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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª B – 2012.1 COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Marta Silva Menezes SALVADOR

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

Turma 4ª B – 2012.1

COORDENADORA DO CURSO:

Prof.ª Marta Silva Menezes

SALVADOR

TEMA: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DAS REAÇÕES HANSÊNICAS.

ALUNA: ALINE SANTOS SOUSA

ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO R. L. MACHADO

RESUMO Introdução: Os portadores de hanseníase podem ser acometidos por fenômenos inflamatórios agudos, denominados “reações. A caracterização clinica - epidemiológica dos padrões reacionais é de fundamental importância no manejo desses pacientes. Este trabalho tem como objetivo descrever as características epidemiológicas e clínicas de pacientes com episódios reacionais. Metodologia: Estudo descritivo com 25 pacientes com história de reação em um centro de referência contra hanseníase. Foi utilizado um questionário com as variáveis: sexo, idade, cor, procedência, forma clínica, tipo de reação, droga utilizada, baciloscopia, manifestações clínicas, período de surgimento da reação foi coletado os dados através de consulta aos prontuários. A análise dos dados foi calculada através de freqüência simples. Resultados: Houve predomínio do sexo masculino e da faixa etária entre 30-44 anos. Maior freqüência da cor parda (80%) procedentes da cidade de Salvador (60%), reação tipo 1 (64%), como tipo 2 (32%) e reação tipo 1 e 2 (4%). O inicio da reação hansênica foi mais freqüente durante o tratamento (72%) ou como primeira manifestação da hanseníase (24%). Para o tratamento a droga de escolha foi a prednisona isolada (100%) na reação tipo 1 e a talidomida (75%) na reação tipo 2. Conclusões: Os episódios reacionais caracterizaram-se por acometer predominantemente sexo masculino e formas multibacilares. São mais comuns nas formas borderlines e podem ocorrer principalmente durante o tratamento poliquimioterápico e até como primeira manifestação da hanseníase. O diagnóstico clínico precoce dos episódios reacionais traz grandes benefícios para os pacientes que estão em tratamento ou tiveram alta por cura. Palavras-chave: Hanseníase, Reações hansênicas, Epidemiologia, formas clínicas.

TEMA: LASER TERAPIA NA PREVENÇÃO DA MUCOSITE ORAL: UM ESTUDO DE METANÁLISE.

ALUNO: ANDRÉ LUIZ PEIXOTO FIGUEIRÊDO

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. LILIANE ELZE FALCÃO LINS KUSTERER

RESUMO Introdução: A mucosite oral (MO) é um processo inflamatório agudo freqüente em pacientes com neoplasias malignas de cabeça e pescoço, bem como em casos de transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) submetidos à oncoterapia. Tal complicação constitui um obstáculo ao tratamento anti-neoplásico e ao transplante de células-tronco hematopoiéticas. Ainda não há registro de uma medida preconizada para a prevenção da MO. A aplicação de laser de baixa intensidade surge como um possível instrumento profilático da mucosite, tendo em vista suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e reparadoras da lesão mucosa. Apesar de existirem evidências comprovando a capacidade da laser terapia (LT) de promoção da epitelização, propriedades anti-inflamatórias e de diminuição da dor, mais estudos são necessários para avaliar a eficácia da prevenção através do laser em baixas em doses nas inflamações severas da mucosa oral. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática e metanálise da eficácia da LT na prevenção da MO em pacientes submetidos à oncoterapia, na tentativa de avaliar o efeito profilático da inflamação grave da mucosa. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática com metanálise, onde se realizou uma busca nas bases de dados MEDLINE, LILACS e Cochrane, utilizando as palavras-chave “Laser therapy” e “Oral mucositis”. Foram selecionados os resumos de estudos de caso-controle abordando a prevenção da lesão mucosa por laser de baixa intensidade. Três pesquisadores analisaram os resumos e revisaram todos os trabalhos incluídos. Os estudos selecionados foram organizados em uma tabela (Tabela 3A), para análise do Odds Ratio (OR), cujo ponto de corte para a estatística foi MO grau > 3. Para os resultados, realizou-se a metanálise através do programa BioEstat 5.0, utilizando a análise estatística de Efeito Aleatório de DerSimonian-Laird. Resultados e Discussão: Doze (12) estudos foram incluídos na revisão sistemática, sendo que a metanálise de sete (7) deles evidenciou que a LT em pacientes submetidos à oncoterapia é aproximadamente 9 vezes mais eficaz na prevenção de MO grau > 3 do que em pacientes sem o tratamento com laser (OR 9,5281, intervalo de confiança de 95% 1,447 a 52,0354, p = 0,0093). Conclusão: Esses dados demonstraram efeito profilático significativo de MO grau > 3 nos pacientes submetidos à LT quando comparados aos pacientes sem o tratamento. Todavia, mais estudos com maior tamanho amostral são necessários para uma maior acurácia da avaliação do efeito profilático de MO grau > 3 por LT. Palavras-chave: Laser terapia. Mucosite oral. Prevenção. Metanálise.

TEMA: ADESÃO AO TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE DO INTERIOR DA BAHIA.

ALUNO: AURÉLIO D`ANUNCIAÇÃO ARAUJO JÚNIOR

ORIENTADOR: JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença que atinge cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, e tem como fatores influenciadores o consumo excessivo de sódio, gorduras e álcool, sedentarismo, tabagismo e idade avançada. Apresenta graves complicações como Acidente Vascular Cerebral e Infarto Agudo do Miocárdio. Por sua grande importância, o governo brasileiro criou o HIPERDIA, programa que acompanha hipertensos e diabéticos, visando uma melhor adesão ao tratamento farmacológico e não-farmacológico. Objetivo: Estudar a adesão ao tratamento de HAS e os fatores associados em pacientes cadastrados no HIPERDIA. Material e Método: Trata-se de um estudo descritivo de uma amostra populacional de indivíduos portadores de HAS cadastrada no programa no município de Senhor do Bonfim – Ba. Para obtenção dos dados foi aplicado questionário na sala de espera da consulta médica. Resultados: Dos 90 pacientes entrevistados, 60 (66,7%) eram do sexo feminino e 30 (33,3%) masculino, havendo predominância na faixa etária de 60 a 79 anos (45,6%), mostrando que aproximadamente 57% não faziam uso regular da medicação, 12,2% não seguiam o tratamento pela ausência de sintomas, e 4,4% não tratavam por conta de efeitos adversos da medicação; 86,6% referiram que compareciam às consultas e 61,1% usavam plantas medicinais como auxílio no tratamento; 44,4% eram sedentárias e 58% conheciam a patologia. Conclusão: O estudo mostrou que a população teve uma baixa adesão ao tratamento, além de haver uma procura menor dos homens pelos serviços, além do número elevado da fitoterapia como tratamento alternativo. Palavras-chave: Hiperdia, Adesão, Hipertensão.

TEMA: EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS UTERINAS NO TRATAMENTO DOS LEIOMIOMAS: ALTERAÇÕES CLÍNICAS SALVADOR 2012.

ALUNA: AYANA BRITTO SILVA VIEIRA

ORIENTADOR: AQUILES TADASHI YWATA DE CARVALHO

RESUMO Objetivo: Descrever as mudança do quadro clínico de pacientes submetidas a embolização das artérias uterinas no tratamento dos leiomiomas. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura na Base de Dados PubMed, LILACS, Scielo, Medline e biblioteca Cochrane. Foram incluídos estudos de seguimento do tipo série de casos, trabalhos publicados na língua portuguesa e inglesa e trabalhos que descrevem os resultados clínicos pós EAU no tratamento dos leiomiomas sintomáticos. Resultados: Forem selecionados 18 artigos entre os anos de 1995 e 2003. A maioria dos estudos foi realizada nos Estados Unidos da América e a média de acompanhamento das pacientes após o procedimento variou de 3 meses a 29 meses. A diminuição dos sintomas pós-tratamento variou entre 80% a 96% quanto a menorragia e entre 61% e 94% quanto aos sintomas compressivos, incluindo casos de total desaparecimento das queixas. Todos os trabalhos concluíram que a embolização das artérias uterinas no tratamento dos leiomiomas é uma técnica válida e de altas taxas de sucesso, estando clara a melhora clínica das mulheres submetidas a ele. No entanto, a literatura carece de estudos que avaliem os resultados da EAU a longo prazo. Conclusão: A embolização das artérias uterinas no tratamento dos leiomiomas é uma técnica eficaz no controle dos sintomas, incluindo menorragia, dor pélvica e sintomas compressivos como pressão abdominal, frequência urinária e alterações gastrointestinais. Palavras-chave: Revisão sistemática; Embolização das artérias uterinas; Leiomioma; Tratamento; Manifestações clínicas.

TEMA: HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA OFERECIDA AO PARTO E AO NASCIMENTO: A VISÃO DO ACOMPANHANTE.

ALUNA: BRUNA MOCCELIN NERI

ORIENTADOR: OMAR ISMAIL SANTOS PEREIRA DARZÉ

RESUMO Objetivo: Descrever a percepção de acompanhantes selecionados pelas parturientes perante o seu papel em tal cargo. Métodos: Realizou-se um Estudo de abordagem qualitativa. A amostra foi definida com base no critério de saturação ou exaustão dos dados colhidos. Foram realizadas 20 entrevistas com os acompanhantes de parturientes atendidas em uma Maternidade de Salvador-BA, entre março e abril de 2012. Participaram da amostra oito mães, sete irmãs, três tias e dois companheiros das parturientes/pais da criança. Foi empregada a técnica de análise temática do discurso, com a identificação das ideias centrais através das principais expressões e opiniões emitidas. Resultados: Foram identificadas três principais esferas temáticas: os encargos no “ser acompanhante”; sentimentos e opiniões acerca desta experiência, a repercussão da sua presença no desempenho da parturiente; e a interação com a equipe de saúde. A interpretação dos discursos destacou principalmente aspectos emocionais, como: “dar apoio”, “tranquilizar”, “dar carinho”, “emoção”, “orgulho” e sentir-se bem recebido pelos profissionais de saúde. Conclusões: Os principais objetivos referidos pelos acompanhantes englobam, entre outros aspectos, o “tranquilizar”, “dar força” e “dar carinho”. Todos os acompanhantes entrevistados referiram ter sentido que sua presença colaborou na recuperação da parturiente, já que os objetivos citados acima conseguiram ser alcançados. Palavras-chave: Humanização; Assistência ao parto; Acompanhante.

TEMA: TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HIDRADENITE SUPURATIVA AXILAR COM UTILIZAÇÃO DO RETALHO ROMBOIDE.

ALUNO: MAURÍCIO SALES ARMEDE

ORIENTADOR: PROF. DR. ANDRÉ LEAL G. TORRES

COORIENTADOR: DR. EMILIE RIBEIRO

RESUMO Introdução: A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória crônica recidivante, com origem nos folículos pilosos, que cursa com descargas purulentas, retrações cicatriciais e fístulas. Nas formas moderadas e graves, o tratamento cirúrgico é o método de escolha e a amplitude da ressecção é o fator mais importante na redução das taxas de recidiva. Vários são os métodos para reconstrução do defeito resultante, mas não há um consenso na literatura sobre qual é o mais adequado. A axila exige um planejamento especial já que se trata de uma região complexa e sujeita a complicações funcionais importantes. Objetivo: Avaliar a eficácia da ressecção agressiva da hidradenite supurativa axilar seguida de cobertura com retalho romboide através das análises do ângulo de abdução do braço e a taxa de recidiva. Método: Foram operadas oito axilas de pacientes portadores de hidradenite supurativa, com ressecção margeando a área pilosa e limite profundo até a fáscia axilar. A reconstrução do defeito resultante foi realizada com retalho romboide de pedículo posterior. Os resultados foram avaliados de forma objetiva e estatisticamente analisados. Resultados: O ângulo de abdução do braço no pós operatório foi maior ou igual ao ângulo do pré operatório em 100% da amostra. Em acompanhamento de oito meses, não foi observado nenhum caso de recidiva da doença. Conclusão: O estudo sugere que o tratamento proposto consiste em terapêutica eficaz, conferindo pequeno índice de complicações e ausência de recidiva da doença. Palavras-chave: Hidradenite supurativa; axila; retalho romboide; tratamento cirúrgico, recidiva.

TEMA: PREJUÍZO FUNCIONAL NO TRANSTORNO BIPOLAR.

ALUNA: CAMILA OLIVEIRA RÊGO

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MANUELA GARCIA LIMA

RESUMO

Objetivo: Descrever o comprometimento funcional dos portadores de transtorno bipolar. Métodos: : Trata-se de um estudo descritivo, com análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes portadores de TAB .Para esse estudo , usa-se como instrumentos, uma ficha de avaliação de dados sócio-demográficos e clínicos e três escalas para avaliação do funcionamento pessoal. Resultados: O tamanho da amostra foi de 24 pacientes, onde 54,2% (n=13) pertenciam ao sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi 46,08±13,497. Comparou-se diversos dados sócio-demográficos e clínicos, como por exemplo, o tempo de doença,onde a média correspondeu a 19,92±13,031. Na análise, as mulheres tiveram uma representação maior no que diz respeito á conclusão do 3º grau, equivalendo a 69,2%(n=9). Em relação ao estado civil, a maior parte dos homens é solteiro, correspondendo a 51%(n=6) e a maior parte das mulheres é casada, correspondendo a 38,5%(n=5). Em relação à história familiar de TAB, essa teve maioria representativa tanto no sexo feminino, 53,6%(n=7) como no sexo masculino, correspondendo a 63,6%(n=7).Em relação as médias de pontos nas três escalas de funcionamento, o sexo feminino apresentou pontuação maior que o sexo masculino em toda elas. Foi encontrado associação estatisticamente significante entre o comprometimento funcional e o tempo que o indivíduo tem a doença. Conclusões: Assim, o transtorno bipolar é uma doença causadora de prejuízo funcional, ocupacional e inter-pessoal, principalmente se o indivíduo tem um maior tempo de doença, uma vez que ela interfere na vida social, profissional e na capacidade de se relacionar com as pessoas. As mulheres obtiveram maiores índices de funcionalidade. Assim, o indivíduo com transtorno bipolar deve ser corretamente diagnosticado, seus fatores sócios-demográficos devem ser observados ,para que seu tratamento seja logo estabelecido e proposto a fim de diminuir as dificuldades funcionais. Palavras-chave: Transtorno Bipolar, Comprometimento, Prejuízo Funcional.

TEMA: PREVALÊNCIA DE DIAGNÓSTICOS ELETROCARDIOGRÁFICOS NUMA POPULAÇÃO ATENDIDA EM AMBULATÓRIO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.

ALUNO: CÁSSIO NOVA RIBEIRO

ORIENTADOR: DR. LUIZ AGNALDO PEREIRA DE SOUZA

RESUMO Introdução: O eletrocardiograma é exame de fácil realização, de baixo custo, não invasivo e com grande potencial para detectar doenças cardíacas. A prevalência de diagnósticos eletrocardiográficos constitui importante informação clínica e epidemiológica para possível mudança do quadro atual de mortalidade por Doenças Cardiovasculares. Objetivos: Determinar a prevalência de achados eletrocardiográficos em uma população adulta atendida pelo SUS na cidade de Salvador-Ba. Metodologia: Estudo Transversal. Foi selecionada amostragem de conveniência de 2000 ECGs de indivíduos que compareceram ao Ambulatório Docente-Assistencial da Bahiana(ADAB) em Salvador-BA, no período de 01 de julho de 2011 a 01 de outubro de 2011. Foram divididos por idade de 20-39 anos, 40-59 e > 60 anos; pareados quanto ao sexo. Para a análise foi utilizada estatística descritiva. Um valor de p <0,05 foi considerado significante estatisticamente. O projeto de pesquisa foi aprovado por comitê de ética em pesquisa em seres humanos. Resultados: Prevalência ajustada por idade para ondas alargadas Q/QS foi 3,2% (homens, 3,66%; mulheres, 2,89%); Bloqueio do ramo esquerdo foi de 0,9% (0,91%, homens; 0,96%, mulheres); Bloqueio do ramo direito foi de 7,5% (9,2%, homens; 6,7%, mulheres); Fibrilação atrial foi de 0,7% (1,07%, homens; 0,44%, mulheres); Bloqueio atrioventricular foi de 1,3% (1,1%, homens; 1,4%, mulheres); Bloqueio da divisão anterossuperior esquerda foi de 9,3% (11,3%, homens; 8,2%, mulheres). Conclusão: A ampla maioria dos achados eletrocardiográficos foi diretamente proporcional à idade do grupo para ambos os sexos. Fibrilação atrial teve prevalência inferior no grupo de idosos em relação ao descrito na literatura. Houve forte correlação entre bloqueio do ramo direito e bloqueio da divisão anterossuperior esquerda. Bloqueio do Ramo Direito e Ondas Q/QS foi mais prevalente no sexo masculino, enquanto bloqueio do ramo esquerdo e bloqueio atrioventricular foi mais prevalente no sexo feminino. Palavras-chave: Eletrocardiografia, Doença Coronariana, Fibrilação Atrial, Bloqueio de Ramo.

TEMA: O ESTADO DA ARTE SOBRE A TEORIA DOS NEURÔNIOS EM ESPELHO E OS TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA.

ALUNA: CAROLINA SALLES DE ANDRADE

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MILENA PEREIRA PONDÉ

RESUMO Introdução: O autismo apresenta como manifestações clínicas: interesses restritos e estereotipados, redução da interação social e déficit cognitivo. A partir destas características, várias teorias já foram estudadas para explicar a fisiopatologia desta desordem. Atualmente, a teoria do “espelho quebrado”, postula que indivíduos autistas possuem uma disfunção dos neurônios em espelho (NE), que são neurônios localizados principalmente nos lobos temporais e frontal dos humanos, responsáveis pelos mecanismos de imitação, empatia e interação social, características disfuncionais em autistas. Diversos estudos demonstraram através de experimentos com ressonância magnética funcional (RMf), a inativação de áreas de NE em autistas. Existem, contudo, divergências na literatura quanto à causa do transtorno do espectro autista. Objetivo: Descrever a teoria dos neurônios em espelho como modelo explicativo para os transtornos do espectro autista. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada no período de Outubro de 2011 à Abril de 2012, através de uma busca por artigos científicos nas bibliotecas virtuais: PubMed, Bireme, Cochrane e Scielo, utilizando as palavras chaves: “mirror neuron and autism and human”. Foram encontrados 115 artigos, dos quais, 8 se adequaram aos critérios pré-estabelecidos, como artigos com ensaios experimentais, publicados a partir do ano de 2006, na língua inglesa, utilizando um grupo autista e um grupo controle avaliados através de RMf. Resultados: Obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 8 artigos, a partir dos 115 encontrados. Os artigos foram analisados quanto à comparação de um grupo autista à um grupo controle, às áreas cerebrais analisadas e ao experimento feito para avaliar a ativação destas áreas através da RMf. Dentre eles, 4 artigos demonstraram a hipoativação de áreas de NE, descrevendo a teoria dos NE como causa do transtorno do espectro autista (TEA). 3 artigos obtiveram ativação dos NE durante as atividades propostas, defendendo uma ativação atípica de NE, mas não necessariamente hipoativação destas áreas. 1 artigo obteve resultado intermediário, demonstrando que apenas parte do sistema de NE está disfuncional em autistas. Conclusão: Apesar de algumas divergências encontradas nos estudos dos NE, observa-se na maioria dos estudos, uma disfunção do sistema de NE nos indivíduos autistas. No entanto, mais estudos com qualidade metodológica são necessários para demonstrar com mais clareza esta disfunção, pois ainda há uma grande variação com relação às áreas envolvidas e aos métodos de avaliação. Palavras-chave: Neurônios Espelho, Autismo, Disfunção.

TEMA: NEXO TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO EM BENEFÍCIOS POR HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.

ALUNA: CAMILA BULHÕES DE SOUSA SANTA INÊS

ORIENTADOR: PROF. DR. BRUNO GIL DE C. LIMA

RESUMO Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença que tem tido sua prevalência aumentada nos últimos anos. É uma patologia multifatorial, relacionando com fatores modificáveis no estilo de vida e causas ambientais, como a profissão exercida. A hipertensão pode deixar o doente incapacitado para o trabalho, o que fará com que ele busque o benefício na Previdência Social. Quando essa incapacidade é relacionada com o trabalho, o beneficio é concedido em espécie acidentária. Antes de abril de 2007, para caracterizá-lo assim, era necessária a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho. A partir desta data, foi instituído o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), no qual o perito tem a capacidade de estabelecer o nexo do agravo. As mudanças alteraram as proporções entre os benefícios e garantiram benefícios ao trabalhador. Objetivo: Calcular a proporção de benefícios acidentários dentre os concedidos por Hipertensão Arterial Sistêmica pelo Instituto Nacional do Seguro Social. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de morbidade do tipo série temporal tendo como base os dados dos segurados da Previdência Social no Brasil que entraram em gozo de benefícios por incapacidade. Foram comparadas as proporções de benefícios acidentários entre os doze meses que antecederam e os que sucederam as alterações normativas e sistêmicas de abril de 2007. Resultados: Restringindo aos afastamentos por HAS primária, constatou-se que apenas 0,04% dos auxílios-doença concedidos nos doze meses anteriores ao NTEP foram acidentários, enquanto 6,3% tiveram o nexo aplicado de abril de 2007 a março de 2008. Discussão: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a doença que mais afasta trabalhadores dentro do grupo das doenças do aparelho circulatório. A exposição ocupacional continua sendo um fator determinante para a implantação do nexo com base nas listas B e C do Decreto 3.048/1999. A introdução do NTEP parece ter tido um resultado satisfatório ao diminuir o grau de subnotificação da hipertensão de natureza ocupacional na Previdência Social brasileira, contudo ainda é necessário estudar melhor o tema, inclusive investigando por que diminuíram tanto e tão rapidamente os auxílios-doença por HAS no período. Conclusão: Mesmo tendo o viés de não abranger toda a população economicamente ativa brasileira, pode-se perceber o aumento da concessão dos benefícios do tipo acidentário, mostrando que a hipertensão essencial é uma doença que afasta muitos trabalhadores, tanto na espécie previdenciária como na acidentária. Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, Aposentadoria, Benefício Acidentário, Previdência Social.

TEMA: REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA.

ALUNO: VINICIUS RODRIGUES DE CASTRO SILVA

ORIENTADOR: IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO Este trabalho de revisao sistêmica e bibliográgica procurou investigar a pneumonia associada a ventilacao mecanica (PAVM) e seus aspectos inerentes. A PAVM e uma infeccao hospitalar. Ela aparece em 48-72 horas após intubação orotraqueal e instituicao de VM invasiva. Sua incidencia varia de 9% a 68%, dependendo do metodo diagnostico utilizado e da população estudada. Os fatores de risco para a PAVM sao classificados como modificaveis, como as medidas de prevençãoe os nao modificaveis, que compreendem aqueles inerentes ao hospedeiro e presenca de co-morbidades. Várias são as complicações que essa patologia pode trazer, como aumento nos dias de internação e de VM, aumento dos custos com esse paciente e aumento da mortalidade. O diagnostico clinico da PAVM e de dificil realização, pela dificuldade de realizar diagnostico diferencial com as infecções de vias aéreas inferiores. Enfase em estrategias preventivas parece ser um modo razoavel de controlar e limitar as consequencias negativas da PAVM. Entre estas estratégias citam-se: a higienização oral, a aspiração de secreçõs, a limpeza previa dos equipamentos utilizados, higienização das mãos, monitorização da pressão do balonete, posicionamento semirrecumbente, entre outros. O tratamento da PAVM e de dificil escolha, pois o atraso na administracao e/ou um tratamento inapropriado estao associados ao aumento da mortalidade e as implicacoes na emergencia de organismos multirresistentes. Conclui-se que a prevençãoe a melhor escolha para lidar com essa doenca, fazendo-se necessario que profissionais da area de saúde que trabalham no ambiente hospitalar e, principalmente, dentro de uma UTI, adotem medidas de prevencao da PAVM a fim de reduzir os riscos para a sua ocorrencia e evitar seu aparecimento, contribuindo assim para um melhor prognostico do paciente. Palavras-chave: Pneumonia; Ventilacao mecanica; Unidade de Terapia Intensiva.

TEMA: PREVALÊNCIA DE IMOBILIDADE E SÍNDROME DA IMOBILIZAÇÃO NO CENTRO GERIÁTRICO DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO EM SALVADOR/BA.

ALUNO: LUCAS SANTOS LIMA

ORIENTADOR: MANUELA OLIVEIRA DE CERQUEIRA MAGALHÃES

RESUMO Introdução: É notório perceber que a população idosa no Brasil vem crescendo a cada dia e deverá ser assim por mais ou menos duas décadas. Acompanhando esse crescimento, observa-se um aumento na morbimortalidade por doenças não transmissíveis, como exemplo, as crônico-degenerativas.Diante desse quadro, torna-se necessário uma maior atenção para com a saúde do idoso que representa, atualmente, 10% da população e em 2030, 18,7%. Objetivos: Quantificar os casos de imobilidade e síndrome da imobilização em idosos institucionalizados em um centro geriátrico filantrópico de Salvador/BA. Metodologia: Tratou-se de um estudo do tipo descritivo com dados secundários baseado em informações registradas em 168 prontuários padronizados e organizados. Os instrumentos de coleta foram: nome, idade, sexo, estado civil, dados da lista de problemas que contenham diagnóstico final de Síndrome da Imobilidade, Imobilidade e restrição da mobilidade, sendo a restrição computada apenas para comparação dessa condição entre as enfermarias. Foram coletados, para os pacientes portadores de SI, dados do exame físico geriátrico que relatassem diagnóstico dos critérios maiores e menores. Resultados: Dos 168 pacientes, cento e onze (111/ 66,07%) eram do sexo feminino e cinquenta e sete (57/ 33,93%) do masculino. Do total de enfermos estudados, quarenta e dois (42/ 25%) pacientes possuem imobilidade, sendo onze (11/ 26,19%) do sexo masculino e trinta e dois (32/ 76,19%) do feminino. Vinte e seis (26/ 15,5%) apresentaram a síndrome da imobilização diagnosticada. Desses, dez (10/ 38,46%) são homens e dezesseis (16/ 61,53%) são mulheres. Cem pacientes (100/ 59,5%) não apresentaram nenhuma das duas patologias, sendo trinta e seis (36/ 21,4%) do sexo masculino e sessenta e quatro (64/ 38,1%) do feminino. Discussão: A atuação interligada da equipe multiprofissional, atuando na prevenção,garantindo a hidratação, nutrição, ritmo intestinal, controle adequado da dor, sono adequado, conforto externo e evitando a polifarmacologia desnecessária, é uma das possíveis explicações para os dados sobre SI achados. Vale ressaltar que o equívoco da equipe poderia ser levado em questão, causando o resultado de menor prevalência da SI, mas que se associado à Imobilidade poderá chegar a um dado máximo de sessenta e oito (68/ 40,4%) de pacientes acamados.Em todas as estatísticas estudadas e também do total de pacientes internados, houve a predominância do sexo feminino, confirmando o que há na literatura sobre a feminização na terceira idade. Em relação ao estado civil analisado observou-se a alta prevalência de idosos solteiros na instituição que possuíam, ou não patologia. Conclusão: Observou-se que a prevalência dessas duas doenças crônico-degenerativas é alta e requer uma atenção por parte das equipes de saúde multidisciplinares dos hospitais para sua prevenção. A prevenção do surgimento de Imobilidade e dessa, uma evolução para SI, foi à solução encontrada na literatura, uniformemente, para a redução

da alta prevalência dessas comorbidades. Porém, tal intervenção, requer um maior conhecimento das equipes de saúde sobre essas duas doenças, atuando de forma positiva em evitar a instalação dessas patologias e melhorando a qualidade de vida desses pacientes, conduzindo-os a uma morte assistida e procurando diminuir seus sofrimentos biopsicossociais. Palavras-chave: Idoso, Instituição, Prevalência, Imobilidade e Síndrome da Imobilização.

TEMA: AVALIAÇÃO DAS TENDÊNCIAS TEMPORAIS DA MORBIMORTALIDADE DAS FORMAS GRAVES DE LEPTOSPIROSE EM SALVADOR DE 1996 A 2010.

ALUNO: EUGÊNIO ANTÔNIO MASCARENHAS COLONNEZI

ORIENTADOR: PROF. DR. GUILHERME RIBEIRO

COORIENTADOR: JOSÉ HAGAN

RESUMO Objetivo: Estudar as tendências temporais dos indicadores da morbimortalidade das formas graves da leptospirose em Salvador no período de 1996 a 2010. Metodologia: Utilizou-se o método epidemiológico do tipo "estudo ecológico". As informações foram coletadas do banco de dados originados pelo Projeto de Vigilância ativa para leptospirose, que é realizado em Salvador, desde 1996. Esse banco de dados tem informação sobre os desfechos clínicos, incluindo morte, de cada caso de leptospirose identificado durante esse período. Para o cálculo de incidência e mortalidade, foram utilizadas as contagens populacionais de Salvador de 1996 a 2010. Fez-se, posteriormente, a análise temporal dos taxas de adoecimento e morte devido ao leptospirose, para grupos separados por sexo e faixa etária. Resultados e Discussão: o estudo realizado com 2192 pacientes diagnosticados com leptospirose apontou para uma queda geral na incidência e mortalidade da doença para ambos os sexos e todas as faixas etárias, no decorrer dos quinze anos estudados. Discutiu-se as potenciais causas dessa redução. O risco de doença e mortalidade de leptospirose variou muito entre grupos de sexo e faixa etária. Conclusão: Apesar de haver um indicativo de melhoria na epidemiologia da doença em Salvador, comentou-se sobre a necessidade da definição dos fatores de risco que se mantém determinantes para a contaminação da população estudada. Medidas de saúde pública dirigidas a esses grupos de risco são necessários a fim de reduzir o impacto do leptospirose em Salvador, Bahia. Palavras-chave: Leptospirose; epidemiologia; morbimortalidade; Salvador, Bahia.

TEMA: ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMPLICAÇÕES EM LIPOABDOMINOPLASTIA, ABDOMINOPLASTIA E ABDOMINOPLASTIA COM LIPOASPIRAÇÃO DE FLANCOS.

ALUNA: SUYÃ FERREIRA LESSA LIMA

ORIENTADOR: PROF. DR. VINICIO MOITINHO DO CARMO

RESUMO Introdução: A procura pela cirurgia estética tem aumentado significativamente em todo o mundo nos últimos anos. São esperados resultados cada vez melhores: abdomes com contornos definidos, cicatrizes menores, períodos de recuperação pós-operatórios mais curtos e, principalmente, redução das complicações dos procedimentos. Objetivo: Esta revisão tem como principal objetivo comparar, através de uma revisão sistemática,a ocorrência de complicações cirúrgicas entre lipoabdominoplastia, abdominoplastia convencional e abdominoplastia com lipoaspiração de flancos. Método: O método de pesquisa utilizado tratou-se de um estudo de revisão sistemática da literatura científica desenvolvido conforme as recomendações propostas pela Colaboração Cochrane. Com base na pergunta científica, foram pré-selecionados 15 artigos que atenderam aos critérios de inclusão e destes, 6 trabalhos foram escolhidos para serem analisados. Resultados e Discussão: Os artigos incluídos serão apresentados em um quadro que destacará suas características principais. Os resultados serão então apresentados após comparação entre os estudos, sendo apresentados os valores obtidos pelos autores. Após a análise dos estudos, foi possível notar a similaridade entre os resultados obtidos pelos autores: foi notada a diminuição significativa do número de complicações consequentes da cirurgia de contorno abdominal com o desenvolvimento da nova técnica. Não foram encontrados artigos que relatassem a ocorrência de complicações na abdominoplastia com lipoaspiração de flancos. Conclusão: A lipoabdominoplastia tem se mostrado uma técnica cirúrgica mais fisiológica é versátil que diminui drasticamente a incidência de complicações, estende um campo de indicações mais amplo, incluindo pacientes obesos e superobesos, e simplifica a cirurgia de contorno abdominal ao mesmo tempo em que oferece um melhor resultado estético e com uma recuperação mais rápida. Palavras-chave: Abdominoplastia, Lipoabdominoplastia, Lipoaspiração de Flancos, Complicações.

TEMA: PROTEÍNA C-REATIVA E DISFUNÇÃO ENDOTELIAL EM MULHERES COM EXCESSO DE PESO.

ALUNO: RAPHAEL RIBEIRO SAMPAIO

ORIENTADOR: ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA

RESUMO Introdução: A obesidade é uma doença complexa, multifatorial, possui caráter inflamatório e está associada à maior risco cardiometabólico. Existem recentes relatos que associam uma elevação de Proteína C-Reativa (PCR) a disfunção microscópica do endotélio. Objetivos: Avaliar se existe associação entre níveis séricos de PCR e função endotelial em mulheres com sobrepeso/obesidade, bem como entre PCR e variáveis antropométricas e entre função endotelial e uso de anti-hipertensivos, hipolipemiantes ou hipoglicemiantes. Metodologia: Estudo de corte transversal que analisou dados secundários de pacientes atendidas no Ambulatório Docente Assistencial da Bahiana (ADAB), como parte do Projeto “Excesso de peso e doença cardiometabólica” (PEPE) previamente aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Foram incluídas no estudo pacientes com sobrepeso/obesidade que tinham PCR e exames de função endotelial já realizados e inseridos no banco de dados do PEPE. Foram excluídas pacientes com PCR ≥ 10 mg/L ou que estavam em uso de medicamentos anti-inflamatórios. Dosagem de PCR foi realizada por nefelometria. Avaliação da função endotelial foi realizada por ecocardiografista, através de ultrassom de alta resolução, constando de duas etapas: Hiperemia Reativa (Vasodilatação endotélio-dependente) e Vasodilatação Arterial não dependente do endotélio. Todos os exames foram gravados e posteriormente analisados pelo mesmo ecocardiografista que realizou o exame. Análise estatística foi realizada no software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 14. As variáveis quantitativas foram expressas em média ± desvio-padrão acrescidas da mediana e amplitude interquartil caso distribuição anormal. Para comparação de duas médias foi utilizado o teste t de Student caso distribuição normal de variáveis contínuas e Wilcoxon-Mann-Whitney, se assimetria de distribuição de variáveis contínuas. Para correlações foram utilizados o teste de Pearson para variáveis com distribuição normal e Spearman para as não paramétricas. Foram considerados estatisticamente significantes valores de p<0,05. Resultados: A população foi exclusivamente feminina, não tabagista com um Índice de Massa Corpórea (IMC) de 32,37 ± 5,06 kg/m2, com mediana de PCR igual a 2,59 mg/L e dilatação mediada por fluxo (DMF) igual a 8,75% ± 5,22%. Foi encontrada uma tendência associativa entre PCR e IMC (rs = 0,309; p = 0,06), bem como PCR e Circunferência abdominal (rs = 0,281; p = 0,09). Não houve correlação entre PCR e disfunção endotelial na população avaliada. Não houve diferenças das variáveis de disfunção endotelial e nem de PCR nos grupos em uso ou não de medicações (hipolipemiantes, hipoglicemiantes e anti-hipertensivos). Conclusão: Não foi possível comprovar a associação entre níveis de PCR e disfunção

endotelial. Por outro lado, a tendência de associação entre PCR com IMC e CA, pode sugerir que a obesidade influencia na resposta inflamatória sistêmica. Palavras-chave: Obesidade. Disfunção endotelial. Proteína C-reativa.

TEMA: IMPACTO DA ANTIBIOTICOTERPIA EM PACIENTES INTERNADOS COM LEPTOSPIROSE EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM SALVADOR-BA.

ALUNA: CAMILA TALITA MACHADO BARBOSA

ORIENTADOR: PROF. DR. EVERALDO COSTA

RESUMO Leptospirose é uma zoonose de ampla distribuição global, particularmente mais comum nos trópicos, onde as condições para transmissão são favoráveis. No Brasil, ocorrem epidemias anuais em grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Até os dias atuais existe uma grande discussão sobre a eficácia da antibioticoterapia nos pacientes com diagnóstico de leptospirose. Atualmente, o tratamento de pacientes com manifestações graves da leptospirose se baseia em estudos inconclusivos, no qual o uso de penicilina G e outros antibióticos não se respalda em evidências clínicas substanciais. O presente estudo tem como objetivo comparar a letalidade entre os pacientes que usaram e os que não usaram antibiótico na fase precoce da doença (≤ 4dias) e comparar a letalidade desse grupo com a verificada entre os pacientes internados no mesmo período na fase tardia da doença (mais de quatro dias de início dos sintomas) no Hospital Couto Maia, Salvador –BA. Realizou-se um estudo de corte transversal com componentes descritivo e analítico. Foi estimada a freqüência de uso de antibiótico nos pacientes internados com duração de sintomas ≤ 4 dias , bem como sua associação com óbito. Também foi descrito a freqüência de cada antibiótico usado no Hospital Couto Maia. O presente estudo mostrou que o antibiótico de escolha foi ceftriaxona em 55,5% dos casos, seguido de penicilina (22,2%) e pela troca de penicilina por ceftriaxona (13,8%). Um paciente fez uso de ampicilina (1,4%). Setenta e dois pacientes se internaram no HCM no período compreendido entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011, com duração de sintomas ≤ 4 dias. Dos 72 pacientes, 67 (93,1%) fizeram uso de antibiótico durante o internamento, com 4 (5,5%) óbitos. Cinco pacientes (6,9%) não fizeram uso de nenhum antibiótico, com 1 (1,4%) óbito nesse grupo. Esse estudo mostrou não haver significância estatística entre o uso de antibióticos nos quatro primeiros dias de sintomas e óbito (p = 0,310). Também foi avaliado duração de sintomas ≤ 4 dias e duração > 4 dias com óbito (nesse mesmo período de estudo, foram internados 191 pacientes que apresentavam mais de 4 dias de duração dos sintomas à admissão com 21 (10,9%) óbitos nesse grupo). Quando comparado duração dos sintomas (≤ 4 dias e > 4dias) com óbito não foi observado diferença estatisticamente significante (p= 0,487). O presente estudo não observou qualquer efeito benéfico do uso de antibiótico nos 4 primeiros dias de doença com óbito, assim como também não observou efeito benéfico do uso de antibiótico na fase tardia da doença. Sendo assim, pode-se deduzir que o uso de antimicrobianos tanto na fase precoce quanto na fase tardia da doença deve ser reavaliada já que não altera a incidência de óbito nos mesmos, porém outros estudos devem ser realizados para confirmação ou não dos resultados apresentados nesse estudo. Palavras-chave: Antibioticoterapia. Letalidade. Penicilina. Ceftriaxona. Leptospira interrogans.

TEMA: ALTERAÇÕES LABORATORIAIS NA ADMISSÃO HOSPITALAR EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO FINAL DE LEPTOSPIROSE.

ALUNO: RAFAEL SEQUEIRA AYROSA

ORIENTADOR: PROF. DR. EDILSON SACRAMENTO

RESUMO Introdução: A Leptospirose é uma zoonose causada pela espiroqueta do gênero Leptospira. O contágio se dá através do contato com água de chuvas contaminas com urina de rato contendo a espiroqueta. A infecção pode ser desde subclínica até formas graves e fatais. Os principais órgãos atingidos são os músculos, os rins, o fígado e nos casos mais fatais envolve o pulmão. Diversas alterações laboratoriais podem ser encontradas, como no hemograma, plaquetas, enzimas hepáticas, bilirrubinas, creatinina, sódio, potássio e albumina. Objetivo: verificar as alterações laboratoriais na admissão hospitalar e relacioná-las com o óbito. Métodos: O estudo analisou 265 pacientes internados no Hospital Couto Maia com diagnóstico final de leptospirose, onde foram analisadas frequências absolutas e relativas de dados demográficos, médias de dados laboratoriais e comparadas as médias na alta e no óbito de tais dados. Resultados: Os pacientes eram em sua grande maioria do sexo masculino (86,8%); 62,3% tinham menos de 40 anos de idade. Os dados laboratoriais realizados na admissão mostraram, em grande parte dos pacientes: hemoglobina e hematócrito baixo, leucocitose, plaquetopenia, o AST, o ALT e as bilirrubinas elevados, ureia e creatinina elevadas e hipoalbuminemia. 9,9% dos pacientes foram a óbito e os fatores que influenciaram em tal prognóstico foram a idade superior a 40 anos, a plaquetopenia, elevação de AST e níveis baixos de albumina, todos estes dados mostrando significância estatística (p<0,05). Conclusão: devemos dar uma maior atenção e uma melhor monitorização aos pacientes com idade superior a 40 anos, pacientes com plaquetopenia, com AST muito elevados e com hipoalbuminemia, pois estes mostraram influenciar negativamente no prognóstico da Leptospirose. Palavras-chave: leptospirose, alterações laboratoriais, plaquetas, AST, albumina, óbito.

TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE HIPERTROFIA ADENOTONSILAR E DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO EM CRIANÇAS.

ALUNA: MELINA PINILLOS MARAMBAIA

ORIENTADOR: DR. AMAURY DE MACHADO GOMES

RESUMO Introdução: Os distúrbios respiratórios do sono (DRS) podem levar a déficits na cognição, comportamento e metabolismo das crianças portadoras. O ronco primário (RP) e a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) são os mais freqüentes DRS em crianças, principalmente na faixa pré escolar. A hipertrofia adenotonsilar (HAT) é a sua principal causa, sendo a polissonografia o exame padrão ouro para o diagnóstico e a adenotonsilectomia o tratamento de escolha. Objetivos: Avaliar o grau de obstrução das tonsilas palatinas e faríngeas de crianças com DRS, comparar este grau entre crianças com SAOS e RP e correlacionar o grau das adenotonsilas com a polissonografia. Metodologia: Estudo descritivo a partir de variáveis armazenadas em banco de dados utilizado para dissertação de mestrado “Qualidade de vida em crianças com Distúrbios respiratórios do sono”, sem acréscimos de novos dados e com a mesma análise estatística. A amostragem foi consecutiva de demanda espontânea em crianças com história de roncos e/ou apneia, com hiperplasia das tonsilas palatinas ou adenoides. O grau de obstrução das tonsilas palatinas foi identificado pela classificação de Brodsky e das tonsilas faríngeas (adenoide) foi aferido pela videonasofibrolaringoscopia. O diagnóstico de SAOS e RP foi realizado através da PSG. Resultados: O banco de dados era composto por 59 crianças com média de idade entre 6,7±2,26 anos. RP foi encontrado em 44 crianças (74,6%), SAOS em 15 (25,6%); sendo graus: leve 6 crianças (10,2%), moderado em 1 (1,7%) e acentuado em 8 (13,6%). Os graus III e IV de obstrução das tonsilas faríngeas e palatinas foram predominantes nos DRS (respectivamente: 71,2% e 76,3%), não havendo diferença estatisticamente significante entre os grupos com RP (p=0,74) e SAOS (p=0,09). Não houve correlação entre os graus de obstrução das tonsilas faríngeas e palatinas com o IA, IAH e nadir SpO2 da polissonografia. Conclusão: Os graus III e IV de hipertrofia adenotonsilar foram os predominantes nos DRS, o grau de obstrução das tonsilas faríngeas e palatinas não foi suficiente para diferenciar RP e SAOS e não houve correlação entre o IA, IAH e nadir SpO2 com o grau de hipertrofia adenotonsilar. Palavras-chave: Tonsilas; Crianças; Apneia do sono; Ronco; Distúrbio respiratório do sono.

TEMA: DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO REFRATÁRIA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA.

ALUNA: LORENA BARRETO MENDONÇA

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO

RESUMO Introdução: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma afecção cada vez mais prevalente na prática médica, sendo constituída pela esofagite erosiva e pela forma não-erosiva. Muitos pacientes vêm apresentando resistência ao tratamento convencional com a utilização dos inibidores da bomba de prótons, sendo considerados portadores da DRGE refratária. Vários mecanismos são propostos para explicar essa refratariedade, como refluxo não-ácido, hipersensibilidade visceral, esvaziamento gástrico retardado e fatores psicossociais. As opiniões em relação à doença refratária que vão desde a sua definição até a conduta terapêutica são bastante controversas. Objetivo: investigar o estado da arte em relação ao tratamento da doença do refluxo gastroesofágica refratária, na tentativa de encontrar uma melhor alternativa terapêutica para a resolução dessa patologia. Metodologia: realização de uma revisão sistemática, com a busca de ensaios clínicos no banco de dados PUBMED publicados até abril de 2012, utilizando os seguintes termos: “refractory GERD/GORD/NERD treatment”, “GERD difficult control”, “GERD resistance”, “PPI failure”. Foi realizada a seleção dos artigos à partir dos critérios de inclusão e exclusão e a análise dos artigos baseados no escore de Jadad. Conclusão: Aparentemente a fundoplicatura apresenta melhores resultados, apesar dos efeitos adversos decorrentes do procedimento cirúrgico, no entanto, a dose dobrada do IBP ainda prevalece no tratamento dos sintomas refratários na prática clínica. Necessita-se de mais estudos na literatura que comparem a eficácia, a segurança e o custo-benefício dos tratamentos medicamentosos e cirúrgicos. Palavras-chave: DRGE refratária, DRNE, IBPs, fundoplicatura, refluxo não-ácido.

TEMA: ANÁLISE DAS CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS AO USO DO CATETER DE ARTÉRIA PULMONAR.

ALUNA: MILENA DE LUCENA GAMA

ORIENTADOR: DR. ANTÔNIO JORGE BARRETTO PEREIRA

RESUMO Introdução: Inserido em 1970, o cateter arterial pulmonar (CAP) foi o primeiro dispositivo clínico a permitir monitorização do débito cardíaco à beira do leito, e desde então manteve-se como o dispositivo padrão para esta finalidade. Não há evidencia de beneficio no desfecho mortalidade entre os pacientes que fazem uso do CAP. Há, em contrapartida, relatos limitados de aumento de morbidade e mortalidadeassociadosao procedimento. Não existem indicações estritas para uso do CAP, devendo a decisão para cateterização ser tomada de acordo com os riscos individuais de falência cardiocirculatória. Objetivo: Descrever as condições clínicas associadas à indicação do uso do CAP; o intervalode tempo entre o início da disfunção orgânica e a inserção do cateter; o tempo de permanência do cateter nos pacientes e avaliar o percentual de pacientes que receberam CAP no período. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com coleta de dados retrospectiva, que analisou 120 pacientes maiores de 18 anos que receberam CAP no período de primeiro de Janeiro de 2007 e primeiro de Agosto de 2011, enquanto estavam admitidos no CTI Geral do Hospital Espanhol em Salvador, Bahia, Brasil. A coleta de dados se fez por meio do banco de dados digital do CTI (Epimed), do PAGU (Programa de Gerenciamento da Unidade) e dos prontuários dos pacientes elencados. Dados analisados:dados biológicos, origem do paciente, comorbidades, tipo de internação, diagnóstico primário e secundário,dados laboratoriais, APACHE II, SOFA, complicações relacionadas ao procedimento,terapêuticas utilizadas e tempo de inserção e permanência do CAP a contar da internação do paciente no CTI. Resultados: Os 120 pacientes que receberam CAP corresponderam a 8,1% de todos os pacientes internados no CTI Geral no período.A mediana da idade dos pacientes foi de 66 anos com intervalos interquartis de 50 e 77,8. A amostra revelou distribuição de 50,8% homens e 49,2% mulheres. O tipo de internação foi clínica em 56,7% da população e o diagnóstico primário mais prevalente foi de sepse (55%).Todos os pacientes foram submetidos à ventilação mecânica e um não utilizou drogas vasopressoras. A mediana do APACHE II foi de 18 com intervalos interquartis de 15 e 22,5. A mediana do SOFA foi de 8 com intervalos interquartis de 6 e 9. Os motivadores mais importantes para a indicação de CAP foram choque (21,8%); choque, oligúria e hiperlactatemia (21%); e choque e hiperlactatemia (20,2%). O intervalo de tempo entre o início do choque e a passagem do CAP teve uma mediana (em horas) de 4,0 com intervalos interquartis de 2,0 e 6,0.O tempo de permanência do CAP nos pacientes teve mediana (em dias) de 2,0 com intervalos interquartis de 1,5 e 3,0. Conclusão: O perfil dos pacientes que utilizaram o CAP para as variáveis estudadas condizem com a literatura revisada.Mais da metade dos pacientes tiveram internação clínica (56,7%) e a quase totalidade (90,8%) apresentou como diagnóstico primário choque ou sepse A presença de choque (em associação ou não com oligúria ou hiperlactatemia) foi o que mais motivou os intensivistas a utilizarem o cateter de artéria pulmonar. Palavras-chave: Cateter de artéria pulmonar. Monitorização hemodinâmica.Centro de terapia intensiva. Características clínicas. Choque.

TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE MORBIMORTALIDADE E EXCISÃO PRECOCE EM QUEIMADURAS DE 2º GRAU PROFUNDO E3º GRAU.

ALUNA: MILENA DAHIA GARBOGGINI

ORIENTADOR: PROF. DR. JIUSEPPE BENITIVOGLIO GRECO JÚNIOR

RESUMO Materiais e métodos: O estudo consiste numa revisão sistemática associada à metanálise quantitativa e qualitativa que propõe realização da análise de dados referentes a terapia de excisão precoce presentes em publicações. Os artigos foram buscados com o objetivo de conhecer à associação entre morbimortalidade e terapia de excisão precoce da população caracterizada como queimados de 2º grau profundo e 3º grau no decorrer das décadas de prática, desde sua reintrodução como terapia em 1970. O desfecho primário foi mortalidade e os desfechos secundários foram: números atos cirúrgicos, tempo de internação, presença de infecção no leito da ferida, desenvolvimento de sepse, choque, requerimento sanguíneo, insuficiência renal e infecção respiratória. Foram selecionados cinco ensaios clínicos randomizados para serem incluídos no trabalho. Resultados : Os artigos selecionados para fazerem parte desse estudo respeitaram os tempos ideais para a técnica de excisão precoce, sendo de 72h e ampliado para sete dias no artigo de Engrav et al.6 Os pacientes incluídos nos artigos selecionados eram em sua maioria, adultos e do sexo masculino. As principais formas de lesões apresentadas foram devido a chama e a lesões por escaldo descritas nos artigos de Engrav et al e Sorensen et al.6,23A análise dos valores de mortalidade foi separada entre grupos:sem e com inalação de fumaça. No primeiro, a análise mostrou que o risco relativo obtido ao comparar as terapias foi de 0.68 com 95% CI de 0.43 a 1,08 demonstrando um decrescimento nos valores no grupo que realizou a terapia de excisão. O índice de heterogeneidade mostrado foi de 0% o que representa credibilidade dos resultados encontrados (p=0.41). No segundo, a análise mostrou risco relativo ao compará-los de 1.11 com 95% CI de 0.63 a 1.97. O índice de heterogeneidade mostrado foi de 0% com o p= 0.37, o que representa credibilidade dos resultados encontrados. Também houve análise de mortalidade do grupo somente de adultos com e sem inalação. O resultado obtido para o primeiro foi de 1.11 com 95% CI de 0.63 a 1.97 e o do segundo de 0.53 com 95% CI de 0.28 a 1.01. Ambos os índices de heterogeneidade foram 0%. Outro valor analisado foi mortalidade entre adultos e crianças sem inalação de fumaça, sendo risco relativo de 0.93 com 95% CI de 0.46 a 1.86. O índice de heterogeneidade encontrado foi de 0%.(p=0.33) Com a análise de tempo de internação foi demonstrado que houve uma queda nos níveis, quando se realizou a técnica cirúrgica com um valor de diferença média de 8.82 com intervalo 95% CI de 9.7 a 7.94. (p=0.0001) Conclusão: Foram buscados ensaios clínicos randomizados que se enquadravam na metodologia descrita desde o ano de 1970 até os dias de hoje. Na busca, somente artigos antigos foram encontrados, todos datando da década de 80. Isso acabou dificultando um pouco a transposição dos dados obtidos para os dias atuais, devido o contínuo inovar da prática médica com medicamentos e suportes de vida, mas os resultados obtidos foram aqueles esperados para a realidade da terapia, concluindo-se ser esta a melhor opção. Palavras-chave: Queimaduras. Excisão precoce. Terapia convencional.

TEMA: NEXO TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO EM BENEFÍCIOS POR HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.

ALUNA: CAMILA BULHÕES DE SOUSA SANTA INÊS

ORIENTADOR: PROF. DR. BRUNO GIL DE C. LIMA

RESUMO Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença que tem tido sua prevalência aumentada nos últimos anos. É uma patologia multifatorial, relacionando com fatores modificáveis no estilo de vida e causas ambientais, como a profissão exercida. A hipertensão pode deixar o doente incapacitado para o trabalho, o que fará com que ele busque o benefício na Previdência Social. Quando essa incapacidade é relacionada com o trabalho, o beneficio é concedido em espécie acidentária. Antes de abril de 2007, para caracterizá-lo assim, era necessária a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho. A partir desta data, foi instituído o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), no qual o perito tem a capacidade de estabelecer o nexo do agravo. As mudanças alteraram as proporções entre os benefícios e garantiram benefícios ao trabalhador. Objetivo: Calcular a proporção de benefícios acidentários dentre os concedidos por Hipertensão Arterial Sistêmica pelo Instituto Nacional do Seguro Social. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de morbidade do tipo série temporal tendo como base os dados dos segurados da Previdência Social no Brasil que entraram em gozo de benefícios por incapacidade. Foram comparadas as proporções de benefícios acidentários entre os doze meses que antecederam e os que sucederam as alterações normativas e sistêmicas de abril de 2007. Resultados: Restringindo aos afastamentos por HAS primária, constatou-se que apenas 0,04% dos auxílios-doença concedidos nos doze meses anteriores ao NTEP foram acidentários, enquanto 6,3% tiveram o nexo aplicado de abril de 2007 a março de 2008. Discussão: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a doença que mais afasta trabalhadores dentro do grupo das doenças do aparelho circulatório. A exposição ocupacional continua sendo um fator determinante para a implantação do nexo com base nas listas B e C do Decreto 3.048/1999. A introdução do NTEP parece ter tido um resultado satisfatório ao diminuir o grau de subnotificação da hipertensão de natureza ocupacional na Previdência Social brasileira, contudo ainda é necessário estudar melhor o tema, inclusive investigando por que diminuíram tanto e tão rapidamente os auxílios-doença por HAS no período. Conclusão: Mesmo tendo o viés de não abranger toda a população economicamente ativa brasileira, pode-se perceber o aumento da concessão dos benefícios do tipo acidentário, mostrando que a hipertensão essencial é uma doença que afasta muitos trabalhadores, tanto na espécie previdenciária como na acidentária. Palavras-chave: Hipertensão arterial sistêmica. Nexo técnico epidemiológico previdenciário. Aposentadoria. Benefício acidentário. Previdência social.

TEMA: ESTUDO DA COINFECÇÃO DO VÍRUS C DA HEPATITE (VHC) E HTLV – 1 (HUMAN T LYMPHOTROPIC VIRUS TYPE 1) NO SERVIÇO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO EM SALVADOR, BAHIA.

ALUNA: TAMI DE OLIVEIRA RIBEIRO DA CRUZ

ORIENTADOR: DR. MARCELO COSTA SILVA

RESUMO Introdução: A infecção pelo vírus linfotrópico de células T do tipo 1 (HTLV-1) tem alta prevalência na América do Sul.Na Bahia, estudo de base populacional revelou prevalência de 1,8% na população geral. A infecção pelo vírus C da hepatite surge como uma das infecções que apresenta rota de transmissão semelhante ao HTLV-1. Alguns estudos têm demonstrado alta freqüência de coinfecção entre o HTLV-1 e o VHC em regiões endêmicas, porém pouco se tem publicado acerca dos efeitos desta interação. Estudos preliminares sugerem uma maior evolução para CHC em pacientes coinfectados, sendo identificada alta prevalência da coinfecção em portadores do CHC submetidos a transplante hepático no Japão. Objetivo: Estimar a prevalência da coinfecção pelo vírus C da hepatite (VHC) e vírus HTLV-1 em pacientes atendidos em serviço de referência de transplante hepático em Salvador-BA e também a prevalência da infecção pelo vírus C e vírus B da hepatite nessa população. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com coleta de dados retrospectiva que foram colhidos a partir da revisão de prontuários médicos dos pacientes em lista do ambulatório de Transplante Hepático do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgar Santos da Universidade Federal da Bahia e de pacientes transplantados do Serviço de Transplante Hepático do Hospital Português, sendo esse uma extensão do primeiro. A amostra do estudo foi selecionada por demanda espontânea. Participaram do estudo 284 pacientes. Dados analisados: sexo, idade, sorologia para VHC, VHB, HIV, HTLV-1, indicação, status e data do transplante. Resultados: Dos 284 pacientes, 113 já transplantados com média de idade de 49,03 anos + 12,6. A maior parte desse grupo tinha sorologia positiva para VHC com 45 (39,8%) infectados, seguidos de 7 (6,2%) pelo VHB e 1 (0,9%) pelo HTLV-1. Nenhum paciente transplantado era coinfectado. Todos os pacientes apresentaram sorologia negativa ou indeterminada para o HIV. Dos 171 pacientes em lista de transplante, a média de idade foi de 51,25 + 11,8. 76 (44,4%) dos pacientes tinham infecção pelo VHC, 7 (4,1%) para o VHB e 1 (0,6%) para o HTLV-1. A coinfecção esteve presente em apenas 1 paciente, mas o mesmo não apresentava CHC como indicação de transplante. Todos os pacientes em lista de transplante apresentam sorologia negativa ou indeterminada para o HIV A maioria dos pacientes analisados, 77 (27,1%) tiveram a DAF isoladamente como indicação de transplante, seguidos da cirrose pelo VHC isoladamente 70 (24,6%), associação de DAF e cirrose pelo VHC 30 (10,6%), CHC 21 (7,4%), cirrose pelo VHB5 (1,8%) e cirrose pelo VHB associado a DAF 2 (0,7%). Outras causas totalizaram 79 (27,8%) dos pacientes. Conclusão: Não encontramos alta prevalência da coinfecção entre o vírus C da Hepatite e o HTLV-1 em indivíduos transplantados e em lista de transplante, apesar da alta prevalência destas infecções na Bahia. Os resultados sugerem que a infecção pelo HTLV-1 poderia influenciar na evolução da infecção pelo vírus C da hepatite por conta de desordens imunológicas determinadas por este vírus. Palavras-chave: Prevalência. Coinfecção Vírus C da hepatite e HTLV-1. Carcinoma hepatocelular. Transplante hepático.

TEMA: O ESTADO DA ARTE SOBRE A TEORIA DOS NEURÔNIOS EM ESPELHO E OS TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA.

ALUNA: CAROLINA SALLES DE ANDRADE

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MILENA PEREIRA PONDÉ

RESUMO Introdução: O autismo apresenta como manifestações clínicas: interesses restritos e estereotipados, redução da interação social e déficit cognitivo. A partir destas características, várias teorias já foram estudadas para explicar a fisiopatologia desta desordem. Atualmente, a teoria do “espelho quebrado”, postula que indivíduos autistas possuem uma disfunção dos neurônios em espelho (NE), que são neurônios localizados principalmente nos lobos temporais e frontal dos humanos, responsáveis pelos mecanismos de imitação, empatia e interação social, características disfuncionais em autistas. Diversos estudos demonstraram através de experimentos com ressonância magnética funcional (RMf), a inativação de áreas de NE em autistas. Existem, contudo, divergências na literatura quanto à causa do transtorno do espectro autista. Objetivo: Descrever a teoria dos neurônios em espelho como modelo explicativo para os transtornos do espectro autista. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada no período de Outubro de 2011 à Abril de 2012, através de uma busca por artigos científicos nas bibliotecas virtuais: PubMed, Bireme, Cochrane e Scielo, utilizando as palavras chaves: “mirror neuron and autism and human”. Foram encontrados 115 artigos, dos quais, 8 se adequaram aos critérios pré-estabelecidos, como artigos com ensaios experimentais, publicados a partir do ano de 2006, na língua inglesa, utilizando um grupo autista e um grupo controle avaliados através de RMf. Resultados: Obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 8 artigos, a partir dos 115 encontrados. Os artigos foram analisados quanto à comparação de um grupo autista à um grupo controle, às áreas cerebrais analisadas e ao experimento feito para avaliar a ativação destas áreas através da RMf. Dentre eles, 4 artigos demonstraram a hipoativação de áreas de NE, descrevendo a teoria dos NE como causa do transtorno do espectro autista (TEA). 3 artigos obtiveram ativação dos NE durante as atividades propostas, defendendo uma ativação atípica de NE, mas não necessariamente hipoativação destas áreas. 1 artigo obteve resultado intermediário, demonstrando que apenas parte do sistema de NE está disfuncional em autistas. Conclusão: Apesar de algumas divergências encontradas nos estudos dos NE, observa-se na maioria dos estudos, uma disfunção do sistema de NE nos indivíduos autistas. No entanto, mais estudos com qualidade metodológica são necessários para demonstrar com mais clareza esta disfunção, pois ainda há uma grande variação com relação às áreas envolvidas e aos métodos de avaliação. Palavras-chave: Neurônios Espelho, Autismo, Disfunção.

TEMA: FATORES CLÍNICOS PROGNÓSTICOS DE ÓBITO NA LEPTOSPIROSE.

ALUNA: MARCELE BARRETTO LIMA OBREGÓN

ORIENTADOR: PROF. DR. EDILSON SACRAMENTO

RESUMO

Introdução: a leptospirose é uma zoonose globalmente relevante com desfecho fatal em potencial. A propagação da leptospirose ocorre durante as estação de chuvas a cada ano e o risco de infecção em seres humanos está intimamente relacionada ao contato com tecidos ou urina de animais infectados. A infecção pode ser desde subclínica até formas graves e fatais. É uma doença que causa um amplo espectro de manifestações clínicas. Existem duas formas clássicas de leptospirose: a forma anictéria e a ictérica, a fase inicial da leptospirose é caracterizada por febre, calafrios, cefaléia, mialgia grave. Algumas variáveis se mostraram significamente associadas com à letalidade. Entretanto, os estudos existentes não chegaram a uma conclusão sobre quais são os fatores prognósticos associados com a óbito na leptospirose. Dessa forma, avaliação precoce da gravidade da doença no momento de admissão pode ser útil na melhoria do atendimento de pacientes com leptospirose. Objetivo: identificar os fatores clínicos apresentados no momento da admissão associados à letalidade em pacientes com leptospirose. Métodos: realizou-se um estudo de corte transversal com componentes descritivo e analítico. Foi estimada a frequência dos achados clínicos na admissão de pacientes diagnosticados com leptospirose no Hospital Couto Maia em 2010 e 2011 e suas distribuições percentuais. Foram avaliadas também às associações entre os achados clínicos e o evento final (óbito, alta). Resultados: dos pacientes estudados, 165 (62,3%) tinham menos de 40 anos, o gênero masculino representou 230 (86,8%), 69 (26%) apresentaram oligúria, 181 (68,3%) insuficiência renal, 59 (22,3%) dispneia, 13 (4,9%) pneumonia. Dos pacientes, 196 (74%) estavam ictéricos, 109 (41,1%) estavam taquicárdicos, 16 (6%) apresentaram hiperemia conjuntival, 19 (7,2%) hemorragia conjuntival, 3 (1,1%) apresentaram convulsão e 12 (5,3%) desorientação. Ainda com relação a admissão, 71 (26,8%) referiram algum tipo de sangramento sendo que o mais prevalente foi hemoptoico, com 31%. O óbito ocorreu em 9,9% dos casos e idade superior a 40 anos, dispnéia, convulsão, desorientação estavam associados de forma independente com a letalidade. Conclusão: a identificação precoce na admissão de fatores preditores de óbito pode fornecer critérios de selecção para pacientes que necessitam de transferência para uma unidade de terapia intensiva. Saber reconhece los é de fundamental importância. Palavras-chave: Leptospirose. Fatores clínicos. Dispnéia. Convulsão. Desorientação. Óbito.

TEMA: PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES ENCAMINHADOS POR VIA JUDICIAL A UM CENTRO DE TRATAMENTO DE ABUSO DE DROGAS: INFLUÊNCIA DAS PRÁTICAS PROIBICIONISTAS NA SAÚDE.

ALUNA: MANUELA TELLES VARGAS LEAL

ORIENTADOR: PROF. ESDRAS CABUS MOREIRA

RESUMO Este trabalho tem como objetivo avaliar a influência das práticas proibicionistas das drogas no aprofundamento da desigualdade social e na estigmatização dos indivíduos. Em busca desse resultado, realizou-se um estudo acerca de uma intervenção clínica imposta pela justiça como pena alternativa aos usuários de drogas, além da comparação de aspectos da legislação brasileira com a de outros países no mundo e suas repercussões no uso e controle da circulação das substâncias psicoativas na sociedade. A análise crítica volta-se para as influências do proibicionismo na prática clínica. A partir dos resultados obtidos, pudemos concluir que o proibicionismo interfere de maneira negativa na sociedade e na saúde, e que a pena alternativa imposta pela justiça aos usuários é ineficaz. Palavras-chave: Drogas. Proibicionismo. Pena Alternativa. Tratamento.

TEMA: PERFIL CLÍNICO E METABÓLICO DE MULHERES COM EXCESSO DE PESO ANTES E APÓS UM ANO DE INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR.

ALUNO: THIAGO GARCIA DE LA TORRE MEIRELES

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MARIA DE LOURDES LIMA

RESUMO Introdução: O excesso de peso é uma desordem multifatorial com determinações genéticas, ambientais, emocionais e relacionadas ao estilo de vida. Devido à sua alta prevalência mundial, tem-se observado, pois, um aumento das suas comorbidades, principalmente a dislipidemia, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. Os pacientes obesos têm morbimortalidade aumentada significativamente, e aqueles com IMC acima de 35 Kg/m² possuem duas vezes mais chance de morte prematura. Portadores de excesso de peso têm grande chance de morte por aquelas comorbidades anteriormente citadas. Objetivo: Avaliar o perfil clínico e metabólico de mulheres com excesso de peso antes e após um ano de intervenção multidisciplinar e descrever a frequência das pacientes que atingiram as metas propostas para perda de peso, perfil glicêmico, lipídico e pressão arterial. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e analítico de coorte, composto por 75 mulheres com sobrepeso e obesidade matriculadas no ADAB, participantes do PEPE, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Todas as pacientes fizeram avaliação clínico-laboratorial no momento de entrada no projeto, com consultas trimestrais com profissionais de enfermagem, nutrição e endocrinologia até completar um ano de acompanhamento. Foi avaliada a distribuição sob a curva de Gauss e análise pelos testes de Kurtosis e Skeweness. As variáveis contínuas foram descritas pela média e por desvio padrão e as categóricas por proporção. Na análise da comparação entre as pacientes antes e um ano após as intervenções, foram feitos os testes estatísticos do Qui-Quadrado para comparação de proporções de pacientes dentro e fora das metas de controle metabólico e o teste T de Student para amostras pareadas. A significância estatística foi considerada quando o valor de p foi menor que 0,05. Resultados: A média de idade encontrada foi de 46,3 + 11,1 anos. Houve uma predominância de mulheres negras ou pardas (90,3%), tendo cursado até o segundo grau completo (55,4 %), com média de renda familiar de 2,2 + 1,6 salários mínimos, obesas (76,0%), com circunferência abdominal elevada (98,6%) e com síndrome metabólica (86,3%). A despeito de não apresentar significância estatística na média de peso após um ano, a população apresentou diferença significativamente estatística das variáveis clínico-laboratoriais. As pacientes que alcançaram alguma perda de peso (41,7% pacientes), além das que obtiveram perda satisfatória (18,9%), estavam metabolicamente compensadas, apresentando taxas controladas de glicemia (87,7%), colesterol total (64,0%), triglicérides (76,0%), LDL-Colesterol (67,6%), HDL-Colesterol (58,1%), tensão arterial sistólica (43,1%) e diastólica (52,9%). Conclusão: O tratamento multiprofissional por um ano em mulheres com excesso de peso levou a perda modesta, porém, com melhora significativa dos parâmetros clínicos e laboratoriais. Tratando-se de uma população de baixa renda e de baixa escolaridade, este estudo reforça a importância de serviços públicos com equipes multiprofissionais no tratamento da obesidade, visando à redução da sua morbimortalidade e a melhora da qualidade de vida das pacientes. Palavras-chave: Obesidade; Intervenção Multidisciplinar; Mulheres com Excesso de Peso; Tratamento por um ano.

TEMA: O EFEITO BRONCODILATADOR AGUDO DO INDACATEROL EM PACIENTES PORTADORES DE DPOC.

ALUNO: THIAGO FRÓES BATISTA RIBEIRO

ORIENTADOR: PROF. DR. AQUILES ASSUNÇÃO CAMELIER

RESUMO Introdução: A DPOC, devido a obstrução de vias aéreas ( medida através do VEF1) e consequente hiperinsuflação dinâmica, é uma doença que causa dispneia a esforços, limitando a qualidade de vida. O uso de medicamentos broncodilatadores é peça fundamental no tratamento. O Indacaterol, um broncodilatador beta-2-agonista de longa ação foi recentemente aprovado para uso em portadores de DPOC no Brasil, tendo uma característica adicional de um rápido início da ação, reportada pela indústria fabricante. Entretanto não existem estudos nacionais que tenham avaliado a broncodilatação aguda do Indacaterol em portadores de DPOC em acompanhamento ambulatorial. Objetivo: Avaliar a intensidade da broncodilatação aguda em pacientes portadores de DPOC após a administração do Indacaterol 150mcg, inalado, comparado com o grupo controle. Métodos: Foi realizado um estudo randomizado, controlado, duplo cego, controlado com placebo utilizando Indacaterol 150 mcg inalado em portadores de DPOC sob tratamento ambulatorial Complexo Hospitalar Universitário Prof. Edgard Santos (CHUPES) Salvador, Bahia, Brasil. A coleta dos dados foi realizada com realização de espirometria antes da intervenção e 5, 15 e 30min após. Para avaliação das variáveis secundárias (frequência cardíaca, freqüência respiratória, pressão arterial, SpO2, dispneia e número de degraus subidos) foi realizada o teste do degrau de 6min, além da utilização dos questionários MRC, AQ20 e CAT. Resultados: Após análise da amostra, observou-se que não houve efeito agudo broncodilatador estatisticamente significante entre o grupo Indacaterol e o grupo Placebo aos 5, 15 e 30 minutos seja em relação ao VEF1 (valor de p 5 min, p 15 min e p 30 min) e a CVF (valor de p 5 min, p 15 min e p 30 min). Demonstrou-se também que o Indacaterol não produziu alterações estatisticamente significantes comparado como o grupo placebo para as variáveis secundárias como SpO2 ( p=0,89), FR (p=0,88), FC(p=0,31), pressão arterial (p=0,85), dispneia (p=0,60) e número de degraus subido ao final de 6 minutos. Conclusão: Pode-se concluir que o Indacaterol inalado ( 150 mcg) não produziu efeitos broncodilatadores agudos , medidos após 5, 15 e 30 minutos em pacientes com DPOC atendidos ambulatorialmente, quando comparados ao placebo, seja na espirometria, seja em outros parâmetros clínicos mensurados durante o Teste do Degrau de 6 minutos. Palavras-chave: DPOC, Espirometria, Placebo, Broncodilatadores, Ensaio Clínico Randomizado, Tolerância ao Exercício.

TEMA: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS.

ALUNO: THIAGO DE ARAUJO ARAGÃO

ORIENTADOR: PROF. DR. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial a qual é caracterizada por níveis elevados de pressão arterial, cujas complicações mais graves são a Insuficiência Cardíaca (IC) e o Acidente Vascular Encefálico (AVE). Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da HAS são atribuídos aos maus hábitos de vida e a falta de controle dos níveis tensionais. No Brasil, a IC é a principal causa circulatória de hospitalização e, quanto ao AVE a taxa dobra a cada década depois dos 50 anos. Na cidade de Ipirá (BA), macrorregião de Feira de Santana (BA), não é diferente sendo que é interessante a análise da prevalência das internações de HAS e a associação com IC e AVE. Objetivo. Analisar as internações hospitalares por HAS em unidade de média complexidade. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo utilizando dados secundários constantes nos prontuários dos pacientes internados em 2010 em um hospital de médio porte de um município do Estado da Bahia. Resultados: A análise dos prontuários revelou 296 pacientes com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica, sendo a maioria era feminina (61,82%), a mediana era de 73 anos e o principal diagnóstico de entrada era de doença cardiovascular (39,2%). Discussão. Observa-se durante o esse estudo a relação entre dislipidemia e o desenvolvimento de AVE em pacientes com HAS, além da relação entre Diabetes Mellitus e o AVE, confirmando um risco relativo para Doenças Cerebrovasculares. Conclusão: É necessário um maior investimento em programas de prevenção primária da HAS e os que já sofrem desse mal evitar descompensação para não desencadear comorbidades. Palavras-chave: Ipirá, Internações, Prevalência, HAS, IC, AVE.

TEMA: PREVALÊNCIA DE DELIRIUM EM UTI EM HOSPITAL PRIVADO DE SALVADOR E FATORES CORRELATOS.

ALUNA: ROBERTA CARNEIRO DA SILVA PINHEIRO

ORIENTADOR: DR. AMADEU MARTINEZ SILVOSO

RESUMO Introdução: Delirium é um estado de confusão agudo caracterizado por alteração da consciência e da cognição. Esse distúrbio se desenvolve ao longo de um curto período de tempo. O delirium é uma complicação séria, especialmente quando atinge pacientes criticamente doentes e afeta cerca de 40% dos pacientes na UTI. Ultimamente, tem-se associado a ocorrência de delirium com piores desfechos hospitalares. Pacientes sedados e sob ventilação mecânica têm um alto risco para delírium e, por outro lado, o delírium em si é um fator de risco para sedação e ventilação mecânica prolongada. O delirium pode apresentar-se de 3 formas diferentes, a hipoativa, hiperativa e mista. Dentre os diversos instrumentos que existem para fazer diagnostico de delirium o CAM-ICU foi o escore com melhor validade e especificidade para detectar delirium em pacientes de UTI. Uma vez que o delírium é detectado, os esforços devem ser concentrados em identificar a causa. O tratamento ainda não é bem estabelecido, porém sabe-se que o tratamento precoce com haloperidol é o ponto chave para o prognóstico. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de delirium nos pacientes internados na UTI geral do Hospital Espanhol no ano de 2011, considerando que não faz parte da rotina da unidade a utilização de benzodiazepínicos como estratégia de sedação. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com coleta de dados retrospectiva, que analisou 87 prontuários. Os dados foram avaliados em caráter descritivo em suas características demográficas, definição das taxas de ocorrência de fenômenos associados, bem como média, mediana, moda, variância e desvio-padrão. Conclusão: No nosso estudo, delirium foi diagnosticada em 24% dos pacientes, uma prevalência inferior ao que mostra a literatura, e o diagnóstico mostrou relação com: maior tempo de internação; maior mortalidade; e maior tempo de permanência na unidade. Na nossa casuística ficou claro o predominio da insuficiência respiratória, enquantro outros estudos mostraram sepse como motivo principal. Este trabalho apresentará ao corpo clínico da UTI geral do Hospital Espanhol informações relevantes para a sua prática. Entendemos que essa pesquisa seja um ponto de partida para novas investigações sobre o delirium em pacientes críticos no nosso serviço de saúde e que possa contribuir, assim, para um melhor conhecimento dessa condição tão importante e tão mal diagnosticada. Novos estudos são necessários para elucidar as razões das prevalências encontradas em nossa casuística. Palavras-chave: Delirium, unidade de terapia intensiva, paciente crítico e CAM-ICU.

TEMA: USO DE FONDAPARINUX EM TROMBOEMBOLISMOPULMONAR AGUDO:UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

ALUNA: CAMILA DE ALMEIDA ARAÚJO

ORIENTADOR: PROF. DR. ALMÉRIO MACHADO JUNIOR

RESUMO

Introdução: Tromboembolismo pulmonar ocorre quando há o deslocamento de coágulos sanguíneos ou trombos, desenvolvidos em algum local da circulação venosa sistêmica, com posterior impactação dentro de um ou mais ramos da artéria pulmonar. Não é uma desordem isolada, mas sim uma possível complicação de uma trombose venosa profunda (TVP). É uma afecção frequente e de difícil diagnóstico, pois os sinais e sintomas são inespecíficos, o que dificulta o tratamento, elevando as taxas de mortalidade e morbidade. A terapia inicial para paciente com embolia pulmonar depende do tratamento antitrombótico. O objetivo do tratamento anticoagulante é impedir qualquer extensão do trombo ou reincidência. O tratamento atual é feito principalmente com heparinas ou derivados (Fondaparinux). As heparinas (não fracionada e de baixo peso molecular) existem a mais tempo e são largamente utilizadas, de forma parenteral ou subcutânea. Hoje, para simplificar o tratamento do tromboembolismo pulmonar está sendo estudado e produzido o Fondaparinux, o qual não traz a necessidade de monitorização laboratorial sanguínea, além de outras vantagens sobre os compostos anteriores. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática avaliando se o Fondaparinux oferece vantagens terapêuticas com menor toxicidade em relação aos anticoagulantes atualmente utilizados. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, onde foi realizada uma busca nas bases de dados MedLine, Cochrane e Pubmed, dando seguimento à pesquisa com as palavras-chave “pulmonary thromboembolism”, “deep vein thrombosis”, “anticoagulants” e “thromboprophylaxis”. Os artigos foram selecionados a partir dos resumos e títulos dos estudos randomizados, duplo-cegos, que abordavam sobre a utilização de anticoagulantes, principalmente o Fondaparinux em tromboembolismo pulmonar agudo. Os resumos foram analisados por dois pesquisadores e revisados os trabalhos incluídos. Os estudos selecionados têm dados importantes, mostradas em tabela. Resultados e Discussão: Vinte e cinco (25) artigos foram incluídos na revisão sistemática, sendo que sete (7) artigos deram resultados semelhantes, em relação á terapia (tratamento terapêutico), entre Heparina de baixo peso molecular e Fondaparinux. Outros quinze (15) mostraram a eficácia do Fondaparinux, tanto para tratamento como para profilaxia do tromboembolismo pulmonar e do tromboembolismo venoso, com diminuição da taxa de mortalidade, dos efeitos adversos e melhor custo-benefício. Conclusão: Os dados demonstram efeitos terapêutico e profilático do Fondaparinux significativos em comparação com as heparinas, para pacientes com tromboembolismo pulmonar agudo. Porém, mais estudos são necessários, com tamanho amostral maior e melhor divulgação desses resultados para que os benefícios sejam aproveitados pela comunidade médica. Palavras-chave: Tromboembolismo Pulmonar, Trombose Venosa Profunda, Anticoagulantes, Tromboprofilaxia.

TEMA: PERFIL DOS PACIENTES COM NEFRITE LÚPICA ACOMPANHADOS NO HOSPITAL ANA NERY UFBA.

ALUNA: LILIANA SAMPAIO TEIXEIRA

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MARÍLIA BAHIENSE OLIVEIRA

RESUMO Introdução: A nefrite lúpica é a maior causa de glomerulonefrite secundária no Brasil e no mundo, constituindo uma manifestação comum na maioria dos pacientes com LES e importante fator de pior prognóstico. A indicação de biópsia renal é essencial para a confirmação diagnóstica e definição de classe histopatológica, sendo a interpretação complicada pela variabilidade morfológica das lesões. É essencial uma classificação com boa reprodutibilidade entre observadores e melhor associação entre lesões histológicas e apresentação clínica. Em 2003, a Sociedade Internacional de Nefrologia e a Sociedade de Patologia Renal, lançaram a sua proposta buscando maior precisão, clareza e associação com dados clínicos para melhor avaliação dos fatores prognósticos. Objetivo: Descrever as formas histológicas e as síndromes clínicas glomerulares dos pacientes com nefrite lúpica acompanhados no Hospital Ana Nery UFBA entre janeiro de 2008 e dezembro de 2011. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo de revisão de prontuários a partir de laudos de biópsias renais realizadas no Hospital Ana Nery, Salvador-BA. Foram realizadas 55 biópsias no determinado período objetivado, sendo 14 excluídas e analisados os prontuários de uma amostra final de 41 pacientes. Dados analisados: sexo, idade, naturalidade e procedência, tempo de diagnóstico ou sintomatologia, exames laboratoriais, diagnóstico anatomopatológico e descrição da biópsia. A classificação histológica utilizada no laudo anatomopatológico foi a da ISN/RPS (2003). Resultados: A média de idade da população foi de 28,4 ± 10,1 anos, havendo predomínio do sexo feminino (95%). A maior parte da amostra era procedente de Salvador e da Região Metropolitana (59%). A maioria dos pacientes já possuía diagnóstico prévio de LES (62%) e os que não tinham o diagnóstico apresentavam uma média de 10,4 ± 11,9 meses de sintomas antes da biópsia. A classe mais prevalente foi a IV, com 56% dos pacientes, seguida pelas formas mistas V+IV e V+III (19,5%). Em relação à faixa etária, dos 41 pacientes, 61% se encontravam entre 14 e 29 anos. No total, 71% dos indivíduos apresentaram crescentes e 90% algum grau de fibrose intersticial na biópsia. A mediana encontrada da proteinúria no momento do procedimento foi de 3757mg/24h, a maioria dos pacientes apresentou padrão nefrótico (16/30). No sedimento urinário, também a maioria dos pacientes possuía hematúria, leucocitúria e proteinúria. Todos os parâmetros laboratoriais tiveram tendência de piora temporal. Esse estudo encontrou uma positividade de 74% para FAN e 38% para anti-dsDNA. Conclusão: O estudo demonstrou que a distribuição da NL, suas apresentações clínicas e histopatológicas no serviço avaliado é semelhante a outros locais no Brasil e no mundo. Sabe-se que a classificação ISN/RPS tem sido cada vez mais utilizada, porém ainda está em avaliação, no que diz respeito ao prognóstico desses pacientes. Essa pesquisa contribui para essa análise e estimula outros estudos endossando essa classificação,

agregando também um melhor conhecimento sobre os pacientes atendidos no HAN, sua gravidade clínica e associação a fatores que podem determinar pior prognóstico. Novos trabalhos são necessários para reafirmar as informações encontradas e trazer para a comunidade médica um melhor conhecimento sobre a NL em Salvador e no estado da Bahia. Palavras-chave: Estudo epidemiológico. Lúpus Eritematoso Sistêmico. Nefrite Lúpica. Classificação ISN/RPS.

TEMA: ALTERAÇÕES LABORATORIAIS NA ADMISSÃO HOSPITALAR EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO FINAL DE LEPTOSPIROSE.

ALUNO: RAFAEL SEQUEIRA AYROSA

ORIENTADOR: PROF. DR. EDILSON SACRAMENTO

RESUMO Introdução: A Leptospirose é uma zoonose causada pela espiroqueta do gênero Leptospira. O contágio se dá através do contato com água de chuvas contaminas com urina de rato contendo a espiroqueta. A infecção pode ser desde subclínica até formas graves e fatais. Os principais órgãos atingidos são os músculos, os rins, o fígado e nos casos mais fatais envolve o pulmão. Diversas alterações laboratoriais podem ser encontradas, como no hemograma, plaquetas, enzimas hepáticas, bilirrubinas, creatinina, sódio, potássio e albumina. Objetivo: verificar as alterações laboratoriais na admissão hospitalar e relacioná-las com o óbito. Métodos: O estudo analisou 265 pacientes internados no Hospital Couto Maia com diagnóstico final de leptospirose, onde foram analisadas frequências absolutas e relativas de dados demográficos, médias de dados laboratoriais e comparadas as médias na alta e no óbito de tais dados. Resultados: Os pacientes eram em sua grande maioria do sexo masculino (86,8%); 62,3% tinham menos de 40 anos de idade. Os dados laboratoriais realizados na admissão mostraram, em grande parte dos pacientes: hemoglobina e hematócrito baixo, leucocitose, plaquetopenia, o AST, o ALT e as bilirrubinas elevados, ureia e creatinina elevadas e hipoalbuminemia. 9,9% dos pacientes foram a óbito e os fatores que influenciaram em tal prognóstico foram a idade superior a 40 anos, a plaquetopenia, elevação de AST e níveis baixos de albumina, todos estes dados mostrando significância estatística (p<0,05). Conclusão: devemos dar uma maior atenção e uma melhor monitorização aos pacientes com idade superior a 40 anos, pacientes com plaquetopenia, com AST muito elevados e com hipoalbuminemia, pois estes mostraram influenciar negativamente no prognóstico da Leptospirose. Palavras-chave: leptospirose, alterações laboratoriais, plaquetas, AST, albumina, óbito.

TEMA: ESTIMATIVA DE IMPACTO ECONÔMICO DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE RASTREAMENTO PARA CÂNCER COLORRETAL NO ESTADO DA BAHIA.

ALUNO: FILIPE CARVALHO DA SILVA

ORIENTADOR: DR. CLAUDIO ALMEIDA QUADROS

RESUMO Introdução: O câncer colorretal é um grande problema de saúde pública no Brasil e no Mundo. Estima-se que haja mais de 1,2 milhão de novos casos anualmente em todo o mundo, com mais de 600 mil mortes anuais decorrentes dessa patologia. Diversos estudos já demonstram que a mortalidade pode ser diminuída com a implementação de um programa de rastreamento, algo que não existe no estado da Bahia. Esse trabalho se propõe a calcular o impacto econômico que o programa de rastreamento teria, além da mudança do perfil da doença na população afetada. Metodologia: Serão utilizadas informações provenientes da literatura para calcular a incidência estratificada por estádio e o custo, para o Sistema Único de Saúde, esperado na população pré e pós rastreamento. Resultados e Discussão: os artigos mais importantes publicados nessa área estimam que a incidência é realmente drasticamente alterada com a implantação de um sistema de rastreamento. Utilizando a classificação TNM da UICC, cerca de 75% de aumento no número de pacientes com estádio 0, 97% de aumento no estádio I, 11% redução no estádio 2, 14% redução no estádio 3 e 33% redução no estádio 4. O custo médio de tratamento varia de R$136,66 para estádio 0 até R$11.893,70 para estádio 4. Conclusão: Após análise da literatura e estimativa da incidência por estádio na população com e sem rastreamento, a redução do custo com o tratamento das formas graves da doença pode gerar uma economia para o Sistema Único de Saúde da ordem de aproximadamente R$ 25 milhões anuais. Palavras-chave: Câncer Colorretal; Adenocarcinoma; Rastreamento; Sangue Oculto nas Fezes; Bahia; Redução De Custos.

TEMA: AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR EM MULHERES COM EXCESSO DE PESO.

ALUNO: LUCAS LIMA OLIVIERI

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA

RESUMO Introdução: A obesidade e o excesso de peso sãodoenças sistêmicas com grandes repercussões no corpo humano e que estão associadas a inúmeras comorbidades, culminando em aumento do risco cardiovascular. A avaliação da saúde do obeso inclui vários exames com objetivo de identificar o risco de cada indivíduo vir a desenvolver doença cardiovascular. Dentre esses, devido à sua fácil realização e grande aplicabilidade clínica, se destacam o eletrocardiograma, ecocardiograma, além do teste ergométrico. Objetivo: avaliar o perfil cardiovascular de mulheres com excesso de peso, além de testar associação entre gasto metabólico, disfunção diastólica e hipertrofia ventricular esquerda com grau de obesidade e com a presença de Síndrome Metabólica. Material e métodos:estudo exploratório e analítico, de corte transversal que tem como população mulheres com excesso de peso em acompanhamento no ambulatório de obesidade do ADAB. Foram realizadas consultas clínicas com coleta de dados antropométricos e pressão arterial sistêmica, além de aplicação de questionário padrão. Foram realizadas coletas de sangue para obtenção do perfil glicêmico, lipídico, transaminases, eletrólitos, ureia e creatinina. Em seguida foram realizados o eletrocardiograma de repouso, o teste ergométrico e o ecocardiograma para avaliação da função cardiovascular. O estudo foi aprovado pelo CEP/EBMSP/FBDC. Resultados: Foram incluídas 84 mulheres com idade de 46,6±12,6 anos sendo 76,8% (N= 63) delas obesas. Síndrome Metabólica (SM) foi identificada em 83,3% (N=70) das pacientes. Ao teste ergométrico, 15,5% (N=13) das pacientes apresentaram hiper-reatividade pressórica; 9,5% (N=8) apresentaram arritmias simples e não houve detecção de isquemia em qualquer paciente. A média de METs (número de equivalentes metabólicos atingidos no esforço) atingida foi de 6,3±1,9. Foram observadas alterações do relaxamento ventricular em 32,5% (N=26) das pacientes; hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE) em 27,4% (N=23) e fração de ejeção alterada 2,4% (N=2) das pacientes. Houve diferençaestatisticamente significante o gasto metabólico nos diferentes graus de obesidade (F=0,41 p=0,001), porém o mesmo não foi verificado para IMVE ou marcadores de disfunção diastólica. Não houve diferença estatisticamente significante do desempenho físico e da disfunção diastólica (representadas pelos METs no teste ergométrico; relação E/a e relação E/E’ no ecocardiograma, respectivamente) entre pacientes com SM e aquelas sem a síndrome; entretanto foi vistapositiva entre o número de fatores de risco de risco cardiovascular que compõem a SM com pressão arterial de pico ao teste ergométrico (R=0,26 p=0,04), índice de massa do ventrículo esquerdo (R=0,24 p=0,03) e relação E/A (R= -0,4 p=<0,001). Conclusão: Este estudo sugere que tanto a obesidade bem como o seu aglomerado de comorbidades metabólicas podemdeterminar alterações cardiovasculares de fácil identificação, o que permitiria a instituição de intervenções preventivas e terapêuticas mais eficazes no grupo potencialmente de maior risco cardiovascular nessa população. Palavras-chave: Obesidade. Avaliação Cardiovascular. SíndromeMetabólica.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS RELACIONADAS AO TRABALHO NO ESTADO DA BAHIA - UMA ANÁLISE DOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO NO PERÍODO ENTRE 2007 E 2010.

ALUNA: JÚLIA PINHEIRO MARTINS

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. ELIANE CARDOSO SALES

RESUMO As intoxicações exógenas ou envenenamentos são manifestações patológicas causadas por ubstâncias tóxicas inorgânicas. No Brasil, as ocorrências de intoxicações, tanto agudas como crônicas, se relacionam com exposições acidentais, mas também, a circunstâncias premeditadas, com fins suicidas, envolvendo não apenas o trabalhador, mas também os seus familiares.3 Entre as intoxicações se encontram as de caráter ocupacional, para as quais, os agrotóxicos de uso agrícola têm ocupado de destaque contribuindo com 20,6% dos casos registrados pelo Sinitox em 2009. A relevância do tema em estudo destaca-se pela diversidade dos grupos expostos e impacto em termos de saúde pública que estes eventos têm produzido. Objetivo: descrever o perfil das intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho com registros no sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre os anos de 2007 e 2010, calcular a incidência das intoxicações exógenas na Bahia e evidenciar os tipos de intoxicação mais frequentes, e discutir alguns achados relacionados aquelas notificações que não foram consideradas como de origem ocupacional. Para tanto, foi realizado um estudo do tipo exploratório com obtenção de informações a partir de um banco de dados de acesso público que compõe o SINAN. O perfil dos trabalhadores foi definido pelas variáveis: faixa etária, sexo, raça, escolaridade, ocupação, situação no mercado de trabalho, macrorregião, circunstância de contaminação e agente tóxico. Resultados: entre os anos de 2007 e 2010 foram notificados 4.290 casos de Intoxicações Exógenas, desse total, 353 (8,2%) estavam relacionadas ao trabalho, 2.658 (62%) não possuíam relação com o trabalho e 1279 (29,8%) foram ignoradas ou em branco. A faixa etária de maior acometimento foi de 20 e 29 anos (38,8%) com predominância do sexo masculino (85,6%), raça/cor da pele parda (64,9%). Os agentes tóxicos mais frequentes foram os agrotóxicos agrícolas (51,6%), as ocupações com maior incidência foram as do Grande Grupo 6, o qual engloba os trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca. Entre as macrorregiões, a que se destacou foi a Oeste. Os dados avaliados permitiram comparação das intoxicações exógenas registradas na Bahia com um banco de dados nacional e a maioria dos resultados esteve em concordância com outros estudos. Entre as intoxicações não relacionadas ao trabalho, foi relevante o fato de que estes agravos aconteceram em sua maioria em circunstância de tentativa de suicídio. Diante deste quadro se apresenta como imprescindível um melhor aparelhamento do estado afim de que o SINAN contribua de forma mais eficaz para o estudo das intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho em nosso Estado.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE SENHOR DO BONFIM, BAHIA, NO PERÍODO DE 2001 À 2010.

ALUNO: FÁBIO ALVES DE ARAÚJO SILVA

RESUMO Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis de grande importância para a Saúde Pública. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da população mundial encontra-se infectada pelo bacilo de Koch. A tuberculose é uma doença que pode ser classificada em pulmonar, extrapulmonar ou ambas, a forma pulmonar é a mais comum. A tuberculose pulmonar é a única forma de apresentação contagiosa. A principal forma de transmissão é a via aérea, o paciente bacilífero quando fala, espirra e tosse, lança no ar gotículas contaminadas que são responsáveis pelo processo de contaminação. A principal medida para reduzir a transmissão da doença é o tratamento da fonte, já que o paciente só transmite o bacilo em no máximo 15 dias após o inicio do tratamento. O tratamento da tuberculose deve ser o mais precoce possível, principalmente nos pacientes bacilíferos, devido à alta infectividade. Considera-se que a adesão ao tratamento da tuberculose depende da participação ativa do paciente, uso diário dos medicamentos, monitoramento do tratamento e comparecimento às consultas. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da tuberculose em uma cidade de médio porte do interior da Bahia. Resultado: A maioria dos casos de tuberculose foi do sexo masculino (60,6%) e parda (64,4%). A faixa etária mais atingida foi a de adultos jovens, entre 20 e 39 anos (37,4%), com idade média de 43,8±18,2. O ano de 2004 teve a maior taxa de incidência do período estudado (8,4/10.000 habitantes). Em contrapartida, em 2010 teve taxa de incidência de 3/10.000. 60,5% dos pacientes não realizaram o PPD contrapondo os 90,1% dos pacientes realizarem Raio-X do tórax. O percentual de pacientes sem supervisão durante o tratamento foi de aproximadamente 60% com OR igual 1,48. Quanto ao desfecho, 64,5% evoluíram para cura evidenciando uma taxa de letalidade igual a 2,25%. Discussão: Dos casos de tuberculose ocorridos em Senhor do Bonfim-BA, entre 2001 e 2010, os indivíduos do sexo masculino, na faixa etária de 20 e 39 anos, foram os mais atingidos, corroborando com achados de pesquisas que foram conduzidas em nível Nacional e local. A população em estudo se caracterizou como majoritariamente acometidos pela tuberculose pulmonar assim como encontrado em outros estudos. É importante salientar que apesar da maioria dos desfechos clínicos da coorte estudada no período ter evoluído para cura, ainda está distante do mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde. A letalidade da doença foi relativamente baixa, provavelmente os óbitos estavam associados à co-infecção com o HIV. Palavras-chave: Tuberculose, Perfil Epidemiológico e Senhor do Bonfim-BA.

TEMA: PREVALÊNCIA DA NÃO ADERÊNCIA À DIETA DOS PACIENTES EM HEMODIÁLISE CONVENCIONAL.

ALUNA: ISABEL PASSOS VILAS BOAS

ORIENTADOR: PROF. DR. EDSON L. PASCHOALIN

COORIENTADOR: DRA. LIANNA G. DANTAS

RESUMO Introdução: A doença renal crônica é considerada uma epidemia dos dias atuais e a terapia renal substitutiva deve ser instalada no seu estágio final. A hemodiálise exige do paciente uma ampla mudança de hábitos e aderência às recomendações feitas pelo médico, com as restrições hídricas e alimentares necessárias para o sucesso do tratamento. Objetivo: Descrever a prevalência de não aderência à dieta e identificar possíveis aspectos sócio-demográficos e características clínicas associadas para uma abordagem mais específica do paciente, evitando desfechos desfavoráveis. Método: Estudo observacional, de corte transversal, descritivo. Foi realizado com 251 pacientes em hemodiálise convencional, dos quais foram analisados como marcadores de aderência ao tratamento: ganho ponderal interdialítico, níveis séricos de potássio e de fósforo. Resultados: Hipercalemia foi encontrada em 34% (IC 95% 0.28-0.40), hiperfosfatemia em 4% (IC 95% 0.01-0.06) e GPID excessivo em 8% (IC 95% 0.05-0.11), maior correlação foi identificada entre a ocorrência de hipercalemia e hiperfosfatemia (OR 7,36; IC 95% 1,49-36,25; p < 0,008). O mais forte preditor para um GPID excessivo foi o estado civil, para a hiperfosfatemia foi nível de paratormônio maior que 1000ng/L e para hipercalemia foi diurese residual menor ou igual a 100 mL/dia. No geral, os principais fatores preditores da não aderência encontrados foram: tempo e adequação em HD, IMC, estado nutricional, diurese, níveis de paratormônio, antecedente de diálise peritoneal e estado civil. Conclusão: A não aderência às recomendações nutricionais é comum em grande parte da população em hemodiálise e nossos achados sugerem que fatores sócio-demográficos podem estar relacionados a essa não aderência. Palavras-chave: Insuficiência renal crônica, hemodiálise, aderência, dieta.

TEMA: DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL E TABAGISMO.

ALUNA: FERNANDA RODRIGUES COSTA

ORIENTADOR: NEOGÉLIA ALMEIDA

RESUMO Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma doença crônica do trato gastrointestinal, que gera repercussões importantes na qualidade de vida de seus portadores. A América Latina vem experimentando um aumento gradual do numero de casos. A etiologia da Doença de Crohn (DC) e da Retocolite Ulcerativa (RCU) se mantém desconhecida, alguns acreditam que a influência ambiental é superior à predisposição genética. Dentre as causas ambientais estudadas, o tabagismo foi o primeiro a ser estabelecido. Objetivo: Frente à ausência de estudos na Bahia, o objetivo foi analisar a associação entre DII e tabagismo e descrever o perfil biossocioeconômico dos doentes no estado. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo caso controle pareado por sexo e idade feito com pacientes e acompanhantes do ambulatório de DII do Hospital Geral Roberto Santos. Análise de proporções, média, desvio padrão e razão de chances com um intervalo de confiança de 95% (IC), erro tipo 1 < 0.05 foram utilizados. Resultados e Discussão: Foram entrevistados 80 pacientes (44 de RCU e 36 com DC) e 51 controles. Houve um predomínio de pacientes do sexo feminino e de RCU na amostra. A média de idade dos pacientes entrevistados foi de 41 anos. Foi encontrada uma menor frequência de fumantes nos pacientes com RCU e maior no grupo dos pacientes com DC quando comparado ao grupo controle. A literatura mostra que o tabagismo pode ser fator de risco para o desenvolvimento da DC e de proteção para a RCU. Conclusão: Os estudos sobre o assunto ainda são insuficientes no Brasil, principalmente no nordeste brasileiro. Reitera-se a necessidade de mais pesquisas sobre a DII. Palavras-chave: Doença Inflamatória Intestinal – Doença de Crohn – Retocolite Ulcerativa – Tabagismo – Fator de Risco – Bahia.

TEMA: PERFIL DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NAS CAPITAIS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS.

ALUNA: HELOÍSA DE OLIVEIRA SILVA LOPES

ORIENTADOR: PROF.ª ALCINA MARTA DE SOUSA ANDRADE

RESUMO Introdução: As doenças do aparelho cardiovascular constituem-se a principal causa de óbito, em ambos os sexos e em todas as regiões do país, sendo insuficiência cardíaca (IC) um das doenças que mais contribuem para esse dado. O transplante cardíaco é o único tratamento para IC refrátaria, sendo o programa de transplantes do Brasil o maior do mundo, entretanto os números do transplante mostraram uma queda o que cria um déficit entre o número de doentes e o número de cirurgias realizadas. Objetivo geral: descrever o perfil das internações por insuficiência cardíaca no Sistema Único de Saúde nas capitais brasileiras. Objetivo específico: comparar as taxas de transplantes cardíacos realizados nas capitais brasileiras, no período compreendido entre os anos de 2000 a 2010. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo de série temporal com medidas calculadas para o agregado a partir de dados secundários, utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde SIH/SUS e do Sistema de Informação sobre Mortalidade SIM/SUS disponíveis na base de dados do Datasus. As variáveis avaliadas foram: o número de internações por IC e o número de óbitos de pacientes hospitalizados por IC como causa básica de morte, gerais, por faixa etária e por sexo, nas capitais brasileiras no período de 2000 a 2010. Calculou-se o Coeficiente de Letalidade, o Coeficiente de Mortalidade e o Coeficiente Médio de Mortalidade. Resultados: No período do estudo, houve uma redução do número total de internações hospitalares por IC e do número total de óbitos nas capitais brasileiras. A comparação das proporções por faixa etária das internações e dos óbitos revela que na faixa acima de 60 anos concentra a maioria dos pacientes. Em relação ao sexo, de um modo geral os homens internam mais por IC do que as mulheres, entretanto a letalidade feminina é maior. Discussão: os resultados do estudo demonstraram redução no número de óbitos por IC, como causa básica, assim como do Coeficiente de Mortalidade. Os dados de internação revelaram uma tendência decrescente, apesar desses números ainda se manterem elevados. Em relação ao sexo, de um modo geral os homens internam mais por IC dos que as mulheres, entretanto, o número de óbitos é maior no sexo feminino, isso pode estar associado ao aumento da expectativa de vida das mulheres o que pode contribuir para que as mulheres desenvolvam IC em idades mais avançadas. O número de transplantes realizados não supre a quantidade de pacientes que necessitam da cirurgia, o que resulta em um número alto de pacientes que vão a óbito antes da realização da cirurgia. A dificuldade para a realização dos transplantes tem várias explicações, mas envolve principalmente a carência de doadores e a dificuldade de recursos. É preciso lembrar que por se tratar de uma análise de dados secundários, alguns pontos podem interferir na análise dos dados. As análises realizadas nesse estudo permitiram conhecer o perfil da morbidade hospitalar e da mortalidade por causas específicas, subsidiando as decisões dos gestores da saúde e permitindo um melhor planejamento das ações de saúde. Palavras-chave: Insuficiência cardíaca, transplante, SUS.

TEMA: CARACTERÍSTICA DA MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NA CIDADE DE SALVADOR, BAHIA, NO PERÍODO DE 2005 A 2010.

ALUNO: FELIPE CARVALHO DE OLIVEIRA

ORIENTADOR: PROF. DR. RAUL BARRETO

COORIENTADOR: PROF. NEY BOASORTE

RESUMO Introdução: Acidentes de trânsito estão em um agrupamento de causas de mortes não naturais, as causas externas. São muito comuns em todo o mundo, sendo uma importante causa de morbi-mortalidade. Por acontecer mais na população jovem, causa uma repercussão econômica na sociedade por afetar principalmente uma faixa etária economicamente ativa, além de causar um elevado custo anual ao sistema de saúde e de Previdência Social. Apesar de ter uma eleva taxa, os acidentes de trânsito são 100% preveníveis sendo causados por uma falha humana direta ou indireta. Acidentes motociclísticos ocorrem constantemente, além das vítimas serem mais vulneráveis e susceptíveis a lesões. Com o novo Código Nacional de Trânsito (CNT), reduziu-seo número de acidentes e mortes no Brasil com um aumento de fiscalização e punições mais rígidas. O álcool tem uma relação direta com acidentes de trânsito, sendo que o indivíduo alcoolizado tem uma propensão a sofrer acidentes de trânsito muito maior do que um indivíduo sóbrio. Objetivo: Analisar a caracterização das vítimas fatais por acidentes de trânsito na cidade de Salvador, Bahia. Metodologia. Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo utilizando o banco de dados do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues dos casos de óbitos por acidentes de veículos, sendo 1.247 casos, no período de 2005 a 2010. Resultados: No estudo, do total de óbitos, revelou-se que a predominância foi do sexo masculino (80,3%), pardos (90,9%) da faixa etária de 20 a 29 anos (27,9%), sendo que o tipo de acidente que mais resultou em morte foi o atropelo (64,3%), o horário mais acometido foi das 18 às 24 horas (34,2) e o distrito sanitário com maior número foi o de Itapuã (13,7%). Discussão: No estudo, evidenciou-se que os jovens, uma faixa etária mais intermediária, horário noturno, atropelos, sexo masculino, predominaram tanto neste como em outros trabalhos realizados. Demonstrou também que é necessário as políticas públicas e que a gerência atue para minimizar esta situação. Conclusão: É necessário um maior investimento em programas de educação no trânsito, além de investimentos em vias públicas e maior conscientização dos condutores, para assim haver uma redução de óbitos por acidentes de trânsito. Palavras-chave: Acidentes de trânsito.Óbitos. Jovens. Tipos de acidente.

TEMA: CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS POR TRANSTORNOS MENTAIS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL.

ALUNA: MAIAVE M. F. DE MATOS

ORIENTADOR: PROF. DR. BRUNO GIL DE C. LIMA

RESUMO Objetivo: Descrever a evolução temporal da concessão de benefícios por incapacidade associada aos transtornos mentais pela Previdência Social no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de morbidade do tipo série temporal, tendo como base os dados dos assegurados da Previdência Social no Brasil. Foram selecionados os auxílios-doença previdenciários e acidentários por doenças do capítulo V (transtornos mentais) da CID 10 no período de 2004 a 2010. Os resultados não foram avaliados quanto à significância estatística, por não se tratar de amostra probabilística. Resultados: Os transtornos mentais vêm representando, em média a porcentagem de 14% na concessão de benefícios pela Previdência Social no Brasil. A partir de 2007, após aprovação do nexo técnico, a concessão de benefícios de espécie acidentária aumentou. Conclusão: O estudo permitiu descrever a prevalência de benefícios concedidos por transtornos mentais pela Previdência Social no Brasil. Nesse sentido, políticas de atenção à saúde mental devem ser realizadas para prevenção e reabilitação de trabalhadores com morbidades psíquicas. Essas ações poderão prevenir as aposentadorias precoces decorrentes desses agravos. Palavras-chave: Saúde mental, Previdência Social, Transtorno mental.

TEMA: ANÁLISE DA MORTALIDADE POR PNEUMONIA NOS MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS DA BAHIA NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS.

ALUNA: MARIANA CARVALHO DE ARAÚJO

ORIENTADOR: DRA. CAROLINA BITTENCOURT

RESUMO Introdução: A pneumonia caracteriza-se por uma infecção aguda do parênquima pulmonar que se origina em um contexto comunitário definindo a pneumonia adquirida na comunidade (PAC) ou institucional o qual caracteriza a pneumonia nosocomial. Atualmente, apesar dos conhecimentos consolidados a respeito dessa infecção, a PAC e a pneumonia nosocomial ainda representam um desafio para saúde pública brasileira e implicam em um maior tempo de internamento com aumento de custos relacionados ao tratamento além do alto impacto na morbidade e mortalidade da população. Objetivo: Descrever a mortalidade por pneumonia como causa base na população em geral, entre 2001 e 2010, nos municípios mais populosos da Bahia analisando mudanças no padrão da mortalidade durante esse período, sexo e faixas etárias mais acometidos. Metodologia: Estudo descritivo de série temporal realizado com dados da Diretoria de Informação em Saúde (DIS), da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (SUVISA), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e Sistema de Informações Demográficas e Socioeconômicas do DATASUS a respeito da população residente e mortalidade por pneumonia como causa base na população em geral dos dez municípios mais populosos do estado da Bahia entre os anos de 2001 a 2010 (: Salvador, Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus, Alagoinhas, Teixeira de Freitas, Juazeiro, Jequié, Vitória da Conquista e Barreiras). A análise de dados foi realizada no programa estatístico Microsoft Excel for Windows versão 2010. Resultados: Houve um aumento geral no índice de mortalidade em todos os municípios chegando a atingir 583%. %. Os maiores índices de mortalidade se concentraram no ano de 2009. 49,69% dos óbitos foram femininos e 50,31% masculinos em todos os municípios analisados. A maior taxa de mortalidade foi encontrada na população acima de 60 anos seguida pela população abaixo de 5 anos de idade. A faixa etária menos acometida foi de crianças entre 6 e 9 anos. Discussão: Aumento no índice de mortalidade por pneumonia pode ter como uma de suas causas o aumento da resistência a antimicrobianos, situação presente em ambiente comunitário, auxiliada pela prática da automedicação, e em ambiente hospitalar resultado de uma antibioticoterapia empírica feita de forma inapropriada com do uso excessivo de antibióticos de amplo espectro. A situação precária da saúde pública na Bahia também pode predispor ao aumento da mortalidade. O maior índice de mortalidade na maioria dos municípios em pode ter sido resultado da pandemia causada pelo vírus Influenza H1N1. A mortalidade mais elevada em idosos associa-se a Diabetes Mellitus, cardiopatias, AVC, baixo IMC, sedentarismo e tabagismo. A mortalidade infantil apresentou declínio nos últimos anos provavelmente associado vacinação contra Haemophilus influenzae tipo B no calendário de vacinação nacional e consolidação do Programa de Saúde Familiar. Conclusão: Conclui-se que a orientação com relação ao

uso inadequado de antibióticos, estímulo a vacinação das faixas etárias de risco, melhoria na saúde pública e conhecimento das taxas de resistência in vitro dos patógenos mais comuns em cada região são medidas que poderão colaborar com a redução da mortalidade por pneumonia. Palavras-chave: Pneumonia, Mortalidade, Bahia.

TEMA: ACHADOS MÉDICO-LEGAIS PARA DIAGNÓSTICO DE ASFIXIA MEDIANTE CONSTRIÇÃO CERVICAL.

ALUNA: MARIANA SCHETTINI MAGALHÃES DIAS

ORIENTADOR: DR. PROF. BRUNO GIL DE CARVALHO LIMA

RESUMO Introdução: As asfixias correspondem a uma síndrome composta por todos os efeitos que derivam da privação de oxigênio nos tecidos, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna. Em se tratando das asfixias mecânicas, esta privação é proveniente de um impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa. A Medicina Legal, em seus estudos através das necropsias, é capaz de identificar sinais anátomo-patológicos que não são patognomônicos, mas que são de grande valia na identificação desses processos asficiticos. Objetivo: Descrever os principais achados anátomo-patológicos usados para o diagnóstico das asfixias mediante constrição cervical. Metodologia: Coleta de dados referentes à presença, ausência ou não citação dos sinais de asfixia mecânica mediante constrição cervical, através de protocolos de pesquisa, incluindo os sinais comuns de asfixia e os específicos para cada modalidade. Resultados: A maioria dos sinais pesquisados não foi relatada nem como presente, nem como ausente, obtendo uma grande porcentagem de dados ignorados. Discussão: Sabe-se que os achados anátomo-patológicos são suficientes para a descoberta da causa mortis, o que não se pode afirmar com tanta certeza é até que ponto estes sinais podem ser utilizados como método diagnóstico único no IMLNR, uma vez que neste local, os mesmos apresentam relato insatisfatório nas perícias médico-legais. O grande desafio é reconhecer de onde vem essa defasagem: se é da formação profissional em conjunto, se é decorrente de particularidades do legista, ou se é da carência de investimentos nesta área da Medicina em termos de produção de conhecimento, para que uma resolução seja pensada o quanto antes. Conclusão: A Medicina Legal é uma ciência que deve estar sempre a serviço da sociedade, seja sob a forma de perícias, ou servindo de base para resoluções judiciais. Diante disso, é imprescindível que esta traduza, invariavelmente, a verdade absoluta. Para que se possa obter êxito nesse quesito, podem-se sugerir protocolos de pesquisa, a fim de padronizar a análise dos achados, bem como uma “reciclagem” periódica dos profissionais, garantindo a atualização dos conhecimentos, para que, enfim, o laudo pericial se torne um documento incontestável. Palavras-chave: asfixias mecânicas; constrição cervical; enforcamento; estrangulamento; esganadura.

TEMA: FREQUÊNCIA DE EPISÓDIOS DE HETEROAGRESSIVIDADE EM PACIENTES PSICÓTICOS EM INTERNAMENTO PSIQUIÁTRICO.

ALUNO: MÁRCIO LEANDRO FREITAS DE MELO

ORIENTADOR: DRA. MANUELA GARCIA LIMA

RESUMO O presente estudo buscou estimar a real propensão dos indivíduos psicóticos agudos à pratica de atos de heteroagressividade durante internamento psiquiátrico, com vias a defrontar com o estigma do senso comum em relação a figura do portados de doença mental, bem como estabelecer em linhas gerais o perfil sócio-demográfico e clínico dos indivíduos com maior expressão de atos agressivos e as medidas contensivas mais queridas para o manejo desta clientela no transcorrer deste tipo de manifestação. Os resultados obtidos em nossa pesquisa apontaram uma freqüência relativamente baixa, de manifestação heteroagressiva por parte da nossa amostra, onde verificamos que de uma população de 112 psicóticos agudos internados na enfermaria masculina do Hospital Juliano Moreira, no período entre 01 de julho de 2011 à 31 de outubro de 2011, somente 26(23,21% ) exibiram comportamento agressivo numa média de menos de 03 episódios por paciente deste grupo, em 04 meses, sendo que na maioria dos eventos registrados a não foi necessário o emprego de nenhuma medida ativa de contenção(contenção física, contenção medicamentosa, contenção física e medicamentosa associadas), para inibir a progressão dos atos de violência, bastando apenas a advertência verbal por parte dos funcionários do serviço ou mesmo dos outros indivíduos em internamento, para que as agressões sejam interrompidas.Os números verificados neste estudo sugerem que os psicóticos agudos na faixa etária entre 18 e 30 anos de idade, apresentam uma resposta mais lenta ao tratamento e tendem a requer mais medidas ativas de contenção que os indivíduos com idade superior à 30 anos.Uma outra inferência que chama atenção foi de uma maior freqüência de manifestação heretoagressiva por parte de indivíduos com o diagnóstico enquadrado no grupo nos transtornos esquizofrênicos e transtornos delirantes (CID F20 à F29). Foi sugerida, pelos resultados obtidos a existência de uma estreita associação dos indivíduos com o diagnóstico enquadrado no grupo dos transtornos do humor (CID F30 à F39) e histórico de uso de substancia psicoativa, contudo ao se utilizar este dado como critério de análise verificou-se menores freqüências de manifestação agressiva, bem como o emprego menos freqüente de medidas ativas de contenção para o manejo deste grupo. Palavras-chave: Psicótico, Internamento, Psiquiátrico, Heteroagressiviade, Violência, Contenção, Esquizofrenia, Transtorno, Humor.

TEMA: INCIDÊNCIA DE MACROSSOMIA FETAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

ALUNO: MARCELO DE SANTANA MONTALVÃO GALLIZA

ORIENTADOR PROF. DR. CÉLIA MARIA STOLZE SILVANY

RESUMO A macrossomia fetal descreve um feto ou recém-nascido (RN) excessivamente grande, sendo uma intercorrência gravídica que provoca complicações freqüentes tanto para a mãe como para o RN. O conceito mais apropriado para a definição de RN macrossômico é o peso ao nascer igual ou superior a 4.000 gramas. Trata-se de um tema de saúde pública, onde conhecer a sua incidência permite uma avaliação das condições de saúde da população, da assistência médica e do custo socioeconômico envolvido. Diante disso, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar a incidência de partos com fetos macrossômicos, sendo utilizada uma revisão sistemática em banco de dados eletrônicos de periódicos científicos, sendo identificados inicialmente 50 estudos. Aplicando-se os filtros de busca pré-estabelecidos, 11 estudos foram selecionados e outros 3 foram encontrados após a consulta da lista de referências bibliográficas destes, totalizando 14 artigos. Assim, esse estudo manifestou e caracterizou a manigtude da macrossomia fetal, evidenciando a importância de se delinear e reforçar metas para a prevenção desta complicação gravídica, através principalmente de uma assistência pré-natal adequada. Palavras-chave: Macrossia Fetal, incidência, fetos macrossômicos.

TEMA: DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

ALUNO: MADSON SILVA OLIVEIRA

ORIENTADOR: DRA. MANUELA DE CERQUEIRA MAGALHÃES

RESUMO Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre estudos relacionados aos distúrbios de comportamento em pacientes com Doença de Alzheimer. Revisão sistemática da literatura. A busca foi realizada em bases de dados eletrônicas e em lista referência dos artigos identificados. O processo da análise dos estudos envolveu leitura de títulos, resumos e textos completos. Procurou-se por artigos apresentados na íntegra, escritos em português e inglês, sem delimitação do tempo. Estes artigos revelaram que os transtornos de comportamento em pacientes com Doença de Alzheimer (DA) são grandes provocadores de sobrecarga na vida do cuidador, entretanto, um consenso sobre o conceito desses transtornos ainda não está totalmente estabelecido. Além disso, ainda não está evidenciado quais sintomas não cognitivos são os principais responsáveis por aumento do impacto. Futuras pesquisas devem tratar desses aspectos com o intuito de esclarecer quais os melhores métodos de intervenção para esses casos. Palavras-chave: Doença de Alzheimer, distúrbios de comportamento, demência, idosos, cuidador.

TEMA: PERFIL DOS PACIENTES PORTADORES DE NÓDULOS SÓLIDOS MAMÁRIOS SUBMETIDOS À PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO ANO DE 2010.

ALUNO: MARCELO DE MACÊDO GUSMÃO

ORIENTADOR: PROF.ª ROSALITA NOLASCO DE MACÊDO GUSMÃO

RESUMO O câncer de mama é a neoplasia de maior incidência desconsiderando-se as neoplasias de pele, e o segundo que mais mata entre as mulheres. Esse trabalho tem como objetivo descrever o perfil clínico e anatomopatológico das pacientes portadoras de nódulos sólidos mamários submetidas à PAAF em uma clínica referência de assistência a mulher em Salvador no ano de 2010. O delineamento do estudo é de corte transversal, utilizando-se uma amostra de conveniência. Foram analisados em 360 prontuários as seguintes variáveis: idade, idade da menarca, data da última menstruação, tempo de uso de ACO, número de gestações, aleitamento materno, uso de TRH, método de detecção do nódulo, classificação BIRADS® do exame de imagem, realização da Core Biopsy e o seu resultado, realização da cirurgia e o seu resultado e o laudo citopatológico da PAAF. A média de idade das pacientes foi de 44,9 anos, a média de idade da menarca foi de 12,7 anos, a média de idade da última menstruação foi de 45,8 anos, 11,4% estavam em uso de TRH, 46,1% fizeram uso de ACO, 56,1% gestaram pelo menos um filho, 99,5% das que gestaram amamentaram. O principal método de investigação foi o USG ( 80,8% ), sendo a classificação BIRADS® entre 1 e 3 a mais frequente ( 73,4% ). Apenas 45 pacientes foram submetidas ao procedimento cirúrgico, a maioria fibroadenomas ( 64,4% ) e apenas 3 tiveram o diagnóstico de neoplasias maligna. A maioria dos laudos da PAAF foram de benignidade ( 58,3% ), sendo a taxa de não-diagnóstico no limite superior do esperado para a literatura ( 33,3% ). Somente 3 pacientes foram submetidas a Core Biopsy, sendo que em nenhuma delas essa modalidade alterou o planejamento terapêutico. O USG mostrou-se o método de detecção mais frequente, correspondendo a sua maior utilidade em mamas de pacientes mais jovens e no seguimento de punções com resultado de benignidade. A classificação BIRADS® mostrou correspondência significativa com a citopatologia, e nos resultados classificados como não-diagnóstico permitiu a conduta terapêutica em todas as pacientes em associação com o exame físico e o resultado de imagem. O perfil das pacientes portadoras de nódulos sólidos para as variáveis estudadas condizem com outros estudos da literatura médica internacional. No presente estudo, demonstrou-se que a principal estratégia diagnóstica para complementação do tripé com o exame físico e imagem é a PAAF guiada por USG, independente se a lesão é palpável ou não. Palavras-chave: Câncer de mama, Punção aspirativa por agulha fina, Epidemiologia.

TEMA: ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS DA HEPATITE C.

ALUNA: MARINA BARBOSA GUIMARÃES

ORIENTADOR: PROF.ª JUSSAMARA BRITO

RESUMO Objetivo: Identificar as dermatoses mais freqüentes associadas à infecção pelo vírus C da hepatite.Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática que utilizou as palavras-chave hepatite C, manifestações extrahepáticas, dermatopatias, dermatoses, prevalência, hepatitis C, extrahepatic manifestations, dermatopathy, dermatosis, prevalence. Os bancos de dados utilizados foram o SCIELO, LILACS e PubMed. Segundo os critérios de inclusão, estudos de prevalência escritos na língua inglesa e portuguesa, publicados entre 1º de janeiro de 2001 e 1º de março de 2012 foram selecionados. Resultados: Seis artigos foram selecionados. As dermatoses mais frequentemente associadas à infecção pelo HCV e que apresentaram relevância estatística (P<0,05) foram líquen plano, prurido, eritema necrolítico acral e Síndrome de Sjögren.Conclusão: Pacientes com mais tempo de infecção pelo HCV apresentaram mais manifestações extrahepáticas. É fundamental o reconhecimento das lesões dermatológicas associadas à infecção pelo vírus C pelo dermatologista e demais clínicos para o diagnóstico e tratamento da infecção viral. Palavras-chave: Dermatopatias, Hepatite C, Líquen Plano, Síndrome De Sjögren, Prurido, Eritea Necrolítico Acral.

TEMA: PROGRESSÃO CLÍNICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANO TIPO1 (HTLV-1) NO CENTRO DE HTLV DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA EM SALVADOR-BA.

ALUNA: NAJA CARDOSO PEREIRA DE SANTANA

ORIENTADOR: DR. RAMON DE ALMEIDA KRUSCHEWSKY

RESUMO Introdução: Atualmente, o Brasil constitui área de alta endemicidade para o HLTV-1, sendo Salvador a cidade com a maior prevalência da infecção. A mieolopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) é uma doença inflamatória, crônica e progressiva, sem remissão espontânea. Contudo, o real perfil da progressão clínica permanece indefinido, sendo variável entre os indivíduos. Houve tentativas de identificar possíveis fatores que esclarecessem a heterogeneidade da evolução clínica, porém, a literatura diverge nos achados, mantendo incertos os fatores de modificação na progressão da doença. Objetivo: Estudar a progressão clínica da infecção pelo HTLV-1 no Centro de HTLV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador, Bahia. Metodologia: Realizou-se um estudo observacional, descritivo e retrospectivo. Foram analisados pacientes com diagnóstico definido e provável de HAM/TSP entre o período de agosto de 2002 a dezembro de 2011. Dados clínicos e laboratoriais - incapacidade neurológica, presença de obstipação, distúrbios vesicais, ceratoconjutivite seca e carga proviral - foram comparados, entre a primeira e última consulta. Os pacientes foram divididos em diferentes grupos de acordo com a evolução neurológica e, possíveis preditores, associados aos diferentes cursos clínicos, foram comparados. Resultados: Foi analisado um total de 105 pacientes. Identificou-se que significativamente mais pacientes apresentaram distúrbios vesicais e ceratoconjutivite seca na última avaliação clínica, quando comparado com a primeira consulta. Os pacientes que evoluíram com melhora do quadro motor possuíam significativamente menor duração de doença e maior prevalência de realização de fisioterapia motora durante o período de seguimento. A carga proviral apresentou correlação com a escala de avaliação da incapacidade neurológica no momento de avaliação inicial e manteve-se relativamente estável, ao longo do período de seguimento, independentemente da progressão clínica. Conclusão: O curso da evolução neurológica nos pacientes do Centro de HTLV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública é influenciado pela intervenção terapêutica realizada no local. Deve-se reconhecer, portanto, a importância da indicação da fisioterapia motora para os pacientes com HAM/TSP. Da mesma forma, a duração da doença deve ser levada em conta, visto que este fator pode desempenhar importante papel nos resultados terapêuticos. Palavras-chave: HTLV-1, HAM/TSP, Progressão Clínica, Preditores de progressão, Epidemiologia.

TEMA: FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO ÓBITO ENTRE ASMÁTICOS GRAVES DO PROGRAMA PARA O CONTROLE DA ASMA NA BAHIA (PROAR).

ALUNA: PRISCILA DE ABREU FRANCO

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MARIA ILMA ARAÚJO

RESUMO Introdução: A asma grave vem crescendo em prevalência e está associada à comorbidades, tendo elevado risco de óbito. A análise da adesão ao tratamento e das comorbidades que se associam ao óbito, permitem melhor planejamento das ações de saúde para atenção à população alvo, podendo prevenir a morbimortalidade. Objetivo: Identificar as comorbidades e a adesão ao tratamento como possíveis preditores para ocorrência dos óbitos por asma grave nos casos atendidos na coorte da Central de Referência do Programa para o Controle da Asma na Bahia (ProAR) entre 2002 e 2010. Metodologia: Trata-se de um estudo caso-controle, retrospectivo, onde foram analisados 50 óbitos, comparando-os com 200 controles asmáticos graves vivos. Resultados: Os pacientes que foram ao óbito eram na sua maioria do sexo masculino (56%), com média de idade de 62 anos e 54% eram aposentados. Já o grupo controle foi composto em sua maioria por pacientes do sexo feminino (78%), com média da idade de 56 anos e 35% eram donas de casa (do lar). Em relação à presença das comorbidades avaliadas, não foi encontrado diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. No entanto, quando analisada a população estudada conjuntamente, observou-se a presença de alta frequência de rinite alérgica (75%), doença do refluxo gastroesofágico (43%), hipertensão arterial sistêmica (47%) e obesidade (32%). Diabetes mellitus ocorreu em apenas 8% dos pacientes. Quanto à adesão ao tratamento, o grupo de pacientes que evoluiu para o óbito apresentou menor controle da asma (p < 0,0001), maior frequência de crises da doença (p = 0,0001) e menor frequência do uso regular da medicação preventiva no período avaliado (p = 0,0952) do que o grupo controle. Conclusão: Com relação às comorbidades avaliadas, não foi encontrada diferença estatisticamente significante que fosse preditora de óbito entre os dois grupos avaliados. Entretanto, ambos os grupos apresentaram incidência igualmente elevada de rinite alérgica, doença do refluxo gastroesofágico, hipertensão arterial sistêmica e obesidade, fatores que devem estar associados à gravidade da asma. Os pacientes que apresentaram maior risco para óbito entre asmáticos graves do ProAR foram os homens, com idade avançada e aposentados, com menor adesão ao tratamento e com pobre controle da asma. Para esse perfil de pacientes deve ser dispensada atenção especial pela equipe do Programa. Palavras-chave: Asma, Fatores de Risco, Óbito, Comorbidades, Adesão ao Tratamento.

TEMA: AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ATEROSCLEROSE SUBCLÍNICA E FUNÇÃO DIASTÓLICA.

ALUNA: PATRÍCIA FONTES DA COSTA SILVA

ORIENTADOR: PROF.ª MARISTELA MAGNAVITA OLIVEIRA GARCIA

RESUMO Introdução: Disfunção diastólica refere-se às anormalidades mecânicas do miocárdio e há estudos epidemiológicos e multicêntricos, descrevendo fatores de risco e tratamentos que permitem prevenir ou regredir esta condição em fase inicial. Estudos prévios demonstraram uma associação negativa significante entre carga aterosclerótica e função diastólica em indivíduos com ou sem fatores de risco, reforçando a necessidade de pesquisas que visem encontrar as populações que mais se beneficiariam da intervenção precoce. A população obesa costuma apresentar altas cargas ateroscleróticas e estar em estágio de aterosclerose subclínica, que precede o processo de aterosclerose por décadas, progredindo lentamente antes de causar manifestações clínicas. Objetivo: Testar a hipótese de que carga aterosclerótica influencia função diastólica em mulheres com excesso de peso. Metodologia: Foram selecionadas 40 mulheres >18 anos, sem histórico de doença isquêmica, IMC ≥ 25 Kg/m², acompanhadas no Ambulatório da EBMSP. Utilizando-se ultrasom bidimensional com Doppler, obtiveram-se parâmetros da Função Diastólica do Ventrículo Esquerdo (FDVE), sendo escolhida a relação E/A como variável desfecho. Foram dosados proteína C reativa de alta sensibilidade (PCRas), colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicérides (TRG) e glicemia (GLIC). Registraram-se: peso, altura, índice de massa corpórea (IMC), cintura abdominal (CA), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC) e Escore de Risco de Framinghan (ERF) além da espessura médio intimal carotídea composta (EMIC). RESULTADOS: Foram avaliadas 40 mulheres com idade 43±10 anos, IMC 36±6 Kg/m², pressão arterial 133±17 X 86±12 mmHg, CA 108±11 cm, CT 223±68 mg/dl, HDL 51±11 mg/dl, LDL 146±56 mg/dl, TRG 138±87 mg/dl, GLIC 106±54 mg/dl, mediana de PCR 3,9 mg/L (0,66-10), EMIC 0,7±0,1 mm e E/A 1,2±0,5. Através da correlação de Pearson, EMIC mostrou correlação significativa com E/A (r = -0,52, p = 0,001), e também as seguintes variáveis de risco: idade (r = - 0,52, p = 0,001), CT (r = - 0,39, p = 0,014), LDL-c (r = - 0,39, p = 0,014) e TRG (r = - 0,47, p = 0,002). Em modelo multivariado de regressão linear, permaneceram, de forma independente, relacionados à FDVE: EMIC e TRG, com seus respectivos coeficientes beta de -0,41 e -0,34 e p de 0,005 e 0,017. Observou-se também diferenças significativas das médias de EMIC e demais marcadores de risco cardiovascular entre os dois grupos de E/A (sem e com disfunção diastólica), pelo teste t pareado, conforme valores: EMIC (0,65±0,09 X 0,78±0,15, p=0,006), idade (41 ±10 X 52 ±6 anos, p=0,013), PAS (131 ±15 X 151 ±20 mmHg, p=0,008), PAD (84 ±11 X 97 ±14 mmHg, p=0,022), COLT (207 ±31 X 309 ±139 mg/dl, p=0,011), LDL (133 ±25 X 212 ±118 mg/dl, p=0,001), TRG (121 ± 58 X 241 ± 151 mg/dl, p=0,001), GLIC (95 ±15 X 162 ±123 mg/dl, p=0,004) e pontuação no ERF (5,9 ±5 X 15 ±2, p=0,003). Conclusão: Carga aterosclerótica associa-se negativamente, de forma independente, com função diastólica em mulheres com excesso de peso. Dos marcadores de risco cardiovascular clássicos, triglicérides mostrou ter também impacto negativo na função diastólica. Palavras-chave: Função Diastólica, Aterosclerose Subclínica, Obesidade.

TEMA: EDEMA PULMONAR POR PRESSÃO NEGATIVA: CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO CLÍNICA.

ALUNA: PRISCILA LORIA DA SILVA

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. IÊDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO Introdução: o edema pulmonar por pressão negativa (EPPN) é uma entidadede quadro clínico grave, porém com baixa morbi-mortalidade. Acomete, principalmente, adultos de média idade sadios. Objetivo: Identificar as características clínicas mais frequentes nos pacientes que desenvolvem edema pulmonar por pressão negativa, associando-os ao desfecho do quadro. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da lietratura, com base nos bancos de dados LILACS, PubMed, Scielo, Bireme, Medline, biblioteca Cochrane e Chest Journal. Foram incluídos relatos de caso e séries de caso de pacientes maiores de doze anos que desenvolveram edema pulmonar por pressão negativa. Resultados: Foram selecionados 14 artigos publicados entre os anos de 1996 e 2010. A principal causa do EPPN é o laringoespasmo e os principais sinais e sintomas encontrados foram dessaturação, esforço respiratório vigoroso, crépitos à ausculta pulmonar, presença de secreção rósea espumosa em grande quantidade e infiltrado intersticial bilateral na radiografia de tórax. Não foi evidenciada relação entre doenças pulmonares prévias e desenvolvimento do EPPN e não foi mostrada associação entre a gravidade do quadro e o tempo de resolução dos sintomas. Conclusão: O EPPN é uma patologia de quadro clínico variável. É necessária suspeição da doença em pacientes cirúrgicos recém-extubados que apresentem insuficiência respiratória aguda, para que o tratamento adequado seja instituído o mais precocemente possível, reduzindo os agravos à saúde. Palavras-chave: Revisão sistemática; Edema pulmonar por pressão negativa; Laringoespasmo; Manifestações clínicas.

TEMA: O PAPEL DA QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE NOS GLIOMAS DE ALTO GRAU: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

ALUNO: PEDRO PAULO DE ANDRADE GOMES

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. AKNAR FREIRE DE CARVALHO CALABRICH

RESUMO Introdução: Os gliomas de alto grau (GAG) correspondem a aproximadamente 80% dos tumores primários do SNC e são representados pelo glioblastoma, astrocitoma e oligodendrogliomas anaplásicos. Apesar da baixa incidência, os gliomas apresentam altas taxas de morbi-mortalidade. As taxas de sobrevida em 5 anos vai variar de acordo com o tipo histológico chegando a 3,3% para o glioblastoma. O diagnóstico é histológico, mas modernas técnicas de imagem têm conseguido identificar e graduar o tipo. O objetivo do tratamento inclui prolongamento da sobrevida e diminuição da morbidade. Para isso faz-se necessário prevenir o crescimento desses tumores, minimizar complicações relacionadas ao tratamento e, além disso, reduzir as chances de recidiva. Para os gliomas de alto grau são propostos como tratamento a cirurgia além da radioterapia e quimioterapia adjuvantes. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento adjuvante com quimioterapia (QT) e radioterapia (RT) no tratamento de pacientes com gliomas de alto grau submetidos à cirurgia apenas em relação à sobrevida livre de progressão e sobrevida global. Métodos: Uma busca eletrônica dos últimos 20 anos foi realizada nos bancos de dados PUBMED/MEDLINE e The Cochrane Library com objetivo de encontrar ensaios clínicos randomizados com pacientes com GAG submetidos a RT mais QT e comparados a RT apenas. Resultados: Dos 28 estudos analisados apenas 5 forma incluídos nesta revisão. 2 desses estudos analisavam apenas glioblastoma (GB) com temazolamina como QT adjuvante, sendo um com QT concomitante a RT e outro com QT pós-RT, 2 analisavam outros tipos de gliomas que não GB e como QT procarbazine, lomustine, vincristine (PCV) e 1 analisava ambos os tipos de tumores e utilizava PCV com QT. Discussão: Um aumento da sobrevida (p< 0,0001; HR=0,63; 95% CI, 0,53 a 0,75) e progressão da doença foi observada em um dos estudos que utilizou TMZ, mas não no outro. Nos estudos que não analisaram Gb a progressão da doença foi significativamente melhor no grupo RT/PCV versus RT apenas com mediana de 23,0 versus 13,2 mêses, respectivamente, (P=0,018; HR=0,68,95% CI, 0,53 a 0,87) em um e com mediana de 2,6 anos versus 1,7 anos (P=0,004; HR=0,69; 95% CI, 0,52 a 0,91) no outro. Em relação a sobrevida não houve benefício significativo. não na sobrevida. O estudo com ambos os tipos de tumores não observou melhora em nenhum dos resultados sobrevida com mediana de sobrevida para os grupos de 10 meses (p = 0,55; HR = 0.95; 95% CI, 0.80 a1.12) e progressão da doença com mediana de 6 meses para cada grupo (P = 0,46; HR = 0.93; 95% CI, 0.78 to 1.10). Conclusão: Novos esquemas de tratamento precisam ser desenvolvidos e tudo indica que vão permear no âmbito biomolecular como o silenciamento epigenético do gene MGMT. Atualmente, RT/PCV é recomendado para todos pacientes com GB aptos para terapia radical, podendo ser extrapolado para outros gliomas malignos. Palavras-chave: Glioblastoma, Gliomas de alto grau, Quimioterapia adjuvante, Temazolamina.

TEMA: OBESIDADE E GENO VALGO NA INFÂNCIA.

ALUNA: LAÍSE MOTA TORRES

ORIENTADOR: DR FERNANDO CAL GARCIA FILHO, M.D.

RESUMO Introdução: A obesidade passou a se apresentar como uma epidemia do século XXI, inclusive nas crianças. Apesar da alta incidência as causas não estão bem definidas. Sabe-se que é uma patologia multifatorial e geradora de diversas complicações, inclusive na área ortopédica. Dentre elas, o Geno Valgo é o que aparece mais vezes associado ao excesso de peso, além de ser uma patologia muito frequente em ortopedia infantil. Objetivo: Demonstrar a relação entre a obesidade e o Geno Valgo na infância. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da EBMSP, com 53 pacientes provenientes do ambulatório de ortopedia do Hospital Infantil Martagão Gesteira, com idade entre 2 e 14 anos. O critério de escolha foi distância intermaleolar maior ou igual a 6 centímetros. Foi coletado nesses pacientes dados de identificação e antropométricos (Peso, altura e cálculo do IMC). Foi realizada análise descritiva dos variáveis do sexo, idade, peso, altura, DIM e escore Z (classificação do estado nutricional infantil pela OMS). E calculada a correlação entre as variáveis do escore Z e DIM e também do peso e DIM através do coeficiente de correlação de Pearson (dados analisados pelo teste “t de student”). Resultados: A média de idade foi de 4,16 anos e 71,7% eram do sexo masculino. A faixa etária pré-escolar foi a mais prevalente, com 71,7% do total. A DIM média encontrada foi 9,19 cm, e a altura, peso e IMC médios foram respectivamente 1,07 m, 23,9 kg e 19,07 kg/m2. Crianças obesas representavam 20,8% da amostra, sendo que apenas 41,5% tinham estado nutricional normal. No cálculo da correlação entre o escore Z e a DIM, foi encontrado um valor de r=0,006, significando uma correlação infimamente positiva (p=0,96) e uma correlação moderadamente positiva entre o peso e o escore Z (p=0,000). Conclusão: A obesidade tem variantes como o peso e a altura, dessa forma, a presente pesquisa, conclui que a obesidade tem sim influencia sobre o geno valgo da criança. No que diz respeito ao excesso de peso, uma característica da patologia. Palavras-chave: Obesidade infantil, Geno Valgo, DIM, Escore Z.

TEMA: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS NEUROMUSCULARES ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DA ESCALA MFM.

ALUNA: RAYANE SERRANO PAREDES

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MARCELA CÂMARA MACHADO COSTA

RESUMO Introdução: A escala da Medida da Função Motora (MFM) foi elaborada por um grupo de pesquisadores franceses, no ano de 2005, com o intuito de construir um instrumento específico de avaliação para as doenças neuromusculares. Foi traduzida e validada para o português no ano de 2008. Objetivos: Avaliar quantitativamente a função motora de pacientes portadores de doenças neuromusculares, utilizando-se do instrumento de Medida da Função Motora (MFM), em um ambulatório na cidade de Salvador. Justificativa: A MFM é uma escala abrangente e específica paras as doenças neuromusculares e os materiais para aplicá-la são de baixo custo e fácil aquisição. Metodologia: Trata-se de um estudo longitudinaldescritivo, onde foram avaliados 20 pacientes, comidades variando entre seis e 70 anos, sendo 12do sexo masculino. A escala MFM foi aplicada em dois momentos, com intervalo médio de 110 dias. A escala é composta por 32 itens, que estão classificados em três dimensões, D1,D2,D3 e cada item apresenta uma variação de escore entre 0 e 3. Para análise dos dados foi utilizado o programa estatístico SPSS 14.0. Resultados: A maioria da amostra era do sexo masculino, solteiro e da cor parda. Apenas sete dos 20 pacientes incluídos na pesquisa realizaram a repetição da escala, pois grande parte ainda não havia atingido o intervalo de tempo estabelecido para a reavaliação. Os resultados mostraram que esses sete indivíduos não sofreram alterações na função motora ao longo do tratamento. Conclusão: A escala é capaz de detectar alterações na função motora de pacientes com DNM, prever possíveis perdas motoras e demonstrar estabilização do quadro clínico. Palavras-chave: Doenças neuromusculares, Medida da função motora, Escala MFM.

TEMA: COMPLICAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS DOS PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO GRAVE NA FILA DE ESPERA PARA A PARATIREOIDECTOMIA.

ALUNO: ROBERTO MEIRELES LARANJEIRA DE CASTRO

ORIENTADOR: DRA. CAROLINA LARA NEVES

RESUMO Introdução: O HPTS é uma complicação precoce da DRC. Evolui da interação complexa dos distúrbios do metabolismo mineral, alterações do CaT, P, PTH e vitamina D ocasionando a calcificação vascular e contribuindo para a mortalidade geral e complicações cardiovasculares. O HPTS grave está associado à resistência ao tratamento clínico atualmente disponível no Brasil, evoluindo para a necessidade de PTX. Objetivo: Correlacionar o tempo médio de espera dos pacientes renais crônicos, desde a indicação de PTX até a realização dessa cirurgia, com as principais alterações e complicações clínicas e bioquímicas referentes ao HPTS. Metodologia: Estudo descritivo e retrospectivo de coleta de dados nos prontuários de pacientes em programa de diálise referenciados ao Ambulatório dos Distúrbios do Metabolismo Mineral e Ósseo da DRC no Hospital Ana Nery (ADMO-DRC/HAN) que realizaram PTX no período de jan/2008 a dez/2010. Foram coletados dados epidemiológicos (idade, gênero, tipo de diálise, causa da DRC e tempo em TRS), clínicos (sintomas, sinais e antecedentes médicos) e laboratoriais (CaT, P, FA e PTH) em três momentos específicos de acompanhamento no ADMO-HAN: na consulta de admissão no ambulatório, na indicação da PTX e na consulta pré-PTX. Resultados: Dos 53 pacientes, a maioria (54,7%) pertencia ao sexo feminino. A média de idade foi de 41,7 ± 11,3 anos. O tempo médio em diálise no momento da admissão foi de 91,2 ± 45,9 meses. O intervalo de tempo médio entre a consulta de indicação da PTX até a realização dessa cirurgia foi de 13,9 meses. Na admissão, 73,6% dos pacientes eram sintomáticos, aumentando para 84,9% na pré-PTX. Ainda na admissão, 50% dos pacientes apresentavam CaT > 10mg/dL e 52,4% pacientes apresentavam P > 5,5mg/dL. Nesse período, 75% apresentavam PTH > 1000pg/mL. Esta prevalência manteve-se nos demais períodos de avaliação. Conclusão: A referência tardia ao ADMO-DRC/HAN, a dificuldade ou a impossibilidade do tratamento precoce do HPTS, com as medicações atualmente disponíveis, justificariam a gravidade da doença no momento da admissão. Urge a necessidade da capacitação de novos centros habilitados em realizar a PTX nos pacientes portadores de HPTS grave, pois ainda é significativo o tempo de espera para a realização dessa cirurgia, o qual influencia na morbimortalidade dessa população. Palavras-chave: Doença renal crônica, Distúrbios do metabolismo mineral e ósseo, Hiperparatireoidismo secundário, Paratireoidectomia.

TEMA: PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER NO AMBULATÓRIO DE MEMÓRIA EM UM HOSPITAL ESPECIALIZADO DE SALVADOR/BA.

ALUNO: ROBERTO FREIRE MARGOTTI

ORIENTADOR: PROF.ª MANUELA DE O. C. MAGALHÃES

RESUMO Introdução: É nítido que a população de idosos tem aumentado no Brasil. A doença de Alzheimer (DA) e depressão são duas das doenças crônico-degenerativas mais prevalentes em idosos. O diagnóstico diferencial entre essas duas patologias, frequentemente é difícil e nem sempre é excludente, muitas vezes havendo uma sobreposição dos sintomas, o que faz necessário uma avaliação clinica cuidadosa. Objetivo: Caracterizar os casos de depressão em pacientes com diagnóstico de Doença de Alzheimer. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico retrospectivo de corte transversal com dados secundários baseado em informações registradas em prontuários, sendo esses pacientes diagnosticados com DA e acompanhados no ambulatório de memória do Centro Geriátrico de um hospital filantrópico da cidade de Salvador-Bahia no período de janeiro a abril de 2012. Resultados: Da amostra de 51 pacientes estudada, 78,4% eram do sexo feminino e 21,6% do masculino. Sendo constatado que a prevalência de depressão na DA neste estudo foi de 52,9%, sendo 47,1% diagnosticado apenas com DA. Discussão: Essa elevada taxa de prevalência no presente estudo, se deve a uma equipe multidisciplinar bem preparada e por se tratar de um ambulatório especializado, tendo em vista a dificuldade diagnóstica entre essas patologias. Além de uma prevalência significante no sexo feminino, ocasionado pela feminilização da velhice. Conclusão: Há uma alta prevalência de depressão em pacientes diagnosticado com DA, sendo de fundamental importância que o médico faça o diagnóstico e tratamento da doença o mais breve possível, reduzindo assim a incapacidade do paciente, como também a institucionalização precoce do mesmo. Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Depressão, Prevalência, Idosos.

TEMA: O PROCESSO INFLAMATÓRIO NA FISIOPATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA: CAUSA OU CONSEQUÊNCIA?

ALUNO: RAFAEL ALVES VIVAS

ORIENTADOR: PROF. JOSE BARBOSA DE OLIVEIRA FILHO

RESUMO A esquizofrenia sempre foi considerada um transtorno psiquiátrico intrigante e sua patogênese é alvo de incessante estudo há muitos anos. Recentemente, novas teorias agregaram conhecimentos às teorias previamente estabelecidas, que postulavam uma desregulação na sinalização de alguns neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina. Este trabalho monográfico visa analisar e compilar, através de uma revisão sistemática da literatura, as novas teorias que se dispõem a esclarecer a fisiopatologia da esquizofrenia. Essas novas teorias sugerem o sistema imune como grande autor das alterações do sistema nervoso central, através da sinalização defeituosa de citocinas (como o TNF, EGF, IL-6 e NRG), da desregulação da cadeia apoptótica e do aumento considerável dos processos oxidativos. Estas alterações influenciam diretamente o desenvolvimento funcional do cérebro, provocam déficits na plasticidade sináptica e influenciam o controle de neurotransmissores específicos. Dentre as causas mais prováveis para o surgimento da doença, têm-se a sobreposição de componentes genéticos e ambientais, que parecem se comunicar em momentos específicos do desenvolvimento para que a doença desabroche. Sítios genéticos específicos e correlacionados com a resposta imune/inflamatória já foram desvendados e ganharam ampla importância na susceptibilidade do indivíduo a esquizofrenia. Dentre os fatores ambientais, os eventos obstétricos em geral, como hipóxia, isquemia e traumas, parecem ser os protagonistas das alterações imunes necessárias para a gênese do transtorno. Neste período específico do desenvolvimento cerebral, a barreira hemato-encefálica imatura permite a ação de agentes inflamatórios no SNC, ativando as células da micróglia e promovendo a inflamação dos microvasos cerebrais. Desta maneira, as modificações estruturais alteram o suprimento energético, o metabolismo e o desenvolvimento encefálico, além de, à longo prazo, promover um processo neurodegenerativo incessante, que culmina no surgimento dos sintomas psicóticos. Palavras-chave: Esquizofrenia, Teorias, Citocinas, Processo Inflamatório.

TEMA: ACESSIBILIDADE DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TÓRAX NO HOSPITAL ESPECIALIZADO OCTÁVIO MANGABEIRA.

ALUNO: RAFAEL PRAXEDES CAVALCANTE NOGUEIRA

ORIENTADOR: DR. MARCELO CHALHOUB COELHO LIMA

RESUMO Introdução: A Tomografia Axial Computadorizada é um método diagnóstico que tem cada vez mais aumentado a sua importância na avaliação clínica por imagem. Na pneumologia, o seu surgimento compara-se como avançar da radiografia simples de tórax para uma numerosa sequência de radiografias. É importante um estudo em que se avalie o tempo necessário para a realização e disponibilização dos resultados do exame, tendo um hospital público e de referência do estado da Bahia como foco deste desta pesquisa. Objetivo: Descrever o tempo decorrido desde a solicitação da TAC de tórax até a disponibilização de seu resultado para o médico assistente em um hospital de referência em pneumologia da rede pública do estado da Bahia, além de descrever o diagnóstico e o perfil demográfico dos pacientes em que foi solicitado o exame. Metodologia: Estudo descritivo retrospectivo, realizado no período de agosto de 2011 a fevereiro de 2012, em que foram revisadas todos os pedidos de tomografias de tórax, que foram solicitadas nesse período, consecutivamente. Os dados correspondem a 100 pacientes em que se foi solicitada e realizada a TAC de tórax (totalizando 102 solicitações) com os quais se preencheu uma ficha padronizada. A análise estatística foi realizada através do programa SPSS versão 14.0. Resultados: A idade da população estudada variou entre 13 a 91 anos, com média de 52,73 anos e mediana de 52,5 anos. Dos pacientes, 52 (52%) eram homens e 48 (48%) eram mulheres. Observou-se que, dentre as principais patologias, 23% dos pacientes apresentam câncer de pulmão; 21%, ITR; 13% tuberculose pulmonar; 11%, DPOC; entre outras patologias, associadas ou não. O tempo entre a solicitação e a realização do exame (tempo 1) teve média de 10,2 dias e mediana de 8 dias. O tempo entre a realização do exame e seu laudo estar disponível no HEOM teve média de 15,2 dias e mediana de 13 dias. O tempo integral deste processo teve média de 25,4 dias e mediana de 22 dias. Conclusão: O presente estudo sinaliza a existência da dificuldade do acesso à TAC de tórax no hospital de referência em pneumologia do estado da Bahia, não só na demora de marcação, mas principalmente em elaborar o laudo e disponibilizar o resultado aos médicos assistentes. Palavras-chave: Tomografia Computadorizada, Pneumologia, Rede Pública.

TEMA: PERFIL CLÍNICO E EPIDEMILÓGICO DOS PACIENTES COM RCUI ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA EM SALVADOR-BA.

ALUNA: RENATA CAVALCANTI PORTELA

ORIENTADOR: DRA. GENOILE OLIVEIRA SANTANA

RESUMO Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal (DII) corresponde a um distúrbio inflamatório crônico do trato gastrointestinal. É dividida em Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI), Doença de Crohn (DC) e Colite Indeterminada (CI). Sua patogênese não está estabelecida, mas decorre de uma associação entre fatores genéticos e ambientais. A RCUI é caracterizada por episódios recorrentes de inflamação difusa limitada à camada mucosa do cólon. Os sintomas clínicos característicos incluem diarreia sanguinolenta intermitente, urgência retal e tenesmo, e caracteriza-se por períodos de exacerbação e remissão. A localização da doença é dividida em proctite, colite esquerda e colite extensa. O diagnóstico de DII é confirmado por achados característicos na protosigmoidoscopia ou colonoscopia com biópsias, além de exame de fezes negativo para causas infecciosas. O tratamento farmacológico objetiva prolongar o período de remissão. Na RCUI, os medicamentos mais utilizados são os aminosalicilatos, e menos frequente, os corticoides, imunussupressores e anti-TNF. Têm-se observado um crescimento da incidência de DII no Brasil, entretanto, ainda existem poucos estudos epidemiológicos sobre essa patologia. Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de RCUI atendidos em uma unidade de referência de Salvador-BA. Materiais e métodos: Foi elaborado um estudo descritivo com amostra de conveniência em um centro de referência para pacientes adultos com diagnóstico de RCUI. Foram realizadas entrevistas com os pacientes e revisão de prontuários. A análise estatística foi realizada com a utilização do programa SPSS 17.0 (SPSS, Chicago, IL), onde as variáveis foram apresentadas através de frequências absolutas e relativas e medidas de tendência central e dispersão (média ± desvio padrão). Resultados: Foram analisados 123 pacientes, sendo 61,8% do gênero feminino e 38,2% do gênero masculino. A média de idade foi de 44,2 ± 14,2 anos. O tempo médio entre o início dos sintomas e a determinação do diagnóstico foi de 21,1 meses. A idade média ao diagnóstico foi de 37,4 ± 12,6 anos. A maioria dos pacientes se autodeclarou pardo, 34,1% negros e 15,5% brancos. A maioria dos pacientes (89.9%) não apresentava história familiar de DII. Com relação à localização da lesão, 43,1% dos pacientes apresentavam colite extensa, 42,3% colite esquerda e apenas 13,8% cursavam com proctite ulcerativa. Apenas 26,8% dos pacientes necessitaram de internação hospitalar no último ano devido à atividade da doença. Apenas 2 pacientes necessitaram de colectomia total. Com relação à medicação, a maioria dos pacientes se encontrava em uso de aminosalicilatos, e 88,6% dos pacientes apresentavam resposta clínica adequada. Discussão e conclusão: A maioria dos pacientes era do gênero feminino e a história familiar de DII foi infrequente, reforçando a possível importância de fatores ambientais para a etiologia da doença. A maior frequência de colite extensa pode ser explicada pelo fato do estudo ter sido realizado em um centro

de referência. A maioria dos pacientes no ambulatório estava em uso de aminosalicilatos, sendo a manutenção menos frequente com a azatioprina, bem como uma indicação rara de colectomia. Poucos pacientes estavam tomando corticosteroides, o que implica que a maioria teve uma boa resposta à terapia de manutenção. Palavras-chave: Doenca inflamatória intestinal; Retocolite Ulcerativa Idiopática; Epidemiologia; Tratamento.

TEMA: ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS E LABORATORIAIS DE PACIENTES INTERNADOS COM DENGUE EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE SALVADOR-BA.

ALUNA: SYLVIA PATRÍCIA TEIXEIRA LEDO

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. ISADORA SIQUEIRA

RESUMO

Introdução: A dengue é uma doença infecciosa febril aguda com 4 sorotipos conhecidos (DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4), transmitida principalmente pelo Aedes Aegypti, com predominância nos meses quentes. Seu espectro clínico varia de formas assintomáticas/oligossintomáticas até quadros graves com hemorragia, choque, ou complicações, podendo evoluir para óbito. O diagnóstico é feito com base em dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. Objetivo: Descrever a epidemiologia e manifestações clínicas de crianças internadas com dengue em um hospital pediátrico. Metodologia: Trata-se de um estudo longitudinal, descritivo, retrospectivo, feito a partir da revisão de prontuários de todas as crianças internadas com diagnóstico de dengue no Hospital da Criança das Obras Sociais Irmã Dulce (Salvador-BA), entre janeiro e dezembro de 2011. Resultados: Cento e cinco pacientes foram incluídos no estudo. O maior número de admissões ocorreu em maio e junho, e a maioria dos pacientes (90,5%) era procedente de Salvador-BA. A média de idade dos pacientes foi de 9,82 anos, com predominância do sexo feminino (54,3%). O tempo médio de início dos sintomas foi de 6,13 dias, sendo os mais prevalentes: febre (98,1%), cefaleia (67,6%) e dor abdominal (52,4%). Ao exame físico da admissão os achados mais comuns foram: exantema cutâneo (18,1%), hepatomegalia (18,1%) e linfadenomegalia (9,5%). Os sinais de alarme estavam presente em 53,3% dos pacientes, sendo os mais comuns: dor abdominal contínua (35,2%) e vômitos persistentes (22,9%). A prova do laço foi positiva em apenas 06 (5,7%) casos. Setenta pacientes (66%) tiveram extravasamento plasmático. A média do menor número de plaquetas foi 97,1 e a do maior valor de hematócrito 38,75. Oitenta e três (79%) casos foram classificados como dengue clássica e 22 (21%) como FHD, sendo que 38% pertenciam ao grupo A de classificação de risco, 3,8% ao grupo B e 58,2% ao grupo C. Setenta e oito (74,2%) crianças eram IgM positivas, 8 (7,6%) possuíam NS1 positivo e 26 (24,7%) possuíam isolamento viral positivo, com predomínio do sorotipo 2 (84,6%). O tempo médio de internação foi de 3,8 dias. Dois pacientes complicaram, mas nenhum evoluiu para óbito. Discussão: as crianças do estudo representaram 29,2% dos casos de dengue clássica em Salvador em 2011 e 36% dos casos de FHD. O período de maior número de admissões coincidiu com o período mais chuvoso de Salvador-BA, mostrando a relação da umidade com o número de vetores transmissores da doença. O aparecimento de febre, cefaleia e dor abdominal como sintomas mais comuns esteve de acordo com dados da literatura, bem como o pequeno número de casos positivos da prova do laço e o grande número de crianças com sinais de alarme. Não houve caso de óbito neste estudo, o que se enquadra nos parâmetros da OMS, de que a mortalidade aceitável por dengue é de até 1%. Conclusão: O achado de um elevado número de casos graves dentre os pacientes deste estudo reintera a importância de que mais estudos para conhecer os aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais de pacientes pediátricos internados com dengue seja feito em outras localidades. Palavras-chave: dengue clássica; febre hemorrágica da dengue; crianças.

TEMA: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DA DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

ALUNO: CÉSAR LIMA DE OLIVEIRA

ORIENTADOR: DR. RAUL COELHO BARRETO.

RESUMO Introdução: As doenças hipertensivas gestacional merecem bastante destaque no cenário da saúde pública mundial. Hoje, respondem como terceira causa de mortalidade materna no mundo e primeira no Brasil. Tem-se discutido a melhor terapêutica para os quadros de hipertensão em vários momentos do ciclo gravídico-puerperal, objetivando sempre a redução de altos índices de morbimortalidade materna e fetal. Objetivo: analisar a doença hipertensiva gestacional a fim de avaliar o tratamento mais conveniente. Método: revisão sistemática através dos Bancos de Dados: Lilacs, Scielo e Bibliomed; e de revisões publicadas. Resultados e conclusões: os resultados atuais questionam procedimentos arraigados, fundamentados em tradição e não em evidências. Manejo não-medicamentoso e controle clínico-laboratorial rigoroso em hipertensão leve a moderada, tratamentos com labetalol, nifedipino e sulfato de magnésio como agentes mais propícios em diversas categorias de hipertensão na gestação e precauções com a utilização de metildopa e hidralazina por seus efeitos adversos surgem como os aspectos mais dignos de nota e reflexão. Palavras-chave: Doença hipertensiva gestacional, tratamento, gestantes.

TEMA: PREJUÍZO FUNCIONAL NO TRANSTORNO BIPOLAR.

ALUNA: CAMILA OLIVEIRA RÊGO

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MANUELA GARCIA LIMA

RESUMO Objetivo: Descrever o comprometimento funcional dos portadores de transtorno bipolar. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes portadores de TAB .Para esse estudo , usa-se como instrumentos, uma ficha de avaliação de dados sócio-demográficos e clínicos e três escalas para avaliação do funcionamento pessoal. Resultados: O tamanho da amostra foi de 24 pacientes, onde 54,2% (n=13) pertenciam ao sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi 46,08±13,497. Comparou-se diversos dados sócio-demográficos e clínicos, como por exemplo, o tempo de doença,onde a média correspondeu a 19,92±13,031. Na análise, as mulheres tiveram uma representação maior no que diz respeito á conclusão do 3º grau, equivalendo a 69,2%(n=9). Em relação ao estado civil, a maior parte dos homens é solteiro, correspondendo a 51%(n=6) e a maior parte das mulheres é casada, correspondendo a 38,5%(n=5). Em relação à história familiar de TAB, essa teve maioria representativa tanto no sexo feminino, 53,6%(n=7) como no sexo masculino, correspondendo a 63,6%(n=7).Em relação as médias de pontos nas três escalas de funcionamento, o sexo feminino apresentou pontuação maior que o sexo masculino em toda elas. Foi encontrado associação estatisticamente significante entre o comprometimento funcional e o tempo que o indivíduo tem a doença. Conclusões: Assim, o transtorno bipolar é uma doença causadora de prejuízo funcional, ocupacional e inter-pessoal, principalmente se o indivíduo tem um maior tempo de doença, uma vez que ela interfere na vida social, profissional e na capacidade de se relacionar com as pessoas.As mulheres obtiveram maiores índices de funcionalidade. Assim, o indivíduo com transtorno bipolar deve ser corretamente diagnosticado, seus fatores sócios-demográficos devem ser observados ,para que seu tratamento seja logo estabelecido e proposto a fim de diminuir as dificuldades funcionais. Palavras-chave: Transtorno Bipolar. Comprometimento. Prejuízo Funcional.

TEMA: AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA INFLAMAÇÃO NA FUNÇÃO ENDOTELIAL EM MULHERES COM SOBREPESO E OBESIDADE.

ALUNA: CAROLINA GARCEZ VARELA

ORIENTADOR: PROF.ª MARISTELA MAGNAVITA OLIVEIRA GARCIA

RESUMO A disfunção endotelial é o estágio inicial do desenvolvimento da aterosclerose. Acredita-se que perfil inflamatório alterado, evidenciado por aumento de marcadores séricos, como proteína C reativa de alta sensibilidade (PCRas), relaciona-se com disfunção endotelial e instabilidade da placa de ateroma, condições são fortemente associadas com aumento do risco cardiovascular. Este trabalho teve como objetivo primário avaliar a influência da inflamação na função endotelial de mulheres com excesso de peso. Secundariamente, objetivou-se testar o impacto de outros marcadores clássicos de risco cardiovascular na função endotelial nessa população. O delineamento do estudo é de corte transversal. Foram selecionadas mulheres maiores de 18 anos, participantes do Ambulatório de Obesidade da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, com IMC≥25 Kg/m², sendo excluídas aquelas com PCRas >10 mg/l, com possível infecção subclínica, ou em uso de estatinas. A função endotelial foi mensurada através da medida da vasodilatação mediada por fluxo da artéria braquial (VMF), seguindo protocolo do International Brachial Arterial Reactivity Task Force e PCRas pelo método de nefelometria. Foram avaliadas 40 mulheres, com idade de 42 ± 10 anos, índice de massa corpórea de 35 ± 6 kg/m2, pressão arterial sistólica de 133 ± 17 mmHg, circunferência abdominal de 108 ± 11 cm, CT 222 ± 69 mg/dl, HDL- colesterol 50 ± 10 mg/dl, LDL-colesterol 145 ± 56 mg/dl, triglicérides 139 ± 87 mg/dl, glicemia 105 ± 54 mg/dl, PCRas 4,6 ± 3 mg/L; pontuação do escore de risco de Framingham 7 ± 5. A função endotelial das pacientes estudadas apresentava-se predominantemente normal (0,095 ± 0,06). A partir das análises realizadas foi observado que PCR e função edotelial não apresentaram correlação significativa (r = 0,064; p = 0,70). Comparativamente, as medianas de PCR entre os dois grupos de VMF, abaixo e acima do ponto de corte de 7% (valor de normalidade), foram semelhantes (4,1 x 4,9; p=0,46). Também, a VMF não diferiu entre os dois grupos, abaixo e acima de 3,0 mg/L de PCR (0,96 x 0,95; p=0,95). Da mesma forma, a comparação da VMF abaixo e acima da mediana de PCR de 4,6 mg/L, não demonstrou diferença significativa na distribuição das médias (0,97 x 0,95; p=0,93). Dentre os marcadores descritos, apenas triglicérides apresentou correlação inversa significativa com a função endotelial (r = -0,338; p = 0,038). Conclui-se que, nesta população de mulheres com excesso de peso, a inflamação não influenciou negativamente a função endotelial. Os resultados sugerem também que maiores valores de triglicérides relacionam-se com VMF mais reduzida. Palavras-chave: função endotelial; inflamação; proteína-c reativa.

TEMA: TRIAGEM DA DOENÇA DE POMPE DE INÍCIO TARDIO EM GRUPO DE RISCO.

ALUNO: EDUARDO DOURADO DE CARVALHO FILHO

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MARCELA CÂMARA MACHADO COSTA

RESUMO Introdução: A doença de Pompe (DP), também conhecida como Doença de Depósito de Glicogênio tipo II, é classificada como miopatia e deve-se ao acúmulo de glicogênio nos lisossomos das células, principalmente nos músculos estriados esqueléticos, causada pela deficiência da enzima alfa glicosidase ácida (GAA). A DP pode ter início no período neonatal ou no primeiro ano de vida (DPIP), na infância, na adolescência ou a qualquer momento na vida adulta (DPIT). A DPIT, que é o objeto da nossa pesquisa, envolve a musculatura esquelética e respiratória e a velocidade de progressão é variável, levando os pacientes a perda de marcha, insuficiência respiratória e óbito. Trata-se de tema importante, pois além dessas manifestações clinicas da doença de Pompe serem comuns a observadas em outras miopatias, existe atualmente terapia de reposição enzimática especifica. Metodologia: O projeto foi realizado no Ambulatório Docente Assistencial da Bahiana (ADAB), em Salvador, Bahia. O n amostral da pesquisa foi de 38 pacientes e a coleta ocorreu durante 6 meses no Ambulatório de miopatias. Foram incluídos pacientes entre o segundo ano de vida e a sexta década que apresentavam sinais e sintomas como, fraqueza muscular proximal, com maior comprometimento dos membros inferiores, com ou sem comprometimento da função respiratória, dificuldade de deambulação, quedas frequentes, intolerância ao exercício, dor muscular, anormalidades da marcha, além de elevação de CPK isolado ou associado com fraqueza muscular. Não foram incluídos pacientes menores de 1 ano, nem os que se recusaram a assinar o TCLE. A triagem da DP foi baseada na determinação da atividade da enzima GAA, através da gota de sangue seca em papel de filtro (GSSPF), e ao ser encontrado pacientes com resultado positivo nesse exame, a confirmação do diagnóstico de DP foi realizada por dosagem da enzima GAA em leucócitos, e caso confirmada a DPIT seria realizada análise de DNA à procura de mutações. Resultados: Na primeira etapa da triagem, a avaliação da atividade da enzima GAA em GSSPF obteve um resultado positivo(3%), um inconclusivo(3%) e 36 negativos (95%). A paciente cujo o exame foi positivo, apresentou as isoformas neutra e lisossomal (NAG/ AaGIA) de 39,65, e a porcentagem de inibição dos ácidos da fração total(%I) de 88,74%. Para a confirmação diagnostica foi feita a avaliação da atividade da GAA em leucócitos, que apresentou resultado normal da atividade de GAA, de 30,24 nmol/mg proteína/h, tendo sido portanto afastado a suspeita de DPIT. O paciente cujo o exame em papel filtro foi inconclusivo, apresentou NAG/AaGIA de 33,16 e %I de 86,06%. Foi solicitado a repetição do exame GSSPF nesse paciente, que apresentou resultado normal, sendo assim afastado a suspeita de DPIT. Conclusão: Foi testado o protocolo de avaliação da DPIT em 38 pacientes, enquadrados como parte do grupo de risco para DP, do qual obteve-se dados clínicos e laboratoriais semelhantes aos encontrados em outros estudos realizados, entretanto não houve nenhuma confirmação diagnóstica para DPIT. A frequência dos diferentes diagnósticos presentes no grupo de risco mostrou concordância com os demais estudos da literatura. Palavras-chave: Glicogenose tipo 2. Doença de Pompe.

TEMA: O VALOR DA PROCALCITONINA COMO GUIA NA DURAÇÃO DA ANTIBIOTICOTERAPIA EM PACIENTES COM SEPSE, SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO NA UTI.

ALUNO: LEONARDO AUGUSTO SANTOS OLIVEIRA

ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO ANDRÉ JESUÍNO.

RESUMO Introdução: Sepse, sepse grave e choque séptico continuam sendo as maiores causas de morte em leitos de Unidade de Terapia Intensiva no Brasil. Altos custos estão envolvidos no manejo, monitorização e tratamento de pacientes sépticos no nosso sistema de saúde. Dentre estes fatores, o tratamento antimicrobiano se destaca. A antibioticoterapia empírica emergencial de sepse de origem desconhecida é uma das mais utilizadas em pacientes críticos na terapia intensiva da sepse. Entretanto, a exposição excessiva a antibióticos vem desenvolvendo cada vez mais resistência bacteriana em unidades de terapia intensiva e uma modificação no esquema de tratamento deve ser revista para diminuir esse problema. Dentro desse contexto surge a Procalcitonina (PCT) como marcador mais específico de sepse em comparação à PCR, IL-6 etc. A PCT, por responder exclusivamente às endotoxinas bacterianas e não ao processo inflamatório disseminado, torna-se mais eficaz no diagnóstico e prognóstico de sepse e, por isso, a sua monitorização na antibioticoterapia surge como uma ferramenta importante para manutenção ou mudança de conduta terapêutica. Objetivo: analisar o valor da procalcitonina como guia na duração da antibioticoterapia em pacientes com sepse, sepse grave e choque séptico. Metodologia: Este trabalho constitui uma análise sistemática elaborada a partir de pesquisa de estudos prospectivos que analisaram o valor da procalcitonina como guia na duração da antibioticoterapia. Foram pesquisados artigos de 2007 até os dias atuais, em inglês e que se encaixavam nos critérios de inclusão estabelecidas pelo autor da revisão. As bases de dados eletrônicas utilizadas foram PubMed, Cochrane, Scielo e Lilacs. Resultados: foram identificados 142 trabalhos sendo 8 artigos científicos de coorte prospectivos selecionados para estudo. Dentre eles cinco foram excluídos por possuírem vieses importantes e/ou fugirem dos critérios de inclusão.Conclusão: a PCT mostrou-se um marcador eficaz para a decisão acerca do tratamento antimicrobiano quando interpretada junto a sinais e sintomas clínicos. A descontinuação do antibiótico nos pacientes que tiveram a PCT como guia da duração não acarretou necessariamente piora clínica ou morte. Por isso, o uso da PCT como guia na duração da antibioticoterapia pode ser empregada como importante fator para evitar exposição excessiva a antibióticos e resistência bacteriana em unidades de terapia intensiva. Palavras-chave: sepse, sepse grave, choque séptico, antibiótico, duração, procalcitonina.

TEMA: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS LINFOMAS CUTÂNEOS PRIMÁRIOS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA.

ALUNA: LUIZA RAMIZIA SILVA FRANCA

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. JUSSAMARA BRITO SANTOS

RESUMO Introdução: Linfoma cutâneo primário (LCP) é definido como aquele que no momento do diagnóstico acomete exclusivamente a pele, sem evidenciar lesão em outra localização. Na infância e na adolescência é uma patologia rara, existindo poucos estudos e casos relatados na literatura. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos linfomas cutâneos primários na infância e na adolescência. Metodologia: Esse trabalho consiste em uma revisão sistemática cuja estratégia de busca foi pesquisa de artigos nas bases eletrônicas PubMed e Scielo, utilizando as palavras-chaves: linfoma cutâneo primário, crianças, adolescentes ( Prymary cutaneous lymphomas; children AND adolescent) e os seguintes critérios de inclusão: relatos de caso e série de caso em uma população alvo até 20 anos de idade, com o diagnóstico de linfoma cutâneo primário através de biopsia com análise histopatológica e imuno-histoquímica. A busca se restringiu a artigos publicados em inglês. Resultados: Foram selecionados 10 artigos. Houve um predomínio dos LCP de células T, sendo Micose fungóide o tipo mais frequente para a maioria dos estudos, seguido pelas Doenças linfoproliferativa cutâneas primárias CD30+. Dentre os LCP de células B, o Linfoma cutâneo de zona marginal foi o tipo mais prevalente. A distribuição entre os sexos divergiu conforme o tipo de linfoma, predominando o sexo masculino na maioria dos casos. As manifestações clínicas variaram de manchas a nódulos com ou sem ulceração central. Conclusão: Micose Fungóide, é o tipo mais comum de LCP em crianças e adolescentes, seguido pelas doenças cutâneas linfoproliferativas CD30+. Nesse estudo, também foi observado que as manifestações clínicas dos linfomas cutâneos foram semelhantes à estabelecida na literatura para outras faixas etárias. Destacou-se, no entanto, a maior prevalência da variante hipopigmentar da Micose Fungóide, ressaltando a necessidade de um diagnóstico diferencial com doenças benignas da pele com apresentação clínica semelhante. A possibilidade de Ptiríase liquenóide crônica ser um fator predisponente para Micose fungóide ressalta a necessidade de um acompanhamento clínico de crianças com essa patologia benigna. Palavras-chave: Linfoma cutâneo primário, Crianças, Adolescentes, Micose fungóide.

TEMA: ESTUDO DESCRITIVO DOS ACHADOS MAMOGRÁFICOS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO BIRADS.

ALUNA: LÍDICE CORREIA REIS

ORIENTADOR: PROF. DR. ADEMÁRIO GALVÃO SPÍNOLA

RESUMO O câncer de mama é umas das patologias maior prevalência na população feminina mundial, e muitos esforços têm sido feitos para reduzir a morbi-mortalidade deste agravo, tendo destaque o rastreamento precoce. O objetivo do estudo foi avaliar a correlação entre a idade das mulheres com os seus achados mamográficos e descrever o perfil etário destas a fim de se constatar se há o seguimento do que os principais órgãos que tratam sobre o assunto preconizaram em suas últimas publicações. Trata-se de um estudo descritivo que analisou 241 prontuários de pacientes atendidas pelo Ambulatório Docente-Assistencial da Bahiana (ADAB) nos meses de janeiro e fevereiro de 2012. Dos 241 prontuários analisados a maioria pertencia a mulheres na faixa etária dos 40 anos (37.3%, n=90) e dos 50 anos (34.0%, n=82). 191pacientes já haviam tido o diagnóstico prévio de câncer de mama sendo que a maioria (n=74) estava compreendida entre os 50-59 anos. A maioria dos achados mamográficos pertencia ao BIRADS1 variando entre 65% na mama direita 61.4% na mama esquerda. Só houve 1 caso de BIRADS 3 e 2 de BIRADS 4. A maioria das pacientes compreendidas na faixa etária dos 40 anos e 50 anos apresentaram BIRADS 1. Os dois casos de BIRADS 4 pertenceram a uma paciente na faixa etária dos 30 anos e a outra na faixa etária dos 40 anos. 65% das pacientes eram oriundas de outro distrito sanitário fora de Brotas. Concluiu-se que a maior parte das mulheres que procuraram o serviço do ADAB foi para acompanhamento e não para triagem como preconizado. Isso enfatiza o fato de haver pouca vigilância no seguimento destas mulheres. Além disso, os achados mamográficos encontrados não foram compatíveis com o que era de se esperar para a população estudada deduzindo-se erros nos laudos. Palavras-chave: Mamografia; BIRADS; Câncer de mama; Rastreamento.

TEMA: DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO REFRATÁRIA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA.

ALUNA: LORENA BARRETO MENDONÇA

ORIENTADOR: PROF.ª DRA MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO

RESUMO Introdução: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma afecção cada vez mais prevalente na prática médica, sendo constituída pela esofagite erosiva e pela forma não-erosiva. Muitos pacientes vêm apresentando resistência ao tratamento convencional com a utilização dos inibidores da bomba de prótons, sendo considerados portadores da DRGE refratária. Vários mecanismos são propostos para explicar essa refratariedade, como refluxo não-ácido, hipersensibilidade visceral, esvaziamento gástrico retardado e fatores psicossociais. As opiniões em relação à doença refratária que vão desde a sua definição até a conduta terapêutica são bastante controversas. Objetivo: investigar o estado da arte em relação ao tratamento da doença do refluxo gastroesofágica refratária, na tentativa de encontrar uma melhor alternativa terapêutica para a resolução dessa patologia. Metodologia: realização de uma revisão sistemática, com a busca de ensaios clínicos no banco de dados PUBMED publicados até abril de 2012, utilizando os seguintes termos: “refractory GERD/GORD/NERD treatment”, “GERD difficult control”, “GERD resistance”, “PPI failure”. Foi realizada a seleção dos artigos à partir dos critérios de inclusão e exclusão e a análise dos artigos baseados no escore de Jadad. Conclusão: Aparentemente a fundoplicatura apresenta melhores resultados, apesar dos efeitos adversos decorrentes do procedimento cirúrgico, no entanto, a dose dobrada do IBP ainda prevalece no tratamento dos sintomas refratários na prática clínica. Necessita-se de mais estudos na literatura que comparem a eficácia, a segurança e o custo-benefício dos tratamentos medicamentosos e cirúrgicos. Palavras-chave: DRGE refratária, DRNE, IBPs, fundoplicatura, refluxo não-ácido.

ALUNA: LUANA DURÃES FRANCO DE OLIVEIRA

TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE NEVO MELANOCÍTICO CONGÊNITO E MELANOMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. JUSSAMARA BRITO SANTOS.

RESUMO Introdução: O reconhecimento das lesões precursoras do melanoma é de suma importância para sua prevenção e condução, sendo necessário maiores estudos para que a associação entre o nevo melanocítico congênito e o melanoma seja mais detalhada. A importância do nevo melanocítico congênito gigante decorre do seu risco aumentado de malignização, das dificuldades terapêuticas e do prejuízo estético causado pela lesão ou pelo tratamento efetuado. A importância maior do estudo dessa associação está no surgimento do melanoma, que quando decorrido de nevos melanocíticos congênitos gigantes é grave e ocorre normalmente ainda na infância. Nos nevos melanocíticos pequenos e médios o risco de malignização é menor, entretanto os dados ainda não são conclusivos quanto ao papel dessas lesões. Objetivo: Descrever a associação existente entre os nevos melanocíticos congênitos e o melanoma. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada por meio de busca eletrônica nos bancos de dados de periódicos científicos PUBMED/MEDLINE e SciELO (de 1º de janeiro de 2000 até 1º de março de 2012). Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Melanoma e (and) nevo melanocítico congênito (congenital melanocytic nevi). A busca foi realizada com critérios específicos para inclusão e exclusão de artigos, e as referencias bibliográficas de estudos encontrados também foram rastreadas. Resultado: Ao final dessa sistemática foram incluídos na revisão oito artigos, sendo dois estudos prospectivos, cinco retrospectivos, e um estudo prospectivo e retrospectivo. Para a análise da qualidade dos artigos, foi feita uma avaliação através da escala de Newcastle-Ottawa para estudos coortes. Nos artigos selecionados foi observada a população que fez parte do estudo, a idade média de entrada no estudo, a relação homem mulher com presença de nevo melanocítico congênito, o tempo médio de seguimento do estudo, e a proporção de melanoma na população total. Conclusão: Pacientes com nevo melanocítico congênito apresenta risco aumentado de desenvolver melanoma, e esse risco é diretamente proporcional ao tamanho do nevo. Torna-se cada vez mais necessário, estudos prospectivos de longo seguimento para que os resultados não apresentem viés e sejam mais confiáveis para avaliar com precisão os riscos de desenvolvimento de melanoma em qualquer tamanho de nevo melanocítico congênito. Palavras-chave: Melanoma; Nevo melanocítico congênito; Associação; Revisão Sistemática.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE ITABUNA (BA) NO PERÍODO DE 2005 À AGOSTO-2011.

ALUNO: LEONARDO MORBECK ALMEIDA COELHO

ORIENTADOR: DRA. ALDALICE DE ALMEIDA SIMÃO MORBECK

RESUMO Introdução: A dengue é uma afecção viral reemergente, considerada a mais importante que um artrópodo pode transmitir. Esta possui grande importância em todo território nácional, inclusive Itabuna-BA, onde causou grandes epidemias que levaram a sérios problemas de sáude pública no município. O agente etiológico é o arbovirus, da família flaviviridae da família Flavivírus, na qual existe quatro tipos de sorotipo: DEN-1, DEN2, DEN-3 e DEN-4. Tal doença pode se apresentar de duas formas clínicas: dengue clássica e Febre Hemorrágica/Síndrome de choque do dengue, FH/SDC, se manifestando desde sitomas brandos como uma febre benigna chegando até mesmo ao óbito. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de dengue no município de Itabuna(BA). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo (prevalência) sobre o perfil epidemiológico da dengue no município de Itabuna-BA. Para tanto, foram utilizado dados secundários referentes ao período de janeiro de 2005 à agosto de 2011, provenientes do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pela 7ª Diretoria Regional de Saúde (SESAB) de Vigilância à Saúde. Foram analisados as variáveis sexo, idade, mês e ano de ocorrência. Resultados: Foram notificados, no período estudado, 22.833 casos. Sabendo-se que em 2009 ocorreu uma grave epidemia, contabilizando, apenas neste ano, 14.933 notificações. A maioria dos casos ocorreu de janeiro à maio, quando há uma maior preciptação pluviométrica. O sexo feminino e indivíduos entre 20-39 anos foram os mais acometidos. Discussão e Conclusão: Apesar dos investimentos realizados para combater as frequêntes epidemias de dengue na cidade de Itabuna, Bahia, os índices de contagio continuam elevados. Fato que evidencia o quanto faz-se necessário haver maior atenção, incentivo e investimentos pelos órgãos responsáveis para que haja uma erradicação ou, ao menos, diminuição dos vetores e criadouros o que, consequentemente, acarretará na diminuição do número de agravos causados pela dengue. Palavras-chave: Dengue, Epidemiologia, Aedes aegypti, Epidemia.

TEMA: PANORAMA DA VIOLÊNCIA: MORTES POR CAUSAS EXTERNAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES, SALVADOR-BA, 2009-2010.

ALUNO: LEONARDO ROBATTO PLESSIM DE ALMEIDA

ORIENTADOR: PROF. RAUL COELHO BARRETO FILHO

RESUMO Introdução: A segunda maior causa de óbitos na capital baiana foi do grupo das Causas Externas de morbidade e mortalidade, apresentando uma tendência ascendente, nos últimos 10 anos. Objetivo: Analisar o panorama da mortalidade por causas externas e de seus subgrupos específicos em crianças e adolescentes residentes em Salvador, no período de 2009 a 2010. Metodologia: Utilizou-se o desenho de um estudo descritivo, utilizando dados secundários de um banco pré-existente no setor de estatística e arquivo de laudos do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) do Departamento de Policia Técnica, da Secretaria de Segurança Pública, do Governo do Estado da Bahia. O grupo estudado compreendeu a faixa etária de 0 a 19 anos. Analisou-se a mortalidade por causas externas e seus grupos específicos segundo sexo, raça/cor e grupo etário, além de uma abordagem em relação à distribuição de ocorrências por Distritos Sanitários e disposição das mesmas em relação ao mês e ano. Resultados: Foram identificados 810 óbitos por causas externas, observando-se, superioridade do sexo masculino; 750 (92,6%); representando uma razão entre os sexos de 1/12,5. A faixa etária de 15 a 19 anos apresentou-se como a responsável pela maioria dos óbitos, 726 (89,6%). Do total, 790 óbitos corresponderam às cores faioderma e melanoderma, sendo 745(92,0%) na primeira. O subgrupo Agressões constitui a principal causa, responsável por 693 (85,6%) mortes, em seguida Acidentes de transporte, 45 (5,6%). A distribuição em relação aos Distritos Sanitários foi: 18,77% (152) no Subúrbio Ferroviário, em seguida Barra/Rio Vermelho/Pituba com 10,25 % (83), Cabula/Beiru, 10,00% (81), Pau da Lima, 9,88% (80) e São Caetano/Valéria, 8,25% (69). No ano de 2009 foram constatados 435 óbitos e em 2010, 371. Discussão: Corroborou-se o que se evidencia na literatura, participação de faixas etárias cada vez mais jovens, vítimas de mortes principalmente por Agressões (homicídios), sexo masculino, raça/cor parda e/ou negra, ocorridas em áreas mais pobres da cidade. Conclusão: Os dados refletem a magnitude e complexidade da situação a que a população está exposta, em particular crianças e adolescentes, carecendo de medidas de enfrentamento, já que a violência é fato, tornando-se um enorme problema de saúde pública. Palavras-chave: Óbitos, Causas-externas, Violência, Crianças e adolescentes, Salvador.

TEMA: REVISÃO SISTEMÁTICA: TRATAMENTO CLÍNICO DA ESTEATO-HEPATITE NÃO ALCOÓLICA

ALUNA: LARISSA SUZART PINTO

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO.

RESUMO Introdução: Atualmente, a esteatose hepatica tornou-se a mais prevalente causa de doença hepática nos países ocidentais e é cada vez mais reconhecida como a manifestação hepática da síndrome metabólica, além de ser uma importante causa de mortalidade associada à doença hepática. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática acerca do tratamento clínico da esteato-hepatite não alcoólica em relação à normalização das enzimas hepáticas e/ou diminuição do risco da progressão natural da doença. Metodologia: Foi feita uma pesquisa de ensaios clínicos randomizados, nos bancos de dados do Medline/Pubmed, realizados entre abril de 2002 à abril de 2012. Resultados: Após a pesquisa nas bases de dados, usando a estratégia de pesquisa descrita, foram encontrados 20 artigos, e destes, 7 artigos preencheram os critérios de seleção e foram utilizados como base para a análise dessa revisão sistemática. Dentre os artigos selecionados, foram encontrados dois artigos sobre pioglitazona, sendo um comparando-a com a vitamina E; dois artigos sobre AUDC, sendo que um era comparando este com a vitamina E, associado com vitamina C; um artigo sobre a metformina, a qual foi comparada à vitamina E; um sobre o efeito da ezentimiba; e um sobre fenofibrato versus niacina. Conclusão: Doença hepática gordurosa não alcoólica está comumente associada com hiperlipidemia, obesidade e diabetes mellitus tipo II. Nos estudos, foram vistos que todas as drogas, exceto a metformina trazem benefícios no tratamento da esteato-hepatite não alcoólica, seja pela diminuição nos níveis de aminotransferase, seja pela melhora nos paramentos histológicos, com redução da progressão da fibrose, embora nenhum dos estudos tenha mostrado melhora na fibrose já instalada. Contudo, não podemos afirmar com veemência qual a melhor escolha terapêutica para o tratamento da esteato-hepatite não alcoólica. A decisão sobre qual tratamento específico a ser usado na esteato-hepatite não alcoólica deve incluir uma consideração sobre a eficácia e os efeitos tóxicos da terapia em comparação com as de outras terapias disponíveis. Palavras-chave: Esteato-hepatite não alcoólica, Tratamento, Enzimas hepáticas, Progressão, Revisão.

TEMA: TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR CARCINOMA DE CÉLULAS HEPÁTICAS EM SALVADOR E NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL, DE 1980 A 2009.

ALUNA: LIS NARA OLIVEIRA DOS SANTOS

ORIENTADOR: PROF. DR. MARCO ANTÔNIO VASCONCELOS RÊGO

RESUMO Introdução: o carcinoma hepatocelular (CHC) é um tumor epitelial derivado dos hepatócitos responsável por aproximadamente 80% a 90% de todos os casos de câncer hepático registrados. Representa a mais frequente neoplasia primária do fígado sendo o quinto tumor maligno mais comum em todo o mundo (5º em homens e 7º em mulheres). Esta neoplasia é uma das poucas com fatores de risco bem definidos. Dentre eles estão infecção crônica pelos vírus B e C da hepatite, exposição à aflatoxina B1, o consumo excessivo de álcool e condições heredro-familiares.Possui ainda uma distribuição variável, segundo área geográfica, idade, gênero e grupos étnicos sendo esta variabilidade provavelmente determinada por fatores etiológicos. No Brasil, existem poucos dados acerca de sua real incidência. Devido à importância da doença e escassez de estudos no Estado da Bahia e em Salvador, o presente estudo tem por objetivo descrever a tendência da mortalidade por CHC de 1980 a 2009 no Estado da Bahia e na capital, Salvador. Objetivo: descrever a tendência da taxa de mortalidade por câncer de células hepáticas no Estado da Bahia de 1980 a 2009. Materiais e Métodos: estudo de agregados cujos dados sobre os óbitos e sobre a população foram obtidos no SIM/DATASUS e no IBGE/DATASUS, respectivamente. Calcularam-se as taxas de mortalidade por faixa etária, taxas brutas e taxas padronizadas por idade. Para a padronização das taxas, utilizou-se a técnica de ajustamento direto, adotando-se a população mundial padrão do ano de 1960. Os dados foram organizados e analisados no software Excel. Como não houve procedimento amostral, ou seja, todos os óbitos registrados no período foram incluídos no estudo, os resultados não foram avaliados quanto à significância estatística. Resultados e Conclusões: em salvador observam-se variações irregulares ao longo da série, mas com tendência ao declínio. Na Bahia observa-se uma irregularidade nas taxas ao longo da série em ambos os sexos, sendo que nos homens essa irregularidade foi mais perceptível. Palavras-chave: Carcinoma Hepatocelular; Mortalidade; Estudos Ecológicos.

TEMA: INFLUÊNCIA DO TABAGISMO PASSIVO NO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES: UMA META-ANÁLISE.

ALUNO: LUCAS CORTIZO GARCIA

ORIENTADOR: DR. MARCOS ANTONIO ALMEIDA MATOS

RESUMO Introdução: A Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP) é definida como uma necrose isquêmica ou avascular da cabeça femoral na criança, podendo ocorrer dos 2 aos 16 anos de vida. Uma das possíveis causas etiológicas no desenvolvimento DLCP, já que um fenômeno obstrutivo provocado pelo fumo justificaria o infarto arterial ou drenagem venosa anormal dessa patologia vascular. Esse é um tema muito discutido entre os pesquisadores e ainda não existe na literatura nenhum estudo que faça uma analise de dados dos trabalhos que abordaram essa temática, para que se comprove a veracidade da influência do tabagismo passivo no desenvolvimento da Doença de Legg-Cálve-Perthes. Objetivo: Verificar a influência do tabagismo passivo no desenvolvimento da Doença de Calvé Legg Perthes. Estratégias de pesquisa: Para a identificação de estudos relevantes, foi realizada uma busca nas bases de dados: BIREME (MEDLINE, LILACS e SCIELO), Google scholar, EMBASE e PUBMED analisando a relação entre tabagismo passivo e a Doença de Legg-Cálve-Perthes. Critérios de seleção e coleta de dados: Revisão sistemática da literatura com meta-análise de estudos do tipo caso controle que avaliaram associação entre o tabagismo passivo e a Doença de Legg-Cálve-Perthes. O Odds Ratio (OR) foi utilizada como variável de desfecho na análise dos resultados, sendo que também os estudos primários utilizam esta variável. O nível de significância adotada em todos os testes estatístico foi de 0,05 e para realização dos cálculos utilizou-se o programa “Meta-DiSc Software Informer version 1.4 “. Resultados: Foram identificados 10 artigos potencialmente relevantes na busca e revisão da literatura destes, cinco não se adequaram aos critérios de inclusão e foram descartados, restando cinco estudos adequados, todos na língua inglesa, para avaliaçao final com um total de 5.818 pacientes. O OR agrupado foi 2,35 com IC 95% variando de 1,446 a 3,802 e com p= 0,0001. Testou-se também a heterogeneidade pelo mesmo método, obtendo-se p=0,25 para o teste Conchran–Q e I2 = 83,4%. Conclusão: O presente estudo indica que existe uma correlação estatisticamente significante entre o tabagismo passivo e a Doença de Leeg-Cálve-Perthes. Palavras-Chave: Doença de Legg-Calvé-Perthes, Criança, Tabagismo Passivo.

TEMA: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA CIRURGIA DE PARATIREOIDECTOMIA PARA O TRATAMENTO DO HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO GRAVE NA DOENÇA RENAL CRÔNICA.

ALUNA: LUCIANE SILVA DE MORAES

ORIENTADOR: PROF.ª CAROLINA LARA NEVES

RESUMO Introdução: Hiperparatireoidismo secundário é uma grave complicação da DRC contribuindo para a morbimortalidade desta população. O HPTS grave resistente a terapêutica clínica implica na necessidade da paratiroidectomia (PTX), retirada cirúrgica das glândulas paratireóides. Objetivo: Avaliar a eficácia da PTX no tratamento do HPTS dos pacientes com DRC em Diálise do HAN, entre 2008 e 2010. Metodologia: Estudo descritivo de coleta retrospectiva de prontuários ambulatoriais dos pacientes portadores de HPTS que foram submetidos à PTX entre 2008 e 2010, no HAN, salvador-Bahia. Foram analisados aspectos clínicos e laboratoriais, na ultima consulta pré- PTX e com aproximadamente três, seis, nove e doze meses após o procedimento. Resultados: Os pacientes apresentavam média de idade de 43,5 + 11,5 anos, dos quais 30 do sexo feminino (55,5%) e 24 do masculino (44,5%). O tempo médio em diálise, foi de 111,5 + 46,8 meses. A partir do acompanhamento trimestral dos pacientes por um ano, observamos que 40% dos pacientes apresentaram eficácia cirúrgica, 40-45% recidiva do HPTS e 26% hipofuncionamento do enxerto. Conclusão: Concluímos que a cirurgia de PTX foi eficaz em apenas 40% dos pacientes portadores de HPTS. A PTX não deve ser o tratamento de escolha do HPTS, devemos detectar e tratar precocemente os DMO da DRC responsáveis pela fisiopatologia do HPTS. Desejamos que em breve novas terapêuticas estejam disponíveis para os pacientes portadores de HPTS da DRC em diálise pelo SUS. Palavras chaves: Hiperparatirepoidismo secundário, Paratireoidectomia, Persistência do HPTS.

TEMA: O CUSTO DO AUXÍLIO DOENÇA POR ALCOOLISMO NA BAHIA EM 2010.

ALUNO: JOSÉ MARQUES MAGALHÃES JÚNIOR

ORIENTADOR: JOSÉ BARBOSA OLIVEIRA FILHO

RESUMO O alcoolismo é uma doença crônica na qual a pessoa busca o consumo do álcool de forma incontrolável, apresentando sintomas e sinais de abstinência, quando permanece um longo tempo sem beber. O uso de álcool é comum em diversas situações relacionadas ao trabalho e, as alterações provocadas por altas concentrações plasmáticas de álcool estão entre os problemas mais comuns de saúde pública no mundo. Por isso, este estudo tem com objetivo, calcular o gasto financeiro total do INSS, em 2010, com auxílio doença na Bahia, por alcoolismo. Será utilizado dados secundários de domínio público, disponíveis através do site Dataprev, além destes dados, será necessário a avaliação de tabelas do DATASUS e do IBGE. O trabalho será analisado por tabelas. A medida empregada para análise dos dados será a prevalência, expressa pela quantidade dos afastamentos concedidos no ano de 2010, decorrentes de alcoolismo, e pela soma dos gastos absolutos gerados no mesmo ano, na Bahia. Os resultados mostram um gasto de 603.018 reais, distribuídos por 529 beneficiários. O estudo ainda conclui com a importância da abordagem da prevenção e tratamento do alcoolismo para minimizar tais gastos. Palavras-chave: Alcoolismo, Benefício auxílo doença, Custo.

TEMA: AVALIAÇÃO NÃO INVASIVA DA ATEROSCLEROSE ATRAVÉS DO ESCORE DE CÁLCIO CORONÁRIO.

ALUNA: JÉSSICA RIBEIRO ANDRADE MORAES

ORIENTADOR: DR. FÁBIO VILAS-BOAS

RESUMO Fundamento: O escore de cálcio coronário (ECC) está intimamente relacionado à aterosclerose coronária e tem sido demonstrado como marcador de risco mais poderoso que os fatores de risco cardiovascular tradicionais (FRCT). O objetivo desse estudo foi avaliar como se comporta o ECC obtido por tomografia cardíaca em relação aos FRCT, na população da cidade de Salvador-Ba. População e Métodos: 378 pacientes consecutivos, 198 homens, submetidos à tomografia coronária. Excluídos pacientes com diagnóstico prévio de doença coronária. Variáveis colhidas para associações e correlações: Idade, Sexo, Índice de massa corpórea, Níveis de colesterol, Glicemia, Triglicérides, História de Diabetes Melitus, Dislipidemia, Tabagismo, História familiar, Hipertensão e Framingham. Aplicamos os testes de ANOVA, correlação de Pearson e regressão logística multivariada. Resultados: Idade média 59,6 ± 10,3 anos. ECC total da população de 131 ± 341unidades Agatston. Na análise multivariada, as variáveis correlacionadas de forma independente com o ECC foram idade > 50 anos e sexo masculino. Tabela 1. Escore de Cálcio Coronário (Agatston) em função das variáveis de risco. PRESENTE AUSENTE P Idade > 50 anos 162 ± 377 15 ± 52 < 0,001 Framingham > 10 239 ± 476 47 ± 125 < 0,001 Hipertensão Arterial 162 ± 398 70 ± 173 0,012 Sexo Masculino 169 ± 430 89 ± 195 0,023 Diabetes 197 ± 380 114 ± 329 0,058 Tabagismo 154 ± 319 124 ± 347 0,466 Dislipidemia 114 ± 263 158 ± 443 0,226 História Familiar 128 ± 367 136 ± 293 0,822 Conclusão: Nossos dados indicam que nem todos os FRCT estão associados a maiores valores de ECC e, portanto, não é possível prever a gravidade de aterosclerose baseado apenas em variáveis clínicas isoladas. Palavras-chave: escore de cálcio; fatores de risco; tomografia computadorizada; coronárias; coronariografia; aterosclerose; diagnóstico.

TEMA: ATIVIDADE FÍSICA E IMPACTO COGNITIVO NAS DEMÊNCIAS UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

ALUNA: JULIANE BOAVENTURA PRADO RIOS

ORIENTADOR: PROF.ª DRA. JOSECY MARIA DE SOUZA PEIXOTO

RESUMO Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno mundial que tem implicações diretas no sistema de saúde pública. Uma das principais consequências do crescimento desta parcela da população é o aumento da prevalência das demências, especialmente da Doença de Alzheimer (DA). A DA faz parte do grupo das mais importantes doenças comuns aos idosos que estão relacionadas, desde os estágios precoces, com um declínio progressivo funcional e uma perda gradual da autonomia, que, como resultado, ocasionam, nos indivíduos por ela afetados, uma dependência total de outras pessoas. A identificação de fatores de risco, assim como de fatores protetores é de extrema importância na prevenção da doença e possibilidade de intervenções futuras em indivíduos passíveis de modificação. Pode-se questionar, dessa forma, a respeito do incentivo da atividade física em indivíduos portadores de demências como elemento de melhora cognitiva. Apesar da crescente evidência dos benefícios do exercício físico para a cognição, existem controvérsias a respeito da prática de atividade física sistematizada em pacientes com demência. Objetivo: O presente estudo propõe-se a avaliar o impacto da atividade física em indivíduos portadores de demências por meio de uma revisão sistemática. Metodologia: Será realizada uma revisão sistemática da literatura a respeito da atividade física como fator protetor da cognição nas demências utilizando banco de dados – MEDLINE, LILACS, IBECS, Pubmed e Scielo. O período de inclusão dos artigos é de janeiro de 1990 a março de 2011 e serão levados em conta somente aqueles em inglês/português. Estudos com animais e que não desenharem diferenciação de outros critérios não contributivos ao trabalho também serão desconsiderados. Palavras-chave: Demência, Doença de Alzheimer, Desempenho cognitivo, Cognição, Atividade física, Idosos, Revisão.

TEMA: DIABETES INSIPIDUS CENTRAL E RESSECCÃO TRANSESFENOIDAL DE ADENOMAS HIPOFISÁRIOS.

ALUNO: JANDER MOREIRA MONTEIRO

ORIENTADOR: CARLOS ANTÔNIO GUIMARÃES BASTOS

RESUMO A hipófise é uma glândula neuroendócrina localizada na base do crânio. É constituída por duas partes: adeno-hipófise e neuro-hipófise. A adeno-hipófise produz e secreta seis hormônios: GH, ACTH, Prolactina, FSH, LH e TSH. A neuro-hipófise consiste em axônios de neurônios secretores situados em núcleos hipotalâmicos que secretam Hormônio Anti-Diurético (ADH) e ocitocina. Os adenomas hipofísários são a terceira neoplasia intracraniana mais prevalente. Sua classificação mais utilizada é a da Organização Mundial de Saúde, na qual são classificados mediante: secreção, tamanho e invasividade, morfologia, histologia e subtipo ultraestrutural. A cirurgia está indicada para os adenomas secretores e não-secretores, com exceção dos prolactinomas. Para estes, a abordagem inicial é o tratamento medicamentoso, reservando a cirurgia para a falha terapêutica. Aproximadamente 96% dos adenomas hipofisários são abordados pela via transesfenoidal. Este é um procedimento seguro, que apresenta poucas complicações. Entre elas, destaca-se o Diabetes Insipidus Central, que pode ser transitório ou permanente. Esta resulta de lesões nos neurônios secretores de ADH. Seus principais sintomas são poliúria e polidipsia. Este trabalho analisou dados sobre a DIC relacionada ao tratamento cirúrgico transesfenoidal para adenomas hipofisários. Sua importância se dá devido à alta incidência de adenomas hipofisários na população e no fato de que pouco se tem descrito na literatura sobre seus fatores preditivos. Ele é um estudo descritivo e analítico, retrospectivo, de prontuários de pacientes operados no Hospital São Rafael, em Salvador-BA. Os dados foram descritos em frequências e médias e a significância estatística calculada pelo teste t de Student e pelo teste exato de Fisher. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital São Rafael. A população estudada tinha uma média de idade de 43,8 ±13,9 anos e sua comorbidade mais frequente foi Hipertensão Arterial Sistêmica. O tempo médio entre o inicio dos sintomas e a cirurgia foi de 21,1 ± 17,5 meses. Os sintomas mais comuns, 54,4% dos casos, foram distúrbios neuro-oftalmológicos. 82% dos tumores eram macroadenomas. 48,8% deles eram não-secretores. A complicação intra-operatória mais frequente foi a fístula liquórica, em 12,2% dos casos. DIC pós-operatório foi observado em 21,1% dos casos. Características tumorais, como consistência e tamanho, e a experiência do cirurgião são fatores importantes no sucesso cirúrgico. A taxa de mortalidade varia entre 0,6 a 2,5%. Neste estudo, a incidência de DIC está de acordo com os demais estudos, entre 2,5 a 25%. Alguns autores defendem que a incidência de DIC está relacionada com a quantidade de massa tumoral retirada. Neste estudo, não foi observada tal associação, talvez pelo tamanho da amostra. Na casuística estudada, o aparecimento de fistula liquórica durante o ato cirúrgico ocorreu em 12,2% dos casos, o que está de acordo com outros estudos (7 a 16%). Entre os pacientes que apresentaram fistula liquórica, 54,5%

deles evoluíram com DIC. Este grupo apresenta um risco aumentado de desenvolver tal complicação. Este estudo demonstra a importância de se fazer um balanço hídrico rigoroso e a dosagem de eletrólitos séricos no pós-operatório, para a detecção precoce e tratamento imediato dessa complicação. Palavras-chave: Adenoma hipofisário, Cirurgia transesfenoidal. Complicação. Diabetes insipidus central.