dai a cezar o que é de cezar ( leonardo pereira)
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Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo.TRANSCRIPT
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAPÍTULO XI ITENS DE 5 A 7
DAÍ A CESAR O QUE É DE CESAR
5 – Então, retirando-se os fariseus, projetaram entre si
comprometê-lo no que falasse.
E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com
os herodianos, que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e não se te dá de ninguém, porque
não levas em conta a pessoa dos homens; dize-nos, pois,
qual é o teu parecer: é lícito dar tributo a César ou
não?
• Fariseu (="separado") era o membro de um partido político-religioso de matiz nacionalista que surgira com o objetivo de manter os costumes judaicos isentos da contaminação helenística (=grega).
• Para os fariseus, Jesus não podia viver porque violava a Lei de Moisés.
os fariseus eram em sua maioria empresários de
classe média e, por conseguinte, tinham contato
constante com o homem comum. Os fariseus eram
muito mais estimados pelo homem comum do que os
saduceus. Apesar de serem uma minoria
no Sinédrio, eles pareciam controlar o processo
decisório do Sinédrio muito mais do que os saduceus, já
que tinham o apoio do povo.
Os saduceus - Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, aqueles que
eram saduceus eram aristocratas.
Eles tinham a tendência de ser ricos e de ocupar cargos
poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de
sumo sacerdote. Eles também ocupavam a
maioria dos 70 lugares do conselho regente chamado
de Sinédrio.
Porque os saduceus estavam mais preocupados com a política do que com
a religião, eles não se preocuparam com Jesus
até quando as coisas chegaram ao ponto de que Jesus iria chamar a atenção
indesejada de Roma. Foi a esta altura que os
fariseus e saduceus se uniram e planejaram que
Cristo fosse morto (João 11:48-50; Marcos 14:53; Marcos 15:1).
Os herodianos criam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos. Seu
nome foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua época. Os herodianos eram
mais um partido político que uma seita religiosa.
A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações
religiosas expressas nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o referencial
histórico no qual Jesus veio ao mundo.
• Porém Jesus, conhecendo a sua malícia, disse-lhes: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me
cá a moeda do censo. • E eles lhes apresentaram um
dinheiro.• E Jesus lhes disse: De quem é
esta imagem e inscrição?• Responderam-lhe eles: De
César. Então lhes disse Jesus: Pois daí a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus. E quando ouviram isto,
admiraram-se, e deixando-o se retiraram. (Mateus, XXII: 15-22; Marcos, XII: 13-17).
6 – A questão proposta a Jesus era
motivada pela circunstância de
haverem os judeus transformados em motivo de horror o
pagamento do tributo exigido pelos romanos, elevando-o a problema
religioso. Numeroso partido se
havia formado para rejeitar o imposto.
O pagamento do tributo, portanto, era
para eles uma questão de irritante atualidade, sem o
que, a pergunta feita a Jesus: “É lícito dar tributo a César ou não?”, não teria
nenhum sentido.
Essa questão era uma cilada, pois, segundo a resposta, esperavam excitar contra ele as
autoridades romanas ou os judeus dissidentes.
Mas “Jesus, conhecendo a sua malícia”, escapa à
dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, ao dizer
que dessem a cada um o que lhes era
devido.
7 – Esta máxima: “Daí a
César o que é de César” não deve ser entendida de
maneira restritiva e absoluta.
Como todos os ensinamentos de Jesus, é
um princípio geral, resumido numa forma
prática e usual, e deduzido de uma circunstância
particular.
• Esse princípio é uma conseqüência daquele que manda agir com os outros como
quereríamos que os outros agissem conosco.• Condena todo prejuízo moral e material causado aos outros, toda violação dos seus
interesses, e prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja ver os
seus respeitados. • Estende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a
autoridade, bem como para os indivíduos.
• Referências bibliográficas:
• O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
• A BÍBLIA ANOTADA. The Ryrie Study Bible/ Texto Bíblico: Versão Almeida, Revista e Atualizada, com introdução, esboço, referências laterais e notas por Charles Caldwell Ryrie. Sã o Paulo: Ed. Mundo Cristão, 1994, 1835pp.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos originais. Tradução das introduções e notas de La Bible de Jérusalem, edição de 1998, publicada sob a direção da "École biblique de Jérusalem". Edição em língua francesa. São Paulo: Paulus, 2002, 2206pp.
O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA. SHEDD, Russell P. (editor em português). São Paulo: Edições Vida Nova, V. II, 1963, 1487pp.
• Postado por Alex Esteves da Rocha Sousa às 17:43