correntes esotéricas e fraternidades...
TRANSCRIPT
1
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Silvana Gobbi Martinho
2
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
1. Apresentação: 3
1.1.O que é esoterismo? 3
Unidade I - O esoterismo europeu: origens históricas e geográficas. 4Capítulo I 41. Os Templários ou Cavaleiros da Ordem dos Templários: 4
1.1. As Cruzadas. 5
2.1.1.Caminho das Cruzadas 6
2.1.2.AS QUATRO PRINCIPAIS CRUZADAS: 6
1.2. Os Templários e as Cruzadas: 6
1.3. Templários e Poder 7
1.4.Acusados de heresia: 8
1.5. Mulheres e templários: 9
1.6.Templários e Maçonaria: 9
2. Maçonaria: 9
2.1.Origem da maçonaria 9
2.2. Ritos Maçônicos 12
2.3. Mulheres e Maçonaria: 13
2.4. Maçonaria e poder: 14
3. ROSACRUZ AMORC 15
3.1. Origem da Rosa Cruz: 15
3.2.O símbolo: 17
3.3.Mulheres e Rosacruzes: 17
3.4.Rosacruzes e Maçonaria: 17
Unidade II - O esoterismo no Oriente Médio: origens históricas e geográficas. 184.Essênios 18
4.1. Origem dos Essênios 18
4.2.As principais doutrinas e práticas dos Essênios: 19
4.3.Evangelho essênio da Paz. 19
4.4. Mulheres e Essênios 19
5. Kaballah 20
5.1. O Alfabeto hebraico 20
5.2. Origem da Kaballah 21
5.3. Uma nova etapa da Kaballah 21
5.4.A Árvore da Vida 22
5.5. Mulheres e Kabalismo 23
Unidade III – Esoterismo, mundo contemporâneo e sociedade de consumo. 236. Runas 23
6.1. Origem das Runas: 23
6.2.Runas e Nazismo 24
7. Astrologia: 25
7.1. Origem da Astrologia: 25
7.2. Astrologia e sociedade contemporânea 27
7.2.1. Principais características da Sociedade de Consumo: 27
Bibliografia: 28
SUMÁRIO
3
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
1. Apresentação:
Quando falamos de esoterismo, estamos nos referindo
às questões místicas, ocultas e mistérios da existência, ou
seja, o pensamento sobre as leis que regem o universo em
sua relação com o real e o metafísico.
O esoterismo sempre existiu, desde a pré história
até os dias atuais, seja no ocidente ou no oriente.
Neste módulo iremos estudar “As correntes esotéricas e
fraternidades iniciáticas”, e para isso dividimos o módulo
em quatro partes. A primeira pretende apresentar as
principais correntes e definições que englobam o termo
esoterismo. A segunda refere-se ao esoterismo europeu
com ênfase nos estudos sobre os Templários, a Maçonaria
e Rosacruz Amorc. A terceira unidade irá priorizar os
principais estudos sobre o esoterismo no Oriente Médio,
analisando os Essênios e a Kaballah. A quarta unidade
e a finalização do curso pretendem abordar o esoterismo
na sociedade contemporânea a partir do estudo sobre a
astrologia, runas e adivinhações e suas relações com o
sistema capitalista e a sociedade de consumo.
1.1.O que é esoterismo?
Fonte: www.divulgarciencia.com – visualizado em 02/12/2011
O esoterismo pode ser definido a partir de sua raiz
epistemológica, ou seja, a origem dos termos que compõe
a palavra esoterismo. A palavra esoterismo possui origem
grega “esóteros” que indica interior, intimo e secreto.
ESOTÉRICO versus EXOTÉRICO
As palavras esotérico e exotérico quando pronunciadas possuem o mesmo som, entretanto o modo de
escrever e seu significado se diferenciam.
Esotérico, de acordo com Blavatsky, é o que está dentro, é o verdadeiro significado da doutrina, sua essência,
já o termo exotérico corresponde ao externo, aos elementos exteriores que compõe certa linha filosófica.
Esotérico – essênciaExotérico – acessórios.
O esoterismo não pode ser pensado como uma religião,
e sim como uma doutrina. As religiões correspondem, de
maneira geral, a um conjunto de crenças e conhecimentos
com o objetivo de compreender o metafísico, já o
esoterismo corresponde aos princípios e saberes que
compõe um sistema religioso.
Foi a partir do final do século XX que o estudo do
esoterismo passou a ser abordado e respeitado no meio
acadêmico. Os primeiros estudos acadêmicos sobre o
esoterismo ainda permearam caminhos entre a prática e o
discurso esotérico e a pesquisa cientifica.
Os estudiosos do esoterismo apresentam diferentes
definições do termo, por isso nesse módulo iremos
trabalhar com a idéia de ESOTERISMOS.
Fonte:www.espiritualismo.hostmach.com.br – visualizado em 02/12/2011
As duas principais tendências no campo acadêmico
referentes ao esoterismo são definidas como: “
Universalismo pró esotérico” e “ estruturação histórico
crítica”.
4
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
a) Universalismo pró esotérico:
Fonte: www.temploglaonica.blogspot.com
A linha de pensamento denominada Universalismo pró
esotérico tem como principais autores Pierre a. Reffard
e José N. Anes, que afirmam que o esoterismo é por si
mesmo esotérico. Essa corrente de estudo descreve o
esoterismo segundo oito teses. São elas:
(A) IMPESSOALIDADE
(B) OPOSIÇÃO ESOTÉRICO VERSUS EXOTÉRICO
(C) MEDIAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E MATÉRIA
(D) ANALOGIAS E CORRESPONDÊNCIAS
(E) IMPORTÂNCIA DOS NÚMEROS
(F) CIÊNCIAS OCULTAS
(G) ARTES OCULTAS
(H) INICIAÇÃO
b) Histórico crítico
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
A linha de pesquisa denominada Histórico crítica tem
como seus principais estudiosos Antoine Faivre e Wouenter
J. Honegraaft. Esses autores consideram que não existe
esoterismo em si, mas sim autores, textos e correntes
esotéricas e místicas.
De acordo com Faivre (1994) o esoterismo é um corpus
de textos que constituem a expressão de certo número
de correntes espirituais na história Ocidental moderna e
contemporânea, ligadas entre si.
Segundo Antoine Faivre, ESOTERISMO :
Não é!!!! É!!!!
- Um termo genérico e vago;
- Um ensinamento secreto;- Um processo guiado só pela experiência.
- Uma correspondência;- Uma natureza viva e cósmica;
- Precisa ter imaginação e mediadores;
- Experiência de transmutação;
- Prática da concordância;- Transmutação.
QUADRO RESUMO!!!!!!!!!
Esoterismo é uma palavra de origem grega e significa interior e secreto.
O esoterismo está presente em todas as religiões , mas ele por si só não é uma religião.
O esoterismo pretende estudar o conhecimento obscuro a partir dos elementos da natureza.
UNIDADE I - O ESOTERISMO EUROPEU: ORIGENS HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS.
CAPÍTULO I
1. Os Templários ou Cavaleiros da Ordem dos Templários:
Fonte: www.irmandadeestrelanegra.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
A história dos Templários está ligada ao processo
histórico-político das Cruzadas, por isso, antes de
continuarmos a falar sobre eles, iremos relembrar um
pouco o que foram as Cruzadas e qual a sua importância
histórica.
5
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Jerusalém, uma região de várias religiões.
A região de Jerusalém é importante para as três
principais religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e
islamismo.
Para os judeus, pois se acredita que foi essa região
a capital do reino de Judá e também onde se construiu o
Templo de Jerusalém. Durante séculos, judeus de varias
regiões do planeta viajam em direção a essa região com o
objetivo de rezar para seu povo e lamentar a destruição da
cidade pelos romanos.
Muro das LamentaçõesFonte: www.colunas.epoca.globo.com – visualizado em 02/12/2011
A importância de Jerusalém para os cristãos deve-se a
crença que a cidade ter sido o local onde Jesus caminhou
com a cruz nos ombros, foi sepultado e padeceu morto na
Basílica do Santo Sepulcro, e por isso também, Jerusalém,
passou a ser uma importante região de peregrinações
crista para orar, pagar promessas, fazer pedidos ou como
forma de penitencia.
Basílica do Santo SepulcroFonte: www.transfiguracaodejesus.blogspot.
com – visualizado em 02/12/2011
Jerusalém é também considerada uma cidade santa
para a religião islâmica, pois acredita-se que foi nessa
região que Maomé alcançou vôo para os céus através do
Domo da Rocha que se encontra até os dias atuais na
mesquita de Omar localizada na cidade de Jerusalém.
Domo da RochaFonte: www.iadpastor.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Jerusalém em hebraico é Yerushalayim e significa “cidade da paz”, esse significado quando levado
para a história da região aparece como curioso uma vez que foi palco de tantas guerras e conflitos.
1.1. As Cruzadas.
Fonte: www. instavrareomniainchristo.wordpress.com – visualizado em 02/12/2011
No ano de 1071, os muçulmanos (nome dado aos
indivíduos que aderem ao Islamismo) conquistaram a
região de JERUSALÉM e proibiram todos e quaisquer
cristãos de visitar a Basílica do Santo Sepulcro.
Os cristãos não aceitaram essa proibição e o papa da
época Urbano II convocou todos os cristãos a reconquistar
a Terra Santa (nome dado a região de Jerusalém).
Foi então que teve inicio as Cruzadas – expedições
militares e religiosas que saiam da Europa, entre os séculos
XI e XIII e tinham como objetivo reconquistar Jerusalém
do poder dos muçulmanos, chamados por eles de “infiéis”.
6
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Além da reconquista da Terra Santa, outros motivos
envolviam o movimento das Cruzadas, como por exemplo:
- Esperança de salvação eterna;
- Desejo de melhorar de vida;
- Aumento do comércio;
- Novas terras.
“Resgatar a Terra Santa dos infiéis e restabelecer a
segurança na rota de peregrinação foi uma desculpa. As
verdadeiras causas das Cruzadas foram sociais, políticas
e econômicas. O fator religioso foi simplesmente um
pretexto para arrastar a guerra Santa uma multidão de
pessoas de toda condição social, fascinada pela empresa
de ganhar para a fé de Cristo os Santos Lugares”. (BAÇAN.
Lourivaldo. A sociedade secreta dos templários.).
As roupas usadas nessas expedições tinham bordado
o símbolo de uma cruz, o que mais tarde resultou na
definição das expedições como cruzadas. Esse termo não
era conhecido no período histórico em que ocorreu.
Fonte: educaterra.terra.com.br – visualizado em 02/12/2011
Segundo a tradição foram ao todo nove cruzadas,
entretanto, elas ocorriam quase que em um processo de
luta continua.
2.1.1.Caminho das Cruzadas
Fonte: www.historianet.com.br – visualizado em 02/12/2011
Depois dessas três Cruzadas representadas no mapa,
foram, segundo a tradição, organizadas outras cinco, mas
nenhuma resultou na retomada de JERUSALÉM.
Participavam das Cruzadas homens, mulheres, crianças,
nobres e camponeses, ricos e pobres, civis e religiosos.
2.1.2.AS QUATRO PRINCIPAIS CRUZADAS:
Primeira Cruzada(1096 – 1099)
Segunda Cruzada(1147 – 1149)
Terceira Cruzada
(1189 – 1192)
Quarta Cruzada
(1201 – 1204)
Liderada por nobres europeus. Recebeu ajuda dos bizantinos, agiram com
extrema violência e
conseguiram conquistar Jerusalém
Liderada pelo rei da França e da região onde
hoje é a Alemanha. Após um conflito
entre esses dois reis a expedição
foi cancelada.
Os reis da Inglaterra e da França
se uniram e estabeleceram
um acordo com os
muçulmanos a fim de
retomar as peregrinações a Jerusalém.
Essa cruzada visava os interesses
comerciais e não a fé, na
busca de uma outra região,
Constantiopla.
DICA DO MESTRE!!!
Ver DVD: Cruzada
• Estúdio: Fox Film • Título Original: Kingdom Come
• Tempo: 144 • Cor: Colorido
• Ano de Lançamento: 2005 • Elenco: LIAM NEESON &
ORLANDO BLOOM & EVA GREEN • Direção: RIDLEY SCOTT • Recomendação: 14 anos
Link Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=lPW-uc1Muxs
1.2. Os Templários e as Cruzadas:
Fonte: www.revellationline888.blogspot.com
7
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
A organização Ordem dos Pobres Cavaleiros dos
Templários do Reino de Salomão foi fundada durante a
primeira Cruzada em direção a terra Santa, quando um
nobre francês chamado Hugues de Paynes chegou da
primeira cruzada e ofereceu seus serviços ao primeiro
rei de Jerusalém, Baldwin I. Ele e mais oito colegas
iriam fazer a guarda dos cristãos que voltaram a fazer as
peregrinações após a sua reconquista da região. Esses
9 homens tinham feito votos de pobreza, castidade e
obediência, cavalgavam geralmente em dupla sob um
mesmo cavalo. A ordem dos templários durou cerca de
dois séculos. (vídeo 3 explicação Templários)
Fonte: www.ferraristudio.com.br – visualizado em 02/12/2011
Aparentemente esses nove homens não iriam ter a
mínima chance de sucesso na guarda das peregrinações,
entretanto seus esforços foram considerados
extraordinários e o rei Baldwin I ofereceu a eles a mesquita
de Al Aqsa, construída em um local antes ocupado pelo
Templo Sagrado de Salomão, daí o nome Ordem dos
Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão - Os
Cavaleiros Templários.
A ordem dos templários foi crescendo e o treinamento
tornava os homens grandes cavaleiros de guerra, no
começo todos obedeciam a um único mestre, mas com o
crescimento da Ordem foi criada uma hierarquia, a qual
todos deveriam obedecer.
1- Grão Mestre: responsável por toda a ordem;
2- Mestres: eleitos para cada uma de suas
províncias;
3- Cavaleiros: soldados guerreiros
4- Sargentos: não tinham compromisso definido
com os templários.
“Os cavaleiros eram o exercito mais disciplinado e
organizado daquele tempo e não tinham dificuldade para
recrutar novos homens de valor para a ordem. Por volta de
1180, havia cerca de 600 cavaleiros no Oriente, juntamente
com dois mil sargentos e talvez cinco mil cavalos de guerra.
Cada combate travado, por menor que fosse, aumentava –
lhe a experiência.” (BAÇAN, Lourivaldo. 2007)
Com a autorização do papa a Ordem dos Templários
passou a angariar fundos e apoio financeiro para a
realização de seus feitos. Com cada vez mais membros e
mais fundos, a ordem passou a acumular poder.
Como os templários possuíam muitos segredos,
após conseguirem poder, status e riquezas, passaram a
apresentar profundas suspeitas em tornos das atividades
por eles exercidas. Como por exemplo: “O que poderia
ser menos cristão do que massacrar seres humanos numa
batalha ou saquear cidades?” Apesar de questões como
essa, a ordem dos templários durou ainda muitos anos.
1.3. Templários e Poder
Os templários, assim como os maçons, tiveram
importante papel político na história. Foram os templários
que ajudaram os reis portugueses no processo da
reconquista cristã.
Para saber mais!!!!Templários e Graal
Fonte: www. imagick.org.br – visualizado em 02/12/2011
8
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
“A história dos templários e a demanda do Graal por
muito tempo andaram unidas tanto na história quanto
na tradição. O grande poeta emdieval Wolfram von
Eschenbach chamava de Templiesen os escolhidos para
guardar o Graal; entretanto, a relação exata entre esses
guardiões e a histórica Ordem dos Templários ainda está
para ser determinada. Alguns acreditam que Wolfram
criou seus guardiões do Graal a partir dos verdadeiros
templários; outros, que eles são pura invenção do poeta,
enquanto um terceiro grupo acredita que Przival se refere
a Ordem em si. Em sua própria época, julgava-se que os
templários haviam se apossado de algo muito poderoso e
importante – algo que, o que quer que realmente fosse
quase ao certo contribuiria para a repentina e funesta
destruição da Ordem em 1307. Até então, os templários
constituíam uma das organizações mais poderosas
do mundo – rica influente e altamente respeitada.
Praticamente da noite para o dia eles se tornaram o centro
de um ataque completamente orquestrado que os revelou
como heréticos, sodomitas, adoradores do demônio e
assassinos. Numa série de provações dramáticas, seus
líderes, assim como grande numero de seus membros,
foram forçados a confessar, sob tortura, os atos mais
execráveis. Num determinado momento histórico, a
Ordem foi varrida – embora, como Karen Ralls observa em
seu livro, eles não desapareceram completamente, foram
absorvidos por outras ordens ou continuaram a agir com
outros nomes. Hoje em dia, e cada vez mais nos último dez
anos, uma vasta quantidade de novas pesquisas tem sido
realizada por acadêmicos apontando os templários como
guardiões de um conhecimento esotérico de extraordinária
importância para o mundo.”
BALLS, Karen, Os templários e o Graal.
1.4.Acusados de heresia:
O poder dos templários fez com que o rei da França
Felipe IV, economicamente falido tentasse se apropriar da
riqueza dos mesmos. Para alcançar seus objetivos, o rei
francês tentou iniciar seu filho na ordem dos Templários,
entretanto, o grão mestre Jacques Molay não aceitou a
proposta.
Muito bravo e com seu poder político abalado devido
a ausência de recursos financeiros, o rei Felipe IV impôs
ao papa Clemente V que ajudasse na captura e no
julgamento do líder templário. No ano de Jacques Molay e
outros templários foram presos, torturados e assassinados
levando ao fim a Ordem dos Templários.
Fonte: www. ohistoriador.com.br – visualizado em 02/12/2011
“Em 1306, o papa Clemente V convocou Molay a vir
a Paris com sua guarnição de soldados. Os templários
apresentaram ao papa trazendo ouro e prata. Após
‘solicitar’ um empréstimo a Molay, Felipe IV conversou com
antigos templários expulsos da ordem que acabaram por
difamar o antigo chefe. Outros ex-templários denunciaram
as atividades clandestinas de Molay no processo de
arrecadação dos impostos. Com essas provas, o rei
Felipe IV, foi a Paris apresenta-las ao inquisidor-mor que
iniciou o processo. Em outubro do ano seguinte, Mulay
e seus companheiros foram presos e levados a tortura
pré condenatória. Um dos soldados Templários resumiu
a ferocidade animalesca dos torturadores com a seguinte
frase: ‘Se me acusassem de ter sido o assassino de Cristo
eu teria confessado’. Em 1314, o arcebisto leu a sentença
final e os 35 templários foram queimados na ilha de Sena.
Era o fim da Ordem dos Templários.” (AURELIO, Daniel. O
Segredo da Guerra.)
DICA DO MESTRE!!!
Visite o site: www.ordemdostemplarios.org LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch
?feature=endscreen&NR=1&v=KxNde7JZtng
9
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
DICA DO MESTRE!!!
Assista ao DVD “ Os cavaleiros Templários”Duração: Aprox. 120 minutos
Título Original: The Knight Templar Direção e Roteiro: James Wignal
1.5. Mulheres e templários:
Alguns documentos históricos da Ordem dos Templários
apresentam dados que indicam a presença de mulheres
entre os templários. As mulheres podiam participar da
ordem e, além disso, existia certa preocupação com os
“princípios femininos”. Estudiosos afirmam ter encontrado
nos sítios arqueológicos templários documentos com
nomes de mulheres templárias.
O fato de esses documentos terem ficado escondidos
correspondeu a uma intenção histórica, visto a condição
social da mulher na Idade Média.
1.6.Templários e Maçonaria:
Pesquisas indicam certa ligação entre a história das
maçonarias e os templários.
Após a perseguição francesa aos templários muitos
se esconderam em outras partes da Europa, inclusive na
Inglaterra, pois acredita-se que os templários ajudaram
o rei inglês no ano de 1314 na batalha de Bannockburn,
entre Inglaterra e Escócia.
Apesar de terem se atrelado a corte inglesa, os
templários não queriam ser descobertos enquanto
templários e por isso se disfarçaram, a partir de seus
conhecimentos de arquitetura sagrada, desenvolvidas na
Terra Santa, eles passaram a construir alguns templos e se
disfarçaram de pedreiros, que permite afirmar o elo entre
os templários e a maçonaria já que essa representa uma
organização de pedreiros.
Quadro Resumo!!!
Templários - Originários das Cruzadas;
Cruzadas - movimento político religioso em direção a Terra Santa para liberá-la do poder dos muçulmanos.
Os Templários no início de suas atividades se abstinham das riquezas e dedicavam-se a ter uma vida simples, com o passar dos anos eles eram responsáveis pela arrecadação de impostos e foram se enriquecendo e ganhando poder.
Os reis franceses passaram a perseguir os templários devido
a disputa de poder. Os templários foram executados e algumas teorias indicam que eles deram origem aos maçons.
2. Maçonaria:
Fonte: blogdamaconaria.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Um dos elementos essenciais da maçonaria e,
simultaneamente, um dos seus principais alicerces, foi o
conteúdo esotérico. Aquele que era iniciado numa loja
maçônica achava que estava participando da revelação de
mistérios que, supostamente, retroagiam as épocas mais
remotas.
O esoterismo na maçonaria apareceu como um de
seus maiores atrativos, mas também uma característica
bastante delicada, pois sempre deixou em aberto a
possibilidade de jovens maçons criarem novos ritos para
revelar conhecimentos esotéricos.
2.1.Origem da maçonaria
Falar sobre a origem da maçonaria é sempre arriscado,
pois nem os maçons nem os estudiosos da maçonaria
apresentam posição unânime sobre o assunto.
Algumas teorias se apresentam como verdadeiras a
respeito da origem da maçonaria, como por exemplo, a
10
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
teoria megalítica, a teoria egípcia, a teoria iniciática e a teoria templária. Entretanto, elas aparecem como lendas ou
como improváveis.
A tabela abaixo demonstra algumas características dessas teorias e a crítica a respeito da mesma.
TEORIA FUNDAMENTOS CRÍTICA
Megalítica
“ De acordo com essa teoria, o saber maçônica remontaria à pré – história e foi conservado no meio das associações de sábios astrônomos.” (VIDAL, p.14. 2005)
“ Não é possível demonstrar que os construtores pré-históricos fossem astronomos e possuissem uma sabedoria esotérica oculta.” (IBDEM. P.14)
Egípcia
“ A origem da maçonaria estaria ligada ao poder dos faraós, onde teria surgido
uma sociedade secreta destinada a transmitir segredos da manufatura e
conhecimentos esotericos.” (IBIDEM. P.15)
Para a perspectiva histórica, segundo Vidal, essa teoria é anti – histórica, pois a linha histórica que uniria os fenômenos
é indemonstrável.” (IBIDEM, P.15)
Iniciática
Essa teoria “ pretende ligar a maçonaria a uma linha ininterrupta de religiões
pagãs e cultos esotéricos que se perdem na noite dos tempos.
A base histórica dessa teoria, segundo Vidal, é nula.
Templária
Acredita-se que os templários fizeram parte de uma cadeia de receptores de segredos
ocultos transmitidos para a maçonaria.
A relação entre os cavaleiros templários e a maçonaria existiu, entretanto, algumas
lojas maçônicas não afirmam essa ligação.
É na Idade Média que podemos afirmar que características que mais tarde seriam apropriadas pela maçonaria. Foi
na Idade Média, principalmente na Inglaterra que existiram organizações de pedreiros, situadas em cabanas chamadas
de “lojas maçônicas”, que guardavam a sete chaves os conhecimentos sobre seu ofício. Em que a transmissão de
conhecimento era passada apenas para pessoas escolhidas.
11
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Fonte: www. gloriadaidademedia.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Esses pedreiros maçons deveriam seguir algumas
regras como: acreditar em Deus, aceitar os mandamentos
da Igreja, repudiar as heresias, obedecer ao rei, não
seduzir mulheres, não jogar cartas e não ir a prostíbulos.
O modo de vida em organizações, as regras para fazer
parte dos grupos e para mudar de posição hierárquica
dentro do grupo, o conhecimento limitado a poucos
homens, a submissão a normas, são elementos que
permitem aos historiadores da maçonaria indicar nesse
conjunto de fatos os primeiros indícios históricos da
maçonaria, ou seja, seus antecedentes.
Link youtube: http://www.youtube.com/watch?v=p1ziU3EnKH0
A maçonaria investiu no caráter moral de suas ideias
e no elitismo de seus membros. Mas inseridos no Antigo
Regime, essa superioridade era apenas social, pois eles
não eram superiores a média da sociedade.
A forma como se dá a organização da maçonaria, no
contexto do absolutismo caracterizado pelos estamentos
sociais, aparece como subversivo, pois ao afirmar outra
forma de hierárquica, em que por exemplo, nobres que
estavam no primeiro estamento e comerciantes que estavam
no terceiro estamento eram, na maçonaria, considerados
iguais. Por outro lado, os maçons consideravam-se
superiores aqueles considerados profanos e não maçons.
Para poder ser candidato a maçonaria deve-se:
1- Ter 21 anos ou ser emancipado;2- Possuir independência moral ou econômica;
3- Possuir uma reputação ilibada no meio social e familiar;4- Gozar da capacidade civil;
5- Possuir instrução suficiente para entender os fins da Ordem e a energia moral necessária para cumpri-los;
6- Não professar ideologia que se opõe aos princípios maçônicos;
7- Gozar de perfeita saúde e não possuir defeito físico que o impeça de cumprir os deveres maçônicos;
8- Crer em um ser supremo9- Morar no mínimo 6 meses no lugar
onde reside a loja maçônica;10- Obrigar-se ao pagamento dos encargos pecuniários estabelecidos no regulamento;11- Deve-se ser proposto por dois irmãos
da Ordem que o conheçam.
Dentro da maçonaria, o maçom pode alcançar diferentes
hierarquias a partir da passagem de vários rituais como
podemos observar na imagem abaixo que representa os
degraus hierárquicos presentes em uma loa maçônica dos
Estados Unidos da América.
Fonte: bruxospoderosos.kit.net – visualizado em 02/12/2011
É possível deixar de ser Maçom?
Muitos mitos envolveram a maçonaria e a necessidade
de permanecer para sempre como maçom, sendo
impossível o desligamento, entretanto, as obras maçônicas
apresentam o termo “adormecido” que refere-se a lojas e
maçons que pararam suas atividades.
12
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Para se afastar da maçonaria deve-se entregar um carta
/ documento com os motivos que justifiquem a vontade de
se desligar da Ordem.
Mesmo que o maçom se afaste, ele continua sendo
considerado um irmão e por isso não pode transmitir
os conhecimentos que adquiriu a respeito do trabalho
maçônico e dos rituais. Além disso, caso haja o desejo de
retornar a maçonaria, ele não precisa passar pelo processo
de iniciação novamente.
O maçom ao voltar para ordem pode ocupar a mesma
posição hierárquica que possuía quando se afastou.
Dica do Mestre!!!
Leia o livro “ Maçonaria para Iniciados” por Sergio Pereira Couto.
2.2. Ritos Maçônicos
“O que é um Rito?
É a denominação para um ato religioso e, por
conseguinte, das praticas e fórmulas usadas nos diversos
cultos. Na maçonaria, especificamente, vemos uma grande
proliferação de Ritos adotados no presente e no passado,
o que torna o assunto incrivelmente variado. São muitos
os Ritos adotados hoje em dia e maior ainda o número
daqueles que já tiveram seu auge na pratica dos trabalhos.
Os maçons entendem os Ritos como mais do que
simples procedimentos. São o conjunto de regras pelas
quais se praticam não só as cerimônias como também
os sinais, toques, palavras de passe e demais instruções
secretas que ajudam na condução e identificação dos
membros. Os ritos, de um modo geral, são independentes
e autônomos entre si e dirigidos por um chamado Corpo
Superior, que os regulamenta. Esses corpos são chamados
de Grandes Orientes, Supremos Conselho, Grandes
Colégios, Consistórios, entre outras denominações.
Entre os vários Ritos existentes há quatro que são os
mais adotadospelo mundo todo e, por isso, considerados
Ritos universais:
1. Rito Simbólico ou Azul: é a base de todos
os demais, composto exclusivamente dos três
Grasu Simbólicos Fundamentais (Aprendiz,
Companheiro e Mestre). Esses são considerados
os únicos que possuem uma base genuinamente
maçônica, sendo os demais, invenções que
surgiram com o tempo, conforme a necessidade
das Lojas que os adotavam.
2. Rito York ou Moderno Inglês: também
conhecido como Rito do Real Arco, foi mencionado,
pela primeira vez, em 1743, no relato de uma
loja localizada na Irlanda. A introdução deste
Rito em Londres, Inglaterra, aconteceu em
1777, quando ali foi estabelecido um Grande
Capítulo do Arco Real. Passou, em seguida, a ser
chamado de Rito dos Antigos Franco – Maçons
e Rito York, o principal centro das corporações
maçônicas inglesas naquela época. É composto
de quatro Graus: Mestre Aprovado ou Excelente
Maçom, Mestre de Nota, Excelentíssimo Maçom
e Santo Real Arco. Quando veio para a América,
assumiu nove Graus: Aprendiz, Companheiro,
Mestre, Mestre de Nota, Mestre Aprovado,
Excelentíssimo Mestre, Real Arco, Mestre Real e
Mestre Eleito.
3. Rito de Schroder: também conhecido
como Rito Rosacruz Retificado, foi criado na
Alemanha, no ano de 1766, pelo maçom que
lhe deu o nome e é uma mostra de Maçonaria
Simbólica e de quatro Graus Superiores, que
foram retirados originalmente da magia e da
alquimia.
4. Rito Escocês Antigo e Aceito: a origem
imediata deste Rito é discutida até hoje, pois
apesar do nome, pouco ou nada tem que ver com
a Escócia. Sabe-se, por exemplo, que a origem
mais provável de seus métodos tenha sido
13
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
mesmo um outro Rito, chamado Rito de Perfeição
ou de Heredom com 25 Graus, criado em 1758
na França pelo Conselho Imediato do Oriente
e do Ocidente. A história do Rito d e Perfeição
perdeu-se em períodos tristes em que pessoas
de má fé chegaram a vender os Graus de maneira
corrupta. O significado do aperfeiçoamento
pessoas foi simplesmente perdido e trocado pela
possibilidade de se conseguir certo status pelo
fato de ser maçom. Muito se passou até o ano
de 1804 quando em 12 de outubro deste ano,
foi realizada uma assembléia que trabalhou com
o objetivo de formar uma Grande loja em Paris,
na França. Essa Loja recebeu a denominação de
Grande Loja Escocesa da França do Rito Escocês
Antigo e Aceito. Foi a partir dessa iniciativa que o
Rito se espalhou pelos demais paises europeus:
na Itália em 1805, Espanha em 1811, Irlanda em
1824, Inglaterra e Gales em 1845 e na Escócia
em 1846. Hoje é o Rito mais difundido do mundo
incluindo o Brasil que adota seus 33 Graus.
Fonte: COUTO, Sergio Pereira. In: Maçonaria para não iniciados
Fonte: teoriadaconspirao.wordpress.com – visualizado em: 02/12/2011
2.3. Mulheres e Maçonaria:
A maçonaria é uma sociedade prioritariamente
masculina. Isso se deve pois existe uma tradição de
manter apenas homens que para a Ordem maçônica.
Alguns afirmam que as mulheres desvirtuam a atenção
dos irmãos e dos trabalhos que eles devem realizar.
“A não admissão de mulheres na maçonaria é uma
tradição milenar que vem desde os maçons medievais,
que deles vem sendo transmitida até nós através dos
manuscritos dos antigos deveres que serviram de base para
a elaboração dos regulamentos dos livros das constituições
de James Anderson. Não há nenhum preceito especial
que proíba as mulheres de participar da maçonaria.
Talvez a reclamação mais antiga que se conhece contra
essa tradição seja da Rainha Elizabeth quando no inicio
do reinado, ao tomar conhecimento da existência da
maçonaria, soube não poder afiliar a ela por ser mulher
e assim não participar de seus segredos. A não admissão
de mulheres na Maçonaria é uma tradição de quase mil
anos, que não pode ser abolida por ser a maçonaria uma
ordem.” (Ambrósio Peters, Ordem de Curitiba, Paraná,
escritor, historiador, filósofo e livre pensador, conforme
texto publicado no Portal MAÇÔNICO – www.samauma.
com.br )
As mulheres não aceitaram essa proibição e respondem
a ela afirmando que:
“Em nenhuma escola publicada anteriormente, foi
encontrado algo que proibisse o ingresso da mulher na
ordem; pelo contrario, nos antigos mistérios do período
operativo, a mulher desempenhava funções em igualdade
com o homem; cm a diluição desses mistérios pelas religiões,
principalmente a Igreja Católica, as mulheres acabaram
sendo discriminadas e inferiorizadas, e o clero feminino
limitou-se a prestar serviços aos dirigentes eclesiásticos.
Alegavam, nas sociedades antigas, que a posição de
inferioridade da mulher era devido à sua fragilidade física,
sendo que até a esterilidade conjugal era indevidamente
associada à mulher, pois não poderia comprometes o
macho da espécie perante seus congêneres”. ( Krinski,
Esteva Maria. A mulher na maçonaria: desde o século
14
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
XVII até nossos dias. – Disponível em: www.triplov.com/
maçonaria_feminina )
Existem algumas lojas maçônicas mistas e outras nas
quais as mulheres se reúnem enquanto esperam os seus
maridos.
Fonte: www.maconariasemmisterios.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Não poder ter a participação de mulheres, não fez
com que os interesses das mulheres pela maçonaria não
existisse. A curiosidade de algumas mulheres fez com que
elas desobedecessem a essa regra. Relatos contam que
certas mulheres como a Senhora Beaton conseguiram
desvendar os segredos da maçonaria e até mesmo tornar-
se maçom. Para que isso ocorresse, conta-se que ela se
escondeu no forro de madeira de uma loja e registrou tudo
o que ouviu e viu, até que depois de muita insistência
passou pelo processo de iniciação e tornou-se maçom.
DICA DO MESTRE!!!
Visite o site: Maçonaria Feminina – www.triplov.com/carbonaria_maconariafeminina/
2.4. Maçonaria e poder:
Fonte: www.mensagensdemaria.org – visualizado em 02/12/2011
Quando falamos da relação entre maçonaria, a influencia
histórica política da mesma e suas relações de poder,
não podemos pensar na maçonaria como uma unidade
centralizadora da qual derivam outras. No âmbito político
deve-se falar em maçonarias no plural, pois ela é uma
concepção de organização que se espalhou por diversos
países, regada de ideários maçônicos, mas influenciadas
pelas praticas e sujeitos históricos de determinados lugares
e em determinados períodos.
É válido ressaltar que falamos de maçonarias no
plural entendendo que não há uma unidade maçônica
centralizada, mas isso não quer dizer que não exista um
fundo comum teórico, prático e simbólico para a formação
das lojas maçônicas e também laços estabelecidos
internacionalmente.
O segredo sempre foi uma característica importante na
maçonaria, isso se deve, pois na Idade Média, em que
como o rei possuía o poder absoluto, era o segredo que
permitia que ideias e pensamentos fossem conservados em
relação ao controle do Estado absolutista, sem ameaçá-lo.
Entretanto, manter em segredo em relação ao Estado
não afastou os reis da maçonaria ou não atuou como
revolucionário na relação contrária ao Estado e muitos reis
fizeram parte da maçonaria.
“Como na Suécia (George IV, Eduardo V II), Dinamarca
(Frederico V III), sem esquecer a alta nobreza francesa,
como os duques de Montagu e de Chames (futuro Philippe
Egalité), entre tantos outros (Ligou, 1987). O mundo ibérico
não fazia exceção a essa regra, como se sabe: o duque de
Latões (D. João Carlos de Bragança) e o conde de Linhares
( D. Rodrigo de Sousa Coutinho) foram pioneiros maçons
em Portugal (Marques, 1989). Este último, aliás, iniciou
nas atividades das lojas jovens vindos do Brasil, como
José Bonifácio de Andrada e Silva e Hipólito José da Costa.
Sendo assim, vê-se que a filiação do príncipe (e futuro
imperador) D. Pedro ao Grande Oriente Brasileiro em 1822
não se constituiu numa particularidade brasileira.” (MOREL,
Marco. Sociabilidades entre Luzes e Sombras,2001. p. 08)
15
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
A relação ambígua entre maçons e reis ocorreu
principalmente, pois os primeiros buscavam proteção,
legitimidade e pretendiam ocupar certos espaços, os
segundos, pois desejavam controlar as novas organizações.
Quadro Resumo!!!
Maçom - sociedade iniciática e filosófica de caráter universal guiados pelos princípios da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.
Diferentes estudos afirmam a origem da maçonaria.
A teoria mais aceita sobre a origem da maçonaria corresponde a Idade Média na Inglaterra.
Os maçons influenciaram importantes movimentos políticos. No Brasil podemos assinalar o processo de Independência.
3. ROSACRUZ AMORC
Fonte: espelhosdatradicao.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Após abordarmos as principais características da Ordem
dos Templários e da Maçonaria, iremos agora estudar,
ainda inserido no esoterismo europeu, o Rosacruz Amorc.
A organização Rosacruz tem o nome completo Antiga e
Mística Ordem Rosa e Crucis – AMORC. Este nome, segundo
Robert Fludd é uma referencia ao sangue de Cristo, na
cruz Golgota e a rosa é associada a cor do sangue de
Cristo e aos espinhos que provocaram seu derramamento,
além de certo caráter de sedução que concede ao nome.
O termo como AMORC que significa Antiga e Mística
Ordem Rosa Cruz.
PARA SABER MAIS!!!!!!!
Visite o site oficial da Ordem RosaCruz AMORC para linga portuguesa.
www.anmorc.org.br
3.1. Origem da Rosa Cruz:
“O movimento Rosacruz nasceu de uma dicotomia
marcante: de um lado profundamente ligado à figura
histórica e mística de Jesus Cristo, de outro procurando
penetrar os mistérios de Crístico – coisa que a igreja se
esquiva de fazer, por motivos óbvios: rasgado o véu do
mistério o cetro do Poder perde sua força, com sério abalo
no status da casta sacerdotal e severos prejuízos aos
detentores do poder temporal.” (VELADO,p.5.2005)
Assim como a maçonaria, a Rosacruz Amorc é
uma organização carregada de mistérios e atrelada
ao sincretismo de ideias filosófico-religiosas como o
hermetismo egípcio, o cabalismo judaico, o gnosticismo
cristão, a alquimia e outros. Cuja origem é atravessada
por variadas interpretações.
Estudiosos remetem a origem dos Rosacruzes a fusão
do cristianismo com os mistérios da mitologia egípcia ligada
ao faraó Amenaphis IV, já que no Egito antigo existiam
estudiosos dedicados a explorar os mistérios da vida.
Fonte: www.pstissophiah.org/esoterismo/a_historia_o_rosacruz.htm
Outros remetem o inicio dessa organização a história
medieval e a Martin Lutero, um grande critico as formas
como o cristianismo agia durante a Idade Média.
Martin Lutero foi o percussor do movimento de Reforma
da Igreja Católica após se revoltar com o escândalo da
venda indulgências iniciando o maior abalo já ocorrido no
interior da Igreja.
Atrelar Lutero e seus ideais ao inicio da Rosacruz deve-
se, pois ele pregava uma reforma rosa que representava
o amor em Cristo e de Cristo e pela cruz, símbolo das
injunções que levam a evolução.
16
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
A Rosa de Lutero(VIVIT = Ele vive)
Fonte: www.paxprofundis.org – visualizado em 02/12/2011
PARA SABER MAIS!!!
Leitura complementar: Artigo de Marcela Pimentel Silva in: Anais do simpósio da ABHR, vol. 12 (2011)
“ A inserção do Presbiterianismo no Brasil e o ecumenismo: a relação entre Presbiterianos, Maçons e políticos Liberais.”
Link do texto: www.abhr.org.br/plura/ojs/index.php/anais/article/view/216
Apesar das diferentes referencias sobre a origem da
Organização Rosa Cruz, o registro mais antigo remete-se
a 1597, quando Cristianus Rosenkreuz percorreu vários
países da Europa na esperança de criar uma sociedade
dedicada às pesquisas alquímicas.
De acordo com Couto, Cristianus Rosenkruzes fez
uma peregrinação para a Terra Santa e lá entrou em
contato com vários sacerdotes que lhe transmitiram
certos conhecimentos, quando Cristianus retornou para
a Europa, pretendia criar uma ordem, porém, poucas
pessoas o levaram a sério. Apesar disso, ele escreveu
três importantes textos. São eles: Fama Fraternatis; O
casamento Alquímico de Cristian Rosencreutz e Confessio
Fraternitatis.
Esses três textos são complementares, o primeiro
dirigido aos reis expunha a situação do mundo Ocidental,
o segundo pretendeu apresentar a Ordem Rosa Cruz
AMORC como um caminho para a Reforma Universal.
Já o terceiro demonstrava os caminhos percorridos por
Cristianus Rosencreutz.
“Dizem que Rosenkruzes morreu com 150 anos porque quis e não porque tinha que morrer. Quando abriram seu túmulo, em 1604, seus discípulos encontraram no interior,
inscrições estranhas e um manuscrito com letras douradas.”
COUTO, Sergio Pereira. In: Sociedades Secretas. P.18. Universo dos Livros. 2005.
A organização sistemática Rosacruz representa uma
evolução das Irmandades alquimistas, em busca do
desenvolvimento de habilidades nos homens para que
eles se tornem melhores em sua relação com a natureza
espiritual e na evolução da humanidade.
Fonte: www.essaseoutras.com.br – visualizado em 02/12/2011
“A alquimia, considerada como tal, tinha, no fim da
Idade Média, em parte emperrado na especulação e em
parte, descambado em charlatanismo” (HERMANN, S. p.
67.1959)
Pode ser definida como uma alquimia, pois alguns
elementos como o interesse de saber, investigação da
natureza, aprofundamento do segredo da existência e das
transformações foram elevados a um outro nível espiritual.
Na qual em lugar das pesquisas em perspectivas da pedra
filosofal, buscou-se um fim superior em que o individuo
vê o mundo e os segredos do mundo com, segundo a
organização, maior profundidade. Assim, com uma
percepção clara da essência do ser humano, os indivíduos
chegariam ao verdadeiro conhecimento do mundo e da
vida.
17
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
3.2.O símbolo:
O símbolo da Rosacruz corresponde as ansiedades da
Idade Média. A relação entre o símbolo e as armas de
Lutero não pode ser demonstrada tão facilmente, pois nas
armas do Paracelso ela igualmente poderia correlacionar e
Andréa fez com que o seu Cristiano Rasacruz se enfeitasse
com quatro rosas no chapéu que desde Jacó Andréa
adornavam as armas.
Robert Fludd (1574 – 1637), primeiro Rosa Cruz da
Inglaterra, lembra o nome da liga por meio de uma alusão
ao sangue de cristo na cruz do Golgota. O místico na
idéia da rosa interferida na lembrança da cor do sangue
e nos espinhos que o provocam, certamente contribuiu
para emprestar a palavra uma muito mais forte força de
atração.
A Rosacruz é um símbolo esotérico que tem um significado especial no centro da cruz
representando a “mãe primordial” do universo e este é representado
pela cruz com sua porção vertical, representando
o principio masculino e a horizontal o feminino.
Esse emblema de significado místico e
alegórico, representa a irmandade Rosacruz.
O simbolismo dessa cruz é mais complexo que o da anterior , em função do esoterismo nela contido,
que demonstra uma estreita ligação entre a referida organização
e a alquimia, pois observa-se facilmente a presença ostensiva de
três símbolos alquímicos em suas extremidades:
o sal, o enxofre e o mercúrio. No centro há
um pentagrama que, alem de representar a rosa, estaria representando,
também o homem, como microcosmo, enquanto
que a cruz maior estaria representando o universo.
Fonte: www. previnasedamarca.com – visualizado em 02/12/2011
3.3.Mulheres e Rosacruzes:
Os membros das lojas Rosacruz eram
predominantemente homens que cuidavam de assuntos
de projeção política, guerras e manobras financeiras.
Entretanto, as mulheres, poucas é verdade, tiveram raras
aparições e fizeram parte dessas lojas. Existiu um caso, na
Holanda, que levou a fundação de uma loja feminina sob
a presidência de uma moça, filha de um curtidor de couro,
conquistou um lugar na literatura.
3.4.Rosacruzes e Maçonaria:
Assim como estudos indicam certa aproximação entre
os Templários e a Maçonaria, é possível perceber também
semelhanças e ligações históricas entre os Maçons e os
Rosacruzes.
Estudiosos afirmam que a relação entre maçonaria e
os Rosacruzes tiveram inicio durante o fim da Idade Média
e inicio da Idade Moderna. Com a crise do antigo Regime
as maçonarias se viram obrigadas a, progressivamente,
aceitar alguns elementos “estranhos” nos processos de
construção e também a admitir filósofos, .hermetistas e
alquimistas. É a partir da alquimia que os historiadores
referem as relações entre os maçons e os Rosacruzes..
Quadro Resumo!!!
Rosa Cruz Amorc – fraternidade esotérica hermético crista.
A alquimia é a base dessa fraternidade.
Cristianus Rosencruzetz é considerado como o principal precursor do conhecimento Rosa Cruz.
Essa fraternidade foi publicamente conhecida a partir de três importantes textos: FAMA
FRATERNAIS; CONFESSIO FRATERNAIS e Núpcias Alquímicas de Cristianus Rosencruzetz.
18
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
UNIDADE II - O ESOTERISMO NO ORIENTE MÉDIO: ORIGENS HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS.
Fonte: www. mundopessoa.blogs.sapo.pt – visualizado em 02/12/2011
Iremos agora apresentar as principais características e
manifestações do esoterismo no Oriente Médio a partir dos
Essênios e a Kaballah.
As organizações esotéricas do Oriente, assim como as
do Ocidente tiveram um importante papel político e social
no período correspondente a Idade Média.
4.Essênios
Fonte: www.novaera-alvorecer.net
Os Essênios era uma seita em que se dividia o judaísmo
na época de Jesus. Os essênios, de acordo com o estudo
esotérico, eram preparados para se tornar uma pequena
habitação do filho de Deus.
4.1. Origem dos Essênios
A origem dos Essênios se remete ao antigo Egito,
quando um grupo de judeus passou a viver as margens
do mar Morto, no deserto, concentrados a estudar o Tora,
escrituras sagradas para os judeus e que formam os
primeiros cinco livros do Antigo Testamento.
Fonte: www.faixagospel.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Para Ginsburg, essênios e judeus possuíam diversas
semelhanças.
“ Ambos consideravam o trabalho como proveniente de
Deus, ambos tinham a comida na conta de um sacramento,
ambos o sacerdote começava e concluía a refeição com
uma prece, ambos não removeriam uma ânfora durante o
Sabá”. (GINSBURG, p.27. 1992)
A relação entre os Essênios e os Cristãos também é
frequente, afirma Ginsburg.
“O Essenismo instou os seus discípulos para que
procurassem primeiro o reino de Deus, o mesmo fez
Cristo. O essênios proibiam o acumulo de tesouros sobre a
Terra, como Cristo. Os essênios exigiam que todos os que
quisessem juntar-se a eles que vendessem todas as suas
posses e as dividissem entre os irmãos pobres; o mesmo
fez Cristo” (IBIDEM, p.28)
LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=8fJiNJsqEyQ&feature=related
De acordo com o teólogo Rafael Rodrigues da Silva
(PUCSP) “Após 142 a.C., cresceu a tendência de separação
entre os judeus. Os essênios, então, retiraram-se para o
deserto ou áreas onde pudessem observar rigidamente os
mandamentos de Moisés”.
19
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Estudos indicam que os Essênios surgiram em um
contexto histórico em que os nobres de Jerusalém , na
Palestina, eram submetidos a uma forte influência da
cultura grega, o que levou ao distanciamento das relações
entre o governo judeu local e alguns grupos religiosos,
que pregavam a defesa de costumes mais tradicionais
desse povo.
4.2.As principais doutrinas e práticas dos Essênios:
- Veneração a Lei de DEUS;
- Seguidores de Moíses;
- Objetivavam virar templo do Espírito Santo;
- Fazer curas milagrosas;
- Ser celibato;
- Viviam em paz e reprovavam a escravidão e a guerra.
4.3.Evangelho essênio da Paz.
Alguns acreditam que João Batista foi um essênio e
que Jesus Cristo teve contato com o grupo. Os autores
que defendem essa teoria lembram que as palavras
essenoi, em grego, e esseni, em latim, são traduzidas
como “aqueles que curam”, o que seria uma referência a
atividades parecidas aos milagres atribuídos a Jesus.
LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=VBoTJ8ZMDEk
De acordo com estudiosos, depois de um longo período
de estudo e tradução dos manuscritos do mar morto
que só se finalizou no ano de 2002. Afirma-se que não
há referência direta entre Jesus, João Batista ou aos
primeiros cristãos.
Os essênios provavelmente foram exterminados pelos
romanos, ou obrigados a deixar suas comunidades e fugir
para salvar suas vidas, por volta do ano 68 d.C.
O evangelho Essênio aparece como o livro sagrado
escrito pelo apóstolo João que narra passagens
desconhecidas na Bíblia sobre a vida de Jesus Cristo.
Esse livro foi encontrado nos arquivos do vaticano, pelo
pesquisador Edmond Szekely.
Em muitos momentos do evangelho essênio, é possível
perceber uma doutrina de amor incondicional a Deus,
a humanidade e a todos os seres. Atrelado a crença na
santidade e unidade da vida.
4.4. Mulheres e Essênios
Em suas sociedades, que em geral excluíam mulheres,
eles observavam rigorosamente os mandamentos de
Moisés e obedeciam a uma estrita regra de disciplina,
codificada em manuscritos, que regulava todos os detalhes
da vida diária e deixavam as mulheres fora dessas práticas.
Em cinco de abril de 2007, o papa Bento XVI afirmou a existência de uma relação entre Jesus e os Essênios, na
sua homilia na “Missa da Santa Ceia” realizada na basílica romana de S. João de Latrao, referindo-se aos manuscritos de Qumran. ao afirmar que o calendário seguido por Jesus
Cristo na Páscoa poderia ser o mesmo dessa misteriosa seita judaica. E afirmou que que Jesus “celebrou a Páscoa com seus discípulos provavelmente segundo o calendário
de Qumran, e por isso, pelo menos um dia antes”.
QUADRO RESUMO!!!
Essênios – seita do judaísmo na época de Jesus.
Esoterismo e Essênios – acreditavam que eles iriam abrigar o filho de Deus.
Essênios eram dedicados ao estudo do Tora e seguidores de Moíses.
Tora – livro sagrado dos Judeus.
20
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
5. Kaballah
A Kaballah corresponde a uma organização mística de
origem no judaísmo. Durante muito tempo, ela foi a forma
aceitável de misticismo dentro do judaísmo, aparecendo
como uma filosofia e uma forma de olhar para Deus e para
o universo.
“O Cabalismo retém grande importância como a chave
para o pensamento místico da contracorrente e a pratica
de magia cerimonial” (GODWIN, David. 2004.A verdade
sobre a Cabala)
Cabala, Kaballah, Kabalah, Qabala, Qblh são diferentes
formas de escrever o nome dessa organização mítica.
Alguns autores apresentam novas características para as
variáveis gráficas do termo.
Kaballah seria a forma tradicional hebraica de referencia
ao judaísmo; Cabala é usada para designar a versão cristã
da renascença e cabala refere-se aos desenvolvimentos
posteriores da Tradição Hermética Ocidental. Apesar
dessas diferenças entre a forma de escrever a linha que
caracteriza a organização, pode-se perceber, organizações
de tradição hermética que escrevem kaballah para se
referirem ao termo. Assim concluímos que não existe uma
forma fechada ou regra para a escrita do termo e iremos
nesse estudo utilizar o termo Kaballah.
Sabemos que é possível nos referirmos a Kaballah de
diferentes formas, mas é válido pontuarmos o significado
do termo. Kaballah em sentido literal significa receber, seria
receber a plenitude da vida, ou seja, conectar a energia do
Universo e entender o funcionamento do mesmo.
PARA SABER MAIS!!!
Visite o site: http://www.kabbalahcentre.com.br
5.1. O Alfabeto hebraico
Como outros alfabetos antigos, mais notavelmente
as runas teutonicas, as letras possuem nomes que na
verdade significam algo alem de serem apenas nomes
de letras. “É como se pudéssemos dispensar os livros
de alfabetização que dizem, por exemplo, ‘A para Ave’ e
no lugar começássemos a chamar a letra ela mesma de
Ave. Em vez de dizer que a palavra boi se escreve bê-
ó-i diríamos que se escreve “bola – ostra – ilha” sendo
cada uma dessas palavras como nada mais que o nome de
uma letra. Já que o nome das letras são com freqüência
considerados úteis para determinar a natureza essencial
de uma letra ou palavra.
Embora algumas das letras, como aleph, he, vô, yod
e ayin sejam as vezes usadas para indicar a presença de
uma vogal, literalmente o alfabeto hebraico não possui
vogais. Somente a partir do século X de nossa era é que
os MAsoretas de Tibérias, no Mar da Galiléia, finalmente
aperfeiçoaram o uso de um sistema de pontos e linhas
escritos acima, abaixo e dentro das letras para indicar
vogais.
21
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
EXEMPLO:
NO PRINCÍPIO - BERESHITPrimeira palavra da Bíblia
Sem os pontos masotéricos:
A Kaballah acredita que cada letra, palavra, número, e
acento da escrita contêm um sentido escondido e ensina os
métodos de interpretação para verificar esses significados
ocultos.
5.2. Origem da Kaballah
“Durante longos séculos, a cabala foi uma forma de
acesso do povo judaico expatriado à sua história e à sua
religião, até que, no final do século XVIII, quando parte
desse povo havia se rendido às tradições européias,
mostrando-se arredio ao misticismo que a envolvia, ela caiu
em esquecimento. No entanto, a utilização dos conceitos
de criação, exílio, revelação e redenção, fundamentais à
cabala, por parte de intelectuais judaicos contemporâneos
que teorizaram sobre a tradução também contribuiu para
que esse sistema interpretativo judaico emergisse do
esquecimento ao qual se encontrava fadado.” (Oliveira, p.
8. 2002)
A Kaballah surgiu como um sistema místico de
interpretação do Tora (livro sagrado judeu) fora das
sinagogas (templo judeu). Alguns estudiosos afirmam que
essa interpretação do Tora começou a ser realizado por
grupos de judeus, reunidos em torno do rabino Simeon
ben Yohai, discípulo do Rabi Akiva, depois que ocorreu
a destruição do Segundo Templo Judaico pelos romanos,
em 70 d. C.. Outro vão afirmar que os estudos cabalísticos
surgiram apenas a partir dos séculos XI e XII, na Espanha,
quando Moíses de Leon escreveu, n século XIII, o Livro
do Esplendor (Zohar – representação maxima da cabala
clássica).
5.3. Uma nova etapa da Kaballah
“A expulsão dos judeus da Espanha, em 1492,
marcou uma nova etapa no desenvolvimento da cabala.
Nesse momento, os judeus se viram levados a mais um
movimento de exílio e, fatalmente, de introspecção. Os
novos cabalistas, representados principalmente por Isaac
Luria e Moses Cordovero, da cidade palestina de Safed,
abandonaram os textos das Escrituras e se dedicaram a
realizar uma interpretação do Zohar. A criação, que era
vista pelos adeptos do Zohar como um processo em
progresso, que se movia sempre em uma única direção;
um processo que, emanando de Deus, alcançava o homem;
um movimento no qual cada estágio era estreitamente
ligado ao estágio subseqüente, sem grandes saltos para
frente ou para trás, passou a ser considerada por Luria
como um processo surpreendentemente regressivo, onde
cada estágio pode ser separado de outro por um abismo
e onde a catástrofe é sempre um evento central. A cabala
de Luria considerou o exílio uma categoria associada
não só ao povo judaico, como também a todo o mundo,
tendo tal concepção contribuído para a recuperação do
senso de responsabilidade e de dignidade desse povo,
que, desse modo, teria aceito para si uma tarefa nobre:
a de reparação de tal imperfeição. Assim sendo, o povo
de Israel, ao suplantar as vicissitudes do exílio, através
do estudo constante da Torá e de seus mandamentos,
estaria propiciando a redenção a si mesmo e a todo o
mundo. O Messias, portanto, não é mais o responsável
pela redenção, ao contrário, ele simboliza o advento da
redenção, a conclusão da tarefa de reparação. As teorias
cabalistas de Moses Cordovero, por sua vez, se colocam
no meio do caminho entre a cabala clássica e a cabala
luriânica.” (Oliveira, 2002)
Dica do Mestre!!!
Assista aos vídeos no youtube:
Cabala. Cinco Princípios básicos:http://www.youtube.com/watch?v=tO
mwL1OEQlk&feature=related
Rituais de Cabala;http://www.youtube.com/watch?v=5G
KUVv07um4&feature=related
22
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
5.4.A Árvore da Vida
Importante símbolo da Kaballah a “Árvore da Vida” , utilizado para entender a verdadeira
natureza de Deus e a forma como se deu a criação do mundo a partir do nada.
A representação gráfica da árvore da vida se dá a partir de dez características criadas por
Deus para representar o Universo no âmbito da física e da metafísica.
Abaixo demonstramos a Árvore da Vida e iremos descrever as principais características de
seus elementos.Fonte: www.cabalamaconaria.blogspot.com
– visualizado em 02/12/2011
Keter – InfinitoKeter é o primeiro símbolo da Árvore da Vida. Aparece como
a origem de tudo e representa o ponto de assimilação de todo o trabalho espiritual. O triângulo Keter – Hokhmah
Chochmá – Revelação Chochmá corresponde a sabedoria para além da razão, permitindo novas ideias sobre o universo e os seres.
Bria – Razão Primeira esfera do reino transpessoal, onde começa a distinção entre “Bem” e “Mal”
Chessed – Partilha Representa o desejo em doar, compartilhar.
Guevurá - Competição Representa uma vida interior independente e humilde.
Tiferet – Equilíbrio Está no centro da Árvore da Vida, on ocorre o encontro com o Eu supremo e os desejos menores são sacrificados.
Netsach – sentimento Representa os desejs do Ego, da perseverança e da determinação.
Hod – pensamentoRepresenta a comunicação, a razão e a honestidade,
em que a forma como se dá o pensamento determina o resultado das ações como positivas ou negativas.
Yessod – fundação Corresponde ao passado que é carregado no presente de forma inconsciente que acabam influenciando o dia a dia.
Malchut - corpo
Reino da Terra, do Corpo, das sensações físicas imediatas. É aqui o início, onde a Alma está unida à origem e surge o primeiro desejo de separação, a necessidade de individualização.
23
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
5.5. Mulheres e Kabalismo
O estudo do Kabalismo de acordo com o judaísmo
ortodoxo, é permitido o estudo da Cabala apenas aos
homens, maiores de quarenta anos de idade, casado e
com uma vida “devota” à Torah, excluindo a mulher dessa
prática. Por outro lado dentro da Kabalismo a mulher é
vista como importante elemento de equilíbrio na relação
do feminino com o universo.
Quadro Resumo!!!
Kaballah – originária do judaísmo como um sistema místico de interpretação do Tora.
Kaballah – acredita que cada letra, número e assento da escrita contem sabedorias escondidas.
A Kaballah realiza o estudo da escrita para entender seu significado místico.
A Árvore da vida é o principal símbolo da Kaballah.
UNIDADE III – ESOTERISMO, MUNDO CONTEMPORÂNEO E SOCIEDADE DE CONSUMO.
6. Runas
Fonte: www. ponteoculta.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Para o esoterismo as Runas são códigos cósmicos do
povo teutônico, formulados e utilizados por uma poderosa
cultura antidiluviana desaparecido.
As Runas seriam símbolos capazes de expressar
fisicamente os mistérios profundos originários de uma
linguagem tribal.
Do ponto de vista esotérico as Runas não são, somente
um alfabeto, embora possam ser usados para transcrever
palavras de outras línguas. As Runas seriam um sistema
simbólico complexo que permite a transmissão de outros
significados.
Assim como as fraternidades do Oriente e Ocidente,
a origem das Runas também é envolvida por segredos e
mistérios.
Runa em alemão significa sussurro e acredita-se que
o termo sugere a transmissão de um conhecimento oral
misterioso.
As Runas se classificam como um alfabeto, mas
representam um complexo sistema espiritual pelo qual os
sacerdotes ensinavam seus mistérios.
6.1. Origem das Runas:
As inscrições rúnicas foram encontradas em sítios
arqueológicos de diferentes povos, o que torna difícil de
precisar sua origem.
Estudiosos sugerem teorias sobre a origem histórica das
runas. Iremos apresentar, de forma sintética, as principais
teorias a respeito das runas. São elas:
Origem Romana:
Fonte: www. tripandfun.blogspot.com – visualizado em 02/12/2011
Segundo a teoria romana, as runas surgiram quando
as tribos germânicas adaptaram do alfabeto latino. Essa
origem se justifica devido a características semelhantes
entre as letras F, r, M e B. Apesar disso, essa teoria é
24
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
criticada, pois, a data da origem das Runas, segundo
essa teoria seria o ano 300 d.C., entretanto, pesquisas
arqueológicas indicam que existiram inscrições rúnicas
anteriores.
Origem Grega:
Fonte: www. grupoescolar.com – visualizado em 02/12/2011
Para a teoria grega, os Godos adaptaram o alfabeto
grego e disseminaram o Mar Negro até a Escandinava, foi
encontrado inscrições rúnicas na Rússia, mas mais uma
vez as datas são erradas.
Origem Etrusca:
Fonte: www.mcu.es – visualizado em 02/12/2011
Os etruscos viviam no norte da Itália e possuem uma
cultura avançada. Diferente das anteriores, essa hipótese
se condiz com as descobertas arqueológicas na Áustria, de
26 elmos de bronze do século IV a.C. Apesar da questão
da data não é essa a teoria mais aceita.
A teoria com maior respaldo histórica é a que liga as
runas as antigas inscrições rupestres encontradas em
vários lugares da Europa entre 1300 a 800 a.C. (Idade do
Bronze e do Ferro).
Petroglifos pré históricosFonte: runas-antigas.blogspot.com
Esses petróglifos, segundo estudiosos, representam
a origem simbólica e mágica utilizado pelos xamas do
neolítico. Os etruscos adaptaram e incorporaram os
símbolos a sua linguagem.
PARA SABER MAIS!!!
6.2.Runas e Nazismo
“No ano de 1930, membros de uma sociedade secreta
chamada Thrule começaram a desvirtuar a simbologia
e o significado das Runas, dando-lhes uma conotação
nacionalista, fato que atraiu a atenção dos dirigentes
do Partido Nazista Alemão. Hitler, obcecado pela idéia
da supremacia ariana, era um fervoroso admirador
dos antigos mitos e símbolos teutônicos, a Runa Sigel
duplicado para ser o símbolo da Gestapo e, para ser usado
como estandarte, inverteu e inclinou a suástica.
Fonte: www. sapiando.wordpress.com – visualizado em 02/12/2011
A suástica foi adotada pelo Partido Nacional Socialista
Alemão como importante símbolo da raça indo- européia.
25
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Fonte: pt.wikipedia.org – visualizado em: 02/12/2011
Hitler acreditava ferozmente que os alemães
descendiam dos arianos, vistos como nobres guerreiros de
uma raça superior.
Os arianos são os ancestrais dos povos gregos. Eles
eram tribos nômades do ramo indo ariano, criavam
cavalos e gado e reverenciavam deuses e deusas que
personificavam as forças da natureza. Porém na visão de
Hittler, eles eram um povo semi-legendário, que habitava
um vale desconhecido no Himalaia. Essa tribo mística e
misteriosa serviu de modelo para a “Grande Fraternidade
Branca”, considerado pelos teosofistas do século XIX como
a dirigente dos destinos da humanidade.
DICA DO MESTRE!!!
LINK YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=4VS2LPOb4ys
Ehttp://www.youtube.com/watch?feature=
endscreen&NR=1&v=KxNde7JZtng
Durante o Nazismo alemão, em que Hitler estava
no poder, os estudos esotéricos eram permitidos e
incentivados, mas apenas se oferecessem meios mágicos
para enaltecer a ideologia nazista, o anti-semitismo e o
culto à personalidade de Hittler. No entanto, em vez da
vitória, a alteração da suástica e o uso desvirtuado dos
símbolos rúnicos canalizaram as forças sombrias da
destruição e aceleraram o fim de sua tenebrosa campanha.
Depois do fim da guerra, a associação negativa das
Runas e os antigos símbolos sagrados teutonias com o
nazismo, desencadearam uma ordem de pavor e negação,
relegando ao ostracismo o uso e as praticas Runas.”
Fonte: Faur, Mirella. Místicos Nórdicos, Deuses, Runas,
Magias e Rituais.
QUADRO RESUMO!!!
Runas - um sistema simbólico complexo que permite a transmissão de outros significados.
A origem mais aceita das runas é a que indica sua ligação com os povos na Europa durante a Idade de Bronze.
7. Astrologia:
Fonte: http://www.daemon.com.br – visualizado em 02/12/2011
A astrologia corresponde ao estudo dos astros que
podem, hipoteticamente, apresentar informações sobre a
personalidade, as relações humanas e outros assuntos.
7.1. Origem da Astrologia:
A astrologia apresenta sua origem histórica em diversas
civilizações, como por exemplo, a China, Caldéia, Índia,
América pré colombiana.
Estudiosos colocam a região da Caldeia como o berço
da astrologia ocidental, nessa região a astrologia esteve
sempre ligada a religião. Na Caldéia, os astrônomos
possuíam certo prestigio social, aparecendo como magos,
sacerdotes e escribas. Sua sabedoria era domínio exclusivo
dos soberanos e dos membros da aristocracia.
Quando a região foi conquistada a astrologia difundiu-
se nas civilizações greas e romanas e deixou de ser
26
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
símbolo de prestigio social ligada a religião e passou a ser
considerada profana.
O aspecto religioso dos caldeus foi substituído pelo
valor cientifico mágico dos gregos e romanos, mais tarde
foi aperfeiçoada pelos árabes e foi na Idade Média que ele
voltou a fazer parte do pensamento ocidental.
“A linguagem simbólica dos astros, traçada pela mão
dos pastores caldeus preocupados em observar, atonito, os
fenômenos do céu estrelado, e mais tarde, elaborada até
as estilizações e codificações mitologênicas psicanalíticas
dos nossos dias, mantém-se inalterada na sua substancia
e na sua potencia evocativa e expressiva.” ( SICUPERI,
Roberto. Astrologia e Mito)
A Igreja Católica, importante instituição e representante
de poder na Idade Média, era critica a astrologia, apesar
disso, a astrologia passou a ser difundida em todas as
camadas da sociedade.
Foi no período Renascentista, influenciado por
Copérnico com a teoria do Heliocentrismo, em que afirma
que o Sol está no centro do universo e a Terra gira em
torno do Sol.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia - visualizado em 02/12/2011
Nesse período, a astrologia passou a ser considerada
como uma disciplina hermética e oculta, sendo utilizada
por membros das fraternidades esotéricas estudadas
como os Maçons e Rosacruzes.
A base da astrologia é o Zodíaco. A principal ferramenta
da Astrologia é o horóscopo. O zodíacos contém os dozes
signos que aparecem nas constelações dos astrais. São
eles: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra,
Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
Fonte: http://1.bp.blogspot.com - visualizado em 02/12/2011
“Uma complexa e profunda harmonia geométrica e
aritmética governa a estrutura do Zodíaco astrológico:
ela exprime significados esotéricos, mágicos, religiosos e
cármicos”. (SICURTERI, 22. 1998)
O Zodiaco é entendido aqui como a roda da vida
individual e coletiva, terrestre e cósmica, em que o símbolo
e o arquétipo estruturam a vida cotidiana da pessoa e o
seu devir através das eras.
Para saber mais!!!
Outras astrologias!!!
Astrologia Chinesa Fonte: (www.astrologica.com.br – visualizado em 02/12/2011)
A astrologia chinesa é guiada através dos anos, teve
inicio quando, segundo a tradição, Buda, prestes a morrer,
chamou os animais para se despedir, apenas 12 animais
foram ao seu encontro e esses passaram a representar o
horóscopo Chinês.
27
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
Astrologia Asteca Fonte: www. http://bemzen.uol.com.br – visualizado em 02/12/2011)
Baseada nas posições do Sol e da Lua no dia do
nascimento a partir de um calendário de 360 dias, divididos
em 18 meses com 20 dias cada mês.
7.2. Astrologia e sociedade contemporânea
A sociedade contemporânea é caracterizada pelo
capitalismo. O capitalismo sistema econômico caracterizado
pelos trabalhos assalariados e propriedade privada dos
meios de produção pela burguesia. Visando o lucro.
Nesse contexto, as relações são baseadas na exploração
comercial e no consumo para gerar o lucro, caracterizando
uma sociedade de consumo.
7.2.1. Principais características da Sociedade de Consumo:
- Agressivas estratégias de marketing para induzir o
consumidor; criando falsas necessidades.
- A produção de mercadorias é excessiva com relação
a busca pela mesma.
- As relações humanas também passam a ser
estabelecidas como produtos.
PARA SABER MAIS!!!
Para entendermos um pouco mais da sociedade
contemporânea, caracterizada pelo consumo e sua relação
com o esoterismo, selecionamos um trecho do texto de
que irá analisar o horóscopo a partir de um importante
sociólogo da Escola de Frankfurt – Theodor W. Adorno.
Texto adaptado: FRANCISCO RÜDIGER*A escola de
Frankfurt e a trajetória da critica a industria cultural in:
Revista do Departamento de Sociologia da UNESP
“Adorno procura mostrar que as páginas de horóscopo
são resultado da exploração comercial de determinadas
situações psicossociais e que elas tanto pressupõem
quanto corroboram as tendências históricas em curso no
mundo contemporâneo “
“Para Adorno, as colunas astrológicas esquematizam
determinados estados de consciência resultantes da
situação social vivida pelo homem moderno e segundo
os quais existem certas regras de conduta e. sempre que
as pessoas agem de acordo com ela, as coisas acabam
bem, terminando mal quando não são observadas. A
pretendida legislação que os astros exerceriam sobre os
destinos humanos equivale a transferência dos princípios
de autoridade social para um ordenamento anônimo e
impessoal, responsável pela boa ordem das coisas e que
zela para que tudo saia de maneira positiva, desde que as
pessoas o obedeçam A necessidade de adaptação social
vivida hoje é, em suma, explicada metafisicamente. “
“Os horóscopos populares são tão incoerentes quanto
a sociedade que os produz e consome – mesmo quando
são bem acabados formalmente.
Significa que eles são ideologia não porque “passem”
alguma mensagem para seus consumidores mas porque
reproduzem subjetivamente os problemas para os quais
afirmam ser a solução”.
“O entendimento assim avançado permite a Adorno
sublinhar que o fenômeno de indústria cultural não são
impostos de cima para baixo, constituindo antes expressões
de movimentos de massa cujo sentido objetivo consiste em
fazer aceitável à subjetividade a precária situação vivida
pela maior parte das pessoas no mundo contemporâneo.
As mercadorias da indústria são consumidas sobretudo
porque propendem a fortalecer as formações reativas
às mutações nos regimes de poder ocorridas em nossa
época. Basicamente elas “reforçam o que [as pessoas]
28
Correntes Esotéricas e Fraternidades Iniciáticas
aprenderam consciente ou inconscientemente”, muito
antes de se dar sua intervenção.
As colunas de horóscopo são um exemplo disso: o
mistério de seu sucesso se explica pelo fato de fazerem
eco a um estado de ânimo coletivo, responder à angustia
flutuante sobre o destino da própria vida em condições
sociais cada vez mais anônimas e impessoais, que
essas colunas todavia ajudam a manter objetivamente,
apresentando as ansiedades do homem moderno como
algo que possui algum sentido oculto e tal sentido como
algo que não pode nem deve ser buscado nas condições
de vida em sociedade.”
BIBLIOGRAFIA:
AURELIO, Daniel. O segredo da Guerra. Curitiba, PR,
2005
BACAN, Lourivaldo Perez. A sociedade Secreta dos
Templários. Universo dos Livros. São Paulo, 2007.
BARATA, AM. Luzes e sombras: a ação da maçonaria
brasileira (1870 – 1920). História, São Paulo. 1999.
CARVALHO, José Jorge. Antropologia e esoterismo:
dois contradiscursos da Modernidade. Revista Horizontes
Antropológicos. São Paulo, SP. 2008. COUTO, Sérgio
Pereira. Sociedades secretas: Maçonaria. São Paulo:
Universo dos Livros, 2006.
_________________. Templários: Sociedades Secretas.
São Paulo: Universo dos Livros, 2006.
FAIVRE, Antoine. Access to western Esotericism. State
University of New York Press, Albany. 1994.
FAUR, Mirella. Misticos, Nórdicos, Deuses, Runas,
MAgias e Rituais. Editora Pensamento. São Paulo. 2007
FERREIRA, Alexandre. Memórias e noticias históricas
da celebre ordem dos Templários. Lisboa Occidental.
Lisboa. 1935.
GINSBURG, Cristian. Os essênios, sua historia e
doutrinas. Editora Pensamento. São Paulo, SP. 1999.
LEPAGE, Marius. História e doutrina da Franco –
Maçonaria: ordem e as obediências. Editora Pensamento
LTDA. São Paulo, SP.1985.
LEADBEATER, C.W. A vida oculta na maçonaria. Editora
Pensamento LTDA. São Paulo, SP.1992.
LEUENBERGER, Hans Dieter. O que é esoterismo: a
surpreendente historia do esoterismo desde a Atlântida
até os dias atuais. Editora Pensamento LTDA. São Paulo,
SP.1985.
MOREL, Marcu. Sociabilidades entre Luzes e sombras:
apontamentos para o estudo histórico das maçonarias da
primeira metade do século XIX. Estudos Históricos, Rio de
Janeiro, nº 28, 2001, p. 3-22.
OLIVEIRA, Maria Clara C.In: A tradição interpretativa
de rabinos e cabalistas, a critica literária e a tradução.
Ipotesi: Revista de Estudos Literários, Juiz de Fora, v.6, p.
117 – 130, 2002.
RALLS, Karen. Os Templários e o Graal. Editora Record.
Rio de Janeiro, 2003.
RÜDIGER, Francisco. *A escola de Frankfurt e a trajetória
da critica a indústria cultural in: Revista do Departamento
de Sociologia da UNESP. 2003 in: http://seer.fclar.unesp.
br/index.php/estudos/article/viewFile/903/767
SCHREIBER, Hermann. Historia e mistérios das
sociedades secretas: quatro milênios de sociedades
secretas, no mundo antigo e moderno, lutas contra as
sociedades Maçonaria e Rosa Cruz. 1959.
SICUTERI, Roberto. Astrologia e Mito. Editora
Pensamento. São Paulo, 1998.
VIDAL, César. Os maçons: a sociedade mais influente
da história. Ediouro Publicações. Rio de Janeiro, RJ. 2005)