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0 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRO-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS LÍLIAN GRACE DA SILVA SOLON CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO E BIODISPONIBILIDADE RELATIVA EM RATOS DE SUSPENSÕES ORAIS DE NAPROXENO SÓDICO OBTIDAS DE FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO NA CIDADE DO NATAL - RN Natal / 2010

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRO-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

LÍLIAN GRACE DA SILVA SOLON

CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO E

BIODISPONIBILIDADE RELATIVA EM RATOS DE SUSPENSÕES

ORAIS DE NAPROXENO SÓDICO OBTIDAS DE FARMÁCIAS DE

MANIPULAÇÃO NA CIDADE DO NATAL - RN

Natal / 2010

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LÍLIAN GRACE DA SILVA SOLON

CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO E

BIODISPONIBILIDADE RELATIVA EM RATOS DE SUSPENSÕES

ORAIS DE NAPROXENO SÓDICO OBTIDAS DE FARMÁCIAS DE

MANIPULAÇÃO NA CIDADE DO NATAL - RN

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte como

requisito para obtenção do título de mestre.

Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Lira Soares

Co-orientadora: Profa. Dra. Aurigena Antunes de

Araújo.

Natal / 2010

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Lílian Grace da Silva Solon

CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO E BIODISPONIBILIDADE

RELATIVA EM RATOS DE SUSPENSÕES ORAIS DE NAPROXENO SÓDICO

OBTIDAS DE FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO NA CIDADE DO NATAL - RN

Banca Examinadora:

Natal, 26 de fevereiro de 2010

NATAL / RN

2010

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Dedico este trabalho:

À minha mãe, Maria da Conceição Silva, pelo apoio incondicional, pelo esforço,

carinho e compreensão.

À minha querida sobrinha Julia. A sua chegada a esse mundo trouxe intensa alegria

à nossa família.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a DEUS pela realização desse trabalho, pelo privilégio de conhecer

pessoas tão inteligentes e competentes ao longo do meu caminho, muito obrigada.

Ao Professor Dr. LUIZ ALBERTO LIRA SOARES pela orientação, amizade e

esclarecimentos constantes.

À Professora Dra. AURIGENA ANTUNES DE ARAÚJO, pelo seu incentivo e amizade,

por compartilhar comigo um pouco de toda sua experiência.

À Professora Dra. TATIANE PEREIRA DE SOUZA, que abriu as portas da minha

iniciação científica e acadêmica. Meu mais profundo respeito e admiração.

À Professora Dra. GERLANE COELHO BERNARDO GUERRA, pelo apoio,

cordialidade e amizade.

Aos professores Dr. ISAC MEDEIROS e Dr. EDUARDO DE JESUS OLIVEIRA, por

terem me recebido no Laboratório de Bioequivalência da Universidade Federal da

Paraíba.

Ao SÓCRATES GOLZIO, ALEXSANDRO e ROBERTO, pela grande ajuda durante os

experimentos no LTF - UFPB.

À professora Dra. MARIA DAS GRAÇAS ALMEIDA, pela confiança e receptividade no

LABMULT – UFRN.

Aos professores Dr. DIOGO TEIXEIRA e JAIRO SOTERO, pelo ótimo convívio e

ajuda no Laboratório de Química Farmacêutica – UFRN.

Aos amigos da Pós: ALMÁRIA, BENILSON, DAIANE, EDILENE, ELIZABETH,

LAYANY, MELINA GADELHA, NAIRA, VÍVIAN, ZAMA, pelo companheirismo, carinho

e ótimos momentos de convívio. A ajuda de vocês fez com que esse trabalho ficasse

melhor.

À amiga ANA JOSANE, pela ajuda e sugestões neste trabalho e pela amizade.

Ao amigo PHILIPPE MESQUITA, pelo companheirismo, incentivo e amizade.

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Aos alunos de iniciação científica ANA ISABEL, FRANCINALDO, HUGO

CARPEGIANNY, MARIANE e ROBERTA STOPILHA. Muito obrigada pela ajuda.

Aos funcionários do Laboratório de Farmacologia do Centro de Biociências (UFRN):

NEIDA e RAIMUNDO, pela grande assistência prestada.

Ao CNPQ e CAPES pelo apoio financeiro.

Aos ANIMAIS utilizados para o desenvolvimento da ciência em benefício da

humanidade.

A todos que me apoiaram e me incentivaram para a realização desse trabalho, o

mais sincero muito obrigada.

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RESUMO

Os medicamentos vendidos nas farmácias de manipulação têm sido notificados pela

ANVISA quanto à resposta terapêutica reduzida ou por toxicidade. Disto e visando

avaliar a qualidade dos produtos magistrais o presente trabalho objetivou realizar

ensaios de controle de qualidade e biodisponibilidade relativa em suspensões de

naproxeno sódico na concentração de 25 mg/mL, obtidas de seis farmácias de

manipulação na cidade do Natal (A, B, C, D, E e F) e de uma suspensão de

referência (R). No controle de qualidade físico-químico foram realizados ensaios para

determinação do teor, pH, homogeneidade, volume e características organolépticas.

O método utilizado no doseamento mostrou precisão, exatidão, linearidade e

especificidade. As formulações obtidas nas farmácias B, C e E apresentaram um teor

abaixo das especificações, enquanto que a formulação F apresentou um teor acima

do recomendado pela Farmacopéia Americana. Em relação ao pH as suspensões C,

E e F apresentaram resultados fora das especificações farmacopéicas. Desta forma,

apenas as suspensões R, A e D foram selecionadas para o ensaio de

biodisponibilidade relativa. As suspensões R, A e D foram administradas oralmente

em ratos Wistar e o sangue foi coletado em intervalos de 10, 20, 40 e 60 min, 3, 4, 6,

24 e 48 h. O plasma obtido foi então armazenado em freezer a – 80 ºC para posterior

análise em CLAE. O método utilizado apresentou especificidade, linearidade (R2 =

0,9987), precisão, exatidão, adequada recuperação e estabilidade. As condições

cromatográficas utilizadas na metodologia foram: fluxo 1,2 mL/min, a fase móvel

constituiu tampão fosfato de sódio monobásico 0,01 M pH 4,0 e acetonitrila (50:50,

v/v), coluna C18 e comprimento de onda em 280 nm. O índice de confiança de 90%

para as razões de Cmax e ASCt se encontrou dentro do intervalo de 80 – 125%

proposto pelo FDA apenas para a suspensão obtida da farmácia de manipulação D,

sendo, portanto considerada bioequivalente para a taxa de absorção nas condições

propostas por este estudo. Assim, os resultados obtidos indicam a necessidade de

uma maior fiscalização pelos órgãos competentes de forma a garantir a segurança do

paciente e qualidade do medicamento produzido pela farmácia de manipulação.

Palavras-chave : validação, controle de qualidade, CLAE, naproxeno,

biodisponibilidade.

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ABSTRACT

Compounded medicines have been reported by the ANVISA due to decreased of the

therapeutic response or toxicity of these formulations. The aim of this work was to

investigate the physicochemical quality control among naproxen sodium oral

suspensions 25 mg/mL obtained from six compounding pharmacies (A, B, C, D, E and

F) and the manufactured suspension (R). In the quality control test, the tests of pH,

content, homogeneity, volume and physical and organoleptic characteristics were

performed according to the Brazilian Pharmacopoeia. The analytical method for

determination of naproxen in suspensions was validate. This method showed

excellent precision, accuracy, linearity and specificity. In the content test the

suspensions B, C and E showed lower value and the F suspension showed a high

value of the content. The products C and E were disapproved in the description of the

physical and organoleptic characteristics test. In the pH test, three suspensions were

outside specifications (C, E and F). Only the products R, A and D showed satisfactory

results in these tests and therefore they were approved for relative bioavailability test.

The R, A and D suspensions were orally administered to Wistar rats and the blood

samples were taken at time intervals of 10, 20, 40, 60 min, 3, 4, 6, 24 and 48 h. The

plasma samples were immediately stored at – 80 ºC until analysis of HPLC. The

bioanalytical method validation showed specificity, linearity (R2 0.9987), precision,

accuracy, good recovery and stability. The chromatographic conditions were: flow rate

of 1.2 mL.min-1 with a mobile phase of acetonitrile : sodium phosphate buffer pH 4.0

(50:50, v/v) at 280 nm, using a C18 column. The confidence interval of 90% for the

Cmax and AUCt ratio was within the range of 80 - 125% proposed by the FDA. Only

one suspension, obtained from the compounding pharmacy D, was considered

bioequivalent to the rate of absorption under the conditions proposed by this study.

Thus, the results indicate the need for strict supervision from the relevant authorities

to ensure the patient safety and the quality of compounded drugs by pharmacies.

Key words : validation, quality control, HPLC, naproxen, bioavailability.

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 17

2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 21

2.1 FARMÁCIA MAGISTRAL ........................................................................... 21

2.2 NAPROXENO............................................................................................. 24

2.2.1 Farmacocinética ..................................................................................... 24

2.2.2 Mecanismo de Ação ............................................................................... 25

2.2.3 Indicações terapêuticas ........................................................................ 25

2.2.4 Efeitos adversos .................................................................................... 26

2.3 MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS ........................................................... 27

2.3.1 Cromatografia líquida de alta eficiência (CLA E ou HPLC) ................. 28

2.4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE FÁRMACOS DAS MATRIZES

BIOLÓGICAS ...................................................................................................

31

2.4.1 Preparação das amostras ..................................................................... 31

2.4.2 Extração líquido-líquido (ELL ou LLE – liquid-liquid extraction ) ...... 32

2.4.3 Extração em fase sólida (EFS ou SPE – solid phase extraction ) ...... 33

2.4.4 Microextração em fase sólida (MEFS ou SPME – solid phase

microextraction ) .............................................................................................

34

2.4.5 Precipitação de proteínas ..................................................................... 35

2.4.6 Ultrafiltração .......................................................................................... 36

2.5 VALIDAÇÃO ............................................................................................... 37

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10

2.5.1 Especificidade e seletividade ............................................................... 37

2.5.2 Linearidade ............................................................................................ 38

2.5.3 Intervalo ................................................................................................. 38

2.5.4 Precisão ................................................................................................. 38

2.5.5 Limite de detecção (LOD) ..................................................................... 39

2.5.6 Limite de quantificação (LOQ) ............................................................. 40

2.5.7 Exatidão ................................................................................................. 41

2.5.8 Robustez ................................................................................................ 42

2.5.9 Recuperação .......................................................................................... 42

2.5.10 Estabilidade ......................................................................................... 43

2.6 PADRONIZAÇÃO INTERNA E EXTERNA ................................................. 44

2.7 DEFINIÇÕES ............................................................................................. 45

2.7.1 Biodisponibilidade ................................................................................ 45

2.7.2 Biodisponibilidade absoluta ................................................................ 46

2.7.3 Biodisponibilidade relativa ................................................................... 46

2.7.4 Bioequivalência ..................................................................................... 47

2.7.5 Equivalentes farmacêuticos ................................................................. 47

2.7.6 Equivalentes terapêuticos .................................................................... 48

2.8 FATORES QUE INFLUENCIAM A BIODISPONIBILIDADE ....................... 49

2.8.1 Fatores fisiológicos relacionados ao trato ga strointestinal (TGI) .... 49

2.8.2 Características físico-químicas do fármaco ....................................... 50

2.8.3 Características da forma farmacêutica e seus excipientes ............... 51

2.9 PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS AVALIADOS .............................. 52

2.10 ENSAIOS DE BIODISPONIBILIDADE DO NAPROXENO REALIZADOS

EM ANIMAIS E HUMANOS .............................................................................

54

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3 OBJETIVOS ................................................................................................... 58

3.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 58

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................... 58

4 METODOLOGIA............................................................................................ 60

4.1 MATERIAIS................................................................................................. 60

4.1.1 Equipamentos e acessórios ................................................................. 60

4.1.2 Reagentes ............................................................................................... 61

4.1.3 Produtos Farmacêuticos ....................................................................... 61

4.2 MÉTODOS.................................................................................................. 63

4.2.1 Amostragem ........................................................................................... 63

4.2.2 Considerações Éticas ........................................................................ 63

5 CAPÍTULO I – ESTUDO COMPARATIVO DE CONTROLE DE

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO EM SUSPENSÕES MAGISTRAIS

CONTENDO NAPROXENO SÓDICO 25 mg/mL ............................................

65

RESUMO ...................................................................................................... 66

INTRODUÇÃO .............................................................................................. 67

MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 70

RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 74

CONCLUSÕES ............................................................................................. 81

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 82

6 CAPÍTULO II – PHARMACOKINETIC PROFILES OF COMPOUN DED

NAPROXEN SODIUM ORAL SUSPENSIONS ADMINISTERED TO RA TS

BY A SIMPLE ISOCRATIC HPLC METHOD …………………………………

86

ABSTRACT ................................................................................................... 87

INTRODUCTION .......................................................................................... 88

EXPERIMENTAL .......................................................................................... 89

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12

RESULTS ..................................................................................................... 94

DISCUSSION AND CONCLUSIONS ............................................................ 101

ACKNOWLEDGMENT .................................................................................. 102

REFERENCES ............................................................................................. 103

7 CONCLUSÃO ............................................................................................ 108

8 REFERENCIAS .......................................................................................... 110

9 ANEXOS ..................................................................................................... 131

ANEXO I - PARECER N°178/2008 – APROVAÇÃO PELO COMIT Ê DE

ÉTICA EM PESQUISA DA UFRN ....................................................................

132

ANEXO II – RELATÓRIO EMITIDO PELO Galaxie Chromatography Data

System .............................................................................................................

134

ANEXO III – PDA 2D e 3D View ....................................................................... 139

ANEXO IV – PLANILHAS DO SOFTWARE WINNONLIN 2.0 .......................... 142

ANEXO V - CERTIFICADO DE ANÁLISE DO PADRÃO SECUNDÁRIO

NAPROXENO ..................................................................................................

147

ANEXO VI - CERTIFICADO DE ANÁLISE DO PADRÃO SECUNDÁRIO

DICLOFENACO ...............................................................................................

149

ANEXO VII - CERTIFICADO DE ANÁLISE DO SOLVENTE ACETONITRILA

GRAU HPLC ....................................................................................................

151

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ASC Área Sob a Curva

CLAE Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

Cmax Concentração Máxima Alcançada

DAD Detector de arranjo de diodos

DP Desvio Padrão

DPR Desvio Padrão Relativo

EMEA European Agency for Evaluation of Medicinal Products

FDA Food and Drug Administration

HPLC High Performance Liquid Chromatography

Ke Constante de Eliminação

M Molar

mM Milimolar

pH Potencial Hidrogeniônico

PI Padrão Interno

RPM Rotações por Minuto

SE Solução Estoque

T1/2 Tempo de meia-vida

Tmax Tempo para o alcançar Cmax

USP United States Pharmacopoeia (Farmacopéia Americana)

UV/Vis Ultravioleta-visível

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LISTA DE FIGURAS

REVISÃO DA LITERATURA

Figura 1 - Fórmula estrutural do naproxeno [ácido

(+)-6-metóxi-α-metil-2-naftalenoacético] .......................................................

24

Figura 2 - Tipos de Cromatografia de acordo com a fase estacionária e a

fase móvel .....................................................................................................

28

Figura 3 - Representação de um equipamento de CLAE ............................. 29

Figura 4 - Extração Líquido-Líquido .............................................................. 33

Figura 5 - Procedimento de Clean-up e extração em fase sólida ................. 34

Figura 6 - Precipitação de proteínas ............................................................. 35

Figura 7 - Curva de concentração sérica em função do tempo ..................... 54

Figura 8 - Gráfico de concentração plasmática em função do tempo após a

administração oral de 2,5 mg/Kg de naproxeno em cães da raça Beagle .....

55

Figura 9 - Perfil de concentração plasmática em função do tempo de

naproxeno em humanos sadios (n = 24), após a administração de

comprimidos de naproxeno sódico (550 mg) teste e referência ....................

56

CAPÍTULO I

Figura 1 - Fórmula estrutural do naproxeno .................................................. 68

Figura 2 - Representação gráfica da curva padrão de naproxeno ............... 74

Figura 3 - Espectros do naproxeno obtidos em cinco pontos diferentes do

pico ................................................................................................................

76

Figura 4 - Cromatograma do naproxeno padrão secundário (50 µg/mL)

obtido por CLAE. Tempo de retenção 4,24 minutos ......................................

80

Figura 5 - Cromatograma da amostra de suspensão oral de naproxeno

sódico (50 µg/mL) obtido por CLAE. Tempo de retenção 4,25 minutos .....

80

CAPÍTULO II

Figura 1 - HPLC chromatograms ………………………………………………. 95

Figura 2 - Mean plasma concentration-time profiles of naproxen in wistar

rats (n=5) after oral administration of naproxen sodium suspension:

reference versus test 1 (A) and reference versus test 2 (D) ………..……

100

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15

LISTA DE TABELAS

REVISÃO DA LITERATURA

Tabela 1 - Principais componentes da CLAE e algumas de suas

características ...............................................................................................

30

CAPÍTULO I

Tabela 1 - Valores de precisão (intra-dia e inter-dia) e exatidão das

soluções de trabalho de naproxeno (n = 5) ...................................................

75

Tabela 2 - Descrição das características físicas e organolépticas das

amostras de suspensão oral de naproxeno ...............................................

77

Tabela 3 - Valores de pH e teor encontrados nas amostras de suspensão 78

CAPÍTULO II

Tabela 1 - Intra-day and Inter-day assays precision and accuracy for

naproxen in rat plasma (n = 5) ………………………………………………..

96

Tabela 2 - Stability of naproxen in rat plasma after three freeze-thaw cycles

at – 20 ºC and after long term stability at – 80 ºC (n = 3) ……………………...

98

Tabela 3 - Pharmacokinetic parameters of naproxen after oral

administration of naproxen sodium suspension in rat, each value represents

the mean ± S.D. (n=5) …………………………………………………………….

99

Tabela 4 - The ratio of log-transformed values of Cmax and AUCt and the

corresponding CI 90% ……………………………………………………………

101

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16

1 - INTRODUÇÃO

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17

1 INTRODUÇÃO

A partir da década de 50 o mundo vivenciou uma explosão nos processos de

industrialização. A indústria farmacêutica apresentou alternativas padronizadas para

o tratamento das patologias. Com o desenvolvimento da genética e biologia

molecular foi possível o conhecimento dos receptores protéicos, e entendimento da

variabilidade da resposta inter e intra individual.

Atualmente tem-se uma grande preocupação quanto a individualização da

terapêutica, uma vez que pode permitir ajustes de concentrações dos medicamentos

relacionados com variáveis do paciente como sexo, idade, raça, fumante,

alcoólatra, insuficiência renal, doença hepática e interações medicamentosas. A

individualização da terapêutica pode mudar o contexto das práticas de saúde.

Primeiramente irá exigir dos serviços de saúde preparo quanto às técnicas

diagnósticas para quantificar o fármaco na corrente circulatória, o que implica maior

investimento nos serviços de saúde, requer compromisso ético e legal para

realização dessas práticas e irá permitir uma política de farmacovigilância incisiva e

eficaz. Além disso, poderá aumentar a segurança no tratamento realizado, com o

mínimo de efeitos adversos observados, sendo uma prática extremamente

importante para médico/paciente.

Durante muito tempo a indústria farmacêutica não percebeu a importância da

disponibilidade das substâncias, a partir das formas farmacêuticas. Os formuladores

ficavam satisfeitos quando se cumpriam as especificações pré-determinadas nos

testes físicos e químicos tradicionais.

A noção de disponibilidade da substância ativa a partir de um medicamento

nasceu da observação da não equivalência terapêutica entre especialidades

farmacêuticas, até o momento consideradas como substituíveis, devido a presença

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18

do mesmo fármaco, na mesma dose unitária, na mesma forma farmacêutica. A

dificuldade e, às vezes, a impossibilidade de realizar comparações rigorosas dos

resultados terapêuticos dos medicamentos considerados equivalentes, conduziu a

necessidade de determinar sua biodisponibilidade antes de admitir que são

equivalentes e substituíveis entre si (AIACHE et al, 1983).

A bioequivalência ou biodisponibilidade relativa conquistou atenção crescente

nos últimos 30 anos após evidências de que produtos comerciais contendo a mesma

dosagem do fármaco, ou parte ativa, podem exibir diferenças pronunciadas na

resposta terapêutica.

No Brasil os termos biodisponibilidade e bioequivalência ficaram conhecidos

após a política dos medicamentos genéricos (BRASIL, 2000). A introdução destes

medicamentos foi um fator importante que trouxe à tona preocupações sobre a

biodisponibilidade, uma vez que o desempenho do fármaco in vivo era totalmente

desconhecido (HORVITZ, 1975; SMITH, 1972).

Medicamento genérico, no Brasil, é definido como equivalente farmacêutico

em relação ao medicamento de referência ou inovador, que se pretende ser com este

intercambiável, geralmente produzido após renúncia ou expiração da proteção

patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua segurança,

qualidade e eficácia (BRASIL, 2007).

O medicamento de referência é o medicamento inovador registrado no órgão

federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no Brasil, cuja eficácia,

segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal

competente por ocasião do registro (BRASIL, 2007).

Uma questão extremamente pertinente nos dias atuais diz respeito aos

medicamentos vendidos nas farmácias de manipulação, medicamentos genéricos e

medicamentos similares, que têm sido notificados pela Agência Nacional de

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19

Vigilância Sanitária (ANVISA) quanto à resposta terapêutica reduzida. Com base em

informações coletadas entre os anos 2000 e 2003, o Instituto Nacional de Controle de

Qualidade em Saúde (INCQS), comprovou, entre denúncias contra medicamentos

manipulados, 27 ocorrências graves, que relataram óbitos, comas e intoxicações.

Desde então a ANVISA, visando a segurança, tem adotado novos critérios para a

manipulação destes medicamentos. O rigor começou com a publicação da RDC

n°33, de 19 de abril de 2000, que estipulou procedi mentos para controle e garantia da

qualidade dos medicamentos produzidos por estes estabelecimentos. Atualmente a

resolução em vigor é a RDC n° 87, de 21 de novembro de 2008 (BRASIL, 2008).

As farmácias de manipulação atendem boa parte da população

principalmente pelos preços acessíveis e a possibilidade de tratamento

individualizado (FERREIRA, 2000). Considerando que a manipulação de

medicamento é o método tradicional de preparo de medicamentos individualizados,

torna-se importante o estudo periódico de farmacocinética com vistas a alcançar uma

política de farmacovigilância que proteja o paciente. Por isso, é necessária a

investigação destas formas farmacêuticas produzidas pelas farmácias e a avaliação

da segurança quanto à utilização destes produtos.

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2 – REVISÃO DA LITERATURA

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21

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 FARMÁCIA MAGISTRAL

A Farmácia Magistral é um estabelecimento de fórmulas magistrais e

oficinais, de comércio de fármacos, medicamentos, insumos farmacêuticos e

correlatos (BRASIL, 2000).

No Brasil, já nos primórdios do séc.XVIII, os boticários preparavam em suas

boticas, ervas e drogas vindas da Europa. Com o aumento do número dessas

boticas, o governo Imperial passou a controlar a atividade, criando um órgão

regulador: “Physicatura Mor” que exigia experiência de quatro anos como “fazedor

de remédio” para se instalar como boticário (FERREIRA, 2000).

No início do século XIX surgiram os primeiros cursos de Farmácia nas

Faculdades de Medicina e somente em 1898 surgiu a primeira Faculdade de

Farmácia em São Paulo. Nos anos 40 e 50, com o incentivo do Governo Getúlio

Vargas, indústrias estrangeiras de medicamentos se instalaram no país. O

medicamento surgiu como instrumento de dominação técnica e econômica e

começou então a decadência das farmácias magistrais, as quais quase

desapareceram nos anos 60 até meados dos anos 80. Paralelamente, ocorreu uma

certa desvalorização do farmacêutico de forma geral (QUINTANEIRO, 2002).

No final dos anos 80 várias ações e conscientizações, principalmente pelo

Conselho Federal de Farmácia (CFF) e Conselho Regional de Farmácia (CRF),

fizeram com que a população percebesse o papel social do farmacêutico, e dessa

forma ocorreu o resgate da verdadeira missão do profissional de farmácia,

ressurgindo assim a essência dos antigos boticários que além de manipular os

medicamentos, eram como amigos e zelavam pela saúde da família. Ocorreu nesse

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22

período um crescimento de farmácias magistrais trazendo uma boa parte da clientela

de medicamentos industrializados (QUINTANEIRO, 2002).

O ano 2000 foi um marco importante na história da farmácia magistral. A

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou a RDC n° 33 de 19 de

abril de 2000 trazendo o Manual de Boas Práticas de Manipulação. Muita coisa

mudou, mas todos se adequaram e continuaram fazendo com que o setor crescesse

cada vez mais (CONSELHO, 1999).

Em 2003, nova Resolução é publicada, a RDC n° 354 d e 18 de dezembro de

2003, a qual estabelece critérios adicionais de Boas Práticas de Manipulação em

Farmácias, como a manipulação de produtos farmacêuticos, em todas as formas

farmacêuticas, de uso interno que contenham substâncias de baixo índice

terapêutico.

No dia 12 de dezembro de 2006 foi publicada a RDC n° 214 de 12 de

dezembro de 2006 após um ano e meio de discussão em consulta pública via

internet. Tanta polêmica fez com que alterações fossem propostas e algumas aceitas

com a publicação da RDC n° 67 de 8 de outubro de 20 07. No ano seguinte a mais

nova Resolução, a RDC n° 87 de 21 de novembro de 20 08, alterou alguns pontos da

RDC anterior, entre os quais se destacam: a retirada da obrigatoriedade da análise

de diluídos; prorrogação por 90 dias o prazo para implantação das cabines de

manipulação; e autorização para o farmacêutico responsável prescrever e indicar

produtos manipulados, que não exigem prescrição médica.

A publicação dessas resoluções trouxe para o laboratório da farmácia as

mesmas exigências da indústria, embora a realidade destes dois setores seja

bastante distinta. Além de procedimentos padronizados, gestão da qualidade,

monitoramento de processos, agora, mais rigor no controle de qualidade e

treinamento de colaboradores. A farmácia necessita realizar investimentos pesados

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em equipamentos, treinamentos e contratação de serviços terceirizados (SBCC,

2009; ZOLNER, 2008).

A tecnologia disponível para preparações de medicamentos em pequena

escala está cada vez mais sofisticada, e as condições de preparação nas farmácias

são cada vez mais suscetíveis de se adequarem aos padrões de qualidade exigidos.

A farmácia de manipulação tem um importante papel na sociedade,

produzindo medicamentos individualizados, na quantidade exata para o tratamento

(uso racional), ajuste de dosagem de acordo com as necessidades individuais de

cada paciente, personalização da terapêutica, manipulação de medicamentos que

foram retirados do mercado, facilidade de administração, permitindo assim a escolha

da forma farmacêutica e associação de princípios ativos compatíveis, atendimento

farmacêutico personalizado, e, além disso, oferecendo um medicamento mais barato

que o industrializado (FERREIRA, 2000; LEAL, 2007).

Entre as desvantagens dos medicamentos manipulados elas estão o curto

prazo de validade devido a dificuldades na obtenção de produtos estáveis. Quando

se trata desse tipo de medicamento, para o qual não existe uma padronização com

relação ao excipiente utilizado entre as farmácias, existe grande preocupação

relacionada ao efeito destes. Da mesma forma acontece quando se trata da

manipulação de medicamentos utilizando fármacos de baixo índice terapêutico, os

quais podem atingir níveis tóxicos com extrema facilidade, sendo este um dos temas

que acelerou a modificação da legislação, de modo a garantir ainda mais a

segurança na preparação destes medicamentos (LEAL, 2007).

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2.2 NAPROXENO

O naproxeno (Figura 1) é um dos AINES bastante utilizados na clínica médica

e comercializado em farmácias de manipulação, tendo como fatores relacionados ao

seu favor à sua potencia anti-inflamatória, um maior intervalo de dose e estudos de

comprovada segurança realizado em crianças (JACOB, 1998).

FIGURA 1- Fórmula estrutural do naproxeno [ácido (+)-6-metóxi-α-metil-2-naftalenoacético]

2.2.1 Farmacocinética

O naproxeno é totalmente absorvido quando administrado por via oral. Os

alimentos retardam a taxa, mas não a extensão da absorção. As concentrações

plasmáticas máximas ocorrem de 1 a 4 horas. A absorção é acelerada pela

administração concomitante de bicarbonato de sódio, mas retardada pelo hidróxido

de magnésio ou pelo hidróxido de alumínio. Sua meia-vida de eliminação é variável:

cerca de 12 horas no jovem, mas pode aumentar para 16 horas no idoso, por causa

do declínio da função renal relacionado com a idade (GOODMAN & GILMAN, 2007;

JACOB, 1998; RUNKEL et al., 1972). A fração livre de naproxeno é 41% maior nas

mulheres que nos homens, embora a ligação à albumina seja muito alta em ambos

os sexos (RANG, 2004).

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O naproxeno atinge a concentração plasmática máxima de 90 µg/mL com

dose de 750 mg em adultos. O volume aparente de distribuição é de

aproximadamente 0,1 L/Kg (DESAGER et al., 1976; KOROLKOVAS, 2007).

Os metabólitos do naproxeno são excretados quase inteiramente na urina.

Cerca de 30% do fármaco sofre 6-desmetilação e a maior parte, bem como o próprio

naproxeno, é excretada como glicuronídio ou outros conjugados (GOODMAN &

GILMAN, 2007; JACOB, 1998). Cerca de 10% é excretado na forma inalterada e

menos de 3% de naproxeno e seus metabólitos são eliminados pelas fezes

(KOROLKOVAS, 2007).

O naproxeno liga-se 99% às proteínas plasmáticas. Após a sua

administração, compete com a aspirina pelo sítio de ligação às proteínas

plasmáticas. Prolonga também o tempo de protrombina (KATZUNG, 1998). Ele

atravessa a barreira placentária e é encontrado no leite de mulheres lactantes em

aproximadamente 1% da concentração plasmática materna (GOODMAN & GILMAN,

2007).

2.2.2 Mecanismo de ação

Atua como inibidor não seletivo da enzima ciclooxigenase (COX), impedindo

a formação de prostaglandinas (GOODMAN & GILMAN, 2007).

2.2.3 Indicações terapêuticas

Mostra-se eficaz para as indicações reumatológicas habituais e está

disponível em formulações de liberação prolongada e suspensão oral, para uso em

crianças (JACOB, 1998).

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As posologias para cada indicação estão descritas abaixo (KOROLKOVAS,

2007):

• Para o tratamento da dismenorréia primária, 500 mg ou 250 mg a cada 6 ou 8

horas;

• Para inflamação leve a moderadamente grave do músculo esquelético e tecido

mole, 250 mg a cada 12 horas. Em tratamentos prolongados a dose deve ser

ajustada;

• Para processos inflamatórios agudos, 750 mg inicial seguido de 250 mg a

cada 8 horas até a sua cessação;

• Para artrite reumatóide e osteoartrite, de 500 mg a 750 mg duas vezes ao dia;

• Para o uso em crianças, a dose recomendada é de 10 mg/Kg de peso

corporal, dividido em duas tomadas.

2.2.4 Efeitos adversos

Os efeitos adversos mais comuns são os gastrointestinais, efeitos sobre o

Sistema Nervoso Central (SNC), prurido, icterícia, comprometimento da função renal,

ototoxicidade, angioedema, trombocitopenia e agranulocitose (GOODMAN &

GILMAN, 2007; JACOB, 1998).

Entre os efeitos sobre o SNC, destacam-se: sonolência, dor de cabeça,

tonturas, suores, fadiga e depressão. (GOODMAN & GILMAN, 2007).

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2.3 MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS

A cromatografia é definida como um método físico-químico de separação, no

qual os constituintes da amostra a serem separados são particionados entre duas

fases, uma estacionária, geralmente de grande área, e a outra uma fase móvel (fluido

insolúvel na fase estacionária) (CIOLA, 1998). Durante a eluição da fase móvel sobre

a fase estacionária, os componentes contidos no sistema de solventes interagem de

forma diferente com a fase estacionária e são seletivamente retidos resultando em

migrações diferentes dos componentes pela fase estacionária. Estas diferenças no

gradiente de migração dependerão das características físico-químicas da fase móvel,

da fase estacionária e também dos analitos (NASCIMENTO, 2004).

Nos últimos 50 anos, a cromatografia vem ocupando um lugar de destaque

no meio científico, isto se deve não somente ao desenvolvimento de vários novos

tipos de técnicas cromatográficas (cromatografia a líquido, cromatografia a gás e

cromatografia de fluido supercrítico), mas também a sua facilidade de efetuar

separações, identificação e quantificação de espécies químicas (SKOOG, 2002). A

Figura 2 mostra os diferentes tipos de cromatografia de acordo com a fase

estacionária e a fase móvel.

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FIGURA 2 – Tipos de Cromatografia de acordo com a fase estacionária e a fase móvel. CGL –

Cromatografia Gás-Líquido; CGS – Cromatografia Gás-Sólido; CFS – Cromatografia em Fluido

Supercrítico; CLL – Cromatografia Líquido-Líquido; CCD – Cromatografia em Camada Delgada; CLS –

Cromatografia Líquido-Sólido; CTI – Cromatografia de Troca Iônica; CET – Cromatografia por

Exclusão de Tamanho; CFL – Cromatografia de Fase Quimicamente Ligada (NASCIMENTO, 2004)

2.3.1 Cromatografia líquida de alta eficiência (CLA E ou HPLC)

A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência é a versão instrumental das

técnicas cromatográficas. Segundo Ciola (1998) a CLAE é uma técnica que emprega

um conjunto de equipamentos especiais, que poderão diferir em características e

grau de automação. Os aparelhos empregados para realizar a cromatografia a líquido

são chamados de cromatógrafos a líquido (Figura 3).

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FIGURA 3 – Representação de um equipamento de CLAE

Fonte: http://www.lcresources.com/resources/getstart/2g01.htm

A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência apresenta uma enorme aplicação

na área bioanalítica, de fitoterápicos, análises de alimentos, toxicológicas, forenses,

genoma, proteoma e na análise de íons inorgânicos. Por ser uma técnica de ampla

aplicabilidade e de fácil adaptação para determinações quantitativas acuradas, a

CLAE é umas das técnicas de separação mais utilizadas.

O cromatógrafo a líquido é um aparelho composto, basicamente, de seis

elementos. As características dos seus principais componentes estão descritas na

Tabela 1.

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TABELA 1- Principais componentes da CLAE e algumas de suas características (GIL, 2005)

COMPONENTES CARACTERÍSTICAS

Reservatório de solventes: onde se encontra(m) o(s) solvente(s) da fase móvel.

Bomba de alta pressão sistema mecânico que impulsiona o solvente para a coluna

cromatográfica de forma a movimentá-lo independente da

gravidade ou capilaridade.

Injetor: dispositivo posicionado entre a coluna cromatográfica e a bomba.

Serve como sistema de entrada da amostra para a coluna.

Permite a introdução de um volume fixo de amostra dentro do

aparelho de CLAE.

Coluna cromatográfica: de comprimento (entre 10 e 30 cm) e diâmetros internos (entre 4

– 10 mm) variados. Suporta altas pressões. É o local onde se

encontram empacotadas as partículas de fase estacionária e

onde ocorre o processo de separação.

Detector: dispositivo eletroeletrônico que responde à variação da

composição do efluente da coluna gerando sinais elétricos. Os

detectores mais comuns empregados são: Uv-vis, fluorescência,

eletroquímico, massas.

Processador de dados (Pc

ou integrador)

sistema que analisa e processa os dados provenientes do

detector e os transforma em sinais gráficos chamados de

cromatogramas. Nestes aparecem os picos cromatográficos de

onde são calculadas as medidas de suas áreas ou alturas.

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2.4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE FÁRMACOS DAS MATRIZES BIOLÓGICAS

As matrizes biológicas contêm numerosos e variados compostos, desde sais

inorgânicos a macroproteínas, sendo bastante complexas.

Os métodos bioanalíticos comumente envolvem extração do fármaco e seus

metabólitos da biomatriz (sangue, plasma, urina, etc) ou remoção de proteínas (clean

up) antes da separação por técnicas cromatográficas (NASCIMENTO, 2004).

2.4.1 Preparação das amostras

A análise de fármacos em fluidos biológicos normalmente é complicada pelas

baixas concentrações do analito, pela complexidade das matrizes biológicas e pelo

limitado volume das amostras disponíveis para a determinação (RASMUSSEN et al.,

2004) . A elevada concentração de proteínas e o grande número de compostos

endógenos presentes nesse tipo de matriz também dificultam a análise e podem

levar à precipitação ou desnaturação e adsorção no material de preenchimento da

coluna cromatográfica, com conseqüente aumento da pressão do sistema, mudanças

no tempo de retenção e decréscimo na eficiência da coluna. Devido a isso, apesar do

surgimento de técnicas modernas de separação, com as quais se pode obter alta

seletividade e baixos limites de detecção/quantificação, a preparação da amostra é a

primeira e mais crucial etapa na análise dos fármacos e inclui pré-concentração do

analito e clean up da amostra (QUEIROZ et al., 2001). Em geral, mais de um tipo de

técnica de extração e/ou concentração pode ser empregado para uma certa amostra.

A escolha da técnica a ser utilizada deve levar em conta as seguintes características:

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• Ser simples;

• Ser rápida;

• Ter baixo custo;

• Fornecer extratos relativamente livres de interferentes;

• Ter alta recuperação, com boa exatidão e precisão para os analitos de

interesse.

2.4.2 Extração líquido-líquido (ELL ou LLE – liquid-liquid extraction )

A extração líquido-líquido baseia-se na diferente solubilidade do analito em

dois solventes imiscíveis. Este princípio é bastante utilizado na preparação de

amostras para análise cromatográfica, principalmente pelo baixo custo e fácil

operação. A ELL é eficiente na remoção de interferentes e aumenta a concentração

do analito na amostra. Geralmente adiciona-se um solvente orgânico (pouco polar)

imiscível à amostra aquosa (polar), num valor adequado de pH. A mistura é agitada e

posteriormente centrifugada. Remove-se a fase orgânica e seca-se sob fluxo de ar ou

nitrogênio. Resuspende-se o resíduo na amostra e injeta-se no sistema

cromatográfico (MORRINSON, 1990).

A Figura 4 mostra o procedimento geral empregado para extração com

solvente orgânico, diretamente do plasma. Mais de um passo de extração da fase

aquosa ou orgânica também pode ser realizado, caso haja problemas com

interferentes endógenos.

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FIGURA 4 - Extração Líquido-Líquido

PI* = Padrão interno

2.4.3 Extração em fase sólida (EFS ou SPE – solid phase extraction )

A extração em fase sólida emprega solventes recheados em cartuchos ou

adsorvidos em discos e os mecanismos de retenção são idênticos àqueles

envolvidos em cromatografia líquida em coluna. Essa técnica é bem compatível com

CLAE de fase reversa e é de fácil automação. Entretanto apresenta retenção

insuficiente de muitos compostos polares, seletividade limitada e elevado custo

operacional. Além disso, a quantidade de solventes orgânicos necessários para EFS

ainda é significativa, mesmo que seja menor que a usada em ELL (NASCIMENTO,

2004) (Figura 5).

Plasma + PI* + Tampão

+ Solvente extrator

Fase orgânica

Dissolver o resíduo na

fase móvel

Fase aquosa

agitação/centrifugação

desprezar

Evaporar o solvente

Injetar

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FIGURA 5 - Procedimento de Clean-up e extração em fase sólida.

Fonte: www.biotage.com/graphics/9223.jpg

2.4.4 Microextração em fase sólida (MEFS ou SPME – solid phase

microextraction )

A microextração em fase sólida é uma técnica de extração que emprega uma

fibra ótica de sílica fundida recoberta com um filme fino de polímero ou de um

adsorvente sólido. Esta fibra ótica, junto com a fase extratora, é acondicionada dentro

da agulha de uma microseringa. Para a extração dos analitos, a fibra é colocada em

contato direto com a amostra ou na fase vapor de um frasco de “headspace” (solutos

voláteis); após a extração, os analitos presentes na fibra são dessorvidos e

introduzidos na instrumentação analítica requerida (CLAE ou CG). É um método mais

simples e mais rápido que a ELL e EFS, em geral são obtidos extratos mais limpos e

quase não se emprega solventes orgânicos para a dessorção. No entanto, apresenta

como desvantagens valores bastante reduzidos de recuperação, o que é indesejável

quando se deseja quantificar analitos a nível de traços (COLLINS et al., 2006, GILAR

et al., 2001).

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2.4.5 Precipitação de proteínas

A precipitação de proteínas é bastante utilizada para a remoção de fármacos

em matrizes complexas. Este é o tipo de técnica mais simples uma vez que

apresenta apenas um passo principal. Um agente precipitante é adicionado ao

plasma e a amostra é então homogeneizada. Após a homogeneização, as proteínas

precipitadas são removidas através de centrifugação e uma alíquota do

sobrenadante é injetada no sistema cromatográfico. O esquema abaixo (Figura 6)

mostra o procedimento geral empregado para a remoção de fármacos diretamente do

plasma (KLINK, 2000).

FIGURA 6 - Precipitação de proteínas. *PI = padrão interno

Plasma + PI* +

Precipitante

Sobrenadante

Injetar

Precipitado

agitação/centrifugação

desprezar

retirar alíquota

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2.4.6 Ultrafiltração

O método de ultrafiltração combina dois princípios físicos: a filtração

combinada com a centrifugação. As membranas utilizadas no processamento podem

ser de vários tipos, tais como celulose regenerada, polietersulfonas e outras. Este

método possui várias vantagens, tais como: rápido tempo de processamento;

recuperação máxima das amostras; conveniência na preparação; alto fator de

concentração; as amostras eluídas são adequadas para injeção direta no CLAE

(QUEIROZ et al., 2001).

São várias as aplicações para o método de ultrafiltração. Estas vão desde o

isolamento e concentração de DNA, anticorpos e remoção de proteínas ligadas ou

não ligadas a fármacos do soro e plasma.

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2.5 VALIDAÇÃO

A validação é definida como um ato documentado que atesta se qualquer

procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema realmente

conduza aos resultados esperados. Portanto a validação de procedimentos analíticos

e bioanalíticos têm por objetivo demonstrar que os métodos de ensaio utilizados

apresentam resultados que permitam avaliar a qualidade dos medicamentos,

conforme os parâmetros especificados (BRASIL, 2003; SWARTZ & KRULL, 1997).

De acordo com a Resolução RE n° 899, de 29 de maio de 2003, a validação

deve garantir, por meio de estudos experimentais, que o método atenda às

exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados.

Para tanto, deve apresentar especificidade e seletividade, linearidade, intervalo,

precisão, limite de detecção, limite de quantificação e exatidão adequadas à análise.

2.5.1 Especificidade e seletividade

“ É a capacidade que o método possui de medir exatamente um composto em

presença de outros componentes tais como impurezas, produtos de degradação e

componentes da matriz” (BRASIL, 2003).

Um método é considerado específico se ele produz apenas uma resposta

para um simples analito. Como os métodos cromatográficos não produzem respostas

apenas para um analito de interesse, mas também para outras substâncias de

interesse, o termo seletividade é sempre mais apropriado neste contexto que

especificidade (NASCIMENTO, 2004).

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2.5.2 Linearidade

É a capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os

resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração do analito na

amostra, dentro de um intervalo especificado. Recomenda-se que a linearidade seja

determinada pela análise de no mínimo cinco concentrações diferentes.

Os dados podem ser tratados por regressão linear pelo método dos mínimos

quadrados dos pontos médios de três curvas de calibração autênticas. O critério

mínimo aceitável do coeficiente de correlação (r) deve ser igual a 0,99 para métodos

analíticos e igual ou superior a 0,98 para métodos bioanalíticos.

2.5.3 Intervalo

É a faixa entre os limites de quantificação superior e inferior de um método

analítico. Normalmente é derivado do estudo de linearidade e depende da aplicação

pretendida do método.

2.5.4 Precisão

É a avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de

medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Esta divide-se em

três níveis:

Repetibilidade (precisão intra-corrida): Concordância entre os resultados

dentro de um curto período de tempo com o mesmo analito e mesma instrumentação.

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A repetibilidade do método é verificada por no mínimo nove determinações,

ou seja, três concentrações: baixa, média e alta, com três réplicas cada ou mínimo de

seis determinações a 100% da concentração teste.

Precisão intermediária (precisão inter-corridas): concordância entre os

resultados do mesmo laboratório, mas obtidos em dias diferentes, com analistas

diferentes e/ou equipamentos diferentes. Recomenda-se o mínimo de dois dias com

analistas diferentes.

Reprodutibilidade: concordância entre os resultados obtidos em

laboratórios diferentes como em estudos colaborativos, geralmente aplicados à

padronização de metodologia analítica.

A precisão pode ser expressa como desvio padrão relativo (DPR) ou

coeficiente de variação (CV%), segundo a equação 1.

(Equação 1)

Em que DP é o desvio padrão e CMD a concentração média determinada.

Não se admite valores superiores a 5% para métodos analíticos e 15% para métodos

bioanalíticos.

2.5.5 Limite de detecção (LOD)

É a menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser

detectada, porém não necessariamente quantificada, sob condições experimentais

estabelecidas. O limite de detecção é estabelecido por meio da análise de soluções

DPR = DP x 100

CMD

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de concentrações conhecidas e decrescentes do analito, até o menor nível

detectável.

Em CLAE, a estimativa do limite de detecção pode ser feita com base na

relação três vezes o ruído da linha de base. Pode ser determinado pela equação 2:

(Equação 2)

Em que DPa é o desvio padrão do intercepto com o eixo y de, no mínimo, três

curvas de calibração construídas com as concentrações do fármaco próximas ao

suposto limite de quantificação e IC é a inclinação da curva de calibração.

2.5.6 Limite de quantificação (LOQ)

É a menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada

com precisão e exatidão aceitáveis sob condições experimentais estabelecidas.

O Limite de Quantificação é estabelecido por meio da análise de soluções

contendo concentrações decrescentes do fármaco até o menor nível determinável

com precisão e exatidão aceitáveis. Pode ser expresso pela equação 3:

(Equação 3)

Em que DPa é o desvio padrão do intercepto com o eixo y de, no mínimo, três

curvas de calibração construídas com as concentrações do fármaco próximas ao

suposto limite de quantificação e IC é a inclinação da curva de calibração.

Também pode ser determinado por meio do ruído, considerando a

concentração que produza relação sinal-ruído superior a 10:1.

LD= DPa x 3

IC

LD= DPa x 10

IC

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Nos métodos bioanalíticos, o Limite de Quantificação é estabelecido por meio

da análise de matriz biológica contendo concentrações decrescentes do fármaco até

o menor nível quantificável com precisão e exatidão aceitáveis. Pode-se utilizar a

razão 5:1 entre o sinal e o ruído da linha de base, no entanto, o Limite de

Quantificação deve ser, no mínimo, cinco vezes superior a qualquer interferência da

amostra branco no tempo de retenção do fármaco, admitindo-se DPR até 20%.

2.5.7 Exatidão

É a proximidade dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação

ao valor verdadeiro.

A exatidão é calculada como porcentagem de recuperação da quantidade

conhecida do analito adicionado à amostra, ou como a diferença percentual entre as

médias e o valor verdadeiro aceito, acrescido dos intervalos de confiança.

É determinado através de três concentrações: baixa, média e alta, com três

réplicas cada, perfazendo um total de nove determinações. E exatidão é expressa

pela relação entre a concentração média determinada experimentalmente e a

concentração teórica correspondente (Equação 4). A exatidão deve estar entre 80 –

120% do valor nominal da concentração.

(Equação 4)

Exatidão = Concentração média experimental

Concentração teórica x 100

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2.5.8 Robustez

A robustez de um método analítico é a medida de sua capacidade em resistir

a pequenas e deliberadas variações dos parâmetros analíticos. Constatando-se a

susceptibilidade do método à variações nas condições analíticas, estas deverão ser

controladas e precauções devem ser incluídas no procedimento.

2.5.9 Recuperação

A recuperação mede a eficiência do procedimento de extração de um método

analítico dentro de um limite de variação. Porcentagens de recuperação do analito e

do padrão interno próximos a 100% são desejáveis, porém, admite-se valores

menores, no mínimo 60%, desde que a recuperação seja precisa e exata.

O teste deve ser realizado comparando-se resultados analíticos de amostras

extraídas a partir de três concentrações (baixa, média e alta), contemplando a faixa

de linearidade do método, com os resultados obtidos com soluções padrão não

extraídas, que representam 100% de recuperação.

O cálculo de recuperação deve ser feito em função da relação de área do

padrão extraído e não extraído, tanto para o analito como para o padrão interno

separadamente.

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43

2.5.10 Estabilidade

O conhecimento da estabilidade de um analito é essencial para se garantir a

integridade da amostra. Os dados de estabilidade são necessários para mostrar que

a concentração do analito no momento da análise corresponde à sua concentração

no momento da coleta (CAUSON, 1997).

A Resolução n° 899 (BRASIL, 2003) recomenda as seg uintes condições para

estudo de estabilidade em métodos bioanalíticos:

• Estabilidade das soluções-padrão utilizadas para preparação diária da curva

de calibração;

• Estabilidade de amostras de amostras de plasma mantidas a -20° C e

submetidas a três ciclos de congelamento e descongelamento;

• Estabilidade à temperatura ambiente durante 4 horas, denominada

estabilidade de curta duração;

• Estabilidade pós-processamento, ou seja, estabilidade das amostras de

plasma processadas e mantidas por 24 horas e 48 horas à temperatura

ambiente;

• Estabilidade de longa duração, que deve exceder o intervalo de tempo

compreendido entre a coleta da primeira amostra e a análise da última de

acordo com o protocolo de estudo de bioequivalência.

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44

2.6 PADRONIZAÇÃO INTERNA E EXTERNA

Dentre os métodos de quantificação, a padronização interna é a que possui

maior capacidade de eliminar erros técnicos, sendo selecionada para a quantificação

dos fármacos em fluidos biológicos. Este método consiste em comparar a relação

entre a área/altura obtida do composto e a do padrão interno, empregando diversas

concentrações do composto em estudo e uma concentração fixa do padrão interno.

Ou seja, adiciona-se uma quantidade conhecida do padrão interno à amostra e

determina-se a relação entre as áreas/alturas do pico cromatográfico, eliminando os

erros decorrentes do procedimento de extração (BRASIL, 2003; CAUSON 1997).

O objetivo de usar um padrão interno durante a análise quantitativa é

minimizar os possíveis erros que porventura possam acontecer como, por exemplo,

perdas durante a extração e erros de injeção.

O padrão interno ideal corresponde a uma substância similar à substância a

ser quantificada, que tenha um tempo de retenção diferente ao fármaco analisado,

mas que seja próximo a ele, e que não influencie a análise (COLLINS et al, 2006).

Segundo Causon (1997), o padrão interno deve possuir propriedades químicas

semelhantes ao composto analisado, estar presente em concentrações similares, ter

tempo de retenção próximo ao composto problema sem causar interferência, ser

inerte e não fazer parte da amostra.

A padronização externa consiste em comparar a área ou altura do pico

correspondente a quantidades conhecidas do composto problema com a do mesmo

composto na amostra cuja concentração se deseja determinar (BRASIL, 2003).

Preparam-se soluções da substância a ser quantificada em diversas concentrações;

obtém-se o cromatograma correspondente a cada uma delas e relacionam-se as

áreas obtidas com as concentrações. Utilizando a equação da curva resultante,

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45

pode-se calcular a concentração desta substância na amostra a partir da área da

substância obtida no cromatograma resultante de uma injeção separada. Este

método é sensível a erros de preparo das amostras e dos padrões, da injeção das

soluções padrão e das amostras. Por isso deve ser feito a cada análise.

2.7 DEFINIÇÕES

A intercambialidade entre vários produtos farmacêuticos deve resultar da

equivalência farmacêutica, bioequivalência e equivalência terapêutica (MARZO,

1999). As exigências internacionais relativas à bioequivalência de medicamentos

fizeram várias tentativas de harmonização, mas mesmo assim ainda existem

diferenças importantes entre as definições desses termos utilizadas pelos órgãos de

regulamentação de diversos países.

2.7.1 Biodisponibilidade

De acordo com o Food and Drug Administration (FDA, 2003), a

biodisponibilidade é definida como a velocidade e extensão pela qual a substância

ativa é absorvida da forma farmacêutica e torna-se disponível no sítio de ação. Para

formas farmacêuticas que não pretendem liberar o fármaco na corrente sanguínea, a

biodisponibilidade pode ser determinada por medidas que reflitam a velocidade e

extensão pela qual o princípio ativo torna-se disponível no local de ação.

Segundo o European Agency for Evaluation of Medicinal Products (EMEA,

2001) biodisponibilidade consiste na velocidade e extensão pela qual a substância

ativa é liberada da forma farmacêutica e torna-se disponível na corrente sanguínea.

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46

Para a ANVISA (BRASIL, 2003), biodisponibilidade é definida como a

velocidade e extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem,

a partir de sua curva de concentração versus tempo na circulação sistêmica ou sua

excreção na urina.

2.7.2 Biodisponibilidade absoluta

A biodisponibilidade absoluta consiste na fração da dose administrada que é

efetivamente absorvida pelo organismo. Pode ser determinada calculando-se a área

sob a curva de concentração plasmática do fármaco versus tempo, tendo-se como

referência uma injeção intravenosa, pois neste caso, a biodisponibilidade é de 100%

(STORPIRTIS, 1995).

2.7.3 Biodisponibilidade relativa

De acordo com a ANVISA, a biodisponibilidade relativa consiste no quociente

entre a quantidade e a velocidade do princípio ativo que chega à circulação sistêmica

a partir da administração extravascular de um produto de referência que contenha o

mesmo princípio ativo (BRASIL, 2003).

Para Storpirtis (1995), a biodisponibilidade relativa consiste no estudo

comparativo entre as biodisponibilidades de dois medicamentos administrados sob

condições iguais e padronizadas.

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47

2.7.4 Bioequivalência

Segundo a ANVISA (BRASIL, 2003), dois medicamentos são considerados

bioequivalentes quando demonstrada a equivalência farmacêutica entre produtos

que, ao serem administrados na mesma dose molar, e nas mesmas condições

experimentais, não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação

à biodisponibilidade.

Bioequivalência é definida pela ausência de diferença significativa na

velocidade e extensão pela qual a substância ativa, presente em equivalentes

farmacêuticos, torna-se disponível no local de ação, quando administrado na mesma

dose molar e sob condições similares em um estudo apropriadamente desenhado

(FDA, 2003).

De acordo com a EMEA (2001), dois produtos são considerados

bioequivalentes quando estes forem equivalentes e suas biodisponibilidades, após a

administração da dose molar, forem de tal forma semelhantes, que garantam os

mesmos efeitos em relação à eficácia e segurança.

2.7.5 Equivalentes farmacêuticos

Equivalentes farmacêuticos são produtos farmacêuticos que contém o

mesmo fármaco, sob idêntica forma do sal ou éster e idêntica forma farmacêutica e

dosagem. Entretanto, os excipientes utilizados não são, necessariamente, os

mesmos. Ambos produtos devem satisfazer aos ensaios farmacopéicos indicados.

(BRASIL, 2004).

Equivalentes Farmacêuticos, de acordo com a EMEA (2001), são produtos

farmacêuticos que contém a mesma quantidade de fármaco(s) na mesma forma

farmacêutica e que cumprem requisitos de qualidade iguais ou comparáveis.

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2.7.6 Equivalentes terapêuticos

Dois medicamentos são considerados terapeuticamente equivalentes se eles

são farmaceuticamente equivalentes e, após administração na mesma dose molar,

seus efeitos em relação à eficácia e segurança são essencialmente os mesmos, o

que se avaliam por meio de estudos de bioequivalência apropriados, ensaios

farmacodinâmicos, ensaios clínicos e estudos in vitro (correção in vivo/in vitro)

(BRASIL, 2003).

Segundo o EMEA (2001), considera-se um produto farmacêutico como

equivalente terapêutico quando este contém o mesmo fármaco e demonstre,

clinicamente, a mesma segurança e eficácia do produto cuja eficácia tenham sido

estabelecidas.

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49

2.8 FATORES QUE INFLUENCIAM A BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS

A biodisponibilidade de medicamentos administrados por via oral pode ser

influenciada por diversos fatores fisiológicos e físico-químicos, sendo que as

características próprias do fármaco e de sua liberação a partir da forma farmacêutica

exercem grande influência na quantidade e na velocidade de absorção.

Considerando-se que a absorção ocorre somente após a solubilização do fármaco,

os processos de desintegração da forma farmacêutica sólida, a liberação e

dissolução do fármaco e sua permeabilidade através das membranas biológicas, são

etapas determinantes na biodisponibilidade (SHARGEL & YU, 1999).

De maneira geral, os fatores que influenciam a biodisponibilidade de

medicamentos são: fisiológicos relacionados ao trato gastrointestinal, características

físico-químicas do fármaco e características da forma farmacêutica e seus

excipientes.

2.8.1 Fatores fisiológicos relacionados ao trato ga strointestinal (TGI)

Dentre os fatores fisiológicos do TGI que podem influenciar a

biodisponibilidade de fármacos destacam-se a superfície de absorção; o pH dos

líquidos presentes; a velocidade de esvaziamento gástrico; a motilidade intestinal; a

estabilidade dos fármacos nos líquidos presentes e a influência dos alimentos.

As diferenças na constituição das membranas do estômago, intestino

delgado e intestino grosso determinam as variações na absorção dos fármacos. O

intestino delgado, em função de suas microvilosidades, apresenta maior eficiência de

absorção em relação ao estômago e intestino grosso, caracterizando a área de

absorção efetiva dos fármacos (SHARGEL & YU, 1999).

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50

Um parâmetro importante que controla a absorção, distribuição, metabolismo

e excreção dos fármacos, consiste na habilidade da molécula em atravessar as

membranas biológicas. Para um fármaco atravessar as membranas biológicas e

atingir o seu sítio de ação, é necessário um equilíbrio entre suas propriedades

hidrofílicas e lipofílicas. De maneira geral, quanto maior a lipofilicidade, maiores serão

a absorção, o metabolismo, a ligação a proteínas plasmáticas e a distribuição

(PANCHAGNULA, 2000).

O tempo de permanência do fármaco no intestino delgado é determinado

pela motilidade intestinal. Assim, quanto maior o tempo de contato do fármaco com

seu sítio de absorção, maior será a quantidade absorvida (WILDING, 1999).

2.8.2 Características físico-químicas do fármaco

A solubilidade do fármaco pode ser considerada o principal fator relacionado

às características físico-químicas que influenciam a biodisponibilidade de

medicamentos. A dissolução do fármaco é um pré-requisito para absorção e

conseqüente resposta clínica da maioria dos fármacos apresentados em formas

farmacêuticas sólidas administradas por via oral (AMIDON et al., 1995).

A solubilidade do fármaco pode ser influenciada por alguns fatores, entre os

quais: características intrínsecas do próprio fármaco, como constante de dissociação

e lipossolubilidade; tamanho de partícula; forma cristalina e apresentação molecular

na forma de sais ou ésteres (SERRA, 1998).

De acordo com o princípio de partição de pH, apenas as formas menos

ionizadas, mais lipofílicas, podem ser absorvidas por difusão passiva, uma vez que a

membrana do TGI funciona como barreira lipídica. No entanto, esse princípio

apresenta limitações, pois o estômago, intestino e sangue não são compartimentos

fechados e estáticos e a absorção de um fármaco não depende somente do fato de

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51

não estar ionizado, mas também de suas características de lipossolubilidade (KANO,

2002; SERRA, 1998).

2.8.3 Características da forma farmacêutica e seus excipientes

As formas farmacêuticas, os excipientes empregados na formulação, bem

como os processos de fabricação influenciam a velocidade de liberação e,

consequentemente, a absorção e biodisponibilidade dos fármacos. A velocidade de

liberação do fármaco das formas farmacêuticas administradas por via oral,

geralmente diminui na seguinte ordem: soluções, suspensões, pós, cápsulas,

comprimidos, comprimidos revestidos e/ou drágeas e comprimidos de liberação

modificada (AULTON, 2005).

As soluções são formas farmacêuticas de escolha quando uma absorção

rápida e completa é exigida. Para esta forma farmacêutica, a biodisponibilidade de

fármacos pode ser afetada por alguns fatores, como estabilidade do fármaco nos

líquidos do TGI, formação de complexo entre fármaco e algum excipiente ou a

incorporação do fármaco em micelas (AULTON, 2005).

A ocorrência de alterações na biodisponibilidade é, geralmente, maior no

caso de formas farmacêuticas sólidas, devido aos excipientes empregados e à

tecnologia empregada (FERRAZ, 1997).

As suspensões são empregadas para veicular fármacos pouco solúveis ou

insolúveis em meio aquoso. Alterações na biodisponibilidade de fármacos

administrados sob esta forma farmacêutica podem estar relacionadas com o

tamanho da partícula, forma cristalina do fármaco, complexação do fármaco com

algum excipiente, agentes tensoativos que, normalmente, favorecem a dissolução e

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52

substâncias que aumentam a viscosidade, as quais retardam a absorção e interferem

no esvaziamento gástrico e na motilidade intestinal (AULTON, 2005).

2.9 PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS AVALIADOS

Para a avaliação da biodisponibilidade e bioequivalência de dois

medicamentos são determinados os parâmetros farmacocinéticos que melhor se

correlacionam com os efeitos terapêuticos no organismo (ARANCIBIA, 1991;

STORPIRTIS, 1995). Estes parâmetros relacionam-se com a quantidade de fármaco

absorvida e à velocidade do processo de absorção (STORPIRTIS, 1995).

Estes parâmetros são obtidos das curvas de concentração sangüínea do

fármaco versus tempo, e analisados estatisticamente para determinação da

bioequivalência (BRASIL, 2007).

Os seguintes parâmetros farmacocinéticos devem ser determinados (Figura 7):

a) Área sob a curva da concentração plasmática ou s érica versus tempo (ASC):

relaciona-se com a quantidade ou a extensão de absorção do fármaco. Pode ser

calculado pelo método trapezoidal e expresso em unidades de concentração vezes

tempo.

b) Área sob a curva do tempo zero ao tempo t (ASC0- t): relaciona-se com a

quantidade do fármaco absorvida do tempo zero ao tempo t, onde t é a última coleta

determinada experimentalmente.

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c) Área sob a curva da concentração plasmática versus tempo, de zero ao

infinito (ASC0-inf): calculada do tempo zero ao tempo infinito, relaciona-se com a

quantidade ou a extensão de absorção do fármaco. A quantidade da absorção

sistêmica do fármaco é diretamente relacionada com ASC que é geralmente

calculado pelo método trapezoidal e expresso em unidades de concentração vezes

tempo. A ASC0-t deve ser igual ou superior a 80% da ASC0-inf.

d) Concentração máxima atingida no plasma (C max): concentração mais elevada

do fármaco atingido na circulação sangüínea após administração de um fármaco.

Relaciona-se à intensidade da resposta farmacológica. A Cmax ideal deve estar dentro

da janela terapêutica.

e) Meia vida de eliminação do fármaco (t 1/2): representa o tempo em que a

concentração do fármaco no plasma é reduzida à metade. Calcula-se através do

logaritmo neperiano (ln) de 2 (ln2= 0,693) dividido pela constante de eliminação t1/2 =

ln2/K.

f) Tempo correspondente à concentração máxima ating ida no plasma (T max):

tempo correspondente para que o fármaco atinja a concentração máxima (Cmax).

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54

FIGURA 7 – Curva de concentração sérica em função do tempo. As setas indicam os parâmetros

farmacocinéticos determinados para avaliação da bioequivalência. Fonte:

www.psiquiatriageral.com.br/interacoes02.jpg

2.10 ENSAIOS DE BIODISPONIBILIDADE DO NAPROXENO REALIZADOS EM

ANIMAIS E HUMANOS

Na literatura estão descritos diversos ensaios pré-clínicos e clínicos do

naproxeno. Os primeiros ensaios aconteceram na década de 70, desde a síntese

desta molécula (VALENTOVIC, 2008).

Segundo Runkel et al. (1972), o ensaio de biodisponibilidade em ratos foi

realizado através da administração oral de uma dose de 3 mg/Kg de naproxeno com

coleta sanguínea feita através da veia jugular. Além de ratos, o autor e colaboradores

realizaram ensaios em cachorro, porco, macaco e humanos. Um dos gráficos de

concentração plasmática em função do tempo após a administração oral de 2,5

mg/Kg de naproxeno em cachorros, obtido neste estudo, encontra-se na Figura 8.

Em todas as espécies animais estudadas, o tempo de meia-vida do naproxeno variou

de 2 a 35 horas, e em humanos variou de 10 a 17 horas.

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FIGURA 8 - Gráfico de concentração plasmática em função do tempo após a administração oral de 2,5

mg/Kg de naproxeno em cães da raça Beagle. Fonte: Hunkel et al., 1972.

Satterwhite e Boudinot (1988) desenvolveram um método de extração

líquido-líquido para determinação simultânea de naproxeno e cetoprofeno em plasma

de ratos. Este método utilizou cromatografia de alta eficiência com detecção no

ultravioleta e foi utilizado por outros autores para ensaios de biodisponibilidade com

essas moléculas (PATIL et al., 2005; MAZO et al., 1997).

Um estudo mais recente, realizado por Setiawati e colaboradores (2009),

avaliou a bioequivalência de duas formulações de comprimidos de naproxeno sódico

(Figura 9). O estudo foi randomizado e cruzado, incluindo 24 homens e mulheres.

Após a administração oral de 550 mg de naproxeno sódico, os valores obtidos foram

969,77 µg.h/mL, 1013,72 µg.h/mL, 75,92 µg/mL e 15,11 horas para ASCt, ASCinf,

Cmax e Tmax, respectivamente. Em estudos realizados com suspensões orais de

naproxeno em humanos, os valores encontrados foram: ASCt 721,73 µg.h/mL, Cmax

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43,93 µg/mL e Tmax 1,83 h (CARRASCO-PORTUGAL et al., 2006; PALMA-AGUIRRE

et al., 2009).

FIGURA 9 - Perfil de concentração plasmática em função do tempo de naproxeno em humanos sadios

(n = 24), após a administração de comprimidos de naproxeno sódico (550 mg) teste e referência.

Fonte: Setiawati et al., 2009.

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57

3 – OBJETIVOS

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL:

Realizar um estudo de controle de qualidade físico-químico e

biodisponibilidade relativa de suspensões orais de naproxeno sódico (25 mg/mL)

obtidas de farmácias de manipulação na cidade do Natal - RN.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Realizar ensaios de controle de qualidade do medicamento de referência e

dos medicamentos obtidos de diferentes farmácias de manipulação;

• Validar metodologia analítica para a determinação do teor das suspensões

estudadas;

• Validar metodologia bioanalítica para o estudo de biodisponibilidade relativa

do naproxeno sódico;

• Realizar estudos de biodisponibilidade relativa em ratos com o medicamento

de referência e obtidos de diferentes farmácias de manipulação.

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4 – METODOLOGIA

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4 METODOLOGIA

4.1 MATERIAIS

4.1.1 Equipamentos e acessórios

• Agitador Vortex QL – 901 BIOMIXER®

• Balança analítica GEHAKA® – AG200;

• Balança de barra tripla – ROHAUS®

• Balões volumétricos - VIDROLABOR® de 25, 50 e 100 mL

• Centrífuga SUPRA® 21K

• Coluna ACE® , 4,6 x 150 mm, 5 µm, C18;

• Cromatógrafo líquido de alta eficiência VARIAN®: bomba quaternária modelo

ProStar 240, auto injetor ProStar 410, detector PDA ProStar 335 e sistema de dados

(software) Galaxie Chromatography Data System versão 1.9.302.530;

• Máscara de proteção com filtros VO e GA – 3M 6003 – NIOSH®

• Insert para vial (100 µL de capacidade) com mola de polipropileno - MANDREL®

• Potenciômetro LABMETER® PHS – 3B;

• Pré-coluna ACE® 5 C18

• Pipetas automáticas de volume variável EPPENDORF® Research

• Pipetas volumétricas VIDROLABOR®

• Ponteiras descartáveis EPPENDORF® – brancas (0,5 – 20 µL), amarelas (2 – 200

µL) e azuis (50 – 1000 µL);

• Seringas descartáveis (1, 3, 5 e 10 mL) – BD®

• Sistema de purificação de água Milli-Q, MILLIPORE®;

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• Sistema de filtração a vácuo SARTORIUS GOETTINGEN®

• Sonda uretral nº 8 - MEDSONDA®

• Tubos descartáveis (0,1 – 1,5 mL) EPPENDORF®

• Ultra-som UNIQUE® 1400;

• Unidade filtrante descartável, 0,45 µm de poro, MILLIPORE®;

• Vials de tampa rosqueada (2 mL de capacidade) - VARIAN®

4.1.2 Reagentes

• Acetonitrila para CLAE – J. T. BAKER® (Anexo VII)

• Ácido fosfórico p.a. - CRQ®

• Fosfato de sódio monobásico monohidratado p.a. VETEC®

• Soluções tampão pH 4,0 e 7,0 - QM® Reagentes

4.1.3 Produtos farmacêuticos

• Anestésicos:

- Vetarnacol® (Cloridrato de Ketamina) 5% - frasco de 100 mL

- Calmium® (Cloridrato de Xilazine) 2g/100 mL – frasco de 50 mL

• Heparina sódica (5000 UI/mL) - CRISTÁLIA®

• Padrão secundário de naproxeno lote N060719 teor de pureza 100,31% fornecido

por DEG Importação de Produtos Químicos LTDA, com validade até julho de 2010

(Anexo V).

• Padrão secundário de diclofenaco sódico lote ALL25640 teor de pureza 99,6%

fornecido por All Chemistry Produtos Naturais & Farmacêuticos, com validade até

junho de 2010 (Anexo VI).

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• Flanax (naproxeno sódico suspensão 25 mg/mL) – ROCHE®

• Suspensões de naproxeno sódico (25 mg/mL) obtidas de farmácias de

manipulação.

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4.2 MÉTODOS

O estudo foi realizado em duas etapas: uma fase em controle de qualidade

físico-químico (Capítulo I) e uma fase experimental em animais (Capítulo II). As

suspensões aprovadas nos ensaios de controle de qualidade participaram da

segunda etapa.

4.2.1 Amostragem

O número de estabelecimentos avaliados foi definido considerando todas as

farmácias de manipulação da cidade do Natal que foram registradas no Conselho

Regional de Farmácia – RN até o ano de 2008.

O número de amostra foi calculado através da equação 5 de acordo com a

Farmacopéia brasileira IV, 1988.

Nn = (Equação 5)

Em que: n = tamanho da amostra; N = total de estabelecimentos

Sendo assim, das trinta e nove farmácias de manipulação da cidade do Natal,

seis participaram do estudo. As farmácias foram selecionadas de modo aleatório

através de sorteio.

4.2.2 Considerações éticas

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN

(Parecer N° 178/2008) (Anexo I).

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5 – CAPÍTULO I

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ESTUDO COMPARATIVO DE CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO- QUÍMICO EM

SUSPENSÕES MAGISTRAIS CONTENDO NAPROXENO SÓDICO 25 mg/mL

Lílian Grace da Silva Solon1, Ana Isabel Maia de Oliveira1, Gerlane Coelho

Bernardo Guerra2, Aurigena Antunes de Araújo2, Luiz Alberto Lira Soares*3

1Departamento de Farmácia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Natal, Brasil.

2Departamento de Biofísica e Farmacologia. Universidade Federal do Rio

Grande do Norte. Natal, Brasil.

3Departamento de Farmácia. Universidade Federal de Pernambuco. Recife,

Brasil.

Unitermos: naproxeno, validação, controle de qualidade

*Correspondência:

Luiz Alberto Lira Soares

Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas

Av. Gal. Gustavo Cordeiro de Farias, s/n, Faculdade de Farmácia, 2º andar,

CCS/UFRN. Petrópolis, Natal – RN – Brasil.

CEP: 59012-570

E-mail: [email protected]

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66

RESUMO

O naproxeno é um fármaco amplamente utilizado para o tratamento de enfermidades

reumáticas e processos inflamatórios agudos e encontra-se disponível, no mercado

brasileiro na forma de comprimidos e suspensão industrializada ou produzida nas

farmácias de manipulação. Diante disto, o presente trabalho objetivou realizar estudo

de controle de qualidade comparativo entre a suspensão referência de naproxeno

sódico, Flanax®, denominada R e suspensões obtidas de seis farmácias de

manipulação na cidade do Natal, denominadas A, B, C, D, E e F na concentração de

25 mg/mL. Neste sentido, foram realizados ensaios para determinação do teor, pH,

homogeneidade, identificação, teor, volume e características organolépticas. O

método utilizado no doseamento mostrou precisão, exatidão, linearidade e

especificidade. As formulações obtidas nas farmácias B, C e E apresentaram um teor

abaixo das especificações, enquanto que a formulação F apresentou um teor acima

do recomendado pela Farmacopéia. Em relação ao pH, as suspensões C, E e F

apresentaram valores fora das especificações. No que diz respeito à

homogeneidade, detectou-se que as amostras obtidas das farmácias C e E

apresentaram aspecto espumoso após agitação e as partículas suspensas não se

distribuíram de forma homogênea ocorrendo rapidamente a sedimentação. Em

relação ao volume, observou-se que a maioria das amostras apresentou volume

compatível ao rotulado, exceto a amostra C. Assim, os resultados indicam a

necessidade de uma maior fiscalização pelos órgãos competentes de forma a

garantir a segurança do paciente e qualidade do medicamento produzido pela

farmácia de manipulação.

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67

1 INTRODUÇÃO

O naproxeno é um antiinflamatório não esteroidal (AINE), analgésico e

antipirético, bastante utilizado para o tratamento de enfermidades reumáticas e

processos inflamatórios agudos (mialgia, dismenorréia, inflamação leve a

moderadamente grave do músculo esquelético e tecido mole) [3,8,10,12,14,16,19].

Age impedindo a síntese de prostaglandinas e tromboxanos a partir do ácido

araquidônico por inibir a enzima ciclooxigenase (COX). Quimicamente corresponde a

ácido (+)-6-metóxi-α-metil-2-naftalenoacético e a sua forma de sal é conhecida por

(+)-6-metóxi-α-metil-2-naftalenoacético sódico (Figura 1). Quando administrado por

via oral, o naproxeno sódico converte-se rapidamente a naproxeno e após a sua

absorção liga-se 99% às proteínas plasmáticas [9]. Os metabólitos do naproxeno são

excretados quase inteiramente na urina. Cerca de 30% do fármaco sofre

6-desmetilação e a maior parte é excretada como glicuronídio ou outros conjugados

[4]. Cerca de 10% é excretado na forma inalterada e menos de 3% de naproxeno e

seus metabólitos são eliminados pelas fezes [9]. As principais complicações

encontradas com o uso prolongado do naproxeno são efeitos gastrointestinais e

sobre o sistema nervoso central, prurido, icterícia, comprometimento da função renal,

ototoxicidade, angioedema, trombocitopenia e agranulocitose [2].

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FIGURA 1- Fórmula estrutural do naproxeno sódico [(+)-6-metóxi-α-metil-2-naftalenoacético sódico].

Fonte: Goodman & Gilman, 2003.

No mercado brasileiro várias farmácias magistrais comercializam suspensões

contendo naproxeno sódico. Estes estabelecimentos possuem diversas vantagens

inerentes ao produto medicamentoso, dentre elas destacam-se a modificação da

forma farmacêutica e concentração do ativo, adaptando o medicamento à utilização

por idosos e crianças, principalmente; formulação de componentes ativos não

comercializados pela indústria farmacêutica; menor preço que o medicamento

industrializado e segurança quanto à ocorrência de automedicação [13]. Fatores

econômicos tornam interessante a utilização de genéricos, similares e manipulados

como alternativa aos produtos originais, desde que estes garantam eficácia e

segurança equivalentes. A Legislação Brasileira em vigor estabelece que para um

medicamento ser registrado como similar ou genérico é necessário que se comprove

a equivalência farmacêutica em relação ao medicamento de referência indicado pela

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), conforme o guia para realização

de estudo e elaboração de relatório de equivalência farmacêutica e perfil de

dissolução [ 5 ].

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69

Entre as principais desvantagens encontradas nos medicamentos

manipulados estão o curto prazo de validade em decorrência da dificuldade na

obtenção de produtos estáveis [13]. Neste tipo de medicamento ainda não existe uma

padronização com relação aos excipientes utilizados entre as farmácias, e por isso

há uma grande preocupação com relação ao seu efeito terapêutico. Desde então a

ANVISA tem buscado medidas de segurança e adotado novos critérios para a

manipulação destes produtos [6]. Dentro deste contexto, o presente trabalho teve

dois objetivos principais: validar a metodologia para o doseamento do naproxeno e

realizar um estudo comparativo de controle de qualidade entre a suspensão

industrializada de naproxeno sódico (Flanax®) e as obtidas de diferentes farmácias

de manipulação na cidade do Natal – RN, visando avaliar a qualidade destes

produtos magistrais.

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70

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Amostras

Foram utilizadas suspensões de naproxeno sódico (25 mg/mL) de seis

diferentes farmácias de manipulação, denominadas de A, B, C, D, E e F. O

medicamento de referência utilizado foi Flanax® 25 mg/mL (Syntex S.A., México),

denominado “R”.

2.2 Substância Química de Referência

Naproxeno padrão secundário (lote N060719), teor de pureza 100,31%,

fornecido por DEG Importação de Produtos Químicos LTDA.

2.3 Reagentes

Ácido fosfórico (CRQ®), acetonitrila para CLAE (J. T. BAKER®), fosfato de

sódio monobásico monohidratado (VETEC®), soluções tampão pH 4.0 e 7.0 (QM®

Reagentes).

2.4 Validação do Método

A validação da metodologia analítica foi determinada segundo os critérios

descritos na Resolução 899 de 29 de maio de 2003 [7].

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2.4.1 Linearidade

O ensaio de linearidade foi realizado na faixa de concentração 5 – 100 µg/mL,

utilizando concentrações de seis soluções padrão de calibração, sem réplicas,

analisados em triplicata. A correlação linear entre as concentrações foi estabelecida

através do método dos mínimos quadrados, sendo avaliada pelo coeficiente de

correlação (R2), que deve ser igual ou superior a 0,99.

2.4.2 Precisão e Exatidão

A precisão (intra-dia e inter-dia) e exatidão foram obtidas pela análise das

soluções de trabalho, em quintuplicata, em três concentrações estabelecidas (alta

100 µg/mL, média 50 µg/mL e baixa 5 µg/mL) de naproxeno. A precisão foi expressa

pelo desvio padrão relativo (DPR%) e a exatidão em percentual (%) de desvio das

concentrações médias observadas experimentalmente em relação ao valor nominal.

2.4.3 Especificidade

A especificidade do método foi avaliada por meio da pureza do pico de

naproxeno, obtendo-se espectros em cinco pontos do pico através da cromatografia

líquida de alta eficiência (CLAE/DAD).

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2.5 Ensaios de Controle de Qualidade

2.5.1 Descrição das características físicas e organolépticas

As características físicas e organolépticas, cor, odor e homogeneidade das

suspensões, foram descritas de acordo com a Farmacopéia Brasileira IV [11]. Para

a aprovação, as mesmas deverão estar homogêneas e macroscopicamente livres

de partículas estranhas.

2.5.2 Determinação do volume

O volume das suspensões foi determinado em proveta e em seguida foi

comparado ao volume rotulado.

2.5.3 pH

O pH das suspensões de naproxeno foi determinado em potenciômetro

previamente calibrado, em triplicata, seguindo as normas da Farmacopéia

Americana [20], que considera que estas preparações deverão apresentar valores

de pH entre 2,2 e 3,7.

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2.5.4 Doseamento do naproxeno

O doseamento do naproxeno foi realizado por meio de cromatografia

líquida de alta eficiência (CLAE), utilizando cromatógrafo VARIAN® com detector de

arranjo de diodos (DAD) modelo ProStar 335, bomba quaternária ProStar 240, auto

injetor ProStar 410 e sistema de dados (software) Galaxie Chromatography Data

System versão 1.9.302.530. Foi utilizada uma coluna ACE C-18, 15 cm de

comprimento, 4,6 cm de diâmetro interno e partículas de 5 µm. A fase móvel foi

constituída de acetonitrila e tampão fosfato de sódio monobásico 0,01 M, na

proporção de 50:50. O tampão teve pH 4.0 ± 0,2, ajustado com ácido fosfórico. O

fluxo isocrático foi 1,2 mL/min e o volume de injeção 20 µL. A detecção ocorreu no

ultravioleta a 280 nm. O padrão e as amostras foram preparados na concentração

de 50 µg/mL, utilizando a fase móvel como solvente. A especificação de teor para

suspensão de naproxeno é de 90,0% a 110,0% da quantidade declarada [20].

2.5.5 Identificação

Foi utilizada a mesma metodologia descrita para o doseamento, sendo

comparados os tempos de retenção e perfil dos picos.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O método de doseamento por CLAE demonstrou linearidade, apresentando

coeficiente de correlação (r) igual a 0,9998, e equação da reta: y = 17,235 x +

10,132 (Figura 2). Esta faixa de linearidade foi adequada à aplicação do método na

determinação do teor de naproxeno nas amostras de suspensão.

y = 17,235x + 10,132R2 = 0,9998

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

0 20 40 60 80 100 120

Concentração (µg/mL)

Áre

a (m

AU

.Sec

)

FIGURA 2 – Representação gráfica da curva padrão de naproxeno obtida por CLAE (n = 3).

A variação da precisão intra-dia e inter-dia para a menor concentração variou

de 1,72 a 2,36%. Todos os resultados encontraram-se dentro das especificações

exigidas pela norma brasileira de métodos analíticos, cujo desvio padrão relativo

deve ser menor ou igual a cinco (DPR ≤ 5%). Para a exatidão intra-dia os valores

encontrados foram de 91,44%; 96,22% e 100,41%, para a baixa, média e alta

concentração respectivamente, as quais se apresentaram dentro dos limites

preconizados pela ANVISA (80% ≤ exatidão ≤ 120%) (Tabela 1).

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TABELA 1: Valores de precisão (intra-dia e inter-dia) e exatidão das soluções de trabalho de naproxeno

(n = 5).

Concentração nominal

(µg/mL)

Concentração média

experimental

(µg/mL)

Precisão

(DPR%)

Exatidão (%)

Intra-dia

5 4,57 1,72 91,44

50 48,11 2,43 96,22

100 100,41 0,80 100,41

Inter-dia

5 4,71 2,36 94,15

50 46,76 1,86 93,52

100 99,22 0,72 99,22

No teste de identificação, os espectros obtidos em cinco pontos do pico no

cromatograma de naproxeno (Figura 3) são similares, demonstrando tratar-se do

mesmo cromóforo.

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FIGURA 3 – Espectros do naproxeno obtidos em cinco pontos diferentes do pico.

No ensaio de descrição das características físicas e organolépticas as

amostras foram avaliadas em relação à cor, odor, homogeneidade e quanto à

presença de partículas estranhas. O resultado da análise encontra-se detalhado na

Tabela 2.

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TABELA 2 - Descrição das características físicas e organolépticas das amostras de suspensão oral de

naproxeno

Amostra

Cor

Odor

Homogeneidade

Partículas

estranhas

R Amarelo Laranja H A

A Branco Menta H A

B Amarelo Laranja H A

C Branco Menta NH A

D Branco Menta H A

E Vermelho Morango NH A

F Branco Menta H A

H = amostra homogênea; NH = amostra não-homogênea; A = ausência de partículas estranhas

Após a realização do teste de homogeneidade observou-se que as amostras C

e E estavam fora das especificações da Farmacopéia Brasileira pois apresentaram

aspecto espumoso após agitação, as partículas suspensas não se distribuíram de

forma homogênea já que rapidamente ocorreu sedimentação. A não homogeneidade

das suspensões pode implicar em falha terapêutica uma vez que a dose não está

sendo administrada corretamente, levando o paciente no início do tratamento a

receber uma dose sub-terapêutica e ao longo do tratamento doses mais elevadas.

A resolução brasileira RE n° 67/2007, que dispõe so bre Boas Práticas de

Manipulação, preconiza que seja determinado o volume das formas farmacêuticas

líquidas não-estéreis antes do envase. O volume das suspensões foi determinado

através de proveta e o valor obtido foi comparado ao rotulado. A maioria das

amostras apresentou volume compatível com o rotulado, exceto a amostra C que

teve uma diferença de +5 mL devido a erro de aferição do volume durante a

manipulação deste medicamento.

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A análise de pH foi realizada de acordo com a Farmacopéia Americana [20], a

qual estabelece o valor de pH entre 2,2 e 3,7 para suspensão oral de naproxeno

sódico. Três amostras tiveram os valores de pH fora das especificações

recomendadas (Tabela 3). O pH é um dos fatores mais importantes no processo de

formulação uma vez que influencia diretamente na solubilidade, estabilidade e

absorção do fármaco [1].

Em relação a determinação do teor de naproxeno nas suspensões estudadas

observou-se que apenas as amostras R, A e D se encontraram dentro das

especificações da Farmacopéia Americana que considera que o teor de naproxeno

não deve ser menor que 90% ou maior que 110% do valor apresentado no rótulo.

Neste sentido, podemos destacar a amostra E por apresentar o teor de apenas

21,29%, valor considerado muito abaixo do especificado, e ainda, as amostras B e C

com teor também abaixo e a amostra F com valor acima das esecificações (Tabela

3).

TABELA 3 – Valores de pH e teor encontrados nas amostras de suspensão. Cada valor representa

a média ± desvio padrão relativo (n = 3).

Amostra pH Teor Resultado

R 3,10 ± 3,01 96,32 ± 0,69 DDE

A 3,28 ± 1,57 97,59 ± 0,78 DDE

B 2,72 ± 0,21 76,43 ± 1,45 FDE

C 4,84 ± 0,89 82,59 ± 0,16 FDE

D 2,96 ± 0,35 99,27 ± 0,76 DDE

E 1,74 ± 3,15 21,29 ± 3,53 FDE

F 4,38 ± 0,44 123,72 ± 1,09 FDE

DDE = dentro das especificações; FDE = fora das especificações

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O doseamento de substâncias ativas em medicamentos é considerado um

dos ensaios mais importantes no controle de qualidade físico-químico, tendo em

vista que possibilita o conhecimento da real concentração do fármaco presente na

amostra a qual está diretamente relacionada a dose que será administrada ao

paciente e conseqüentemente com a ação terapêutica. Portanto quando o teor está

abaixo do especificado o paciente receberá uma dose sub-terapêutica que pode

ocasionar falência do tratamento. Por outro lado, quando o teor se encontra acima

do recomendado pode levar a efeitos adversos potencialmente graves,

principalmente em fármacos que possuem uma margem terapêutica estreita [2].

Os cromatogramas do naproxeno padrão secundário e das suspensões

possuíram o mesmo perfil e tempos de retenção próximos: 4,24 minutos para o

padrão secundário e 4,25 minutos para a suspensão (Figuras 4 e 5). O

cromatograma mostrado, referente à suspensão R, representa o comportamento

de todas as outras suspensões analisadas.

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FIGURA 4 – Cromatograma do naproxeno padrão secundário (50 µg/mL) obtido por CLAE. Tempo de

retenção 4,24 minutos.

FIGURA 5 – Cromatograma da amostra referência de suspensão oral de naproxeno sódico (50 µg/mL)

obtido por CLAE. Tempo de retenção 4,25 minutos.

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4 CONCLUSÕES

O método utilizado para o doseamento de suspensões de naproxeno sódico

por CLAE mostrou especificidade, linearidade, precisão e exatidão.

No teste de descrição das características físicas e organolépticas, foram

observadas modificações nas características dos produtos, tais como diferenças na

cor ou odor das preparações. Quanto ao teste de homogeneidade as suspensões C e

E foram reprovadas.

Com relação ao teste de pH, três amostras apresentaram resultados fora das

especificações (C, E e F) e quanto ao teor, as amostras B, C e E apresentaram

valores abaixo e a amostra F apresentou valor acima do especificado.

Entre seis suspensões estudadas, apenas três foram aprovadas em todos os

testes a que foram submetidas (R, A e D). Com isso, o estudo indicou a necessidade

de uma maior fiscalização pelos órgãos competentes e reforça também a importância

dos ensaios de controle de qualidade do produto manipulado final. A qualidade

destes medicamentos deve estar sempre associada às Boas Práticas de

Manipulação, seguindo aos procedimentos operacionais de forma a garantir a

segurança do paciente e a qualidade do medicamento produzido pela farmácia de

manipulação.

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6 – CAPÍTULO II

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PHARMACOKINETIC PROFILES OF COMPOUNDED NAPROXEN SOD IUM

ORAL SUSPENSIONS ADMINISTERED TO RATS BY A SIMPLE I SOCRATIC

HPLC METHOD

Lílian Grace da Silva Solon1, Gerlane Coelho Bernardo Guerra2, José

Pérez-Urizar3, Aurigena Antunes de Araújo*2, Luiz Alberto Lira Soares4

1Department of Pharmacy.Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Natal, Brazil.

2Department of Biophysics and Pharmacology. Universidade Federal do

Rio Grande do Norte. Natal, Brazil.

3Pharmacology and Physiology Laboratory. Universidad Autónoma de

San Luis Potosí. SLP, Mexico.

4Department of Pharmacy.Universidade Federal de Pernambuco. Recife,

Brazil.

Key words: Validation; HPLC; Pharmacokinetics; Rat plasma; Naproxen

*Corresponding author:

A. A. Araújo

Departamento de Biofísica e Farmacologia

Centro de Biociências

Av. Senador Salgado Filho, S/N - Lagoa Nova

59078-900 – Natal - RN, Brasil

E-mail: [email protected]

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87

ABSTRACT

The purpose of this study was to validate a simple and specific bioanalytical

method for determining naproxen concentrations in rat plasma samples by

HPLC and to evaluate the pharmacokinetic profiles of naproxen sodium oral

suspensions obtained from compounding pharmacies. Three suspensions were

investigated one reference (Flanax®) and two compounded formulations (test 1

and test 2). Analysis was run at a flow rate of 1.2 mL.min-1 with a mobile phase

of acetonitrile : NaH2PO4 0.01 M pH 4.00 (50:50, v/v) at 280 nm, using a C18

column (150 mm x 4.6 mm, 5 µm). The calibration curve was linear (R2 = 0.9987)

over the range of 0.25 - 200 µg.mL-1. The precision for inter and intra-day

analysis ranged from 2.46% to 12.39%. Accuracies using the quality control

samples of 0.5, 15, 75 and 150 µg.mL-1 ranged from 86.7% to 101.1%. For

analysis of pharmacokinetic properties, the naproxen suspension was orally

administered to rats and blood samples were drawn at 10, 20, 40, 60 min, 3, 4,

6, 24 and 48 hours after dosing. The plasma pharmacokinetic parameters, Cmax,

Tmax and AUCt were 191.25 ± 11.17 µg.mL-1, 1.00 ± 0.106 h and 2438.16 ±

291.34 µg.h.mL-1 for the reference drug, 188.22 ± 24.78 µg.mL-1, 1.06 ± 0.092 h

and 1755.02 ± 228.90 µg.h.mL-1 for test 1, and 160.50 ± 10.58 µg.mL-1, 0.66 ±

0.102 h and 1955.28 ± 142.80 µg.h.mL-1 for test 2. No significant differences

were found based on analysis of variance, with mean values and 90% CI of

test2/reference ratio (Cmax 83.92% and AUCt 80.19%). For test1/reference ratio,

the result was Cmax 98.41% and AUCt 71.98%. Based on these results, it can be

concluded that the validated method was successfully applied to this study; the

test 1 formulation failed to demonstrate a bioequivalence to the reference drug;

however, the test 2 and reference naproxen sodium oral suspension were

bioequivalent in terms of the rate and extent of absorption under these

conditions.

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88

1. Introduction

According to Anfarmag (Associacao Nacional de Farmaceuticos

Magistrais) the turnover of compounded medicines is very high in Brazil. In

2008, the sales amounted to R$1.2bil [26]. The large consumption of these

medicines by the Brazilian population has raised the suspicion of the quality and

safety of these drugs, since cases of toxicity and death were reported by the

National Agency of Health Vigilance (ANVISA) [2]. Compounded medicines

have possible risks of variable bioavailability due to differences between

formulations. Despite frequent inspections of Brazilian compounding

pharmacies, there is not a strict quality control that involves in vivo tests.

Structurally naproxen is a propionic acid derivative related to the

arylacetic group of nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) with a chiral

center. The (+) form is the active isomer. Naproxen and naproxen sodium are

known chemically as (+)-6-methoxy-α-methyl-2-naphthaleneacetic acid and

(+)-6-methoxy-α-methyl-2-naphthaleneacetic acid, sodium salt, respectively [20].

This drug is indicated for the treatment of rheumatic disorders, dysmenorrhoea

and for the relief of mild to moderate pain. Member drugs of the NSAID group act

by inhibiting prostaglandin biosynthesis and share several adverse effects

including gastrointestinal bleeding and ulceration [3,4,16,17]. Naproxen is

administered by the oral route as an immediate release and as a slow release

preparation (tablet and suspension). Naproxen is approximately 99% bound to

plasma proteins is metabolized by demethylation and undergoes phase II

metabolism of glucuronide conjugation [1,11,27,30]. The pharmacokinetic

parameters of naproxen following an administration of 250 mg of naproxen

sodium oral suspension obtained from previous bioavailability studies in humans

are 721.73 ± 18.47 for AUC72h, 43.93 ± 1.83 for Cmax and 2.38 ± 0.21 for Tmax

[28].

Several high-performance liquid chromatography (HPLC) methods have

been developed for naproxen determination in human or rat plasma for

pharmacokinetic studies [5,9,10,13,14,18,24,34]. Nevertheless, there is a need

to improve these methods in terms of ease of sample handling and analysis

time. Many naproxen products are used in worldwide, but there is no

bioavailability data concerning naproxen compounded formulations.

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89

The aim of this study was to validate a simple and specific bioanalytical

method to determine naproxen concentrations in rat plasma samples and to

investigate the pharmacokinetic parameters of three different oral suspensions

of naproxen sodium (one manufactured suspension and two compounded

formulations) in order to compare their bioavailability.

2. Experimental

2.1. Chemicals and reagents

The reference material naproxen with a purity 100.3% was purchased

from DEG Importação de Produtos Químicos LTDA, Brazil. The internal

standard, diclofenac sodium {2-[2-(2,6-dichlorophenylamino) phenyl] acetic acid}

with a purity 99.6% was obtained from All Chemistry Produtos Naturais &

Farmacêuticos, Brazil. All other chemicals were of HPLC grade. Milli-Q water

(Millipore Corporation, Bedford, MA) was used for NaH2PO4 buffer preparation.

The reference naproxen formulation was Flanax® (25 mg mL-1) produced by

Syntex S.A., Mexico. The two test naproxen sodium oral suspensions, test 1

(suspension A, 25 mg mL-1) and test 2 (suspension D, 25 mg mL-1) were

obtained from two different compounding pharmacies, A and D respectively, in

Natal, Brazil.

2.2. Equipment and analysis conditions

Analyses were performed with a Varian ProStar HPLC system (Varian,

USA) including a quaternary pump (ProStar 240 model), auto-sampler (ProStar

410 model), variable wavelength PDA detector (ProStar 335 model), a

thermostated column compartment and the Varian software Galaxie

Chromatography Data System, Version 1.9.302.530.

Chromatographic separations were via an ACE C18 column (150 mm x

4,6 mm, 5 µm, ACE, USA) coupled with a ACE RP guard column (4 mm x 4,6

mm, 5 µm, ACE, USA) at room temperature. Elution for the analytes were

through isocratic flow of acetonitrile : NaH2PO4 0.01 M pH 4,00 (50:50, v/v). The

mobile phase was filtered through a 0.45 µm filter and degassed before use. The

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90

flow rate of the mobile phase was maintained at 1.2 mL min-1. The detection

wavelength was set at UV 280 nm and the injection volume was 20 µL.

2.3. Stock and working standard solutions

The stock solution of naproxen (1 mg mL-1) and the internal standard (1

mg mL-1) were prepared by dissolving the appropriate amount of the pure solid in

acetonitrile. Both stock solutions were stored in a – 80 °C freezer. The working

standard solutions of naproxen were prepared fresh by step-wise dilutions of the

above stock solution with the mobile phase to provide a calibration concentration

range of 0.25 – 200 µg mL-1 when spiked into drug-free rat plasma. The working

internal standard solution was prepared from the stock by dilution with mobile

phase to 50 µg mL-1.

Four quality control samples (QC), were prepared from the stock

solutions by spiking naproxen into drug-free rat plasma to obtain final

concentrations of 0.5, 15, 75 and 150 µg mL-1. Routine calibration curves

consisting of 0.25, 1, 5, 10, 20, 40, 100 and 200 µg mL-1 calibrators were

generated together with the QC for computation of naproxen concentrations in

rat samples using peak area ratios of naproxen and internal standard.

2.4. Animals handling and sample collection

Wistar rats weighing 280 – 300 g were obtained from the Bioscience

Center of Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Natal, Brazil). They

were acclimated and housed in cages at a temperature of 25 ºC with free access

of standard laboratory food and water. Twelve hours before the initiation of

experiments, food was withheld, but animals had free access to water. All

handling and experimentation were according to protocols approved by the

institutional care and use of laboratory animals committee.

Naproxen sodium suspension was orally administered to rats at a dose

of 50 mg kg-1. The animals were anesthetized with 15 mg kg-1 of xilazine

hydrochloride (20 mg mL-1) and 100 mg kg-1 of ketamina hydrochloride (50 mg

mL-1) through an i.p. route. Blood samples were taken from the tails at time

intervals of 10, 20, 40, 60 min, 3, 4, 6, 24 and 48 h. At each time point, blood

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91

samples were collected from five rats to compute the mean concentration. Since

only a maximum of 3 - 4 samples of 500 µL each could be sampled from a rat

over a short time, three groups of five rats were needed to complete the full

sampling intervals. The blood samples were collected into heparin-coated tubes

and maintained on ice for a short time before spinning in a microcentrifuge at 4

ºC to harvest the plasma samples, which were immediately stored at – 80 ºC

until analysis.

2.5. Clean up of plasma samples

150 µL of plasma obtained from dosed animals was mixed with 25 µL of

internal standard solution, 50 µL of NaH2PO4 0.5 M pH 2,2 and NaCl for 1

minute. 250 µL of acetonitrile was then added and the sample vortexed for 3

minutes. For the calibration and quality control samples, 25 µL of their respective

working standards prepared in acetonitrile : NaH2PO4 0.01 M pH 4.00 (50:50,

v/v) were added to each 150 µL of free-drug plasma before mixing with internal

standard solution. NaCl and acetonitrile in the mixture precipitated the plasma

proteins. The mixture was then centrifuged at 10,000 rpm at 4 ºC for 5 minutes,

and the supernatant containing the extracted naproxen and the internal standard

was then filtered through 0.45 µm and transferred to the auto-sampler of the

HPLC for analyses.

2.6. Method validation

The method was validated according to the “Guidance for Industry”

under the section of “Bioanalytical Method Validation” by the Food and Drug

Administration of USA [7,15].

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92

2.6.1. Selectivity and linearity

The selectivity of the method was assessed by determining that

endogenous substances and the anesthetics present in rat plasma do not

co-elute with naproxen and the internal standard in the HPLC method.

Normal and hemolysate plasma samples from at least six untreated rats

were used to verify the selectivity of the bioanalytical method.

To evaluate the linearity of the calibration curves, eight calibration

standards containing naproxen at nominal concentrations of 0.25, 1, 5, 10, 20,

40, 100 and 200 µg mL-1 were prepared as described in section 2.3. The

standard calibration curves were constructed using naproxen/internal standard

peak-area ratios vs. the nominal concentration by linear regression.

2.6.2. Precision, accuracy and recovery

Assay precision was assessed by determining the coefficients of

variation (CV) of the four QC samples (concentrations of 0.5, 15, 75 and 150 µg

mL-1) within the same analysis (n=5, intra-day precision) and over a series of

analyses (n=5, inter-day precision). Both intra-day and inter-day precision were

calculated with the following formula:

Relative accuracy was determined by calculating the percent accuracy

by the equation:

The precision and accuracy of the first calibrator of 0.25 µg mL-1, lower

limit of quantification (LLOQ) were also evaluated.

The recovery experiments in this study were performed by comparing

peak areas of naproxen and internal standard in spiked plasma samples,

mean measured concentration

nominal concentration Accuracy % = =

standard deviation

mean CV% = X 100

X 100

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93

extracted by the method described in section 2.5. The compounds of interest at

concentrations corresponding to 100% recovery were added to similarly

post-extracted blank plasma.

2.6.3. Stability

The stability of naproxen in rat plasma was tested in three freeze-thaw

cycles with QC samples at four concentration levels. These samples were stored

frozen at – 20ºC and analyzed on days 0, 1 and 5 to give the evaluations.

Specifically, the long term stability of the samples when stored at – 80 ºC

for up to 4 months was analyzed, since this is the temperature at which the

samples were stored before analysis. To assess the stability of the samples

between the time of extraction and the HPLC run, the samples were analyzed at

the time of extraction and the values were compared to the 10 and 24 h

post-extraction values of the same samples stored at room temperature. These

tests provide the validation for using the auto-sampler when analyzing multiple

samples.

2.7. Pharmacokinetic and statistical analyses

Pharmacokinetic analysis of naproxen was carried out according to a

standard non-compartmental method using the WinNonlin software (Pharsight

Co., CA, Version 2.0). Cmax and Tmax were obtained directly from the observed

data. The AUCt was calculated by the trapezoidal method. The AUCinf was

calculated as AUCt + Ct/Ke, where Ct was the last quantifiable concentration, Ke

was the terminal elimination rate constant and was determined by least-squares

regression analysis during the terminal log-linear phase of the

concentration-time curve. The T1/2 was calculated as 0.693/Ke.

Statistical analyses of variance (ANOVA) of AUCt, AUCinf and Cmax were

calculated after transformation of the data to their logarithmic (ln) values. Using

the error variance (S2) obtained from the ANOVA, the 90% confidence intervals

(CI) were calculated.

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94

3. Results

3.1. Method validation

3.1.1. Selectivity and linearity

Fig. 1 shows representative HPLC chromatograms of control, blank

plasma (A) and hemolysate plasma (B) from untreated rats, low QC, blank

plasma sample spiked with 0.5 µg mL-1 of naproxen (C), a calibrator, 100 µg

mL-1 (D), both with spiked internal standard and finally a plasma sample obtained

1 h after naproxen sodium oral suspension administration in Wistar rats (E). Fig.

1 D shows a steady baseline, the naproxen peak was symmetrical and well

separated from the plasma peak. Naproxen and internal standard were well

separated using the above described chromatographic condition with retention

times of 4.26 and 8.23 min respectively. No interfering peaks from endogenous

substances in the control plasma samples of different rat or other reagents were

detected under the conditions employed.

The peak area ratio (naproxen/internal standard) as a function of the

nominal naproxen concentrations over a wide range of 0.25 - 200 µg mL-1 was

linear. The regression coefficient R2 was 0.9987. The weighted linear regression

equation was: y = 0.014x + 0.0343.

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95

Figure 1: HPLC chromatograms of blank plasma (A), hemolysate plasma (B), QC sample spiked with naproxen at 0.5 µg mL-1 and internal standard (C), a calibrator spiked with naproxen at 100 µg mL-1 and internal standard (D), and plasma sample 1 h after administration of naproxen (E). Peak 1: naproxen at about 4.26 minutes; Peak 2: internal standard at about 8.23 minutes.

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96

3.1.2. Precision, accuracy and recovery

The intra-day and inter-day precision and accuracy for the plasma

naproxen are summarized in Table 1. The intra-day and inter-day variability for

the different QC were minimal, ranging from 2.46% to 12.39%, indicating

excellent precision. Accuracies using the same QC ranged from 86.7% to

101.1%. All these variabilities were well within acceptable limits. Precision and

accuracy for the LLOQ of 0.25 µg mL-1 were 17.6% and 98%, respectively.

The recovery from spiked plasma was calculated by comparing peak

areas with QC samples (n=3) at four different concentration levels. The mean

recoveries for naproxen in four QC samples (0.5, 15, 75 and 150 µg mL-1) were

74.51%, 95.16%, 96.07% and 98.69%, respectively. Recovery of the internal

standard was 94.2%. The lower recovery for the 0.5 µg mL-1 QC was probably

due to the low concentration and loss of naproxen through non-specific binding

to precipitated protein.

Table 1: Intra-day and Inter-day assays precision and accuracy for naproxen in rat plasma (n = 5)

Nominal concentration

(µg mL-1)

Measured concentration

(µg mL-1)

± S.D. Precision

(CV%)

Accuracy

(%)

Intra-day

0.5 0.467 0.024 5.24 93.5

15 12.99 0.750 5.77 86.7

75 73.71 2.238 3.03 98.3

150 151.62 3.730 2.46 101.1

Inter-day

0.5 0.426 0.060 12.30 98.5

15 13.39 1.302 9.71 89.3

75 70.07 8.683 12.39 93.4

150 149.05 4.281 2.87 99.3

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97

3.1.3. Stability

The results of stability of naproxen in rat plasma after three freeze-thaw

cycles and the long term storage are shown in Table 2. There were no significant

changes (-3.37 to +3.36% for freeze-thaw cycles and -2.24 to -10.40% for long

term stability). The samples remained within acceptable limits of precision and

accuracy. These results indicated that naproxen was stable for least 5 days in

rat plasma stored at – 20 ºC and for least 4 months when stored at – 80ºC. In

addition the extracted samples were stable at room temperature for the periods

under which determinations were made, which were 10 and 24 h later (not

shown).This is important because samples can be stored in an auto-sampler at

room temperature until measurement without compromising the concentration of

naproxen.

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Table 2: Stability of naproxen in rat plasma after three freeze-thaw cycles at – 20 ºC and after long term stability at – 80 ºC (n = 3)

Nominal

concentration (µg mL-1)

Measured concentration (µg mL-1) ± S.D. % Change

Fresh samples Three freeze-thaw cycle

0.5 0.507 ± 0.034 0.501 ± 0.069 - 1.18%

15 14.92 ± 0.85 13.82 ± 0.95 - 7.37%

75 72.57 ± 3.65 75.01 ± 8.29 + 3.36%

150 152.72 ± 6.55 148.29 ± 4.27 - 2.90%

Fresh samples Long term stability

0.5 0.453 ± 0.021 0.417 ± 0.058 - 7.94%

15 14.89 ± 1.44 13.34 ± 1.24 - 10.40%

75 70.23 ± 5.34 68.65 ± 7.96 - 2.24%

150 151.66 ± 9.17 147.58 ± 4.75 - 2.69%

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3.2 Pharmacokinetic evaluation

In this study, the pharmacokinetic parameters AUCt, AUCinf and Cmax,

Tmax and T1/2 were used to compare the formulations. The results of Cmax and

AUCt were 191.25 ± 11.17 µg.mL-1 and 2438.16 ± 291.34 µg.h.mL-1 for

reference drug, 188.22 ± 24.78 µg.mL-1 and 1755.02 ± 228.90 µg.h.mL-1 for test

1, 160.50 ± 10.58 µg.mL-1 and 1955.28 ± 142.80 µg.h.mL-1 for test 2 (Table 3).

Mean plasma concentrations versus time profiles of naproxen after

administration of two tests and reference formulations in rats (n = 5) are shown

in Fig. 2. The mean plasma concentration-time curve of the formulations were

comparable.

As showed in Table 4, the 90% confidence intervals for geometric mean

ratios of test2/reference for AUCt and Cmax were within the acceptable limits (80

– 125%) of bioequivalence which implies that the bioequivalence criteria were

met [8]. For test1/reference ratio, the result was Cmax 98.41% and AUCt 71.98%.

Table 3: Pharmacokinetic parameters of naproxen after oral administration of naproxen sodium suspension in rat, each value represents the mean ± S.D. (n=5)

Pharmacokinetic

parameters

Reference

suspension

Suspension A

(Test 1)

Suspension D

(Test 2)

AUCt (µg.h.mL-1) 2438.16 ± 291.34 1755.02 ± 228.90 1955.28 ± 142.80

AUCinf (µg.h.mL-1) 2465.97 ± 291.56 1766.93 ± 229.03 1984.10 ± 133.73

Cmax (µg.mL-1) 191.25 ± 11.17 188.22 ± 24.78 160.50 ± 10.58

Tmax(h) 1.00 ± 0.106 1.06 ± 0.092 0.66 ± 0.102

T1/2 (h) 9.98 ± 1.26 5.49 ± 0.50 8.68 ± 1.05

AUCt/AUCinf (%) 98.86 ± 0.327 99.31 ± 0.141 97.75 ± 0.842

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Figure 2: Mean plasma concentration-time profiles of naproxen in wistar rats (n=5) after oral administration of naproxen sodium suspension: reference versus test 1 (A) and reference versus test 2 (D).

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101

Table 4: The ratio of log-transformed values of Cmax and AUCt and the corresponding CI 90%.

Naproxen sodium oral suspension 25 mg mL-1

Pharmacokinetic

parameter

Test 1/Reference (%)

(90% CI)

Test 2/Reference (%)

(90% CI)

Cmax (µg.mL-1)

98.41

(85.63 – 111.19)

83.92

(74.30 – 83.98)

AUCt (µg.h.mL-1)

71.98

(56.13 – 70.82)

80.19

(66.22 – 92.93)

4. Discussion and Conclusions

The bioanalytical method described above was simple and rapid for the

determination of naproxen in rat plasma. A one-step protein precipitation

provided a simple, rapid and economic procedure. Other methods described in

the literature use sophisticated techniques for the quantification of naproxen in

biological matrices, like LC-MS, fluorescence spectroscopy and capillary

electrophoresis [19,21,22,29,31,32,33]. Despite the high sensitivity of these

techniques, there is high cost as well as a lot of time spent with clean up and

extraction of drug. This HPLC analysis method showed excellent precision,

accuracy, stability, specificity and recovery. Therefore, this method was suitable

and applied to monitor the concentration of naproxen in rat plasma.

For comparing the bioavailability between formulations, three groups of

five animals were used for each administered formulation of naproxen sodium

oral suspension. The number of animals was suitable for this pharmacokinetic

study [12].

The peak plasma concentration represents the maximum plasma drug

concentration obtained after oral administration of drug. Cmax provides an

indication that the drug is sufficiently systemically absorbed to provide the

therapeutic response [3]. In the reference and test 1 formulations, Cmax was

achieved within 1 h. This value is consistent with the values previously reported

by other investigators [6,28]. For test 2 formulation, the Tmax was 0.66 h

suggesting that a rapid absorption of naproxen is occurred.

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102

The AUCt value of naproxen was more than 80% compared to the value

of AUCinf (%AUCt / AUCinf ratio > 80%, 99.31% for test 1, 97.75% for test 2 and

98.86% for the reference suspension), indicating that the sampling time was

sufficiently long to ensure an adequate description of the absorption phase.

Since the 90% CI for AUCt and Cmax ratio for reference and test 1

formulation were not inside the 80-125% interval proposed by the US Food and

Drug Administration Agency, it suggests that naproxen formulation elaborated

by the compounding pharmacy A was not bioequivalent to the Flanax®

formulation. Nevertheless, the test 2 and reference naproxen sodium oral

suspension were bioequivalent in terms of the rate and extent of absorption in

these conditions. When two formulations of the same drug are bioequivalent in

rate and extent of absorption, it is assumed that they are therapeutically

equivalent [8].

It is important to point out that there is no in vivo monitoring of these

compounded medicines in Brazil. This pitfall can be solved by using this proven

method for quantification of naproxen in rat plasma.

5. Acknowledgment

This work was supported by Brazilian government research grants

(CAPES and CNPq).

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103

6. References

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7 – CONCLUSÃO

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108

7 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos no presente estudo permitiram as seguintes

considerações:

• O método utilizado para o doseamento de suspensões de naproxeno sódico

por CLAE mostrou especificidade, linearidade, precisão e exatidão;

• Das sete suspensões analisadas, observou-se que duas não se apresentaram

de forma homogênea e três tiveram os valores de pH fora das especificações

farmacopéicas;

• Quanto ao teor, quatro suspensões se apresentaram fora das especificações

da Farmacopéia Americana;

• A suspensão referência (Flanax®) e duas suspensões obtidas de farmácias de

manipulação apresentaram resultados satisfatórios em todos os testes de

controle de qualidade físico-químico a que foram submetidas, sendo, portanto,

selecionadas para a segunda etapa do estudo: o ensaio in vivo;

• O método bioanalítico para a determinação de naproxeno em plasma de ratos

foi validado, apresentando especificidade, linearidade, precisão, exatidão,

adequada recuperação e estabilidade.

• Quando comparado os valores de ASCt e ASCinf nos perfis de concentração

plasmática em função do tempo das suspensões, obteve-se um valor acima de

80%, o que indicou um tempo de coleta de plasma suficiente para descrever a

taxa de absorção de cada produto;

• O índice de confiança de 90% para as razões de Cmax e ASCt esteve dentro do

intervalo de 80 – 125% proposto pelo FDA para apenas uma suspensão. Esta,

obtida da farmácia de manipulação D, foi considerada bioequivalente para a

taxa de absorção nas condições propostas por este estudo.

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9 - ANEXOS

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ANEXO I Parecer N°178/2008 – aprovação pelo comitê de ética

em pesquisa da UFRN

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ANEXO II Relatório emitido pelo Galaxie Chromatography Data System

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ANEXO III PDA 2D e 3D View

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140

Cromatograma em terceira dimensão do padrão secundário naproxeno (50 µg/mL).

Tempo de retenção 4,24 minutos

Cromatograma em segunda dimensão do padrão secundário naproxeno (50 µg/mL)

Tempo de retenção 4,24 minutos

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Cromatograma em terceira dimensão de amostra de plasma de rato coletado

após 1 hora da administração da suspensão referência de naproxeno sódico

Cromatograma em segunda dimensão de amostra de plasma de rato coletado

após 1 hora da administração da suspensão referência de naproxeno sódico

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ANEXO IV Planilhas do software WinNonLin 2.0

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ANEXO V Certificado de análise do padrão secundário naproxeno

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ANEXO VI Certificado de análise do padrão secundário diclofenaco

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ANEXO VII Certificado de análise do solvente acetonitrila grau HPLC

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