cyberbullying : sempre online para evitar, nunca offline para ignorar
TRANSCRIPT
Cristina Dias | Jorge Brandão | Sara Furtado | Francisco Fachado
LUGAR
Na Europa, o SUICÍDIO representa uma das principais causas de morte de jovens entre os 15-24 anos
2º
INTRODUÇÃO
BULLYING VIRTUAL ou CYBERBULLYING
TecnologiasFacilitam comunicaçõesTransformam comportamentos e relações Encurtam distâncias (um simples clique)
Perigos e RiscosPara a geração da era digital
Agressões PsicológicasIntimidação e insultos praticados por crianças e adolescentes no mundo virtual
CYBERBULLYING
Agressões mantêm-se presentes no ciberespaço
Consequências difundem-se rápida e facilmente
Particularidades de persistência, pesquisabilidade, replicabilidade e invisibilidade
Transcende as fronteiras do tempo e do espaço físico
Anonimato e invisibilidade facilmente executáveis
“Uso indevido, particularmente, da Internet e do telemóvel para denegrir, humilhar e/ou difamar uma ou mais pessoas mediante a transmissão de imagens e/ou mensagens difamatórias tendo por fim o constrangimento moral ou psicológico“
CYBERBULLYING
Pinheiro, L. (2009)
CYBERBULLYING
Contudo, permanece a incerteza se os sintomas se apresentam como origem ou consequência das agressões online (Kiriakidis & Kavoura, 2010)
Consumo excessivo de substâncias aditivasBaixa auto-estima
Perturbação de Pânico
Sentimentos de insegurança e angústia
Perturbações do Sono
Depressão
Tentativas de suicídio
Suicídio
Absentismo escolar
Dificuldades de concentração
Perturbações Psicossomáticas
Insucesso escolar
METODOLOGIA
OBJETIVO:
Avaliar a evidência científica acerca da relação entre o cyberbullying e o risco de suicídio nas crianças e adolescentes.
MÉTODOS: Pesquisa de NOC, RS, MA e ECAC e artigos originais.
FONTES DE DADOS:National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical
Association Practice Guidelines, Cochrane, DARE, Bandolier, Medline, PubMed, Índex RMP e referências bibliográficas dos
artigos selecionados.
Publicações gratuitas de Janeiro de 2010 a Fevereiro de 2014(Línguas portuguesa, inglesa e espanhola).
METODOLOGIAMESH WORDS:
“teenagers”, “children”, “risk”, “suicide”, “cyberbullying”, “suicidal ideation”.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:População – crianças e adolescentes
Intervenção – vitímas de cyberbullying
Comparação – crianças e adolescentes que não sofreram cyberbullying
Outcome – sintomas depressivos ou ideação suicida ou tentativa de suicídio
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:Artigos duplicados ou que na leitura integral não integravam o PICO.
ESCALA DE EVIDÊNCIAAmerican Medical Association (JAMA)
RESULTADOS
22 ARTIGOS (excluídos 18)
RESULTADOS
ARTIGO ORIGINALBullying, Cyberbullying and Suicide(Sameer Hinduja, Justin Patchin. Archives of Suicide Research. 2010)
NÍVEL 3EVIDÊNCIA
• Amostra de 1963 estudantes de vários distritos EUA (6º - 8º anos)• Questionário de auto-preenchimento (cyberbullying várias formas) + Ideação
Suicida + Dados demográficos
PREVALÊNCIA
18,3% cybervictims
23,1% cyberbullies
20% ideação suicida
19% tentativa de suicídio
RESULTADOS ARTIGO ORIGINALPsychosocial Risk Factors Associated With CyberbullyingAmong Adolescents, A Population-Based Study(A. Sourander et al. Arch Gen Psychiatry, 2010)
NÍVEL 3EVIDÊNCIA
PREVALÊNCIA
4,8% cybervictims
7,4% cyberbullies
• Amostra de 2215 adolescentes finlandeses (13-16 anos)• Questionário de auto-preenchimento (cyberbullying) + Strengths and Difficulties
Questionnaire + Dados demográficos
5,4% cyberbuly-victims
RESULTADOS ARTIGO ORIGINALCyberbullying, School Bullying, and Psychological Distress:A Regional Census of High School Students(S. Kessel et al, 2012)
NÍVEL 3EVIDÊNCIA
PREVALÊNCIA
15,8% cybervictim no último ano
33,9% sintomas depressivos
• Amostra de 20 406 estudantes Massachusetts EUA (9º-12º ano)• Questionário de autopreenchimento (cyberbullying/bullying) + Sintomas psiquícos
(ideação/tentativa suicídio, sintomas depressivos, auto-agressão) + Dados demográficos
18,1% ideação suicida
9,4% (119) tentativa de suicídio
RESULTADOS ARTIGO ORIGINALAssociations among bullying, cyberbullying, and suicide in high school students (Sheri Bauman Russel Tomey. Journal of Adolescence. 2013)
NÍVEL 3EVIDÊNCIA
RESULTADOS
• Associação entre cybervictim e depressão e tentativa de suicídio (apenas em )
• Associação entre cyberbullier e tentativa de suicídio (apenas em )
• Amostra de 1491 estudantes EUA (9º-12º anos) do Arizona Youth Risk Behaviour Survey
• Questionário de autopreenchimento (hábitos de saúde e risco) + Ideação Suicida + Dados demográficos
DISCUSSÃO
LIMITAÇÕES
Metodologia (Questionários de auto-resposta)Negação da agressão
RISCO
Cyberbullying duplica a probabilidade de um adolescente cometer uma tentativa de suicídio
EVIDÊNCIA CIENTÍFICA
Entre o cyberbullying e o risco de suicídio entre crianças e adolescentes (Nível 3)
CONCLUSÃO
Detetar situações de cyberbullying
Fundamental estar “ON” para identificar esta realidade oculta virtualmente
Profissional de Saúde é um relevante elemento na deteção deste flagelo
Facilitar a comunicação entre todos os elementos da família
Sensibilizar cuidadores e profissionais
RR
R
BIBLIOGRAFIA• Christian Victor Masangkay. When the Bully Logs In: A Literature Review on Cyberbullying. University of the Philippines Diliman, 2012.
Department of Psychology. Disponivel em: https://up-diliman.academia.edu/CAMasangkay.
• Sameer Hinduja & Justin W. Patchin. Bullying, Cyberbullying, and Suicide, Archives of Suicide Research, 14:3, 206-221.
• Andre Sourander; Anat Brunstein Klomek, et al. Psychosocial Risk Factors Associated With Cyberbullying Among Adolescents, A Population-
Based Study, Arch Gen Psychiatry. 2010; 67(7):720-728.
• S.Kessel Schneider et al. Cyberbullying, School Bullying, and Psychological Distress: A Regional Census of High School Students. American
Journal of Public Health. 2012; Vol 102. N.1; pp. 171-177 .
• Sheri Bauman, Russel Tomey. Associations among bullying, cyberbullying, and suicide in high school students. Journal of Adolescence nº 36
(2013), pp. 341-350.
• Megan Price & John Dalgleish (2010). Cyberbullying. Experiences, impacts and coping strategies as described by Australian young people.
Youth Studies Australia VOLUME 29 N 2, 2010.
• Eistein, E. et Estefenon, S. (2011). Geração digital: Risco das novas tecnologias para crianças e adolescentes. Revista Hospital Universitário
Pedro Ernesto.pp. 42-53.
• Amado, J., Matos, A. et al (2009). Cyberbullying: um desafio à investigação e à formação. Interacções. No . 13, pp. 301-326.
• Pinto, T. et al (2011). Cyberbullying: Estudo da prevalência de comportamentos de cyberbullying e sua relação com vivências e estados
emocionais negativos.
• Catarina Pereira. Risco Suicidário em Jovens: Avaliação e Intervenção em Crise. PsiLogos, pp.11-23.
• Tânia Pinto. Estudo da prevalência de comportamentos de cyberbullying e sua relação com vivências de vergonha e estados emocionais
negativos . Dissertação Apresentada ao ISMT para Obtenção do Grau de Mestre em Psicologia Clínica. Coimbra. 2011. Disponivel em:
ttp://dspace.ismt.pt/bitstream/123456789/139/3/Tese_Final.pdf