estratégia
mercadológica. Assim como qualquer outra estratégia mercadológica a
promoção de um evento para a empresa é também uma decisão estratégica
que resulta de uma análise de mercado, concorrência e de outros elementos do
marketing mix, que deve obedecer a um planejamento criterioso e ter os
objetivos claramente definidos. (COSTA; TALARICO, 1996)
Destaca-se então a importância que a promoção de um evento tem
para a empresa, pois além de divulgá-la, fortalece a sua imagem perante o
público.
2.4 MARKETING PROMOCIONAL
Classificado como um dos compostos de marketing, o marketing
promocional tem como base a promoção de vendas.
A promoção de vendas dentro do composto comunicacional aparece
como solução estratégica de curto prazo. Costa; Talarico (1996, p.67) definem
promoção de vendas como:
[...] uma estratégia de comunicação que age a curto prazo, visando promover um produto e estimular a ação de compra/venda por parte dos públicos, podendo atuar como apoio às outras estratégias ou isoladamente, funcionando como solução para inúmeros problemas surgidos no marketing mix.
41
Os públicos aos quais serão aplicadas essas estratégias podem ser
classificados considerando como parâmetro o processo de compra e venda. No
caso da promoção de eventos a classificação do público requer um
direcionamento de esforços que não visam vendas. Costa; Talarico (1996, p.
70) explicam quem é este público:
São aqueles a quem a empresa dirige esforços de marketing e comunicação sem a preocupação direta de obter resultados de venda, mas que precisam ser trabalhados no sentido de agir ou deixar de agir conforme os interesses e objetivos da empresa, tais como congresso, assembléias e câmaras, governo em geral, veículos de comunicação, fornecedores etc.
No caso dos eventos a promoção de vendas auxilia na divulgação e na
formação ou sustentação da imagem da empresa e também pode ser chamada
de promoção institucional. (COSTA; TALARICO, 1996)
Outro fator que pode ser atribuído ao investimento cada vez maior por
parte das empresas em promover eventos de acordo com Neto (1999, p.10) é:
Marcas desconhecidas tornam-se de repente de domínio público. Imagens de empresas, marcas e produtos são construídas, refeitas e consolidadas e têm aumentado sua exposição na mídia, graças à força dos eventos.
O marketing promocional por meio da promoção de vendas quando se
trata de eventos, auxilia na consolidação e fixação da marca e aumenta sua
exposição nos meios de comunicação social.
42
2.5 CLIENTE
Nesta etapa do projeto será apresentado o cliente para qual o projeto
será proposto.
2.5.1 Univali
A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) 2é uma das maiores
instituições de ensino superior do Brasil. Localizada no litoral centro-norte de
Santa Catarina, está presente nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú,
Biguaçu, São José e Tijucas.
Sua estrutura multicampi e sua política de atuação permitem atender a
comunidade em toda a sua área de abrangência, promovendo o crescimento
local e global através da produção e socialização do conhecimento pelo ensino,
pela pesquisa e pela extensão.
São mais de 25 mil alunos, que contam com 170 mil m² de área
construída, 485 salas de aulas e 950 salas de apoio e laboratórios, todos
equipados com tecnologia de ponta e monitorados por profissionais altamente
capacitados. Além disso, os estudantes dispõem de espaços reservados às
atividades práticas, como clínicas, agências, escritórios, teatro, auditórios,
ginásios de esporte e quadras poliesportivas, piscina e oito bibliotecas, que
reúnem um acervo de 119,5 mil títulos de livros, 267,2 mil exemplares e cerca
de 3,3 mil títulos de periódicos, com 85,7 mil exemplares.
Atualmente, a Univali possui mais de 50 cursos superiores – se
somados os cursos de graduação e os cursos seqüenciais de formação
específica – entre mais de cem opções de turno e local. Conta ainda com cerca
de 36 cursos de especialização/aperfeiçoamento, oito mestrados e dois
doutorados. Além disso, dedica-se à Educação de Jovens e Adultos e à
Educação Básica – com o Colégio de Aplicação da Univali (CAU) em Itajaí,
2 Disponível em: www.univali.br
43
Tijucas e Balneário Camboriú, atendendo mais de mil crianças e adolescentes,
da Educação Infantil até o Ensino Médio.
2.5.2 O Curso de Direito
De acordo com Gásperi (2009) o Curso de Direito da Universidade do
Vale do Itajaí Campus Balneário Camboriú iniciou sua trajetória no 2º semestre
de 1999 com a abertura de uma turma no turno matutino com 64 alunos. Sob a
coordenação do Prof. Carlos Botan. No ano de 2000 o cursou passou a ser
oferecido em dois turnos, matutino e noturno. Em 2002 o curso passou a ser
coordenado pelo Prof. MSc. Mauro Afonso de Gásperi.
O Curso se desenvolveu rapidamente, estando, atualmente, com
aproximadamente 1200 acadêmicos.
No âmbito Federal, o reconhecimento se deu em dois momentos: no
dia 09 de novembro de 1971 pelo Conselho Federal de Educação, tendo por
base o parecer número 801/71; no dia 15 de dezembro de 1971, pelo Decreto
Presidencial 69799, publicado no Diário Oficial da União, na mesma data.
Em 09 de abril de 2008, o Curso passou por nova avaliação do
Conselho Estadual de Educação recebendo recomendação pelos avaliadores
sem quaisquer restrições. Como consequência da recomendação, em 15 de
julho de 2008, foi publicado o Decreto nº 1.531, que renova o Reconhecimento
do Curso de Graduação em Direito, no Diário Oficial de Santa Catarina de
número 18.402, renovação pelo período de 05 (cinco) anos, com base na
Resolução nº 058 e no Parecer nº 144, aprovado em 13/5/2008.
O Curso de Direito da UNIVALI Balneário Camboriú registra uma das
mais belas páginas do ensino jurídico de Santa Catarina e do Brasil.
Reconhecido no cenário nacional por sua qualidade, vê seus egressos
ingressarem nas carreiras jurídicas e nelas se destacarem de forma brilhante e
efetiva.
44
2.6 PESQUISA DE CAMPO
Como pesquisa de campo, optou-se em realizar uma entrevista com o
coordenador do evento e aplicar questionários com o público-alvo.
2.6.1 Entrevista A entrevista foi realizada com o coordenador do evento, Sr. Mauro
Afonso de Gásperi na Coordenação do Curso de Direito da Univali Campus
Balneário Camboriú no dia 31/04/2009 através de um roteiro de perguntas
elaborado antecipadamente onde os resultados estão expressos a seguir.
1) Quais os objetivos do evento?
R- Institucionalmente, promover extensão e divulgação do Curso e da
Universidade. Pedagogicamente, oportunizar contato com autores consagrados
nacionalmente para discussões de temas de relevância social e jurídica,
visando atualização e aperfeiçoamento.
2) Que imagem você quer que este evento transmita?
R- De um curso moderno, sensível às exigências profissionais da atualidade e,
de qualidade.
3) Quais são as expectativas em relação ao evento?
R- Pelas experiências anteriores, a participação vem aumentando, como
também a qualidade do Evento e a expectativa é que seja superada em muito o
número de inscrições anteriores (675), ultrapassando as 1.000 inscrições.
4) Qual ou quais eventos considera concorrentes?
R- Pela proximidade e apelo turístico, eventos realizados pela UFSC e Vox
Legem em Florianópolis e o de Gramado.
45
5) Escreva os pontos positivos do evento.
R- Organização, local, nível dos palestrantes, relevância dos temas, seriedade
(com cobrança de presença e o fornecimento de certificados que representam
as horas de efetiva participação), o preço muito abaixo dos oferecidos pela
concorrência; etc.
6) Relate os pontos negativos do evento.
R- Dificuldade de patrocínio o que dificulta a organização por falta de recursos;
local com limitação de espaço;
7) Quais os mercados pretende atingir futuramente?
R- O evento está sendo voltado, prioritariamente, para acadêmicos (da
UNIVALI), mas o objetivo é atingir não somente os acadêmicos, mas também
os profissionais, a nível nacional, buscando oferecer palestrantes de qualidade
consagrada, aproveitando o apelo turístico que a cidade de Balneário Camboriú
oferece.
8) Quais conceitos quer que a marca transmita?
R- Tradição, experiência, qualidade, atualidade, seriedade, competência.
9) Quais mídias e materiais serão necessários desenvolver para divulgar o evento?
R- Impressa, virtual, televisiva (se houver possibilidade), jornais, rádios.
10) É necessário algum elemento gráfico obrigatório na marca? (formas, cores, imagens, símbolos)
R - Não.
46
11) Você considera que o objetivo do público alvo é somente conhecimento?
R- Não, além de atualização e aperfeiçoamento, os acadêmicos necessitam
cumprir horas de atividades complementares como exigência curricular, além
de ser momento também de confraternização, contato com outros acadêmicos,
professores, profissionais em geral.
2.6.2 Questionário
Para melhor compreender o público alvo foram aplicados no dia
27/03/09 questionários com 70 acadêmicos do 4º, 5º e 6º período do Curso de
Direito da Univali Campus Balneário Camboriú. Foram desenvolvidas nove
questões de múltipla escolha, a fim de levantar informações pertinentes ao
projeto, seguem os resultados:
1) Você tem interesse em participar de congressos?
95%
5%
SimNão
Gráfico 1 - Você tem interesse em participar de congressos?
Fonte: Arquivo pessoal
Na questão nº 01 quando se perguntou aos acadêmicos se possuem
interesse em participar de congressos, 5% dos entrevistados responderam que
não têm interesse em participar e 95% responderam que possuem interesse
em participar.
47
2) Quantos congressos você já participou?
35%
9%
55%
1%
até 5de 5 a 10até 15mais de 15
Gráfico 2 - Quantos congressos você já participou?
Fonte: Arquivo pessoal
No que se refere à quantidade de participação em congressos observa-
se que somente 1% dos entrevistados já participou de mais de 15 congressos,
9% participaram de 5 a 10, 35% de até 5 congressos e 55% dos acadêmicos já
participaram de até 15 congressos, portanto a maioria possui experiência em
congressos.
3) Você participa para: (Assinale até 2 questões)
7%
51%
40%
2%AtualizaçãoprofissionalAgregarconhecimentoCumprir horascomplementaresEntretenimento elazer
Gráfico 3 - Você participa para: Fonte: Arquivo pessoal
Perguntou-se aos entrevistados o motivo que os leva a participar do
congresso, 2% responderam que participam pelo entretenimento e lazer, 7%
48
para atualizarem-se profissionalmente, 40% para cumprirem horas
complementares exigidas no curso e 51% para agregarem conhecimento.
4) Por qual destes meios você toma conhecimento do evento? (Assinale até 3 questões)
25%
27%2%13%
0%
0%
15%
18%0%
FolderCartazMala diretaIndicaçãoTV/RádioJornalInternetCoordenaçãoOutros
Gráfico 4 - Por qual destes meios você toma conhecimento do evento?
Fonte: Arquivo pessoal
Quando questionados por quais meios tomam conhecimento do evento
27% responderam que é por cartaz, 25% através de folder, 18% pela
coordenação do curso, 15% pela internet, 13% por indicação de amigos, 2%
por meio de mala direta e nenhum dos entrevistados toma conhecimento por
TV/Rádio, jornal, entre outros.
5) Por ordem de importância enumere as qualidades do evento:
0
10
20
30
40
50
60
1 2 3 4 5 6 7 8
InformaçãoMaterial ImprDuraçãoPalestrantesFestasLocalizaçãoAmbienteCoffee Break
Gráfico 5 - Por ordem de importância enumere as qualidades do evento: Fonte: Arquivo pessoal
49
Na questão nº 5 os acadêmicos foram questionados em relação ao
grau de importância das qualidades do evento, os mais importantes foram os
palestrantes, em segundo a informação em relação ao evento, em terceiro a
localização, em quarto e quinto a duração, em sexto o ambiente, em sétimo o
coffee break e por último, em oitavo, as festas. 6) Você já teve algum problema em um evento por falta de informação?
10%
90%
SimNão
Gráfico 6 - Você já teve algum problema em um evento por falta de informação? Fonte: Arquivo pessoal
Quando questionados se já tiveram algum problema em um evento por
falta de informação 90% responderam que não tiveram problema e 10%
responderam que sim, sendo que foram relatados os seguintes problemas: não
comparecimento dos autores, evento adiado sem comunicarem os
participantes.
50
7) Quais as abordagens que já fez com que você participasse de um congresso? (Assinale até 3 questões)
8%
31%
2%35%
1%
23% 0% OutdoorBussdoorCartazesJornalFolderTV/RádioInternet
Gráfico 7 - Quais as abordagens que já fez com que você participasse? Fonte: Arquivo pessoal
A questão nº 7 se refere ao tipo de abordagem que já fez com que os
entrevistados participassem de um congresso, 35% responderam que foi
através de folder, 31% por meio de cartazes, 23% através da internet, 8% por
outdoor, 2% por meio de jornal, 1% através de TV/Rádio e a opção de bussdor
não foi mencionada.
8) O tipo de abordagem para divulgação de um evento influencia você a se inscrever nele?
83%
17%
SimNão
Gráfico 8 - O tipo de abordagem para divulgação de um evento influencia você? Fonte: Arquivo pessoal
51
Quando questionados se o tipo de abordagem para divulgação
influenciava os entrevistados a se inscrever no evento, 83% responderam que
sim e apenas 17% responderam que não. Neste caso, observa-se que o tipo de
abordagem influencia os acadêmicos a se inscreverem no evento.
9) Por qual desses meios você prefere receber a informação sobre um evento? (Assinale até 2 questões)
37%
40%
22%
1%0%
InternetFolderCartazTV/ RádioJornal
Gráfico 9 - Por qual desses meios você prefere receber a informação? Fonte: Arquivo Pessoal
E por fim, quando questionados por quais meios preferem receber a
informação de um evento 40% responderam que preferem por meio de folder,
37% através da internet, 22% por cartaz e apenas 1% respondeu que prefere
através de TV/Rádio. Com a realização desta pergunta percebe-se que a
maioria dos entrevistados prefere receber a informação do evento através de
folders, internet e cartazes.
52
2.7 ESTADO DO DESIGN
Neste item serão apresentadas algumas tendências no que se refere a
tipos de divulgação de produtos e serviços com ações totalmente inovadoras e
diferenciadas.
Figura 15 - Marca de lentes para câmera fotográfica
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
Integração Urbana: Uma marca de lentes para câmera fotográfica utilizou
pilares já existentes nas calçadas para adesivar, simulando a eficiência da
lente. Esta forma de divulgação é interessante porque participa do dia-a-dia
das pessoas e chama atenção pela inovação na mídia.
Figura 16 - Outdoor de propaganda da Nivea
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
53
Outdoor com interação: Um painel formado por bolhas de plástico para a
divulgação do creme anti celulite da Nivea. O público podia interagir estourando
as bolhas, e lendo a mensagem. A simbologia existente nesse painel também é
muito relevante, fazendo a ligação das bolhas com a celulite.
Figura 17 - Ponto de ônibus com customização do filme Os Simpsons
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
Customização do ponto de ônibus: O ponto de ônibus vem sendo muito
utilizado como mídia, isso porque as pessoas que se abrigam permanecem
nele por algum tempo, suficiente para assimilar a mensagem passada pelo
anunciante. Nesse caso o ponto simula a casa dos Simpsons, parecendo que o
usuário está dentro dela. Aguçando a curiosidade sobre o filme, divulgação em
questão.
54
Figura 18 - Ação urbana da seguradora Chilena
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
Ação urbana: Seguradora chilena coloca travesseiros em locais onde os
carros correm maior risco de bater. O objetivo da ação é passar a sensação de
proteção para o veículo em caso de acidente. Uma forma irreverente e criativa
de divulgação, chamando atenção por esses conceitos.
Figura 19 - Peça criada para divulgação no jornal Estado de São Paulo
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
Aplique em jornal: Embora o jornal seja uma mídia comum, este tipo de
anúncio não é. Uma representação de cachorro carregando o jornal em forma
de aplique, foi uma homenagem da Pedigree para o dia do melhor amigo do
homem. O melhor dessa mídia é que além dela ser diversificada, ela entra na
casa do público.
55
Figura 20 - Outdoor da rede de restaurantes Oldtimer
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
Outdoor diferente: Propaganda da rede de restaurantes austríaca Oldtimer,
que foi aplicada na entrada do túnel para dar a idéia de que a pessoa está
engolindo os carros. Principal diferencial: criatividade e humor.
Figura 21 - Cartão de visita do Dr. John Mullaly
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
Cartão de visita: Propaganda criada para o Dr. John Mullaly, dentista. Um
cartaz imitando uma arcada dentária, colocados em volta de postes, onde os
dentes nada mais são do que cartões de visita. Uma forma irreverente de atrair
o cliente e fixar imagem da marca.
56
Figura 22 - Divulgação do restaurante de massas
Fonte: http://asmelhorespropagandas.blogspot.com
Restaurante de massas: forma que este restaurante de massas encontrou
para divulgar seus pratos em Hamburgo, Alemanha, foi adesivar navios em um
lugar estratégico, na saída da corda, dando a idéia de ser uma massa. Esta
ação foi desenvolvida no porto mais movimentado da cidade. Uma maneira
mais divertida de atrair o cliente e ainda por cima, não desperdiça papel (no
caso de materiais impressos).
57
2.8 SIMILARES DA ÁREA
Nesta etapa do projeto será apresentada uma pesquisa dos cartazes
de eventos similares da área do Direito e uma breve análise de cada um.
Figura 23 - Cartaz Congresso de Direito da UFSC
Fonte: Arquivo pessoal
Este cartaz contém fotos da cidade de Florianópolis e através dessas
imagens usa do apelo turístico para atrair o público. No que se refere à cor,
foram utilizadas cores contrastantes que destacam o texto, no fundo aplicou-se
uma textura que se estabelece através da repetição das formas. Além disso,
esta peça é um pouco diferente dos outros cartazes no que se refere às
informações, pois só relata as atividades que acontecerão (debates, palestras,
conferências, etc) e faz uma chamada para que o site seja acessado.
58
Figura 24 - Cartaz 10º Simpósio Nacional de Direito
Fonte: Arquivo pessoal
Já o cartaz do 10º Simpósio Nacional de Direito contêm alguns
símbolos mais comuns sempre utilizados em materiais da área, o desenho da
deusa da justiça denominada Themis, a balança e a espada em suas mãos.
Quanto à utilização das cores não houve muito contraste entre o azul do fundo
e o vermelho da tipografia o que acaba prejudicando a legibilidade de algumas
informações do cartaz.
Figura 25 - Cartaz Encontro Nacional de Juristas - Voxlegem
Fonte: Arquivo pessoal
59
No cartaz do Encontro Nacional de Juristas observa-se a utilização de
fotos da cidade de Florianópolis e inclusive dos palestrantes seguidos de um
breve resumo de seus currículos, quando se trata desse tipo de informação ela
deverá estar contida nos folders do evento e não nos cartazes tendo em vista
que os cartazes devem ser compostos por textos curtos já que esta peça
gráfica é de leitura rápida e serve somente para prestar as informações mais
importantes do evento e despertar o interesse do leitor para que vá buscar
maiores informações no folder do evento ou até mesmo no site anunciado o
qual poderá conter mais informações em relação ao evento. Além disso, a
legibilidade das informações deve ser levada em conta, por isso o tamanho de
fonte utilizado no cartaz deve ser maior.
Figura 26 - Cartaz 3º Congresso Brasileiro Direito e Política
Fonte: Arquivo pessoal
O cartaz do 3º Congresso Brasileiro Direito e Política está coerente,
pois apresenta informações básicas sobre o evento e faz uma chamada para
que os interessados acessem o site para obter maiores informações. Quanto
às cores utilizadas nas fontes, estas estão contrastando com o fundo preto,
agregando uma ótima legibilidade aos textos.
60
Figura 27 - Cartaz II Congresso Internacional sobre Direito Coletivo do Trabalho
Fonte: http://www.sgc.goias.gov.br/
No cartaz do II Congresso Internacional sobre Direito Coletivo do
Trabalho há muitos estilos de fontes sendo utilizados o que não é
recomendável para aplicação em uma única peça gráfica. As cores são
contrastantes favorecendo a legibilidade da peça. A quantidade de
patrocinadores apresentada ocupa muito espaço do cartaz.
Figura 28 - Cartaz Congresso Internacional, Brasileiro de Direito Ambiental
Fonte: http://www6.ufrgs.br
61
Este cartaz divulga o evento da área de Direito Ambiental e possui três
abordagens diferentes divulgadas na mesma peça gráfica, por isso ele não
contém muitas informações e faz apenas a chamada para cada evento, porém
a distribuição dos textos e as imagens no centro deixaram a peça gráfica
equilibrada. As cores dos textos contrastaram com as cores do fundo, deixando
as informações totalmente legíveis.
Figura 29 - Cartaz 1º Congresso Internacional de Direito Civil da UFPR
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/
No cartaz do I Congresso Internacional de Direito Civil da URPF há
uma série de peculiaridades que se diferem dos outros já apresentados
anteriormente. Na sua composição utilizou-se somente uma fonte serifada,
outra particularidade encontrada nesse cartaz é o trabalho com a imagem
tratada no fundo. As cores não muito contrastantes, além da grande quantidade
de informações contidas na peça, dificultam a leitura de algumas informações.
62
Figura 30 - E-flyer XV Conferência Estadual dos Advogados de Santa Catarina
Fonte: http://1.bp.blogspot.com
No e-flyer da XV Conferência Estadual dos Advogados de Santa
Catarina o símbolo utilizado como marca é uma balança estilizada já muito
adotada como representação da área jurídica. A quantidade mínima de
informação está de acordo por ser um e-flyer. Quanto às cores empregaram-se
as mesmas do símbolo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
2.8.1 Análise cartazes similares da área
Ao analisar os cartazes similares da área percebe-se que há a
utilização de várias tipografias no mesmo cartaz, a aplicação de muitos textos
acarreta em uma grande quantidade de informação fugindo da função que um
cartaz tem que é de comunicar as informações básicas que possam ser lidas
rapidamente.
Há também em alguns cartazes fotos das cidades em que vai ocorrer o
evento, portanto observa-se que o apelo turístico é forte. Em outros cartazes
pode-se observar a foto dos palestrantes que estarão no evento, geralmente os
participantes do evento conhecem os palestrantes somente pelo nome,
portanto não há necessidade de colocar fotos destes. Alguns cartazes
apresentam símbolos e fotos juntos.
63
Quanto à utilização de cores, observa-se que muitas cores são
utilizadas em um mesmo cartaz, apenas alguns utilizam cores neutras e que
combinam entre si.
A presença de elementos como a deusa da justiça ou a balança são
comuns nos cartazes de eventos da área jurídica, o que faz com que não se
diferenciem um do outro.
2.9 SIMILARES DE OUTRAS ÁREAS
Neste item serão apresentadas algumas marcas e cartazes de outras
áreas e uma breve análise de cada um.
Figura 31 - Marca do 27º CIOSP
Fonte: http://www.apcd.org.br
Na figura acima se apresenta a marca do 27º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo, ao observar a marca não há uma ligação direta a
que segmento ele representa, não há nenhum ícone que referencie a área de
odontologia, a associação dela se faz somente ao internacional através da
representação do globo.
64
Figura 32 - Marca do XXI Congresso Brasileiro de Parasitologia
Fonte: http://patologia.bio.ufpr.br
Nesta marca observa-se a utilização de elementos (folha e besouro)
que representam a área de parasitologia e há também em sua composição a
imagem da cidade onde acontece o evento.
Figura 33 - Cartaz II Congresso da Sociedade Goiana de Neurocirurgia
Fonte: http://www.sbn.com.br
O cartaz do II Congresso da Sociedade Goiana de Neurocirurgia é
composto por imagens da cidade de Goiânia juntamente com a marca da
Sociedade Goiana de Neurocirurgia.
65
Figura 34 - Cartaz XX Cobrac
Fonte: http://www.xxcobrac.com.br
No cartaz do XX Cobrac há dois elementos principais em sua
composição, a imagem da cidade de Fortaleza que retrata alguns prédios e um
símbolo que remete ao sol com uma meia lua sobreposta. Este é mais um
cartaz que não trabalha com símbolo que revele seu segmento.
Figura 35 - Cartaz II Congresso Catarinense de Gastroenterologia
Fonte: http://www.sobed.org.br
No cartaz do II Congresso Catarinense de Gastroenterologia e
Endoscopia Digestiva trabalhou-se com imagens que compõem a forma de um
dos órgãos do aparelho digestivo, esta mesma forma também contempla a
marca do evento.
66
Figura 36 - Marca IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia Sobracil
Fonte: http://www.sobracil.org.br
Na marca do IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia Sobracil é
composta por uma ilustração que retrata um dos pontos turísticos da cidade
onde ocorreu o evento, não havendo referência alguma com o segmento em
questão.
Figura 37 - Cartaz II Congresso Pan- Amazônico de Hematologia e Hemoterapia
Fonte: http://sbhh.com.br
No cartaz do II Congresso Pan- Amazônico de Hematologia e
Hemoterapia há somente uma ilustração que também remete há algum ponto
turístico da cidade onde o evento irá acontecer.
67
Figura 38 - Marca VII Congresso Norte- Nordeste de Medicina Intensiva
Fonte: http://www.faroldigital.tv
Na marca do VII Congresso Norte-Nordeste de Medicina Intensiva a
imagem principal é a ilustração que retrata um dos patrimônios da cidade de
São Luis – Maranhão. O único símbolo que é possível para identificar o
segmento do evento é o que se situa abaixo da escrita que representa os
batimentos cardíacos, totalmente clichê quando se trata desse segmento.
Figura 39 - Cartaz Congressos USP 2009
Fonte: http://www.congressousp.com.br
Neste cartaz são divulgados dois congressos promovidos pela
Universidade de São Paulo que ocorreram no ano 2009, o símbolo utilizado
remete a um olho e faz analogia direta ao segmento do evento. Há apenas um
estilo de fonte utilizado que tem sua variação em negrito. As informações foram
separadas em bloco de cores.
68
2.10 ANÁLISE E SÍNTESE DAS PESQUISAS
Abaixo será realizada a síntese das pesquisas bibliográficas e de
campo que foram exploradas neste projeto.
2.10.1 Análise da pesquisa bibliográfica
Na pesquisa bibliográfica levantou-se as seguintes temáticas: Design
Gráfico, Identidade Visual, Marca, Organização de eventos e Marketing
Promocional. Diante dessa pesquisa pode-se concluir que:
A marca é o grande patrimônio da empresa e indica as qualidades do
produto ou dos serviços por esta oferecidos, bem como fortalece sua imagem
perante os consumidores. Seu valor é usado como estratégia para diferenciá-la
do concorrente, mantendo-se no mercado e conquistando novos clientes.
No que se refere à organização de eventos, para se alcançar os
objetivos traçados, além de se ter uma boa organização deve-se divulgar
amplamente este evento e os materiais necessários para esta divulgação
devem ter uma identidade própria que identifique o evento e traduza todo seu
conceito.
Outro fator fundamental pesquisado é em relação ao marketing
promocional que mostra a importância que a promoção de um evento tem para
a empresa, pois além de divulgá-la, fortalece a sua imagem perante o público.
O marketing promocional por meio da promoção de vendas quando se
trata de eventos, auxilia na consolidação e fixação da marca e aumenta sua
exposição nos meios de comunicação social.
Todas as temáticas pesquisadas reforçam a proposta do projeto da
criação da identidade visual para o Congresso Brasileiro de Direito Univali. A
fim de, promover a empresa (Instituição Univali), agregar maior valor a marca,
fortalecê-la e consolidá-la perante o público.
69
2.10.2 Análise da pesquisa de campo
A pesquisa de campo foi realizada através de uma entrevista aplicada
com o coordenador do evento prof. MSc. Mauro Afonso de Gásperi. As
informações extraídas de importância para o projeto foram sobre os conceitos
que a marca deveria transmitir que são: experiência, qualidade, atualidade,
seriedade e competência. Quando questionado quais as mídias e materiais
necessários para divulgar o evento as citadas foram: mídia impressa, virtual e
televisiva (se houver possibilidade). Ressalta-se que quando interrogado se há
obrigatoriedade em conter algum elemento gráfico na marca a resposta foi
negativa.
Outro instrumento utilizado para pesquisa de campo foi a aplicação de
questionários aos acadêmicos (público-alvo) do Curso de Direito da Univali
Balneário Camboriú, as informações mais pertinentes ao projeto foram em
relação às mídias.
Quando questionados por quais meios os acadêmicos tomam
conhecimento de um evento as três mídias mais votadas foram: cartaz, folder e
internet. Diante disso, as mídias que mais atingem o este público ainda são as
mais tradicionais, isto pode ser atribuído pelo público ser mais formal. Para
confirmar a preferência por estas mídias os acadêmicos foram questionados
por quais meios preferem receber a informação de um evento e os mais
votados foram também o folder, cartaz e internet.
Outro item relevante à pesquisa é que quando questionados em
relação ao grau de importância das qualidades do evento o segundo item mais
votado foi sobre o que se refere à informação, portanto o material de
divulgação deve ter informações consistentes que façam com que o leitor
obtenha o máximo de dados sobre o evento.
Quanto aos tipos de abordagem que já fez com que os entrevistados
participassem de eventos, novamente os mais votados foram folder e cartazes,
reforçando ainda mais a importância que o público dá as mídias impressas.
70
Essa constatação se deu também por pesquisa de observação realizada na
divulgação do evento deste ano, no cartaz havia o site para ser acessado em
que constavam mais informações sobre o evento como programação,
palestrantes etc, e mesmo assim houve resistência por parte do público para
acessar a internet, a maioria se dirigiu até a coordenação do curso em busca
do folder com as informações que poderiam também obter através do site.
Através da aplicação do questionário constatou-se também que o tipo
de abordagem influencia os entrevistados a se inscrever no evento. Entretanto,
tem que existir certa cautela no que se refere à abordagem, pois se trata de um
público tradicional.
Outro tópico abordado na pesquisa de campo foi sobre algumas
tendências no que se refere a tipos de divulgação de produtos e serviços com
ações totalmente inovadoras e diferenciadas. Essas ações inusitadas são
interessantes, porém podem ser consideradas muito inovadoras para o público
que se pretende atingir podendo gerar uma reação contrária do que se objetiva.
Para pesquisa de campo também se realizou um levantamento de
cartazes e marcas da área e de similares. Nessas análises pode-se observar
que a maioria dos cartazes são compostos por fotos e/ou ilustrações das
cidades em que ocorrerão os eventos, utilizando o forte apelo turístico para
atrair participantes. Porém uma grande deficiência desses cartazes se refere
há falta de um símbolo que remeta ao segmento que ele se trata. Não há
também variação no formato e em todos os analisados a orientação é retrato.
71
Conceituação
72
3. CONCEITUAÇÃO
Nesta etapa serão definidos os conceitos a serem seguidos para a
elaboração da assinatura visual do Congresso Brasileiro de Direito Univali.
3.1 LISTAGEM DE REQUISITOS
1) Qual será sua principal função de uso?
Representar o Congresso Brasileiro de Direito da Univali.
2) Quais serão as possíveis funções secundárias deste produto? Atrair participantes para o congresso através da divulgação.
3) Quais as principais características / conceitos que este produto deve transmitir? Tradição, experiência, qualidade, atualidade, seriedade, competência e
modernidade.
4) De acordo com o estado do design, quais são os referenciais estéticos que o produto deverá ter?
Modernidade, inovação, criatividade, diferenciação e exclusividade.
5) De acordo com a análise do Estado do Design, quais são as CARACTERÍSTICAS POSITIVAS que poderiam ser APROVEITADAS no produto? Fugir do comum, ou seja, inovar e atrair o público pelo inusitado.
73
6) De acordo com a análise do Estado do Design, quais são as CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS que poderiam ser EVITADAS no produto? O novo e o moderno podem retrair o público e fugir do conceito de tradição que
a marca precisa mostrar.
7) O produto sofrerá alguma influência ambiental, cultural, religiosa, geográfica, entre outras? A influência que o produto sofrerá é cultural, tendo em vista que o público-alvo
é mais formal, acostumado com o convencional.
8) Qual é o perfil do público alvo do produto? Idade variada de 17 a 70 anos, ambos os sexos, acadêmicos que têm como
hábito adquirir conhecimento e estar sempre atualizados.
9) Quais são os hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto (porque o escolhem, quando o escolhem e como o escolhem)? O público alvo opta por participar de eventos, pois necessita estar sempre
atualizado, além disso, precisa cumprir as horas complementares exigidas no
curso, a escolha do evento se dá por cartazes, folders e outros materiais de
divulgação.
10) Quais são os benefícios que o consumidor espera deste produto? O consumidor espera qualidade no evento, isso engloba: bons palestrantes,
localização, oferta de cooffe break, entretenimento e lazer que envolvam as
festas promovidas; e material informacional de qualidade com peças gráficas
que transmitam o máximo de informações sobre o evento.
74
3.2 PAINÉIS SEMÂNTICOS
A seguir serão apresentados os painéis semânticos que têm por
objetivo mostrar de forma clara como a assinatura visual irá representar o
evento, quais os conceitos que esta assinatura irá passar para o consumidor,
seu público.
3.2.1 Painel do público
Figura 40 - Painel semântico do público
Fonte: Arquivo pessoal
O público alvo do projeto foi classificado da seguinte forma: idade de
17 a 70 anos, ambos os sexos e que tem como hábito adquirir conhecimento e
estar sempre atualizado, porém é um público formal.
75
3.2.2 Expressão do produto
Figura 41 - Painel semântico de expressão do produto
Fonte: Arquivo pessoal
Para expressão do produto foram escolhidos os seguintes conceitos:
tradição, experiência, inovação, moderno, diferenciado e de qualidade. Os
conceitos de tradição, experiência, moderno, diferenciado e de qualidade serão
utilizados na criação da assinatura visual, o de inovação será aplicado nas
mídias de divulgação, pelo fato de o público ser considerado conservador e
mais formal.
76
3.2.3 Tema Visual
Figura 42 - Painel semântico do tema visual
Fonte: Arquivo pessoal
No painel de tema visual representam-se os conceitos citados no painel
de expressão do produto por meio de imagens de produtos. Sendo eles: óculos
da marca Ray ban considerado um produto tradicional e de qualidade, o painel
Touch screen uma tecnologia inovadora, o mp5 da marca Apple com estética e
funcionalidade sendo moderno e diferenciado e o espremedor de frutas com
estética inovadora e diferenciado dos demais espremedores.
77
3.2.4 Referência Visual
Figura 43 - Painel semântico de referência visual
Fonte: Arquivo pessoal
Como referência visual na área de direito pode-se destacar a deusa da
justiça Themis, o martelo que serve como veredicto do juiz e sua beca, além da
balança, considerada um dos símbolos mais fortes da área.
78
Geração de Alternativas
79
4. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
Após a definição dos conceitos, evolui-se para a geração de
alternativas, nesta etapa se faz necessária a utilização de algumas técnicas de
criatividade que foram aplicadas para geração da assinatura visual.
4.1 TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE
Nesta etapa serão apresentadas as técnicas de criatividade que foram
utilizadas para a geração das alternativas que são: brainstorming e analogia.
4.1.1 Brainstorming
A primeira técnica utilizada foi o Brainstorming que consiste em gerar
idéias com rapidez sem preocupar-se com os detalhes. Nesta técnica foram
gerados esboços tendo como base um dos símbolos mais utilizados na área do
Direito, a balança que de acordo com Nunes (2000) simboliza a equidade, o
equilíbrio, a ponderação, a justeza das decisões na aplicação da lei. Com base
nesse símbolo foram extraídos seus princípios conceituais e estéticos que são:
equilíbrio e simetria, desenvolvendo-se esboços através desta técnica.
Figura 44 - Esboços brainstorming Fonte: Arquivo pessoal
80
4.1.2 Analogia A segunda técnica de criatividade utilizada foi a analogia, que de
acordo com Baxter (2003, p.80) é uma “[...] forma de raciocínio em que as
propriedades de um objeto são transferidas para um outro objeto diferente, mas
com certas propriedades em comum”.
Neste caso, foram realizadas pesquisas de marcas de escritórios de
advocacia e de órgãos da justiça para verificar se havia outros ícones
diferentes da balança da deusa da justiça e do martelo. Constatou-se que outro
símbolo utilizado são os templos greco-romanos aplicados atualmente na
construção das fachadas dos fóruns.
Iniciou-se então uma pesquisa de História do Direito e suas origens a
fim de descobrir o que acontecia nesses templos e qual sua significação de
acordo com sua arquitetura. Segundo o professor de História de Direito da
Universidade do Vale do Itajaí Luiz Braúlio Farias Benitez (2009) os templos
tinham essa arquitetura que era constituída por base, colunas e abóboda,
sendo que cada um desses ícones da construção possui um significado: a base
representa o povo, as colunas representam as grandes instituições e a
abóboda representa o poder que pensa e olha por todos. Portanto, a base, ou
seja, o povo era quem sustentava as grandes instituições e as grandes
instituições sustentavam o poder. Sendo assim, esse segundo partido foi
tomado em busca de auxílio na resolução do problema do projeto. Abaixo se
traz alguns esboços realizados para a geração de alternativas.
Figura 45 - Esboços analogia aos templo greco-romanos
Fonte: Arquivo pessoal
81
Obtém-se então, esboços reproduzindo alguns ângulos de diferentes
vistas dos templos greco-romanos.
Figura 46 - Esboços analogia as colunas dos templos gregos
Fonte: Arquivo pessoal
Aqui se traz esboços de estilos de colunas, utilizando-se a combinação
com coroas de folhas de louro as quais eram usadas pelos deuses da mitologia
grega.
82
4.2 ALTERNATIVAS REFINADAS
Nesta etapa do projeto serão apresentadas as três alternativas
refinadas e suas respectivas justificativas.
4.2.1 Alternativa nº 1
Figura 47 - Alternativa 1
Fonte: Arquivo pessoal
Na alternativa de nº 1 gerou-se um símbolo conceitual com a proposta
de representar as características da balança: equilíbrio e simetria. A cor azul
aplicada no símbolo justifica-se pelo fato de no congresso anterior já ter sido
utilizada nos materiais impressos, mantê-la, portanto seria uma forma de não
descaracterizar tanto o evento.
Para logotipia escolheu-se a fonte Calibri que possui traços mais
orgânicos, além disso a escolha da fonte se deu por não apresentar serifa,
combinando com o símbolo criado. Porém esta alternativa não foi escolhida,
pois apesar de estar bem conceituada, esta ganhou muitos significados e
interpretações sendo considerada versátil demais, podendo ser utilizada para
outros segmentos. O grande número de interpretações que podem ser feitas da
marca não é interessante, pois a assinatura visual do Congresso Brasileiro de
Direito precisa ser objetiva, transmitindo os conceitos com clareza e unidade.
Decidiu-se por não se utilizar essa alternativa, buscando por alguma opção que
demonstrasse com mais clareza os conceitos especificados.
83
4.2.2 Alternativa nº 2
Figura 48 - Alternativa 2 Fonte: Arquivo pessoal
Na alternativa nº 2 foram combinados dois elementos da mitologia
greco-romana, a coluna dórica por representar as grandes instituições e a
coroa de folhas de louro utilizada pelos deuses gregos. A cor verde oliva
aplicada nas folhas de louro foi para remeter ao verde das folhas e o preto na
coluna a fim de transmitir força e requinte. Porém este tipo de símbolo já é
muito utilizado e considerado popular.
4.2.3 Alternativa nº 3
Figura 49 - Alternativa escolhida
Fonte: Arquivo pessoal
84
A alternativa de nº 3 foi a que melhor se adequou a proposta do
projeto, porém necessitou de algumas adaptações para que fosse interpretada
de forma clara e rápida. As adequações a serem feitas foram a mudança de
perspectiva e a reprodução através de formas simples o Oráculo de Delphos
templo da deusa da justiça Themis.
Figura 50 - Vista lateral do Oráculo de Delphos
Fonte: www.agraciadegrecia.wordpress.com
4.2.3.1 Adaptação da alternativa escolhida
Figura 51 - Alternativa escolhida
Fonte: Arquivo pessoal
A alternativa escolhida representa parte do templo da deusa da justiça
Themis, situado na cidade de Delphos que é um local arqueológico e uma
85
moderna cidade da Grécia. O nome atribuído a este templo é Oráculo de
Delphos, pois Themis de acordo com o site do Ministério da Justiça 3 é criadora
das leis, dos ritos e dos oráculos, além disso, era a guardiã dos juramentos dos
homens. As leis e os oráculos por ela proferidos eram obrigatoriamente
acatados tanto por homens como por deuses. De acordo com o Departamento
de Engenharia Civil da UFCG 4 Themis era também uma deusa de profecias e
conselheira de Apolo seu esposo, e depois de Gaia (sua mãe) ocupou o trono
do Oráculo de Delphos até que Apolo matou a serpente Píton e tomou posse
do assento.
De acordo com Delphoss5, na Grécia Antiga, este foi enfim o maior e
mais influente templo dedicado ao autoconhecimento, à expansão da
consciência, da cultura e da arte; além de um elo entre o conhecimento do
antigo Oriente com o Ocidente.
A marca criada faz também referência direta aos templos greco-
romanos. Iniciou-se então uma pesquisa de História do Direito e suas origens a
fim de descobrir o que aconteciam nesses templos e o que representava cada
elemento da construção de acordo com sua arquitetura.
Segundo a Wikipédia6 os fóruns romanos eram locais públicos onde se
comercializavam produtos, como era um lugar de grande circulação de
pessoas, reuniões públicas que tinham como finalidade criação de novas leis
ou tomada de decisões também aconteciam neste local, com o passar do
tempo, os julgamentos de indivíduos que cometiam algum crime na sociedade
passaram a acontecer ali também. Por isso a maioria dos fóruns de hoje
possuem fachadas com características da arquitetura romana em suas
construções.
A criação da marca se fez por analogia direta que se justifica por esses
templos serem locais de reuniões onde há um grande número de pessoas 3 Disponível em: www.mj.gov.pt 4 Disponível em: www.dec.ufcg.edu.br 5 Disponível em: www.delphoss.com.br 6 Disponível em: www.wikipedia.org
86
circulando, o Congresso também é uma reunião de pessoas que se reúnem a
fim de discutir um assunto em comum.
Diante disso, a representação dos símbolos na marca se dá da
seguinte forma: as colunas representam a Universidade considerada uma
grande instituição de ensino superior e os degraus da escada (a base)
representam os participantes do evento, pois se não houvesse participação não
teria a necessidade da criação do congresso.
87
Memorial Descritivo
88
5. MEMORIAL DESCRITIVO
Nesta etapa do projeto serão analisadas as funções estético-formal,
simbólica, ergonômica, técnica, de uso e de marketing do projeto.
5.1 FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL
Na função estético formal serão aprofundadas as leis da Gestalt e o
estudo das cores e da fonte.
5.1.1 Leis da Gestalt
Nesta etapa do projeto serão apresentadas as leis fundamentadas na
psicologia da Gestalt. Segundo Bock et al (1999, p.59):
A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. Seus articuladores preocupam-se em construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica forte, que garantisse a consistência teórica. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração, que não é utilizado, por não corresponder exatamente ao seu real significado em Psicologia.
Analisando a assinatura visual do Congresso Brasileiro de Direito o
símbolo é composto por linhas mistas, pelas quais, a fusão de linhas
geométricas e orgânicas proporcionam maior equilíbrio à marca.
De acordo com as leis da Gestalt do objeto, quando se trata de unidade
segundo Gomes Filho (2000, p.29) estas “[...] configuram um todo, são
percebidas, geralmente, através de relações entre os elementos ou
(subunidades) que as constituem”. Baseando-se nesta afirmação constata-se
que quem define a unidade da marca é o box que envolve o símbolo e os
elementos que estão dentro deste, colunas e escadaria, acabam combinados
entre si.
89
Gomes Filho (2000, p.32) explica que o fechamento: “[...] se dá por
meio de agrupamento de elementos de maneira a constituir uma figura total
mais fechada e mais completa”. Percebe-se que no símbolo o fechamento
ocorre por meio das forças de organização e continuação das formas (degraus
e colunas), que através da lei da continuidade dirigem-se espontaneamente
para uma ordem espacial lógica formando unidades.
A lei de continuidade como classifica Gomes Filho (2000, p.33) “[...] é a
impressão visual de como as partes se sucedem através da organização
perceptiva da forma de modo coerente, sem quebras ou interrupções na sua
trajetória ou na sua fluidez visual". A continuidade no símbolo é dada
juntamente com o fechamento que se obtém através da continuação das
formas dos degraus que completam a sua forma original.
O conceito de proximidade na marca se dá basicamente pelas formas e
cores utilizadas, podendo ser reforçado pelo conceito de semelhança no qual a
igualdade das formas e de cores constitui unidades e estabelecem
agrupamentos de partes semelhantes. Na assinatura visual estes
agrupamentos podem ser percebidos nos desenhos semelhantes e repetidos
das colunas e dos degraus da escada.
Outra lei da Gestalt a ser considerada é a harmonia que conforme
Gomes Filho (2000, p.51) “[...] se dá pela disposição formal bem organizada no
todo ou entre as partes de um todo”. A marca apresenta harmonia, pois possui
elementos distribuídos homogeneamente através das unidades e do peso das
cores que se integram a forma do box. Além disso, há o equilíbrio simétrico
com distribuição equitativa dos pesos visuais que torna a marca harmoniosa. O
equilíbrio absoluto na marca se dá principalmente pela simetria que há no
símbolo.
A marca apresenta harmonia pela ordem que de acordo com Gomes
Filho (2000, p 52) “Obtém-se ordem pela presença de relações ordenadas
naquilo que é visto ou, ainda, por compatibilidade de linguagens formais.”
90
Na marca do Congresso Brasileiro de Direito a harmonia existente pelo
conceito de ordem se revela pela simplicidade da organização formal.
Portanto, através do equilíbrio e harmonia que a marca apresenta pelos dos
itens já citados anteriormente obtém-se um dos conceitos visuais aplicados, a
clareza que de acordo com Gomes Filho (2000, p.77) se dá quando
“Manifestações visuais bem organizadas, unificadas, harmoniosas e
equilibradas apresentam uma tal ordem que se traduz em clareza[...] ”. Além
disso, esta é uma técnica muito funcional, mas que se exige facilidade de
leitura e rapidez na compreensão imediata do objeto. Na marca ela se revela
de forma evidente, pois possui unidades que por sua organização formal levam
a leitura fácil e imediata do símbolo.
A marca também apresenta minimidade que de acordo com Gomes
Filho (2000) realça visualmente os aspectos de clareza e simplicidade. A
minimidade na marca é apresentada com o mínimo de unidades formais
possíveis. Para representar o templo houve o cuidado de utilizar poucos
elementos que o traduzissem de forma adequada para que a associação fosse
imediata.
Para Gomes Filho (2000) o contraste é a força que torna visível as
estratégias da composição visual. É considerada a mais importante das
técnicas para o controle visual de uma mensagem bi ou tridimensional e uma
força vital para a criação de um todo coerente. O contraste na assinatura visual
desenvolvida é obtido através da cor aplicada e do ritmo que se têm através da
disposição e repetição dos elementos dentro do box .
A coerência visual na marca se expressa pela organização formal em
termos de equilíbrio e harmonia visual dos elementos nela contidos.
O arredondamento também está presente na marca desenvolvida, o
box que envolve os elementos possui os cantos arredondados. Para Gomes
Filho (2000) “O arredondamento tem como característica marcante a suavidade
91
e maciez que as formas orgânicas geralmente transmitem”. E acrescenta que
isso facilita a leitura visual pelo fato de haver tais formas presentes na natureza
A técnica de redundância se apresenta no símbolo através da repetição
dos elementos das colunas e dos degraus da escada.
Outra técnica também presente no símbolo é a de seqüencialidade que
se refere à ordenação de unidades ou de elementos organizados de modo
contínuo e lógico. Neste caso a seqüencialidade é percebida no
posicionamento contínuo das colunas.
Ainda citando as leis da Gestalt, de acordo com Gomes Filho (2000, p.
36) a pregnância da forma se define como “Qualquer padrão de estímulo tende
a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o
permitam as condições dadas”. Considerando tal definição a assinatura visual
projetada possui alto grau de pregnância tendo em vista que o símbolo é
facilmente identificado e rapidamente associado a um templo greco-romano.
5.1.2 Cor
As cores a serem aplicadas na assinatura visual foram escolhidas de
acordo com sua representatividade e para fortalecer seus conceitos. De acordo
com Farina (2000, p.26):
Esse impacto que a cor já traz em si, de eficácia indiscutível, não pode, ser analisado arbitrariamente pela mera sensação estética. Ele está intimamente ligado ao uso que se fará do elemento cor. Esta utilização está em relação direta com as exigências do campo que a explora, seja na área da educação, prevenção de acidentes, decoração, medicina, produtividade, moda, trânsito e outras.
Ainda segundo Farina (2000, p.27) “[...] a cor é uma linguagem
individual. O homem reage a ela subordinado às suas condições físicas e às
suas influências culturais.”
92
Gomes Filho (2000, p.65) complementa que “A cor não tem só um
significado universalmente compartilhado através da experiência, como
também tem um valor independente informativo, através dos significados que
se lhe adicionam simbolicamente”.
Baseando-se nessas afirmações, foi eleita para o símbolo a cor
dourada que basicamente é o amarelo metálico, esse remete a cor de um dos
metais mais preciosos, o ouro. Segundo Pedrosa (1999, p.111):
Na mitologia grega, o amarelo do pomo de ouro, símbolo da discórdia, podia guardar certa analogia feminina, mas ao mesmo tempo, contraditoriamente, o amarelo simbolizava o másculo carro de Apolo, o deus da luz. Apesar da variedade de significados atribuídos ao amarelo nos diversos períodos históricos, o que se evidencia, em todos os tempos, é sua íntima ligação com o ouro, o fruto maduro e o sol.
A cor dourada foi utilizada para reforçar o conceito de tradicionalismo,
além disso, proporciona maior requinte a marca, pois pode ser associada à
riqueza e ao poder.
De acordo com o site Euroresidentes7 (2009) a cor dourado assim
como o amarelo, está associada ao sol, à abundância (riquezas) e ao poder.
Também está relacionada com os grandes ideais, a sabedoria e os
conhecimentos. É uma cor que revitaliza a mente, as energias e a inspiração,
afasta os medos e as coisas supérfluas. As palavras chaves da cor dourado
são: cor sobrenatural, realeza, símbolo do dinheiro, riqueza, essência do
espírito divino, abertura espiritual, fortaleza.
O dourado segundo a classificação de White (2006) é uma cor natural
que transmite segurança, bem como elegante passando as sensações de alto
estilo e qualidade.
A cor amarela de acordo com Farina (2000) pode ser associada
afetivamente a iluminação, conforto, alerta, orgulho, esperança, idealismo,
espontaneidade, euforia, originalidade e expectativa.
7 Disponível em: www.euroresidentes.com
93
De acordo com Wills (1899, p.40 - 41):
A palavra inglesa “yellow” (amarelo) é derivada do termo indo-europeu ghdwo, que tem relação com a palavra “gold” (ouro). O ouro é o mais precioso dos metais. Os incas adoravam o Sol, e no idioma deles o ouro era o “o sangue do Sol”. Eles eram mestres em ourivesaria. Artesãos do mundo inteiro usavam o ouro para simbolizar a glória do céu. Na Idade Média, ele era muito apreciado por seu brilho amplamente utilizado na arte sacra, talvez por ter a cor da divindade. Era também usado, por seu calor, seu brilho e capacidade de refletir a luz, para dar mais vida aos mosaicos.
Outra propriedade importante da cor amarela segundo Paulo Oliveira 8
(2007) é que nos ambientes ela proporciona concentração e atenção. É
excelente para ambientes onde serão desenvolvidas atividades intelectuais,
como salas de estudo e escritórios.
A escolha da cor marrom para a logotipia foi para auxiliar na
combinação com a cor escolhida para o símbolo.
As associações afetivas a cor marrom de acordo com Farina (2000,
p.115) são resistência e vigor. De acordo com Paulo Vieira ² (2007) a cor
marrom “Também pode ser associada à idéia de estabilidade.”
Figura 52 - Escala de cores da marca
Fonte: Arquivo pessoal
8 Disponível em: www.paulooliveira.wordpress.com
94
5.1.3 Tipografia
A fonte escolhida para ser utilizada na logotipia da assinatura visual foi
a CG OMEGA por ser uma fonte com traços simples e por trazer uma leve
serifa em sua composição. A escolha de uma fonte serifada se deu por remeter
ao conceito de tradição e passar mais seriedade para a assinatura visual.
Figura 53 - Fonte CG Omega
Fonte: Arquivo pessoal
5.2 FUNÇÃO SIMBÓLICA
Na função simbólica serão apresentadas as análises de semiótica e as
referências culturais que influenciaram no desenvolvimento do projeto.
5.2.1 Semiótica
A semiótica estuda o significado dos signos, segundo Niemeyer (2003,
p. 19) “Semiótica (do grego semeion = signo) é a teoria geral dos signos.”
Dentro da semiótica são estudados basicamente três níveis de relação do
signo com o objeto em que as imagens podem ser caracterizadas como
símbolo, ícone e índice. Na assinatura visual criada, foram encontrados
símbolo e ícone.
5.2.1.1 Símbolo
É considerado símbolo algo de entendimento comum e de leitura
imediata, com este objetivo a tipografia que é apresentada na assinatura visual
torna-se um símbolo.
95
De acordo com Santaella (2004-A, p. 132), “[...] é um signo cuja virtude
está na generalidade da lei, regra, hábito ou convenção de que ele é portador e
a função como signo dependerá precisamente dessa lei ou regra que
determinará seu interpretante.”
5.2.1.2 Ícone
O ícone segundo Santaella (2004) afirma que o símbolo, por sua vez, é
em si mesmo, apenas uma mediação, um meio geral para o desenvolvimento
de um interpretante.
No símbolo utilizado pode-se notar o uso de elementos que
representam perfeitamente os templos greco-romanos e que fazem analogias
diretas com as representações do templo da deusa da justiça Themis.
Justifica-se assim, a proposta do símbolo feita para o Congresso
Brasileiro de Direito, que por meio deste, transmite os conceitos propostos
nesse projeto.
Figura 54 - Oráculo de Delphos
Fonte: http://www.samaelgnosis.net
Figura 55 - Vista frontal do Oráculo de Delphos
Fonte: http://image51.webshots.com
96
5.2.1.3 Referências culturais
As referências culturais utilizadas no projeto são baseadas na
arquitetura greco-romana e na mitologia grega.
A cultura grega é considerada o berço da arquitetura clássica e tem
como essência a ordem em suas construções. Para atingir essa essência de
ordem trabalhavam em suas composições com repetição, simetria, modulação,
ritmo, controle compositivo. Já a arquitetura romana de acordo com o site
Macamp9 (2009) é o resultado da combinação das influências etruscas e
gregas.
Na arquitetura romana ocorreu o emprego constante da abóbada, em
todas as suas variedades. Quanto às colunas, a ordem dórica dos gregos, já
transformada em toscana pelos etruscos, consolidou-se; e a ordem coríntia
transformou-se em ordem composta. Na construção, os romanos desprezaram
as leis da harmonia dos edifícios, deixada pelos gregos; fizeram uso da
superposição das ordens, ou dos estilos, no mesmo edifício. A arquitetura
romana procurou o útil, em contraposição à grega, que procurava o belo.
Para a composição da assinatura visual foram empregadas algumas
características das construções gregas como repetição, simetria, ritmo, essas
características foram obtidas através das formas e da distribuição e
agrupamento dos elementos.
5.3 FUNÇÃO DE USO
A nova assinatura visual tem como principal objetivo agregar maior e
melhor visibilidade ao evento e instigar o público a participar deste. Além disso,
a nova assinatura proporcionará uma identidade única ao congresso
aumentando a possibilidade de captar mais público para o evento.
9 Disponível em: www.macamp.com.br
97
5.4 FUNÇÃO ERGONÔMICA
Na função ergonômica será analisada a legibilidade da fonte utilizada
na assinatura visual
5.4.1 Legibilidade
Seguindo os estudos de ergonomia referentes à legibilidade, a
assinatura visual obedece-os no que diz respeito aos seguintes fatores:
Símbolos: segundo Iida (2005,p.201) “[...] formas mais simples,
despojadas de detalhes, são mais facilmente percebidas”, portanto o símbolo
da assinatura prioriza o mínimo de elementos com o máximo de conceitos
encaixa-se perfeitamente na definição de legibilidade ergonômica.
O tamanho aplicado da tipografia é essencial para a boa legibilidade.
Segundo Iida (2005, p.202) “[...] os tamanhos, proporções e cores usados em
letras, números e símbolos influem na sua legibilidade”.
De acordo com Dul; Weerdmeester (1995) o tamanho recomendado
para as letras depende da distância de leitura, se tem como exemplo que para
uma distância de 100 cm, a letra deve ter pelo menos 5mm de altura.
Já o espaçamento entre as linhas, aquele que determina a distância
entre a linha de base de uma linha do texto à linha de base seguindo
(NIEMEYER, 2006), irá depender do comprimento destas, quanto maior o
comprimento, maior deverá ser o espaçamento, para que o leitor não se perca
durante a leitura. Segundo Iida (2005, p. 202) “[...] os tamanhos, proporções e
cores usados em letras, números e símbolos influem na sua legibilidade.”
Na tabela a seguir se pode observar o que Iida (2005) diz a respeito
desta legibilidade referente a seu tamanho e proporções.
98
Tabela 1 - Tabela distância x leitura.
Fonte: Iida (2001, p. 202)
Para algumas aplicações, como material de papelaria em sua maioria a
altura da tipografia é de 3mm, tomando como exemplo aplicações em cartões
de visita, o qual permite ao usuário normalmente uma possibilidade de leitura
mais próxima, o que justifica o tamanho da tipografia, e a visualização ideal
para leitura é até 500mm.
A tipografia utilizada é serifada e foi aplicada na assinatura visual em
caixa alta e baixa, Iida (2001) recomenda a utilização de letras maiúsculas
apenas no início de frases em nomes e títulos e adverte a utilização de
palavras inteiras com letras maiúsculas, pois dificultam a leitura.
Figura 56 - Logotipia da assinatura visual
Fonte: Arquivo pessoal
Além do tamanho e proporção da tipografia para uma melhor
legibilidade a cor está diretamente ligada a isto e segundo Iida (2005,p.203)
“[...] estudos sobre combinação de cores em mostradores revelaram que a
melhor legibilidade é a conseguida com o preto sobre o fundo branco”.
Ainda se tratando de cor, Iida (2005, p.267) afirma que “A cor atrai a
atenção e prende a vista de acordo com o grau de visibilidade. A visibilidade
depende grandemente do contraste e da pureza da cor”. Baseando-se nestas
afirmações de Iida pode-se observar que a utilização da cor marrom da
logotipia sobre o fundo branco faz com que esta se destaque, em outros casos
quando aplicada sobre outras cores, se sugere que esta aplicação seja feita
sobre outra cor complementar.
99
Aplicações
100
6. GERAÇÃO DOS MATERIAIS DE APLICAÇÃO
Com a Assinatura Visual definida evolui-se então para a geração dos
materiais de aplicação da Assinatura, que foram divididos em: itens
institucionais que contêm toda a parte de papelaria necessária para o evento,
os itens de divulgação que são cartaz e folder e a criação de uma linha de
brindes.
6.1 MATERIAIS INSTITUCIONAIS 6.1.1 Papelaria
Para os itens da papelaria criou-se uma textura da própria marca a qual
foi aplicada em todos com o objetivo de padronizar os materiais.
6.1.1.1 Papel timbrado
Figura 57 - Papel timbrado
Fonte: Arquivo pessoal
101
Formato: A4 (210x 297 mm)
Material: Sulfite 75 g
Processo de impressão: Offset
Cores: Pantone e CMYK
Equipamentos: Offset digital (3x0 cores)
6.1.1.2 Envelope grande
Figura 58 - Envelope A4 aberto
Fonte: Arquivo pessoal
102
Figura 59 - Envelope A4 fechado
Fonte: Arquivo pessoal Formato: 324x229mm
Material: Sulfite 120gr
Processo: Impressão colorida Offset
Equipamentos Offset digital (3 x 0 cores)
Cores: Pantone e CMYK
Acabamento: Corte e Dobra
103
6.1.1.3 Envelope carta
Figura 60 - Envelope carta aberto
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 61 - Envelope carta fechado
Fonte: Arquivo pessoal
Formato: 230x115mm
Material: Sulfite 120gr
104
Processo Impressão colorida Offset
Equipamentos Offset digital (3 x 0 cores)
Cores: Pantone e CMYK
Acabamento: Corte e dobra
6.1.1.4 Cartão de visita
Figura 62 - Cartão de visita frente e verso
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 63 - Simulação abertura cartão
Fonte: Arquivo pessoal
Formato: 90x50mm
Material: Papel Couchê 220gr fosco
105
Processo: Impressão colorida Offset
Equipamentos Offset digital (3 x 2 cores)
Cores: Pantone e CMYK
Acabamento: Corte, dobra e verniz UV localizado na tipografia
6.1.1.5 Credencial
Figura 64 - Credencial
Fonte: Arquivo pessoal
Formato: 100x110mm
Material: Papel reciclado industrializado – Reciclato Suzano
Processo: Impressão colorida Offset
Cores: Pantone e CMYK
Equipamentos Offset digital (4 x 1 cores)
Acabamento: Corte e perfuração
106
6.1.1.6 Certificado
Figura 65 - Certificado
Fonte: Arquivo pessoal Formato: 297x210mm
Material: Papel cartão 200 gr
Processo: Impressão colorida Offset
Equipamentos Offset digital (4 x 0 cores)
Cores: Pantone e CMYK
107
6.1.1.7 Pasta
Figura 66 - Pasta A4 fechada
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 67 - Pasta A4 aberta
Fonte: Arquivo pessoal
108
Figura 68 - Pasta A4 verso
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 69 - Pasta A4 verso
Fonte: Arquivo pessoal
109
Formato fechado: 297x210mm
Material: Papel reciclado industrializado 220gr - Reciclato Suzano
Processo: Impressão colorida Offset
Equipamentos Offset digital (3 x 0 cores)
Cores: Pantone e CMYK
Acabamentos: Dobra
Formato bloco: 148 x210mm
Material: Sulfite 75gr
Processo: Impressão colorida Offset
Equipamentos: Offset digital (3 x 0 cores)
Cores: Pantone e CMYK
110
6.2 MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO
Para divulgar o evento foram produzidas duas peças gráficas que são o
cartaz em formato A3 e A2 e o folder em formato A4.
6.2.1 Cartaz
Figura 70 - Cartaz A3
Fonte: Arquivo pessoal
111
Figura 71 - Faca cartaz
Fonte: Arquivo pessoal
Para criação do cartaz e do folder foram realizados estudos cromáticos
afim de encontrar a combinação apropriada de cores para o ramo ao qual se
trata. A cor azul pode ser associada afetivamente de acordo com Farina (2000)
à verdade, intelectualidade e confiança. Outro fator que também levou a
utilização da cor azul é a associação direta com a cor do símbolo da Univali,
além disso, a combinação da cor dourada com o azul marinho remete a
112
realeza, deixando a combinação sofisticada. Para aplicação da marca fez-se
uma variação da logotipia na cor branca para dar mais destaque ao nome do
evento sobre este fundo.
Figura 72 - Escala de cores do cartaz e folder
Fonte: Arquivo pessoal
De acordo com Gomes Filho (2003, p.179):
O design de cartaz é utilizado para proclamar determinados acontecimentos. É também uma forma especial de anúncio e apresenta certas características que o tornam uma peça gráfica singular. Por ser utilizado fundamentalmente para anunciar alguma coisa, geralmente tem sua vida útil contada a partir do momento em que é divulgado até o encerramento do evento anunciado.
O cartaz possui corte com faca especial e seu formato faz analogia às
formas utilizadas na marca, o diferenciando perante os outros que possuem
formato tradicional.
De acordo com as leis da Gestalt o cartaz possui equilíbrio,
continuidade, harmonia, simetria, similaridade, contraste e fechamento.
113
Pensando na análise ergonômica, a ordem de leitura do cartaz foi
propositalmente inserida da esquerda para a direita e de cima para baixo, com
elementos obedecendo a uma ordem de importância: nome do evento, data em
que acontece, onde acontece, nome dos palestrantes e dados para maiores
informações.
Por se tratar de uma peça gráfica que visualmente envolve mais a sua
relação com o homem, é necessário abordar alguns aspectos relacionados à
antropometria. Segundo Iida (2005, p.101) “A antropometria trata das medidas
físicas do corpo humano”, porém, no caso das sinalizações, o foco será apenas
em relação às medidas de estatura humana.
Conforme Iida (2005), as medidas utilizadas para antropometria
estática são realizadas com o corpo humano parado ou com poucos
movimentos, o que é o caso da fixação do cartaz nas paredes. Seguindo o
percentil 95% masculino e 5% feminino e levando em consideração as áreas
de visão ótima e máxima, têm-se medidas para uma melhor localização das
placas, conseqüentemente obtêm-se melhor visualização.
Figura 73 - Adequação antropométrica
Fonte: Arquivo pessoal
Para o cartaz sugere-se o papel Couchê 220 gr, com processo de
impressão em Offset digital (2x0 cores) em cores Pantone e CMYK.
114
6.2.2 Folder
Figura 74 - Folder fechado
Fonte: Arquivo pessoal
115
Figura 75 - Folder aberto
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 76 - Folder verso
Fonte: Arquivo pessoal
116
Figura 77 - Faca folder
Fonte: Arquivo pessoal
O folder também possui formato diferenciado que quando fechado
adota a forma de uma coluna no centro. O corte é com faca especial e há duas
dobras. As informações internas (com programação do evento) foram
distribuídas de acordo com a ordem cronológica e obedecendo a ordem de
leitura.
Optou-se pelo alinhamento à esquerda, pois a mente humana processa
a informação e tende a ler da esquerda para a direita. A fonte utilizada para
programação foi a Calibri 9 pt que não possui serifa obedecendo as
recomendações de Iida (2005) no que se refere a textos escritos visando
facilitar a leitura com o uso de letras mais simples, evitando-se ainda letras
maiúsculas para palavras inteiras. Outra recomendação feita por Iida (2005) é
117
em relação ao contraste no qual ele cita que o melhor contraste é obtido com
preto sobre branco.
Para o folder sugere-se o papel Couchê 180 gr, com processo de
impressão em offset digital (2x0 cores) nas cores Pantone e CMYK.
6.3 LINHA DE BRINDES
Aqui será apresentada a linha de brindes em que foram desenvolvidas
as aplicações da marca.
Canetas em metal e plástico com aplicação em serigrafia.
Figura 78 - Canetas
Fonte: Arquivo pessoal
Camiseta pólo 50% algodão, 50% poliéster bordado tipo industrial.
Figura 79 - Camiseta pólo
Fonte: Arquivo pessoal
118
Risque rabisque com formato 48 x 33 cm em couro na cor marrom com
tampa lateral e impressão em hot-stamping.
Figura 80 - Risque rabisque
Fonte: Arquivo pessoal
Porta cartão formato 95x55mm em couro e metal com estampagem no
metal.
Figura 81 - Porta-cartão
Fonte: Arquivo pessoal
119
Chaveiro de metal com miolo em couro com impressão hot-stamping.
Figura 82 - Chaveiro
Fonte: Arquivo pessoal
Agenda formato 155x235mm, com capa em couro legítimo na cor
marrom costurada e com gravação da marca em hot-stamping com
cantoneiras.
Figura 83 - Agenda em couro
Fonte: Arquivo pessoal
120
Marcador de livro formato 40x120mm em metal recortado com faca
especial e gravação em alto relevo.
Figura 84 - Marcador de página
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 85 - Simulação marcador de página
Fonte: Arquivo pessoal
121
Boton/pin fundido formato15x14mm em metal dourado com aplicação
em baixo relevo.
Figura 86 - Boton/pin
Fonte: Arquivo pessoal
6.4 FUNÇÃO TÉCNICA
Na função técnica serão descritos os processos de impressão que
foram sugeridos para os materiais desenvolvidos.
6.4.1 Processos de impressão
6.4.1.1 Offset
O processo de Offset é o processo mais difundido nas gráficas e o que
possui uma grande velocidade de reprodução dos materiais, segundo Baer
(1999, p.188) “Consiste da impressão planográfica através de chapas
negativas pré-gravadas, que através de um processo químico fixam tinta no
papel.”
Seguindo pelo motivo da impressão adotada para os materiais, o papel
para a impressão é o papel Offset, somente se variando pelas diferentes
gramaturas. Baer (1999, p. 67) afirma que este é o melhor papel para a
impressão porque é “[...] produzido com pasta química, com 100% de celulose
122
branqueada, bem colado, com alta alvura, com revestimento, apto a receber a
molhagem própria do sistema offset”.
6.4.1.2 Serigrafia
Este é o processo que foi adotado para a fixação da marca nas
canetas.
De acordo com o site Hotetampo10 é um processo bastante antigo, mas
que tem avançado muito e permite impressões com qualidade e uma ótima
relação custo-benefício. Neste processo, utiliza-se uma tela de nylon, onde
está gravado o objetivo a ser impresso na peça e um rodo de borracha,
fazendo assim a transferência direta da tinta ao substrato. Pode ser utilizada
em peças planas ou cilíndricas e em materiais diversos, tais como: madeira,
papel, vidro, plásticos, tecidos, etc.
6.4.1.3 Hot Stamping
O hot stamping é um processo de impressão no qual de acordo com
Baer (2002, p. 229) “As cores impressas são transferidas diretamente, por meio
de pressão e calor, para o suporte, a partir de folhas de celofane metalizadas”.
Este processo foi sugerido para a impressão metalizada em couro nos itens do
bazar que são o risque-rabisque, o chaveiro e a agenda.
6.5 FUNÇÃO DE MARKETING
Nesta etapa do projeto será apresentado o marketing mix que é
composto pelos quatro P’s (produto, praça, promoção e preço).
Com este objetivo, o projeto em questão objetiva-se à criação de toda a
identidade corporativa do Congresso Brasileiro de Direito, incluindo as
aplicações em papelaria e nos materiais de divulgação e brindes.
10 Disponível em: www.hotatempo.com.br
123
Através da criação da Assinatura Visual espera-se assim aumentar o
número de participantes e agregar valor não só ao evento, mas também a
marca Univali. Conforme Pinho (2001, p. 73):
A função de marketing responde pela definição mais ampla do mercado da empresa, tendo como tarefas a formação e o fortalecimento da imagem da companhia e dos seus produtos por meio da promoção, a otimização das oportunidades de venda e o desenvolvimento de estratégias alternativas para o crescimento corporativo.
Este deve ser bem explorado a fim de que o público tome
conhecimento do evento através da nova assinatura visual. Para isso é
necessário explorar mídias impressas como cartaz e folder e mídias
alternativas como TV/Rádio entre outras. De acordo com a delimitação do
projeto desenvolveram-se somente as mídias impressas tendo em vista a
pesquisa de campo realizada através de questionários que pode ser visto no
item 2.6.2, a qual demonstra a preferência de receber a informação através
destas duas mídias impressas.
A área de abrangência do evento é nacional, mas devido às dimensões
territoriais acaba por ter maiores participantes da região sul. Outro fator que
leva o evento a ser mais divulgado nesta região se deve também ao fato de
que as pessoas envolvidas são professores do Curso de Direito que ministram
aulas em outras universidades próximas e que através da divulgação
incentivam os acadêmicos a participarem do evento.
6.6 FUNÇÃO ECOLÓGICA
No que se refere à questão ambiental, cabe ao designer projetar
materiais pensando nas conseqüências futuras para que sejam minimizados os
impactos ao meio ambiente.
Pensando nisso, o designer gráfico deve buscar soluções sustentáveis
para seus projetos, trabalhando com materiais que possam ser reaproveitados
e que não causem tantos danos ao meio ambiente.
124
Considerando a importância da sustentabilidade sugeriu-se a utilização
de papel reciclado industrializado de nome Reciclato da marca Suzano em
alguns itens de papelaria. A sugestão que se dá para os outros papéis
utilizados é que no momento do descarte sejam doados ao projeto existente na
Univali desenvolvido por acadêmicos do Curso de Turismo e Hotelaria
denominado Papel Social que faz reciclagem do papel e converte em peças
como cartões, blocos, entre outros para um bazar beneficente.
Pensando na durabilidade dos produtos, optou-se pelos materiais de
metal e couro nos brindes ao invés de plásticos, acrílicos e materiais sintéticos,
pois desta forma não terão seu descarte tão rápido. Nos itens de pasta, bloco,
envelopes, cartão de visita e credencial, não se utilizou nenhum tipo de
laminação, pois esta impossibilitaria a reciclagem destes papéis futuramente.
No que se refere ao descarte final destes materiais, sugere-se o uso de
tintas vegetais, com solventes a base de água, desta forma, estas podem ser
utilizadas até mesmo para a produção de reciclados artesanais nos quais não
se faz a utilização de nenhum aditivo branqueador ou neutralizador das cores
da matéria prima.
O projeto, em seu conjunto, se torna sustentável e ecologicamente
correto, baseando-se nas sugestões para o destino de seus descartes, e
assim, favorecendo a visão e os hábitos de consciência ecológica de todos os
envolvidos, tanto organizadores quanto participantes do congresso.
125
Conclusão
126
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término deste projeto pode-se concluir que os objetivos traçados no
início deste foram atingidos com sucesso uma vez que o desenvolvimento da
identidade visual para o evento remete à área jurídica sem a necessidade de
utilizar símbolos já considerados populares como a balança, deusa da justiça,
martelo e afins.
Quanto aos objetivos definidos para o projeto, obteve-se o resultado
esperado e concluiu-se que, a assinatura visual expressa os conceitos gerados
e considerados ideais para o ramo o qual se trata. A marca proporcionará
melhor e maior visibilidade ao evento atraindo mais público. Além disso,
agregará maior valor a marca Univali, pois mostra a preocupação da instituição
em promover eventos a fim de propiciar a comunidade acadêmica maior
interação com renomados autores da área em formação.
Seguindo as delimitações de projeto traçadas, a elaboração das
aplicações, tais como itens de papelaria, divulgação e brindes, foi realizada
com sucesso tendo em vista que se alcançou a diferenciação e a inovação
proposta. Outro diferencial apresentado no projeto é a criação de uma linha de
brindes e souvenirs que auxiliarão na valorização e fixação da marca e também
a utilização destes acabam por auxiliar na divulgação e promoção do evento.
Algumas dificuldades encontradas ao longo do projeto, como por
exemplo, a busca da diferenciação e inovação nas mídias de divulgação foi
superada, tentando sempre obter o maior aproveitamento e aprendizado nos
momentos de dúvida, resultando na conclusão de todos os itens.
Como estudos futuros pode-se pensar em adotar outras mídias de
divulgação tais como anúncios de TV/Rádio, bussdoor entre outros que
possam contribuir para uma melhor e maior divulgação do evento.
Diante disso, o autor espera que este projeto seja implantado e que
obtenha os resultados esperados trazendo benefícios ao cliente, que transmita
os conceitos do projeto e satisfaça a todos os envolvidos direta ou
indiretamente.
127
Bibliografia
128
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131
Apêndices
132
Apêndice A - Cronograma de Atividades
133
Apêndice B – Questionário
Este questionário é parte do Projeto de TGI – Trabalho de Graduação
Interdisciplinar para o curso de Design Gráfico da Universidade do Vale do
Itajaí. Desenvolvido pela acadêmica Carmel Silveira, sob a orientação da
professora Carla Arcoverde Aguiar Neves.
O projeto tem como objetivo final desenvolver a marca para o
congresso que acontecerá em comemoração aos 10 anos do Curso de Direito
da Univali Campus Balneário Camboriú.
1) Você tem interesse em participar de congressos?
Sim Não 2) Quantos congressos você já participou? até 5 de 5 a 10 até 15 acima de 15 3) Você participa para: (Assinale até 2 questões) Atualização profissional Agregar ao conhecimento acadêmico
Cumprir horas complementares exigidas no curso Entretenimento e lazer
4) Por qual destes meios você toma conhecimento do evento? (Assinale até 3 questões) Folder Cartaz Mala direta Indicação de amigos
TV/ Rádio Jornal Internet Coordenação do Curso
Outros. Quais?___________________________________
9
5) Por ordem de importância ENUMERE as qualidades do evento
[ ] Informação
[ ] Material impresso
[ ] Duração
[ ] Palestrantes
[ ] Festas
[ ] Localização
[ ] Ambiente
[ ] Coffee Break
6) Você já teve algum problema em um evento por falta de informação?
Não
Sim. Qual?_________________________________________________
7) Quais as abordagens que já fez com que você participasse de um congresso? (Assinale até 3 questões)
Outdoor Folder
Bussdoor TV/Rádio
Cartazes Internet
Jornal
8) O tipo de abordagem para divulgação de um evento influencia você a se inscrever nele?
S Sim
Não
9) Por qual desses meios você PREFERE receber a informação sobre um evento? (Assinale até 2 questões)
Internet TV/ Rádio
Folder Jornal
Cartaz Outros. Quais?______________
Obrigada!