crvis3r skateboarding #04

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| ANO 1 | EDIÇÃO 04 | LONGBOARD PARA OS ÍNDIOS * AUSTRÁLIA TOUR COM SÉRGIO YUPPIE E CLIFF COLEMAN * MATUZAS: ZÉQUINHA RAPANELI E FLORIANO “FLORIS” SALES * DIA DAS MÃES: NÃO BASTA SER MÃE, TEM QUE ANDAR! ENTREVISTA: FERNANDO YUPPIE LADEIRA NA VEIA!

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CRVIS3R Skateboarding #04

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| ano 1 | edição 04 |

Longboard para os Índios * austráLia tour com sérgio Yuppie ecLiff coLeman * matuzas: zéquinha rapaneLi e fLoriano “fLoris”saLes * dia das mães: não basta ser mãe, tem que andar!

entrevista:

fernandoYuppieLadeira na veia!

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| índice

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Capa: Pode-se dizer que “filho de peixinho, peixinho é”, mas Fernando Yuppie carrega o estigma de ser filho do “king of downhill” Sérgio Yuppie de uma maneira que o nome não pesa no seu ombro. Ele faz questão de reverenciar a herança da habilidade sobre o skate, mas com muita personalidade e querendo inovar e evoluir cada vez mais pelas próprias rodas, digo, pernas. Prova disso, é esse tail slide one footed,

na Barra da Lagoa em Florianópolis. Foto: João Vitor Brinhosa

Seções:

10. EditorialO início de tudo: a ladeira!

12. StartBotando pra baixo logo cedo! Young guns!

16. Lado AColunas, novidades, lançamentos, campeonatos. curiosidades...

60. Business PlanOs melhores produtos do mercado

64. Cuide-se!Veja como se fortalecer para evitar lesões

66. Onde EncontrarNovas lojas a cada edição. Valorize sua skate/boarshop e adquira sua CRVIS3R.

38. Australia TourPor uma causa nobre e beneficente, o “king of downhill” Sérgio Yuppie e o mito do slide, Cliff Coleman, seguiram para a terra dos cangurus e durante vários dias se aven-turam por inúmeras e perfeitas ladeiras australianas.

42. Ahousaht - Índio quer longboardMais uma matéria inusitada enviada pelo Michael Brooke da Concrete Wave, relatando a inciativa de introduzir pela primeira vez o longboard para os índios nativos, numa comunidade próxima a Vancouver no Canadá. Indio não quer mais apito... quer skate!

46. MatuzasA longevidade no skate está se tornando uma realidade, já que skatistas estão an-dando de skate por muito mais tempo. Entre vários que iremos enfocar em edições futuras, trouxemos nessa dois skatistas que competem, andam constantemente, se preocupam com a cena e vivem seu dia-a-dia como todo pai de família: Zéquinha Rapaneli e Floriano “Flóris” Sales.

50. Entrevista - Fernando YuppieA familia Yuppie cresceu e se aprimorou. Fernando, o filho mais velho dos Yuppies, já está com sua carreira independente, correndo atrás de seus sonhos como skatista profissional, de maneira autônoma e conduzindo à sua maneira o downhill slide. Com identidade, busca a evolução na ladeira, coisa que parecia ser dificíl de conseguir ven-do a bem sucedida carreira de seu pai, Sérgio. Com a palavra, Fernando Yuppie.

Após um dia perfeito de muita praia, sol e surfe, o fotografo Caio Matsui e o skatista Davison Paixão resolveram fazer a session na estrada da praia de Guaecá, localizada em São Sebastião, litoral Norte de São Paulo... Cabeça feita com muito skate no fim da tarde, que ainda contou com um perfeito pôr do sol! Foto: Caio Matsui.

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O skate é um esporte relativamento novo, com aproximadamente 50 anos de exis-tencia. Em um relacionamento direto com comportamento e estilo de vida que in-fluencia muito os demais esportes de pranchas e “radicais” (seja lá o que queiram relacionar com esse nome), sempre está em evolução constante. Com tanta evo-

lução nessas últimas décadas, com o aprimoramento das manobras e, consequentemente, do terreno para se praticar, um terreno “natural” voltou a ser palco de toda essa evolução novamente – e, diga-se de passagem, ainda bem: A ladeira!

O contato com o asfalto foi a primeira sensação que os pioneiros tiveram quando des-lizaram sobre as rodas. O que nos faz imaginar hoje, qual foi essa sensação naquele mo-mento mágico, tanto no atrito quanto no barulho, onde rodas de metal usadas na época “gritavam” e “brigavam” com o piso negro e áspero do asfalto. Foi onde praticamente

tudo começou e agora, depois da virada do século, a ladeira entra novamente no contex-to de ajudar a evolução do skate, agregada a uma diversão sem limites.

Não rola campeonato de speed sem uma boa ladeira, assim como um campeona-to de downhill slide é impossível sem uma bela camada de asfalto liso e íngrime.

E com isso, além de estar puxando o nível da pratica em geral, está colocando os equipamentos e acessórios do skate em um outro nível nunca antes visto, onde novas fórmulas de rodas, formatos dos trucks, desenhos e acabamentos de shapes/decks e todo o tipo de material de proteção vêm se aprimorando a cada dia... Tudo isso devemos muito ao skate na ladeira, pois quem nunca

olhou pra baixo e pensou em dropar com seu skate a mais inclinada e impos-sível ladeira da vida, pra sentir o vento na cara?

Um salve a ladeira! Bota pra baixo e boas sessions! (FB)

Obs: Essa edição, está sendo destinada a todos os amantes da ladeira e do downhill slide, com a entrevista de Fernando

Yuppie e a tour na Australia de Sérgio Yuppie e Cliff Cole-man, inventor do Coleman Slide... E lógico, muito mais

ladeiras por esse mundo afora, com diversos outros personagens que fazem parte da cena e aju-

dam a manter a chama acesa!Keep Skateboarding Strong!

A ladeira

Os riders João Pedro Franca (esquerda/baixo) e Gabriel Pucheu (direita/cima), são integrantes do

grupo “Kids From Rio”. Esse grupo carioca é forma-do por riders com idade em média de 16 anos que

andam desde cedo. Aqui, João e Gabriel mandando fulls de front e de back, respectivamente, na ladeira da Estrada da Lagoinha/ Estrado do Sumaré, locali-

zada no Rio de Janeiro. Foto: Gabriel Klein

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“Nova geração começando cedo a

sentir a sensação da velocidade na veia.. sem medo! Aqui, o pequeno João Gutemberg,

7 anos, da equipe Hill Boys em

Pernambuco, no melhor estilo!”

Foto: Renato Spencer (MOKSHA)

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_ igsa

* Alexandre Maia, 40 anos, 26 de skate - Diretor Sul Americano da IGSA Patrocínios: Downhill Machine, Academia Power Club. Apoio: Evoke, CS Team

Caro

lina

Dot

tori

Apoio cultural:

Por AlexAndre MAiA*

A partir desta coluna, vamos abordar alguns pon-tos dos regulamentos que causam dúvidas em muitos riders. Antes, ao se fazer a inscrição nos eventos, o atleta recebia uma cópia do regula-

mento e assinava um termo confirmando o recebimento do mesmo. Com o regulamento na mão no dia do even-to, o competidor tinha a possibilidade de ler e tirar dúvi-das no local da disputa.

A tecnologia, que deveria ajudar na divulgação e na leitura dos regulamentos, parece que só está atrapa-lhando, pois nenhum organizador fornece os regula-mentos no dia do evento e nem todos se interessam em ler os que estão disponíveis em muitos sites, inclusive nos da IGSA e da CBSK.

Nesta coluna, vamos abordar um ponto que traz mui-tas controvérsias: o ponto de referência utilizado para desempates. Atualmente, o ponto de referencia utiliza-do é a parte do skate ou do corpo que estiver à frente; com isso, vemos em praticamente todas as baterias os atletas esticando seus braços a fim de ganhar a bateria ou passar para a próxima fase, mas nem sempre foi as-sim. Antes de esse regulamento entrar em vigor, o que valia para decidir empates era o equipamento, ou seja, a ponta do skate ou do luge.

Há três anos que eu venho votando a favor da mudan-ça deste regulamento e que o equipamento volte a ser usado como ponto de referencia. o meu argumento é simples: se eu tenho um push ruim, eu posso treinar em uma academia e ganhar força a fim de melhorar; se eu

estou pesado ou leve demais, também posso fazer um regime e mudar esta situação; e se o meu equipamento estiver ruim, eu posso comprar um novo equipamento. Agora, e se o meu braço for curto, o que eu posso fazer? Nascer de novo?

Nos últimos três anos em que estive trabalhando na chegada de simplesmente todos os eventos sul america-nos da IGSA, eu vi muitas vezes (muitas mesmo) o atleta que estava na frente e ganhando a prova por mérito per-der a bateria devido ao atleta que estava vindo atrás es-ticar o braço ou ter o braço mais comprido. Totalmente injusto! Acredito que o atleta deva provar que foi rápido e que soube pilotar seu skate durante todo o circuito, e não somente ter a “sacada” ou o “oportunismo” de esti-car seu braço no momento certo e ganhar uma bateria que ele, de uma forma mais “limpa”, teria perdido.

Muitos no Brasil, na América do Sul e até mesmo na Austrália concordam com o meu ponto de vista, tanto que nas provas nacionais da Austrália no ano passado que não fizeram parte do circuito da IGSA, eles utiliza-ram a frente do equipamento como referência e todos ficaram satisfeitos.

Espero que, com as mudanças que teremos na IGSA, essa regra seja de uma vez por todas mudada e que possamos novamente ver competidores completamen-te alinhados, disputando a vitória centímetro por cen-tímetro, sem precisarem esticar os braços, se jogarem para frente e muitas vezes até caírem por causa disso. Tempos de mudança!

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euamolongboard.com é feito por Alexandre Guerra, Klaus Duus, Vinícius Binotte e André Nunes, que são longboarders e atualizam o site todos os dias para melhor servir a comunidade longboard.

Apoio:

_ euamolongboard

“Minhas fotografias são um vetor entre o que acontece no mundo e as pessoas que não têm como presenciar o que acontece.”

Sebastião Salgado

Imagine se não houvesse nenhuma fotografia nesta revista; nada que ilustrasse o skate, e os skatistas; imagine que não existissem os fotógrafos.

Bem, a revista ficaria sem graça! Além do papel de ilustrar, as fo-tos são muito mais do que o momento congelado em uma página. Este fragmento de tempo nos faz imaginar o antes e o depois do se-gundo registrado, para mim é como ver a foto se movendo e eu pre-senciando a continuação da manobra na minha frente.

Sebastião Salgado nos inspirou a procurar saber um pouco mais sobre estes profissionais que dão cor e drama aos fatos, inclusi-ve ao skate, que possui uma enorme intimidade com a fotografia e, mais que isso, influenciou e ajudou a criar uma cultura que mudou moda, cinema, e outras formas expressão artística.

Todo mundo, ou quase, já assistiu o documentário “Dogtown & Z-Boys”, mas poucos notaram que a maioria das fotos de ação mos-tradas no filme são de autoria de Craig Stecyk. Ele trouxe uma nova estética de fotografia, amadorística, e que foi o embrião da fotogra-fia do skate (“do it yourself”). Ele era um dos garotos da turma, e que tinha a curiosidade de registrar o que ele e os amigos estavam fa-zendo. Fez história com seu olhar peculiar sobre uma nova geração, estando no lugar certo, na hora certa. Toda turma tem um Craig!

Outro percussor foi Warren Bolster, um filho de diplomatas que teve a chance de conhecer boa parte do mundo, e na Austrália aprendeu a surfar e andar de skate. De volta aos Estados Unidos, seu interesse por fotografia aumentou, resultando no renascimento da Skateboarder Magazine, uma das revistas fundamentais do esporte.

outros surgiram, dando destaque para Grant Brittain (que na nos-sa opinião, era mágico nos anos 80 com as fotos de Hosoi, Hawk, Bones Brigade e cia), Andrew Mapstone, Glen E. Friedman (que tam-bém pegou os garotos de Dogtown na época das piscinas, e era mui-to próximo de várias bandas de rap e hardcore), Shijeo, Ed Temple-ton, e vários outros.

Talvez um dos mais conhecidos seja o Spike Jonze, que fez a transição para o cinema com muito sucesso e também fez vídeos históricos com os Beastie Boys (“Sabotage” é um clássico).

No longboard, é importante citar o choque que foi conhecer os vídeos e as fotos do Adam Colton, e seu parceiro Adam Stokowski. Não conhecíamos a estética nem as possibilidades, eles apresenta-

Click

ram uma nova luz. Talvez sejam os principais responsáveis pelo re-nascimento da modalidade dancing e por nos mostrar o melhor lado do skate, a diversão.

Na América do Sul, não podemos deixar e citar rafael Fazano, Manuela Perez, Coloraa Dottori e Gabriel Klein.

Vamos ser óbvios: equalizar ambiente, personagem e ação em um click não é tarefa das mais fáceis. Tudo importa, e geralmente o micro segundo do momento certo faz a diferença entre a capa da revista e a lixeira do estúdio.

Em conversa com o Gabriel Klein (amigo, colaborador e fotógra-fo), ele nos explicou um pouco do ponto de vista de um fotografo de longboards. Segundo ele, as dinâmicas envolvidas no esporte (velo-cidade, ângulo, distância) o desafiam a melhorar mais e mais, pois cada foto é diferente, assim como o atleta.

Klein aponta a diversidade e as novas idéias que surgem desta ausência de padrões como algo positivo e interessante que ajuda a arte a evoluir. o básico é a iluminação e o enquadramento, que fa-zem toda a diferença quando bem feitos e bem pensados.

outra sugestão importante, é estudar as fotos que se gosta, ten-tar imaginar como foi feita e aprender as técnicas. Backlight, fish eye, motor velocity, black&white... Tudo isso tem que ficar marca-do na cabeça, pois são ferramentas importantes para a produção das fotos.

Mas o principal de tudo, é pegar uma máquina, estudar o que lhe for possível e registrar os seus momentos. A tecnologia está ao nos-so lado, e dividir os momentos ficou mais fácil com Facebook, Insta-gram, Flickr, ou mesmo os blogs. ou seja, qualquer tecnologia que ajude a registrar e dividir melhor o que gostamos e assim levar a foto até quem não pôde estar lá.

Na próxima session, lembre-se de que a máquina fotográfica é parte importante de toda aventura. Leve-a consigo e click!

Essa coluna foi escrita ao som de: Chrome, Social Distortion, Haim, e Bombshell Rocks.

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*Christie Aleixo, skatista profisisonal, 36 anos, 16 de skatePatrocínios: Legends Skates, BOMDROP!, Tacna macacões, 4Fun Skateboards e New SkateApoio: DEUSAcesse: www.bomdrop.blogspot.com

no início de 2000, o mundo do Longboard/Dow-nhill se surpreendeu com o número de pessoas se relacionando com o carrinho. Uma década de-pois, em pleno 2013, como descrever o que es-

tamos vivendo?Nestes últimos 10 anos, passamos por alguns muito

inconstantes de mercado e raros investimentos voltados aos nossos segmentos. Porém, foi uma fase determinan-te no desenvolvimento das modalidades do downhill e das categorias praticadas com o longboard nos terrenos fora da ladeira, como em skateparks e banks. Foram anos de muito skate técnico, definições de eventos, formação de circuitos, organização dentro da principal entidade do skate brasileiro, a CBSK - que passou a responder por algumas burocracias da ladeira -, entre outros pro-jetos fundamentais de estruturação. A grande exposição fora do país e o reconhecimento do estilo e dos resulta-dos alcançados dos brasileiros na gringa, foram de ex-trema importância no fortalecimento das modalidades. Infelizmente, um período que ficou marcado pela falta de espaço dos registros em mídias especializadas. Mesmo assim, as revistas abriam espaço ao DHSlide, principal-mente, quando o material apresentado era de relevância e conteúdo de fato legítimo ao skateboarding, condição que poucos nomes conseguiam fazer acontecer.

Ver a cena hoje é ter certeza que o Skate, por ser inquieto e possuir um espírito de inovação contagian-te, funciona como um combustível poderoso, o qual de tempos em tempos reage com a necessidade de se re-novar, buscando sempre novas experiências. Por um lado sempre existirá o caminho das manobras, dos obs-táculos difíceis, das ladeiras mais rápidas e da busca por títulos em campeonatos. Por outro lado, como essa fase atual nos comprova, a maior quebra de barreiras é a de simplesmente se remar livre rumo a um infinito so-bre o giro das quatro rodas - afinal, sem sombra de dú-vidas, o skate não possui limites, muito menos regras. o skate é infinitamente cercado de possibilidades que nós somos incapazes de perceber e vivenciar em sua totali-dade, mesmo lidando diariamente com ele.

Se existe uma palavra que acredito resumir essa fase histórica do carrinho, é: ILIMITADo. Mantenha-se livre nos movimentos e pensamentos, não enferruje seus so-nhos; skate tem que agir como ferramenta de expressão para a sua vida. E lembre-se, mesmo atingindo os seus objetivos com ele ou através dele, nunca feche este ca-nal motivador que inspira e nos mantém vivos. Seja ili-mitado...e tenha sempre um BoMDroP!

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Por Christie Aleixo*

Rogério “Rogerião”.

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Colina Boards atuando forteA Colina Boards firmou mais uma parceria, dessa vez com a River Poker Li-

festyle. A marca, que possui diversos produtos inspirados no pôquer, lançou um skate cruiser com uma de suas estampas durante o Master Minds, um dos princi-pais eventos da atividade do país, em São Paulo. Os skates são parte de uma edi-ção limitada e estarão disponíveis no site www.riverstyle.com.br. E a marca não para por aí. A galeria de arte digital Urban Arts inaugurou em março uma loja em Campinas (SP), e lançou uma linha de skates em parceria com a Colina Boards, estampados por artistas que expôem na galeria. A primeira artista a ter sua arte nos skates é Aline Fraga Seelig.

Tempo dediversão... 4FUN!

Desenvolvida pela Legends, a 4FUN SKATE-BOARD é totalmente criada e concebida no Brasil. Seus produtos são fornecidos pelas melhores fá-bricas de skateboards do mundo e coloca no mer-cado novos modelos de cruisers de 22 e 27 po-legadas, com uma apresentação diferenciada que inclui um kit de adesivo, chaveiro, ioiô com led e o diferencial das rodas também com leds, que se acendem quando andam. Também conta com uma embalagem exclusiva para transportar esse skate. Tudo com suporte dos skatistas experientes, como Ari Bason, Christie Aleixo e Masterson Magrão.

A origem deDigo Menezes no downhill slide!

Campeão mundial de vertical na Alemanha em 1995 e um dos melhores skatistas do Brasil, Digo Menezes sempre teve uma carreira vitoriosa no skate. Isso acon-teceu desde quando começou a andar de skate e foi praticar downhill slide nas ladeiras de São Paulo. Pro-missor, competia quando era uma criança nos famosos campeonatos de downhill slide da Ladeira da Morte no final dos anos 80 (1988/89). Se tornou profissional, com carreira e patrocínios internacionais e model de shape nos EUA. Pra não esquecer suas origens, enviou para nós essa foto, andando recentemente na ladeira! Junto, a foto de quando ainda era criança, competindo nos eventos da Ladeira da Morte!

Diversão fora do asfaltoAgora pode-se ter o longboard para praticar

com os dedos! Mania nos anos 90 que se estende até hoje, os fingerboards só eram disponíveis em modelos de street e vert, mas agora estão rolan-do também modelos de longboard. Ainda levando para o lado de “quase” brinquedo, a Lego lançou o modelo do rider Martin Siegrist, da Suiça, em uma réplica que deixa em posição total de speed. Bom para se divertir nos tediosos dias de chuva!

Filme “Dalua Downhill” na RússiaO ótimo filme “Dalua Downhill”, o primeiro longa-metragem sobre o downhill speed brasileiro protago-

nizado pelo campeão mundial de 2012, Douglas Dalua, participou no International Festival of Sport Mo-vies “Krasnogorski” na Russia. Esse é considerado o maior festival de filmes de esportes do Leste Euro-peu, que abrangeu mais de 57 modalidades esportivas e reuniu, nos ultimos anos, em torno de 1.000 pro-duções de mais de 60 paises. O festival aconteceu do dia 1 a 4 de abril. Parabéns a mais essa conquista!

Leonardo Brescia da River, o jogador profissional de poker Caio Pessagno e Rafael Azevedo da Colina.

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Pedro Seelig, Rafael Azevedo, Alex Assis e Samuel Lana. Aline Fraga Seelig.

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dia da Mulher comemorado com muito skateNa última edição da revista CrVis3r skateboarding focamos o Dia da Mulher, mas essa

data também foi comemorada em diversas ladeiras do Brasil, levando diversas riders para se confraternizarem nesse dia sobre o skate. Com e enorme popularidade das mulheres an-dando de skate, não é dificíl imaginar que as ladeiras estavam bem perfumadas - e diga-se de passagem, bem representada. Entre vários pontos do país, destacamos dois para ilustrar o encontro nesse dia: o Parque do Ibirapuera em São Paulo e a Ladeira do Carrefour, em Juiz de Fora... Parabéns às mulheres do skate do Brasil e do mundo!

larissa on Fire!Nossa colunista larissa sampaio, da

coluna “Cuide-se”, não para. Pra quem não sabe, há alguns anos ela construiu um banks na sua casa o qual, recentemente, passou por algumas reformas. Sua inquie-tação chegou ao ponto de querer fazer um programa de skate, se jogando com a cara e a coragem. Postado na internet, o pragrama se chama las lomas, e ela vai falar sobre como se jogou em mais essa: “Ano passado competi no Chile, Panamá e corri todas as etapas do circuito brasi-leiro, o que resultou no 1º lugar do ranking brasileiro de 20012. resolvi colocar em prática meus sonhos de realizar um pro-grama de TV e convidei meu amigos que-ridos Paulo lins, Fabiano Zicão e claro, minha parceira luiza sampaio pra se jo-gar. Nasceu “LAS LoMAS”! o nome veio de quando estive no Panamá em 2011, e os skatistas locais sempre me falavam: “vamos para as lomas, Larissa!” A ideia do programa é levar os internautas pra conhecerem as melhores ladeiras do Bra-sil e do mundo, se divertir e passar um pouco dessa experiência e energia posi-tiva pra todos !” Acesse: http://www.you-tube.com/channel/UC_0lQLVhYd2XIo-C0xeH8ymQ?feature=watch

sector 9 visita o BrasilPara acompanhar de perto o estrondoso crescimento do longboard, speed e todos os segmentos

do skate em ladeira no Brasil, nick sacks (da marca sector 9), esteve no Brasil no mês de abril. o nosso país é um dos maiores pólos do skate mundial e aproveitando sua passagem por aqui, apro-veitamos para saber sua impressão sobre o long no Brasil e no mundo: “o crescimento do longbo-ard no Brasil tem sido enorme e, com certeza, é um dos países do mundo com a maior população de skate tradicional e agora longboards. Assim como em todos os países em todo o mundo, a cena do longboard tem crescido muito na última década.”

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‘Projeto Provador - sk8 também é coisa de menina’O Projeto Provador é um serviço de ensaios fotográficos voltado para mulheres comuns,

realizado pela publicitária e fotógrafa Mari Patriota. Com esse foco, o projeto, em parceria com a Aurora Boards, realizou no dia 14 de abril o evento ‘Projeto Provador - sk8 tam-bém é coisa de menina’ em recife, no parque Dona Lindu em Boa Viagem. Com o intuito de incentivar a prática do skate entre as mulheres, o encontro rolou com diversas ativida-des, como aulas de yoga, exposição de fotos e, lógico, aulas de skate. o Projeto Provador foi criado em 2009 e já percorreu diversas cidades brasileiras além de países como Holanda, Itália, Indonésia, Argentina, etc. Para saber mais, acesse www.facebook.com/projetoprova-dor e conheça também o trabalho de Mari Patriota: www.facebook.com/Mari.Patriota.

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Nick a esqueda e a equipe Sector 9 Brasil: Juliano, Reine, Cesar, Washington e Caco.

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Carol M. Borges.

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2º Best trick sliderarolou no dia 7 de abril o 2º Best Trick Slidera, nas moda-

lidades DHS, feminino e freeride e, conforme o boletim da Guarda Municipal, mais de 1.200 pessoas circularam pelo evento. resultados: Downhill Slide - 1º Alex Kung Lao / 2º Leonardo Scauri / 3º Carlos Piu. Freeride - 1º Gustavo Chusti / 2º Junior Martins / 3º Vitor Coline. Longboard - 1º rafael Massa / 2º Will ronzio / 3º Thiago Barata. Feminino - 1º Ana Beatriz (Thiz) / 2º Cris Punk / 3º Jéssica Amorim

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Friburgo Freeride FestivalPor GUto JiMeneZ

Nem mesmo a ameaça de chuva iminente no domingão de 14 de abril conseguiu intimidar os speedeiros da região Serrana do rio e de Minas Ge-rais: o Friburgo Freeride Festival rolou redondo e suave como uma boa cer-veja premium. As curvas do Drop Suíço foram palco de um show de técnica e velocidade, e o “go for it” dos competidores empolgou o público presente. Foram três as disputas: entre os juniores, vitória do incrível Yuri Cavalieri, o “Verminho” – olho nesse moleque de Juiz de Fora, é um talento nato com apenas 13 anos. No open, o pivete abusado venceu o veterano local Heli-nho nas semis e ficou em 2º, somente perdendo pro vitorioso Vitor “Max Steel” Boelter. Fechando o dia, a disputa de slide mais longo premiou o ve-loz Luis Gustavo Domingos, que gastou rodas por mais de longos 15 me-tros! Parabéns à galera da Hoopa Boards, e agradecimentos especiais ao incansável Carlão Ferezin pela disposição e hospitalidade de sempre.

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Venice Beach surf’n skate FestivalFoToS Antonio do PAssos Jr. thronn

Se os EUA são a capital mundial do skate e do surfe, o que dizer então de Venice Beach?! A história e a cultura dos esportes de prancha não seria a mesma se não fosse por essa praia/bairro/república livre dentro do Condado de Los Angeles. o pico vem atraindo todo tipo de gente nos últimos 50 anos, dos beatniks aos punks, de Jim Morrison a halterofilistas, das louraças estilo Barbie a skatistas largadões. Dessa forma, o evento Venice Beach surf and skate Festival estava localizado no pico certo; imagine passear em uma exposição de pranchas e skates montados e fabricados quando nossos pais eram crianças, ou então nem eram nascidos... Aquilo que seria apenas um sonho pra muitos foi acompanhado de perto pelo nosso parceiro na área, Antonio dos Passos “thronn”; sim, o mítico, campeão brasileiro de street e revolu-cionário skatista dos anos 80 mandou essa história pra gente. Acompanhe essa viagem - e bons sonhos! - Visite o site: www.vbssf.com

Circuito Partiu downhill skate speed - 1ª etapaPor eUAMolonGBoArd

Campeonato de longboard é sentar na grama para assistir às baterias, e depois comer um churrasco bebendo uma cerveja gelada. Claro que também é sangue, suor e lágrimas. Neste caso, pouco sangue, muito calor e lágrimas de emoção. Vamos começar por um feito único e extraordinário, pois Derek é cego desde a infância devido a um glaucoma, mas optou por nun-ca evitar aventuras. Isso o levou ao Havaí, onde conheceu seus ídolos que deixaram a praia de Pipeline só para Derek surfar suas ondas. A novidade é que Derek agora desce ladeiras. Utili-zando-se do exemplo de atletas paralímpicos, Derek conta com a ajuda de um atleta-guia para realizar o percurso. Insano, e não houve quem não pulasse e gritasse com sua descida. Nes-sa etapa tivemos representantes de Minas Gerais, rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e outros. Além da categoria open, devemos destacar que as categorias juniors, feminina e masters fo-ram muito competitivas e interessantes de se ver. Todas com a base encaixada, e se jogando com força nas curvas. Nossos parabéns aos organizadores e aos competidores! resultados: Open: 1º) Caio Cezar; 2º) Kelter Belarmino Tomate; 3º) romulo Conde; 4º) renan Lage. Ju-nior: 1º) romulo Conde; 2º) Felipe Camilo; 3º) renan Barbosa; 4º) Philipe Diniz. Master: 1º) Juba Sam; 2º) Fabio Lock; 3º) Fernando Brant Vitoriano; 4º) Lauro Loureiro. Feminina: 1º) Jeovana Vazzoler; 2º) Jessica Souza; 3º) Isadora Guimarães Carneiro; 4º) Adrienny Muniz

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Allan Latteri.

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sunday Pics: Conexão Brasília/GoiâniaPor reGinAldo oliVeirA

Esse foi mais um evento realizado pelo skatin’Go em parceria com a Vibe longboards e a Ambiente skate shopping, com o objetivo de fazer a conexão com a ga-lera de Brasilia, Anápolis e região que curte dar um rolé de skate e longboard. reunimos vários fotógrafos para fazerem sessões da galera soltando slides e brincando na pista de street que sempre montamos. Tivemos a pre-sença de vários skatistas da região, inclusive de profis-sionais como o Juliano Amaral, a galera do Trick e a ilustre presença de Alex Vilela, o “Bananinha”, uma lenda do skate nascido e criado nas pistas de São Ber-nando, em SP, que agora mora em Goiânia. o sunday Pics foi um evento sensacional e iremos realizar mais edições ainda este ano. Aguardem!

escola de skate Guanabara BoardsA escola de skate Guanabara Boards parte do princípio de que todo mundo pode

andar de skate, que é ao mesmo tempo esporte ao ar livre, meio de transporte não po-luente e, acima de tudo, diversão. A escola foi criada pensando em desfazer os mitos e os medos que envolvem a prática do skate e do longboard, feita especialmente pra quem sente que já passou da hora de se permitir. o esquema é o de aulas individuais com du-ração de uma hora, agendadas de acordo com as possibilidades do(a) aluno(a). A escola disponibiliza skates e equipamentos completo de segurança. As aulas rolam de segunda a sábado das 7 às 19 horas, e aos domingos de 7 às 11 horas, com estacionamento de segunda a sábado até as 18:30. Além disso, o instrutor presta consultoria gratuita na hora dos(as) alunos(as) comprarem seus próprios skates e equipamentos de proteção, para que possam ter o skate ideal por um preço justo. o instrutor é Alex Batista e tem 38 anos de idade, sendo 23 deles dedicados ao skate. o método didático foi desenvol-vido com base na percepção detalhada dos movimentos, despertando a consciência cor-poral e garantindo, ao mesmo tempo, segurança e domínio da relação corpo-skate-am-biente. O aluno ganha autoconfiança e explora livremente as suas possibilidades sobre rodas, minimizando o risco de quedas desnecessárias. Entre em contato por telefone (21) 6974-6302 ou via email: [email protected] e [email protected] ou ainda acesse o site: www.guanabaraboards.com. Você pode ainda visitar a página no Facebook e obter mais informações: http://www.facebook.com/gslongboard

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dia das Mães:não basta ser mãe...tem que andar!

Skatistas, mulheres, amigas, companheiras... mães. Se nós todos temos nossas vidas, devemos a elas em primeiro lugar - e que sorte dos que ainda podem dar um rolé com a “coroa”! A CrVIS3r Skateboarding presta uma pequena homenagem nesse mes de maio, às skatistas-mães como Christie Aleixo, reine oliveira, laura Alli, larissa sampaio, Flavia dian e tantas outras espalhadas pelo mundo. onde tem skate com amor, só pode haver mesmo tudo de bom! Parabéns para todas as mães do skate brasileiro e do mundo!

Christie Aleixo e o filho Iago Aleixo.

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Larrisa Sampaio e a filha Luiza Sampaio.

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Cris Punk e a filha Bianca Andrigo.

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erratas• Na edição anterior, faltou o crédito da foto da Luiza Sampaio, na matéria “Garotas do slide”. A foto é de Ana Paula leeuwenberg/south Five • Na matéria “da espanha Para o Mundo”, o staff das garotas do Longboard Girls Crew, é: Jacky Ma-denfrost: Founder & Team Manager; Monica Ma-denfrost: Co-Founder & Marketing Manager; Jesus Asensio: Co-Founder, Design & Strategistic; Valéria Kechichian: Co-Founder, Press & Pr e Carlota Mar-tin: Co-Founder & Social Media.

Flavia Dian e o filho Kaike Dian Alves.

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Reine Oliveira e o filho Luca Cassemiro.

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Laura Alli e o filho Breno.

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A tour pela Austrália foi idealizada com foco em slides, com demos e clínicas da maté-ria com os mestres Cliff Coleman e Sergio Yuppie. Foi um total de 13 demos nas ci-dades de Brisbaine, Sunshine Cost, Gold Cost, Camberra, Melborne, Adelaide e Syd-ney. O intuito dessa tour foi beneficiente: a verba arrecadada nas demos era para

cobrir despesas entre passagens aéreas, comida e transporte. O restante era juntado para fazer doações para duas instituições de caridade, uma para pessoas com deficiência visual e outra para crianças com câncer.

“Com certeza conseguimos fazer nossa parte, pois além de andar de skate, pudemos aju-dar a pessoas que necessitam e mostramos que skatista tambem tem coração bom. Eu e o Cliff abrimos mão de nosso cachê e revertemos tudo para caridade.

Enquanto o Cliff ensinava a molecada a fazer os slides, eu ficava na parte de fazer as des-cidas de skatinho e longboards para mostrar nossas habilidades e técnicas. Numa dessas demos, fomos numa escola particular católica fazer palestras e uma demo no pátio da esco-la; tinham em torno de 300 crianças e a molecada pirou, foi uma vibe muito boa. Teve uma marca local de lá, Cre8tive Skateboards, que doou $ 2.000 pra poder comprar meu ticket e poder estar na Austrália para realizar isto.

Sérgio Yuppiee Cliff Coleman

Austrália Tour:

POR SéRGIO YUPPIE

Tour pela Austrália com os mestres Cliff

Coleman e Sergio Yuppie. O intuito dessa tour

foi beneficiente, fazer doações para

instituições de caridade de pessoas com

deficiência visual e crianças com câncer.

Acima: Dos asfaltos e ladeiras australianas para a transição indoor, Yuppie não resistiu em mandar esse Wall to Fakie na Skate House em Sidney. Na direita acima: Yuppie e os nativos. Na direita abaixo: Mr. Cliff Coleman. Na página ao lado: Poucos tem o previlégio de inventar manobras e Cliff Coleman está nesse grupo seleto. Mostrando sua vasta experiencias para o povo da ilha e sua cria: Coleman Slide.

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Na Austrália, hoje em dia tem muita molecada nova que está arrepiando nos slides, com seus longboards com rodas macias. Quando eu entrava na ladeira, tanto com meu long ou com meu skate de slide, a galera ia ao delírio! É muita satisfação poder estar em outra parte do mundo e mostrar minhas técnicas, e ver que todos ficaram muito agradecidos e felizes com minha presen-ça e do Cliff. Apesar da tour ter sido show, foi meio desgastante pois dirigimos mais de 3 mil kms atravessando o pais, e nessa o organizador Phill Thorne tomou uma multa de u$ 2 100 doletas por estar a mais de 165 kms, e eu tomei uma multa de u$ 298 por estar sem cinto de seguran-ça traseiro... Só rindo muito, faz parte, comemos carne de canguru e de cabra (risos), cultura de OZ. A única coisa que eu ficava bravo é que todas as demos se iniciavam pela manhã, ou seja, acordar às 7 da manhã pra pegar estrada e começar a andar de skate. Eu já falei que no próximo ano, só vou se as demos forem na parte da tarde (risos), é serio!

É muito style de ver o pai do slide, Cliff Coleman, com seus 63 anos de idade, destruindo rodas e descendo a mil as ladeiras com suas técnicas de stand up slides e Coleman slides, é de tirar o cha-péu. Cliff e eu já temos planos de fazer esta mesma campanha na Espanha, e em novembro o Cliff vem para o Brasil para armarmos muito skate e nossos planos para a Curva de Hill International.

Eu tive uma boa impressão da Austrália, um país organizado, limpo e com a galera mais ami-gável. Com certeza volto ano que vem!”

Agradecimentos: Curva de Hill skateboards, Cliff Coleman, Phill Thorne, Cre8tive skate, Qix skate-boards, Abec 11.

Na esquerda acima: Yuppie mostrando toda sua base nesse g-turn/manual para os alunos da escola australiana, duranta a demo na cidade de Adelaide. Na esquerda ao meio: A dupla em ação. Na esquerda abaixo: Volta as origens e a demos contou com uma rampa. Method air na jump ramp na cidade de Cambrera. Foto: Acima: A Austrália é uma ilha e o visual sempre alucinante, fazem parte da composição para uma session como essa em Sydney. FS nose slide. Abaixo: Cliff Coleman em Double Point Island.

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Talvez alguns longboards e um pouco de amor às pessoas do vilarejo possam ser uma tentativa pequena de come-çar um laço de amizade e construir uma ponte entre os dois mundos.

Nossa equipe é composta pelos riders da Landyachtz, Liam Mcke-nzie e Kyle Martin, Beth Luchies, uma trabalhadora local, meu filho Levon de 11 anos e eu mesmo. Nosso guia na travessia de barco foi o Eddie, um residente na ilha que nos mostra tudo aquilo que está ao redor de nossa embarcação: baleias cinzas em sua migração na-tural, rios repletos de salmões (e também ursos e lobos), todos os cedros que uma pessoa puder enxergar... Tudo isso nos dá a absolu-ta certeza de que, ali, os visitantes somos nós.

Ahousaht pode ser traduzida como “pessoas que vivem de cos-tas para a terra e as montanhas numa praia em mar aberto”. Quan-do avistamos um grupo de casas do barco, Eddie aponta e diz: “Essa era a vila toda até eles fecharem o internato, daí nosso povo voltou e a vila cresceu”. Muito desse crescimento se dá lugar numa ladei-ra que se une à via nos únicos dois quilômetros de rua asfaltada de toda a ilha...

Nossa chegada é saudada por uma SUV de carroceria aberta, al-gumas pessoas e vários cachorros, e lá vamos nós em direção à escola Maaqutisis, uma instalação nova na ilha repleta de arte indí-gena de todas as formas e construída com um design moderno, re-fletindo a perspectiva de se olhar adiante. Somos recebidos pelo di-retor Scott Maschek e por Margaret Dick, uma funcionária da escola

TExTo E foToS Grant ShillinG* | TrADUção Guto Jimenez

Ahousaht: A comunidade indígena Ahousaht First

Nation foi fundada numa ilha de floresta abudante banhada pelo Oceano Pacífico. A vila isolada na Ilha de Flores tem

uma população de 900 pessoas e é somente acessível a hidroplanos ou barcos, e fica a cerca de quarenta minutos de

navegação a partir de Tofino, na Costa Oeste da ilha de Vancouver. Geralmente essas comunidades First Nation vivem em isolamento das populações não aborígenas do Canadá, uma distância histórica que é

baseada em diferentes conceitos.

índio quer longboard

Acima: Andar de long literalmente na praia é pra poucos, como em Ahousaht...

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ahousaht

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que será a nossa guia por Ahousaht. Eles nos explicam que as ausências às aulas e as atitudes erradas são os grandes problemas escolares na comunidade, especialmente quando seguem as atitudes erradas de alguns dos alunos.

o primeiro grupo que iremos trabalhar é o de 15 alunos que faziam a aula de educação física. Começamos a mostrar alguns dos skates que a Landyachtz cedeu; embora tímidos no início, alguns começam a se soltar e a pegar os capace-tes da Sector 9. Perguntamos quantos já tinham andado de long, e somente uma mão se levanta. Dividimos em grupos de dois e cada um tentava andar de forma alternada e cheios de curiosidade. Sorrisos e corridas atrás dos agora skatistas foram a tônica de nosso dia inteiro.

Margaret nos aponta um grupo de garotos que ”não se falariam de jeito nenhum” se não fossem os longs. o aspec-to cruel e doloroso da hierarquia de sala de aula é quebrado enquanto as rodas andam de um lado pra outro na escola. De repente, os alunos da aula de inglês aparecem no pátio, e agora todas as crianças querem participar.

– Não tenho certeza do que tudo isso tem a ver com o en-sino de inglês, diz o professor.

– fala sério! Que tal uma redação de cinco parágrafos so-bre a experiência de hoje?, responde um garoto esperto.

Durante o intervalo, conversamos com um grupo de alu-nos mais velhos no refeitório. Em meio a sucos e panquecas, eles abrem o jogo; fica claro desde o início de que o futuro de Ahousaht será desenhado pelo respeito à cultura e a neces-sidade de se seguir adiante. Para eles, o projeto envolvendo os longboards são um passo nesse sentido.

Do lado de fora, Margaret tem que contornar um inciden-te: ao verem uma pickup lotada de longboards, os alunos do ensino primário insistem em andar de skate naquele mo-mento, e só cedem depois que prometemos andar com eles após o término da aula daquele dia. foi por pouco...

o dia se passa andando pelo asfalto ao sul, no sentido do bairro mais novo, e ao norte, de encontro à vila mais ve-lha. o rolé funciona como uma ida entre o passado e o fu-

Ao lado: Margareth ajuda uma nativa a se equilibrar. No meio: Os longs sendo retirados do barco. Abaixo: curiosos e voluntários planejam o dia no cascalho comum à pavimenteção das ruas da ilha.

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turo em apenas alguns metros, o que não deixa de ser diferente. o lado mais novo da comunidade abriga a população mais nova e cria novas oportunidades de trabalho aos locais. Enquanto andávamos de longs pelas ruas, muitos trabalhadores se admiram com a nossa presença e os poucos carros que passam diminuem a velocidade – afinal, são algumas de suas crianças que estão aqui.

Uma delas é uma garota de roupa rosa, que passa pelo seu pai enquanto ele traba-lha numa casa:

– o que você está fazendo?, pergunta o pai.– Andando de longboard, é o máximo!o pai sorri.outro garoto, vestido igual a um urso,

sobe noutro long. Ele sofre de desordem de espectro alcoólico, uma doença causada pelo consumo em excesso de álcool durante a gestação e resulta numa série de deficiên-cias cognitivas e de comportamento. Liam guia o garoto instável no seu long até que ele finalmente consegue se soltar e andar de skate por conta própria, e tanto a professo-ra quanto os outros alunos são só sorrisos.

Uma outra menina, que sofre de síndro-me de Usher (uma desordem genética incu-rável caracterizada por surdez e cegueira) é ajudada por Hailey, seu professor de gi-nástica sobre o long. os dois simplesmente deslizam com a fluidez do impulso e sabo-reiam a pequena vitória de andar de skate.

Já Braden, por outro lado, pegou rapida-mente as bases de como dar impulso e ga-nhar velocidade, e já aprende a dar seus pri-meiros slides num long com Kyle Martin.

o dia ensolarado é refrescado pelo cheiro de cedros e maresia, e tem a trilha sonora dos pássaros marinhos agora acompanha-dos pelo sino da escola marcando o fim de mais um turno escolar. obviamente, os alu-nos do ensino primário foram em disparada em nossa direção e um esquadrão de crian-ças nos cerca.

Afinal, era hora da tão prometida e aguar-dada sessão de longboard depois da aula.

Agradecimentos a Margaret e a toda Ahou-saht first Nation por sua calorosa acolhida.

obrigado ao pessoal da Landyachtz, Sec-tor 9 e Honey Skateboards. obrigado ao Eddie pelos passeios de barco, e ao Michael Brooke por sua ajuda.

* Grant Shilling é um escritor, artista e pes-quisador urbano. É o autor de “Cedar Surf: An Informal History of Surfing In British Colum-bia” (www.cedarsurf.com) e “Surfing With the Devil: In Search of Waves and Peace in the Mi-ddle East” (www.surfingwiththedevil.com).

Sentido horário: A beleza natural do trajeto e da ilha inspiram já na viagem. / Dois qui-lômetros de asfalto - tudo nosso! / Os sorrisos nos rostos já dizem tudo: longs são MUITO divertidos!/ A caçamba da pick up é o sonho dos indígenas transformados em realidade.

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:: ZEQUINHA RAPANELLINascido em 1962, Zequinha teve o primeiro contato com o ska-

te quando tinha 11 anos, no balneário de São Vicente. É óbvio que ele teve de montar seu primeiro skate com patins cortados, mas foi por pouco tempo já que logo descolou um California 240, com trucks e rodas Universal de caixa de bilhas trazidas por um amigo mórmon que trouxe dos EUA (!). Difícil era andar no tal skate, já que boa parte das ruas da Zona Norte paulistana de então ainda eram de pedras ou paralelepípedos. O jeito era pular o muro da escola pra andar na quadra! Logo ele, que anos mais tarde se transformaria no professor e pedagogo que é hoje em dia...

Com o asfalto, veio o surf-style naqulas ladeiras de sonho: muitas curvas e carvings, muitas batidas inspiradas por Larry Bertleman –

e muitas adaptações também. Pense em alguém que já pegou pedaços de tubos de antenas de alumínio pra aumentar a largura dos eixos, de forma a aumentar a estabilidade nas descidas. Mui-to diferente da era atual, não é verdade?

Zequinha anda em picos históricos de SP há muito tempo, sendo local da “Barriga da Velha” (ou Palmas do Tremembé...) desde 1978, mesma época em que ele dava roles na extinta pista da Wave Park. O Morrão da Guapira é outro local explorado por ele há quase 30 anos, bem como descidas na Serra da Cantareira e no litoral norte de SP. Ele não esconde a preferência pelo terreno inclinado das ladeiras: “O skate de ladeira sempre me fascinou pela liberdade e adrenalina, pois descer junto com carros continua sendo uma grande aventura. Nas ladeiras, podemos nos expressar livremente sem perder a possibilidade de evoluir e superar os próprios limites, e de se divertir muito também”.

Ele exalta dois guerreiros da luta pelo skate, Willians Indião e Marquinhos Ubaldo, companheiros de sessions, quase irmãos, camaradas marcante que ele respeitava muito. Pra ele, os amigos são a maior conquista de todas: “Minhas conquistas no skate são definidas pela amizade, pelo autoconhecimento e autossuperação, conquistas essas que saíram da esfera individual e se consolidaram no senso cole-tivo, partilhando das experiências de várias sessions do dia-a-dia ao longo de quase toda uma vida”.

Todos nós já ouvimos aquela máxima que diz que “para entender o presente,

é preciso conhecer o passado”. A revista CRVIS3R

Skateboarding acredita nisso, e a partir dessa edição irá trazer perfis de skatistas das antigas

que ainda estão dando seus rolés pesados em longs por

aí, onde quer que seja. Prepare-se pra conhecer

algumas figuras históricas do cenário do skate

nacional... e deseje chegar às idades mais maduras com a

disposição deles!

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POr GUto JImENEZ

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Floriano Sales “Flóris”.

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Uma das maiores vitórias do Zequinha tem a ver com o skate: “Sinto-me realizado por fazer parte da caminhada do skate, tendo-o na minha própria história de vida, acompanhando e lutando pelo seu crescimento, desenvolvimento e fortalecimento, tanto como skatista quanto como professor, árbi-tro, formador e competidor”. Nós é que agradece-mos, Mestre!José Eduardo Rapanelli / 51 anos, 39 de skate / Apoios: Atlântico Sul, Surfável, Flow Skateshop, Aqua-Z Decks, Six.

:: FLoRIANoSALES “FLÓRIS”

Se existe alguém que seja a prova viva de que não exis-te idade certa pra se começar a andar de skate, esse alguém é o Flóris. Acredite: o cara só botou os pés sobre um skate pela primeira vez aos 27 anos – e foi logo pro

speed! Isso faz com que ele seja mais um “puro sangue” da modalidade, no caso skatistas que dropam picos a milhão e se satisfazem com isso. Quem sou eu pra dizer que estão errados?!

O cenário quando ele começou a andar era bem distinto: “quem andava de long era visto com certa admiração na ladeira, pois quase não existiam es-tes equipamentos rodando por aí.” Ele e o seu gru-po de amigos skatistas-surfistas da faculdade ora caçavam ondas pelo litoral, ora estavam em mis-são por novas ladeiras onde elas estivessem. Um desses picos mora no coração: Taipas – e há uma história curiosa por trás desse encontro com a la-deira. “Eu fui levar o documento de um carro em uma empresa de sinistros e fiquei maluco com o local, era um monte de ruas largas e com descidas, curvas, asfalto zero e o melhor, DESErTO!” Ele tor-nou-se local de lá e, quando a galera da faculdade não estava na disposição de dar uns dropes, ele ia assim mesmo e encontrava com algumas figu-ras locais, como o legendário Waldemar Predador.

Como cada drope era como uma bateria de cam-peonatos, com a galera evoluindo nitidamente a cada sessão, Flóris então decidiu fazer uns even-tos pra estimular a competitividade entre a galera e fazer girar o cenário. São roque foi a cidade que sediou o primeiro grande evento da modalidade, e

os speedeiros começaram formar sua própria rede social ao estarem presentes em todos os tipos de competições locais que rolavam pelo Brasil afora. Junto com o amigo Fabio Lóki, for-maram os LongBrothers, cujo objetivo sempre foi o de andar onde pudessem e confraternizar com as galeras que encontravam pelo caminho.

Pra ele, o campeonato Speed Monsters em Alphaville – seletiva do primeiro campeonato internacional do país, realizado no ano seguinte no rio – foi um marco da modalidade de DH speed no país. Ali, as crews começaram a dar suas caras e mostrar suas características espe-cíficas, fossem em competições, nos rolés, em vídeos ou até mesmo no estilo de vida de cada uma delas. Ele também destaca a falta de material especializado em nosso país, de tal forma que o Predador fazia seus próprios shapes de madeira maciça...

... mas, nostalgias à parte, nada como os tempos atuais. A quantidade e diversidade de todos os materiais fizeram com que a modalidade atraísse cada vez mais adeptos, que por sua vez estão elevando o nível a patamares inimagináveis há 2 ou 3 anos, por exemplo. “Hoje, se eu for falar o que você pode fazer com os equipamentos, é uma verdadeira loucura; para se ter uma ideia, você consegue montar mais de 100 setups diferentes sem repetir uma peça sequer!”

Então que venha o progresso: os “tiozinhos” estão prontos!

Ao lado e abaixo: Zequinha Rapanelli.Abaixo à esquerda: Floriano Sales.

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Vou começar logo por aquela pergunta inevitá-vel: como é ser filho do Rei do Downhill Slide?Um grande orgulho pra mim é o meu pai e, pra mim, não é porque ele é meu pai, mas é o melhor

skatista de ladeira que já teve, igual ao Pelé. Valeu, pai, por deixar o skate correndo nas minhas veias!É nóis! (ri-sos)Tem muitos“zés povinhos” que falam que, no dow-nhill slide, só os Yuppies se dão bem, só porque os Yu-ppies correm atrás todosos dias. Meu pai já mostrou que é o King, e ponto final.

Fernando, eu te via acompanhando o seu pai di-reto nas sessões e eventos. Além da óbvia influên-cia dele sobre você, quais foram outros skatistas que te marcaram?

Eu tenho muitas influências no meu skate. Em primei-ro lugar, a minha família é a grande influencia e motiva-ção para andar de skate, e além deles, as minhas influ-ências são Cliff Coleman, toda a Curva de Hill, um time que todos que estão são foda! The Special Big Riderdo Asfalto, Indião Eterno! São muitos nomes pra falar aqui... (risos) Não posso nunca deixar de fora um cara que in-fluenciou toda a família: Fernandinho Batman, O Mestre.

Quem te botou o apelido de “Hiena”? (risos)Quem colocou meu apelido de Hiena fui o Coruja Velha

(risos), sabe quem é, né? Meu pai, Sérgio Yuppie é o Coru-ja Velha, só chamo ele assim e ele só me chama de Hiena.

Você tem alguma lembrança inesquecível desses tem-pos onde o seu pai te rebocava pra todos os lugares?

Muitas lembranças, meu pai é foda, sempre nos man-teve no skate e nunca nos forçou a andar de skate. Sem-pre com a gente nos levando pra todos os lugares, mas sem dúvida as melhores eram nos campeonatos do cir-cuito mundial de street, que chamavam meu pai pra vol-ta dele e ele nos colocava pra andar no lugar dele e fi-cava estornando as bombas e tomando cerveja (risos), ele e o Indião Big Rider!!! Curva de Hill sempre!!! Pas-samos muitas outras noites na casa do Marcos ET, um Mestre. Aprendi muita coisa ali no quarto do ET, muitos vídeos de skate rolando e os melhores skatistas de SP colando lá na casa dele. Pra mim, que era um moleque, era um sonho.

Onde você curtia andar enquanto estava apren-dendo as bases, e quais são os seus picos favoritos hoje em dia?

Eu sou de SP, de Guarulhos. Andava todos os dias na minha quebrada, Parque Continental 2. Obrigado à minha avó, tive sorte de morar em frente a uma ladeira e meu pai ser skatista (risos). Eu andava por toda a Zona Norte

“Filho de peixe, peixinho é”. “Todo príncipe é filho de um rei”. “Quem sai aos seus, jamais os degenera”. Qualquer frase feita em relação ao legado passado de pais pra filhos poderia ser usada sem o menor problema ao se falar de Fernando Yuppie, filho de ninguém menos do que Sérgio “Rei do Downhill Slide” Yuppie. Ao mesmo tempo, os ditados não fazem justiça ao impacto que o rolé do cara causa a quem o vê andando, seja ao vivo em alguma ladeira ou nos vídeos que são postados direto noYouTube. Não foi só a inacreditável habilidade que a genética legou a ele, mas também a alegria de viver e a sinceridade acima de tudo. Nessa entrevista exclusiva à CRVIS3R, Fernando revela detalhes de sua rotina de vida, critica a organização do skate no Brasil e explica a curiosa história de uma hiena criada por uma coruja velha (!).

YuppieEntrevista:

Fernando

POR guto Jimenez | FOtOS JOãO VitOR bRinHOSA

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Morro da Lagoa da Conceição, Florianópolis.

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de SP, e também na Zona Leste, na Saúde... tenho muito amor por SP por causa do skate. Hoje em dia, moro em Floripa, é bem tranqüilo e na paz. Aqui tem várias ladeiras (risos), tudo “mocada” (=N. da R.: escondida), na real só tem ladeiras animais. Mas pra mim, não tem lu-gar melhor pra andar de skate como a California, em Laguna Beach e San Francisco.

Com quem você costuma andar hoje em dia, tanto aqui quanto na gringa?

Com minha família, é claro, Coruja Velha e Júnior Yuppie, meu cunhado Guilherme tranquilli e mais uns outros daqui de Floripa. Na California, eu ando com a família LBDR – Laguna Beach Danger Ri-ders, nesse grupo tem os melhores skatistas do momento, te garan-to! Os meus favoritos são Evren Ozan, Liam Morgan, Byron Essert, Nathan Bry, Jesse, Kevin Reimer, Oscar Mad...

Conta pra gente como foi que você se inseriu no competiti-vo mercado norte-americano.

Eu sempre tive o sonho de ir pra California, aí comecei a aprender in-glês com o Cliff Coleman e Kevin Reimer, esses dois me ajudaram mui-to a aprender a língua. Daí eu conheci o Bricin Lyons, um canadense que abriu as portas pra mim e conseguiu um patrô pra mim. O cara de-pois mandou uma passagem pro Canadá, daí foi isso que me fez entrar no mercado, porque eu fui pro Canadá e daí foi só alegria, fui fazendo vídeo atrás de vídeo, fotos direto, treinando todos os dias... Até que um dia chegou a passagem pra eu ir pra California de primeira classe (ri-sos), aí acabei ficando em segundo lugar no Gravity Slide Fest, só per-dendo pro meu pai, The King... É uma longa história essa minha jorna-da (risos). Depois, os caras da Abec 11 me descobriram com um vídeo que eu fiz, e daí eu to com os caras até hoje (risos). Skate sempre aci-ma de tudo, foda-se campeonato, dinheiro, patrô. Skate tem que ser do

sangue, nada por interesse ou troca, tem que ter na veia. Skate or die!Como você se sente andando e representando uma marca

de uma autoridade da ladeira como o Chirs Chaput, e como é ele enquanto patrão?

Eu me sinto muito feliz, porque a Abec 11 me passou pra pro lá fora, fez o meu shape e model de roda, me paga pra ser um free ska-ter, só fazer vídeos e fotos... Campeonatos, só por minha vontade, se eu quiser mesmo. Fico muito feliz com isso, Chaput é muito louco mas é um cara que gosta de mim e acredita no skate. Valeu, Chaput!

Ainda sobre o mercado: você é um dos pouquíssimos ska-tistas de downhill slide no mundo que tem um pro model, e

Bs Noseblunt Slide, Barra da Lagoa, Florianópolis.

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entrevista

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olha que você está apenas no início de sua carreira como pro. isso faz algu-ma diferença pra você?

Então, essa questão... Eu sou muito feliz por ter o meu pro model de shape, lá na gringa você só é pro depois que sai o seu model de shape. Aqui no Brasil, os caras (CBSK) não me passaram pra pro até agora, já há 2 anos eu tenho pro model de sha-pe e roda, sou um dos poucos atletas de downhill slide que vivem do skate. Skate é o meu trabalho, não faço mais nada na minha vida, só ando de skate. Não sou só eu que os caras têm de passar pra pro, eu e muitos skatistas amadores da Zona Leste e Zona Norte que já estamos há muito tempo no amador, tinha que mudar as regras pra um atleta passar pra pro aqui no Brasil.

O seu pai é um figuraça, divertido e espontâneo o tempo todo. Ele é assim também dentro de casa ou assume um lado mais durão no relacionamento com você e seus irmãos?

O meu pai é o Coruja Velha (risos), é tranqüilo e fica na paz sempre. Só às vezes que ele viaja mas é normal (risos), é nós, Coruja! Meus irmãos são todos da hora, fir-meza. É nós, família!

“Skate tem que ser do sangue, nada por interesse ou troca, tem que estar na veia!”

Ao lado: Fakie 180 Slide One Foot , Berkeley, São Franciso.Abaixo: Stalefish Slide, Praia Mole, Florianópolis.

Tren

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Falando no Junior e no Christian, eu acho que a mãe de vocês deve ficar louca com os três adrenados soltos dentro de casa... (risos) Como é o seu relacionamento com eles, em casa e nas ladeiras? Rolam umas tretas de vez em quando ou é tudo na paz?

É tudo na paz, a minha mãe já está acostumada. A minha casa respira e vive skate, é skate pra sempre. Não tem essa na Família Yuppie, nós estamos unidos pra sermos pra sempre a família com skate na veia sempre. Curva de Hill!

Mais uma pergunta familiar: você andou meio estressado com seu pai naquela época em que vocês competiram em al-guns eventos juntos na mesma categoria. O que rolou, você achou que tinha ganho dele ou o quê?

Rolaram uns estresses, normais e mais suaves. Hoje em dia, te-nho outra cabeça e outro pensamento sobre meu pai. Eu nunca que-ro ganhar dele e nunca vou ganhar porque ele é O King e ponto final.

Você pratica alguma outra modalidade de skate fora da ladeira? Eu nasci nas ruas. Meu pai sempre foi overall, quando eu morava

em SP eu andava direto de street, mas mudei pra Floripa e as pistas daqui são muito zoadas. Aí eu me afastei um pouco das pistas, tem a pista do Pedro aqui e a pousada, mas só um role bem de leve. Hoje em dia, eu estou colocando muitas manobras de street no downhill slide, vários combos, é só conferir no Youtube (risos). O mais impor-tante é bater o tail sem merrecagem!

Quais outras atividades que você curte fora o skate?Ah, eu fico na paz o dia inteiro, com a minha namorada, fico na net

vendo vídeos de skate e no Instagram, e fazer os meus spliffs (risos)...Que tipo de música você costuma ouvir?Rap o dia inteiro, nacional e internacional. Dois nomes são pra

sempre, Sabotage e Tupac. Motivação sempre!E as princesinhas, está conseguindo dar conta de todas? (risos)(risos) Só tenho uma princesa, a minha tayna tranquilli, essa mi-

nha namorada é muito foda (risos).Ultimamente a gente tem visto um bocado de video clipes

seus no Youtube e nos canais de seus patrocinadores. Como são essas filmagens, do tipo mais organizadas ou espontâneas? E as edições, você participa ou deixa por conta de quem filma?

Eu nunca estou parado, sempre estou tentando uma manobra nova todos os dias, ou tentando achar um pico novo. Sempre na missão, sempre filmo eu e minha família, nós revezamos nas filmagens. Mas quando eu quero um vídeo foda mesmo, chamo o meu parceiro mons-tro Otávio Ark, esse moleque é monstro na filmagem e na edição.

Aliás, você vive numa ponte aérea Floripa-California. Diz aí o que você mais gosta nos dois lugares, e o que você mudaria se tivesse a oportunidade.

(risos) Essa vida é muito boa, Floripa-California... Eu tive um proble-ma com o meu visto, e estou sem poder ir pra California no momento. A Abec 11 está tentando fazer um visto de atleta pra eu poder ir pra lá e viver lá, receber tudo certo dentro da lei, até porque eu estava usan-do visto de turista (risos). Agora estou só em Floripa, skate e paz to-dos os dias, e logo mais eu estarei de volta à California se Deus quiser.

Em quais países você já esteve andando de skate ou não? Qual deles você mais curtiu, e por quê?

Já estive no Canadá, na Inglaterra e Estados Unidos, tudo com o meu skate. Muito obrigado, skateboarding! O que eu mais gostei e gosto até hoje é a California, Laguna Beach e SF-Norcal.

Qual foi o pico mais sinistro onde você andou?Laguna Beach, lá é o paraíso e as pessoas de lá me adoram.

LBDR for life!

“A minha casa vive e respira skate.”

Tail Slide One Foot segurando o pé em São Francisco, Califórnia.

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entrevista

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O teu pai assombrou quando dropou o vão do viaduto lá na gringa, e ele já confessou que achava que iria se ferrar na-quele dia. Você já passou por alguma experiência desse tipo?

O meu pai é foda, aquela ponte foi foda! Recentemente, eu fiz uma coisa que me deu medo, era muito arriscado, se eu caísse ou eu morria ou nunca mais andava de skate. Vai no Youtube e vê o último vídeo da Abec 11, lá estou eu descendo descalço uma das ladeiras mais fodas da Ilha, batendo 95 km/h (risos). Descalço, essa foi foda olha lá no Youtube e veja o que vocês acham...

Como você lida com o medo?Muita fé em Deus. Não tento pensar nele quando estou andando

de skate. Se eu morrer andando de skate, vou morrer feliz.Vamos dizer que o mundo fosse acabar daqui a um mês;

onde você gostaria de andar que ainda não tenha andado? E o que mais você faria além de andar de skate?

Eu queria muito andar no Japão, tem umas ladeiras muito fodas por lá. Eu iria ficar na California, em Laguna Beach, andando de ska-te o dia todo e ficando na praia com a minha gata.

bem, como diziam os seus ídolos teletubbies, é hora de dar tchau (risos). Manda aquele recado esperto pras pessoas que irão ler essa entrevista, sem falar nos agradecimentos e aquela coisa toda...

(risos) Teletubbies nunca foram os meus ídolos (risos), os meus ídolos eram todos os Curva de Hill sujos. Se não fossem pelo meu pai e os amigos dele, eu não seria o skatista de raiz e sujo que sou (risos). Skate sempre na veia! Agradecimentos a toda a minha fa-mília, pai, mãe, irmãos, tia, avô, avó (risos), minha namorada, meus patrocinadores, à toda família Curva de Hill e a todos que correm ao meu lado, valeu família! Skate sempre na veia, nunca desista do seu sonho, só abaixa a cabeça e vai andar de skate, é isso o que eu faço!

> FERnAnDO GOnçAlVES DE MElO20 anos. tempo de skate: “ando de skate mesmo desde os 4 anos de idade, então são 16 anos e vou andar até morrer.”Patrocínios: Abec 11 wheels, Jet skateboards, Curva de Hill (pra sempre), SoCal Skate Shop e Donuts Smoke shop POA.

Um salve a toda a família downhill slide da Zona Norte e Zona Leste, Família Saúde, lá só tem monstro do downhill slide. Quero agradecer aos fotógrafos que fizeram as imagens da entrevista: trent Stake, João Vitor Brinhosa, tayna tranquilli, valeu! Marcas do skate brasi-leiro: acordem, tem muitos moleques bons no downhill slide sem pa-trocínio. Skate é por amor, não por dinheiro. Valeu, muito obrigado à revista CRVIS3R pela entrevista e por mostrar o verdadeiro ska-te na veia. Valeu Bolota, valeu Gutão, skate sempre! Curva de Hill!

“Se eu morrer andando de skate, vou morrer feliz.”

Ao lado: Full BS Slide no Morro da Cruz em

Florianópolis. Abaixo: BS Layback no Morro da Lagoa,

Florianópolis.

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entrevista

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ano 1 | edição 4 abril/maio 2013

Editores:Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez

Arte:Edilson Kato

Redação:Guto Jimenez

Colaboradores:Texto: Alexandre Maia, Christie Aleixo, EuAmoLongboard.com.br, Grant Shilling, Larissa Sampaio, Sérgio Yuppie, SK, The Hut

Fotografia: Ana Paula Leewenberg, Antonio do Passos Thronn, Caio Matsui, Caio Ikuno, Carlos “Charly” Gomez, Carlos Zulunga, Gabriel Klein, Grant Shilling, Guto Jimenez, Igor Lage, Igor Pachi, João Vitor Brinhosa, Lucas Dantas, Luciana Grangheli, Maga, Marcos Durango, Otavio Augusto, Paola Vaz, Phill Thorn, R. Donask, Rafael Bassildo, Ricardo Azevedo, Rui Franklin, Rui Zilnet, Sebastian Ninõ, Sérgio Yuppie, Steve Daddow, Tatiane Fagundes,Trent Stake, Will Seben

Comercial:Fabio [email protected](11) 96357-3492

Renata [email protected](11) 98500-7123

Editora Circuito das Águas LtdaRua Paraná, 525 – Jd. Bela VistaJaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795Diretor - Presidente: Ricardo AzevedoCoordenação: Sérgio MariniAdministrativo/Financeiro: Amanda BrisolaCirculação/Comercial: Priscila Sardinha

Distruição gratuita em lojas e boardshops(Acompanhe os pontos de distruição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br)

Deus é grande!

A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores.

Dúvidas ou sugestões:[email protected]

Acesse: Site: www.crvis3rskateboarding.com.br Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboarding Issuu: /crvis3rskateboarding

Essa edição é didicada a memória de Alexandre Magno Abraão “Chorão”[ RIP ]

Respondae

ganhe!

Vencedor da PromoçãoKOSTON da edição 3

[email protected]

O que mais me motiva andar de longboard?R: Foi onde eu encontrei a saída de uma Síndrome do pânico e da Depressão. O Skate Longboard me ajudou a voltar a viver.

Responda

A felizarda Julia, ganhadora do shape Rayne... Parabéns!

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- O resultado será divulgado na próxima edição da revista CRVIS3R Skateboarding,facebook.com/crvis3rskateboarding e no Instagram.

NãO PERCA!

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Quer ganhar esse kit de proteção da marca Koston com capacete, joelheira, cotoveleira e luva?Andar equipado é fundamental, então veja comoé fácil! Basta enviar uma frase justicando por quemerece esse kit de proteção.

A melhor frAse levA! Não percA tempo!

Envie a frase para o e-mail: [email protected] no assunto/subject “Promo Koston”

Resultado será divulgado na próxima edição darevista CRVIS3R Skateboarding #5 e nofacebook: www.facebook.com/crvis3rskateboarding

Boa sorte!

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| business plan

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por Larissa sampaio*

* Larissa de Sousa Sampaio nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos. É a atual campeã do Circuíto Brasileiro de Downhill Slide 2012 - Longboard Feminino.Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear.www.larissasampaio.com.br / Apoio: Six Trucks Gear

Queridos leitores, o assunto de hoje é : fortalecer a musculatura para evitar lesões.Logo quando comecei a andar de skate, além de diversos ralados, o que mais me incomodou durante 2 anos foi uma grave lesão que eu tive no joelho. re-

solvi procurar um ortopedista e lá foi constatado um desgaste ósseo, mas graças a Deus não precisei operar. O médico me recomendou fisioterapia e alongamento. De-pois desse acontecimento aprendi a dar mais importância nos exercícios de fortaleci-mento (musculação) e alongamento. E afirmo que estes realmente dão certo.

Quando começamos a andar de skate, não entendemos bem os movimentos, aca-bamos por fazer uma força bruta ao executar as manobras. As quedas causam muito impacto, fora as ‘’corridinhas’’ que damos para não levar um tombo (essas são fatais). resolvi começar a fazer treinos no skate para ganhar mais equilíbrio e força. Com isso meu rolé evoluiu bastante e, claro, quando seu condicionamento físico melhora o risco de se machucar diminui.

Fiz um treino para vocês de exercícios de fortalecimento e condicionamento físi-co que você pode fazer de 2 a 3 vezes por semana. o skate a ser utilizado no treino, pode ser de qualquer tamanho, e eu escolhi o modelo novo da LEGENDS, 4FUN. Ele é pequeno e fácil de transportar (cabe até dentro da mochila). Um bom treino para todos e nunca se esqueça que o corpo precisa estar preparado,pois andar de skate não é nada fácil, exige muito.

Beijos e skate na veia!

Força aí!

Começo do treinoAquecimento (10 a 30 min). Eu chamo de “rEMADA/iMpULSo”, tentado sem-pre trabalhar as 2 pernas e durante a “remada/impulso”, fazer exercícios de se-gurar seu corpo em uma das pernas por alguns segundos. isso ajudará a fortale-cer seu joelho e é muito bom para equilíbrio e força! Vamos começar!Obs: fazer 4 séries de 10 a 15 repetições em todos exercícios.1. tríCepsAbdômen contraído, ponta dos dedos para frente, cotovelos fechados flexionar e estender os braços. 2. Quadríceps (anterior) e glúteosColoque as mãos no chão, a coluna reta um joelho flexionado na frente do corpo, a outra perna estendida com o pé em cima do skate a perna do skate puxa e volta. 3. abdômen (parte inferior)Coloque as mãos no chão, corpo bem alinhado, abdômen sempre contraído os 2 pés em cima do skate, puxar e empurrar. 4. peitoraLCom as mãos em cima do skate,os cotovelos para fora, executar a flexão dos braços. 5. Quadríceps (parte posterior)Deitar de barriga para cima, braços abertos e o quadril deve ficar encaixado e elevado o abdômen contraído, uma perna flexionada e a outra com o pé em cima do skate, puxar e empurrar. 6. Quadríceps (parte posterior)Deitar de barriga para cima, braços abertos e o quadril deve ficar encaixado e elevado, o abdômen contraído, os 2 pés em cima do skate,empurrar e puxar.7. Quadríceps e glúteosAgachamento: sentar no skate, estender as pernas a frente,fazer um impulso para frente tentar levantar e sentar, recomeçar e, fazer esse movimento. 8. Quadríceps (anterior) e glúteosEm pé, com a a coluna reta um joelho flexionado na frente do corpo, a outra per-na estendida com o pé em cima do skate a perna do skate puxa e volta.

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BELÉMMenem Skate R. Aristides Lobo, 134 - Campina - Belém

DiStrito FEDEraLFun House - SDS, Bloco E, loja 11 - Brasília

Mormaii Shop - SCn Quadra 5 bloco A - loja 84 - Asa norte - Brasíliaoverstreet Skateboards - SDS, Bloco E - loja 24 - Asa Sul - Brasília

ESpÍrito SantoHeijhow Boardshop - Av. Beira Mar, 1772 - loja 06 - Praia do Morro - GuarapariMavericks Surf Store - Rua João da Cruz, 330, Praia do Canto - Vitória Loja players - Av. Rio Branco, 1645 - lojas 13 e 14, Praia do Canto - Vitória Hama Hama Skate Shop - Av. Hugo Musso, 610 - loja12 - Praia da Costa - Vila Velha

GoiáSambiente Skateshop - Rua T-30/Q 107, 16 - Setor Bueno - GoiâniarolaBosta Longboard - Rua Martinho Fontes, 428 - Bairro Sta Maria de nazareth - Anápolisroots Skateshop - Rua Leopoldo de Bulhões, 166 - Centro - Anápolis

MaranHão Dahora Underground - Rua do

Sol, 472-B - Centro - São Luís

MinaS GEraiS Drop Skate Shop - Rua Arrudas,

542 - Santa Lucia - Belo Horizontepegasos - Av. Rio Branco, 1844 loja 33 - Centro - Juiz de ForaBlunt - R. Montes Claros,189 - Carmo - Belo HorizonteDe rua Skateshop - Rua Paraiba, 1061 - Savassi - Belo Horizonte

paranáMormaii - Rua 7 de Setembro, 2775 - loja 1099 - Centro - CuritibaSecttor aWa - Rua Vicente Machado, 285 - loja Vm 18 - Curitiba

pErnaMBUco Fish SurfSkate - Rua Sebastião

Alves, 178/301 - Parnamirim - RecifeMyllys Skateboard Wear - Av. Conde da Boa Vista, esquina c/ Rua da Aurora - Boa Vista - Recife

rio GranDE Do SUL Duelo Skateboard - Rua

Primeiro de Março, 991 - sala 01 - Centro - São Leopoldopanda & Monio - Rua 24 de Outubro, 111 - loja 42 - Centro - Porto Alegrecomplex Skatepark - Av. Protásio Alves, 3839 (esquina com R. Gutemberg) - Porto Alegretrópico Surf Shop - Av. Francisco Trein, 173 - loja 362 - Porto AlegreMormaii - R. Túlio de Rose, 80 - Shopping Bourbon Country - Porto AlegreFenix Street Wear - Rua Julio de Castilhos, 71 - Centro - Bento Gonçalveztop Skate - Av Doutor nilo Peçanha, 2181 - loja 3 - Boa Vista - Porto Alegretop Skate - Av. Independência, 1093 - Independência - Porto Alegre

rio DE JanEiroBergwind - West Shopping - Est. Mendanha, 555 - Segundo Piso - loja 259 – Campo GrandeBibi Sucos - Av. Ataulfo de Paiva, 591-A - Rio de JaneiroBibi Sucos - Shopping Leblon, 4º Piso, 405-E - Rio de JaneiroBoards co. - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja A, B, 30 - Galeria River - Arpoador - Rio de JaneiroHomey - Rua Fracisco Otaviano, 67 - loja 17 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeirorollin’ time arpex - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 15 - Galeria River - Arpoador - Rio de JaneiroStreet Force - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 35 - Galeria River - Arpoador - Rio de JaneiroSK8 rock - Rua Campos Sales, 188 - Maracanã - Rio de Janeiro

Skate rock - R. José de Alvarenga, 65 Lj 16 - Duque de Caxias

Skate rock - Av. Pres Vargas, 187 qd 03 - loja 03 - Duque de Caxias

Skatebrothers rio - Rua Constanca Barbosa, 96 - loja E - Meier - Rio de JaneiroSkate & arte - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 40 - Galeria River - Arpoador - Rio de JaneiroSea cult - Av. Cesário de Melo , 3006 - loja 118 - Campo GrandeLoja UnderHouse - Galeria Oliveira - Av. Roberto Silveira, 110 - loja 03 - Centro - Paraty

Santa catarinacurva de Hill Skate Boards - Rua Laurindo Januario da Silveira, 5555 - Florianópolis

ilha Bela Surf Shop - Rua Irineu Bornhaussem, 510 - Centro - Praia GrandeJBay - Rua Felipe Schmidt, 249, Centro Comercial ARS - loja 209, 1º Piso - Centro - Florianópolispousada Hi adventure - Rua Sotero Farias, 610 - Rio Tavares - Florianópolis

São paULo/capitaL/aBcBanca ibirapuera - Pq. do Ibirapuera (dentro do parque)Balboa Boards - Rua Cunha Gago 284 - Pinheiros - São PauloBless Skateshop - Rua Turiassu, 603 - Perdizes - São Paulocentral Surf - Shopping Aricanduva - Av. Aricanduva, 5555 âncora 9 - Vila Matilde - São PauloGaleria alma do Mar - Rua Harmonia, 150 - loja 05 - Vila Madalena - São Paulo Flow Skate Shop1 - Av. São João, 439 - 1º andar - loja 233 - Centro - São PauloFlow Skate Shop2 - Av. São João, 439 - 2º andar - loja 323 - Centro - São PauloForever Skate Shop - Av. São João, 439 - 3º andar - loja 448 - Centro - São Paulo

Led rockskate - Estrada do Campo Limpo, 354 - loja 402 - Vila Prel - São PauloMys pot - Rua Alfonso Bovero, 1410 - Pompéia - São PauloMission - Rua São João, 439 - loja 125 - Centro - São Paulo

overboard (aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva - loja 121/125 - Aricanduva - São Paulooverboard (Santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana - São Paulo red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 - Vila Gustavo - São PauloSativa - Rua 24 de Maio, 116 - loja 19 - Centro - São PauloSaM (Skate até Morrer) - Av. São João, 439 - loja 109 - Centro - São PauloSaM - Av. São João , 439 loja 124 - Centro - São PauloStar point (ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moema - São PauloStar point - Shopping Eldorado - Piso 2 - loja 329E - Pinheiros - São PauloSecretspot/curva de Hill - Rua dos Patriotas, 548 - São PauloSick Mind - Alameda Jaú, 1529 - Jardins - São Paulo Sick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - loja 216 - São PauloSurf trip (centro) - Rua 24 de Maio, 199 - Centro - São PauloSurfavel Surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 - São PauloStyllus - Rua Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul terceiro Mundo - R. 24 de maio 62 loja 468, Centro - São Paulotent Beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo Andrétoobsland - Rua Cerro Corá, 635 - Lapa - São PauloUltra Skate - Rua Engenheiro Adelmar Mello Franco, 111 - Brooklin Paulista - São Paulo

São Paulo/InterIor - lItoralaction now - R. Dr. Thomas Alvez, 216 - Campinas

action now - Av. Vereador narciso Yague Guimarães, 1001, arco 5/6 - Socorro - Mogiambient SkateSurf Shop - Rua Santa Cruz, 923 - Piracicabaambient SkateSurf Shop - Rua Manoel Conceição, 317 - Vila Rezende - Piracicabaindustria Skateshop - Av. Andromeda, 227 - lojA 127 - Jd. Satelite - São José dos CamposDirty Joy - Rua Almeida de Morais, 30 - SantosDylan Skate Bags - Rua Princesa Isabel, 73 - 45 - Itarare - São VicenteEvolution - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44 - lj. 96 - SantosGás Inflamável Skate Shop - Rua Quinze de novembro, 1817 - Centro - São Carlosa toca Skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São Vicentetrash Skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 - loja 04 - Centro - UbatubaVahlent Boardshop - Av. Siqueira Campos, 51 - Centro - Jacareí

Via 83 - Av. Ana Costa, 549 - loja 83A - Gonzaga - SantosXtreme center Av. Águas de São Pedro. 331 - Paulicéia

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