crea notícias edição 09

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Estrangeiros precisam atender exigências legais Profissionais defendem rebaixamento da rede de energia Diplomas devem ser revalidados e vistos solicitados nos Creas. Os prós e os contras da fiação subterrânea. PÁG. 03 PÁG. 12 Estão em construção as inspetorias de Campo Verde, Juína e Juara. Os terrenos de Comodoro, Jaciara, Cáceres, Mirassol D’Oeste e Água Boa já estão garantidos. PÁG. 05 Crea-MT acompanha obras públicas e aponta problemas técnicos e ambientais Reportagem. A falta de acessibilidade é o principal problema apontado pelo Conselho na Arena Pantanal, em relatório entregue ao Ministério Público. Já o projeto de urbanização do Porto pode afetar o meio ambiente em extensão de 135 m² junto ao Rio Cuiabá. PÁG. 04 e 05 *variação mensal (%) PROJETOS - PADRÃO RESIDENCIAL Padrão Baixo - R-1 980,70 *0,45% Padrão Normal - R-1 1.140,40 *0,84% Padrão Alto - R-1 1.429,58 *0,62% Lote básico (por m² de construção) Un Mediana (R$) Pedreiro h s/e 4,73 Engenheiro h s/e 60,87 Cimento CP-32 II 50 kg 19,90 Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 16,56 www.crea-mt.org.br | [email protected] | facebook.com/creamatogrosso Setembro | Outubro | Novembro 2013 Crea Notícias Crea-MT investe na construção de inspetorias próprias ARENA PANTANAL REURBANIZAÇÃO DO PORTO Presidente do Crea assina escritura de terreno de Campo Verde. Um dos maiores eventos da agronomia no Brasil o “XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia” será realizado em Cuiabá-MT e tem como meta congregar mil profissionais, durante os dias 19 a 22 de novem- bro de 2013. Pelo segundo ano consecutivo o Estado de Mato Grosso tem a honra de ter um de seus profissionais homenageado com a Medalha do Mérito do Confea. PÁG. 08 PÁG. 10 XXVIII CBA Medalha do Mérito

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Estrangeiros precisam atender exigências legais

Profissionais defendem rebaixamento da rede de energia

Diplomas devem ser revalidados e vistos solicitados nos Creas.

Os prós e os contras da fiação subterrânea.

PÁG. 03 PÁG. 12

Estão em construção as inspetorias de Campo Verde, Juína e Juara. Os terrenos de Comodoro, Jaciara, Cáceres, Mirassol D’Oeste e Água Boa já estão garantidos.

PÁG. 05

Crea-MT acompanha obras públicas e aponta problemas técnicos e ambientaisReportagem. A falta de acessibilidade é o principal problema apontado pelo Conselho na Arena Pantanal, em relatório entregue ao Ministério Público. Já o projeto de urbanização do Porto pode afetar o meio ambiente em extensão de 135 m² junto ao Rio Cuiabá. PÁG. 04 e 05

*variação mensal (%)

PROJETOS - PADRÃO RESIDENCIAL

Padrão Baixo - R-1 980,70 *0,45%

Padrão Normal - R-1 1.140,40 *0,84%

Padrão Alto - R-1 1.429,58 *0,62%

Lote básico (por m² de construção) Un Mediana (R$)

Pedreiro h s/e 4,73

Engenheiro h s/e 60,87

Cimento CP-32 II 50 kg 19,90

Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m

m² 16,56

www.crea-mt.org.br | [email protected] | facebook.com/creamatogrosso

Setembro | Outubro | Novembro 2013

Crea Notícias

Crea-MT investe na construção de inspetorias próprias

ARENA PANTANAL REURBANIZAÇÃO DO PORTO

Presidente do Crea assina escritura de terreno de Campo Verde.

Um dos maiores eventos da agronomia no Brasil o “XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia” será realizado em Cuiabá-MT e tem como meta congregar mil profissionais, durante os dias 19 a 22 de novem-bro de 2013.

Pelo segundo ano consecutivo o Estado de Mato Grosso tem a honra de ter um de seus profissionais homenageado com a Medalha do Mérito do Confea.

PÁG. 08 PÁG. 10

XXVIII CBA Medalha do Mérito

Galeria

02 CREA NOTÍCIAS 8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

Crea Notícias Ano II Nº 8 Setembro/Outubro/Novembro de 2013, é uma publicação oficial do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso. O Conselho, assim como as Inspetorias regionais, não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados neste veículo.

EXPEDIENTECrea-MT. Av. Historiador Rubens de Mendonça, 491 - Araés. CEP: 78.008-000Edição: Rafaela Maximiano (DRT 1120)Textos e Revisão: Igor Bastos, Laís Costa, Josemara Zago e Rafaela Maximiano (Gecom/Crea-MT)Projeto Gráfico e Diagramação: Gabriela ClementeImpressão: Gráfica MilleniumFotos: Arquivo Gecom/Crea-MT e AssessoriasEstagiário: Thiago Cardoso

FALE COM A COMUNICAÇÃ[email protected]

(65) 3315-3027

DIRETORIAPresidente Eng. Civil Juares Samaniego | 1º Vice-Presidente Eng. Agrônomo Ademir Pivatto| 2º Vice-Presidente Eng. Florestal Joaquim Paiva de Paula | Diretor Administrativo Eng. Agrônomo Júlio Cesar Alves de Lima | Vice-Diretor Administrativo Geólogo Mário Cavalcanti de Albuquerque | Diretor Financeiro Eng. Civil André Luiz Schuring| Vice-Diretor Financeiro Eng. Agrônomo Luiz Nery Ribas

O relatório do Crea-MT apontou o que os engenheiros já sabiam: o erro não estava em apenas um pilar, mas em vários deles. Viaduto da UFMT na Avenida Fernando Correa da Costa, à esquerda.

Abaixo, nos últimos preparativos para a Expoagro, profissional equi-librista conta com a sorte para finalizar o serviço.

Juares Samaniego, presidente do Crea-MT.

Editorial

Galeria

Ao completar dois anos de publicação, o Jornal Crea Notícias, veículo impresso do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), passou por uma reformulação gráfica e editorial. A mudança do layout se deu diante da necessidade de uma atualização constante da linguagem e do formato utilizado para atender a um público cada vez mais conectado às mídias digitais. Vale destacar que os leitores contam também com o site do Crea-MT (www.crea-mt.org.br), o programa de televisão transmitido pela TV Assembleia ou pelo canal www.youtube.com/creamatogrosso, bem como as notícias de rá-dio e as mídias sociais. A partir desta edição, o jornal ganha uma nova roupagem, mais leve e variada, com a participação das lideranças e dos profissionais. Para que o jornal passasse por essas mu-danças nós fizemos uma avaliação criteriosa do conteúdo e do formato anterior e vimos

Jornal Crea Notícias ganha nova roupagem

que era necessário um novo projeto gráfico e editorial. Com isso, fizemos pesquisas e descobrimos que o formato um pouco menor que o tablóide atrai mais jovens leitores, além de ser mais fácil de manusear, com cores mais vibrantes. Para ampliar a compreensão dos fatos, as principais reportagens serão acompanhadas por infográficos e ilustrações com objetivo de dinamizar a leitura. O objetivo é fazer um veículo mais atrativo para a sociedade e mais interativo. Mande sua contribuição através do e-mail [email protected]. Confira nas páginas a seguir assuntos atuais e os investimentos que o Crea-MT vem fazendo em infraestrutura com a con-strução de sedes próprias para as inspetorias, zelando pela capacitação dos colaboradores, adquirindo equipamentos eletrônicos de ponta para fiscalização, móveis novos e ampliando a frota de veículos. Boa Leitura!

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Foto: Gecom/Crea-MT

Profissionais estrangeiros precisam atender exigências legais

O Sistema Confea/Crea não se opõe com a en-trada de engenheiros es-trangeiros no país, desde que eles cumpram as exigências legais. “Não existe qualquer impedimento à atuação dos profissionais de qualquer nacionalidade no país, des-de que a emissão de regis-tro profissional obedeça aos critérios legais vigentes”, afir-ma o presidente do Crea-MT, Juares Samaniego. Samaniego faz obser-vação somente quanto ao fato do governo federal justificar a entrada de estrangeiros sem a revalidação de diplomas e demais exigências legais por que faltam nas prefeituras especialistas dispostos a tra-balhar na elaboração de pro-jetos básico e executivo, fun-damentais para que a cidade

possa re-ceber re-cursos da União. “ O c o r r e que pela baixa re-muneração que o setor pú-blico paga ao profis-sional da engenha-ria, estes estão em o u t r a s a t i v i -d a d e s . Mas tam-bém há alternativa das prefeituras contratarem esses projetos por licitações a preços justos”, explica Samaniego. Para o professor da

Universidade Federal de Mato Grosso e conselheiro do Crea-MT, o engenheiro civil Luiz Miguel de Miranda, a propositu-ra do gover-no federal em facilitar a entrada de profissionais estrangeiros no país sem o cumpri-mento das e x i g ê n c i a s legais é um v e r d a d e i r o

despautério. “Mesmo que tívessemos falta de engen-heiros no país, e não temos, seria incoerente importar profissionais. O que precis-

amos é de mão de obra de qualidade comprovada com provas de proficiência”. Samaniego comple-menta que “o que está ocorren-do não é falta de engenheiro e sim falta de planejamento nas obras, onde existe um elevado índice de corrupção e super-faturamento. Por isso não há interesse político que os profissionais que trabalham nos órgãos públicos recebam o salário mínimo estabelecido pela lei 4950-A”. Ainda sobre o valor dos salários pagos aos profis-sionais brasileiros, Samaniego questiona se os profissionais vindos do exterior também se submeterão a trabalhar por salários que variam de R$ 850,00 a R$ 1,3 mil mensais. A legislação prevê 8,5 salários mínimos para oito horas de trabalho.

Foto: Divulgação

EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

CREA NOTÍCIAS 03EM FOCO

ESTRANGEIROS NO PAÍS - Levantamento realizado pela Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN) junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apurou que, em 2012, foram emitidos 73.022 vistos de trabalho para estrangeiros. Este to-tal representa aumento de 30% na comparação com 2010 e de 70,16% em relação a 2009. O maior número de pedidos veio dos Estados Unidos (9.209), seguido das Filipinas (5.179), Haiti (4.860), Reino Unido (4.414), Índia (4.243) e Alemanha (3.617). No Brasil, a maior demanda recaiu sobre a área tecnológica. Vieram ao país especialistas em engenharia civil, mecânica e elétrica, além de desenvolvedores de tecnologia da informação.

EXIGÊNCIAS LEGAIS - Para um profissional estrangeiro da área de engenharia trabalhar legalmente no Brasil, está a revalidação do diploma, que cabe às instituições de en-sino público (universidades federais). Nesta etapa é veri-ficado se o curso e as complementações atendem à carga horária mínima estabelecida para os cursos de engenharia nacionais. Depois o diploma segue para o Crea onde há a análise técnica por parte da Câmara Especializada, seguida da aprovação do seu Plenário e, aí sim, se dá a homologação no Confea. O tempo médio para a obtenção do registro profissional – de qualquer nacionalidade – é de 90 dias.

Balanço semestral indica necessidade de intensificar fiscalização

Obra pública será refeita O trecho de aproximadamente 22 quilômetro da MT-175 entre o municípios de Araputanga e Reserva do Cabaçal deverá ser refeito. É o que aponta o relatório apresentado à Comissão de Infraestrutura Urbana e de Transporte da Assembleia Legislativa pelo presidente do Crea-MT. Juares afirma que em geral as obras em execução em Mato Grosso “são de péssima qualidade”. O relatório é resultado de uma parceria entre o Crea-MT e a

Comissão de Infraestrutura, para vistoriar obras públi-cas como estradas, presídios, escolas, hospitais e outras. Até o momento três obras foram vistoriadas e to-das deixam de atender as nor-mas técnicas de construção. Para os deputados Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende há a necessidade de se unir forças entre os Poderes Pú-blicos e a sociedade civil para se encontrar uma solução, uma política de melhoria da malha viária do Estado.

Falta de Anotação de Responsabilidade Técni-ca (ART) e Exercício Ilegal da Profissão, continuam sendo as causas mais recorrentes de irregularidades constata-das em todo o território ma-to-grossense pelo Crea-MT. De acordo com o relatório de fis-calização dos primeiros sete meses deste ano, 30,4% de 8 mil obras e serviços vistori-ados foram notificadas por alguma irregularidade e 14% foram autuadas com auto de infração e multadas. Outros problemas encontrados foram a falta de atribuição, falta de registro da empresa, empresas sem responsável técnico, empre-sas e profissionais sem visto, empresa e profissionais can-

celada atuando, acoberta-mentos, reincidências entre outros. Tradicionalmente em torno de 35% das autu-ações ocorrem pelo exercício ilegal da profissão e mais de 30% são pela falta de ART,

números esses que represen-tam um significativo prejuízo para a sociedade, de acordo com Giovani Bertol, gerente da fiscalização do Crea-MT. “Essas faltas são graves. Se a obra ou serviço não apre-senta ART quer dizer que se

algum acidente vier a ocorrer não haverá como identificar os culpados, já que documen-talmente não há profissional que tenha se responsabiliza-do pela obra. Já no caso do exercício ilegal quer dizer que obras estão sendo edificadas por pessoas leigas, sem con-hecimento técnico, quer dizer que pessoas despreparadas estão atuando nas áreas tec-nológicas, aumentando o ris-co de tragédias e rebaixando a qualidade dos produtos pro-duzidos no Estado.” Para o presidente do Conselho, Juares Samaniego, a inalterabilidade dos índices mostra que a sociedade con-tinua inconsciente dos riscos que uma economia infunda-da e ilegal pode resultar.

Os Creas passaram a lavrar o auto de infração no ato da fiscalização, desde o início de agosto de 2013. “Até então os fiscais notifica-vam o profissional e davam um prazo de 10 dias para a defesa.”, explicou Giovani, “A impressão que temos é que a sociedade aguardava ser notificada para só então contratar um profissional e com essa nova forma de agir. Esperamos que a so-ciedade se conscientize da

importância do respaldo de um profissional, pois ao ser fiscalizada as irregulari-dades serão imediatamente penalizadas”. A decisão é do Con-fea, aprovada em maio deste ano pela Resolução 1.047, que altera a Resolução nº 1.008/04, que dispõe sobre os procedimentos para in-stauração, instrução e jul-gamento dos processos de infração e aplicação de pe-nalidades.

Ilegalidade resulta em auto de infração automaticamente

04 CREA NOTÍCIAS 8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

Foto: Gecom/ Crea-MT

8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

CREA NOTÍCIAS 05EM FOCO

Crea-MT dará início a mais três sedes de inspetorias até o fim do ano

Ex-diretores da FAET são homenageados

No mês de agosto deste ano, o presidente Juares Samaniego assinou mais uma escritura de terreno doado para a construção de sede de inspetoria no interior do Estado de Mato Grosso. A última foi a escritura do ter-reno doado pela prefeitura de Campo Verde, localizado no bairro Jardim Cidade Verde. De acordo com Juares, além da obra de Nova Mutum que está em construção, es-tão previstas para ter início ainda neste ano as obras de construção das inspetorias de Campo Verde, Juína e Juara. “Construímos e inaugura-mos em 2013 a inspetoria de Sorriso. Nova Mutum está em construção, lançamos a pedra fundamental para

a construção da inspetoria de Juína e aguardamos a aprovação dos projetos para o lançamento das obras em Campo Verde e Juara. O ob-jetivo é construir o maior número de sedes próprias no interior para oferecer qualidade de atendimen-to ao profissional e à socie-dade”, destaca o presidente. Com as novas edi-ficações o Crea-MT passará a contabilizar oito sedes próprias, contando com Rondonópolis, Sinop, Pri-mavera do Leste e Sorriso. Nos municípios de Comodoro, Jaciara, Cáceres, Água Boa e Mirassol D’Oeste as negociações com as prefei-turas para a obtenção dos ter-renos já estão em andamen-

A Faculdade de Ar-quitetura, Engenharia e Tecnologia (Faet) da UFMT e o Crea Mato Grosso home-nagearam os ex-diretores da faculdade resgatando parte da memória da universidade. Foram homenageados des-

de o professor Ivo Cuiabano Scaff, diretor do antigo Insti-tuto de Ciências e Letras de Cuiabá (ICLC), uma das in-stituições que deu origem à UFMT em 1970, até o atual di-retor da Faet, professor Sérgio Luiz Morais Magalhães.

to. “A maiorira dos terrenos estão sendo doados pelo Poder Executivo municipal,

a quem agradecemos o em-penho”, afirmou Samaniego.

Foto: Gecom/ Crea-MT

Foto: Gecom/ Crea-MT

Falta acessibilidade na Arena Pantanal Das 19 principais obras da Copa de 2014 em an-damento em Cuiabá-MT, en-tre viadutos, trincheiras, pon-tes, rotatórias, ampliação do aeroporto, construção do VLT e do estádio Arena Pantanal, as duas últimas merecem atenção especial, visto que esta será palco dos jogos mun-diais e aquela será o principal meio de locomoção entre Cuiabá, onde está localizado o estádio de futebol, e Várzea Grande, onde se encontra o aeroporto. Há menos de 280 dias do início dos jogos da Copa do Mundo, mais de 52% das obras estão significativa-mente atrasadas e apenas 15% está dentro do cronograma, criando um clima de tensão e deixando a população te-merosa quanto a real possib-ilidade de Cuiabá conseguir

cumprir os seus compromis-sos para ser sede de jogos da Copa do Mundo. Muito embora seja de grande relevância Cuiabá emplacar como sede deste evento de tamanha grande-za, tanto no aspecto cultural, econômico e político, mais importante é o legado que fi-cará para Cuiabá. Com foco neste legado o Crea-MT vem investindo esforços para que as obras sejam concebidas com qualidade, mobilidade e, acessibilidade. No mês de fevereiro deste ano, em resposta ao pe-dido de avaliação das normas de acessibilidade que estão sendo aplicadas no projeto do Arena Pantanal, ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso, o Crea-MT produziu um relatório completo e de-talhado sobre as informações

requeridas. De uma primeira análise do projeto básico re-alizada em 2011, algumas observações de irregulari-dades quanto à acessibilidade foram atendidas no projeto de execução, no entanto mui-tas outras foram ignoradas, levando o Crea-MT a con-cluir que o Arena Pantanal é inacessível e impedirá par-cela da população de usu-fruí-lo nos termos do Decreto 5.296/04, visto que oferece obstrução à circulação isonômica para os usuários, funcionários e visitantes. De acordo com o úl-timo Censo realizado pelo In-stituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, praticamente um quarto da população brasileira tem pelo menos um tipo de deficiên-cia visual, auditiva, motora

ou intelectual, num total de 45 milhões de habitantes . O número equivale a 24% dos 190 milhões de brasileiros. “Esse número não pode ser desprezado, por lei inclusive. E como nossas obras são construídas pelos homens para os homens, é funda-mental que a variação an-tropométrica e as diferentes necessidades sejam consideradas em qualquer obra que seja destinada ao uso público”, observa o pres-idente do Crea-MT, Juares Samaniego. Segundo a Coor-denadoria de Acessibilidade do Crea-MT, “acessibilidade é permitir que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de ativi-dades comum a todos”, e mui-tas são as razões que poderão impedir o acesso em ampli-tude no estádio, a saber:

SanitáriosPátio externo

Acesso ao estádio

Calçadas

Escadaria

Áreas de assento Acesso de pedestres e veículos

1

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1

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Não está prevista sinalização visual e tátil; detalhamento de rebaixos e piso tátil ausentes impossibilitando a execução conforme normatização; e não há previsão de embarque em nível ou cobertura que propicie proteção contra intempéries e sol nos pontos de ônibus.

Os assentos estão em número abaixo do especificado; Há ainda o descumprimento de distribuição isonômica em todas as áreas e setores; há espaços para usuários de cadeira de rodas apenas no nível 10, ou seja, pessoas usuárias de cadeira de rodas não poderão acessar os níveis 20, 30, 40 e 50, nas arquibancadas superiores, camarotes e áreas nomeadas vip.Não há sinalização visual, mapa tátil e vagas acessíveis para idosos.

Nos sanitários, os acessíveis só puderam ser avaliados em planta; nos de uso comum, não foi possível aferir os vãos das portas, locação de barras, diâmetros e posicionamento, cabides e botões de chamada. Também não contam com sinalização tátil-visual, barras de segurança junto ao lavatório, barras de segurança junto aos mictórios e apresentam ainda abertura de porta com espaço da porta aberta a bacia sanitária menor que o normatizado.Não atende isonomicamente as pessoas com deficiência e mobilidade reduzidaAcesso ao estádio: Não há especificação de nível de iluminação e medidas de balcão, de cancela para controle de pessoas que usam cadeira de rodas.

Não há sinalização visual e tátil; o mobiliário urbano (lixeiras, orelhões, cinzeiros, bancos) não estão especificados; choperia e restaurante não possuem projetos detalhados.

06 CREA NOTÍCIAS 8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

Foto: Divulgação

REPORTAGEM

Conselho aponta irregularidades no projeto Porto

O avanço do muro de arrimo de oito em até 12 metros na Área de Preser-vação Permanente (APP) do Rio Cuiabá previsto no pro-jeto Porto Cuiabá, lançado em agosto semana, preocupa o Conselho Regional de En-genharia e Agronomia do Es-tado de Mato Grosso (Crea/MT), que destaca a existência de medidas menos danosas ao meio ambiente. O pres-idente, Juares Samaniego explica que a Prefeitura da Capital não está respeitando determinações básicas, que

fazem parte das exigências da própria gestão pública, como realização de audiências públicas, estudo de impac-to de vizinhança, análise de vazão do rio e o respeito legal ao meio ambiente. Samaniego afirma que o projeto é bonito e ou-sado, além de ser uma obra importante para urbanização do Porto ofertando espaço para lazer e integração so-cial. Porém, a rapidez em que foi elaborado, possivelmente para ficar pronto até a Copa de 2014, é preocupante. “Pro-

8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

CREA NOTÍCIAS 07REPORTAGEM

MPE e Sema - O Ministério Público do Estado (MPE) no-tificou a Prefeitura da Capital para que nenhum tipo de obra relacionada ao projeto Porto Cuiabá seja iniciada até a aprovação e licenciamento da Secretaria de Esta-do de Meio Ambiente (Sema). O mesmo projeto foi pro-tocolado na Sema em 27 de agosto. O analista do órgão ambiental, Valmi Simão de Lima, frisa que existe uma preocupação em relação ao muro de arrimo e o impacto do soterramento na beira do rio Cuiabá.

jeto é algo complexo, princi-palmente quando envolve o meio ambiente. Tem que ser feito com cautela. A Copa vai passar, nós vamos continuar morando aqui”. Conta no projeto a requalificação de 1.350 metros da chamada orla cuiabana, no bairro Porto. Para dar forma à estrutura, a iniciativa prevê a construção de muro de arri-mo, o que levaria ao soterra-mento de parte da vegetação ciliar do rio. “Existem outras possibilidades para chegar ao mesmo resultado, com impac-tos reduzidos a exemplo de edificações com uso de estacas (palafita). Cobrir a mata ciliar pode ocasionar ainda outro reflexo na fauna e flora da região, e em caso de ocorrên-cia de enchentes assoriamen-to”. O projeto não prevê

uma possível cheia ou mesmo a chance de abertura das com-portas do Manso. “Para isso seria necessário um estudo de vazão do rio. Pode ser que isso não ocorra em 100 anos, mas pode acontecer ano que vem. Nada disso foi mensurado”, alerta. Outra pontuação é a dispensa do estudo de im-pacto de vizinhança, que abre precedente para que outras obras atuem da mesma ma-neira. O estudo é responsável por verificar qual a inter-ferência de uma obra na vida dos atuais moradores. “É bem provável que o espaço seja positivo para os moradores do Porto. A questão é que obras futuras podem alegar a não realização do estudo com base na conduta que a Prefeitura está adotando neste momen-to”.

INTEGRAÇÃO E ACESSIBILIDADE - Conforme o Crea-MT, o acesso da população e turistas que dependem de transporte público à orla do Porto ficará prejudicado, uma vez que não há interligação da estação de VLT próxi-mo ao ponto de entretenimento. Quanto a acessibilidade não estão sendo aplicadas todas as normas necessárias para deixar o espaço acessível.

EXECUTIVO - A Prefeitura de Cuiabá afirma que vai acatar as recomendações da Sema. Destaca ainda que próximo à região existe uma estação do VLT e 3 paradas de ônibus com acessibilidade e segurança para a população. Quanto ao es-tudo de impacto de vizinhança, pontua que foi dispensado por ser projeto voltado a atividade de interesse público.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Cuiabá sedia evento sobre segurança alimentar em novembro

Com o objetivo de discutir junto aos agrônomos brasileiros sobre a “Segu-rança Alimentar e Nutricio-nal” no país e “O Engenheiro Agrônomo no Século XXI”, a Confederação dos Engen-heiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) e a Associação de Engenheiros Agrônomos

de Mato Grosso (AEA-MT), realizam de 19 a 22 de no-vembro em Cuiabá, o “XX-VIII Congresso Brasileiro de Agronomia” - XXVIII CBA. “O alimento que comemos, que produzimos e que exporta-mos; a agricultura familiar, a produção orgânica, a fome e o desperdício; e a política de se-

gurança alimentar e nutricio-nal brasileira serão discutidos durante o Congresso. Não se trata somente de temas de interesse do profissional do campo mas também da pop-ulação e de nossos gestores”, explica o presidente da AEA-MT, João Dias. Paralelamente, estão previstos ao menos seis even-tos: o Encontro de Dirigentes dos cursos de Agronomia do Brasil; o Fórum Nacional em Defesa da Agência Nacional de Extensão Rural; o Fórum Nacional Legislação Federal de Agrotóxico; o Workshop das Câmaras de Agronomia do Brasil do Confea; Reunião Regional do Colégio de Pres-identes do Centro-Oeste; e, ainda a comemoração dos 80 anos da Agronomia. “Teremos também o ‘Encontro de Orga-nização e Atuação Profissional do Engenheiro Agrônomo do

Século XXI’, que é uma pro-gramação da AEA de Mato Grosso, e o ‘Encontro Nacional de Fiscalização Profissional no Meio Rural”, lembra Dias. São parceiros e apoiadores do evento: Confea, Crea-MT, Mútua, Governo Estadual, Aprosoja, Famato, Assembleia de Legislativa de MT, Embra-pa, Senar e Imea.

08 CREA NOTÍCIAS 8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

FEIRA - O XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia também realizará a “FAS-Feira Agroindústrial Saudável”, que diferente das feiras agropecuárias que acontecem em todo país e falam mui-to de máquinas e indústrias, estaremos expondo serviços e tecnologias volta-das para uma agroindústria saudável”, explica Dias que estima movimentar com a FAS-Feira cerca de R$ 2 milhões.

INSCRIÇÕES – Um dos maiores eventos da agronomia no Brasil “XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia” que será realizado no centro de Eventos do Pantanal tem como meta congregar mil profissionais. “Temos 518 estu-dantes e 594 profissionais com inscrições realizadas e ainda aguardamos ao menos mais 400 profissionais”, conta Dias.As inscrições podem ser feitas pelo site www.congressodea-gronomia.com onde também pode ser consultada a programação preliminar, vídeo institucional. Outras informações pelo tele-fone (65) 3315-3052. As inscrições para estudante de agronomia custam R$ 150,00, estudantes de outras modalidades R$ 180,00. Para profissionais associados à AEA-MT custa R$ 200,00, asso-ciados somente à Confaeab R$ 280 e não associados R$ 350,00.

ENTIDADES

João Dias, presidente da AEA-MT

Conselheiros presentes em evento da AEAPL

Qualificação em avaliações e perícias

Dica de Livros

Em agosto, conselheiros do Crea-MT compare-ceram à XX Edição do tradicional Costelão promovido pela Associação de Engenheiros Agrônomos de Prima-vera do Leste (AEAPL). Foram mais de quatro mil pes-soas. A organização do evento contou com a colabo-ração de uma equipe de 50 pessoas e parte do lucro do evento foi revertido para a APAE de Primavera do Leste. Veja as imagens do evento da AEAPL na Galeria de Fotos do site www.crea-mt.org.br.

Profissionais da área de engenharia têm a opor-tunidade de se qualificar na área de avaliações e perí-cias em cursos promovidos pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Mato Gros-so (Ibape-MT). Em agosto, por exemplo, foi realizado o curso de engenharia de avaliações aplicadas em pro-priedades rurais, e em março, foi realizado o Curso de Inspeção Predial na Engenharia Diagnóstica. Vale a pena conferir o site www.Ibapemt.com.br as próximas oportunidades!

8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

CREA NOTÍCIAS 09ENTIDADES

IR E VIR: Acessibilidade, compromisso de cada umA inclusão de pessoas com deficiência ainda se depara com uma sociedade que não está totalmente preparada para realizá-la. ‘Ir e Vir – Acessibilidade: Compromisso de Cada Um’, escrito pelo engenheiro civil Jary de Carvalho e Castro, presidente do Crea/MS reúne depoimentos de pessoas diretamente ligadas às questões das pessoas com deficiên-cia e à inclusão.

Legitimidade da Propriedade RuralA obra trata de questões que envolvem assuntos fundiários e agrários no Brasil. Por meio de uma linguagem acessível, o autor esclarece temas sobre legislação e proprie-dade rural e da garantia de investimentos rurais. Traz ainda informações revisadas sobre a nova lei ambiental brasileira. Escri-to pelo engenheiro em agrimensura Car-los Roberto Michelini, o livro será vendi-do no estande do Crea-MT na 70ª SOEA.

Engenheiro Mecânico de Mato Grosso receberá Medalha do Mérito

Pelo segundo ano consecutivo o Estado de Mato Grosso tem a honra de ter um de seus profissionais home-nageado com a Medalha do Mérito do Confea. A home-nagem acontecerá em cer-imônia especial durante do 70ª edição da SOEA, no dia 10 de setembro, em Gramado-RS. Entre 95 profissionais indicados pelos Creas de todo o Brasil o nome do engenheiro mecânico Marcelo Mendes Vieira ganhou destaque. Marcelo Mendes é doutor e mestre em Engen-haria Mecânica pela Escola Politécnica da USP e engen-heiro mecânico automobilísti-co pela Faculdade de En-genharia Industrial de São Bernardo do Campo-SP. Profes-

sor da UFMT em Rondonópolis, Marcelo implantou o primeiro curso de Engenharia Mecâni-ca do Estado de Mato Grosso. Durante a sua carrei-ra o engenheiro já teve dois artigos publicados em revis-tas internacionais, o “Journal of Fluid Mechanics” e o “Jour-nal of Thermophysics and Heat Transfer”; quatro artigos publicados em congressos in-ternacionais; 12 publicados em congressos nacionais; e artigos técnicos nas revista “Pesquisa e Tecnologia FEI” e “Electricidad, Industria y Construccion-EIC”. Marcelo também atua nas áreas de eficiência energética, engenharia tér-mica, emissão de poluentes, termodinâmica, climatização de ambientes, entre outros.

10 CREA NOTÍCIAS 8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

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Foto: Divulgação

8º CEP reúne mais de 1,5 mil profissionais em Mato Grosso

De março a julho deste ano, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) reuniu mais de 1,5 mil pessoas em 25 reuniões microrregionais realiza-das em todo Estado de Mato Grosso para discutir o 8º Congres-so Estadual de Profissionais com o tema: “Marco Legal - Com-petência Profissional para o Desenvolvimento Nacional”, de onde surgiram as propostas que serão apresentadas durante o 8º Congresso Nacional de Profissionais que acontecerá de 12 a 14 de setembro em Gramado-RS. Os titulares da Comissão Organizadora Regional do 8º CEP em Mato Grosso são: os conselheiros Carlos Roberto Mi-chelini, Luiz Benedito de Lima Neto, André Luiz Shuring, Edi-nete de Moraes, Waldomiro Teodoro dos Anjos e Geralda Rosa Costa Pessoa. Também colaboraram para o sucesso do circuito de discussões o coordenador de acessibilidade do Crea-MT Gival-

do Dias Campos, a engenheira sanitarista Sara Suely Attilio Caporossi, o engenheiro agrônomo David Martinotto e a en-genheira civil Rejane Mara Castiglione Alves Scaravelli.

8ª EDIÇÃOwww.crea-mt.org.br

CREA NOTÍCIAS 11EM FOCO

Carlos Roberto Michelini, coordenador da COR

Presidente e 2º vice em reunião com florestais.

Presidente comandando reunião em Diamantino

Profissionais atentos em Tangará da Serra

8º Congresso Estadual

Plateia em Várzea Grande

Divulgação maciça nos eventos. Mútua presente em todas as reuniões microrregionais

Convidados nacionais em encerramento.

Reunião em Canarana

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Tirar dos postes toda a fiação aérea - elétrica, telefônica e de TV a cabo-, transferindo-a para um siste-ma subterrâneo de cabea-mento. O financiamento para esta mudança, cujo custo é elevado, talvez seja o maior desafio a vencer, mesmo sen-do parcialmente compensado com um menor custo da ma-nutenção do sistema subter-râneo ao longo do tempo. Por outro lado, existe legislação desde 2005 que obriga as con-cessionárias a enterrarem a fiação. Mato Grosso começa a dar início a projetos de re-baixamento da rede de ener-gia elétrica, com o objetivo de oferecer segurança, valori-zação imobiliária e despolu-ição visual da área urbana. Os primeiros passos já foram da-dos na capital mato-grossense com a construção de redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica para a pas-sagem do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que está sen-do implantado em Cuiabá e Várzea Grande pelo governo estadual como uma das obras para a Copa de 2014. Até então o único lo-cal de Cuiabá contemplado com a rede subterrânea era a Praça do Bispo Dom José,

que possui um dos mais an-tigos chafariz denominado Mundéu, que foi construído em 1871 em estilo Neoclássico, e tombado como Patrimônio Público Estadual. O centro histórico cuiabano também já está au-torizado a rebaixar toda a fi-ação que impede a expressiv-idade da força cultural local e aguarda pronunciamento da presidente da república Dilma Rousseff quanto à lib-eração de verba por meio do Pac Cidades Históricas, em parceria com o Iphan (Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e com a Unesco . De acordo com o presidente da Associação Ma-to-grossense de Engenheiros Eletricistas (AMEE), Edson Domingues de Miranda, as vantagens do cabeamento subterrâneo são inúmeras e os custos já não são tão elevados quanto antes. “Os benefícios e vantagens da rede de energia subterrânea compensam os investimentos que são relati-vamente altos ainda, mas que com os avanços tecnológicos tendem a diminuir cada vez mais.” Segundo especial-istas, tecnicamente a com-posição da rede subterrânea

se assemelha ao sistema aéreo. A estrutura envolve condutores elétricos, trans-formadores e demais equi-pamentos. Porém, em vez de postes, ela depende de dutos enterrados para a instalação de cabos e de câmaras subter-râneas para abrigar transfor-madores e chaves. “A Rede Cemat já possui normativa de projetos de construção de rede de dis-tribuição subterrânea para condomínios fechados e daqui para frente a modernização será um processo inevitável, pois o desempenho técnico do cabeamento subterrâneo é muito melhor”, declarou o presidente da AMEE. PRÓS E CONTRAS - Dentre os benefícios e vantagens do rebaixamento da rede elétrica pode-se destacar o aumento da segurança da população, uma vez que as redes aéreas de distribuição de energia es-tão vulneráveis a acidentes; a melhora do aspecto vi-sual urbano, valorizando áreas históricas e imóveis e fomentando o turismo e o comércio local. O aspecto am-biental também é valorizado, pois sem os condutores elétri-

cos para disputar o espaço aéreo torna-se possível man-ter mais árvores nas ruas. Contudo, os produ-tos para redes subterrâneas precisam contar com alto grau de confiabilidade e tec-nologia de ponta, para evitar que acidentes trágicos, como a explosão de bueiros que ocorreram no Rio de Janeiro, venham a ocorrer também em Cuiabá. Estudos ameri-canos apontam que o isola-mento dos cabos elétricos, ao ser deteriorado por tempera-turas acima das recomenda-das pelos fabricantes, libera gases inflamáveis que podem ficar acumulados nos dutos e caixas, servindo de fonte de ignição para explosões. Outro grande entrave para a adoção da modali-dade subterrânea, continua sendo os custos das obras e a legislação que esbarra no im-passe entre governo e conces-sionária, que não concordam em arcar sozinhas com as des-pesas para a substituição do modelo de distribuição. (Essa matéria foi produzida para a TV Crea e pode ser con-ferida no canal www.youtube.com/creamatogrosso.com)

Engenheiros defendem que rebaixamento da rede de energia beneficiaria cidade

TV CREA

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