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1 Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas Silvana Gobbi Martinho

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Silvana Gobbi Martinho

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

1. Apresentação: 3

1.1.O que é esoterismo? 3

Unidade I - O esoterismo europeu: origens históricas e geográficas. 4Capítulo I 41. Os Templários ou Cavaleiros da Ordem dos Templários: 4

1.1. As Cruzadas. 5

2.1.1.Caminho das Cruzadas 6

2.1.2.AS QUATRO PRINCIPAIS CRUZADAS: 6

1.2. Os Templários e as Cruzadas: 6

1.3. Templários e Poder 7

1.4.Acusados de heresia: 8

1.5. Mulheres e templários: 9

1.6.Templários e Maçonaria: 9

2. Maçonaria: 9

2.1.Origem da maçonaria 9

2.2. Ritos Maçônicos 12

2.3. Mulheres e Maçonaria: 13

2.4. Maçonaria e poder: 14

3. ROSACRUZ AMORC 15

3.1. Origem da Rosa Cruz: 15

3.2.O símbolo: 17

3.3.Mulheres e Rosacruzes: 17

3.4.Rosacruzes e Maçonaria: 17

Unidade II - O esoterismo no Oriente Médio: origens históricas e geográficas. 184.Essênios 18

4.1. Origem dos Essênios 18

4.2.As principais doutrinas e práticas dos Essênios: 19

4.3.Evangelho essênio da Paz. 19

4.4. Mulheres e Essênios 19

5. Kaballah 20

5.1. O Alfabeto hebraico 20

5.2. Origem da Kaballah 21

5.3. Uma nova etapa da Kaballah 21

5.4.A Árvore da Vida 22

5.5. Mulheres e Kabalismo 23

Unidade III – Esoterismo, mundo contemporâneo e sociedade de consumo. 236. Runas 23

6.1. Origem das Runas: 23

6.2.Runas e Nazismo 24

7. Astrologia: 25

7.1. Origem da Astrologia: 25

7.2. Astrologia e sociedade contemporânea 27

7.2.1. Principais características da Sociedade de Consumo: 27

Bibliografia: 28

SUMÁRIO

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

1. Apresentação:

Quando falamos de esoterismo, estamos nos referindo

às questões místicas, ocultas e mistérios da existência, ou

seja, o pensamento sobre as leis que regem o universo em

sua relação com o real e o metafísico.

O esoterismo sempre existiu, desde a pré história

até os dias atuais, seja no ocidente ou no oriente.

Neste módulo iremos estudar “As correntes esotéricas e

fraternidades iniciáticas”, e para isso dividimos o módulo

em quatro partes. A primeira pretende apresentar as

principais correntes e definições que englobam o termo

esoterismo. A segunda refere-se ao esoterismo europeu

com ênfase nos estudos sobre os Templários, a Maçonaria

e Rosacruz Amorc. A terceira unidade irá priorizar os

principais estudos sobre o esoterismo no Oriente Médio,

analisando os Essênios e a Kaballah. A quarta unidade

e a finalização do curso pretendem abordar o esoterismo

na sociedade contemporânea a partir do estudo sobre a

astrologia, runas e adivinhações e suas relações com o

sistema capitalista e a sociedade de consumo.

1.1.O que é esoterismo?

Fonte: www.divulgarciencia.com – visualizado em 02/12/2011

O esoterismo pode ser definido a partir de sua raiz

epistemológica, ou seja, a origem dos termos que compõe

a palavra esoterismo. A palavra esoterismo possui origem

grega “esóteros” que indica interior, intimo e secreto.

ESOTÉRICO versus EXOTÉRICO

As palavras esotérico e exotérico quando pronunciadas possuem o mesmo som, entretanto o modo de

escrever e seu significado se diferenciam.

Esotérico, de acordo com Blavatsky, é o que está dentro, é o verdadeiro significado da doutrina, sua essência,

já o termo exotérico corresponde ao externo, aos elementos exteriores que compõe certa linha filosófica.

Esotérico – essênciaExotérico – acessórios.

O esoterismo não pode ser pensado como uma religião,

e sim como uma doutrina. As religiões correspondem, de

maneira geral, a um conjunto de crenças e conhecimentos

com o objetivo de compreender o metafísico, já o

esoterismo corresponde aos princípios e saberes que

compõe um sistema religioso.

Foi a partir do final do século XX que o estudo do

esoterismo passou a ser abordado e respeitado no meio

acadêmico. Os primeiros estudos acadêmicos sobre o

esoterismo ainda permearam caminhos entre a prática e o

discurso esotérico e a pesquisa cientifica.

Os estudiosos do esoterismo apresentam diferentes

definições do termo, por isso nesse módulo iremos

trabalhar com a idéia de ESOTERISMOS.

Fonte:www.espiritualismo.hostmach.com.br – visualizado em 02/12/2011

As duas principais tendências no campo acadêmico

referentes ao esoterismo são definidas como: “

Universalismo pró esotérico” e “ estruturação histórico

crítica”.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

a) Universalismo pró esotérico:

Fonte: www.temploglaonica.blogspot.com

A linha de pensamento denominada Universalismo pró

esotérico tem como principais autores Pierre a. Reffard

e José N. Anes, que afirmam que o esoterismo é por si

mesmo esotérico. Essa corrente de estudo descreve o

esoterismo segundo oito teses. São elas:

(A) IMPESSOALIDADE

(B) OPOSIÇÃO ESOTÉRICO VERSUS EXOTÉRICO

(C) MEDIAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E MATÉRIA

(D) ANALOGIAS E CORRESPONDÊNCIAS

(E) IMPORTÂNCIA DOS NÚMEROS

(F) CIÊNCIAS OCULTAS

(G) ARTES OCULTAS

(H) INICIAÇÃO

b) Histórico crítico

Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br

A linha de pesquisa denominada Histórico crítica tem

como seus principais estudiosos Antoine Faivre e Wouenter

J. Honegraaft. Esses autores consideram que não existe

esoterismo em si, mas sim autores, textos e correntes

esotéricas e místicas.

De acordo com Faivre (1994) o esoterismo é um corpus

de textos que constituem a expressão de certo número

de correntes espirituais na história Ocidental moderna e

contemporânea, ligadas entre si.

Segundo Antoine Faivre, ESOTERISMO :

Não é!!!! É!!!!

- Um termo genérico e vago;

- Um ensinamento secreto;- Um processo guiado só pela experiência.

- Uma correspondência;- Uma natureza viva e cósmica;

- Precisa ter imaginação e mediadores;

- Experiência de transmutação;

- Prática da concordância;- Transmutação.

QUADRO RESUMO!!!!!!!!!

Esoterismo é uma palavra de origem grega e significa interior e secreto.

O esoterismo está presente em todas as religiões , mas ele por si só não é uma religião.

O esoterismo pretende estudar o conhecimento obscuro a partir dos elementos da natureza.

UNIDADE I - O ESOTERISMO EUROPEU: ORIGENS HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS.

CAPÍTULO I

1. Os Templários ou Cavaleiros da Ordem dos Templários:

Fonte: www.irmandadeestrelanegra.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

A história dos Templários está ligada ao processo

histórico-político das Cruzadas, por isso, antes de

continuarmos a falar sobre eles, iremos relembrar um

pouco o que foram as Cruzadas e qual a sua importância

histórica.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Jerusalém, uma região de várias religiões.

A região de Jerusalém é importante para as três

principais religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e

islamismo.

Para os judeus, pois se acredita que foi essa região

a capital do reino de Judá e também onde se construiu o

Templo de Jerusalém. Durante séculos, judeus de varias

regiões do planeta viajam em direção a essa região com o

objetivo de rezar para seu povo e lamentar a destruição da

cidade pelos romanos.

Muro das LamentaçõesFonte: www.colunas.epoca.globo.com – visualizado em 02/12/2011

A importância de Jerusalém para os cristãos deve-se a

crença que a cidade ter sido o local onde Jesus caminhou

com a cruz nos ombros, foi sepultado e padeceu morto na

Basílica do Santo Sepulcro, e por isso também, Jerusalém,

passou a ser uma importante região de peregrinações

crista para orar, pagar promessas, fazer pedidos ou como

forma de penitencia.

Basílica do Santo SepulcroFonte: www.transfiguracaodejesus.blogspot.

com – visualizado em 02/12/2011

Jerusalém é também considerada uma cidade santa

para a religião islâmica, pois acredita-se que foi nessa

região que Maomé alcançou vôo para os céus através do

Domo da Rocha que se encontra até os dias atuais na

mesquita de Omar localizada na cidade de Jerusalém.

Domo da RochaFonte: www.iadpastor.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Jerusalém em hebraico é Yerushalayim e significa “cidade da paz”, esse significado quando levado

para a história da região aparece como curioso uma vez que foi palco de tantas guerras e conflitos.

1.1. As Cruzadas.

Fonte: www. instavrareomniainchristo.wordpress.com – visualizado em 02/12/2011

No ano de 1071, os muçulmanos (nome dado aos

indivíduos que aderem ao Islamismo) conquistaram a

região de JERUSALÉM e proibiram todos e quaisquer

cristãos de visitar a Basílica do Santo Sepulcro.

Os cristãos não aceitaram essa proibição e o papa da

época Urbano II convocou todos os cristãos a reconquistar

a Terra Santa (nome dado a região de Jerusalém).

Foi então que teve inicio as Cruzadas – expedições

militares e religiosas que saiam da Europa, entre os séculos

XI e XIII e tinham como objetivo reconquistar Jerusalém

do poder dos muçulmanos, chamados por eles de “infiéis”.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Além da reconquista da Terra Santa, outros motivos

envolviam o movimento das Cruzadas, como por exemplo:

- Esperança de salvação eterna;

- Desejo de melhorar de vida;

- Aumento do comércio;

- Novas terras.

“Resgatar a Terra Santa dos infiéis e restabelecer a

segurança na rota de peregrinação foi uma desculpa. As

verdadeiras causas das Cruzadas foram sociais, políticas

e econômicas. O fator religioso foi simplesmente um

pretexto para arrastar a guerra Santa uma multidão de

pessoas de toda condição social, fascinada pela empresa

de ganhar para a fé de Cristo os Santos Lugares”. (BAÇAN.

Lourivaldo. A sociedade secreta dos templários.).

As roupas usadas nessas expedições tinham bordado

o símbolo de uma cruz, o que mais tarde resultou na

definição das expedições como cruzadas. Esse termo não

era conhecido no período histórico em que ocorreu.

Fonte: educaterra.terra.com.br – visualizado em 02/12/2011

Segundo a tradição foram ao todo nove cruzadas,

entretanto, elas ocorriam quase que em um processo de

luta continua.

2.1.1.Caminho das Cruzadas

Fonte: www.historianet.com.br – visualizado em 02/12/2011

Depois dessas três Cruzadas representadas no mapa,

foram, segundo a tradição, organizadas outras cinco, mas

nenhuma resultou na retomada de JERUSALÉM.

Participavam das Cruzadas homens, mulheres, crianças,

nobres e camponeses, ricos e pobres, civis e religiosos.

2.1.2.AS QUATRO PRINCIPAIS CRUZADAS:

Primeira Cruzada(1096 – 1099)

Segunda Cruzada(1147 – 1149)

Terceira Cruzada

(1189 – 1192)

Quarta Cruzada

(1201 – 1204)

Liderada por nobres europeus. Recebeu ajuda dos bizantinos, agiram com

extrema violência e

conseguiram conquistar Jerusalém

Liderada pelo rei da França e da região onde

hoje é a Alemanha. Após um conflito

entre esses dois reis a expedição

foi cancelada.

Os reis da Inglaterra e da França

se uniram e estabeleceram

um acordo com os

muçulmanos a fim de

retomar as peregrinações a Jerusalém.

Essa cruzada visava os interesses

comerciais e não a fé, na

busca de uma outra região,

Constantiopla.

DICA DO MESTRE!!!

Ver DVD: Cruzada

• Estúdio: Fox Film • Título Original: Kingdom Come

• Tempo: 144 • Cor: Colorido

• Ano de Lançamento: 2005 • Elenco: LIAM NEESON &

ORLANDO BLOOM & EVA GREEN • Direção: RIDLEY SCOTT • Recomendação: 14 anos

Link Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=lPW-uc1Muxs

1.2. Os Templários e as Cruzadas:

Fonte: www.revellationline888.blogspot.com

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

A organização Ordem dos Pobres Cavaleiros dos

Templários do Reino de Salomão foi fundada durante a

primeira Cruzada em direção a terra Santa, quando um

nobre francês chamado Hugues de Paynes chegou da

primeira cruzada e ofereceu seus serviços ao primeiro

rei de Jerusalém, Baldwin I. Ele e mais oito colegas

iriam fazer a guarda dos cristãos que voltaram a fazer as

peregrinações após a sua reconquista da região. Esses

9 homens tinham feito votos de pobreza, castidade e

obediência, cavalgavam geralmente em dupla sob um

mesmo cavalo. A ordem dos templários durou cerca de

dois séculos. (vídeo 3 explicação Templários)

Fonte: www.ferraristudio.com.br – visualizado em 02/12/2011

Aparentemente esses nove homens não iriam ter a

mínima chance de sucesso na guarda das peregrinações,

entretanto seus esforços foram considerados

extraordinários e o rei Baldwin I ofereceu a eles a mesquita

de Al Aqsa, construída em um local antes ocupado pelo

Templo Sagrado de Salomão, daí o nome Ordem dos

Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão - Os

Cavaleiros Templários.

A ordem dos templários foi crescendo e o treinamento

tornava os homens grandes cavaleiros de guerra, no

começo todos obedeciam a um único mestre, mas com o

crescimento da Ordem foi criada uma hierarquia, a qual

todos deveriam obedecer.

1- Grão Mestre: responsável por toda a ordem;

2- Mestres: eleitos para cada uma de suas

províncias;

3- Cavaleiros: soldados guerreiros

4- Sargentos: não tinham compromisso definido

com os templários.

“Os cavaleiros eram o exercito mais disciplinado e

organizado daquele tempo e não tinham dificuldade para

recrutar novos homens de valor para a ordem. Por volta de

1180, havia cerca de 600 cavaleiros no Oriente, juntamente

com dois mil sargentos e talvez cinco mil cavalos de guerra.

Cada combate travado, por menor que fosse, aumentava –

lhe a experiência.” (BAÇAN, Lourivaldo. 2007)

Com a autorização do papa a Ordem dos Templários

passou a angariar fundos e apoio financeiro para a

realização de seus feitos. Com cada vez mais membros e

mais fundos, a ordem passou a acumular poder.

Como os templários possuíam muitos segredos,

após conseguirem poder, status e riquezas, passaram a

apresentar profundas suspeitas em tornos das atividades

por eles exercidas. Como por exemplo: “O que poderia

ser menos cristão do que massacrar seres humanos numa

batalha ou saquear cidades?” Apesar de questões como

essa, a ordem dos templários durou ainda muitos anos.

1.3. Templários e Poder

Os templários, assim como os maçons, tiveram

importante papel político na história. Foram os templários

que ajudaram os reis portugueses no processo da

reconquista cristã.

Para saber mais!!!!Templários e Graal

Fonte: www. imagick.org.br – visualizado em 02/12/2011

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

“A história dos templários e a demanda do Graal por

muito tempo andaram unidas tanto na história quanto

na tradição. O grande poeta emdieval Wolfram von

Eschenbach chamava de Templiesen os escolhidos para

guardar o Graal; entretanto, a relação exata entre esses

guardiões e a histórica Ordem dos Templários ainda está

para ser determinada. Alguns acreditam que Wolfram

criou seus guardiões do Graal a partir dos verdadeiros

templários; outros, que eles são pura invenção do poeta,

enquanto um terceiro grupo acredita que Przival se refere

a Ordem em si. Em sua própria época, julgava-se que os

templários haviam se apossado de algo muito poderoso e

importante – algo que, o que quer que realmente fosse

quase ao certo contribuiria para a repentina e funesta

destruição da Ordem em 1307. Até então, os templários

constituíam uma das organizações mais poderosas

do mundo – rica influente e altamente respeitada.

Praticamente da noite para o dia eles se tornaram o centro

de um ataque completamente orquestrado que os revelou

como heréticos, sodomitas, adoradores do demônio e

assassinos. Numa série de provações dramáticas, seus

líderes, assim como grande numero de seus membros,

foram forçados a confessar, sob tortura, os atos mais

execráveis. Num determinado momento histórico, a

Ordem foi varrida – embora, como Karen Ralls observa em

seu livro, eles não desapareceram completamente, foram

absorvidos por outras ordens ou continuaram a agir com

outros nomes. Hoje em dia, e cada vez mais nos último dez

anos, uma vasta quantidade de novas pesquisas tem sido

realizada por acadêmicos apontando os templários como

guardiões de um conhecimento esotérico de extraordinária

importância para o mundo.”

BALLS, Karen, Os templários e o Graal.

1.4.Acusados de heresia:

O poder dos templários fez com que o rei da França

Felipe IV, economicamente falido tentasse se apropriar da

riqueza dos mesmos. Para alcançar seus objetivos, o rei

francês tentou iniciar seu filho na ordem dos Templários,

entretanto, o grão mestre Jacques Molay não aceitou a

proposta.

Muito bravo e com seu poder político abalado devido

a ausência de recursos financeiros, o rei Felipe IV impôs

ao papa Clemente V que ajudasse na captura e no

julgamento do líder templário. No ano de Jacques Molay e

outros templários foram presos, torturados e assassinados

levando ao fim a Ordem dos Templários.

Fonte: www. ohistoriador.com.br – visualizado em 02/12/2011

“Em 1306, o papa Clemente V convocou Molay a vir

a Paris com sua guarnição de soldados. Os templários

apresentaram ao papa trazendo ouro e prata. Após

‘solicitar’ um empréstimo a Molay, Felipe IV conversou com

antigos templários expulsos da ordem que acabaram por

difamar o antigo chefe. Outros ex-templários denunciaram

as atividades clandestinas de Molay no processo de

arrecadação dos impostos. Com essas provas, o rei

Felipe IV, foi a Paris apresenta-las ao inquisidor-mor que

iniciou o processo. Em outubro do ano seguinte, Mulay

e seus companheiros foram presos e levados a tortura

pré condenatória. Um dos soldados Templários resumiu

a ferocidade animalesca dos torturadores com a seguinte

frase: ‘Se me acusassem de ter sido o assassino de Cristo

eu teria confessado’. Em 1314, o arcebisto leu a sentença

final e os 35 templários foram queimados na ilha de Sena.

Era o fim da Ordem dos Templários.” (AURELIO, Daniel. O

Segredo da Guerra.)

DICA DO MESTRE!!!

Visite o site: www.ordemdostemplarios.org LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch

?feature=endscreen&NR=1&v=KxNde7JZtng

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

DICA DO MESTRE!!!

Assista ao DVD “ Os cavaleiros Templários”Duração: Aprox. 120 minutos

Título Original: The Knight Templar Direção e Roteiro: James Wignal

1.5. Mulheres e templários:

Alguns documentos históricos da Ordem dos Templários

apresentam dados que indicam a presença de mulheres

entre os templários. As mulheres podiam participar da

ordem e, além disso, existia certa preocupação com os

“princípios femininos”. Estudiosos afirmam ter encontrado

nos sítios arqueológicos templários documentos com

nomes de mulheres templárias.

O fato de esses documentos terem ficado escondidos

correspondeu a uma intenção histórica, visto a condição

social da mulher na Idade Média.

1.6.Templários e Maçonaria:

Pesquisas indicam certa ligação entre a história das

maçonarias e os templários.

Após a perseguição francesa aos templários muitos

se esconderam em outras partes da Europa, inclusive na

Inglaterra, pois acredita-se que os templários ajudaram

o rei inglês no ano de 1314 na batalha de Bannockburn,

entre Inglaterra e Escócia.

Apesar de terem se atrelado a corte inglesa, os

templários não queriam ser descobertos enquanto

templários e por isso se disfarçaram, a partir de seus

conhecimentos de arquitetura sagrada, desenvolvidas na

Terra Santa, eles passaram a construir alguns templos e se

disfarçaram de pedreiros, que permite afirmar o elo entre

os templários e a maçonaria já que essa representa uma

organização de pedreiros.

Quadro Resumo!!!

Templários - Originários das Cruzadas;

Cruzadas - movimento político religioso em direção a Terra Santa para liberá-la do poder dos muçulmanos.

Os Templários no início de suas atividades se abstinham das riquezas e dedicavam-se a ter uma vida simples, com o passar dos anos eles eram responsáveis pela arrecadação de impostos e foram se enriquecendo e ganhando poder.

Os reis franceses passaram a perseguir os templários devido

a disputa de poder. Os templários foram executados e algumas teorias indicam que eles deram origem aos maçons.

2. Maçonaria:

Fonte: blogdamaconaria.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Um dos elementos essenciais da maçonaria e,

simultaneamente, um dos seus principais alicerces, foi o

conteúdo esotérico. Aquele que era iniciado numa loja

maçônica achava que estava participando da revelação de

mistérios que, supostamente, retroagiam as épocas mais

remotas.

O esoterismo na maçonaria apareceu como um de

seus maiores atrativos, mas também uma característica

bastante delicada, pois sempre deixou em aberto a

possibilidade de jovens maçons criarem novos ritos para

revelar conhecimentos esotéricos.

2.1.Origem da maçonaria

Falar sobre a origem da maçonaria é sempre arriscado,

pois nem os maçons nem os estudiosos da maçonaria

apresentam posição unânime sobre o assunto.

Algumas teorias se apresentam como verdadeiras a

respeito da origem da maçonaria, como por exemplo, a

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

teoria megalítica, a teoria egípcia, a teoria iniciática e a teoria templária. Entretanto, elas aparecem como lendas ou

como improváveis.

A tabela abaixo demonstra algumas características dessas teorias e a crítica a respeito da mesma.

TEORIA FUNDAMENTOS CRÍTICA

Megalítica

“ De acordo com essa teoria, o saber maçônica remontaria à pré – história e foi conservado no meio das associações de sábios astrônomos.” (VIDAL, p.14. 2005)

“ Não é possível demonstrar que os construtores pré-históricos fossem astronomos e possuissem uma sabedoria esotérica oculta.” (IBDEM. P.14)

Egípcia

“ A origem da maçonaria estaria ligada ao poder dos faraós, onde teria surgido

uma sociedade secreta destinada a transmitir segredos da manufatura e

conhecimentos esotericos.” (IBIDEM. P.15)

Para a perspectiva histórica, segundo Vidal, essa teoria é anti – histórica, pois a linha histórica que uniria os fenômenos

é indemonstrável.” (IBIDEM, P.15)

Iniciática

Essa teoria “ pretende ligar a maçonaria a uma linha ininterrupta de religiões

pagãs e cultos esotéricos que se perdem na noite dos tempos.

A base histórica dessa teoria, segundo Vidal, é nula.

Templária

Acredita-se que os templários fizeram parte de uma cadeia de receptores de segredos

ocultos transmitidos para a maçonaria.

A relação entre os cavaleiros templários e a maçonaria existiu, entretanto, algumas

lojas maçônicas não afirmam essa ligação.

É na Idade Média que podemos afirmar que características que mais tarde seriam apropriadas pela maçonaria. Foi

na Idade Média, principalmente na Inglaterra que existiram organizações de pedreiros, situadas em cabanas chamadas

de “lojas maçônicas”, que guardavam a sete chaves os conhecimentos sobre seu ofício. Em que a transmissão de

conhecimento era passada apenas para pessoas escolhidas.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Fonte: www. gloriadaidademedia.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Esses pedreiros maçons deveriam seguir algumas

regras como: acreditar em Deus, aceitar os mandamentos

da Igreja, repudiar as heresias, obedecer ao rei, não

seduzir mulheres, não jogar cartas e não ir a prostíbulos.

O modo de vida em organizações, as regras para fazer

parte dos grupos e para mudar de posição hierárquica

dentro do grupo, o conhecimento limitado a poucos

homens, a submissão a normas, são elementos que

permitem aos historiadores da maçonaria indicar nesse

conjunto de fatos os primeiros indícios históricos da

maçonaria, ou seja, seus antecedentes.

Link youtube: http://www.youtube.com/watch?v=p1ziU3EnKH0

A maçonaria investiu no caráter moral de suas ideias

e no elitismo de seus membros. Mas inseridos no Antigo

Regime, essa superioridade era apenas social, pois eles

não eram superiores a média da sociedade.

A forma como se dá a organização da maçonaria, no

contexto do absolutismo caracterizado pelos estamentos

sociais, aparece como subversivo, pois ao afirmar outra

forma de hierárquica, em que por exemplo, nobres que

estavam no primeiro estamento e comerciantes que estavam

no terceiro estamento eram, na maçonaria, considerados

iguais. Por outro lado, os maçons consideravam-se

superiores aqueles considerados profanos e não maçons.

Para poder ser candidato a maçonaria deve-se:

1- Ter 21 anos ou ser emancipado;2- Possuir independência moral ou econômica;

3- Possuir uma reputação ilibada no meio social e familiar;4- Gozar da capacidade civil;

5- Possuir instrução suficiente para entender os fins da Ordem e a energia moral necessária para cumpri-los;

6- Não professar ideologia que se opõe aos princípios maçônicos;

7- Gozar de perfeita saúde e não possuir defeito físico que o impeça de cumprir os deveres maçônicos;

8- Crer em um ser supremo9- Morar no mínimo 6 meses no lugar

onde reside a loja maçônica;10- Obrigar-se ao pagamento dos encargos pecuniários estabelecidos no regulamento;11- Deve-se ser proposto por dois irmãos

da Ordem que o conheçam.

Dentro da maçonaria, o maçom pode alcançar diferentes

hierarquias a partir da passagem de vários rituais como

podemos observar na imagem abaixo que representa os

degraus hierárquicos presentes em uma loa maçônica dos

Estados Unidos da América.

Fonte: bruxospoderosos.kit.net – visualizado em 02/12/2011

É possível deixar de ser Maçom?

Muitos mitos envolveram a maçonaria e a necessidade

de permanecer para sempre como maçom, sendo

impossível o desligamento, entretanto, as obras maçônicas

apresentam o termo “adormecido” que refere-se a lojas e

maçons que pararam suas atividades.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Para se afastar da maçonaria deve-se entregar um carta

/ documento com os motivos que justifiquem a vontade de

se desligar da Ordem.

Mesmo que o maçom se afaste, ele continua sendo

considerado um irmão e por isso não pode transmitir

os conhecimentos que adquiriu a respeito do trabalho

maçônico e dos rituais. Além disso, caso haja o desejo de

retornar a maçonaria, ele não precisa passar pelo processo

de iniciação novamente.

O maçom ao voltar para ordem pode ocupar a mesma

posição hierárquica que possuía quando se afastou.

Dica do Mestre!!!

Leia o livro “ Maçonaria para Iniciados” por Sergio Pereira Couto.

2.2. Ritos Maçônicos

“O que é um Rito?

É a denominação para um ato religioso e, por

conseguinte, das praticas e fórmulas usadas nos diversos

cultos. Na maçonaria, especificamente, vemos uma grande

proliferação de Ritos adotados no presente e no passado,

o que torna o assunto incrivelmente variado. São muitos

os Ritos adotados hoje em dia e maior ainda o número

daqueles que já tiveram seu auge na pratica dos trabalhos.

Os maçons entendem os Ritos como mais do que

simples procedimentos. São o conjunto de regras pelas

quais se praticam não só as cerimônias como também

os sinais, toques, palavras de passe e demais instruções

secretas que ajudam na condução e identificação dos

membros. Os ritos, de um modo geral, são independentes

e autônomos entre si e dirigidos por um chamado Corpo

Superior, que os regulamenta. Esses corpos são chamados

de Grandes Orientes, Supremos Conselho, Grandes

Colégios, Consistórios, entre outras denominações.

Entre os vários Ritos existentes há quatro que são os

mais adotadospelo mundo todo e, por isso, considerados

Ritos universais:

1. Rito Simbólico ou Azul: é a base de todos

os demais, composto exclusivamente dos três

Grasu Simbólicos Fundamentais (Aprendiz,

Companheiro e Mestre). Esses são considerados

os únicos que possuem uma base genuinamente

maçônica, sendo os demais, invenções que

surgiram com o tempo, conforme a necessidade

das Lojas que os adotavam.

2. Rito York ou Moderno Inglês: também

conhecido como Rito do Real Arco, foi mencionado,

pela primeira vez, em 1743, no relato de uma

loja localizada na Irlanda. A introdução deste

Rito em Londres, Inglaterra, aconteceu em

1777, quando ali foi estabelecido um Grande

Capítulo do Arco Real. Passou, em seguida, a ser

chamado de Rito dos Antigos Franco – Maçons

e Rito York, o principal centro das corporações

maçônicas inglesas naquela época. É composto

de quatro Graus: Mestre Aprovado ou Excelente

Maçom, Mestre de Nota, Excelentíssimo Maçom

e Santo Real Arco. Quando veio para a América,

assumiu nove Graus: Aprendiz, Companheiro,

Mestre, Mestre de Nota, Mestre Aprovado,

Excelentíssimo Mestre, Real Arco, Mestre Real e

Mestre Eleito.

3. Rito de Schroder: também conhecido

como Rito Rosacruz Retificado, foi criado na

Alemanha, no ano de 1766, pelo maçom que

lhe deu o nome e é uma mostra de Maçonaria

Simbólica e de quatro Graus Superiores, que

foram retirados originalmente da magia e da

alquimia.

4. Rito Escocês Antigo e Aceito: a origem

imediata deste Rito é discutida até hoje, pois

apesar do nome, pouco ou nada tem que ver com

a Escócia. Sabe-se, por exemplo, que a origem

mais provável de seus métodos tenha sido

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

mesmo um outro Rito, chamado Rito de Perfeição

ou de Heredom com 25 Graus, criado em 1758

na França pelo Conselho Imediato do Oriente

e do Ocidente. A história do Rito d e Perfeição

perdeu-se em períodos tristes em que pessoas

de má fé chegaram a vender os Graus de maneira

corrupta. O significado do aperfeiçoamento

pessoas foi simplesmente perdido e trocado pela

possibilidade de se conseguir certo status pelo

fato de ser maçom. Muito se passou até o ano

de 1804 quando em 12 de outubro deste ano,

foi realizada uma assembléia que trabalhou com

o objetivo de formar uma Grande loja em Paris,

na França. Essa Loja recebeu a denominação de

Grande Loja Escocesa da França do Rito Escocês

Antigo e Aceito. Foi a partir dessa iniciativa que o

Rito se espalhou pelos demais paises europeus:

na Itália em 1805, Espanha em 1811, Irlanda em

1824, Inglaterra e Gales em 1845 e na Escócia

em 1846. Hoje é o Rito mais difundido do mundo

incluindo o Brasil que adota seus 33 Graus.

Fonte: COUTO, Sergio Pereira. In: Maçonaria para não iniciados

Fonte: teoriadaconspirao.wordpress.com – visualizado em: 02/12/2011

2.3. Mulheres e Maçonaria:

A maçonaria é uma sociedade prioritariamente

masculina. Isso se deve pois existe uma tradição de

manter apenas homens que para a Ordem maçônica.

Alguns afirmam que as mulheres desvirtuam a atenção

dos irmãos e dos trabalhos que eles devem realizar.

“A não admissão de mulheres na maçonaria é uma

tradição milenar que vem desde os maçons medievais,

que deles vem sendo transmitida até nós através dos

manuscritos dos antigos deveres que serviram de base para

a elaboração dos regulamentos dos livros das constituições

de James Anderson. Não há nenhum preceito especial

que proíba as mulheres de participar da maçonaria.

Talvez a reclamação mais antiga que se conhece contra

essa tradição seja da Rainha Elizabeth quando no inicio

do reinado, ao tomar conhecimento da existência da

maçonaria, soube não poder afiliar a ela por ser mulher

e assim não participar de seus segredos. A não admissão

de mulheres na Maçonaria é uma tradição de quase mil

anos, que não pode ser abolida por ser a maçonaria uma

ordem.” (Ambrósio Peters, Ordem de Curitiba, Paraná,

escritor, historiador, filósofo e livre pensador, conforme

texto publicado no Portal MAÇÔNICO – www.samauma.

com.br )

As mulheres não aceitaram essa proibição e respondem

a ela afirmando que:

“Em nenhuma escola publicada anteriormente, foi

encontrado algo que proibisse o ingresso da mulher na

ordem; pelo contrario, nos antigos mistérios do período

operativo, a mulher desempenhava funções em igualdade

com o homem; cm a diluição desses mistérios pelas religiões,

principalmente a Igreja Católica, as mulheres acabaram

sendo discriminadas e inferiorizadas, e o clero feminino

limitou-se a prestar serviços aos dirigentes eclesiásticos.

Alegavam, nas sociedades antigas, que a posição de

inferioridade da mulher era devido à sua fragilidade física,

sendo que até a esterilidade conjugal era indevidamente

associada à mulher, pois não poderia comprometes o

macho da espécie perante seus congêneres”. ( Krinski,

Esteva Maria. A mulher na maçonaria: desde o século

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

XVII até nossos dias. – Disponível em: www.triplov.com/

maçonaria_feminina )

Existem algumas lojas maçônicas mistas e outras nas

quais as mulheres se reúnem enquanto esperam os seus

maridos.

Fonte: www.maconariasemmisterios.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Não poder ter a participação de mulheres, não fez

com que os interesses das mulheres pela maçonaria não

existisse. A curiosidade de algumas mulheres fez com que

elas desobedecessem a essa regra. Relatos contam que

certas mulheres como a Senhora Beaton conseguiram

desvendar os segredos da maçonaria e até mesmo tornar-

se maçom. Para que isso ocorresse, conta-se que ela se

escondeu no forro de madeira de uma loja e registrou tudo

o que ouviu e viu, até que depois de muita insistência

passou pelo processo de iniciação e tornou-se maçom.

DICA DO MESTRE!!!

Visite o site: Maçonaria Feminina – www.triplov.com/carbonaria_maconariafeminina/

2.4. Maçonaria e poder:

Fonte: www.mensagensdemaria.org – visualizado em 02/12/2011

Quando falamos da relação entre maçonaria, a influencia

histórica política da mesma e suas relações de poder,

não podemos pensar na maçonaria como uma unidade

centralizadora da qual derivam outras. No âmbito político

deve-se falar em maçonarias no plural, pois ela é uma

concepção de organização que se espalhou por diversos

países, regada de ideários maçônicos, mas influenciadas

pelas praticas e sujeitos históricos de determinados lugares

e em determinados períodos.

É válido ressaltar que falamos de maçonarias no

plural entendendo que não há uma unidade maçônica

centralizada, mas isso não quer dizer que não exista um

fundo comum teórico, prático e simbólico para a formação

das lojas maçônicas e também laços estabelecidos

internacionalmente.

O segredo sempre foi uma característica importante na

maçonaria, isso se deve, pois na Idade Média, em que

como o rei possuía o poder absoluto, era o segredo que

permitia que ideias e pensamentos fossem conservados em

relação ao controle do Estado absolutista, sem ameaçá-lo.

Entretanto, manter em segredo em relação ao Estado

não afastou os reis da maçonaria ou não atuou como

revolucionário na relação contrária ao Estado e muitos reis

fizeram parte da maçonaria.

“Como na Suécia (George IV, Eduardo V II), Dinamarca

(Frederico V III), sem esquecer a alta nobreza francesa,

como os duques de Montagu e de Chames (futuro Philippe

Egalité), entre tantos outros (Ligou, 1987). O mundo ibérico

não fazia exceção a essa regra, como se sabe: o duque de

Latões (D. João Carlos de Bragança) e o conde de Linhares

( D. Rodrigo de Sousa Coutinho) foram pioneiros maçons

em Portugal (Marques, 1989). Este último, aliás, iniciou

nas atividades das lojas jovens vindos do Brasil, como

José Bonifácio de Andrada e Silva e Hipólito José da Costa.

Sendo assim, vê-se que a filiação do príncipe (e futuro

imperador) D. Pedro ao Grande Oriente Brasileiro em 1822

não se constituiu numa particularidade brasileira.” (MOREL,

Marco. Sociabilidades entre Luzes e Sombras,2001. p. 08)

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

A relação ambígua entre maçons e reis ocorreu

principalmente, pois os primeiros buscavam proteção,

legitimidade e pretendiam ocupar certos espaços, os

segundos, pois desejavam controlar as novas organizações.

Quadro Resumo!!!

Maçom - sociedade iniciática e filosófica de caráter universal guiados pelos princípios da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.

Diferentes estudos afirmam a origem da maçonaria.

A teoria mais aceita sobre a origem da maçonaria corresponde a Idade Média na Inglaterra.

Os maçons influenciaram importantes movimentos políticos. No Brasil podemos assinalar o processo de Independência.

3. ROSACRUZ AMORC

Fonte: espelhosdatradicao.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Após abordarmos as principais características da Ordem

dos Templários e da Maçonaria, iremos agora estudar,

ainda inserido no esoterismo europeu, o Rosacruz Amorc.

A organização Rosacruz tem o nome completo Antiga e

Mística Ordem Rosa e Crucis – AMORC. Este nome, segundo

Robert Fludd é uma referencia ao sangue de Cristo, na

cruz Golgota e a rosa é associada a cor do sangue de

Cristo e aos espinhos que provocaram seu derramamento,

além de certo caráter de sedução que concede ao nome.

O termo como AMORC que significa Antiga e Mística

Ordem Rosa Cruz.

PARA SABER MAIS!!!!!!!

Visite o site oficial da Ordem RosaCruz AMORC para linga portuguesa.

www.anmorc.org.br

3.1. Origem da Rosa Cruz:

“O movimento Rosacruz nasceu de uma dicotomia

marcante: de um lado profundamente ligado à figura

histórica e mística de Jesus Cristo, de outro procurando

penetrar os mistérios de Crístico – coisa que a igreja se

esquiva de fazer, por motivos óbvios: rasgado o véu do

mistério o cetro do Poder perde sua força, com sério abalo

no status da casta sacerdotal e severos prejuízos aos

detentores do poder temporal.” (VELADO,p.5.2005)

Assim como a maçonaria, a Rosacruz Amorc é

uma organização carregada de mistérios e atrelada

ao sincretismo de ideias filosófico-religiosas como o

hermetismo egípcio, o cabalismo judaico, o gnosticismo

cristão, a alquimia e outros. Cuja origem é atravessada

por variadas interpretações.

Estudiosos remetem a origem dos Rosacruzes a fusão

do cristianismo com os mistérios da mitologia egípcia ligada

ao faraó Amenaphis IV, já que no Egito antigo existiam

estudiosos dedicados a explorar os mistérios da vida.

Fonte: www.pstissophiah.org/esoterismo/a_historia_o_rosacruz.htm

Outros remetem o inicio dessa organização a história

medieval e a Martin Lutero, um grande critico as formas

como o cristianismo agia durante a Idade Média.

Martin Lutero foi o percussor do movimento de Reforma

da Igreja Católica após se revoltar com o escândalo da

venda indulgências iniciando o maior abalo já ocorrido no

interior da Igreja.

Atrelar Lutero e seus ideais ao inicio da Rosacruz deve-

se, pois ele pregava uma reforma rosa que representava

o amor em Cristo e de Cristo e pela cruz, símbolo das

injunções que levam a evolução.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

A Rosa de Lutero(VIVIT = Ele vive)

Fonte: www.paxprofundis.org – visualizado em 02/12/2011

PARA SABER MAIS!!!

Leitura complementar: Artigo de Marcela Pimentel Silva in: Anais do simpósio da ABHR, vol. 12 (2011)

“ A inserção do Presbiterianismo no Brasil e o ecumenismo: a relação entre Presbiterianos, Maçons e políticos Liberais.”

Link do texto: www.abhr.org.br/plura/ojs/index.php/anais/article/view/216

Apesar das diferentes referencias sobre a origem da

Organização Rosa Cruz, o registro mais antigo remete-se

a 1597, quando Cristianus Rosenkreuz percorreu vários

países da Europa na esperança de criar uma sociedade

dedicada às pesquisas alquímicas.

De acordo com Couto, Cristianus Rosenkruzes fez

uma peregrinação para a Terra Santa e lá entrou em

contato com vários sacerdotes que lhe transmitiram

certos conhecimentos, quando Cristianus retornou para

a Europa, pretendia criar uma ordem, porém, poucas

pessoas o levaram a sério. Apesar disso, ele escreveu

três importantes textos. São eles: Fama Fraternatis; O

casamento Alquímico de Cristian Rosencreutz e Confessio

Fraternitatis.

Esses três textos são complementares, o primeiro

dirigido aos reis expunha a situação do mundo Ocidental,

o segundo pretendeu apresentar a Ordem Rosa Cruz

AMORC como um caminho para a Reforma Universal.

Já o terceiro demonstrava os caminhos percorridos por

Cristianus Rosencreutz.

“Dizem que Rosenkruzes morreu com 150 anos porque quis e não porque tinha que morrer. Quando abriram seu túmulo, em 1604, seus discípulos encontraram no interior,

inscrições estranhas e um manuscrito com letras douradas.”

COUTO, Sergio Pereira. In: Sociedades Secretas. P.18. Universo dos Livros. 2005.

A organização sistemática Rosacruz representa uma

evolução das Irmandades alquimistas, em busca do

desenvolvimento de habilidades nos homens para que

eles se tornem melhores em sua relação com a natureza

espiritual e na evolução da humanidade.

Fonte: www.essaseoutras.com.br – visualizado em 02/12/2011

“A alquimia, considerada como tal, tinha, no fim da

Idade Média, em parte emperrado na especulação e em

parte, descambado em charlatanismo” (HERMANN, S. p.

67.1959)

Pode ser definida como uma alquimia, pois alguns

elementos como o interesse de saber, investigação da

natureza, aprofundamento do segredo da existência e das

transformações foram elevados a um outro nível espiritual.

Na qual em lugar das pesquisas em perspectivas da pedra

filosofal, buscou-se um fim superior em que o individuo

vê o mundo e os segredos do mundo com, segundo a

organização, maior profundidade. Assim, com uma

percepção clara da essência do ser humano, os indivíduos

chegariam ao verdadeiro conhecimento do mundo e da

vida.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

3.2.O símbolo:

O símbolo da Rosacruz corresponde as ansiedades da

Idade Média. A relação entre o símbolo e as armas de

Lutero não pode ser demonstrada tão facilmente, pois nas

armas do Paracelso ela igualmente poderia correlacionar e

Andréa fez com que o seu Cristiano Rasacruz se enfeitasse

com quatro rosas no chapéu que desde Jacó Andréa

adornavam as armas.

Robert Fludd (1574 – 1637), primeiro Rosa Cruz da

Inglaterra, lembra o nome da liga por meio de uma alusão

ao sangue de cristo na cruz do Golgota. O místico na

idéia da rosa interferida na lembrança da cor do sangue

e nos espinhos que o provocam, certamente contribuiu

para emprestar a palavra uma muito mais forte força de

atração.

A Rosacruz é um símbolo esotérico que tem um significado especial no centro da cruz

representando a “mãe primordial” do universo e este é representado

pela cruz com sua porção vertical, representando

o principio masculino e a horizontal o feminino.

Esse emblema de significado místico e

alegórico, representa a irmandade Rosacruz.

O simbolismo dessa cruz é mais complexo que o da anterior , em função do esoterismo nela contido,

que demonstra uma estreita ligação entre a referida organização

e a alquimia, pois observa-se facilmente a presença ostensiva de

três símbolos alquímicos em suas extremidades:

o sal, o enxofre e o mercúrio. No centro há

um pentagrama que, alem de representar a rosa, estaria representando,

também o homem, como microcosmo, enquanto

que a cruz maior estaria representando o universo.

Fonte: www. previnasedamarca.com – visualizado em 02/12/2011

3.3.Mulheres e Rosacruzes:

Os membros das lojas Rosacruz eram

predominantemente homens que cuidavam de assuntos

de projeção política, guerras e manobras financeiras.

Entretanto, as mulheres, poucas é verdade, tiveram raras

aparições e fizeram parte dessas lojas. Existiu um caso, na

Holanda, que levou a fundação de uma loja feminina sob

a presidência de uma moça, filha de um curtidor de couro,

conquistou um lugar na literatura.

3.4.Rosacruzes e Maçonaria:

Assim como estudos indicam certa aproximação entre

os Templários e a Maçonaria, é possível perceber também

semelhanças e ligações históricas entre os Maçons e os

Rosacruzes.

Estudiosos afirmam que a relação entre maçonaria e

os Rosacruzes tiveram inicio durante o fim da Idade Média

e inicio da Idade Moderna. Com a crise do antigo Regime

as maçonarias se viram obrigadas a, progressivamente,

aceitar alguns elementos “estranhos” nos processos de

construção e também a admitir filósofos, .hermetistas e

alquimistas. É a partir da alquimia que os historiadores

referem as relações entre os maçons e os Rosacruzes..

Quadro Resumo!!!

Rosa Cruz Amorc – fraternidade esotérica hermético crista.

A alquimia é a base dessa fraternidade.

Cristianus Rosencruzetz é considerado como o principal precursor do conhecimento Rosa Cruz.

Essa fraternidade foi publicamente conhecida a partir de três importantes textos: FAMA

FRATERNAIS; CONFESSIO FRATERNAIS e Núpcias Alquímicas de Cristianus Rosencruzetz.

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UNIDADE II - O ESOTERISMO NO ORIENTE MÉDIO: ORIGENS HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS.

Fonte: www. mundopessoa.blogs.sapo.pt – visualizado em 02/12/2011

Iremos agora apresentar as principais características e

manifestações do esoterismo no Oriente Médio a partir dos

Essênios e a Kaballah.

As organizações esotéricas do Oriente, assim como as

do Ocidente tiveram um importante papel político e social

no período correspondente a Idade Média.

4.Essênios

Fonte: www.novaera-alvorecer.net

Os Essênios era uma seita em que se dividia o judaísmo

na época de Jesus. Os essênios, de acordo com o estudo

esotérico, eram preparados para se tornar uma pequena

habitação do filho de Deus.

4.1. Origem dos Essênios

A origem dos Essênios se remete ao antigo Egito,

quando um grupo de judeus passou a viver as margens

do mar Morto, no deserto, concentrados a estudar o Tora,

escrituras sagradas para os judeus e que formam os

primeiros cinco livros do Antigo Testamento.

Fonte: www.faixagospel.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Para Ginsburg, essênios e judeus possuíam diversas

semelhanças.

“ Ambos consideravam o trabalho como proveniente de

Deus, ambos tinham a comida na conta de um sacramento,

ambos o sacerdote começava e concluía a refeição com

uma prece, ambos não removeriam uma ânfora durante o

Sabá”. (GINSBURG, p.27. 1992)

A relação entre os Essênios e os Cristãos também é

frequente, afirma Ginsburg.

“O Essenismo instou os seus discípulos para que

procurassem primeiro o reino de Deus, o mesmo fez

Cristo. O essênios proibiam o acumulo de tesouros sobre a

Terra, como Cristo. Os essênios exigiam que todos os que

quisessem juntar-se a eles que vendessem todas as suas

posses e as dividissem entre os irmãos pobres; o mesmo

fez Cristo” (IBIDEM, p.28)

LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=8fJiNJsqEyQ&feature=related

De acordo com o teólogo Rafael Rodrigues da Silva

(PUCSP) “Após 142 a.C., cresceu a tendência de separação

entre os judeus. Os essênios, então, retiraram-se para o

deserto ou áreas onde pudessem observar rigidamente os

mandamentos de Moisés”.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Estudos indicam que os Essênios surgiram em um

contexto histórico em que os nobres de Jerusalém , na

Palestina, eram submetidos a uma forte influência da

cultura grega, o que levou ao distanciamento das relações

entre o governo judeu local e alguns grupos religiosos,

que pregavam a defesa de costumes mais tradicionais

desse povo.

4.2.As principais doutrinas e práticas dos Essênios:

- Veneração a Lei de DEUS;

- Seguidores de Moíses;

- Objetivavam virar templo do Espírito Santo;

- Fazer curas milagrosas;

- Ser celibato;

- Viviam em paz e reprovavam a escravidão e a guerra.

4.3.Evangelho essênio da Paz.

Alguns acreditam que João Batista foi um essênio e

que Jesus Cristo teve contato com o grupo. Os autores

que defendem essa teoria lembram que as palavras

essenoi, em grego, e esseni, em latim, são traduzidas

como “aqueles que curam”, o que seria uma referência a

atividades parecidas aos milagres atribuídos a Jesus.

LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=VBoTJ8ZMDEk

De acordo com estudiosos, depois de um longo período

de estudo e tradução dos manuscritos do mar morto

que só se finalizou no ano de 2002. Afirma-se que não

há referência direta entre Jesus, João Batista ou aos

primeiros cristãos.

Os essênios provavelmente foram exterminados pelos

romanos, ou obrigados a deixar suas comunidades e fugir

para salvar suas vidas, por volta do ano 68 d.C.

O evangelho Essênio aparece como o livro sagrado

escrito pelo apóstolo João que narra passagens

desconhecidas na Bíblia sobre a vida de Jesus Cristo.

Esse livro foi encontrado nos arquivos do vaticano, pelo

pesquisador Edmond Szekely.

Em muitos momentos do evangelho essênio, é possível

perceber uma doutrina de amor incondicional a Deus,

a humanidade e a todos os seres. Atrelado a crença na

santidade e unidade da vida.

4.4. Mulheres e Essênios

Em suas sociedades, que em geral excluíam mulheres,

eles observavam rigorosamente os mandamentos de

Moisés e obedeciam a uma estrita regra de disciplina,

codificada em manuscritos, que regulava todos os detalhes

da vida diária e deixavam as mulheres fora dessas práticas.

Em cinco de abril de 2007, o papa Bento XVI afirmou a existência de uma relação entre Jesus e os Essênios, na

sua homilia na “Missa da Santa Ceia” realizada na basílica romana de S. João de Latrao, referindo-se aos manuscritos de Qumran. ao afirmar que o calendário seguido por Jesus

Cristo na Páscoa poderia ser o mesmo dessa misteriosa seita judaica. E afirmou que que Jesus “celebrou a Páscoa com seus discípulos provavelmente segundo o calendário

de Qumran, e por isso, pelo menos um dia antes”.

QUADRO RESUMO!!!

Essênios – seita do judaísmo na época de Jesus.

Esoterismo e Essênios – acreditavam que eles iriam abrigar o filho de Deus.

Essênios eram dedicados ao estudo do Tora e seguidores de Moíses.

Tora – livro sagrado dos Judeus.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

5. Kaballah

A Kaballah corresponde a uma organização mística de

origem no judaísmo. Durante muito tempo, ela foi a forma

aceitável de misticismo dentro do judaísmo, aparecendo

como uma filosofia e uma forma de olhar para Deus e para

o universo.

“O Cabalismo retém grande importância como a chave

para o pensamento místico da contracorrente e a pratica

de magia cerimonial” (GODWIN, David. 2004.A verdade

sobre a Cabala)

Cabala, Kaballah, Kabalah, Qabala, Qblh são diferentes

formas de escrever o nome dessa organização mítica.

Alguns autores apresentam novas características para as

variáveis gráficas do termo.

Kaballah seria a forma tradicional hebraica de referencia

ao judaísmo; Cabala é usada para designar a versão cristã

da renascença e cabala refere-se aos desenvolvimentos

posteriores da Tradição Hermética Ocidental. Apesar

dessas diferenças entre a forma de escrever a linha que

caracteriza a organização, pode-se perceber, organizações

de tradição hermética que escrevem kaballah para se

referirem ao termo. Assim concluímos que não existe uma

forma fechada ou regra para a escrita do termo e iremos

nesse estudo utilizar o termo Kaballah.

Sabemos que é possível nos referirmos a Kaballah de

diferentes formas, mas é válido pontuarmos o significado

do termo. Kaballah em sentido literal significa receber, seria

receber a plenitude da vida, ou seja, conectar a energia do

Universo e entender o funcionamento do mesmo.

PARA SABER MAIS!!!

Visite o site: http://www.kabbalahcentre.com.br

5.1. O Alfabeto hebraico

Como outros alfabetos antigos, mais notavelmente

as runas teutonicas, as letras possuem nomes que na

verdade significam algo alem de serem apenas nomes

de letras. “É como se pudéssemos dispensar os livros

de alfabetização que dizem, por exemplo, ‘A para Ave’ e

no lugar começássemos a chamar a letra ela mesma de

Ave. Em vez de dizer que a palavra boi se escreve bê-

ó-i diríamos que se escreve “bola – ostra – ilha” sendo

cada uma dessas palavras como nada mais que o nome de

uma letra. Já que o nome das letras são com freqüência

considerados úteis para determinar a natureza essencial

de uma letra ou palavra.

Embora algumas das letras, como aleph, he, vô, yod

e ayin sejam as vezes usadas para indicar a presença de

uma vogal, literalmente o alfabeto hebraico não possui

vogais. Somente a partir do século X de nossa era é que

os MAsoretas de Tibérias, no Mar da Galiléia, finalmente

aperfeiçoaram o uso de um sistema de pontos e linhas

escritos acima, abaixo e dentro das letras para indicar

vogais.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

EXEMPLO:

NO PRINCÍPIO - BERESHITPrimeira palavra da Bíblia

Sem os pontos masotéricos:

A Kaballah acredita que cada letra, palavra, número, e

acento da escrita contêm um sentido escondido e ensina os

métodos de interpretação para verificar esses significados

ocultos.

5.2. Origem da Kaballah

“Durante longos séculos, a cabala foi uma forma de

acesso do povo judaico expatriado à sua história e à sua

religião, até que, no final do século XVIII, quando parte

desse povo havia se rendido às tradições européias,

mostrando-se arredio ao misticismo que a envolvia, ela caiu

em esquecimento. No entanto, a utilização dos conceitos

de criação, exílio, revelação e redenção, fundamentais à

cabala, por parte de intelectuais judaicos contemporâneos

que teorizaram sobre a tradução também contribuiu para

que esse sistema interpretativo judaico emergisse do

esquecimento ao qual se encontrava fadado.” (Oliveira, p.

8. 2002)

A Kaballah surgiu como um sistema místico de

interpretação do Tora (livro sagrado judeu) fora das

sinagogas (templo judeu). Alguns estudiosos afirmam que

essa interpretação do Tora começou a ser realizado por

grupos de judeus, reunidos em torno do rabino Simeon

ben Yohai, discípulo do Rabi Akiva, depois que ocorreu

a destruição do Segundo Templo Judaico pelos romanos,

em 70 d. C.. Outro vão afirmar que os estudos cabalísticos

surgiram apenas a partir dos séculos XI e XII, na Espanha,

quando Moíses de Leon escreveu, n século XIII, o Livro

do Esplendor (Zohar – representação maxima da cabala

clássica).

5.3. Uma nova etapa da Kaballah

“A expulsão dos judeus da Espanha, em 1492,

marcou uma nova etapa no desenvolvimento da cabala.

Nesse momento, os judeus se viram levados a mais um

movimento de exílio e, fatalmente, de introspecção. Os

novos cabalistas, representados principalmente por Isaac

Luria e Moses Cordovero, da cidade palestina de Safed,

abandonaram os textos das Escrituras e se dedicaram a

realizar uma interpretação do Zohar. A criação, que era

vista pelos adeptos do Zohar como um processo em

progresso, que se movia sempre em uma única direção;

um processo que, emanando de Deus, alcançava o homem;

um movimento no qual cada estágio era estreitamente

ligado ao estágio subseqüente, sem grandes saltos para

frente ou para trás, passou a ser considerada por Luria

como um processo surpreendentemente regressivo, onde

cada estágio pode ser separado de outro por um abismo

e onde a catástrofe é sempre um evento central. A cabala

de Luria considerou o exílio uma categoria associada

não só ao povo judaico, como também a todo o mundo,

tendo tal concepção contribuído para a recuperação do

senso de responsabilidade e de dignidade desse povo,

que, desse modo, teria aceito para si uma tarefa nobre:

a de reparação de tal imperfeição. Assim sendo, o povo

de Israel, ao suplantar as vicissitudes do exílio, através

do estudo constante da Torá e de seus mandamentos,

estaria propiciando a redenção a si mesmo e a todo o

mundo. O Messias, portanto, não é mais o responsável

pela redenção, ao contrário, ele simboliza o advento da

redenção, a conclusão da tarefa de reparação. As teorias

cabalistas de Moses Cordovero, por sua vez, se colocam

no meio do caminho entre a cabala clássica e a cabala

luriânica.” (Oliveira, 2002)

Dica do Mestre!!!

Assista aos vídeos no youtube:

Cabala. Cinco Princípios básicos:http://www.youtube.com/watch?v=tO

mwL1OEQlk&feature=related

Rituais de Cabala;http://www.youtube.com/watch?v=5G

KUVv07um4&feature=related

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5.4.A Árvore da Vida

Importante símbolo da Kaballah a “Árvore da Vida” , utilizado para entender a verdadeira

natureza de Deus e a forma como se deu a criação do mundo a partir do nada.

A representação gráfica da árvore da vida se dá a partir de dez características criadas por

Deus para representar o Universo no âmbito da física e da metafísica.

Abaixo demonstramos a Árvore da Vida e iremos descrever as principais características de

seus elementos.Fonte: www.cabalamaconaria.blogspot.com

– visualizado em 02/12/2011

Keter – InfinitoKeter é o primeiro símbolo da Árvore da Vida. Aparece como

a origem de tudo e representa o ponto de assimilação de todo o trabalho espiritual. O triângulo Keter – Hokhmah

Chochmá – Revelação Chochmá corresponde a sabedoria para além da razão, permitindo novas ideias sobre o universo e os seres.

Bria – Razão Primeira esfera do reino transpessoal, onde começa a distinção entre “Bem” e “Mal”

Chessed – Partilha Representa o desejo em doar, compartilhar.

Guevurá - Competição Representa uma vida interior independente e humilde.

Tiferet – Equilíbrio Está no centro da Árvore da Vida, on ocorre o encontro com o Eu supremo e os desejos menores são sacrificados.

Netsach – sentimento Representa os desejs do Ego, da perseverança e da determinação.

Hod – pensamentoRepresenta a comunicação, a razão e a honestidade,

em que a forma como se dá o pensamento determina o resultado das ações como positivas ou negativas.

Yessod – fundação Corresponde ao passado que é carregado no presente de forma inconsciente que acabam influenciando o dia a dia.

Malchut - corpo

Reino da Terra, do Corpo, das sensações físicas imediatas. É aqui o início, onde a Alma está unida à origem e surge o primeiro desejo de separação, a necessidade de individualização.

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5.5. Mulheres e Kabalismo

O estudo do Kabalismo de acordo com o judaísmo

ortodoxo, é permitido o estudo da Cabala apenas aos

homens, maiores de quarenta anos de idade, casado e

com uma vida “devota” à Torah, excluindo a mulher dessa

prática. Por outro lado dentro da Kabalismo a mulher é

vista como importante elemento de equilíbrio na relação

do feminino com o universo.

Quadro Resumo!!!

Kaballah – originária do judaísmo como um sistema místico de interpretação do Tora.

Kaballah – acredita que cada letra, número e assento da escrita contem sabedorias escondidas.

A Kaballah realiza o estudo da escrita para entender seu significado místico.

A Árvore da vida é o principal símbolo da Kaballah.

UNIDADE III – ESOTERISMO, MUNDO CONTEMPORÂNEO E SOCIEDADE DE CONSUMO.

6. Runas

Fonte: www. ponteoculta.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Para o esoterismo as Runas são códigos cósmicos do

povo teutônico, formulados e utilizados por uma poderosa

cultura antidiluviana desaparecido.

As Runas seriam símbolos capazes de expressar

fisicamente os mistérios profundos originários de uma

linguagem tribal.

Do ponto de vista esotérico as Runas não são, somente

um alfabeto, embora possam ser usados para transcrever

palavras de outras línguas. As Runas seriam um sistema

simbólico complexo que permite a transmissão de outros

significados.

Assim como as fraternidades do Oriente e Ocidente,

a origem das Runas também é envolvida por segredos e

mistérios.

Runa em alemão significa sussurro e acredita-se que

o termo sugere a transmissão de um conhecimento oral

misterioso.

As Runas se classificam como um alfabeto, mas

representam um complexo sistema espiritual pelo qual os

sacerdotes ensinavam seus mistérios.

6.1. Origem das Runas:

As inscrições rúnicas foram encontradas em sítios

arqueológicos de diferentes povos, o que torna difícil de

precisar sua origem.

Estudiosos sugerem teorias sobre a origem histórica das

runas. Iremos apresentar, de forma sintética, as principais

teorias a respeito das runas. São elas:

Origem Romana:

Fonte: www. tripandfun.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011

Segundo a teoria romana, as runas surgiram quando

as tribos germânicas adaptaram do alfabeto latino. Essa

origem se justifica devido a características semelhantes

entre as letras F, r, M e B. Apesar disso, essa teoria é

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

criticada, pois, a data da origem das Runas, segundo

essa teoria seria o ano 300 d.C., entretanto, pesquisas

arqueológicas indicam que existiram inscrições rúnicas

anteriores.

Origem Grega:

Fonte: www. grupoescolar.com – visualizado em 02/12/2011

Para a teoria grega, os Godos adaptaram o alfabeto

grego e disseminaram o Mar Negro até a Escandinava, foi

encontrado inscrições rúnicas na Rússia, mas mais uma

vez as datas são erradas.

Origem Etrusca:

Fonte: www.mcu.es – visualizado em 02/12/2011

Os etruscos viviam no norte da Itália e possuem uma

cultura avançada. Diferente das anteriores, essa hipótese

se condiz com as descobertas arqueológicas na Áustria, de

26 elmos de bronze do século IV a.C. Apesar da questão

da data não é essa a teoria mais aceita.

A teoria com maior respaldo histórica é a que liga as

runas as antigas inscrições rupestres encontradas em

vários lugares da Europa entre 1300 a 800 a.C. (Idade do

Bronze e do Ferro).

Petroglifos pré históricosFonte: runas-antigas.blogspot.com

Esses petróglifos, segundo estudiosos, representam

a origem simbólica e mágica utilizado pelos xamas do

neolítico. Os etruscos adaptaram e incorporaram os

símbolos a sua linguagem.

PARA SABER MAIS!!!

6.2.Runas e Nazismo

“No ano de 1930, membros de uma sociedade secreta

chamada Thrule começaram a desvirtuar a simbologia

e o significado das Runas, dando-lhes uma conotação

nacionalista, fato que atraiu a atenção dos dirigentes

do Partido Nazista Alemão. Hitler, obcecado pela idéia

da supremacia ariana, era um fervoroso admirador

dos antigos mitos e símbolos teutônicos, a Runa Sigel

duplicado para ser o símbolo da Gestapo e, para ser usado

como estandarte, inverteu e inclinou a suástica.

Fonte: www. sapiando.wordpress.com – visualizado em 02/12/2011

A suástica foi adotada pelo Partido Nacional Socialista

Alemão como importante símbolo da raça indo- européia.

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

Fonte: pt.wikipedia.org – visualizado em: 02/12/2011

Hitler acreditava ferozmente que os alemães

descendiam dos arianos, vistos como nobres guerreiros de

uma raça superior.

Os arianos são os ancestrais dos povos gregos. Eles

eram tribos nômades do ramo indo ariano, criavam

cavalos e gado e reverenciavam deuses e deusas que

personificavam as forças da natureza. Porém na visão de

Hittler, eles eram um povo semi-legendário, que habitava

um vale desconhecido no Himalaia. Essa tribo mística e

misteriosa serviu de modelo para a “Grande Fraternidade

Branca”, considerado pelos teosofistas do século XIX como

a dirigente dos destinos da humanidade.

DICA DO MESTRE!!!

LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=4VS2LPOb4ys

Ehttp://www.youtube.com/watch?feature=

endscreen&NR=1&v=KxNde7JZtng

Durante o Nazismo alemão, em que Hitler estava

no poder, os estudos esotéricos eram permitidos e

incentivados, mas apenas se oferecessem meios mágicos

para enaltecer a ideologia nazista, o anti-semitismo e o

culto à personalidade de Hittler. No entanto, em vez da

vitória, a alteração da suástica e o uso desvirtuado dos

símbolos rúnicos canalizaram as forças sombrias da

destruição e aceleraram o fim de sua tenebrosa campanha.

Depois do fim da guerra, a associação negativa das

Runas e os antigos símbolos sagrados teutonias com o

nazismo, desencadearam uma ordem de pavor e negação,

relegando ao ostracismo o uso e as praticas Runas.”

Fonte: Faur, Mirella. Místicos Nórdicos, Deuses, Runas,

Magias e Rituais.

QUADRO RESUMO!!!

Runas - um sistema simbólico complexo que permite a transmissão de outros significados.

A origem mais aceita das runas é a que indica sua ligação com os povos na Europa durante a Idade de Bronze.

7. Astrologia:

Fonte: http://www.daemon.com.br – visualizado em 02/12/2011

A astrologia corresponde ao estudo dos astros que

podem, hipoteticamente, apresentar informações sobre a

personalidade, as relações humanas e outros assuntos.

7.1. Origem da Astrologia:

A astrologia apresenta sua origem histórica em diversas

civilizações, como por exemplo, a China, Caldéia, Índia,

América pré colombiana.

Estudiosos colocam a região da Caldeia como o berço

da astrologia ocidental, nessa região a astrologia esteve

sempre ligada a religião. Na Caldéia, os astrônomos

possuíam certo prestigio social, aparecendo como magos,

sacerdotes e escribas. Sua sabedoria era domínio exclusivo

dos soberanos e dos membros da aristocracia.

Quando a região foi conquistada a astrologia difundiu-

se nas civilizações greas e romanas e deixou de ser

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

símbolo de prestigio social ligada a religião e passou a ser

considerada profana.

O aspecto religioso dos caldeus foi substituído pelo

valor cientifico mágico dos gregos e romanos, mais tarde

foi aperfeiçoada pelos árabes e foi na Idade Média que ele

voltou a fazer parte do pensamento ocidental.

“A linguagem simbólica dos astros, traçada pela mão

dos pastores caldeus preocupados em observar, atonito, os

fenômenos do céu estrelado, e mais tarde, elaborada até

as estilizações e codificações mitologênicas psicanalíticas

dos nossos dias, mantém-se inalterada na sua substancia

e na sua potencia evocativa e expressiva.” ( SICUPERI,

Roberto. Astrologia e Mito)

A Igreja Católica, importante instituição e representante

de poder na Idade Média, era critica a astrologia, apesar

disso, a astrologia passou a ser difundida em todas as

camadas da sociedade.

Foi no período Renascentista, influenciado por

Copérnico com a teoria do Heliocentrismo, em que afirma

que o Sol está no centro do universo e a Terra gira em

torno do Sol.

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia - visualizado em 02/12/2011

Nesse período, a astrologia passou a ser considerada

como uma disciplina hermética e oculta, sendo utilizada

por membros das fraternidades esotéricas estudadas

como os Maçons e Rosacruzes.

A base da astrologia é o Zodíaco. A principal ferramenta

da Astrologia é o horóscopo. O zodíacos contém os dozes

signos que aparecem nas constelações dos astrais. São

eles: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra,

Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com - visualizado em 02/12/2011

“Uma complexa e profunda harmonia geométrica e

aritmética governa a estrutura do Zodíaco astrológico:

ela exprime significados esotéricos, mágicos, religiosos e

cármicos”. (SICURTERI, 22. 1998)

O Zodiaco é entendido aqui como a roda da vida

individual e coletiva, terrestre e cósmica, em que o símbolo

e o arquétipo estruturam a vida cotidiana da pessoa e o

seu devir através das eras.

Para saber mais!!!

Outras astrologias!!!

Astrologia Chinesa Fonte: (www.astrologica.com.br – visualizado em 02/12/2011)

A astrologia chinesa é guiada através dos anos, teve

inicio quando, segundo a tradição, Buda, prestes a morrer,

chamou os animais para se despedir, apenas 12 animais

foram ao seu encontro e esses passaram a representar o

horóscopo Chinês.

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Astrologia Asteca Fonte: www. http://bemzen.uol.com.br – visualizado em 02/12/2011)

Baseada nas posições do Sol e da Lua no dia do

nascimento a partir de um calendário de 360 dias, divididos

em 18 meses com 20 dias cada mês.

7.2. Astrologia e sociedade contemporânea

A sociedade contemporânea é caracterizada pelo

capitalismo. O capitalismo sistema econômico caracterizado

pelos trabalhos assalariados e propriedade privada dos

meios de produção pela burguesia. Visando o lucro.

Nesse contexto, as relações são baseadas na exploração

comercial e no consumo para gerar o lucro, caracterizando

uma sociedade de consumo.

7.2.1. Principais características da Sociedade de Consumo:

- Agressivas estratégias de marketing para induzir o

consumidor; criando falsas necessidades.

- A produção de mercadorias é excessiva com relação

a busca pela mesma.

- As relações humanas também passam a ser

estabelecidas como produtos.

PARA SABER MAIS!!!

Para entendermos um pouco mais da sociedade

contemporânea, caracterizada pelo consumo e sua relação

com o esoterismo, selecionamos um trecho do texto de

que irá analisar o horóscopo a partir de um importante

sociólogo da Escola de Frankfurt – Theodor W. Adorno.

Texto adaptado: FRANCISCO RÜDIGER*A escola de

Frankfurt e a trajetória da critica a industria cultural in:

Revista do Departamento de Sociologia da UNESP

“Adorno procura mostrar que as páginas de horóscopo

são resultado da exploração comercial de determinadas

situações psicossociais e que elas tanto pressupõem

quanto corroboram as tendências históricas em curso no

mundo contemporâneo “

“Para Adorno, as colunas astrológicas esquematizam

determinados estados de consciência resultantes da

situação social vivida pelo homem moderno e segundo

os quais existem certas regras de conduta e. sempre que

as pessoas agem de acordo com ela, as coisas acabam

bem, terminando mal quando não são observadas. A

pretendida legislação que os astros exerceriam sobre os

destinos humanos equivale a transferência dos princípios

de autoridade social para um ordenamento anônimo e

impessoal, responsável pela boa ordem das coisas e que

zela para que tudo saia de maneira positiva, desde que as

pessoas o obedeçam A necessidade de adaptação social

vivida hoje é, em suma, explicada metafisicamente. “

“Os horóscopos populares são tão incoerentes quanto

a sociedade que os produz e consome – mesmo quando

são bem acabados formalmente.

Significa que eles são ideologia não porque “passem”

alguma mensagem para seus consumidores mas porque

reproduzem subjetivamente os problemas para os quais

afirmam ser a solução”.

“O entendimento assim avançado permite a Adorno

sublinhar que o fenômeno de indústria cultural não são

impostos de cima para baixo, constituindo antes expressões

de movimentos de massa cujo sentido objetivo consiste em

fazer aceitável à subjetividade a precária situação vivida

pela maior parte das pessoas no mundo contemporâneo.

As mercadorias da indústria são consumidas sobretudo

porque propendem a fortalecer as formações reativas

às mutações nos regimes de poder ocorridas em nossa

época. Basicamente elas “reforçam o que [as pessoas]

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Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas

aprenderam consciente ou inconscientemente”, muito

antes de se dar sua intervenção.

As colunas de horóscopo são um exemplo disso: o

mistério de seu sucesso se explica pelo fato de fazerem

eco a um estado de ânimo coletivo, responder à angustia

flutuante sobre o destino da própria vida em condições

sociais cada vez mais anônimas e impessoais, que

essas colunas todavia ajudam a manter objetivamente,

apresentando as ansiedades do homem moderno como

algo que possui algum sentido oculto e tal sentido como

algo que não pode nem deve ser buscado nas condições

de vida em sociedade.”

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