crvis3r skateboarding #14

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| ANO 3 | EDIÇÃO 14 | DOWNHILL MACHINE • EUAMOLONGBOARD • LONGBOARD GIRLS CREW BRASIL • SKATE CURIOSIDADE • CUIDE-SE MEGA GRAND PRIX 2014 CALIFORNIA TRIP RASGANDO A NEVE! ENTREVISTA: MARTIN SIEGRIST PERFIL: LUCAS BONTORIN CHALLENGE PUTNAM RAILROAD

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CRVIS3R Skateboarding #14

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| ANO 3 | EDIÇÃO 14 |

DOWNHILL MACHINE • EUAMOLONGBOARD • LONGBOARD GIRLS CREW BRASIL • SKATE CURIOSIDADE • CUIDE-SE

MEGA GRAND PRIX 2014 CALIFORNIA TRIPRASGANDO A NEVE!

ENTREVISTA:MARTIN SIEGRIST

PERFIL:LUCAS BONTORIN

CHALLENGEPUTNAM RAILROAD

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ano 3 | edição 14 dezembro 2014/janeiro 2015

Editores:Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez

Arte:Edilson Kato

Redação:Guto Jimenez

Colaboradores:Texto: Alexandre Guerra, Alexandre Maia, Cássia Ferraira , Cri Duarte, Eduardo Yndio Tassara, Cristiano Solto, Eliana Castanho, EuAmoLongboard.com.br, Larissa Sampaio, Laura Ally, Reine Oliveira, Rogério “Sammy” Nogueira, Simone Mondino, Tamis Guerra, Thiago “Bomba” Lamego

Fotografia: André Teixeira, Antonio dos Passos Jr. Thronn, Anthony Gelot, Brad T. Miller, C! de Castro, Caio Matsui, Cássia Ferreira, Eliana Castanho, Fernando “Fruke” Alves, Gerry Chin, Guto Lamera, Julia Boratto, Loren Guevara, Luciano Lima Jr., Lea Dumas, Marc McCrudden, Markus Locher, Manu Rezende, Maykel Amorin, Michael Alfuso, Midar@kdámorh, Moisés Carvalho, Oliver Nanzig, Patrick Switzer, Paulo Anshowinhas, Pedro Monc Donc, Peter Rauch, Ramon Toledo, Roberto Tatto, Simone Mondino, Studiojuliovansconcelos, Thiago de Amigo, Vivian Cury

Comercial:Fabio [email protected](11) 96357-3492Suporte Comercial:Christie Aleixo

Editora Circuito das Águas LtdaRua Paraná, 525 – Jd. Bela VistaJaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795Diretor-Presidente: Ricardo AzevedoCoordenação: Sérgio Marini

Distruição gratuita em lojas e boardshops(Acompanhe os pontos de distruição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R Skateboarding e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br e facebook: www.facebook/crvis3rskateboarding)

Deus é grande!

A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores.

Dúvidas ou sugestões:[email protected]

Acesse: Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboarding Issuu: /crvis3rskateboarding Site: www.crvis3rskateboarding.com.br

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Capa: Mais uma imagem de Manaus; dessa vez, é o P.H. quem se aproveita da ladeira vazia. Foto: C! de Castro

Seções:12. Editorial

14. StartNão existe quem não passe pela Av. 23 de maio e não pense em fazer uma manobra no local. Bruno Cesar partiu para a ação e executa um tail slide melon grab no estilo que o pico merece.

18. Lado AMais conteúdo do que no Facebook! Muitas novidades, campeonatos, lançamentos, curiosidades...e muito mais!

76. Cuide-se!Nossa colunista Larissa Sampaio, como sempre, traz a melhor maneira pra se manter em forma no melhor estilo, diretamente de Brasília!

78. Onde Encontrar Novas lojas a cada edição. Valorize sua skate/boardshop e adquira sua revista CRVIS3R Skateboarding nes-ses pontos de distribuição. Free!

82. Insta FotoElas andam de skate e postam...Veja aqui!

44. Mega Grand Prix 2014Mais uma vez, o Mega Space de Santa Luzia (MG) foi palco da etapa brasileira do circuito mundial de downhill speed da IDF. Nosso colunista Alexandre Maia esteve lá como competidor e relata o que rolou de melhor na prova. Confira!

48. California TripReine Oliveira, Thiago Bomba e Laura Alli formaram a barca com destino à Meca do skate, a Califórnia. Sessões em ladeiras, skate parks, ruas, ditches e onde mais rolasse foram a rotina, e muito mais. Veja o que cada um tem a dizer da viagem.

52. Perfil: Lucas BontorinPode-se dizer que Lucas tem “madeira na alma”... Um dos novos nomes a surgir no cenário profissional de speed brasileiro, o cara também é marceneiro e foi o grande incentivador pra fenomenal irmã Georgia. Nesse perfil, ele revela um pouco do que passa em sua mente - ágil como um drop no free ride.

56. Rasgando a neveA primavera dos países do Hemisfério Norte é marcada pelo degelo da neve, e o fotógrafo italiano Simone Mondino aproveitou a deixa pra registrar imagens espetaculares que você só vê por aqui. Uma viagem!

60. New YorkUma estrada de ferro desativada e pavimentada virou palco de uma push race bastante diferenciada. Nossa correspondente em Nova York, Lili Castanho registrou o que rolou no Putnam Railroad Challenge, uma prova de “apenas” 80 quilômetros, e conversou com o peruano João Flores Morales, um dos organizadores da prova. Não perca!

62. Entrevista: Martin SiegristEx-tricampeão mundial de speed, designer industrial e perfeccionista ao extremo, Martin Siegrist deixou o seu nome gravado para sempre na história do skate. Nessa entrevista exclusiva à CRVIS3R, ele conta um pouco sobre sua vida e sua carreira, solta o verbo falando sobre segurança no rolé e lembra de histórias curiosas passadas em nosso país. Imperdível!

O Porto de São Raimundo e todo o esplendor da Bacia Amazônica formam uma moldura perfeita pro Coleman slide do Cris Silva, compondo um cartão postal de luxo pra Manaus (AM). Foto: C! de Castro

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Se fizermos uma pequena retrospectiva do ano que passou, pode-se dizer que foi um dos mais atipícos que já tivemos por esse pais. Começou impulsionado pelos ótimos

ventos do ano anterior (2013) e veio, lentamente, se modificando de brisa para ventania ao passar dos dias, semanas e meses. A Copa do Mundo de futebol aconteceu (e parece que já faz muito tempo), ofus-cada na sequência pelos acontecimentos relatives às eleições e seus efeitos colaterais. Isso, direta e indi-retamente, afetou o nosso pais e estamos novamen-te com esperança e em busca de tempos melhores.

Indo ao que interessa, mesmo tendo o nosso seg-mento também afetado por essas tormentas e ven-tanias (como qualquer um), o que continuamos a ver é um crescimento da pratica do skate em ladei-ra, em todas as vertentes. Vale lembrar que, nos últi-mos 40 ou 50 anos de skate no Brasil, por diversas vezes pequenas “ventanias” eram suficientes para

causar um grande estrago no cenário do esporte... Não é o que tem acontecido e isso mostra um maior amadurecimento do esporte.

Assim, o que desejamos nesse final de ano é que o skate continue com a mesma pegada e dinâmica que vem apresentando nos últimos anos, com diver-sos campeonatos espalhados pelos quatro cantos do pais, conquistas internacionais que são uma re-alidade cada vez mais presente, marcas bombando cada vez mais e o nível se elevando como deve ser.

Caminhando para o terceiro ano da revista CR-VIS3R Skateboarding, e mantendo o nosso compro-misso de agregar ao mercado e documentar os me-lhores acontecimentos, desejamos a todos que seja um final de ano perfeito, como é andar em um local com asfalto liso ou concreto alucinante!

Boas festas, bons negócios e boas sessions! Que venha 2015! (FB)

Mais um ano se vai e outro novo se inicia... Vamos com tudo!

Fazer algo criativo num momento imprevisível e num

local inesperado é algo que está na alma de qualquer skatista. Michel Frederico

deu de cara com uma carreta parada na Rodovia dos

Tamoios que transportava um tubo metálico e não pensou

duas vezes: fakie stale fish tuck. Foto: Ramon Toledo

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Mais um daqueles picos clássicos da cidade de São Paulo, onde a arquitetura ajuda a compor a foto da melhor maneira.E pra ficar ainda melhor, Bruno Cesar mandou esse tail slide no estilo, nos arcos de uma das avenidas mais movimentadas da “selva de pedra”.

Rider: Bruno Cesar LopesFoto: Thiago de AmigoLocal: Monumento da Imigração Japonesa na Av. 23 de Maio, São Paulo

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_ downhill machine

Alexandre Maia, 41 anos, 27 de skatePatrocínios: Orangatang, Downhill Machine, Academira Power ClubApoios: Tacna, Evoke, CS Team

CARO

LINA

DOT

TORI

Apoio cultural:

POR ALEXANDRE MAIA

Em uma coluna anterior, falei sobre a necessidade de utilizar-mos proteções sintéticas nos eventos de speed a fim de bara-tear o custo dos campeonatos e, com isso, destinar mais ver-ba para premiação e estrutura. Com a minha ida para participar

do Mega Grand Prix 2014, outro ponto importante para a evolução do nosso esporte me veio à mente: a construção de Downhill Parks.

Em 1999, eu escutei de um estudante de mecatrônica da USP, que organizava eventos de carrinho de rolimã, que o nosso esporte só iria se profissionalizar de verdade quando tivéssemos locais pró-prios para a prática de downhill e longboard. Passados 15 anos, ain-da estamos engatinhando neste sentido.

Temos alguns exemplos que nos mostram a direção a ser tomada. Desde os anos 70, Curitiba conta com duas pistas que foram constru-ídas para o carrinho de rolimã, o Parque São Lourenço e o Parque Gua-birotuba. Ambas as pistas são curtas, porém muito divertidas. Ótimas para iniciantes, estas pistas são responsáveis pelo inicio da carreira de muitos atletas que estão na ponta dos eventos hoje e por centenas de simpatizantes que movimentam o mercado do longboard.

Outro bom exemplo é o que vem ocorrendo em Floripa. Há pou-cos anos, era difícil convidarmos alguém para iniciar nas ladeiras pois nossas opções se resumiam ao Morro da Lagoa, Morro da Cruz ou Serra do Tabuleiro, um sonho para os mais experientes mas que pode se tornar um pesadelo para quem está iniciando. Como então incentivar os novos praticantes? Há algum tempo, um condomínio na subida da Lagoa da Conceição foi embargado e suas ruas fecha-das e sem casas se tornaram uma verdadeira downhill park que foi responsável por um boom do skate de ladeira na cidade. Não é um local próprio, mas é uma amostra do que um local como esse pode fazer pelo esporte.

O terceiro e último exemplo vem através do evento já citado no inicio da coluna, o Mega Grand Prix. Esta é a terceira edição que

eu participo e irei para quantas mais houver. É incrível poder che-gar numa área que, mais uma vez, não é destinada especificamen-te para o downhill, mas que nos dá a direção do que devemos fazer.

O local tem toda a infra-estrutura necessária para a realização de eventos, com bilheterias, salas para todos os fins com ar condicio-nado, banheiros, lanchonetes e o principal: uma pista alucinante, fe-chada e sem guias! Durante o evento, o resgate dos atletas sobe por outra via fazendo com que os treinos jamais sejam interrompidos.

Para melhorar, o lugar conta ainda com outra ladeira perfeita para freeride e slide, bem comprida e inclinada. Para se tornar a downhill park perfeita, só faltam duas coisas: uma ladeirinha para os inician-tes e ser realmente destinado para o downhill.

Não estou falando de nada impossível. Sabemos que nossos go-vernantes só constroem skateparks porque nos veem como votos. Eles analisam o número de skatistas na região, somam os paren-tes e amigos e, se temos um número expressivo, aí viram nossos “amiguinhos”. O problema é que, na maioria dos lugares, este senso de skatistas não leva em conta a modalidade praticada pelos mes-mos. Se esta informação fosse levantada, com certeza ficaríamos impressionados com o resultado e o downhill e o longboard ganha-riam força. Também ando em pistas e acredito que todas as cidades mereçam skateparks mas, se metade ou mais dos praticantes de certas regiões andam de downhill, por que construir skateparks que não vão suprir as nossas necessidades?

O que era um sonho quase impossível na década de 80 vai se tornar uma realidade em pouco tempo. Não queremos dividir espa-ço com carros e colocar nossas vidas em risco. É muito viável para qualquer prefeitura pegar um terreno público com boa inclinação, asfaltar um percurso interessante e colocar o mínimo de estrutura que traga conforto e segurança para os praticantes. Cabe a nós mos-trarmos nossa força nas prefeituras e governos. Downhill Parks já!

Downhill parks já!

Alexandre Maia e Nadim Burkan, Mega Grand Prix 2014.

FRUK

E AL

VES

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Esta coluna foi escrita por Alexandre Guerra e Klaus DussVisite também: Visite Também: euamolongboard.com,facebook.com/euamolongboard, instagram.com/euamolongboard, youtube.com/euamolongboard, twitter.com/euamolongboard

_ euamolongboard

Foi mais ou menos nessa mesma época, há sete anos, que re-encontrei o skate e o recoloquei definitivamente na minha vida. Foi durante uma manhã de um domingo preguiçoso, to-mando café na padaria da esquina. Naquele local onde os ca-

ras de cabelos brancos sentam, tomam café, resmungam sobre po-lítica e o futebol do nosso país folheando seus jornais. Apesar dos cabelos, eu não era um deles.

Para minha surpresa e sem ao menos saber, aquela manhã mu-daria definitivamente a forma como veria a arquitetura urbana, seja uma calçada, um banco, uma ladeira ou uma simples rua. O acaso e o destino marcaram de se encontrar justamente ali entre o pão quentinho e a espera do troco do caixa.

Depois de anos morando fora da cidade, meu velho amigo “mari-nheiro” Klaus estava de volta; foi naquela padaria que o reencontrei com seu longboard nas mãos. Depois de nos atualizarmos no tem-po e espaço, ele com uma das mãos ocupadas com sacolas e a outra com seu skate estava pronto para seguir em frente. Nos despedimos, as rodas bateram no asfalto, em seguida ele remou e foi cortando o asfalto deslizando suave como quem passa manteiga sobre o pão.

Lembro que meus olhos o acompanharam até aonde minha mio-pia permitiu. Aquele som das rodas e rolamentos soaram como mú-sica nos meus ouvidos. Naquele momento tive a nítida sensação de que algo estava faltando na minha vida; era aquilo, tudo aquilo que não enxerguei naquele dia. Passadas vinte e quatro horas, Klaus re-cebeu minha ligação perguntando sobre aquele “bilhete premiado”, foi quando para minha sorte ele disse: “Tenho dois, pega um e veja se você gosta, vou te dar umas dicas e te enviar uns vídeos, daí se gostar você compra um pra você depois”.

Minha relação com o skate foi reconstruída com bases sólidas na-quele dia. Apesar do tempo que disponho ao skate ser curto nos dias de hoje, meus pensamentos são constantes e grandiosos sobre ele.

Com o passar do tempo, essa relação de amor reconstruída foi

tendo seus desdobramentos. Não consegui evitar suas garras e fi-car fora do seu caminho. Fui atacado e pego de forma despreveni-da. Surgiram assim o blog, os perfis no Facebook, Instagram e Twit-ter e esta coluna na revista. Tudo acabou por se tornar um pedaço deste amor.

Já se vão quase oito anos e parece que foi ontem. Neste tempo, vi muitos abandonando e muitos encontrando o skate, eu continuei firme segurando sua mão, ou seja, suas rodas e passei a construir uma relação de continuidade, porém sem regras.

Fazendo uma análise da minha trajetória, sinto falta de poder es-tar mais tempo com o skate sob os pés. Fato que vem transforman-do esta relação. Resultando, tenho que me esforçar mais quando subo na madeira para realizar com o corpo o que a cabeça pede. Esforço sem suor e resultado sem esforço não cabem neste mundo.

Aprendi nestes anos que, sem humildade e coragem, não conse-guiria construir essa relação de amor e dedicação ao longboard. Es-tas quatro palavras - humildade, coragem, amor e dedicação - são exigidas em escalas enormes e contínuas. Confesso que muitas ve-zes veio o desejo de parar com tudo, mas foram pensamentos que se dissolveram na medida em que prossegui.

O ano de 2014 está chegando ao seu fim, temos 2015 descen-do a ladeira pedindo passagem. Um dos meus objetivos é retardar a ampulheta e conseguir mais tempo para me divertir com meus “brinquedos”.

Quem sabe a gente se encontra na padaria da esquina e toma um café antes de partir para o role? Será por minha conta, prometo!

Desejo para todos vocês que 2015 venha cheio de possibilida-des e que a persistência traga sucesso para todos nós que temos o skate no coração. Um ótimo Natal para todos e um 2015 de muito asfalto liso!

PAZ, AMOR, SKATE.

Na Padaria da esquina – Um conto de Natal

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_ longboard girls crew brasil

Tâmis Guerra Pacheco, 25 anos, 2 anos e meio de skate, é embaixadora do Longboard Girls Crew no Brasil (www.facebook.com/lbgcbr).Patrocínios: Airflow Skateboards, Afrika Boardshop, Vibe Shoes e Deise Daniele Dick - Pilates Studio e RPGwww.facebook.com/tamisguerrap e www.instagram.com/tamisguerra

POR TÂMIS GUERRA

Já que rolou recentemente uma etapa do mundial de Dow-nhill Speed pela IDF no Mega Space, em Minas Gerais, vou aproveitar e falar sobre as meninas que estão represen-tando na cena local. Tive o imenso prazer de conhecê-las e

compartilhar alguns dropes com elas. Fiquei impressionada com o nível do role dessas mineiras, que estão fazendo jus às incríveis la-deiras da região.

Os skatistas de speed de Minas Gerais são representados pelo MG Downhill, que organiza e fortalece o esporte na região. Mas, por incrível que pareça, ainda é pequena a quantidade de mulheres an-dando de longboard e praticando o downhill. Diante disto, o pessoal do MGDownhill criou o “MG DownGirls”, grupo voltado para a mu-lherada. A ideia era incentivar as meninas que já estavam pratican-do e também atrair novas praticantes para o esporte. Uma iniciativa incrível, que uniu a mulherada e está ajudando a disseminar o Dow-nhill no estado e no país.

Fazem parte do MG DownGirls as riders Helena de Oliveira, Luana Campos, Juliana Vaz, Marina Simões, Layla Alvarenga, Nina Marent e ainda meninas que moram em outras cidades, mas que sempre estão na área dando um role, como Mariana Campos (RJ) e Julia Boratto(SP).

Elas já se tornaram referência para quem está começando em BH, e reiteram: estão sempre abertas para ajudar e acolher quem

estiver interessada em conhecer o esporte. Elas sabem que é mais fácil aprender e evoluir compartilhando role com outras meninas, e que não é a mesma coisa do role com os “cuecas”.

Para a Luana, o grupo representa não só o aumento do interesse das mulheres pelo skate e pela adrenalina da velocidade em cima do board, como também representa uma família que se uniu através do esporte para se ajudar e compartilhar experiências e conhecimento.

Nina Marent e Luana Campos já participaram de campeonatos, in-clusive no mundial em Minas, citado anteriormente. A Julia encabe-ça o projeto “Na Tábua”, que visa promover pequenas reformas em pistas por todo o Brasil, retratando e contribuindo com na cena do skate no país, e tem como objetivo divulgar a importância das pistas no desenvolvimento do mesmo.

O MG DownGirls já está dando muitos frutos, vale a pena acom-panhar essas meninas!

Projeto Na Tábua: https://www.facebook.com/projetonatabuaMGDownGirls: https://www.facebook.com/MGDownGirlsMGDownhill: https://www.facebook.com/pages/MG-Downhill/277035252307980?fref=ts

Nina Marent.

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Luana Campos.

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Marina Simões.

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_ skate curiosidade

Eduardo “Yndyo” Tassara é um local de Guaratinguetá e está a 40 anos em cima do skate, além de ser o maior colecionador de relíquias do carrinho da América Latina. Seu blog é o skatecuriosidade.com – uma referência quando o assunto é a história do skate e os fatos curiosos do universo dos carrinhos e carrões. Acesse e aprenda!

POR EDUARDO “YNDYO” TASSARA

Quando o skate apareceu lá no final da década de 1950, não se tinha a preocupação de como fre-ar ou parar, era só sair correndo e pronto! Po-rém, com os anos de desenvolvimento (princi-

palmente na década de 1970), as rodas e rolamentos do skate fizeram com que os skates passassem a ser cada vez mais rápidos, e o simples ato de tentar pular ou correr do skate acabava em belo e dolorido tombo.

Os primeiros “freios” para reduzir ou parar os ska-teboards surgiram por volta de 1978, quando a em-presa americana Control Products observou o desgas-te dos tails pelo ato de arrastá-los no chão para redu-zir a velocidade e criou o “Power Pivot”. Era um dispo-sitivo de Duroplástico que não só ajudava a não gas-tar o tail, como também a reduzir a velocidade. Virou uma verdadeira febre: de cada 10 skaters, 8 usavam o Power PIvot. No mesmo ano apareceu o SkateBrake, e esse sim era de fato um dispositivo vendido nas ska-teshops americanas composto de uma haste de borra-cha desenvolvida e testada só para frear o skate, mas não teve boa aceitação. Em 1979, os skaters da moda-lidade speed desenvolveram pequenos paraquedas que ajudavam e muito a reduzir a velocidade, baseados em aviões caças e carros dragsters.

Já nos anos 80/90, a criatividade tomou conta e era comum ver propagandas em revistas de skate com os mais variados tipos de freios; eles variavam desde os mais simples, como uma haste que encostava na roda ou um dispositivo de borracha que, acionado do shape, encostava no chão e reduzia a velô. No século 21, com o desenvolvimento de trucks e rodas, os freios passa-ram a ser mais sofisticados, indo desde cabos com pe-quenas pastilhas presas às rodas a sofisticados freios eletrônicos (tipo ABS) como o “Brakeboard” australia-no, desenvolvido para reduzir a velocidade de maneira não brusca, uma inovação para poucos bolsos. Os ame-ricanos também criaram um sistema simples e barato, o “Sporting Sails”, um tipo de lençol preso ao corpo que se abre com os braços e tende a criar maior arraso e a reduzir a velocidade, um sistema parecido com os wing-suits utilizados pelos paraquedistas.

Nos dias de hoje, com todo o desenvolvimento prin-cipalmente das rodas (que correm muito e não têm tan-to grip) e nas técnicas em reduzir ou parar o skate até mesmo em altas velocidades, os bons e velhos slides são os mais usados. No fim, o que prevalece é sempre o bom e velho jeito conhecido como foot brake, ou “pé no chão” mesmo... Haja solas!

Freio pro skate?!

FOTOS REPRODUÇÃO

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URB 2014Durante a 3ª URB, aconteceu o lançamento da edição nº 13 da revista CRVIS3R Ska-

teboarding - Especial 2 Anos. O espaço foi cordialmente cedido pela distribuidora Plimax, e quem passou pelo stand da distribuidora teve a oportunidade de sair com a revista em mãos. Obrigado a todos que prestigiaram!

Novo video Sk8Trip Productions:Sk8 Session Vol. 1

A Sk8Trip Produtions, das marcas Abec11, Jet e Liquid Trucks, acabou de lançar um novo video, no qual um dos principais riders, o overall Sergio Yuppie, é o principal persona-gem, junto com alguns outros da equipe. Com ótimas filmagens nas colinas de Hollywood, o video traz também uma interessante visão das sessions de skate em diversos terrenos além do asfalto. As imagens foram realizadas em skateparks, mini-ramps de garagem, di-tches e, lógico, em muitas ladeiras. Com essa variação de terrenos, as manobras vão dos slides nas colinas, passando por boneless e fun session nos alucinantes ditches e mano-bras de corrimão e transições nas skateparks. Acesse o canal do YouTube e boa session: https://www.youtube.com/watch?v=OOexCVO72Tw

Talento Canal OFF: Ana Maria Suzano

No mês de outubro, o canal a cabo espor-tivo OFF realizou um concurso por votação para elegerem e descobrirem novos talentos por trás das lentes. Com o tema “equlíbrio é tudo”, vários vídeos participaram, sendo que os melhores seriam votados pelos inter-nautas. Entre os 3 melhores selecionados, o vídeo com a musa do freestyle longboard (dancing), Ana Maria Suzano, foi um dos 3 melhores escolhidos, com imagens capta-das por Danyllo Rocha. Parabéns à dupla!

Resultado dos ganhadores da Promo rodas These, realizada na edição #13:

3 GANHADORES VIA REVISTA: Franklin Martins: [email protected]; Wilton Gomes: [email protected];Eduarda Barbieri Barbosa: [email protected]; 4 GANHADORES VIA FACEBOOK: Carolina Scheid Rodrigues: [email protected]; Gabriel Lobo: [email protected]; Jonathan Casagrande: [email protected]; Artur Haddad: [email protected] GANHADORES VIA INSTAGRAM: Fernando Antunes: [email protected]; Vitor Campos: [email protected]; Lucas Almeida Marinho: [email protected] Obs: Os ganhadores serão contactados pelo distribuidor das rodas no Brasil.

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Thronn no BrasilO lendário campeão brasileiro de stre-

et skate de 1987, Antonio dos Passos Thronn, está prestes a desembarcar no Brasil depois de alguns anos casado na Ca-lifornia, com sua mulher Amy Angulo. Co-laborador da revista, fazem 10 anos que não sabe o que é andar pelas ruas da sua cidade natal. Welcome back soon!

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Angie’s CurvesPOR REINE OLIVEIRA | FOTOS BRAD T. MILLER

Angie’s Curves foi realizado em Pala (Califórnia) em uma área indígena, sob um calor de mais de 40 graus com a presença do melhores riders do mundo e uma estrutura digna de um campeo-nato mundial, realizada pela Sector 9. Ladeira técnica e rápida, sli-des a mil - e tudo isso com transmissão ao vivo. Foi incrível acom-panhar de perto e ajudar na organização! A cerca de 20 dias para o champ, não se falava em outra coisa na fábrica, todos já viviam esse clima de Angies; eu e a Georgia Bontorin corremos para a fá-brica para ajudar nos preparativos finais. Foi um final de semana histórico, no qual acampamos e vivemos toda a magia que esse evento proporciona. Durante a noite, rolaram shows no acampa-mento com várias bandas regionais, role no cassino e session da Gullwing na Pala skatepark. Os brasileiros marcaram presen-ce: Max Ballesteros, Pedro Frangulis, Carlos Paixão, Rafael Sabe-la, Caco Ratos e o Douglas Dalua que, mesmo lesionado, marcou presença. Parabéns a família Sector9 por esse grande evento! Nos vemos no próximo ano!

Open1º Kevin Reimer (Canadá) 2º Dillon Stephens (Canadá)3º Zak Maytum (EUA) 4º Jimmy Riha (EUA)5º Sebastian Hertler (Alemanha) 6º Brendan Davidson (Canadá)7º Carlos Paixao (Brasil) 8º Patrick Switzer (Canadá)

Womens1º Elena Corrigall (Canadá)2º Marie Bougourd (França)3º Georgia Bontorin (Brasil) 4º Emily Pross (EUA) 5º Tamara Prader (Suíça)6º Reine Oliveira (Brasil) 7º Marie Esyutina (Rússia)

RESULTADOS

5º Independência ao LongboardFOTOS CAIO MATSUI

O 5ª edição do Independência ao Long-board aconteceu no Museu do Ipiranga nos dias 23 e 24 de agosto e contou com com-petidores de diversos locais do país, com-petindo nas categorias: Iniciante, Amador, Master, Feminino, Classic e Profissional. As diversas disputas deram trabalho para os juízes Kauê Mesaque, Michel Frederico e Douglinhas Barbosa. Na locução, Cri Duar-te dividiu os microfones com Rafael Massu-ci “Massa”. Parabéns ao Quintal do Ipiranga e a toda a organização, que sempre traba-lham pelo fortalecimento do skate no local.

Resultados: Amador: 1º Rafael Massa; 2º Piruca; 3º Raphael Goya. Classic: 1º Vic-tor Tchaca; 2º Lucas Backer; 3º Sidnei Vi-centini. Iniciante: 1º Pablo Santos; 2º Felipe 01; 3º Reno. Feminino: 1º Ariane; 2º Deia; 3º Cris Punk. Master: 1º Kleber Pasini; 2º Alex; 3º Carlos. Profissional: 1º Igor Lage; 2º Birinha; 3º Daivison Paixão; 4º Adriano Aziz; 5º Kauê Mesaque

Cris Punk.

Patrícia Vilar. Rafael Massa.

Georgia Bontorin.

Reine Oliveira.

Staff Angies, Reine e Jeff Budro. Reine, Georgia e Douglas Dalua.

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Virada Esportiva 2014Em um final de semana com muita movimentação atlética, a

8ª Virada Esportiva de São Paulo novamente teve seu espaço bem representado pelo skate. Em parceria com a Liga de Es-portes e a Ação Concreta Ong Esportiva e Cultural, com reali-zação da Prefeitura Municpal de São paulo, realizaram o even-to “Skate no Museu” no famoso Monumento do bairro do Ipi-ranga. Nesse ano, o evento de freestyle aconteceu no sábado (20/09), com os melhores competidores do Brasil. Como sem-pre, a confraternização de uma das modalidades mais antigas e pioneiras do skate mundial, rendeu inúmeras manobras bas-tante técnicas. A chuva não foi problema, pois o local coberto ajudou a manter o espaço suficiente pra acontecer o evento até o final. Parabéns a todos os participantes e à Virada Esportiva... No ano que vem tem mais!

Resultados: Iniciante: 1º Lucas Wauke, 2º William Maciel, 3º Caio Hasumi, 4º Carmona, 5º Derek Hasumi, 6º Wagner, 7º Marcelo, 8º Kevin Almeida, 9º Henrique Alexandre, 10º Andre Toshiro. Amador: 1º Kaue Araujo, 2º Diego Pires, 3º Kesley, 4º Renan Pereira, 5º Dande Junge, 6º Claudia Ogorondik, 7º Tho-mas Nascimento, 8º Guilherme Carioca, 9º Carlos Bizarro, 10º Tavinho Rodrigues. Profissional: 1º Matheus Navarro, 2º Roge-rio Antigo, 3º Vinicius Acquaman, 4º Marcos Toshiro, 5º Isnard Rocha, 6º Lucas Gomes, 7º Alexandre Brownzinho. Master: 1º Maurício Ki-Suco, 2º Paulo Folha, 3º André Ipiranga, 4º Cicero Braz, 5º Ernani Tai Tai, 6º Roberto Tatto, 7º Daniel Paulo. Locu-ção: Per Canguru / Dj Wagner Alemão

Brownzinho, 50 judo.

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Maurício Ki-Suco.

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André Ipiranga.

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Campeões Master: Folha, Ki-Sucoe André.

O mito carioca, Taitai Warwick!

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Mundial De Skateboard Slalom 2014 ETAPA MAJOR: 8, 9 E 10 DE AGOSTO – POLICKA, REPÚBLICA TCHECA

TEXTO ROGÉRIO SAMMY Neste ano, completo 38 anos de prática de skate, sendo 27 des-

tes como profissional. Há 11 anos, venho focando na prática e na promoção do slalom aqui o Brasil, e nos últimos sete venho articu-lando no cenário mundial e participando de provas internacionais. O resultado desta persistência insana na modalidade foi a minha nomeação como Marshall (delegado/representante) da ISSA (Inter-national Skateboard Slalom Association) da gestão 2014/2015. Para comemorar este histórico de 38 anos de skate, resolvi correr a etapa major do Circuito Mundial de 2014 em Policka, na Repúbli-ca Tcheca. Junto comigo, compuseram a equipe brasileira os meus amigos e compatriotas Fabio Luis Sproviery (Dery Moemagem), Ru-bens Cesar Lufti (Cesinha BMX) e o Bruno Oliveira (Bruninho Gueri-gueri). Malas prontas e embarcadas, após 17 horas de vôos e estra-das desembarcamos na cidade de Policka (República Tcheca), que fica localizada na região da Bavária, a 250 km da capital Praga e a 300 km de Viena, na Áustria. Com uma população de 10 mil habi-tantes, a pequena cidade foi a responsável pelo desenvolvimento do skate no país. Na quinta-feira (07/08), foi realizada uma exposição de fotos do fotógrafo e skatista Radim, em um ambiente agradável servido de bons canapés e bebidas onde pudemos apreciar e enten-

der um pouco da história do skate e do slalom na República Tcheca através das lentes do fotógrafo. O primeiro dia de competição foi no dia seguinte e foram realizadas as provas de Giant Slalom: em uma saída de túnel numa estrada com belo visual, inclinação e as-falto perfeitos, o couro comeu e, no último cone do circuito de GS, os skatistas chegavam a atingir a velocidade de 75km por hora. No segundo dia de competição, foram realizadas as provas de slalom híbrido e, no terceiro dia, as provas de Tight Slalom. A organização e logística tchecas determinaram a qualidade e sucesso do evento: tudo perfeito, dentro do cronograma e sem nenhum atraso.

Resultados dos Brasileiros:Bruno Oliveira: 2º colocado no Overall (2º no Giant Slalom Ama-

dor (29,530s), 2º no slalom híbrido Amador e 3º no Tight Slalom Amador). Rubens Cezar Lufti: 4º colocado no Overall (3º no Giant slalom Amador (29,980s), 5º no slalom híbrido Amador e 5º no Ti-ght slalom Amador). Rogério Sammy: 8º Colocado no Overall (5º no giant Slalom Master (29,960s), 7º no slalom híbrido Master e 20º no Tight Slalom Master). Dery Sproviery: 11º Colocado no Overall (19º no Giant Slalom Master (32,250s), 8º no slalom híbri-do Master e 13º no Tight slalom).

FOTO

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Dery Sproviery. Rogério Sammy.Rogério Sammy.

Bruno Oliveira. Rubens Cezar Lufti.

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Skate Longboard GirlsPOR LAURA ALLI | FOTOS MANU REZENDE

No dia 19 de outubro, rolou o campeonato de skate feminino Skatelongboard Girls no parque Villa Lobos, realizado pela skatista profissional Laura Alli, com pa-trocínios Onbongo, Mad Rats e Bomba Skate, dentro do complexo Candido Porti-nari. Foi um campeonato feminino valendo para os rankings da Liga Slide e CBSk. Rolou uma vibe muito positiva, de união entre as modalidades de ladeira, e contou com a ajuda das profissionais Reine Oliveira e Christie Aleixo como juízas, para tornar o evento ainda mais complete. Só tenho que agradecer à diretoria do par-que Vila Lobos e do parque Candido Portinari, a todos os patrocinadores e ao pu-blico, que tornou esse dia das meninas muito especial! Agradecimento especial a todos os patrocinadores, Onbongo, Mad Rats e Bomba Outlet, aos apoioadores Si-xtrucks, Wollong, Moska Wheels, Mission Skate Shop, Gravity e Red Bull, às atletas, aos jornalistas e a todo público que prestigiaram esta iniciativa.

Longboard Feminino Iniciante 1º Siouxsie Anne 2º Gabi Santana 3º Jully Taraborelli Lopes 4º TamiresFreeride Feminino1º Aline Ragusa2º Jully Lopes 3º Mayla Barbosa 4º Bruna Caroline 5º TamiresDownhill Slide Feminino 1º Bruna Mars 2º Raissa3º Dani Ribeiro4º CA Mila5º Carol Sampaio 6º Mariane Mariane Matos 7º Vina Choi8º Gabi SantanaLongboard Feminino Amador 1º Andréa Guandaline

2º Ariane Rosas3º Andreya Barros4º Cristiane Andrigo “Cris Punk” 5º Fernanda Michelin “Fê” 6º Mariane Matos 7º Kety Kethy Soares 8º Fernanda Creazzo 9º Vina Choi10º Ana PaulaBest Trick Boys1º Kako Danilo da Silva 2º Diego Polito 3º Gabriel 13

Moska Wheels, Wollong, Mad Rats, Onbongo, Six Trucks, Six Gear, Revista Vala, Grito Da Rua, Badeco, Mission Skate Shop, Gravity Skateboards, Slide Liga, CBSK, Bomba Outlet, Thiago Bomba.

RESULTADOS SKATE LONGBOARD GIRLSONBONBO - MAD RATS - BOMBA OUTLET

Fernanda Creazzo.

Cris Punk.

Laura Alli. Reine, Christie e Laura.

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I EtapaNorte-Nordeste17.08 - JOÃO PESSOA-PB.

POR CRISTIANO SOLTOFOTOS [email protected]

Feminino1º Thaís Alexandria (PB), 2º Ana Beatriz (PI), 3º Camila (CE).Mirim:1º João Guttemberg (PE).Júnior I:1º Lucas Vieira (PE), 2º Lucas Freire (PE), 3º João Gutemberg (PE).Júnior II:1º Lucas Henrique (PE), 2º Lucas Vieira (PE), 3º Gabriel Campelo (PE).Master:1º Fox (CE), 2º Rômulo Cruz (BA), 3º Nivaldo Karatê (PE).Iniciante:1º Jardel Dantas (SE), 2º Jollysson Alemão (PE), 3º Lucas Penalva (SE).Open1º Fox (CE), 2º Felipe Barroco (PE), 3º Lucas Vieira (PE).

2º Friburgo Freeride FestivalA simpática cidade serrana fluminense de Nova Friburgo recebeu a comunidade do downhill pra

disputa do 2º Friburgo Freeride Festival, que mais uma vez rolou no clássico Pico do Bairro Suíço. Competidores de várias cidades do estado do Rio de Janeiro estiveram presentes, deixando muito uretano (e alguma pele...) pelo circuito rápido e bastante técnico que exige o máximo de cada ska-tista em todos os dropes. O vencedor do speed open foi o Alan Moreira, natural de Duque de Caxias que mostra o nível alto da galera da Baixada, e no speed Junior, o pequeno Julio Santos (de Araru-ama) foi o mais rápido. Na prova de Slide Jam, ninguém conseguiu superar o carioca Chrys Vaz, que acabou se dando bem numa disputa acirrada com os camaradas Luiz Gustavo e Artur Rocha. Você saberá muito mais sobre Nova Friburgo na próxima edição da CRVIS3R Skateboarding... Aguarde!

FOTO

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Bia Cardoso.

Jorge Dantas.

João Gunttemberg.

D1D SkateboardO bicampeão mundial de skate

de velocidade, Douglas Dalua, agora está “acelerando” na parte commer-cial - mais precisamente, no merca-do varejista. Douglas acaba de inau-gurar seu novo empreendimento, chamado D1D Skateboard. Trata-se de uma loja virtual pra atender a to-das as necessidades dos amantes do skate. A comodidade de comprar no aconchego de sua casa e com toda a agilidade agora tem um en-dereço com o aval de um pratican-te que sabe qual a necessidade de quem anda de skate, além de ótimas sugestões para o Natal que está chegando. Muito sucesso em sua nova jornada! Acesse e conheça: www.d1dskateboard.com.br!

Felipe e Luiz Gustavo.

Chrys Vaz.

Hélio Silva na frente.

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Skate Run 2014POR GUTO JIMENEZ

Parafraseando o antigo axioma dos carteiros, não houve chuva nem retirada de apoio em cima da hora que impedisse o sucesso da segunda edi-ção do Skate Run, evento que é considerado a maior push race do país. Os mais de 4.000 ins-critos foram reduzidos a pouco mais de mil que cruzaram a linha de chegada, e pude ver que to-dos tinham algo em comum: os sorrisos estampa-dos nos rostos. Entre homens e mulheres de vá-rias idades, skatistas profissionais misturados a amadores, iniciantes e famílias, o paulista Bruno “Japa” cravou um tempo incrível de pouco acima de 19 minutos pra percorrer os 8 kms do percur-so, e foi o vencedor entre os profissionais. Entre as mulheres, a incrível Geórgia Bontorin chegou à frente e somou mais um troféu à sua coleção. Um dos pontos de encontro favoritos da galera foi na tenda da CRVIS3R Skateboarding, que contou com distribuição de revistas e brindes e a presen-ça de skatistas de quatro gerações. Parabéns ao Fernando “Batman” Amaral, ao Dárcio França e a todos os envolvidos nesse grande evento!

Bruno Araujo.

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Bolota, Sammy, Tai-tai e Anshowinhas.

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2º Pinda SkatePush RaceTEXTO MANU REZENDE | FOTOS ANDRÉ TEIXEIRA

Skate, diversão, família e, claro, muita adrenalina! Assim foi o Dia dos Pais em Pindamonhangaba (SP), onde aconteceu o 2º PINDA SKATE PUSH RACE, a corrida maluca do skate! Em sua segunda edição, a corrida contou com caras novas na lar-gada e esse aumento de competidores no grid deixou a prova ainda mais emocionante e disputada. Com a inclusão da cate-goria Sprint Race Juvenil masculino (até 15 anos), separando os homens dos meninos, o evento ficou ainda mais democrático e divertido. Entre as meninas, novas competidoras apareceram e mostraram que chegaram para dar trabalho. O clima estava perfeito, o público compareceu em peso, as bandas agitaram a galera e rolou tudo perfeito! A LIFE CORE agradece imensa-mente a participação de todos que apoiaram e compareceram para somar com a magnitude da Festa! Aqui fica o nosso mui-to obrigado!

Resultados: 2km Masculino Open: 1º Everton “Magrinho”, 2º Emerson “Magrao”, 3º Felipe Marcondes. 2km Feminino Open: 1ª Luana Bustamante, 2ª Alana Marcondes, 3ª Maria Edu-arda. Sprint Race Masculino Juvenil: 1º Biel, 2º Matheus Lo-pes, 3º Guilherme Lemos. Sprint Race Feminino Open: 1ª Lua-na Bustamante, 2ª Noêmia, 3ª Viviane. Sprint Race Masculino Open: 1º Everton “Magrinho”, 2º Rafael Wendel, 3º Renan Victor.

2ª edição do Downhill Slide Cidade dos AzulejosTEXTO CRI DUARTE | FOTOS PEDRO MONC DONC

No dia 7 de Setembro em São Luís (MA), rolou a segunda edição do Dow-nhill Slide Cidade dos Azulejos. Com um grande número de participantes de outros estados, principalmente das regiões Norte e Nordeste, o evento foi um grande sucesso. Com organização da ALMA (Associação de Longboard do Maranhão) e apoio da Prefeitura local, a disputa transcorreu de forma or-denada, tranquila e até quem foi lá simplesmente para conhecer o skate lon-gboard não se decepcionou. Cada descida de um skatista deixava a todos entusiasmados, e os aplausos eram frequentes. Os iniciantes começaram os trabalhos, e já em seu primeiro drop, Alisson Silva (de Belém) colocou pres-são sobre os outros iniciantes, fazendo uma linha segura e muito técnica, e não deixou dúvidas para os juízes (Jonathan Borges e Valter Cabelera), se-guido pelo colega de sessão, Pedro Monc Donc e tendo em terceiro o local Erick Pires, que também andou muito bem. Na categoria feminino, o primei-ro lugar ficou para Leiliane Frazão, em seguida ficou Sara Queiroz e na ter-ceira colocação a também maranhense Leticia Saldanha. No Master, com vá-rios ratões de outros estados, a disputa ficou mais difícil de se decidir, mas usando todos os critérios para um melhor julgamento, Cacá Coutinho (de São Paulo) acabou levando desta vez, seguido por Arthur Japa do Pará e em terceiro Alex Busnelllo, também de São Paulo. Com demostrações do King of Downhill Sergio Yuppie nos intervalos, os presentes puderam ver de perto como se anda de DHS no gás e com um estilo impecável, além do sorriso que é uma marca desse que, pra mim, é o maior nome vivo do downhill mundial!

Alex.

Caca.

Eddie.

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Lotfi Lamaali foi apresentado ao longboard de forma despreten-siosa e, como um tsunami, teve a sua vida modificada pelo skate. Atualmente, esse simpático marroquino/parisiense se tornou mais do que um rider patrocinado por marcas importantes: ele é um sim-bolo de técnica e charme que sabe deslizar como ninguém, unin-do ao mesmo tempo um estilo criativo, suave e agressivo. Agora, você pode conhecer um pouco mais de Lotfi Lamaali, que tivemos o prazer e a honra de entrevistar. Sinta em suas palavras a paixão pelo longboard e descubra que, por trás deste grande rider, também existe um ser humano de grande alma e coração pronto para com-partilhar tudo que o skate lhe deu: muito amor e carinho.

Quem é Lotfi Lamaali, por favor se apresente para nós. Sou Lotfi Lamaali, tenho 30 anos, sou nascido e criado em Casa-

blanca, Marrocos, e moro em Paris desde 2006. Sou metade enge-nheiro de telecomunicações, metade pro longboarder.

Quanto tempo você tem de longboard? Como foi o começo, tem algumas boas lembranças?

Foi há 6 anos na casa de um amigo , eu vi um skate long estranho deitado no chão . Eu estava curioso para saber como me sentiria ao andar de skate de 1 metro com rodas grandes e, uma vez que eu subi... Bem, eu nunca mais saí dele até agora. Literalmente, mudou a minha forma de vida. Assim, no início eu comecei de forma auto-mática e procurei os principais pontos de longboard aqui em Paris. Eu me juntei com alguns riders em Trocadero, que acabaram se tor-nando meus amigos próximos, Alex e Florian. O Florian tem um 20 anos de skate e ele teve a gentileza de me ensinar o básico , incluin-do hippie jump!

Você é patrocinado pela Loaded, Orangatang e Paris Tru-cks, um desejo de vários riders. O que isso significa para você e como seus patrocinadores colaboram para sua evolução e para a comunidade longboard?

De fato, eu me sinto sortudo por ter conhecido os caras do Loaded

/ O’tang e Paris trucks. Serei sempre grato a eles por acreditarem em mim, por estarem me apoiando e me dando a chance de mostrar o meu trabalho para o mundo. Eles estão diretamente envolvidos em todos os eventos que eu organizo e promovem tudo o que eu faço como um embaixador (rider) da equipe, para aumentar a comunida-de longboard aqui na França e em qualquer outro lugar no mundo.

Quais skaters te inspiraram e o que te inspira para continu-ar evoluindo no esporte?

Descobri o freestyle pela primeira vez assistindo vídeos do Rod-ney Mullen, mas na época eu não estava fazendo nenhum tipo de esporte urbano. Então, quando eu descobri o longboard, as minhas primeiras inspirações de dancing vieram até mim quando assisti os vídeos de Adam Colton e Adam Stokowski, especialmente o “The Dancer”. Imagine, eu no escuro com meu laptop sobre os joelhos e, em seguida, subitamente nos primeiros segundos deste vídeo um raio de luz me iluminou , então eu disse: “Oh shit!? É isso que eu quero fazer!” Foi isso exatamente o que aconteceu... bem, sem o raio de luz, mas não importa...

Você é um atleta criativo e isso chama muita atenção. Como e de onde surge a inspiração para criar novas manobras?

Posso ser inspirado por muitas coisas, como dançarinos, frees-tylers de bmx, patins e tudo o que me rodeia. O local onde eu estou an-dando tem o seu papel na minha inspiração também, eu acredito em energias positivas e às vezes minha inspiração pode ser estragada se estou no lugar errado ou se eu estou ouvindo a música errada (risos).

Quais os melhores lugares para se andar em Paris e quais os seus favoritos?

Há alguns pontos legais aqui em Paris , como Place du Palais Royal, o Trocadero, as Berges de Seine, Quai d’ Austerlitz, mas meu local favorito é e será o local onde nós fazemos o nosso encontro de longboard semanal DockSession em Les Berges de Seine.

Como é a cena do longboard na França e no Marrocos? Qual

Entrevista Lotfi LamaaliPOR ALEXANDRE GUERRA (EU AMO LONGBOARD)

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a diferença e qual é a sua contribuição para a melhoria des-tas cenas?

A cena do ongboard está explodindo na França e agora está assim: eu vejo um monte de gente jogando fora seus rollerblades, patine-tes ou skates em troca de um longboard. Eu acho que tudo isso está acontecendo porque o longboard é legal e aberto para a todas as ida-des. No Marrocos as coisas estão evoluindo lentamente, são alguns riders aqui e ali tentando divulgar o esporte, organizando eventos e assim vai... Esportes radicais não fazem parte da cultura marroqui-na, infelizmente, então eu acho que nós temos que fazer um duplo esforço para implementar o longboard lá e mostrar aos marroquinos que não é apenas um esporte, mas uma maneira saudável de viver. Acredito que nos próximos 4 ou 5 anos as coisas vão mudar por lá.

O que você quer conquistar dentro do longboard, quais seus planos para este ano que se inicia e para o futuro?

Agora eu estou trabalhando para criar uma grande comunidade de longboard em torno do Docksession, com a ajuda de alguns ami-gos proximos, e promover o Dancing/Freestyle, e isso nos levará a organizar eventos maiores no futuro próximo. Algumas coisas in-teressantes estão para acontecer a partir de 2015... mantenha os olhos abertos !

A atenção das marcas e da mídia está muito voltada para o freeride e downhill. Na sua opinião, por quê o dancing é pou-co explorado?

Isso de fato foi o caso até dois anos atrás, quando eu notei que muitas marcas, incluindo as novas, começaram a ter interesse no dancing e até mesmo começar a sua coleção de decks por um mo-delo de dancing. Eu acho que essa mania em torno do dancing é de-vido ao fato de que é acessível a todos, mesmo para aqueles que nunca subiram em um deck antes, e também porque a forma ar-tística de se mover sobre um longboard atrai uma grande varieda-de de pessoas. O que eu posso lhe dizer é com base no que eu vejo toda semana no docksession, eu conheço uma nova pessoa em cada novo evento! Eu acredito fortemente que o dancing/frees-tyle tem um futuro brilhante pela frente, e todos nós estamos tra-balhando nisso!

Cinco palavras para definir o Longboard ?Eu diria : Liberdade, desestressante, desafio, diversão, compartilhar.

Sei que você gosta de música ; quais instrumentos você toca? Qual a sua trilha sonora para uma boa session de lon-gboard? O que você está ouvindo recentemente e que bandas você gosta de ouvir?

Eu costumo tocar guitarra, esta foi a minha principal paixão antes do longboard acontecer na minha vida. Quando estou de skate ouço diferentes tipos de música, dependendo do meu humor pode ser US RAP , Electro , Blues ou Soul music . Atualmente estou ouvindo Gramatik, Chinese Man (quando eu preciso de energia) e Donny Ha-thaway quando eu só quero relaxar.

O Longboard trouxe alguma diferença para sua vida? O que mudou?

Sim, de fato adicionou algum tipo de estabilidade na minha vida todos os dias. Também graças ao longboard eu tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis de todo o mundo.

Já esteve no Brasil ou pretende vir?Nunca! Mas eu estou realmente ansioso para ir, mais cedo ou

mais tarde. Talvez começando pelo Rio de Janeiro para visitar meus amigos da Guanabara Boards!

Fale um pouco sobre o seu mais novo projeto, o Docksession.Comecei há um tempo, com a preciosa ajuda de dois amigos pró-

ximos Mez & Alex (Paris Longboard Urbana Ghost), uma reunião se-manal de longboard que chamamos de Docksession. A ideia é reu-nir o maior número de pessoas em torno de longboard e especial-mente do dancing/freestyle, dando a oportunidade para os inician-tes aprenderem os primeiros passos em um deck e deixar os riders avançados aprender mais manobras e desenvolver sua criatividade. Tudo isso está acontecendo em um ambiente descontraído e fres-co cercado por músicos tocando guitarra, djembe e por ai vai. A Do-cksession será organizada também em outras cidades em todo do país em breve, estamos trabalhando nisso e por quê não para fora das fronteiras francesas? Vamos ver...

Diga algo para seus fãs brasileiros, tenha certeza que são muitos!

Espero sinceramente ir um dia para o Brasil para andar de skate e me divertir com vocês. Até o momento, eu envio para vocês mui-to amor. Agora feche esta janela, desligue o laptop, pegue seu ska-te e GO SKATE!

> Entrevista Lotfi Lamaali

LÉA

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Esta foi a terceira edição do evento, a segunda como etapa brasileira do mundial da IDF. Estive presente desde a primeira edição e, desde o co-meço, fiquei impressionado com o que vi. O lo-

cal é uma arena própria para a realização de eventos e com uma área especifica para eventos automobilísticos; já que falam que o speed é a formula 1 do skate, não há melhor lugar para estarmos. Na realidade, a ladeira é uma pista de drift para carros e tem toda a segurança que precisamos: uma pista sem guias e com uma ampla área de escape, onde os fenos se tornam praticamente decorativos. O percurso é técnico e mescla curvas de muita pressão com áreas sem muita inclinação, que exi-ge toda a técnica e experiência do riders que precisam ser rápidos durante esta variação de terrenos.

A estrutura do local é um caso à parte. Temos tudo que precisamos, como portaria com segurança, banhei-ros, lanchonetes, frutas, água, cronometragem por chip

e o resgate é feito por fora da ladeira, o que faz com que andemos na pista o tempo todo. Um sonho!

Este ano o evento esteve correndo risco de não aconte-cer por questões financeiras, como quase todos os even-tos de skate de ladeira deste ano. Porém, graças ao MG Downhill e à Federação Mineira de Downhill, que compra-ram a briga, o evento aconteceu e foi um sucesso, mes-mo com uma premiação menor do que poderia ter havido com apoio das empresas do skate e de fora do mercado.

A meteorologia marcava chuva para o primeiro dia, mas o tempo ficou firme contrariando todas as previ-sões e pudemos fazer muitos, muitos, muitos drops de treino e reconhecimento. Com certeza todos ficaram sa-tisfeitos com o primeiro dia e preparados para as to-madas de tempo. O segundo dia começou com alguns aquecimentos e com quatro tomadas de tempo pela ma-nhã. O fato de você poder subir e conferir uma parcial do seu tempo é excelente para a escolha dos equipamen-

POR ALEXANDRE MAIA | FOTOS FERNANDO FRUKE ALVES

Já falei deste evento na minha coluna e fico muito feliz em poder escrever a matéria sobre o Mega Grand Prix IDF World Cup 2014, pelo simples fato de ser um evento único no mundo e comparável somente ao extinto Newton´s Nation que acontecia na Austrália.

IDF World Cup 2014Mega Grand Prix

Acima: Guto Negão (verde), Bernardo Borges “Borjão” (laranja), Luca Haleiwa (ARG, verde/rosa) e Marcos Diniz Paiva.

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mega grand prix

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tos e para poder traçar novas linhas dentro da pista. Voltando do almoço, pudemos fa-zer mais duas tomadas de tempo e muitos riders conseguiram baixar seus tempos dei-xando a competição do domingo ainda mais acirrada. Ainda houve tempo para uma re-pescagem: os 62 melhores tempos da ca-tegoria Open se classificaram direto para o domingo, e os demais foram divididos em baterias para disputarem as duas vagas re-manescentes. Quem assistiu aos pegas não conseguia acreditar que aqueles eram os piores tempos do campeonato, de tão aper-tados e emocionantes que eram. Alexandre Marcante e Hélio Silva levaram a melhor de-pois de três fases e se classificaram entre os 64 que disputariam a prova principal.

O domingo foi mais um dia de sol. Per-feito para as disputas que foram divididas em Open, Master, Feminino, Junior e Street Luge. As categorias Street Luge e Femini-no tiveram um sistema de “todos contra to-dos” devido ao número reduzido de atletas. No luge o americano David Dean e o bra-sileiro Leo Borton ganharam todas as suas baterias e na quarta bateria, com confronto direto, o americano levou a melhor e ficou com a primeira colocação; Fernando Rocha terminou em terceiro e o austríaco Kons-tantin em quarto. No feminino, Bianca Fior dominou todas as suas baterias e terminou em primeiro. A exemplo do luge, o que de-cidiu a segunda colocação foi justamente o confronto direto pois Melissa Brogni levou todas as suas baterias, menos a que correu

Ao lado: Diego Alemparte, Luca Haleiwa, Pedro Frangulis e Juliano Cassemiro. No meio à esquerda: Thiago Gomes Lessa (preto), Kevin Reimer (branco), Dillon Stephens e Guto Negão. Final filmada pelo drone do Caio Cezar. No meio à direita: Derek Rabelo e Yan Bertinati. Embaixo: Sebastian Hertler (GER, cinza), Max Ballesteros (cap. laranja), Juliano Cassemiro (a direita, preto), Thiago Duarte (Tgreen. azul/verm) e Marcos Diniz Paiva.

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com Bianca. Finalizando o pódio ficaram Ge-orgia Bontorim e Reine Oliveira com tercei-ro e quartos lugares, respectivamente.

A categoria junior contou com 19 atletas e Weyder Nascimento levou a melhor, se-guido de Pedro Braga em segundo, Rodrigo Belli em terceiro e Cristian Henz em quarto. O futuro do downhill com certeza está ga-rantido e em boas mãos! Opondo-se à ju-ventude demonstrada na categoria Junior, os old dogs da categoria master mostraram toda a sua força contando com os mesmos 19 atletas inscritos. Sou suspeito para fa-lar desses pegas, pois foi uma honra poder correr com meus amigos que são verda-deiras lendas do downhill brasileiro e mun-dial. Em quarto lugar, fazendo uma corrida de recuperação depois de uma tomada de tempo regular, veio Ricardo Mikima seguido de perto pelo esloveno mais brasileiro que existe, Nadim Burkan. Repetindo a final do brasileiro de 2004, o Champ do Funil, rea-lizado também em MG, eu tive o prazer de fazer mais uma final com meu irmão Juliano Cassemiro, onde o mineiro levou mais uma terminando em primeiro e eu em segundo. Estas duas categorias mostram que nosso esporte tem passado e futuro. Falta só a IDF enxergar isso!

Na principal categoria do dia, onde a luta pelo título mundial está apertada e sendo decidida evento por evento, tivemos um show de pilotagem. Haviam três riders na disputa pelo título mundial mas, com a le-são do canadense Patrick Switzer na etapa da Colômbia, o caminho ficou aberto, mas não mais fácil, para os também canaden-ses Kevin Reimer e Dillon Stephens. No en-tanto, não podemos esquecer que estamos no Brasil, terra de alguns dos melhores ta-lentos do downhill mundial e não podíamos deixar esta festa toda para os estrangeiros. Sendo assim, a missão de nos represen-tar ficou para Thiago Lessa e Guto Negrão. Os canadenses mostraram porque estão na briga pelo título mundial e subiram nos luga-res mais altos do pódio, com Kevin Reimer fazendo uma corrida perfeita e terminando em primeiro lugar, deixando Dillon em se-gundo depois de largar em quarto e ganhar duas posições em apenas duas curvas. Guto Negrão foi o melhor brasileiro da competi-ção terminando em terceiro e o “cuei” local Lessa em quarto. A final foi apertada e qual-quer um poderia ter levado o título.

Todos esses pegas foram acompanhados de perto pelo público e riders presentes, que conseguiam ver praticamente todo o percur-so a partir da largada ou de uma das arqui-bancadas colocadas no local. Simplesmente um final de semana perfeito. E que venha o Mega Grand Prix 2015... Eu estarei lá!

No alto: Kevin Reimer (CAN, branco), Dillon Stephens (CAN, caramelo), Tiago Mohr e Iuri Maggi. No meio: Nina Marent Lages. Pódio, em cima à esqueda: Ricardo Mikima, Alexandre Maia, Juliano Cassemiro e Nadim Burkan. Em cima à direita: Thiago Gomes Lessa, Dillon Stephens, Kevin Reimer e Carlos Augusto Paixão. Embaixo à esquerda: Cristian Henz, Pedro Braga, Weyder Nascimento e Rodrigo Belli. Embaixo à direita: Reine Oliveira, Melissa Brogni, Bianca Fior e Georgia Bontorin.

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California

trip!THIAGO BOMBATinha programado minha saída para uma quinta-feira de madru-

gada; senti muita ansiedade no grande dia, quase nem dormi uns dias antes. Chegando ao aeroporto, uma surpresa: como era de ma-drugada, eu e a Laura confundimos as datas, e o voo original tinha saído um dia antes! No final do ‘’começo ‘’ da historia , depois de um leve sufoco, acabei arrumando um lugar de executiva promocional e embarquei no dia seguinte, tudo resolvido em grande estilo. Che-guei lá e fui recepcionado pelo grande amigo Pedro Ávila, pois iria ficar uns dias em sua casa que fica ao lado de Dog’s Beach, um dos melhores picos de surfe de Ocean Beach. Os primeiros roles nos próximos dias foram na pista do local, e com pracinhas sobrando, acabei me unindo também no surfe do dia a dia. Dizem que a vida por lá é perfeita; perfeita eu não digo, mas sim um sonho: as pes-soas conseguem trabalhar menos horas por dia comnparando com

o Brasil e viver melhor, com umas horas por dia pra surfar e de noi-te poder escolher qual pista ir. Cada dia era uma escolha diferen-te! Nos dias que se seguiram, encontrei o grande amigo e um dos melhores skatistas de pista de longboard do Brasil residente nos EUA, Guto Lamera; sendo também um renomeado fotógrafo, Guto me apresentou à galera da Gravity, a qual tenho major orgulho de representar. Com ele, fiz altos roles em lugares inusitados: ditches, pistas, piscinas, ladeiras... Em poucos dias chegou a nossa amiga Reine Oliveira, que se uniu à barca em algumas sessões de fotos com o mestre Guto, alguns dias antes da minha esposa Laura che-gar. Com a chegada dela, os roles ficaram um pouco mais dinâmicos já que ela chegava de carro; eu já estava num ritmo mais lento e foi bom ela ter chegado com uma energia a mais pra me pilhar! Foi uma das melhores trips da minha vida, e o retorno foi bem difícil mas ano que vem tem mais... Ainda mais pro nosso lifestyle, a vida por lá fun-

A trip para a meca do skate não começou inicialmente junta e cada um dos skatistas profissionais Laura Alli , Thiago Bomba e Reine Oliveira tinha seus objetivos e datas de ida diferentes. Thiago voltou para fazer mais fotos e vídeos com seu amigo, fotografo e video maker Guto Lamera, da Artvideophoto e seu parceiro de equipe na Gravity. A ideia era passar cerca de 30 dias e encontrar Laura Alli por lá no meio da trip; ela estaria de ferias, pra surfar e curtir um pouco das pistas locais. Já a Reine uniu-se por último na barca, para correr o campeonato Angie’s Curves e fazer alguns acordos comerciais com a Sector 9. Todos voltariam juntos, mas não tinham planejado nada em especial para fazerem. As coisas foram rolando naturalmente pela sintonia que formaram, junto com Pedro Ávila (skatista brasileiro natural de Goiânia que mora na California ha alguns anos), Guto Lamera e a lenda Brad Edwards, um skatista da Gravity e ídolo. A seguir, vamos tentar dividir essa trip em três partes com um final semelhante, através da visão de cada um.

POR THIAGO BOMBA, LAURA ALLI E REINE OLIVEIRA | FOTOS ARTVIDEOPHOTO

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ciona, as pistas são as mais animais, tem onda todo dia. é realmente um sonho! Quem sabe, um sonho possível...

LAURA ALLIMinhas ferias no trabalho são curtas, e como tenho

um filho pequeno, não consigo sair muito mais que uma semana; dessa vez, tirei 10 dias. Com o coração aper-tado, com um misto de ansiedade pra aproveitar pistas e ondas da California, minha cabeça não conseguia des-ligar do meu bebezinho até a minha partida. Depois de algumas conexões, num voo confortável com a Avianca, aluguei um carro onde dirigi de Los Angeles a San Die-go no sentido à casa do Pedrão, onde fui recepcionada por todos. Meu amor, minha amiga Reine, Pedrão e Guto Lamera, foi bem legal rever todos!

Nos dias quentes que se passaram na seqüência, an-damos em muitas pistas e surfei praticamente todos os dias. A vida na California é realmente um sonho, com mercados de comidas integrais em todos os bairros, já que eu amo me alimentar bem, com comezinhas orgâ-nicas. Com ondas e pistas perfeitas, as pessoas traba-lham menos e vivem bem! Meu anfitrião Pedro ainda me apresentou à minha prancha mágica, a qual fui obrigada a negociar com ele depois. Pra mim, a sintonia da galera também fez a trip perfeita: a energia do Thiago, que pra mim é um dos brasileiros que mais quebra nas pistas, e da minha amiga Reine, uma das pessoas mais engraça-das e divertidas que conheço, transformaram a trip (que

No alto: Thiago Bomba decolando de ollie num ditch. Embaixo: Laura Alli num half cab ladeira abaixo.

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já é de sonho) ainda melhor! Finalizando a trip, rolou a performance da Reine em uma das ladeiras mais fabu-losas e emocionantes que já vi na vida, Angie’s Curves, num campeonato de alta velocidade. No final deste mesmo dia de competição, eu junto com Thiago, Pedro e Brad Edwards, meu ídolo de skatista e uma legenda das piscinas, participamos de uma competição em um snake em Pala. Nos dias que se sucederam, finalizamos a trip em Oceanside na casa do mestre Brad, que nos apresentou mais lugares incríveis pra andar: piscinas secretas, pistas e altas ondas. Foi uma honra ter essa lenda de anfitrião e passar uns dias com meu English and pool teacher, meu ídolo Brad Edwards, foi demais!

REINE OLIVEIRAEntre uma conversa e outra, vi que as agendas es-

tavam batendo e que tinha um campeonato Mundial bem na data, então tirei 22 dias para e curtir a melhor vibe californiana. Chegando lá, passei uns dias em Huntington Beach, na qual fiz uma parada na Abec 11 onde fui muito bem recebida pelo Chris Chaput e Sér-gio Yuppie. Logo na sequência, passaram o Max Bal-lesteros e a Georgia Bontorin, que me levaram para Encinitas; minha estadia foi na casa da família do Jeff Budro junto com a Geórgia, que já estava lá há três meses, e há algumas quadras estavam os meus ami-gos Guto Lamera e Thiago Bomba, que me levaram para altas pistas, ladeiras e ditchs. Visitamos também

No alto: Reine Oliveira controla a velô com estilo nesse b/s Coleman slide. Embaixo: A rua estreita, áspera e cheia de areia não foi obstáculo pro Thiago Bomba executar um b/s tail slide one-footed.

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algumas fábricas, curtimos um show do Ziggy Marley e aquele hang out que nós skatistas gostamos...

Assim que a Laura Alli chegou fui passar uns dias em OB na casa do Pedro Avila, um skatista de Bra-silia. Foram dias épicos,os melhores sunsets,sessões inesquecíveis com vários amigos das antigas e novos amigos que se juntaram à nossa barca. Não posso dei-xar de falar da sensação de andar em um ditch, foi a minha primeira vez e me apaixonei!

Fui muito bem recebida pela família Sector9. Grati-dão por todos que fizeram parte dessa trip especial! Eu tinha ido em 2009 para correr o Slide Fest, mas como o meu filho Lucca era muito pequeno, não con-segui ficar muitos dias. Sem dúvida, é o o pico dos so-nhos! See you next year, Cali Dream.

Em cima: Puro relax no carving de Reine na vizinhança pacata. Embaixo: Laura Alli completa o visual do final de tarde californiano com seu wheelie slide.

THIAGO BOMBA: Rider profissional de skate longboard com patrocínios das marcas Gravity, Surfavel, Priority, Aversion, Bomba SkateLAURA ALLI: Rider profissional de skate longboard com patrocínio das marcas Onbongo,Mad Rats, Six Trucks,Gravity, Moska WheelsREINE OLIVEIRA: Rider profissional overall com patrocínio das marcas Mission Skateshop, Sector 9, Abec11, Curva de Hil e Qix Missy

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Picos preferidos: Meu pico preferido pra free ride é o Tramontina, uma ladeira aqui de Curitiba, porque ela é curta e íngreme; tem pico que é muito cansativo, e no Tramontina dá pra andar o dia inteiro e se divertir igual.

De speed é com certeza o “Bombardeio” ou “Drop do Arroz”, que é secreto e é um pico completo. Se fosse mais perto, se-ria o meu pico preferido pra free ride e pra speed, mas como é longe eu vou lá pra praticar speed. No começo, é uma ladei-ra igual ao Tramontina e a primeira curva já é um cotovelo, e várias curvas em S em alta velocidade, uma reta extensa que chega a uns 100km/h...

Música: Eu não escuto música andando de skate, sei lá, eu acho que me atrapalha às vezes. Mas eu gosto de escutar é ro-ck’n’roll, reggae e mpb.

Lesões: Se eu tive alguma lesão, eu não sei porque eu nun-ca vou ao médico. Sempre quando eu caio e me machuco, eu espero sarar, mas eu já me machuquei feio. Uma vez eu caí no Guabirotuba e me machuquei feio, caí e bati meu quadril e criou quase uma terceira bunda. Fiquei um mês sem andar de skate. Dessa vez eu fui ao médico, mas ele só me passou uns medicamentos, não tinha nenhuma lesão.

Speed e free ride: No speed, você tem saber focar na base, fazer curva e equilíbrio. Na real, eu comecei a andar de free ride e era o meu foco; depois que eu comecei a andar com a galera de speed, eu já tinha um pouco da base de saber fazer curva, etc. Daí eu vi que eu preciso treinar mais o free ride do que o speed, porque se você não treinar direto, acaba perden-do um pouco da mobilidade. Praticar as duas modalidades só ajuda. Eu acho que o free ride vai estar em ascensão sempre, tem bem mais praticantes do que de speed. Qualquer ladeira você já pode se divertir no free ride e andar ali. Agora, pra an-dar de speed, precisa de uma estrada ou de um circuito, então sempre vai ter mais praticante de free ride, eu acho.

Skatista profissional e marceneiro: Na mesma época que eu comecei com a marcenaria, eu também comecei a andar de skate, então desde o início já foi assim. Eu sempre procu-rei trabalhar de segunda a sexta e nunca nos finais de semana, porque já são sagrados pro skate. E sempre foi assim, sempre soube conciliar bem. Meu sócio também anda de skate e meus amigos que começaram a ajudar na marcenaria também an-dam de skate, então foi fácil.

Apoios e patrocínios: Pra mim sempre apareceu tudo por

TEXTO E FOTOS CÁSSIA FERREIRA

Lucas Bontorin

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| perfil

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acaso, eu simplesmente fui andando de skate. A galera da CWBombs sempre fazia vídeos e fiquei em evidência, aconteceu de ter o meu primei-ro apoio de uma loja, daí consegui bons resul-tados em campeonatos e já veio mais um apoio de shapes, da Monkey e assim foi. Depois teve apoio de truck, hoje eu estou com a Monkey e a Root. Já tentei buscar apoio e mandei emails pra umas marcas de roda, mas nunca tive retorno.

Preparação para as competições: Um mês antes do campeonato, eu já começo a andar mais tranquilo. Se eu estou tentando alguma manobra nova no free ride, eu já aborto pra evitar algum tipo de lesão, etc. Fico focado e, umas duas se-manas antes, já mudo a alimentação, faço alon-gamentos e o treinamento já fica mais intenso. Durante o campeonato é muito intenso, eu gosto de dormir cedo, acordar cedo, me aquecer, to-mar café da manhã reforçado... Eu acho impor-tante, mesmo que às vezes não adiante nada. (risos). No rolé do dia-dia é sossegado, bem for fun, eu procuro curtir o máximo, sem stress ne-nhum. Dando risadas sempre, zoando a galera.

Sobre Curitiba: Quando eu comecei andar, há cinco anos, tinha umas 20 pessoas que anda-vam também e hoje tem mais de 100 pessoas. Eu vejo que cresceu bastante e acho que a gale-ra do CWBombs ajudou a divulgar. Quando co-mecei a andar de skate, procurava vídeo sobre downhill em Curitiba, achava 1 ou 2 vídeos no máximo. Hoje, a galera que começar a andar vai achar mais de 100 vídeos; isso ajudou a crescer, e a galera vai conhecendo novos picos. Quando comecei andar só conhecia o Ecoville, hoje têm uns 500 picos em Curitiba.

A história com o CWBombs: Ah, foi meio que tudo junto. A galera começou a andar na estrada junto, começou a reunir a galera, marcar churras-co. Antes era “Reject by Gravity”, durou uns dois meses daí mudou pra CWBombs. O Rafael Pola-cão deu o nome, o Thiago Nievola fez a logo e eu fui o primeiro a fazer uma tatuagem. E começou a crescer: já chegamos a levar 3 ônibus pra cam-peonato. Hoje em dia deu uma acalmada, mas a galera ainda vai em peso quando marca rolé.

Relação com a competitividade: Cara, eu nunca fui pra um campeonato pensando em ga-nhar, mas sempre pensando em andar e dar o meu melhor, sempre. Eu só vou me sentir feliz num campeonato, não importa se é numa bate-ria ou numa tomada de tempo, ou num treino, quando eu sentir que eu dominei a ladeira, que eu dei o meu máximo e que já atingi um limite. Depois disso, não me importo mais com nada.

Na página ao lado: Atenção total em Teutônia durante o mais recente evento na ladeira mais rápida do mundo. Nesta página: (Alto) Lucas faz a tomada por fora de William Rubim no Morro das Sete Curvas. (No meio) Um belo f/s full slide num pico secreto, bem no meio do nada. (Embaixo) Nada como uma sessão de free ride com os amigos! Role-zão em Guabirotuba com o amigo Victor Geyson.

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Atitudes desleais em competições: Acho que, deslealmente, não tem como. Eu não consigo imaginar alguém que queira me prejudicar ou me derrubar. Acho que acon-tece, já aconteceu da galera me derrubar por trás, mas acho que é do esporte mes-mo, acontece. Já fui prejudicado algumas vezes, mas tranquilo.

Coleção de rodas no core: Na verda-de, foi acontecendo. Depois que eu acabei coma primeira roda, eu guardei, acabei com mais uma, fui guardando e quando vi acu-mulou muita roda, hoje em dia são uns 50 jogos de roda no core. Pra mim é como se fosse um troféu: se eu acabei com a roda é porque eu tive que andar bastante pra aca-bar com ela. Quando eu olho pra roda, eu lembro tipo onde eu andei com ela e até as manobras que eu mandei com ela.

Semelhança física com James Kelly: (Risos) Até eu já vi uma foto dele e achei que era eu uma vez, mas era uma miniatura, daí eu cliquei na foto, abriu e eu vi que não era eu. Às vezes, eu não gosto muito de com-paração. Eu admiro muito ele, sou fã, desde que eu comecei a andar. Eu acho que fisica-mente ele é um pouco parecido comigo, ape-sar dele ser mais alto e mais forte que eu. E o rolê dele é um pouco diferente, dá pra ver que ele tem um estilo mais bruto, e eu acho que tenho um estilo mais suave, por ser mais magro talvez. Tem umas diferenças. Eu acho legal a comparação porque ele anda pra ca-ramba, então eu nem ligo muito. (risos)

Ídolos no skate: James Kelly, Lou-is Pilloni, Kevin Reimer, Juliano Cassemiro (Lilica) - todo campeonato pelo menos um treino com ele eu tenho que fazer - e o Ri-cardo Mikima.

Melhores resultados em campeona-tos: Em 2011, correndo as 3 etapas do bra-sileiro amador, fui vice-campeão brasileiro; somando as boas colocações em duas eta-pas do mundial, tive o pedido de profissio-nalização aceito. Já em 2012, fiquei em 8° no Mega Fest em Santa Luzia (MG) no meu primeiro campeonato correndo como profis-sional e fui 5° no Top Skate Pro em Teutônia (RS). Consegui boas colocações no ano pas-sado e fui campeão no Vale do Sereno Festi-val em Belo Horizonte, o que me levou a ser vice-campeão brasileiro profissional.

Motivação para andar de skate: Estar entre amigos, superar limites, adrenalina e acabar com as rodas!

Preconceitos da família, amigos, tra-balho, etc: Nunca sofri preconceito. Meus pais admiram o esporte e me apoiam, eu e a Georgia somos orgulho da família! (risos) No alto: Uma pose à la Jay Adams no carving muito estiloso. No meio: A chuva não atrapalhou o toe

slide na Ladeira da Pedreira, em Curitiba (PR). Embaixo à esquerda: Outro toe slide em outra ladeira curitibana favorita, a Tramontina. Embaixo à direita: Parecido com o James Kelly?! Você decide!

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| perfil

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Rasgando a neveAlex “Geims” Luciano e Marco Zilioli - Local: Colle della Maddalena, Cuneo, Itália.

Alex “Geims” Luciano - Local: Col de La Bonette, a pista mais alta da Europa, França.

O excelente fotógrafo italiano Simone Mondino aproveitou o período de degelo na última primavera europeia pra levar a qualidade de suas imagens a outro nível. Fotografar downhill em paisagens nevadas não é uma novidade, mas é muito raro vermos imagens tão bem capturadas em algumas das paisagens mais belas das montanhas do Velho Continente. Acompanhe o ensaio nas próximas páginas e boa “viagem”!

FOTOS SIMONE MONDINO

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rasgando a neve

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Alex “Geims” LucianoLocal: Col de La Bonette.

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Alex “Geims” LucianoLocal: Col de La Bonette.

Alex “Geims” LucianoLocal: Piaggio, Cuneo, Itália.

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rasgando a neve

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Alex “Geims” Luciano - Local: Col de La Bonette.

Alex “Geims” Luciano - Local: Col de La Bonette.

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Desativada no início dos anos 50, a estrada de ferro Putnam Railroad foi pavimentada e transformada em trilha para pedestres e ciclistas. Ela

corta o condado de Westchester e, este ano, foi usada pela primeira vez para uma pro-va de resistência de longboard: o Putnam Coun ty Challenge.  O  desafio  aconteceu  no dia 25 de outubro e os riders percorreram 80 kms entre bosques, lagos e pequenos vilarejos até a linha de chegada: a Putnam Avenue localizada em Brewster. “Foram 5 horas de muita resistência, onde o objetivo era completar o percurso”, explica João Flo-res Morales, coordenador do evento. Ape-sar de ter apenas 22 anos, João é rider profissional e organizador de várias provas de longa distância em New York e no Peru, onde nasceu. “Esta é a primeira corrida or-ganizada pelo NYDP - New York Distance

Pushers, um grupo recém formado que visa promover e difundir esta modalidade dentro e fora dos Estados Unidos.”

Quando você começou a praticar lon-ga distancias?Sou  aficcionado  por  esta  modalidade 

desde criança. Aos 9 anos, a minha primeira experiência com um longboard foi atraves-sar uma distância de 10 kms, do meio de Manhattan até o sul do Bronx, onde moro. Sempre gostei de desafios e estas corridas tem sido minha prioridade dentro do skate. Descobri que a comunidade nova-iorquina também gosta deste tipo de aventura e, por esta razão, tenho organizado push races.

Quais as provas que você organiza? Desde de 2012 coordeno o “Warriors

Race”, que foi criado em 2010 por Theseus Williams e Mike Dallas. O desafio desta corri-da de 40km é percorrer a ilha Manhattan de

Riders nova--iorquinos usam antiga

trilha de trem para prova de

push race

PutnamCounty Challenge

TEXTO E FOTOS ELIANA CASTANHO

Na foto acima: Riders Juliana Posa, Claudia Clase, João Flores Morales

e Luis Diaz. Claudia é campeã mundial de push race e recordista do

Guinness, no Ultra Skate 2014.

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norte a sul em plena hora do rush. Desde o ano passado sou pioneiro, juntamente com o Chaman Longboards, na realização do “Keep Pushing”, prova resistência em Lima, Peru. Este ano realizei a primeira edição do Putnam County Challenge, que contou com o apoio da CRVIS3R Skateboarding Magazine, Shralpers Union, Blue Sky Longboard, Pan-theon Longboards, Uncle Funkys Boards, Ekick Lights e Rat Rod Design Studios. E  quais são os maiores desafios e re-

compensas? O maior desafio é encorajar uma pessoa 

a subir num longboard e percorrer 40, 50 ou 100 kms. É recompensador ver que to-dos os participantes alcançam a linha de chegada, superando os seus limites. No Put-nam County Challenge, por exemplo, partici-param riders de 14 a 44 anos e todos che-garam ao término da prova.

Quais as competições desta moda-lidade que você participou? Quem são seus patrocinadores?Já participei de inúmeras corridas de lon-

ga distância, entre elas as ultimas duas edi-ções do “Ultra Skate” (312,50 km) e o “The Chief Ladiga - Silver Comet Skate Challen-ge”, cerca de 300 kms de corrida entre o Alabama e a Geórgia ao longo de três dias. Nesta prova fui o único a usar um mini-crui-ser. Sou patrocinado pelo Blue Sky Long-boards, Uncle Funkys Boards Skateshop e Shralpers Union.

Qual a dica para os iniciantes na mo-dalidade?

Nunca duvide da sua capacidade de supe-rar limites. Keep Pushing!!!!!!!

Acesse o link da fotógrafa Eliana Castanho para ver cenas diárias de skateboarding em New York: www.facebook.com/ NYCskateboarding4u

No alto da página: Nova-iorquinos usam antiga trilha de trem para push race. Na segunda fileira à esquerda: Parada obrigatória para ler a revista CRVIS3R, que foi uma das parceiras deste evento. Na segunda fileira à direita em cima: Estação Brewster, voltando para Manhattan. Na foto: Harrison Tucker, Kyle Yan, Malcolm Eastman (atrás), Dready Goodhumor Sanchez (centro), El Marzo e Luis Diaz. Kyle e Harrison (sentados, segurando a CRVIS3R) empataram na primeira colocação, com tempo de 3h40min. Na segunda fileira à direita embaixo: Woodlands Lake, um dos lagos do percurso. Na terceira fileira à esquerda: Pit Stop em Dobbs Ferry. Na foto: Juliana Posa, Silvia Morales e Matthew David Wynn/Shralpers Union. Na terceira fileira à direita: Parada para apreciar a natureza no Woodlands Lake. Riders Luis Diaz, João Flores Morales, Juliana Posa e Claudia Clase.

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Entrevista:

POR GUTO JIMENEZ

Martin SiegristUm legendário skatista de velocidade, um designer super-criativo e um verdadeiro perfeccionista dos detalhes. Essas são apenas algumas das características que fazem Martin Siegrist ser um personagem sem igual na história do downhill, tanto por seu desempenho nas ladeiras quanto por suas ideias e atitudes fora delas.

Esse ex-tricampeão mundial de downhill speed foi um com-petidor duríssimo de ser vencido, que posteriormente levou esse fanático por desempenho a criar inúmeras soluções não só para a indústria do skate, como também em outras áreas

tão distintas entre si quanto madeireiras e paredões de escaladas. Nessa entrevista exclusiva à CRVIS3R, Martin conta um pouco de sua trajetória de skatista, fala sobre seus diversos projetos de vida e solta o verbo contra aqueles que andam de skate sem a devida segurança. Pegue a sua bebida favorita, relaxe onde você estiver e preste muita atenção em cada uma das palavras deste verdadeiro mestre da performance!

Martin, você parou de competir há alguns anos e, mesmo assim, foi convidado recentemente a participar da prova de Almabtrieb (Alemanha) nesse ano. Como foi o flashback?

Foi uma honra muito grande ter sido incluído no evento como um

convidado especial! Além disso, foi um grande encontro com ami-gos que eu não via há muito tempo. O meu primeiro título mundial foi há 10 anos, então é claro que eu estava me sentindo um pouco nostálgico. Lembro que a prova de 2004 terminou sem uma final, já que o Dalua havia ganho uma das semifinais mas teve de ser levado ao hospital após duas quedas bem feias. Eu não sei como eu pode-ria derrotá-lo na pista de Auerberg, com sua reta longa e rápida logo antes da chegada. Eu ganhei todas as cinco tomadas de tempo, mas correr contra o Dalua teria sido muito difícil!

Alguns skatistas mais veteranos acham que você parou de competir meio que cedo demais, já que seu estilo e sua técni-ca são consideradas legendárias até os dias de hoje. O que te fez parar de competir?

Eu competi por dez anos e me dei conta que era hora de algo dife-rente. Eu estudei design industrial de 2006 a 2009, então eu quis

PETE

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martin siegrist

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me concentrar em minha carreira profissional. As disputas também começaram a mudar muito, começou a ficar agressivo demais pro meu gosto. No passado, nós deixávamos espaço uns pros outros.

Como você compara as disputas das quais você participou com o que está acontecendo hoje em dia ao redor do mundo?

Há alguns anos, eu sabia que poderia ir até as finais de quase todas as pro-vas, pois era um grupo muito pequeno de competidores que tinha uma chance real de vencer. Enquanto que nós éramos um grupo de uns 5 caras com essa possibilidade, hoje em dia existem uns 20 caras assim, e isso quer dizer que uma disputa de quartas de final de hoje vale tanto quanto uma final dos meus tempos. Isso é ótimo! Atualmente, você tem como escolher provas diferentes em todo o planeta pra participar. O longboard deu um salto adiante nos últinos cinco anos, mas não na Suíça.

Sério?! Bem, a Suíça é conhecida por muitas coisas e pelos Alpes, os quais fornecem terreno infinito pra vocês andarem. Eu achei ser possí-vel dizer que o downhill é uma escolha natural pros suíços…

Não, eu não diria isso, e eu sou até grato por não termos tamanho hype por aqui. É claro que os picos são mais do que perfeitos, mas andar num long é uma atividade ilegal por aqui, apesar de ter algum tipo de lei que te permita usar um skate como meio de transporte. Algum policial poderia começar a discutir con-tigo se um drop numa estrada inclinada é ir do ponto A ao ponto B ou se é um esporte. Em alguns lugares, o downhill é tolerado, e eu fico muito feliz quando vejo pessoas sorrindo pra mim quando eu ando.

Um idiota é o bastante pra estragar um pico.

MIC

HAEL

ALF

USO

MAR

C M

CCRU

DDEN

Na página ao lado: Martin Siegrist deslizando numa das muitas estradas próximas a Liestal, na Suíça. No alto: Usando a exclusiva Linha Verde e pedindo rodas pra Abec 11... Acima: Os três protagonistas do filme “Drop” na mesma linha: Martin, Erik Lundberg e Mischo Erban (no vácuo do Martin).

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Como você começou a se envolver com o skate em primei-ro lugar?

Meus pais me compraram um desses skates finos de fibra de vi-dro quando eu tinha uns 6 anos mais ou menos. Nos anos 80, quase todo garoto tinha um desses por aqui. No início dos anos 90, tentava varar as coisas de ollie mas me machuquei com muita frequência. Al-guns anos depois, eu me liguei que o skate também pode te levar de um lugar pra outro. Foi em 1996 que vi uma reprise dos X-Games, e ali eu soube que eu queria ser campeão mundial de skate downhill.

De vez em quando, você posta umas fotos andando em bowls. Quais outras modalidades de skate você curte?

Eu conheci a equipe da Airflow por volta de 1999 e a maioria de-les estava praticando slalom e boarder cross. Naquele tempo, só tínhamos 1 ou 2 bowls de concreto em toda Suíça, então a gente dirigia até Hard (Áustria) ou dar um confere nos bowls de Marseille ou Brixlegg nas viagens a provas de slalom ou downhill. O lado ma-nobreiro do skate nunca me atraiu: sou muito mais andar rápido e fazer isso em qualquer superfície, seja num long montanha abaixo, num skate de slalom desviando dos cones ou com rodas duras num bowl. Durante a minha carreira competitiva, eu só andava no speed e jamais subi num long sem meu macacão de couro. Atualmente, não vou muito além do ponto perfeito de reduzir a velocidade pra seguir rápido depois, e até comecei a andar na outra base.

Parece que você aperfeiçoou a arte de estudar uma ladeira antes de andar nela. O que você presta mais atenção num pico?

Eu comecei a andar em diversos tipos de estradas pra me prepa-rar pras competições, e nós somos abençoados pela incrível rede de estradas aqui na Suíça. Ao andar em differentes tipos de terreno, eu me capacito a me adaptar a qualquer descida seca em pouco tem-po. Eu geralmente decoro as curvas e as imperfeições do piso ao dirigir ladeira acima, e com isso aplico os meus limites de maneira segura. A segurança é soberana. Em outras palavras, eu estou sim-plesmente tentando me manter sobre o meu skate!

Hoje em dia, assistimos a alguns videos nos quais os caras passam por experiências quase mortais nas ladeiras, só porque dá a impressão de que eles não conferiram o pico primeiro. O que você poderia dizer a esses atirados demais que vemos por aí?

Com a invenção dessas cameras pra esportes de ação, a facilida-de em se publicar online e por quase todo mundo ser patrocinado, a pressão pelo desempenho está aumentando cada vez mais. No iní-cio de minha carreira, eu também já ultrapassei alguns carros, vans, trailers, ciclistas e até ônibus. As chances de alguém chamar a polí-cia são maiores se você agir de maneira atirada demais. Geralmente tem menos trânsito de manhã cedo, comparando com o restante do dia e é simplesmente desse jeito que as coisas são. Eu não entendo como alguém pode subir um video de si mesmo ultrapassando um caminhão pelo lado errado da estrada. Um idiota é o bastante pra estragar um pico. Quem não viu o videos dos dois longboarders que não conseguiram controlar suas velocidades, ultrapassaram uma pi-ck-up e só não foram atropelados por uma questão de milímetros?! Muitos de meus amigos não-skatistas viram aquele video nas re-des sociais, e eu pergunto: é isso mesmo que você quer mostrar ao mundo inteiro?! O que o longboard vai ganhar com esse tipo de mí-dia, além de alguns cliques num vídeo com longs?

Martin, quais são os seus favoritos ao redor do mundo?Na Europa, definitivamente qualquer um entre os Alpes Suíços e

o sul da França. Eu tenho lembranças incríveis de andar no Canadá, California, Brasil, Austrália e Malásia. São muitas estradas pra listar…

Tem algum lugar por aí que você ainda queira andar?Já tem algum tempo que venho dizendo que quero voltar à No-

ruega, pois fui lá uma vez com minha família em 1996. Isso vai acontecer um dia. Ouvi dizer que existem estradas bem intensas na Colômbia, e tenho certeza de que viajarei à América do Sul de novo.

Vamos falar agora sobre seus trabalhos de designer indus-

trial. Eu já vi projetos seus de capacetes, moldes de concave, macacões especiais e outros produtos relacionados ao dow-nhill. A sua maior motivação é a inovação constante?

A minha maior motivação é “fazer algo melhor”. Eu não diria que sou um inovador, e eu realmente não gosto do termo “fazedor”. Eu acho que sou como um funileiro: não importa qual seja o produto, contanto que o processo de desenvolvimento seja desafiador. Eu realmente aprecio explorar soluções pra simplificar algumas coisas complicadas. Os computadores são de grande ajuda nesse sentido, é claro, nós só precisamos usá-los da maneira certa.

Você está envolvido em mais o quê além do skate? Quero

Eu não estou nem um pouco interessado em mandar slides em pé a cada 20

metros, pois a velocidade é o que eu busco.

GERR

Y CH

INOL

IVER

NAN

ZIG

No alto: Uma das muitas sessões na Malásia. Embaixo: Sessão de fotos uma semana antes da etapa do mundial na Suíça; depois dessa matéria, Martin deu entrevistas pra tevê, venceu o evento e ainda ganhou dois macacões de couro da IXS.

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dizer, tanto em relação à atividade física quanto ao design.

Eu adoro pedalar em mountain bikes e era um alpinis-ta bem ávido, e já passei um bom tempo projetando pa-redes de escaladas e outros equipamentos relacionados à atividade. Na minha vida, trabalho e hobby são muito conectados, o que não é sempre fácil. É difícil de me des-ligar e encontrar um bom equilíbrio entre as atividades. Sou apaixonado por detalhes e sou muito contente pelo meu trabalho não ser na indústria do skate. Acabei en-contrando o emprego dos sonhos no departamento de desenvolvimento e projetos de uma das maiores empre-sas madeireiras do mundo. Tem um monte de CADs e programações em 3-D e, se tudo andar bem, posso tra-balhar com robôs de uma hora pra outra. Bem, pelo me-nos é o que eu espero!

Você viveu na Malásia por algum tempo. O que te fez se mudar praquele país?

Um amigo meu estava construindo paredes de esca-ladas em Kuala Lumpur e eu fui ajudá-lo por duas vezes em 2005, antes de começar meus estudos de design in-dustrial. Eu estava basicamente modelando alguns gram-pos e suportes reforçados de fibra de vidro e depois me envolvi com a construção de paredes de escaladas. Nos finais de semana, eu dava uns roles em alguma estrada muito louca na área florestal, e Bukkit Tinggi era a minha favorita. No final de 2009, eu voltei a Kuala Lumpur pra

Eu acho que a busca pelo progresso e por descidas mais desafiadoras está dentro de cada um de nós.

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No alto: Fazendo testes num túnel de vento a 120 km/h... tá bom pra você?!Embaixo: Wang Kelian foi uma das estradas que Martin conheceu ao norte da Malásia.

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visitar e um amigo tinha um emprego pra mim por lá. Comecei a minha carreira de designer industrial como chefe de projetos da BLOCX, e foi uma experiên-cia ótima. Uma boa parte do trabalho era ensinando aos trabalhadores locais, o que foi muito difícil devido a barreira de linguagem e por causa da enorme diferença cultural e de pensamento. Em quase todos os finais de semana, eu e meu amigo Abdil Mahdzan íamos pras montanhas pra andar de skate bem rá-pido. Eu fiz dois videos na Malásia, o primeiro foi o “Green Lines” e o outro foi o “Centrax Ride”. Na estrada favorita do Abdil, tinha um depósito de lixo ilegal no qual os macacos e cães selvagens procuravam por alimentos e outras coisas. Um dia, um caminhão despejou uma quantidade enorme de peixes bem ao lado da estrada, e o cheiro era nojento! Numa outra estrada, tinham uns quebra-mo-las antes de cada curva fechada, o que é perfeito pros early grabs! Infelizmente, uma estrada perfeita de duas pistas em mão única estava sempre muito cheia independente da hora do dia. Aliás, o trânsito de Kuala Lumpur era muito es-tressante, pois parece que não existem regras e que se pode dirigir em qual-quer espaço disponível nas ruas. Depois de dez meses, não aguentei mais viver na Malásia e então voltei pra casa.

Falando agora sobre a Airflow, gostaria que você falasse sobre o seu relacionamento com a marca, que foi muito além do que simplesmente “empresa-competidor”.

Eu conheci a equipe da Airflow no final dos anos 90 e nós andávamos de skate juntos direto. Era muito competitivo: rolavam treinamentos semanais de slalom em Zurich e nós viajávamos pra maioria das competições de slalom na

Acima: Quando um Porsche Cayenne frita pneus numa estrada, é porque o percurso está MUITO veloz! Martin Siegrist e Erik Lundberg durante as filmagens de “Drop”. Ao lado: Conduzindo o rolé em sua estrada favorita com Patrick Switzer. Embaixo à esquerda: Slack line?! “Na verdade, era um cabo de aço na beira da estrada em Malibu”... OK! Embaixo à di-reita: Capacete conceito que foi o trabalho final de design industrial de Martin na faculdade.

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Europa. Eles ainda não tinham um deck pra speed em sua linha, então nós começamos a trabalhar num protótipo. Eram decks mui-to estilosos! Por dividirmos uma paixão tan-to pelo skate quanto por fazer coisas, eu e o Chris Hart (dono da marca) logo ficamos bons amigos. Enquanto eu estava procuran-do emprego depois da experiência na Ma-lásia, acabei ajudando na fábrica: fiz mui-ta laminação, cortes precisos, impressões a quente e outras coisas. Eu projetei todos os moldes de longs da Airflow no meu com-putador pessoal, usando softwares licencia-dos. Há uns dois anos e meio, tive a oportu-nidade de projetar moldes de concave avan-çados pra Jet, do Chris Chaput. Ao mesmo tempo, as coisas ficaram mais devagar na Airflow, e o Chris Hart levou pro lado pesso-al o fato de eu ter começado a trabalhar pra Jet. Eu fiquei dois anos procurando empre-go como designer industrial em Zurich e não consegui achar nada, e a conclusão foi eu começar a minha própria firma de projetos e desenvolvimento. Eu saí da Airflow porque a minha filiação com a marca estava atrapa-lhando a minha carreira. Infelizmente, esse também foi o fim de uma longa amizade.

Martin, você foi um dos protagonistas do filme “Drop”, em 2010. Como foi a produção?

Foi uma experiência muito louca. Nós co-meçamos as filmagens logo depois do even-to de Maryhill em 2008, e tivemos de diri-gir até L.A. durante a noite sem parar pra es-tarmos prontos na Glendora Mountain Road às 5 horas da manhã na segunda-feira. Ti-nha um caminhão enorme com uma caçam-ba cheia de veículos pra filmagem. O diretor Marc MCrudden arrumou um Porsche Cayen-ne com uma daquelas gruas presa no teto; dentro do carro, tinha um motorista que era um dublê e mais quatro caras manipulando a grua da câmera. Eu nunca tinha visto nada parecido com aquilo antes! Eles estavam filmando em 4K, o que é o suficiente tanto pro cinema quanto pra blue ray. Nunca me esquecerei da experiência de dropar aque-la estrada com Mischo (Erban) e Erik (Lun-dberg) colados no Porsche. Dois dias de-pois, fizemos outras tomadas de helicóptero. Lembranças muito boas! Nós nos divertimos muito nas filmagens também, foi um trabalho bem duro mas um prazer de qualquer forma.

Você gostou do resultado final do fil-me ou mudaria alguma coisa?

Eu gostaria que nós tivéssemos filmado na minha Suíça natal, e gostaria que o áudio tivesse sido melhor durante as minhas falas. Fiquei na California pouco tempo, já que eu estava bastante ocupado com os estudos. De um modo geral, eu realmente gostei do filme. Ele mostra a cena das provas de speed e a nossa paixão por longboards a uma pla-

téia bem ampla, e não somente a skatistas.Ainda sobre o “Drop”: nós o vimos pra-

ticando slack line. O que mais você acha que pode ajudar no equilíbrio e no role?

Na verdade, eu estava me equilibrando num cabo metálico no topo do abismo em Malibu… O equilíbrio é a chave pra maio-ria dos esportes, eu comecei com o slack line no ginásio de escaladas e passava ho-ras andando pra frente e pra trás. Eu esta-va procurando por uma outra forma de apri-morar o equilíbrio e daí eu projetei o “Ba-lance Master”, onde você anda numa tábua sobre uma bola, e vem com um deck proje-tado especialmente pra se equilibrar sobre uma bola. Eu acho que a escalada é um bom treinamento mental, incrível pra coordena-ção e pra fortalecimento interno, ter mús-

culos superiores mais fortes podem te livrar das lesões típicas de ombro e pescoço. An-dar de mountain bike em trilhas é ótimo pra treinar as reações cerebrais, enquanto que pedalar ladeira acima mantém as suas per-nas em forma.

Muitos caras veteranos como eu têm a impressão de que não existe mais uma “descida impossível”, graças aos equipamentos e ao desenvolvimen-to das técnicas que estamos testemu-nhando nos últimos anos. Você também tem essa mesma impressão?

Eu não concordo totalmente. O Darryl Fre-eman estava andando de switch em certos trechos da corrida no Corcovado há qua-se 15 anos; o francês Manu Antuna estava mandando slides poderosos há tanto tempo que alguns longboarders de hoje sequer se

lembram do nome dele. É claro que a técnica sobre o skate evoluiu muito, e eu atribuo par-te disso à internet. Não havia YouTube quan-do eu comecei a andar, não havia instruções sobre o tuck no Google e certamente não ti-nha nenhum video te explicando sobre o tipo de amortecedor você deve escolher pra cada dia da semana. Eu acho que a busca pelo pro-gresso e por descidas mais desafiadoras está dentro de cada um de nós. Nós aprendemos em cada lugar que andamos e precisamos de algo novo pra seguirmos adiante. Pra mim, existe um conflito imenso: algumas das ladei-ras que eu gostaria de dropar são tão íngre-mes, estreitas e rápidas que seria impossível de andar junto do trânsito. Eu não estou nem um pouco interessado em mandar slides em pé a cada 20 metros, pois a velocidade é o que eu busco. Usar vigias pode ser uma so-lução, bem como radios portáteis e um carro indo na frente dos skatistas. Eu já tive um bo-cado de surpresas totalmente inesperadas esperando por mim atrás das curvas fecha-das. Em termos de lesões, eu tive bastante sorte: a coisa mais próxima a trincar os den-tes num bowl foi um tornozelo torcido e cair de costas no chão. Somado à minha experi-ência, um emprego regular também pode fa-zer o seu papel nas decisões a serem toma-das nos dias de hoje. O risco de ser atingido pelo trânsito definitivamente me impede de andar em alguns picos de nível alto.

Olha, eu preciso te perguntar isso: al-gum plano pra vir ao Brasil só pra andar nas ladeiras e nas pistas de skate da-qui? E qual foi a sua impressão do país?

A minha primeira vez no Brasil em 2005 foi muito louca. As descidas eram inten-sas: o Everton Eso me venceu duas vezes em Teutônia usando um capacete sem vi-sor e um macacão com o zíper quebrado! A comida era deliciosa, eu adoro o churras-co brasileiro e não houve açaí que bastasse pra mim. Eu fiz amizade com pessoas mui-to legais e tenho um grande respeito pelo cenário e sua história no Brasil. Não tenho planos concretos de voltar, mas não tenho dúvidas de que viajarei ao Brasil outra vez.

Martin, não consigo te agradecer o sufi-ciente por seu tempo e disponibildade pra essa entrevista! Por favor, mande uma mensagem pros que lerão suas palavras, conselhos, esporros… Qualquer coisa!

Gostaria de agradecer aos meus fãs. Se você ainda não conhece, visite o meu site: http://www.mrtn.ch . Nos vemos no alto da ladeira!

O lado manobreiro do skate nunca me atraiu: sou muito mais andar rápido e fazer isso em qualquer superfície, seja num long montanha abaixo, num skate de slalom desviando dos cones ou com rodas duras num bowl.

> MARTIN SIEGRIST33 anos, 26 de skatePatrocínio: Abec 11

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| business plan

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A HISTÓRIA DA GALERIA:

A Galeria do Rock é um grande centro co-mercial e acima de tudo um importantíssi-mo pólo cultural da cidade de São Paulo. É composta por 450 estabelecimentos co-merciais segmentados por diversos estilos, tanto de perfil de público como de tipos de serviços.

O edifício foi construído em 1963 e rece-beu o nome de Shopping Center Grandes Galerias, abrigando salões de beleza, lojas de serigrafia e assistências técnicas de apa-relhos eletro-eletrônicos. Somente no final da década de 70, lojas de disco começaram a se instalar no local. Com o passar do tem-po e pelo grande número de estabelecimen-tos voltados para o público que gostava de rock, o Shopping Center Grandes Galerias recebeu então o apelido de Galeria do Rock.

Nos anos 80, algumas lojas de skate se aventuraram em abrir espaços comerciais ao meio das lojas de disco e timidamente, vieram ganhando mais espaços no decorrer dos anos. Hoje, são mais de 20 lojas de ska-te espalhadas pelos 5 andares da galeria. A localização e a facilidade de transporte até o local, ajudou a se tornar hoje, o maior pólo de skate do Brasil.

O prédio, que foi projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias que emprestou o seu ex-cepcional talento em cada detalhe arquite-tônico, chama a atenção pelo seu formato ondulado, inspirado no Copan. Mathias tam-bém foi o responsável pelo projeto do co-nhecido Shopping Iguatemi, primeiro sho-pping construído no Brasil e o majestoso Palácio Anchieta (onde se aloca a Câmara Municipal da Cidade de São Paulo), Portal do Morumbi entre outras dezenas de obras no País.

Depois de uma revitalização nos anos 90, ficou valorizada pela maravilhosa arquite-tura original, onde 20 mil pessoas por dia circulam entre corredores limpos e com se-gurança. No início de 2014, um projeto de lei quer tornar a galeira em um dos pontos turísticos populares de São Paulo, em patri-mônio imaterial do município.

Galeria do RockValorize a sua skateshop!

GALERIA DO ROCK

Galeria do Rock: Av. São João, 439 ou Rua 24 de Maio, 62Centro - SP/SP - CEP: 01041-000

Fotos Vivian Cury

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CAFÉ SKATESHOPAv. São João, 439/ Rua 24 de Maio, 62 - 2º andar - Loja 338

Fone: (11) 3361-3721

OLD STYLE StoreAv. São João, 439/ Rua 24 de Maio, 62 - 1º Mezanino - Loja: 203

Site: www.oldstyle.com.brfacebook.com/old-style

E-mail: [email protected]: (11) 2818-2320/ 98195-8525

MISSION SkateshopAv. São João, 439/ Rua 24 de Maio, 62 - Piso Térreo - Loja 126

facebook.com/missionskateshopInstagram @missionskateshop

E-mail: [email protected]: (11) 3338-2745

FLOW SkateshopAv. São João, 439 - Loja 233/235www.facebook.com/flow.skateshop

E-Mail: [email protected]: (11) 3338-1441

FOREVER SKATEshopAv. São João, 439/ Rua 24 de Maio, 62 - 3º andar - Loja 448

[email protected]

instagram.com/foreverskateshopfacebook.com/foreverskateshop

Fone: (11) 3331-5323

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POR LARISSA SAMPAIO*

* Larissa de Sousa Sampaio nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos.Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear.www.larissasampaio.com.br / Apoio: Six Trucks Gear

EquilíbrioO equilíbrio é um fator de grande importância para o ser hu-

mano, pois sem ele seria difícil ou até mesmo impossível a realização de algumas tarefas. Por meio do equilíbrio é que conseguimos permanecer de pé, andar, correr, pular e, cla-

ro, andar de skate. O equilíbrio pode e deve ser treinado, pois é um trabalho de extrema importância na prevenção de lesões desporti-vas, estimula os músculos posturais, que são mais profundos e difí-ceis de serem trabalhados em academias. Esses músculos são res-ponsáveis por fortalecer e estabilizar as articulações.

No skate, além das constantes acelerações, frenagens, mudan-ças de direção e variação de manobras o equilíbrio sobre a pran-cha é um fator de dificuldade extra. A dica importante para adquirir melhor performance e equilíbrio sobre as rodas é trabalhar sempre as 2 bases, dar impulso de switch stance traz equilíbrio, seguran-ça e facilidade de executar as manobras de base trocada, e isso faz uma grande diferença no seu rolé. Para todos que sofrem de falta de equilíbrio, a melhor dica é: além de andar de skate, tente conci-liar seus treinos com atividades que possam lhe ajudar a ter mais equilíbrio, como treinamento funcional usando Roller Boards (pran-chas com rolo de equilíbrio funcional), plataforma de equilíbrio, sha-pe sem rodas no chão simulando as manobras e, claro, o slackline, que na minha opinião exige mais equilíbrio.

O equilíbrio faz o atleta desenvolver maior consciência corporal, aumentar o controle de precisão dos movimentos e deixar o corpo mais leve e solto, além de facilitar o aprendizado de novos movi-mentos e novas manobras e ajuda a aumentar o tempo de ações e respostas do corpo aos movimentos.

Vou falar um pouco sobre o slackline, um grande aliado do ska-te. Criado nos EUA nos anos 1980, o slackline é uma fita elástica esticada entre dois pontos fixos, o que permite ao praticante an-

dar e fazer manobras por cima. Algumas variações de slackline in-cluem “waterline” (slackline sobre a água) e “highline” (slackline em grandes alturas, como por exemplo montanhas e pontes), que pro-porciona uma sensação de adrenalina incrível. Também existe o “tri-ckline” (slackline somente para fazer manobras) e o “longline” (sla-ckline de distancia longa, normalmente acima de 40 metros), entre outras variações. O slackline é muito praticado por skatistas e sur-fistas para treinar o equilíbrio e fortalecer a musculatura do corpo e também é conhecido como “corda bamba”, podendo ser comparado ao cabo de aço usado por artistas circenses, porém a sua flexibilida-de permite criar saltos e manobras inusitadas.

No Brasil, o slackline virou mania, as pessoas estão praticando por toda parte! Com apenas uma catraca de tensão e fita de 15 me-tros de comprimento e 50mm de largura, facilita a montagem sem precisar de nenhum equipamento adicional; apenas o kit de slackli-ne e um par de árvores e você já está pronto para praticar.

Como Andar?Procure duas árvores que não ultrapassem mais que 10/15 me-

tros de distância (quanto mais curto, mais fácil) e monte o seu sla-ckline baixo, com aproximadamente 30cm de altura. Comece a pra-ticar equilibrando-se com um pé de cada vez e depois utilizando os dois pés; isto serve para entender o equilíbrio. Flexione os joelhos, levante os braços e concentre-se no seu centro de equilíbrio, o ab-dômen. Olhe sempre para frente, nunca para fita ou para os seus pés. Quando começar a dar os primeiros passos, não precisa atra-vessar a fita rapidamente: leve o tempo necessário em cima da fita para compreender o equilíbrio necessário.

Assistir a vídeos de slackline é um ótimo estudo para compreen-der as técnicas de cada atleta e a melhorar sua evolução no esporte. Fica mais uma dica para vocês! Beijos e até a próxima!

MOI

SÉS

CARV

ALHO

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| cuide-se

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DISTRITO FEDERALFunhouse Skatewear - SDS Bloco E, Loja 11- Asa Sul - BrasíliaFunhouse Est. 1995 - SDS Bloco D, Loja 16 - Asa Sul - Brasília Mormaii Shop - SCN Quadra 5 bloco A - loja 84 - Asa Norte - BrasíliaOverstreet Skateboards - SDS, Bloco E - loja 24 - Asa Sul - Brasília

ESPÍRITO SANTOHeijhow Boardshop - Av. Beira Mar, 1772 - loja 06 - Praia do Morro - GuarapariMavericks Surf Store - Rua João da Cruz, 330, Praia do Canto - Vitória Loja Players - Av. Rio Branco, 1645 - lojas 13 e 14, Praia do Canto - Vitória Hama Hama Skate Shop - Av. Hugo Musso, 610 - loja12 - Praia da Costa - Vila Velha

GOIÁSAmbiente Skateshop - Rua T-30/Q 107, 16 - Setor Bueno - GoiâniaRolaBosta Longboard - Rua Martinho Fontes, 428 - Bairro Sta Maria de Nazareth - AnápolisRoots Skateshop - Rua Leopoldo de Bulhões, 166 - Centro - Anápolis

MARANHÃODahora Underground - Rua do Sol, 472-B - Centro - São Luís

MINAS GERAISDrop Skate Shop - Rua Arrudas, 542 - Santa Lucia - Belo HorizontePegasos - Av. Rio Branco, 1844 loja 33 - Centro - Juiz de ForaBlunt - R. Montes Claros,189 - Carmo - Belo HorizonteDe Rua Skateshop - Rua Paraiba, 1061 - Savassi - Belo Horizonte

PARÁHope Skatehouse - Rua Aristídes Lobo, 134 - Campina - Belém

PARANÁSecttor AWA - Rua Vicente Machado,

285 - loja Vm 18 - Curitiba Ultra Skate - Rua Itacolomi, 292

- Curitiba

PERNAMBUCOFish SurfSkate - Rua Sebastião Alves, 178/301 - Parnamirim - RecifeMyllys Skateboard Wear - Av. Conde da Boa Vista, esquina c/ Rua da Aurora - Boa Vista - Recife

RIO GRANDE DO SULDuelo Skateboard - Rua Primeiro de Março, 991 - sala 01 - Centro - São LeopoldoPanda & Monio - Rua 24 de Outubro, 111 - loja 42 - Centro - Porto AlegreComplex Skatepark - Av. Protásio Alves, 3839 (esquina com R. Gutemberg) - Porto AlegreTrópico Surf Shop - Av. Francisco Trein, 173 - loja 362 - Porto AlegreMormaii - R. Túlio de Rose, 80 - Shopping Bourbon Country - Porto AlegreFenix Street Wear - Rua Julio de Castilhos, 71 - Centro - Bento GonçalvezTop Skate - Av Doutor Nilo Peçanha, 2181 - loja 3 - Boa Vista - Porto AlegreTop Skate - Av. Independência, 1093 - Independência - Porto AlegreUPONBOARD STORE - Av. Dr. Sezefredo Azambuja Vieira, 2685 - Canoas/RS

Zumbi Longboards - Rua Os 18 do Forte, 1296 - sala 01 - Centro - Caxias do Sul

RIO DE JANEIROAcquanews - Rua Moises Amelio, 17- lj144 - Cadima Shopping - Centro - Nova FriburgoBergwind - West Shopping - Est. Mendanha, 555 - Segundo Piso - loja 259 – Campo GrandeBibi Sucos - Av. Ataulfo de Paiva, 591-A - Rio de JaneiroBibi Sucos - Shopping Leblon, 4º

Piso, 405-E - Rio de JaneiroBoards Co. - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja A, B, 30 - Galeria River - Arpoador - Rio de JaneiroBom Rolé - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 40 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro

Homegrown - R. Maria Quitéria, 68 - Ipanema - Rio de JaneiroHomey - Rua Fracisco Otaviano, 67 - loja 17 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro

MUS Skate - Rua Belford Roxo, 161 lj H, CopacabanaRollin’ Time Arpex - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 15 - Galeria River - Arpoador - Rio de JaneiroStreet Force - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 35 - Galeria River - Arpoador - Rio de JaneiroSK8 Rock - Rua Campos Sales, 188 - Maracanã - Rio de JaneiroSkate Rock - R. José de Alvarenga, 65 Lj 16 - Duque de CaxiasSkate Rock - Av. Pres Vargas, 187 qd 03 - loja 03 - Duque de CaxiasSkatebrothers Rio - Rua Constanca Barbosa, 96 - loja E - Meier - Rio de JaneiroSea Cult - Av. Cesário de Melo , 3006 - loja 118 - Campo GrandeUnderHouse - Galeria Oliveira - Av. Roberto Silveira, 110 - loja 03 - Centro - Paraty

SANTA CATARINACurva de Hill Skate Boards - Rua Laurindo Januario da Silveira, 5555 - Florianópolis

Flying Rhino - R. Beco dos Surfistas 236, Lagoa da Conceição - Florianópolis

Hotglass - R. Acacio Garibaldi Santhiago 864 - Joaquina - FlorianópolisIlha Bela Surf Shop - Rua Irineu Bornhaussem, 510 - Centro - Praia Grande

Jamaica Skateboard - Rua Felipe Schmidt, 249, loja 14 - Centro - FlorianopolisJBay - Rua Felipe Schmidt, 249,

Centro Comercial ARS - loja 209, 1º Piso - Centro - FlorianópolisPousada Hi Adventure - Rua Sotero Farias, 610 - Rio Tavares - Florianópolis

SÃO PAULO/CAPITAL/ABCBanca Ibirapuera - Pq. do Ibirapuera (dentro do parque)Bomba Store - Av. Cel. Sezefredo Fagundes, 2055 - casa1 - Jd. Tremembé - São PauloCentral Surf - Shopping Aricanduva - Av. Aricanduva, 5555 âncora 9 - Vila Matilde - São PauloFlow Skate Shop1 - Av. São João, 439 - loja 233 - Centro - São PauloFlow Skate Shop2 - Av. São João, 439 - loja 323 - Centro - São PauloForever Skate Shop - Av. São João, 439 - loja 448 - Centro - São PauloGaleria Alma do Mar - Rua Harmonia, 150 - loja 05 - Vila Madalena - São Paulo

GoodDeal - Av. Prof. Alfonso Bovero, 1.048 - Perdizes - São PauloLed Rockskate - Estrada do Campo Limpo, 354 - loja 402 - Vila Prel - São PauloMys Pot - Rua Alfonso Bovero, 1410 - Pompéia - São PauloMission - Rua São João, 439 - loja 126 - Térreo - Centro - São PauloMission - Rua São João, 439 - loja 323 - 2º andar - Centro - São Paulo

Old School - Gal. Ouro Fino - Rua Augusta, 2.690 - Loja 228 - São PauloOverboard (Aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva - loja 121/125 - Aricanduva - São PauloOverboard (Santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana - São Paulo Red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 - Vila Gustavo - São PauloSativa - Rua 24 de Maio, 116 - loja 19 - Centro - São PauloSAM (Skate Até Morrer) - Av. São João, 439 - loja 109 - Centro - São PauloSAM - Av. São João , 439, loja 124 - Centro - São Paulo

Esses são os pontos de distribuição da sua revista CRVIS3R Skateboarding. Seja um distribuidor em sua loja. Entre em contato para maiores informações: [email protected] sua skateshop!

| onde encontrar

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SK8-1 - Rua Dr. Jesuíno Maciel, 605 - Campo BeloStar Point (Ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moema - São PauloStar Point - Shopping Eldorado - Piso 2 - loja 329E - Pinheiros - São PauloSecretspot/Curva de Hill - Rua dos Patriotas, 548 - São PauloSick Mind - Rua São João, 439, loja 227 - Centro - São PauloSick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - loja 216 - São PauloSurf Trip (Centro) - Rua 24 de Maio, 199 - Centro - São PauloSurfavel Surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 - São PauloStyllus - Rua Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul Terceiro Mundo - R. 24 de Maio, 62 - 2º andar, Loja 364, Centro - São PauloTent Beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo AndréToobsland - Rua Cerro Corá, 635 - Lapa - São PauloUltra Skate - Rua Engenheiro Adelmar Mello Franco, 111 - Brooklin Paulista - São Paulo

US Boards - Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro de Lima, 182 - Ipiranga - São Paulo

Vitaboard - Av. São João, 439 - loja 201 - Centro - São PauloWollong Board Store - Rua Cajaíba, 1029 - Pompéia - São Paulo

SÃO PAULO/INTERIOR - LITORALAction Now - R. Dr. Thomas Alvez, 216 - CampinasAction Now - Rua Dr. Paulo Frontin, 261 - Centro - Mogi das CruzesClube C - Rua Pinduca Soares, 138 - Centro - IbiunaDirty Joy - Rua Almeida de Morais, 30 - SantosDorgo Skate - Rua Alameda das Margarida, 628 - loja 6 - GuarujáDylan Skate Bags - Rua Princesa Isabel, 73 - 45 - Itarare - São VicenteEvolution - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44 - lj. 96 - SantosGás Inflamável Skate Shop - Rua Quinze de Novembro, 1817 - Centro - São CarlosIndustria Skateshop - Av. Andromeda, 227 - loja 127 - Jd. Satelite - São José dos Campos

Life Core - Travessa Marquez do Herval, 82 - Centro - PindamonhangabaA Toca Skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São VicenteSurf Track - Plaza Avenida Shopping - Av. José Munia, 4775, Loja 195, Piso 1 - São José Do Rio PretoTrash Skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 - loja 04 - Centro - UbatubaVahlent Boardshop - Av. Siqueira Campos, 51 - Centro - Jacareí Via 83 - Av. Ana Costa, 549 - loja 83A - Gonzaga - Santos

Confira também asrelações de lojas emwww.facebook.com/crvis3rskateboarding

Banca Ibirapuera, São Paulo/SP. Loja US Board - Ipiranga, São Paluo/SP.

Cave Skateshop, Passos/MG. AquaNews, Nova Friburgo/RJ.

Waveland Store, Recife/PE. Ultra Shock, Curitiba/PR.

Ultra Skate, São Paulo/SP. Wollong Board Store, São Paulo/SP.

SUA LOJA AQUI! Fotografe a revista na sua loja e poste no seu facebook ou instagram e compartilhe com a gente #crvis3rskateboarding!

A foto pode ser publicada aqui na edição seguinte.

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