aspectos morfofuncionais em praticantes de dança de salão
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIA DO MOVIMENTO HUMANO
ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS EM PRATICANTES DE DANÇA DE SALÃO
MARCOS DA SILVA ASSUNÇÃO
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
Porto Velho, 2009
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS EM PRATICANTES DE DANÇA DE SALÃO
Autor: Marcos da Silva Assunção
Orientador: Prof. Dra. Ivete de Aquino Freire
Monografia de Especialização em
Ciências do Movimento Humano
apresentada ao Departamento de
Educação Física, Núcleo de Saúde
da Universidade Federal de
Rondônia (RO), como requisito
para obtenção do título de
Especialista em Ciência do
Movimento Humano.
Porto Velho, Rondônia
2009
iv
MARCOS DA SILVA ASSUNÇÃO
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dra. Ivete de Aquino Freire (Orientadora)
Julgamento:__________________________Assinatura:__________________________ Prof. Dr. Alexandre de Almeida e Silva
Julgamento:__________________________Assinatura:__________________________ Prof. Ms. Ramon Nunes Cardenas
Julgamento:__________________________Assinatura:__________________________
v
DEDICATÓRIA
À minha mãe Maria e ao meu
pai Francisco, por tudo que
fizeram por mim durante
toda a minha vida. Minha
eterna gratidão e amor aos
meus pais.
vi
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo a DEUS, pela força e consolação nos momentos mais difíceis da minha vida.
Aos meus pais Francisco Cavalcante de Assunção e a minha mãe Maria José
Nascimento da Silva, pelo, carinho, amor e dedicação que sempre tiveram comigo. Aos meu amigo irrepreensível em fidelidade e companheirismo, Cláudio Luís da Silva
Santos. Aos meus amigos acadêmicos Yong Bruno, Marcelo Alves Cardoso e Eduardo
Antunes. Ao professor e amigo Chagas Péres. A professora Ivete de Aquino Freire pela sensibilidade, ética e discernimento com
que sempre conduziu os estudos. À todos aqueles que de forma direta ou indireta contribuiram para a realização deste
trabalho.
vii
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES viii
LISTA DE SÍMBOLOS E SIGLAS ix
RESUMO x
ABSTRACT xi
1. INTRODUÇÃO 01
1.1. JUSTIFICATIVA 02
1.2. OBJETIVOS 03
1.2.1. OBJETIVO GERAL 03
1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 03
1.3. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO 03
2. REVISÃO DE LITERATURA 04
2.1. HISTÓRICO DA DANÇA DE SALÃO 04
2.2. DANÇA, ATIVIDADE FÍSICA, EXERCÍCIO FÍSICO E APTIDÃO FÍSICA 05
2.3. DIMENSÃO BIOLÓGICA 06
2.3.1. PARÂMETROS MORFOFUNCIONAIS INTERVENIENTES NA SAÚDE 07
3.METODOLOGIA 13
3.1. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA 13
3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA 13
3.2.1. CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE 13
3.2.2. PROCEDIMENTOS PARA SELEÇÃO DA AMOSTRA 14
3.2.3. DESCRIÇÃO DO DESENHO DA PESQUISA 14
3.2.4. CONTROLE DAS CONDIÇÕES DE TESTAGEM 14
3.2.4.1. SELEÇÃO DO QUADRO DE AVALIADORES E COLETA DE DADOS 14
3.3. VARIÁVEIS DE ESTUDO 15
3.3.1. VARIÁVEIS MORFOLÓGICAS 15
3.3.1.1. DEFINIÇÕES CONCEITUAIS E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 15
3.3.2. VARIÁVEIS FUNCIONAIS CARDIOPULMONARES 17
3.3.2.1. DEFINIÇÕES CONCEITUAIS E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 17
3.3.3. VARIÁVEIS FUNCIONAIS NEUROMUSCULARES 20
3.3.3.1. DEFINIÇÕES CONCEITUAIS E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 20
4. TRATAMENTO ESTATÍSTICO 22
viii
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 23
5.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA AMOSTRA 23
6. CONCLUSÕES E SUGESTÕES 27
REFERÊNCIAS 28
ANEXOS 30
ix
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
QUADRO 1 – Classificação do percentual de gordura
16
QUADRO 2 – Classificação do consumo máximo de oxigênio 19
QUADRO 1 – Classificação da força repetitiva de abdômen 21 QUADRO 2 – Classificação da flexibilidade 22
TABELA 1 – Demonstrativo das características físicas da amostra
23
TABELA 2 – Demonstrativo das médias e desvios-padrão das variáveis do estudo 24
TABELA 3 – Demonstrativo da correlação emtre o VO2máx e o %G
25
x
LISTA DE SIMBOLOS E SIGLAS
% G – Percentual de Gordura
FRAB – Força repetitiva de abdômen
FLEX – Flexibilidade
VO2máx – Volume máximo de oxigênio
PCT – Peso corporal total
EST – Estatura
SATED – Sindicato dos Artistas Técnicos em Espetáculos
FNP – Facilitação neuromuscular proprioceptiva
DC – Densidade corporal
GEM – Grupo de estudo masculino
GEF – Grupo de estudo feminino
xi
ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS EM PRATICANTES DE DANÇA DE SALÃO
Marcos da Silva Assunção
RESUMO
Este estudo teve por objetivo analisar o consumo máximo de oxigênio(VO2máx), a força
repetitiva de abdômen (FRAB), a flexibilidade geral absoluta (FLEX) e o percentual de
gordura (%G) em praticantes de dança de salão da academia de dança do Sindicato dos
Artistas Técnicos(SATED) de Porto Velho – Rondônia. Foi avaliado um total de 12 sujeitos,
divididos por sexo em dois grupos(GEM – grupo de estudo masculino e GEF – grupo de
estudo feminino). Para avaliação do VO2máx foi utilizado o teste de banco padronizado por
KATCH & MCARDLE (1997). Para avaliação da FRAB foi utilizado o teste proposto pela
AAHPER (1976). Para avaliação da FLEX foi utilizado o teste padroizado por PAVEL & GIL
modificado por Wallace apud CARNAVAL (1995). Para a avaliação do % G foi utilizado o
método das dobras cutâneas proposto por PETROSKI (1999). Para analise estatística dos
resultados encontrados, utilizou-se a estatística descritiva, e o teste de correlação de
PEARSON. Os resultados encontrados, segundo COOPER (1972), indicam que o GEM se
encontra em um nível de classificação “bom” (45,11 ± 2,61) e o GEF “excelente” (39,31 ±
1,99) em relação ao VO2máx; que o GEF se encontra em um nível classificatório “grande”
(22,17 ± 3,19) e o GEM “bom” (20,83 ± 2,86) no que se refere a FLEX; revela que o GEF se
encontra em um nível classificatório “fraco” (22 ± 3,03) e o GEM “médio” (30,33 ± 3,5) no
que toca a FRAB; e finalmente, demonstra que ambos os grupos se encontram em uma
faixa classificatória “abaixo da média” ( 7,91 ± 2,43 e 19,88 ± 1,24) no que tange ao %G. Foi
encontrada também uma correlação negativa moderada entre as variáveis VO2máx e %G.
Tais resultados sugerem que a prática da dança de salão é uma importante ferramenta para
a otimização de parâmetros morfofuncionais intervenientes na saúde e qualidade de vida
dos praticantes desta modalidade.
Palavras chaves: exercício físico, atividade física, dança, saúde e qualidade de vida.
xii
ASPECTS MORFOFUNCIONAIS IN PRACTITIONERS OF HALL DANCE
Marcos da Silva Assunção
ABSTRACT
This study had for objective to analyze the maximum consumption of oxygen (VO2máx), the
repetitive force of abdomen (FRAB), absolute general flexibility (FLEX) and the percentage
of fat (%G) in practitioners of dance of hall of the academy of dance of the Union of Artistas
Técnicos (SATED) of Porto Velho - Rondônia. A total of 12 citizens, divided for sex in two
groups was evaluated (GEM - group of masculine study and GEF - group of feminine study).
For evaluation of the VO2máx the test of standardized bank for KATCH & MCARDLE was
used (1997). For evaluation of the FRAB the test considered for the AAHPER was used
(1976). For evaluation of the FLEX the test padroizado for PAVEL & GIL modified for
Wallace was used apud CARNIVAL (1995). For the evaluation of % G the method of the
cutaneous folds was used considered by PETROSKI (1999). For it analyzes statistics of the
found results, it was used descriptive statistics, and the test of correlation of PEARSON. The
results found, according to COOPER (1972), indicate that the GEM if finds in “a good” level
of classification (45.11 ± 2.61) and “the excellent” GEF (39.31 ± 1,99) in relation to the
VO2máx; that the GEF if finds in “great” a classificatório level (22,17 ± 3,19) and “the good”
GEM (20,83 ± 2,86) with respect to FLEX; it discloses that the GEF if finds in “weak” a
classificatório level (22 ± 3,03) and “the average” GEM (30,33 ± 3,5) in what it touches the
FRAB; and finally, shows that both groups are in a band classificatory "below average" (7.91
± 2.43 and 19.88 ± 1.24)% in terms of %G. It also found a moderate negative correlation
between the variables %G and VO2max. These results suggest that the practice of the
dance hall is an important tool for the optimization of morphofunctional parameters involved
in the health and quality of life of the practitioners of this modality.
Key words: exercise, physical activity, dance, health and quality of life.
xiii
1. INTRODUÇÃO
Ao se analisar a história das antigas civilizações humanas, observa-se que as
atividades físicas eram uma constante no seu cotidiano. O homem primitivo tinha que realizar
diariamente além de tarefas ligadas à sua subsistência (caçar, pescar, subir em árvores para
recolher frutos), também atividades voltadas à sua auto-preservação (RAMOS, 1982).
De acordo com POWERS & HOWLEY (2000), com o avanço da tecnologia e o
desenvolvimento de mecanismos que facilitam os trabalhos do dia a dia (elevadores,
controle remotos, eletrodomésticos em geral e outros dispositivos), as atividades motrizes
do homem contemporâneo começaram a decrescer gradativamente. Tal fenômeno,
segundo os autores citados, se constitui na atualidade num facilitador para o surgimento
de sintomas de várias doenças crônico-degenerativas (cardiopatias, diabetes, hipertensão,
entre outras). PITANGA (2006), analisando a incidência das doenças anteriormente
mencionadas, sugere que nos últimos cinqüenta anos, em toda população mundial, houve
um aumento significativo de tais patologias e um declínio considerável das doenças infecto-
contagiosas (malária, sarampo, febre amarela, entre outras).
Neste contexto, PITANGA & PITANGA (2001) afirmam que a atividade física é
considerada o principal método profilático no intuito de coibir o avanço deste quadro.
Conforme CARPERSEN et alli (1985), por atividade física se entende qualquer forma de
movimento corporal que demande de um gasto energético superior aos níveis basais. No
que tange a sua prática, alguns autores sugerem que esta quando executada em
intensidade baixa e moderada, se apresenta mais consistente em termos de resultados
benéficos ao organismo, agindo positivamente na promoção da saúde e da qualidade de
vida dos executantes (PITANGA, 2006; POWERS & HOWLEY, 2000; GUEDES &
GUEDES, 1995). No entanto, o entendimento acerca de saúde não deve se restringir à
simples a ausência de doença, e sim, a uma condição orgânica funcional do sujeito,
caracterizada por um continuum de dois pólos: um positivo, no qual se verifica um estado
de bem-estar geral assintomático; e outro negativo, com presença de sintomas, podendo
culminar até mesmo em morte (NAHAS, 2000).
Dentre as diversas formas de atividade física, a dança é uma das mais apreciadas,
fazendo parte do cotidiano do homem desde os tempos mais primitivos até os atuais. Esta
atividade se apresenta tanto na forma erudita (dança contemporânea, dança moderna,
ballet clássico) quanto na popular (axé, hip-hop, dança de salão)(ASSUNÇÃO, 2005). A
dança de salão, em especial, compõe-se de vários ritmos, sendo os mais conhecidos o
samba, o bolero e o forró. Cada um destes possui características próprias, as quais se
xiv
originam normalmente de aspectos culturais relacionados a um determinado povo e região
(AFFONSO, 2007).
Segundo GUIMARÃES, SIMAS e FARIAS (2003), a dança é uma atividade física que
afeta o indivíduo em níveis psico-motor, sócio-afetivo e perceptivo-cognitivo. Neste aspecto,
sua prática acarreta múltiplos benefícios ao indivíduo, tais como, melhoria dos componentes
mio-ósteo-articulares e otimização dos relacionamentos interpessoais (LEITE, 2000).
A literatura especializada em dança, apresenta estudos principalmente com a
dimensão cinesiológica (LEAL, 1998), enfatizando as diversas técnicas execucionais de
movimentos corporais específicos. Encontram-se também aspectos históricos (PORTINARI,
1989), bem como, análises comportamentais (COSTA et al, 2003; VOLP, 2005). Porém, até
onde se pôde investigar, não foi encontrado nenhum trabalho analisando múltiplas variáveis
morfofuncionais intervenientes na saúde dos seus praticantes. Por conseguinte, formulou-se
o seguinte problema de pesquisa: QUAIS OS ASPECTOS MORFO-FUNCIONAIS
PREDOMINANTES EM PRATICANTES DE DANÇA DE SALÃO?
1.1. Justificativa
Atualmente, a dança não é entendida somente como uma manifestação artístico-
cultural, é considerada uma atividade física capaz de trazer inúmeras vantagens à saúde dos
indivíduos em geral, influenciando assim na qualidade de vida dos mesmos (GUIMARÃES;
SIMAS E FARIAS, 2003; LEAL, 1998). Assim sendo, pode-se pressupor que quando
executada com a conotação de atividade física, a dança torna-se uma ferramenta eficaz
contra patologias crônico-degenerativas e faculta aos seus praticantes a adesão à um estilo
de vida bem mais ativo.
A presente pesquisa vem preencher uma lacuna existente na literatura, uma vez que
os estudos relativos a dança de salão concentram-se principalmente nos seus aspectos
cinesiológicos (LEAL, 1998), comportamentais (COSTA et alli, 2003; FLORES, 2002),
pedagógicos e históricos (AFFONSO, 2007; BOUCIER, 1987; PORTINARI, 1989). Por
conseguinte, este estudo favorece a abertura de novas linhas de pesquisa em relação aos
benefícios oriundos da prática regular desta atividade, uma vez que permite analisar
minuciosamente aspectos biológicos intervenientes nos níveis de saúde de seus praticantes.
O presente estudo também oportuniza aos profissionais da área refletir sobre os
efeitos multidimensionais da dança de salão, e desta forma, elaborar estratégias de aula que
permitam otimizar os beneficios desta prática.
1.2. Objetivos do estudo
1.2.1. Objetivo geral
xv
Verificar aspectos morfofuncionais em praticantes de dança de salão.
1.2.2. Objetivos específicos
Testar, medir e avaliar as seguintes variáveis:
Funcional cardiopulmonar Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 máx.);
Funcionais neuromusculares: a) Flexibilidade geral absoluta global (FLEX); e b)
Força de repetição abdominal (FRAB);
Morfológicas: a) Peso corporal total (PCT); b) Estatura (EST); Percentagem de
gordura (%G);
Correlacionar as variáveis Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 máx.) e Percentagem de
gordura (%G).
1.3. Delimitação do estudo
O presente estudo delimita-se a investigar aspectos morfofuncionais em praticantes de
dança de salão, vinculados a escola de dança do Sindicato dos Artistas Técnicos – SATED,
da cidade de Porto Velho – RO, de ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 27 anos e com no
mínimo de 3 meses de prática.
xvi
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Histórico da dança de salão
Desde os primórdios da raça humana a dança é utilizada como forma de expressão
corporal e linguagem simbólica. Há dois milhões de anos, antes mesmo de começar a
cultivar a terra, no período conhecido como Pedra Lascada, o homem já dançava
(PORTINARI, 1989).
Antropólogos e arqueólogos assumem que o homem primitivo dançava como sinal
de exuberância física, rudimentar tentativa de comunicação e, posteriormente, como forma
de cerimônia ritualista (PORTINARI, 1989).
Para os gregos, a dança era essencialmente religiosa, dom dos imortais e meio de
comunicação com eles. A dança aparece fortemente no teatro grego, com passos técnicos
e preestabelecidos. Assim, podemos notar duas formas distintas de dança: uma voltada ao
espetáculo, traduzida hoje pela coreografia e desenvolvida por bailarinos artistas, e outra
voltada ao bem-estar, visando realizar espontaneamente um tipo de exercício físico com a
finalidade de preservar a saúde (BOUCIER, 1987).
A literatura relativa a dança de salão especificamente, conhecida inicialmente como
danças sociais, afirma que o seu surgimento ocorreu por volta do século XIV. A
popularização das danças sociais deu-se em 1820 através do minueto, o cotillos e a
quadrille. Posteriormente, surgem a valsa e a polka e no início do nosso século, o two-step,
one-step, fox-trot e o tango. A dança social passa a ser denominada Balroom Dancing. No
Brasil a dança de salão foi introduzida em 1914, pela professora suíça Louise Poças Leitão,
iniciando o ensino da valsa, mazurca e outros ritmos (AFFONSO, 2007).
A dança de salão compõe-se de vários estilos, dentre eles o samba, o bolero e o
forró. O samba originou-se na África e foi levado à Bahia pelos escravos, caracterizando-se
por passos como rodopios, saltos e entrelaçadas com os pés. O bolero teve origem na
Espanha ou em Cuba e caracteriza-se por um estilo cheio de giros e passos de efeitos,
executados sempre com suavidade e elegância. O forró possui influências africanas e
européias, surgindo no Nordeste do Brasil nos anos 40, está intimamente relacionado aos
estilos baião, xote e xaxado (AFFONSO, 2007).
De uma forma ou de outra a dança faz parte do cotidiano do homem na sociedade
moderna, assim com fazia no passado. Hoje, porém, se apresenta em uma dimensão muito
mais abrangente, sendo utilizada em distintas formas e com múltiplas finalidades em shows,
xvii
programas de televisão, peças teatrais, filmes, desfiles de moda, academias, escolas, além
das danceterias e salões de bailes, entre outros(ASSUNÇÃO, 2005).
Geralmente, observa-se algum consenso entre os autores de textos relativos à dança,
no que se refere aos seus benefícios morfofuncionais (GUIMARÃES; SIMAS E FARIAS, 2003;
LEAL, 1998). Porém, observa-se que na prática a maioria dos estudos realizados nesta área
carece de aprofundamento científico.
2.2. Dança , atividade física, exercício físico e aptidão física
De acordo com FLORES (2002), entre as valências físicas exigidas na prática da
dança destacam-se: coordenação motora, agilidade, ritmo e percepção espacial.
ASSUNÇÂO (2005) citando LOPES, salienta que além da coordenação motora e do ritmo,
outras qualidades físicas são imprescêndíveis para a prática da dança, dentre elas,
flexibilidade, equilíbrio e descontração.
GUIMARÃES; SIMAS E FARIAS (2003), ressaltam que a dança é uma atividade
física que além de favorecer a melhoria física e funções correlatas, também desenvolve os
atributos sociais e morais, concorrendo para o aprimoramento multifatorial do ser humano.
No que diz respeito aos primeiros aspectos, esta prática pode progredir de atividade física
para exercício físico. Para isso é necessário que os movimentos corporais produzidos pelos
músculos esqueléticos resultem em um determinado nível de gasto energético, observando
os critérios previamente estabelecidos de intensidade, duração e freqüência (GUEDES &
GUEDES, 1995).
Segundo POWERS & HOWLEY (2000), atividade física é qualquer forma de ação
muscular que resulte em gasto energético proporcional ao trabalho muscular realizado. Esta
se diferencia do exercício físico que é definido como um subgrupo da atividade física
previamente planejada, com o objetivo de melhorar ou manter o condicionamento.
GUEDES & GUEDES (1995) citando CARPERSEN, POWELL & CHRISTENSO,
definem exercício físico como toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva, que
vise a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da aptidão física. Neste
aspecto a aptidão física é considerada uma série de atributos adquiridos em função da
prática regular de exercícios físicos. Corroborando estas informações, NAHAS (2000) afirma
que exercício físico é qualquer forma de atividade física planejada, sistematizada e repetitiva
que tenha por objetivo manter, desenvolver ou recuperar os componentes da aptidão física.
Neste contexto, a dança de salão pode ser utilizada como atividade física para a promoção
da saúde e qualidade de vida, através da otimização dos diversos componentes da aptidão
física.
xviii
A aptidão física é definida como um estado dinâmico de energia e vitalidade que
permite ao indivíduo não apenas a realização de tarefas cotidianas, ocupações ativas das
horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, como também,
um eficiente meio de prevenção contra o aparecimento das disfunções hipocinéticas
(BOUCHARD et al apud GUEDES & GUEDES, 1995). Ampliando estas informações,
GUEDES & GUEDES (1995), ressalta que os componentes da aptidão física seguem duas
vertentes: A aptidão física voltada para a saúde, e aptidão física voltada para o desempenho
atlético. O primeiro caso abriga aqueles atributos biológicos que oferecem alguma proteção
ao aparecimento de distúrbios orgânicos provocados pelo estilo de vida sedentário. O
segundo, inclui aqueles parâmetros biológicos necessários à prática mais eficientes dos
esportes (GUEDES & GUEDES, 1995).
A dança de salão pode ser utilizada como uma ferramenta para atuar diretamente
nos parâmetros funcionais intervenientes nesta vertente: potência aeróbia, flexibilidade,
força muscular e percentual de gordura. Em especial na melhoria do condicionamento
cardiorrespiratório, uma vez que estudos afirmam existir uma relação inversamente
proporcional entre a taxa de mortalidade e o volume máximo de oxigênio (VO2máx.)
(POWERS & HOWLEY, 2000).
2.3. Dimensão biológica
A dimensão biológica relaciona-se com os aspectos genotipológicos e determina as
potencialidades máximas possíveis de serem desenvolvidas em sua plenitude
considerando-se a adaptação do sujeito aos fatores fenotipológicos cotidianos. A referida
dimensão é constituída por parâmetros funcionais e morfológicos. Os funcionais são
subdivididos em cardio-pulmonares e neuro-musculares. Os cardiopulmonares são
agrupados em potência aeróbia e potência anaeróbia lática e alática. Os neuro-musculares
são divididos em força, flexibilidade , velocidade, equilíbrio e coordenação (RODRIGUES
DE ALMEIDA & SAMPEDRO, 1997).
De acordo com GUEDES & GUEDES (2003) as informações relativas aos
parâmetros morfológicos de composição corporal, levantadas mediante a quantidade e
distribuição de gordura corporal e à massa isenta de gordura são as mais relevantes. No
que tange aos parâmetros funcionionais neuromusculares e cardiopulmonares os mais
significativos à saúde são a resistencia cardiorespiratória, a função músculo esquelética e a
flexibilidade.
2.3.1. Parâmetros morfofuncionais intervenientes na saúde
xix
Um coletivo de autores (NIEMAN, 1999; GUEDES & GUEDES, 2003; ACSM, 2003)
preconizam que a aptidão física voltada à saúde inclui as seguites variáveis
morfofuncionais: capacidade cardiorrespiratória, flexibilidade, força repetitiva (em especial a
abdominal) e percentagem de gordura corporal.
De acordo com NIEMAN (1999), a capacidade cardiorrespiratória (também
denominada consumo máximo de oxigênio ou VO2máx.), é a valência física que permite ao
indivíduo continuar em tarefas extenuantes envolvendo grandes grupos musculares por
períodos longos ou ultra-longos de tempo. Também é chamada potência aeróbia, e
expressa a capacidade dos sistemas circulatório e respiratório de se adequarem e se
recuperarem dos efeitos de atividades como andar acelerado, corrida, natação e remo. Para
LEITE (2000), o consumo máximo de oxigênio representa o maior volume de oxigênio que
pode ser absolvido à nível alveolar e transportado até os tecidos durante um determinado
esforço físico, na unidade de tempo de 1 minuto.
Segundo POWERS & HOWLEY (2000), evidências recentes apontam que uma
função cardiorrespiratória de médio à alto nível confere benefícios adicionais à saúde, e
faculta um crescimento na capacidade do indivíduo de se envolver em uma faixa variada de
atividades recreativas. A melhoria do VO2máx. está associada a intensidade, duração e
frequência do esforço físico. De acordo com os mesmos autores, a intensidade do exercício
de 50 a 85% do VO2máx., com duração de 15 a 60 min de atividade contínua e com uma
frequência de 3 a 5 dias na semana, é a mais eficaz para o desenvolvimento e manutenção
do consumo máximo de oxigênio.
Ampliando estas informações, PITANGA (1998) afirma que o esforço físico resulta na
melhoria do VO2máx., tanto pelo aumento do débito cardíaco quanto pelo aprimoramento da
capacidade dos tecidos em extrairem oxigênio do sangue. LEITE (2000) ressalta que quanto
maior a eficiência do sistema cardiovascular em captar oxigênio e distribuir o fluxo
sanguineo aos tecidos, melhor será a capacidade funcional deste sistema em transportar
oxigênio pelos tecidos em atividades metabólicas acima dos níveis de repouso.
A variável flexibilidade é definida por DANTAS (1989) como a valência física
responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular, por uma
articulação ou um conjunto de articulações, dentro dos limites da morfologia e sem riscos de
acarretar uma lesão. Para GUEDES & GUEDES (2003) a flexibilidade é responsável pela
manutenção de uma amplitude de movimento adequada das articulações, permitindo ao
indivíduo a se movimentar com maior eficácia e eficiência. Conforme TUBINO (1984), a
referida qualidade física permite as articulações desenvolverem a capacidade funcional de
movimentarem-se dentro dos limites ideais de determinadas ações.
A flexibilidade exerce influência direta sobre diversos aspectos da motricidade
humana, dentre eles: a) Realização de arcos articulares mais amplos e consequente melhor
xx
execução de movimentos e gestos motores; b) Melhor eficiência mecânica; c) Diminuição
dos riscos de lesões músculos-articulares; d) Maior expressividade e consciência corporal
(DANTAS,1989).
GUEDES & GUEDES (2003) salienta que um nível satisfatório de flexibilidade é
importante tanto para um bom funcionamento articular, como para permitir aos músculos a
manutenção de um grau de elasticidade apropriado. Níveis baixos de flexibilidade podem
facilitar a ocorrência de lesões músculo-esqueléticas ou impossibilitar a realização de
determinados movimentos.
Segundo DANTAS (1989) a flexibilidade é fortemente influenciada por fatores
endógenos e exógenos.
Os fatores exógenos dividem-se em: a) idade – quanto maior é a idade do indivíduo,
menor é o seu nível de flexibilidade; b) Sexo – normalmente as mulheres são
consideravelmente mais flexiveis que os homens; c) Individualidade biológica – indivíduos
do mesmo sexo e da mesma idade podem possuir diferentes graus de flexibilidade pois o
nível de flexibilidade irá depender principalmente da estrutura óssea, de acúmulo de tecido
circunvizinho e ainda da elasticidade da musculatura cujos tendões cruzem a articulação; d)
Somatotipo – uma grande massa muscular pode influenciar negativamente na realização de
diversos movimentos; e) Condicionamento físico – a inatividade física pode reduzir
consideravelmente a elasticidade do tecido muscular e conjuntivo; f) Tonicidade – o tônus
muscular poderá alterar o nível de consistência e contração muscular e assim afetar os
níveis de flexibilidade; g) Respiração – quando se respira utilizando toda a área pulmonar
empregando toda musculatura abdominal e torácica, inspirando e expirando pelo nariz, o
desenvolvimento da flexibilidade é favorecido; h) Concentração.
Os fatores exógenos incluem: a) Hora do dia – de acordo com o período do dia há
uma maior ou menor resistência da musculatura e dos componentes plásticos envolvidos; b)
Temperatura ambiente – o frio reduz a flexibilidade, o calor acarreta um relaxamento da
musculatura favorecendo seu desenvolvimento; c) Exercício ; d) Correlação da influência
exógena e endógena sobre a flexibilidade.
Segundo DANTAS(1989), a flexibilidade pode ser de tipo geral ou específica. Esta
última refere-se a um ou a alguns movimentos realizados em determinadas articulações; a
primeira, relaciona-se a todos os movimentos realizados em todas as articulações. O
mesmo autor destaca que a flexibilidade pode ser relativa ou absoluta. A relativa compara o
grau de flexibilidade com os comprimentos e dimensões corporais; a absoluta, leva em
conta o arco articular máximo alcançado, independente de medidas antropométricas.
De acordo com POWERS & HOWLEY (2000) existem duas técnicas principais para o
desenvolvimento da flexibilidade: a) o alongamento estático, no qual o segmento corporal
corporal permanece inteiramente imóvel; e b) o alongamento dinâmico, também
xxi
denominado alongamento balístico,no qual os segmentos corporais se movimentam
continuamente. Os referidos autores destacam que o alongamento estático produz
resultados superiores ao do tipo dinâmico, e ainda oferece menores riscos de lesões devido
a uma menor ativação dos fusos musculares.
GUEDES & GUEDES (1995) ressaltam que para o desenvolvimento da flexibilidade
devem ser utilizados exercícios que facultem ao indivíduo assumir posições em que as
articulações envolvidas atinjam amplitudes maiores que aquelas a que o mesmo
normalmente está habituado. É necessário também que os músculos se mantenham
alongados em posição estática, por um período de tempo adequado. Os mesmos autores
recomendam que os exercícios de alongamentos estáticos para o desenvolvimento da
flexibilidade devam ser realizados com um mínimo de três sessões semanais, sustentados
de 10 a 30 segundos e repetidos de 3 a 5 vezes em cada exercício, atingindo uma duração
total de 5 a 10 minutos por sessão.
Segundo POWERS & HOWLEY (2000), evidências indicam que trinta minutos de
alongamento estático realizados duas vezes por semana aumentam a flexibilidade em cinco
semanas. Recomenda-se que a posição de alongamento seja mantida de início por 10
segundos, aumentando-se até 60 segundo após várias sessões de treino. Cada posição
deve ser repetida de 3 a vezes, até dez repetições. A sobrecarga é aplicada aumentando-se
a amplitude do movimento nas posições estáticas e aumentando-se ainda o tempo de
manutenção da posição.
DANTAS (1989) destaca que não devem ser confundidos os termos alongamento e
flexionamento. O primeiro identifica uma forma de trabalho que objetiva manter os níveis de
flexibilidade obtidos e a realização de movimentos com o mínimo de restrição física. O
segundo expressa uma forma de trabalho que visa ampliar os níveis de flexibilidade através
do alcançe de amplitudes articulares superiores às originais. O mesmo autor preconiza três
métodos de exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade: método ativo ou dinâmico,
método passivo ou estático, e o método de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP).
O método ativo é realizado através de exercícios balísticos, utilizando a inércia do
segmento corporal em movimento e forçando amplitudes maiores que as originais. Este
método utiliza de 3 a 4 séries com 10 a 20 repetições cada uma em cada um dos
movimentos escolhidos.
O método passivo visa principalmente estimlar os órgãos tendinosos de Golgi, e
assim, acarretar a inibição da contração muscular e relaxar a musculatura. Neste tipo de
trabalho deve-se adotar uma postura lenta e relaxada e em seguida procurar atingir o maior
arco de amplitude do movimento mantendo-o na posição escolhida de 8 a 20 segundos.
Cada postura deve ser repetida de 15 a 20 vezes.
xxii
O método de facilitação neuromuscular proprioceptiva utiliza-se da influência entre o
fuso muscular e o órgão tendinoso de Golgi de um músculo entre si e com os do músculo
antagonista. Neste modelo, inicialmente, o segmento corporal é mobilizado até o limite de
sua amplitude. Em seguida, é realizada uma contração isométrica máxima durante 8
segundos. E por fim, o movimento é executado forçando-se além do limite inicial, durante o
relaxamento da musculatura do atleta após a contração.
A variável força repetitiva de abdômen, é a valência física que reflete a capacidade
de um músculo ou um grupo de músculos, especificamente os abdominais, de gerarem uma
tensão contra uma resistência opositora, no maior espaço de tempo possível, mantendo a
eficiência do movimento (PITANGA, 2001). Sua importância está relacionada a prevenção
da lombalgia, uma vez que músculos abdominais fortes são eficientes para apoiar a coluna
vertebral adequadamente, tanto na execução de atividades cotidianas, quanto na realização
de atividades desportivas que requeiram um nível de esforço físico mais intenso. Alteraçoes
no padrão de força e resistência da musculatura abdominal podem prejudicar a postura do
sujeito, acarretando a sintomatologia de problemas posturais e dores associadas (NIEMAN,
1999).
Conforme BOEHME (1994) a força repetitiva abdominal influencia positivamente nos
seguintes aspectos: a) um aumento da eficiência do trabalho físico; b) diminuição do perigo
de lesões musculares; c) melhoria no desempenho de situações de emergência, em que
ocorra uma maior exgência de trabalho muscular; e d) melhoria da postura corporal.
De acordo com GUEDES & GUEDES (1995) três princípios norteiam a prescrição e a
orientação de exercícios de exercícios de força e resistência muscular abdominal:
sobrecarga, progressividade e especificidade.
O princípio da sobrecarga determina que as adaptações de força e resistência
muscular localizada ocorrem quando o grupo muscular ativo é estimulado a trabalhar contra
um nível de stress superior ao que está costumeiramente habituado. O princípio da
progressividade afirma que a sobrecarga imposta ao grupo muscular deverá ocorrer
progressivamente, até alcançar o nível de desenvolvimento ideal. O princípio da
especificidade sugere que as alterações na força e resistência muscular ocorrem
especificamente nos grupos musculares que são utilizados para vencer a sobrecarga
imposta pelo exercício físico (GUEDES & GUEDES, 1995).
Os mesmos autores destacam que um programa de força e resistência muscular
abdominal deve priorizar exercícios que possam ser executados por um indivíduo de forma
adequada e correta. Deve-se iniciar o programa de exercícios em um nível de intensidade
baixa, que permita ao indivíduo a realização de 15 a 20 repetições corretas do movimento
pré-determinado. Posteriormente, a sobrecarga deverá ser elevada, e o nível de dificuldade
dos exercícios gradativamente aumentado. Recomenda-se uma duração mínima de 10
xxiii
minutos para os exercícios de força repetitiva, com uma frequência de 2 a 3 vezes por
semana.
A variável percentagem de gordura corporal é definida como a quantidade de tecido
adiposo armazenado no tecido subcutâneo, sendo seus valores expressos em percentual -
%G (GUEDES, 1994). GUEDES & GUEDES (1995) preconiza que o aspecto que mais
interessa diretamente aos aspectos da saúde funcional está relacionado à quantidade de
gordura corporal. Na aptidão física voltada à saúde convencionou-se considerar a
composição corporal sob dois componentes fundamentais: massa corporal isenta de
gordura e a própria gordura. Neste sentido, a massa corporal isenta de gordura relaciona-se
à parte corporal total que permanece após toda a gordura ser retirada, sendo formada pelos
tecidos musculares, esquelético, pele, órgãos e demais tecidos não gordurosos.
De acordo com POWERS & HOWLEY( 2000), a gordura corporal pode ser
classificada em quatro grupos gerais: ácidos graxos, triglicerídeos, fosfolipídeos e
esteróides. Os ácidos graxos são compostos por cadeias de átomos de carbono ligadas a
um grupo carboxila e são o principal tipo de gordura utilizada pelas células musculares como
fonte de enegia. Os ácidos graxos são armazenados no corpo como triglicerídeos e durante
o exercício físico podem ser utilizados como substrato energético pelo músculo através de
um processo denominado lipólise.
O excesso de gordura não deve ser entendido somente como um problema estético.
Seus efeitos podem trazer vários distúrbios de saúde, os quais reduzem a expectativa de
vida e diminuem significativamente sua qualidade. Evidências atuais indicam que o
excessivo acúmulo de gordura corporal atua diretamente em variações das funções
orgânicas, tornando-se um fator de risco primário, associado a morbidades específicas
(GUEDES & GUEDES, 2003).
Dois métodos amplamente utilizados para estimar o percentual de gordura corporal
incluem a pesagem subaquática e a mensuração das dobras cutâneas. Em ambos o
pesquisador obtém uma estimativa da densidade corporal total e a partir dela, determina o
percentual do corpo que é gordo e o percentual que se encontra isento de gordura. Essa
informação sobre a densidade corporal é então convertida em % de gordura e pode ser
utilizada na análise da condição do indivíduo em relação à saúde e ao condicionamento
(POWERS & HOWLEY, 2000).
LOHMAN apud RODRIGUES DE ALMEIDA (2003) segere uma faixa ideal de % de
gordura corporal para indivíduos do sexo masculino de 10 a 20% para a prevenção de
doenças associadas a obesidade. Valores acima de 20% já indicam obesidade e
consequentemente aumentam o risco de diabetes, cardiopatias e hipertensão. As mulheres
geralmente apresentam cerca de 3% a mais de gordura que os homens antes da puberdade
e 11% quando adultas. Para elas a faixa ideal de gordura corporal é de 15 a 25%. GUEDES
xxiv
& GUEDES (2003) ratifica estes dados ao ressaltar que tanto na puberdade quanto na idade
adulta, as mulheres acumulam mais gordura que os homens, porém, os homens
demonstram uma maior vulnerabilidade em relação as agressões induzidas pelo seu
excesso.
Conforme GUEDES & GUEDES (2003), a obesidade é considerada um acúmulo
excessivo de gordura no tecido adiposo, local ou em todo o corpo, resultante de vários
fatores relacionados a aspectos ambientais, endócrinos e/ou metabólicos. Os mesmos
autores ressaltam que é importante não confundir os termos obesidade e sobrepeso, uma
vez que este último indica um peso corporal elevado, mas não necessariamente quantidade
elevada de gordura.
Neste contexto, muitas vezes alguns indivíduos aparentemente obesos quando
avaliados, na realidade não são; apesar de apresentarem sobrepeso, isso se deve a um
maior desenvolvimento muscular e ósseo. Ao contrário, outros indivíduos que não
apresentam sobrepeso, podem possuir uma percentagem de gordura prejudicial à saúde.
Para POWERS & HOWLEY( 2000), considera-se condição de obesidade uma
porcentagem de gordura corporal maior que 25% para os homens e maior que 32% para as
mulheres. Esses percentuais equivalem a valores do IMC de 27,8 para os homens e de 27,3
para as mulheres. Os mesmos autores salientam que é de suma importância analisar a
forma que a gordura encontra-se distribuida no corpo, pois indivíduos com uma maior
concentração de gordura na região abdominal são mais sucestíveis a doenças
cardiovasculares, resistência à insulina, colesterol elevado e hipertensão arterial. GUEDES
& GUEDES (2003), corrobora estas informações ao salientar que a localização regional do
excesso de gordura é um forte indicador da magnitude dos riscos impostos à saude.
POWERS & HOWLEY( 2000) indicam que evidências epidemiológicas apontam para
uma correlação inversa entre a atividade física e o peso corporal, com a gordura corporal
sendo mais adequadamente distribuida naqueles indivíduos fisicamente ativos. GUEDES &
GUEDES (2003) afirmam que os exercícios físicos mais indicados para auentar a demanda
energética e assim acionar o metabolismo das gorduras, são os do tipo aeróbico, tais como:
correr, nadar, pedalar e ainda dançar.
Em indivíduos fisicamente ativos, durante a realização de atividades físicas
aeróbicas de baixa e moderada intensidade, ocorrem inúmeras adaptações metabólicas que
facultam uma maior utilização dos ácidos graxos livres como substrato energético. Em
especial, destaca-se a utilização das gorduras com consequente redução na concentração
de insulina e aumento das catecolaminas, fatores que respectivamente inibem e estimulam
a mobilização dos ácidos graxos livres (GUEDES & GUEDES, 2003).
Os esforços físicos do tipo contínuo, com intensidade moderada, geralmente
apresentam maior impacto no consumo das gorduras como fonte de energia, do que
xxv
aqueles realizados de forma fracionada e em baixa intensidade. Após 30 minutos de
exercícios físicos realizados em baixa intensidade (cerca de 25% do VO2máx.), o índice de
oxidação dos ácidos gráxos livres pode se elevar em 5 vezes os níveis de repouso. Quando
em intensidades moderadas (cerca de 65% do VO2máx.) os índices de oxidação podem se
elevar de 8 a 10 vezes. E em intensidades altas ( maior que 85% do VO2máx.) pode chegar
a 6 vezes o nível de repouso (GUEDES & GUEDES, 2003).
O mesmo autor recomenda para redução e controle da gordura corporal, de 3 a 5
sessões semanais de exercícios aeróbicos, numa intensidade de 40% a 65% da frequência
cardíaca de reserva, baseando-se na idade e frequência cardíaca de repouso do indivíduo.
Preferencialmente as sessões devem ser em dias alternados, numa duração de 30 a 60
minutos contínuos. Entre as atividades físicas mais indicadas estão a corrida, natação,
ciclismo, remo e dança.
É necessário porém compreender que nas prescrições de exercícios aeróbicos
visando reduzir o peso e a quantidade de gordura corporal, o mais relevante é o aumento da
demanda energética total, independente do esforço físico estar acima ou abaixo de
determinado limiar. No entanto, é importante salientar que esforços físicos inferiores a 40%
da capacidade funcional máxima, produzirão apenas adaptações satisfatórias nos aspectos
metabólicos e funcionais de indivíduos com baixos níveis de aptidão física (GUEDES &
GUEDES, 2003)..
xxvi
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Características físicas da amostra
Tabela 1 – Médias e desvios padrão do peso corporal, idade e estatura dos subgrupos
de estudo masculino (GEM) e feminino (GEF)
VARIÁVEIS GEM GEF
IDADE 23,5 ± 3,39 21,83 ± 1,47
PESO
CORPORAL
65,83 ± 5,56
55,17 ± 4,67
ESTATURA
170,17 ± 3,49
160,5 ± 2,35
Na tabela 1 verifica-se que o valor referente a média da idade dos praticantes do
gênero masculino foi de 23,5 ± 3,39, e do sexo feminino foi 21,83 ± 1,47. A média do peso
corporal dos praticantes do gênero masculino foi de 65,83 ± 5,56, e do sexo feminino foi
55,17 ± 4,67. E finalmente, a estatura dos praticantes do gênero masculino foi de 170,17 ±
3,49 e do sexo feminino160,5 ± 2,35. Constata-se desta forma, que a amostra alcançou um
nível elevado de homogeneidade, uma vez que os desvios-padrão encontrados foram
baixos em todas as variáveis relativas as caracterísiticas físicas.
xxvii
Tabela 2 – Médias e desvios padrão do consumo máximo de oxigênio (VO2MÁX), da
flexibilidade (FLEX), da força repetitiva de abdômen (FRAB) e do percentual de gordura
(%G) dos grupos de estudo masculino (GEM) e feminino (GEF).
VARIÁVEIS GEM GEF
VO2MÁX 45,11 ± 2,61 39,31 ± 1,99
FLEXIBILIDADE
20,83 ± 2,86
22,17 ± 3,19
FORÇA
REPETITIVA DE
ABDÔMEN
30,33 ± 3,5 22 ± 3,03
% GORDURA 7,91 ± 2,43 19,88 ± 1,24
Na tabela 2, constata-se que valor referente a média do VO2máx nos praticantes do
gênero masculino foi de 45,11 ± 2,61 ml/kg.min, valor este considerado como “bom” de
acordo com a classificação sugerida por COOPER (1972). No entanto a média de 39,31 ±
1,99 ml/kg.min encontrada no VO2máx nos sujeitos do sexo feminino, foi classificada como
“excelente” segundo a tabela de classificatória do mesmo autor. Possivelmente, estes
dados tenham sido influenciados pelo nível de solicitação metabólica imposto as mulheres
ser mais elevado que nos homens. Os homens como são os responsáveis por conduzir a
sua parceira na execução dos movimentos, acabam por ter uma exigência músculo-
esquelética maior. As mulheres por serem conduzidas, e normalmete terem que executar
xxviii
uma série de giros, rodopios, saltos, sofrem uma maior exigência da resistência
cardiorrespiratória. POWERS & HOWLEY (2000) analisaram o VO2máx de sujeitos jovens
normais do sexo feminino e masculino e encontraram valores médios bem semelhantes, 45
ml/kg.min para os homens e 38 ml/kg.min para as mulheres.
No tocante a FLEX, o GEF se mostrou superior ao GEM, uma vez que este último
obteve uma pontuação média de 20,83 ± 2,86, situada em um nível classificatório “médio”,
enquanto o primeiro enquadrou-se em um nível “grande”, atingindo uma pontuação média
de 22,17 ± 3,19, conforme a tabela de Wallace apud CARNAVAL (1995). A literatura
específica (GUEDES & GUEDES, 2003) ressalta que normalmente as mulheres são mais
flexiveis que os homens, no entanto, um fator que pode ter influenciado tais resultados, é
que certos movimentos coreográficos exigem por parte das mulheres uma maior amplitude
dos segmentos articulares. PRATI & PRATI (2006) realizaram um estudo com a
flexibilidade de bailarinos de ballet clássico e encontraram um nível classíficatório “bom”
segundo a literatura específica.
Em relação a FRAB, o GEM superou ao GEF, já que este atingiu um valor de 22 ±
3,03 execuções corretas, média esta situada em um nível classificatório “fraco”. O GEM
alcançou um valor de 30,33 ± 3,5 execuções corretas, classificando-se neste caso em um
estágio “médio”, conforme a tabela de POLLOCH & WILMORE (1993). Isto deve-se,
provavelmente, aos praticantes do sexo masculino realizarem uma série de movimentos de
dança de salão que imprimem uma exigência muscular considerável ao reto abdominal e
aos obliquos internos e externos. REIS DE MOURA, PEDROSO E ZINN (2002) realizaram
um estudo analisando a FRAB de homens e mulheres jovens ativos e inativos fisicamente,
e ambos os grupos ficaram em um nível de condicionamento inferior ao encontrado na
amostra desta pesquisa. Os homens e mulheres jovens ativos fisicamente atingiram valores
médios de 22,66 e 17,93 repetições respectivamente. Os homens e mulheres jovens
inativos fisicamente alcançaram médias ainda menores, 20,56 e 13,43 repetições
respectivamente.
A classificação de percentagem de gordura para indívíduos saudáveis é de 15 %
para indivíduos do sexo masculino e 23% para o sexo feminino. Os valores encontrados
para ambos os grupos foram classificados como abaixo da média, 19,88 ± 1,24% para o
GEF e 7,91 ± 2,43% para o GEM. Portanto, todos os sujeitos encontram-se em um nível
ótimo de %G, favorável para prevenção de doenças e desordens associadas a obesidade e
a má nutrição (LOHMAN, 1992). GUEDES & GUEDES ( 2003) salienta que os exercícios
físicos mais eficientes para resultar em um impacto positivo na redução da gordura corporal
são aqueles que envolvem a utilização de grandes grupos musculares e que ativem todo
sistema orgânico de oxigenação, ou seja os de caráter aeróbico. Ao considerarmos que a
dança de salão é predominantemente aeróbica, de intensidade moderada à baixa, constata-
xxix
se que os resultados são condizentes com as recomendações feitas pela literatura
especializada. Outro fator relevante é a frequência das aulas de 5 dias na semana e a
duração de 60 minutos, considerada ideal para a otenção de adaptações metabólicas e
funcionais adequadas ( GUEDES & GUEDES, 2003). VALADÃO (2006) analisou o %G de
homens e mulheres praticantes de dança contemporânea e encontrou médias similares as
encontradas neste estudo, 8,43% para os sujeitos do sexo masculino e 15,04% para os
sujeitos do sexo feminino. Em um outro estudo, também realizado com o %G de bailarinos
de dança contemporânea, SILVA & KUWAE (2008) obtiveram resultados bem próximos aos
encontrados nesta pesquisa, 6,53% para os homens e 17,8% para as mulheres.
Tabela 3 – Correlação entre o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e o percentual de
gordura corporal (% G) dos grupos de estudo masculino (GEM) e feminino (GEF)
VARIÁVEIS
ggg
r
GEM GEF
VO2MÁX
-0,56 -0,30
% G
No que tange aos valores correlacionacionais encontrados para as variáveis de estudo
VO2máx e % G, constatou-se uma correlação negativa moderada no GEM (-0,56) e no GEF
(-0,30). Estes achados são corroborados por AMORIM (1995) que encontrou uma relação
negativa entre gordura corporal e capacidade aeróbica em um estudo realizado com
judocas. Verifica-se em ambos os casos, que a medida que a gordura corporal aumenta o
condicionamento cardiopulmonar moderadamente decai e vice-versa.
Numa aula de dança de salão, provavelmente, serão necessárias certas adequações
para otimizar os efeitos morfofuncionais desta atividade. Uma destas medidas,
necessariamente seria a necessidade de dar um caráter contínuo a aula de dança, com um
mínimo possível de interrupções, utilizando a estratégia da recuperação ativa, na qual o
aluno apenas diminui a intensidade do exercício gradativamente, sem interrompe-lo por
completo. A frequência das aulas deveria ser similar ao da amostra utilizada neste estudo (5
xxx
dias semais), e a intensidade estabelecida de acordo com o nível de condicionamento
cardiopulmonar do praticante. Uma vez que a literatura específica recomenda atividades
contínuas com duração de 40-60 minutos para o desenvolvimento da capacidade
cardiorrespiratória, é de fundamental importância verificar se estas recomendações tem sido
seguidas pela população do estudo. As atividades contínuas globais além de favorecer o
desenvolvimento cardiopulmonar são imprescendìveis para otimizar a composição corporal
por meio do aumento do metabolismo das gorduras (POWERS & HOWLEY, 2000).Outra
necessidade seria selecionar os rítmos de dança de salão de acordo com o nível de aptidão
física do aluno, de modo a prevenir possíveis riscos àqueles que se encontram menos
condicionados, e maximizar os resultados daqueles sujeitos que se encontram em um
melhor patamar de condicionamento físico.
6. CONCLUSÕES
Considerando os resultados obtidos nesta pesquisa chegou-se as seguintes
conclusões:
O GEM se encontra em uma faixa clasificatória “boa” e o GEF em um nível “excelente”
em termos de Consumo Máximo de Oxigênio;
O GEM se encontra em um nível clasificatório “bom” e o GEF em um nível “grande” em
relação a Flexibilidade Absoluta Global;
O GEM se encontra em um nível clasificatório “médio” e o GEF em um nível “fraco” em
relação a Força Repetitiva de Abdômen;
No tocante aos valores encontrados para o Percentual de Gordura, ambos os grupos
apresentaram valores classificatórios “abaixo da média”;
Foi constatada em ambos os grupos de estudo uma correlação negativa moderada
entre as variáveis VO2máx e %G;
Tendo em vista estes achados, pressupõe-se que a dança de salão pode agir
positivamente na saúde dos seus praticantes. Uma vez que ela possui
características e atrativos próprios, se diferencia de outras atividades físicas
predominantemente aeróbicas como a caminhada, corrida, ciclismo e natação,
devido a acrescentar aos exercícios e movimentos corporais, elementos
emocionais e artísticos. Ao atingir o indivíduo multidimensionalmente, tanto na
esfera biológica quanto nas esferas psicológica e social, a dança de salão
contempla uma série de variáveis que facultam ao indivíduo uma maior interação
com si mesmo e com os demais. Tais benefícios favorecem a adoção de um estilo
de vida mais ativo fisicamente, capaz de atuar positivamente na qualidade de vida
xxxi
dos mesmos;
No entanto para resultar em benefícios ótimos à saúde, as aulas de dança de salão
necessitam possivelmente de uma melhor planificação, baseada em princípios e
critérios de controle científicos.
Por conseguinte, sugerem-se novas investigações relativas à importância dos critérios
de intensidade, volume e freqüência de treino em aulas de dança de salão.
Sugere-se ainda uma análise dos efeitos desta modalidade em outros parâmetros
morfo-funcionais intervenientes na saúde, tais como: pressão arterial sanguinea,
somatotipo e postura corporal, utilizando desta feita uma amostra mais
significativa.
xxxii
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