danÇa de salÃo como qualidade de vida de idosas … · o tema desse trabalho é dança de salão...
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DANÇA DE SALÃO COMO QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS DO PALÁCIO BOLONHA CENTRO DA TERCEIRA IDADE VIVER SEM LIMITES
Edinaldo pinheiro Corrêa
Acadêmico concluinte do CEDF/UEPA [email protected]
Madson de Paula Penha Acadêmico concluinte do CEDF/UEPA
[email protected] Maria Auxiliadora Monteiro Docente orientadora do TCC [email protected]
RESUMO Este estudo discorre sobre o tema dança de salão como melhoria da qualidade de vida de idosas, tendo como sujeitos de estudo 20 mulheres que teriam idade igual ou superior a 60 anos que praticam aulas de dança de salão no Palácio Bolonha Centro da Terceira Viver sem Limites, localizado no Bairro de Nazaré, município de Belém. O objetivo principal desta pesquisa foi identificar os benefícios que a dança de salão traz para a melhoria da qualidade de vida das idosas. Este trabalho trata-se de uma pesquisa de campo, de cunho qualitativo, descritivo e de caráter exploratório. A pesquisa apresentou a entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados, contendo perguntas direcionadas às vivencias que as idosas obtiveram nas aulas de dança de salão, para então posterior análise. Os resultados mostraram que as idosas praticantes da dança de salão tiveram melhorias em se tratando da socialização, estresse, autoestima, coordenação motora e etc. Concluiu-se através dos dados obtidos que a dança de salão contribui de forma significativa para a melhoria da qualidade de vida de idosas, abrangendo melhorias que partem dos aspectos físicos, psicológicos e sociais. Palavras-chave: Dança de Salão. Qualidade de vida. Idoso.
INTRODUÇÃO
Este trabalho procura mostrar evidências dos benefícios da dança de salão
na melhoria da qualidade de vida do idoso, minimizando os efeitos psicossociais e
também como possibilidade de atenuar a natural disfunção do seu organismo.
O tema desse trabalho é dança de salão como qualidade de vida de idosas
do Palácio Bolonha Centro de Terceira Idade Viver sem Limites. A escolha por esse
tema justifica-se pelo contato com dança de salão e a vivência que tivemos na
disciplina Fundamentos e Métodos Dança no segundo semestre do curso de
Educação Física que solidificou o nosso objetivo de realizarmos um estudo
relacionado a dança de salão, enfatizando a melhoria da qualidade de vida do idoso.
Pensando nos problemas físicos, sociais e psicológicos ocorridos na
população idosa, decidimos pesquisar uma atividade física que oferecesse
melhorias para a qualidade de vida dessas pessoas. Entre as atividades físicas
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pesquisadas e que podem ser praticadas por idosos, a dança de salão tornou-se
nossa escolha.
Quando o seguimento é a terceira idade, os benefícios da dança são
reconhecidos. Um dos exemplos mais comum é a dança de salão. A dança estimula
a mobilidade articular e reduz as quedas características da terceira idade (NANINI,
2003). Além disso, as diversas atividades trabalhadas incentivam a liberdade e a
criação dos próprios movimentos.
A necessidade de buscar alternativas que promovam melhorias à vida da
pessoa idosa se faz de suma importância, principalmente, pelo significativo aumento
populacional que esses indivíduos têm provocado em todo o mundo. Segundo
Davim et al. (2004), o envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude
mundial, a OMS (Organização Mundial de Saúde) prevê que, em 2025, existirão 1,2
bilhões de pessoas com mais de 60 anos. Tal crescimento aliado a falta de atividade
física, tem gerado a essas pessoas um alto número de danos a saúde.
Conforme Gomes e Daniela, 2012 em uma pesquisa recente nas capitais
brasileiras, foi constatado que a inatividade física é responsável por atingir a maior
parte da população idosa, totalizando 50,3% das mulheres e 65,4% dos homens
acima dos 65 anos de idade.
Para que os idosos possam ter maior qualidade de vida e envelheçam de
forma saudável, é de fundamental importância que a prática de atividades físicas se
façam presente na vida dessas pessoas, pois a dinamização corporal desses idosos
irá contribuir para diversos benefícios físicos, psicológicos e sociais.
E de acordo com Simões (94),
Outro ponto a enfatizar acerca desta sugestão é que, através da participação em atividades físicas bem orientadas, em conjunto com outros fatores, provavelmente haverá a dominância da senescência sobre a senilidade, o que repercutirá em um envelhecimento sadio (p. 23).
Entre as variadas práticas de atividade físicas, aparece a dança de salão
como uma atividade praticada em casal, culminando em grupo de indivíduos que por
vários motivos participam das aulas de dança, a qual proporciona interação entre as
pessoas, melhora a autoestima, ameniza o estresse e atribui diversos outros
benefícios para quem a pratica.
Nesse sentido, questiona-se: De que maneira a dança de salão pode
contribuir na qualidade de vida da pessoa idosa?
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Para responder a isso, formulou-se as seguintes questões norteadoras: a) a
dança de salão traz benefícios para a terceira idade? b) quais as influências
positivas que essa atividade física permite na vida do idoso?
Dessa forma, este estudo tem como objetivo principal identificar os benefícios que a
dança de salão traz para a melhoria da qualidade de vida das idosas do Palácio
Bolonha Centro da Terceira Idade Viver sem Limites. E como objetivos específicos,
têm-se: a) relatar a dança e dança de salão; b) descrever sobre o idoso na
sociedade; c) definir a qualidade de vida.
Além disso, buscamos conceituar a dança e qualidade e vida; descrever
sobre o idoso na sociedade e identificar quais os motivos que levam o idoso a
praticar a dança de salão.
1 PERCURSO METODOLÓGICO
O estudo se caracterizou por uma pesquisa de campo, a qual segundo
Oliveira, 2004 consiste na observação dos fatos tal como ocorre
espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis
presumivelmente para posteriores análises.
De caráter descritivo. De acordo com Thomas e Nelson, 2002 a pesquisa
descritiva é um estudo de status e é amplamente utilizada na educação e nas
ciências comportamentais. O seu valor está baseado na premissa de que os
problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por meio da
observação, análise e descrição objetivas e completas.
De cunho exploratório, denominado por Rodrigues 2006, como uma
pesquisa inicial, preliminar, cujo principal objetivo é aprimorar ideias, buscar
informações sobre um determinado assunto ou descobrir um problema para
estudo.
A pesquisa foi realizada no Palácio Bolonha Centro de Terceira Idade
Viver sem Limites, localizado no município de Belém, Estado do Pará. O Centro
conta com 02 (duas) turmas de dança de salão no horário vespertino com aulas
de 02 (duas) vezes por semana com duração de ) 01h cada aula.
As pessoas que frequentam essas aulas são somente mulheres com
idades de 40 anos ou mais. As duas turmas têm o quantitativo de 42 (quarenta e
duas) alunas. Dessas, apenas aquelas que possuem 60 (sessenta) anos ou mais
participaram deste estudo. No total, 20 (vinte) idosas responderam a entrevista
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que foi aplicada no período de 02 (dois) meses, feitas antes de iniciar a aula de
dança de salão delas ou algumas vezes após o término da mesma.
O instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada com 05
perguntas. As entrevistas foram gravadas em áudio no gravador de voz digital. A
coleta de dados foi realizada no próprio local de aula dos sujeitos da pesquisa,
em ambiente favorável e sem interrupção. As entrevistas duraram em média 07
minutos com cada idosa. Posteriormente, foram transcritas na íntegra.
Procedeu-se uma análise qualitativa dos dados, através de tabulação
manual com os dados obtidos.
A pesquisa foi aplicada de acordo com o que estabelece o Conselho
Nacional de Saúde em sua resolução Nº 466, de 12 de Dezembro de 2012 em
que determina diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo
seres humanos, dentre elas, referenciais como: autonomia, não maleficência,
justiça, e equidade, dentre outros, e visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito ao participantes da pesquisa, à comunidade científica e ao
estado.
2 QUALIDADE DE VIDA
A frase “qualidade de vida” tem vários conceitos, que vão desde o
conhecimento popular, o qual é mais utilizado, pois este trata de sentimentos, e
emoções, relações pessoais, eventos profissionais, propagandas da mídia, política,
sistemas de saúde, atividades de apoio social, dentre outros; até a perspectiva
cientifica, esta que possui vários significados na literatura médica (SANTOS et al.,
2002).
Na literatura médica, o termo qualidade de vida vem sendo agregado a
diversas definições, como funcionamento social e as condições de saúde. A
qualidade de vida associada à saúde e ao estado subjetivo de saúde são
julgamentos relacionados à avaliação subjetiva do paciente e ao impacto do estado
de saúde na capacidade de se viver de forma completa (PEREIRA et al., 2006).
Constantemente tem se buscado métodos e instrumentos estruturados e
simplificados, capazes de aferir os estados de completo bem estar físico, mental e
social das pessoas. A saúde sofreria grandes impactos e transformações quando a
qualidade de vida fosse utilizada como medida de mudança (CAMPOS; NETO,
2008).
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O interesse pela aferição da qualidade de vida é relativamente recente, tanto
nas práticas assistenciais quanto nas políticas públicas, nos campos de prevenção
de doenças e promoção da saúde (CAMPOS; NETO, 2008).
Portanto, a qualidade de vida é uma medida utilizada por clínicos,
pesquisadores e políticos como desfecho para a resolução de problemas. Haja vista,
que a qualidade de vida é definida pela Organização Mundial da Saúde - OMS como
sendo não apenas a ausência de doença ou enfermidade, mas também com a
presença do bem-estar físico, mental e social (CAMPOS; NETO, 2008).
Podemos definir qualidade de vida através de diversos fatores ou
características retiradas de cada individuo. Dentre tais atributos podemos citar: a
capacidade funcional, o nível socioecômico, a satisfação pessoal, a capacidade
física, o estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o suporte
familiar, valores culturais, éticos e religiosos, o estilo de vida, o ambiente em que se
vive e a autoproteção de saúde (TORRES et al., 2009).
Se observarmos o conceito de qualidade de vida, este altera de acordo com
a perspectiva de cada sujeito. Portanto, alguns pesquisadores para a definirem
utilizam diversas características outros, no entanto, já tiveram como base apenas um
ou dois atributos (SANTOS et al., 2002).
Um grupo de estudiosos voltados a qualidade de vida da Organização
Mundial de Saúde (OMS), The WHOQOL Group13, propõe um conceito para
qualidade de vida subjetivo, multidimensional e que inclui elementos positivos e
negativos.
Para Gonçalves e Vilarta, 2004
Não são poucos os significados atribuídos à boa Qualidade de Vida. Dificilmente se consegue unanimidade de opiniões entre pessoas da mesma comunidade, quem dirá de toda uma sociedade. Arriscamos listar alguns elementos que estariam presentes na maioria das opiniões: segurança, felicidade, lazer, saúde, condição financeira estável, família, amor e trabalho... ( p.28).
Podemos perceber que é um conceito amplo e complexo, que abrange a
saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as
crenças pessoais e a relação com as características do meio ambiente (PEREIRA et
al., 2006).
Portanto, a qualidade de vida está diretamente relacionada à compreensão
que os indivíduos têm sobre si, ou seja, se as suas necessidades estão ou não
sendo satisfeitas ou, ainda, se estão sendo recusadas as chances de alcançar a
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felicidade e a auto-realização independente do seu estado de saúde físico ou das
condições sociais e econômicas (PEREIRA et al., 2006).
Muitas investigações sobre a qualidade de vida das pessoas têm sido
realizadas ao longo do tempo. Dentre elas, a econômica, que avalia a qualidade de
vida das sociedades através da quantidade de bens, mercadorias e serviços que são
produzidos pelas comunidades. Já outros pesquisadores, os cientistas sociais,
utilizam a avaliação objetiva da economia das pessoas, avaliando indicadores
sociais importantes como: baixas taxas de crime, expectativa de vida, respeito pelos
direitos humanos e distribuição igual dos recursos. Existe ainda quem utilize uma
terceira abordagem, a qual se preocupa em observar o estado subjetivo do
individuo, ou seja, avaliando a sua qualidade de vida com uma abordagem mais sutil
(GIACOMONI, 2004).
A concepção de qualidade de vida, portanto, transita em um campo de
muitos significados e percepções. Logo de um lado ela está relacionada ao modo de
vida, suas condições e estilos; e de outro, ela abrange ideias sobre o
desenvolvimento sustentável e sobre os direitos humanos e sociais. Portanto,
quando estas noções se unem com os padrões de conforto e tolerância social ai
então será estabelecida como referência (PIMENTA et al., 2008).
3 O IDOSO NA SOCIEDADE
Ao tratar sobre o idoso, atualmente, é normal se chamar a extensão da
idade avançada e a ampliação daqueles com mais idade na pirâmide populacional
como apontadores do peso e do valor desse grupo de pessoas no panorama social.
Incontestavelmente a elevação da quantidade dos que envelhecem dentro do grupo
de indivíduos da população foi o elemento responsável pela visualização social da
velhice, porém, o choque máximo dessa modificação demográfica são as
transformações qualitativas que fatalmente desencadeiam (JUSTO et al., 2010).
Okuma (98), afirma que:
O envelhecimento é sem dúvida, um processo biológico cujas alterações determinam mudanças estruturais no corpo e, em decorrência, modificam suas funções. Porém se envelhecer é inerente a todo ser vivo, no caso do homem, esse processo assume dimensões que ultrapassam o “simples” ciclo biológico, pois pode acarretar, também consequências sociais e psicológicas (p.13).
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O crescimento expressivo de indivíduos com 60 anos ou mais, os
conhecidos como velhos, idosos ou integrantes da terceira idade, consiste num
fenômeno importante que leva a sociedade de modo geral a refletir acerca desse
fato complexo e de várias facetas: o envelhecimento (DE ASSIS; MARTIN, 2010)
Ainda de acordo com autores De Assis e Martin (2010),
A significância em números é proporcional à importância de se conhecer a realidade dos vários aspectos que envolvem aqueles que envelhecem. Afinal, atrelada a essa aparente “conquista”, há aspectos que necessitam ser desvendados ou desmistificados com o intuito de favorecer uma boa qualidade de vida dessa população – não apenas do ponto de vista biofisiológico, mas também nos aspectos sociais e culturais, responsáveis pela integridade do homem (p. 57).
Muito além do que um contingente populacional que passa a onerar o
sistema previdenciário, os atendimentos hospitalares e demais instituições sociais e
estatais, a promoção dos que possuem mais idade, ocasiona um modo diferente de
enxergar a vida e o mundo, novas práticas sociais, ritmos, valores, crenças,
simbologias que transformam fortemente a cultura, a economia, a política e outras
dimensões da sociedade (JUSTO et al., 2010).
Ainda para Justo et al. (2010),
[...] O Brasil, um país habituado a se ver e a agir como jovem, seguramente sofrerá um impacto profundo dessa inevitável revisão de si com a infiltração no seu interior de imagens ligadas à velhice, sejam elas quais forem (p. 42).
A nação que se via como jovem, e por isso se apresentava como país do
futuro, da vitalidade, do dinamismo, da criatividade e assim por diante, terá nesse
momento que assumir outras formas e imagens trazidas pelo seu envelhecimento.
Logo, terá que somar a velhice como parte de sua imagem e da construção de seu
destino (JUSTO et al., 2010).
E a respeito disso, Simões (94), diz que
O mais preocupante, é que esse tempo de vida não é alcançado de forma satisfatória e sem graves problemas; ao contrário, esses seres humanos, experientes na maioria das vezes, são marginalizados, desprezados, e apresentam um quadro de carência emocional, assustando a todos os que aí se enquadram ou virão a se enquadrar (p.14).
O estilo de vida inativo acompanhado do processo de envelhecimento pode
acarretar no idoso uma possível incapacidade física e uma alta dependência
(GOMES; DANIELA, 2012).
Os indivíduos afetados por esses fatores sofrem com o correr dos anos de um efeito de decréscimo funcional em seu organismo e tal situação requer
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adaptações nos níveis, social, psicológico e físico em relação as circunstâncias mudadas ou em mudança. Isso não ocorre isoladamente e a diferença de velocidade do processo de envelhecimento varia de indivíduo para indivíduo (SIMÕES, 94, p. 21).
O avanço a terceira idade traz consigo uma disponibilidade maior de tempo,
por conta do fim das atividades profissionais. Geralmente, este tempo livre constitui
uma da problemática na vida do idoso, pois estes não sabem o que fazer com seu
tempo livre e acaba muitas vezes agravando o seu estado de saúde (PEREIRA,
2010).
O envelhecimento populacional é um fato bem complicado que vem
atingindo vários países e traz desafios difíceis na busca por melhores condições de
vida da população idosa. Entender o envelhecimento é ter a possibilidade de refletir
sobre as necessidades de mudanças sociais, políticas e econômicas que visem
incluir os idosos nas esferas sociais (SARAIVA et al., 2015).
O envelhecimento causa um aumento do risco para o desenvolvimento de
debilidades de natureza biológica, socioeconômica e psicossocial, portanto, muitas
mudanças que acontecem nesse período da vida, as quais, se associadas a
condições deficitárias de educação, renda e saúde, ao longo da vida, em maior ou
menor grau, geram possibilidades de adoecimento e dificuldades de acesso aos
recursos de proteção disponíveis na sociedade (BUSSATO et al., 2015).
A autora Simões (94), frisa que
Os estudos científicos da maioria das áreas caminham em busca de um trabalho preventivo em relação aos idosos, visando, principalmente, prepará-los para enfrentar da melhor maneira possível esse período (SIMÕES, 94, p. 23).
Assim sendo, pode-se assinalar que a acepção de envelhecimento é uma
questão muito complexa, uma vez que se trata de uma palavra com múltiplas faces
pelas suas dimensões cronológica, biológica, social, econômica, cultural e
psicológica (PEREIRA, 2010).
O envelhecimento é um fenômeno de uma população e de uma pessoa. Por
outro lado, envelhecer cronologicamente pode não significar um envelhecimento
psicológico. Envelhecer poderá ser apenas quando o ser humano quiser e não
quando o tempo assim ditar ou impor a sua eterna juventude (PEREIRA, 2010).
4 DANÇA
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De acordo com Bregolato (2000), a dança é tão antiga como a própria vida
humana. Nasceu na expressão das emoções primitivas, nas manifestações, na
comunhão mítica do homem com a natureza.
Ainda para Bregolato (2000),
O homem que ainda não falava, se utilizou do gesto rudimentar para expressar suas emoções num ritmo natural. A dança na vida do homem primitivo tinha muito significado, porque fazia parte de todos os acontecimentos de sua vida: nascimento, casamento, mortes, caças, guerras (onde exibiam lutas), iniciação à adolescência, fertilidade e acasalamento (eróticas), doenças, cerimônias tribais, vitórias, paz, sementeira, colheita, festa do sol e da lua (p. 73-74).
Ao longo do tempo, o ser humano vem concebendo suas emoções bastante
pessoais por meio da dança, com demonstrações corpóreas cadenciadas que
conserva uma estreita ligação com a religiosidade e a mitologia, com o vigor e
sexualidade, de modo lúdico e prazeroso. Dessa forma a dança vem se tornando
cada vez mais presente nas diversas representações da vivência da humanidade
(NANINI, 2003).
Conforme menciona Barreto (2008),
O significado de dançar, como forma de expressão humana, precisa ser construído dançantemente, sempre que se experiencie a dança, em diferentes tempos e espaços. Desta forma, para além dos conceitos de arte contemporânea ou “pós-moderna”, é fundamental que não se perca de vista o papel do artista, sua liberdade, sua criação (p. 123-124).
A dança configura-se como um dos movimentos de maior existência, sendo
vivenciado pelo homem. Sua procedência vem dos sinais e agitações próprias do
indivíduo. A dança é a arte de mexer o corpo em certo compasso, isto é, com ela é
possível movimentar o corpo por meio do momento e lugar o que se torna
permissível por uma cadência e organização coreográfica (SANTANA et al., 2009).
De acordo com os autores Gobbo e Carvalho (2005) a dança apresenta
como objetivo:
O objetivo da Dança é o de trabalhar com um mecanismo harmonizador, respeitando as emoções, os estados fisiológicos, desenvolvendo habilidades de movimentos, exercendo possibilidades de autoconhecimento e possibilita os seguintes benefícios: Prevenção e combate de situações estressante, estimula a oxigenação do cérebro, melhora no funcionamento das glândulas, reforço dos músculos e proteção das articulações, conhecimento do seu corpo, melhora da capacidade motora, melhora do desempenho cognitivo, melhora da memória, concentração e atenção, proporciona cooperação e colaboração, contato social, criatividade, melhora da autoestima e autoimagem e estimula o resgate cultural (p. 4).
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2.1 DANÇA DE SALÃO
Desde os princípios dos seres humanos, a dança é percebida como uma
forma de demonstração da cultura, comunicação, lazer e provenientes dessa história
apareceram as danças sociais (dançadas aos pares). Para Bregolato (2000), a
dança de salão, também chamada dança social, é das mais recentes se for
comparada às demais.
Esta dança vem sendo cada vez mais apreciada tanto por seus adeptos
como pelos meios de comunicação e determinados cursos do campo da saúde,
Educação Física, por exemplo (CAMPOS; NETO, 2008).
Conforme Gobbo e Carvalho (2005),
A dança de salão enquadra-se na categoria de dança popular, que tem esse nome por se originar de causas sociais, políticas e acontecimentos do momento em destaque [...] (p. 5).
A dança de salão é uma atividade lúdica e social, iniciou no Brasil com a
chegada dos portugueses, que trouxeram a tradição da dança para a sua Colônia.
Nos dias de hoje, esta modalidade encontra-se muito propagada por todas as
regiões, recebendo inúmeras interferências em sua prática. Os ritmos tocados nas
aulas e salões de danças são variados, entre os quais estão: Salsa, Tango, Samba
de Gafieira, Zouk, Forró, Bachata, Brega, Merengue e Soltinho. Esses ritmos
expõem alguns do grande número de expressões musicais exercitadas pelos
dançarinos (KESSLER et al., 2012).
A dança de salão inclui-se no grupo de exercício aeróbico extenso e com
várias possibilidades. O nível de impulso na composição muscular óssea e
articulares, bem como, a veemência da prática muda, ajustando-se com o ritmo e
estilo a ser dançado. A prática dela contribui para o bem estar funcional da pessoa
através da conservação da força muscular, sobretudo de sustentação, equilíbrio,
potência aeróbica, movimentações do corpo e absolutas mudanças no modo de
viver (COSTA et al., 2007).
Para a autora Bregolato (2000),
Estas danças, proporcionam muitos efeitos positivos tais como: socialização, descontração, desinibição, alegria, auto-expressão, resistência aeróbica, postura, leveza, coordenação, lubrificação das articulações, aproximação corporal, percepção espaço-temporal, fortalecimento de grupos musculares, entre outros (BREGOLATO, 2000, p. 159).
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra foi composta por 20 idosas com 60 anos ou mais que praticam
dança de salão no Centro da Terceira Idade Palácio Bolonha Viver sem Limites, que
responderam a entrevistas que foram aplicadas no período de janeiro e fevereiro de
2016.
A entrevista semiestruturada foi constituída por 05 itens com perguntas
diretas respondidas pelas entrevistadas
5.1 VOCÊ IMAGINA QUAIS OS BENEFÍCIOS QUE A DANÇA DE SALÃO PODE TRAZER?
Este tópico foi elaborado para identificar os benefícios e melhorias que as
idosas adquiriram após iniciarem a dança de salão.
Figura 1 - Benefícios mais citados pelas idosas
Na figura 1 podemos perceber que as idosas apresentam uma série de
benefícios advindos da dança de salão. Entre eles destacam-se o bem estar físico, a
alegria, a disposição e o bem estar psíquico. Tais melhorias são destaques para a
maioria das idosas, pois as dificuldades comuns da terceira idade são amenizadas
através da prática de dança de salão.
Para Costa et al. (2007), o fundamental da dança de salão, enquanto
atividade física, é a mobilidade articular e a coordenação motora. O procedimento de
prática de dança de salão incide pela informação proferida, isto é, agrega noções e
significações, corporais e também filosóficos, com experiências, vivência e
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Bem estar físico Alegria Disposição Bem estar psíquico
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perspicácia. Associa corpo/mente, razão e emoção na completa prática do prazer.
(COSTA et al., 2007).
Ainda conforme Costa et al. (2007), como que livre, os indivíduos deixam-se
tocar-se pela doçura ou pelo ritmo da música, permitem mover todo seu sentimento,
desempenhando situações, memórias e instantes promissores já vividos, convindo
como válvula de escape para o estresse diário. (Costa et al., 2007).
Em geral, a dança trabalha com elementos voltados para melhoria da aptidão física e do desenvolvimento psicomotor. Ajuda a garantir a independência funcional do indivíduo através da manutenção da sua força muscular, principalmente de sustentação, equilíbrio, potência aeróbica, movimentos corporais totais e mudanças do estilo de vida. (COSTA et al., 2007, p. 5).
5.2 O QUE ELA MELHOROU EM SUA VIDA?
Este tópico foi elaborado para conhecer as melhorias na vida das idosas.
Figura 2 - Melhorias advindas da dança de salão
De acordo com a figura 2, nota-se que entre as melhorias advindas da dança de
salão, mencionadas pelas idosas, destacam-se pontos positivos no que diz respeito ao
aspecto geral na vida delas. Em segundo lugar são retratados por elas um melhor
relacionamento com as pessoas e melhorias na saúde. E por fim, são salientadas melhorias
em relação ao sono, combate a depressão e sentimento de jovialidade por todo o bem estar
advindo dessa prática de atividade corporal.
As melhorias são bastante notáveis em relação à prática de dança de salão e
consequentemente o estilo de vida das idosas foi modificado a partir do momento do
ingresso nessa atividade física, pois os relatos mostram um envelhecer satisfatório, ou seja,
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Melhorou em tudo
Melhor Relacionamneto
Saúde Melhor durmida Combate a depressão
Jovialidade
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com disposição, alegria, melhor socialização, aumento da autoestima, tudo isso em
contribuição de melhorias na qualidade de vida dessas pessoas.
5.3 O QUE VOCÊ PODE FALAR DO SEU MOMENTO ANTES E DEPOIS DA DANÇA DE SALÃO?
Este tópico tem como objetivo avaliar as mudanças que ocorreram nos
alunos que praticam a dança de salão, antes e depois de terem iniciado a prática da
dança.
Figura 3 - Antes da dança de salão Figura - 4 Depois da dança de salão
Na figura 3 está representado o momento em que os alunos ainda não
praticavam a dança de salão. Podemos perceber através dessa classificação que
são bem notórios diversos problemas enfrentados por essas idosas, decorrentes
principalmente da falta de atividade física. Entre os principais problemas, estão à
timidez, tristeza, indisposição, sonolência e a depressão.
Na figura 4 está representado o momento em que os alunos já estavam
praticando a dança de salão. Já é perceptível nessa classificação que os vários
impasses enfrentados antes por essas pessoas dão lugar a uma vida mais saudável.
Entre os principais benefícios adquiridos por eles estão: o melhor relacionamento,
mais alegria, mais disposição e novas amizades.
Os benefícios ocorridos na vida dessas pessoas depois de iniciarem a aulas
de dança de salão, abrangeram muito mais do que aspectos físicos, pois trouxe a
eles a possibilidade de conhecer e compartilhar com outras pessoas as suas
dificuldades e aprendizados adquiridos aula após aula. Os laços de amizade e até
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Antes
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Depois
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prazeres nunca vivenciados por essas idosas, principalmente por aquelas que nunca
haviam dançado, foram despertados para uma vida ativa e cheia de alegria.
A dança de salão proporcionou e proporciona mudanças cada vez maiores
na vida dos seus praticantes como diz o sujeito Q: “... antes de ir para a dança de
salão eu era uma menina triste, era uma pessoa que não tinha muita alegria, era
uma pessoa que vivia mais isolada, eu não saia quase de casa, eu não passeava e
depois que eu entrei pra dança de salão eu saio, eu passeio, eu vou pra festa eu
passeio muito”.
5.4 VOCÊ INDICARIA A DANÇA DE SALÃO A UM (A) AMIGO (A)? POR QUÊ?
Este tópico foi elaborado para avaliar se os praticantes da dança de salão
indicariam esta atividade física a outras pessoas.
Figura 5 – Indicações dos praticantes
Ao observarmos a figura 5, das 20 pessoas entrevistadas, todas não só
aconselhariam como aconselham outras pessoas a realizarem a dança de salão,
sendo esta idosa ou não. Com isso, podemos perceber que os benefícios
proporcionados pela dança, seja ele físico, mental ou social, tornam-se argumentos
fundamentais para convidar outras pessoas a participarem.
Todas as melhorias advindas da dança de salão, muitas vezes são utilizadas
pelo praticante para “diagnosticar” e “solucionar” determinados problemas das
pessoas que ainda não conhecem a dança. Como ressalta o sujeito Q: “... é uma
atividade que tira a gente de baixo e põem pra cima e quem faz a dança de salão se
sente bem e sente alegria, as vezes a pessoa ta com uma depressão, acaba a
depressão, fica com um astral bom”.
No Palácio Bolonha existe duas turmas de dança de salão, uma com cerca
de 20 participantes e outra com 23. Lá podemos perceber a grande forma de
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Sim Não
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divulgação do local, que se deve não somente as propostas de propagação, como
os cartazes, mas principalmente aos próprios alunos, estes que ao receberem os
benefícios da dança de salão decidem propagar a outras pessoas.
Vale ressaltar que os próprios participantes reconhecem que a dança de
salão não é exclusiva para idosos, pois em suas próprias indicações eles citam que
os convites são feitos para amigos, familiares e todas aquelas pessoas que podem
se beneficiar com a dança, como menciona o sujeito L: “... eu já indiquei para uma
cunhada minha, talvez ela venha agora no fim do mês e eu disse pra ela que tem
muitos benefícios... mais duas amigas está previsto de vir agora no inicio de março
que vai ter muitos benefícios pra elas...”.
5.5 A PARTIR DO QUE VOCÊ CONHECE A DANÇA DE SALÃO HOJE, VOCÊ
TERIA INICIADO HÁ MAIS TEMPO? POR QUÊ?
Este tópico foi elaborado com o intuito de perceber as concepções das
idosas sobre a adesão da dança de salão como atividade física a partir do momento
em experimentam os benefícios adquiridos por essa atividade, levando em
consideração o interesse de adesão há muito mais tempo.
Figura 6 - O descobrir da dança de salão
Conforme a figura 6 é possível afirmar que a partir do momento em que a
maioria das idosas tem contato com a dança de salão e desfrutam de melhorias no
que diz respeito a convivência social, diversão, autoestima, bom humor, mais ânimo
e por conseguinte uma melhor qualidade de vida, como podemos observar na fala
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2
4
6
8
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16
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Sim Não
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do sujeito P : “A dança de salão faz bem pro ego da gente, faz bem pra saúde, eu
tinha um problema de inflamação nos nervos, depois que eu comecei a dança de
salão não tou tomando remédio, não sei mais o que é isso, então é um benefício
muito bom”.
Desse modo, 16 idosas afirmaram que se soubesse o quanto a dança de
salão faz bem, teriam iniciado a prática dessa atividade muito antes do momento em
que começaram. É o que se observa na fala do sujeito M: “Com certeza! Eu tinha
iniciado há mais tempo, porque como eu lhe falei, né, que a minha vida era assim
muito assim, eu vivia muito presa dentro duma casa, sem ter como sair e depois que
eu participei da dança de salão a minha vida melhorou bastante”.
Outra análise que pode ser feita a partir da figura 6 é que 04 idosas
disseram que mesmo depois de conhecerem os diversos benefícios proporcionados
pela dança de salão não mostraram interesse em poder ter iniciado há mais tempo
essa atividade, pois 02 delas consideraram o tempo de início no momento certo e
outras duas por causa do esposo que não dançava, conforme menciona o Sujeito O:
“Não, porque meu marido não dançava e há um ano que ele faleceu, então, eu
nunca ia aprender a dançar”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve como objetivo identificar os benefícios que contribuem na
melhoria da qualidade de vida de idosas através da prática de aulas de dança de
salão no Palácio Bolonha Centro de Terceira Idade Viver sem Limites.
Os resultados obtidos através das entrevistas realizadas no Palácio Bolonha
Centro de Terceira Idade Viver sem Limites, relacionados com a literatura específica
sobre o assunto, nos permitiram obter uma compreensão rica sobre os benefícios
proporcionados pela dança de salão á qualidade de vida dessas idosas.
Desse modo, o primeiro aspecto relevante é que as idosas que praticam a
dança de salão sentem-se muito bem, uma vez que os problemas advindos da idade
avançada e também os que aparecem diariamente são minimizados ou até mesmo
sanados pelo fato delas participarem das aulas de dança de salão.
Isso fica bastante explícito no modo de viver das idosas, deixando de lado a
timidez a tristeza, a indisposição, passando dessa forma, a um estilo de vida alegre,
espontâneo e com muita disposição e mantendo assim a independência para fazer
aquilo que elas têm vontade de realizar.
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Este estudo mostra também que a dança de salão não oferece riscos de
quaisquer lesões musculares, ou de postura àqueles que aderem essa atividade,
como por exemplo, idosos. Vale ressaltar que as entrevistadas afirmaram estarem
bastante motivadas pelas perspectivas associadas à saúde causadas pela dança de
salão.
A dança, pois, promove a seus praticantes o desenvolvimento da
socialização e divertimento, redução de estresse, melhora a autoestima,
coordenação motora, beneficia tanto o corpo como a mente, contribuindo dessa
maneira para o bem estar geral das idosas.
Nesse sentido, a dança de salão pode ser incluída no cotidiano de idosos,
porque é um mecanismo de grande relevância na melhoria da qualidade de vida,
ainda para aquelas que não tenham interesse em tornar-se grandes bailarinos e,
somente, divertir-se, e usufruir dos imensos benefícios oferecidos pela dança.
Portanto, se faz necessário o desenvolvimento de estudos que façam
relação da dança de salão com a qualidade de vida de idosos no intuito de investigar
esse tema e assim somar com as pesquisas já realizadas.
BALLROOM DANCE AS QUALITY OF LIFE OF ELDERLY IN THE PALACE BOLOGNA CENTER OF SENIORS CLUBE LIVE WITHOUT LIMITS
ABSTRACT This study discusses the topic ballroom dancing as improving the quality of life of elderly, having as subjects of study 20 women who would age equal or higher than 60 years who practice dance lessons in the Palace Bologna Center of Seniors Clube Live without Limits, located in the district of Nazareth, in Belém city. Then main objective of this research was to identify the benefits that the ballroom dancing brings to the improvement of the quality of life of elderly people. This work is a field research of qualitative nature, descriptive and exploratory. The research presented the semi-structured interview as a tool for data collection, containing questions directed at the elderly experience obtained in ballroom dancing lessons, so further analysis. The results showed that the elderly women practitioners of the ballroom dancing had improvements in case of socialization, stress, self-esteem, motor coordination and etc. It was concluded from the data obtained that the ballroom dancing contributes significantly to improving the quality of life of elderly people, including improvements departing from physical, psychological and social aspects. Keywords: Ballroom Dancing. Quality of life. Elderly
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