construarch #02

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CONSTRUÇÃO ARQUITETURA DECORAÇÃO DESIGN LIFESTYLE ARTE AO REDOR DO MUNDO Três lugares em que cor é documento ARTE TREND E ANTENADA A PONTE ENTRE BRASIL E MILÃO por Caio Smoralek 4 PISCINAS DE ARRASAR Por um Tchibum! mais colorido Antonio Carlos Machado abre seu ateliê TEXTURA E TENDêNCIA EM TODOS OS TONS TEXTURA E TENDêNCIA EM TODOS OS TONS A COR é PROTAGONISTA DE PROJETOS INSPIRADORES ABRIL/MAIO 2013 EDIÇÃO 02 R$ 12,90 ISSN 2317-403X

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C O N S T R U Ç Ã O A R Q U I T E T U R A D E C O R A Ç Ã O D E S I G N L I F E S T Y L E A R T E

AO REDOR DO MUNDO Três lugares em que cor é documento

ARTE TRENDE ANTENADA

A PONTE ENTRE BRASIL E MILÃO por Caio Smoralek

4 PISCINAS DE ARRASAR Por um Tchibum! mais colorido

Antonio Carlos Machado abre seu ateliê

TExTURA E TENDêNCIA

EM TODOS OS TONS

TExTURA E TENDêNCIA

EM TODOS OS TONS

A COR é PROTAGONISTA DE PROjETOS INSPIRADORES

ABR

IL/M

AIO

201

3 E

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ÃO 0

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Í N DICE

0 2

WARM-UP

PONTO.COM

O que estamOs aprOntandO net afOra

ESTANTE

Onde ir, O que ler e O que assistir

NOVOS EMPREENDIMENTOS

edifíciO estrelícia

MAIL

cOmO salvar sua parede em três dicas

RECORTE

pOis nãO, mestre!

Casas inteligentes deixam os roteiros de filmes e

invadem a vida real

lavada de luz para cOnscientizar

Como um projeto luminotécnico pode combinar cor e

prevenção

crOmOterapia refrescante

Piscinas recebem a carta de alforria da cor azul e

encontram abrigo nos mais diversos tons

IT

a casa da árvOre dOs sOnhOs

Um cantinho lá fora para chamar de seu

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GARIMPO28atempOral

Sete belezuras para

mostrar que o básico ainda

tem o seu valor

CENÁRIO

CRIATIVIDADE VERDE

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natureza aOs mOntes

Quando a tendência já está aí faz tempode fOra para dentrO50 tons de azul rodeados de vidro e glamour botam banca na África do Sul

AB R I L / MAIO 2 0 1 3

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PULO-DO- GATOnem só de tinta a casa viverá...

As tacadas de mestre de Carlos

Salamanca quando o assunto é colorir

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COMPROMISSO

para acabar cOm a cara de hOspital

Isabela Dalfovo faz o bem olhando a quem

DOSSIê

menOs dO mesmO

Casa sueca foge do lugar-comum finamente - em

largura e elegância

CENÁRIO

era uma casa cOlOrida cOm certeza

Em território lisboeta, arquiteto constrói uma moradia

de cor e encanto

FASHION IN HOME

as fOlhas caem, mas ainda estãO em alta

A moda e o design dialogando em pleno outono/

inverno

EVENTO

metrópOle lOgO ali

Pontos cascavelenses: como estarão daqui 50 anos?

Alguém já pensou nisso

ESPELHO

O cara da galeria

O artista plástico Antonio Carlos caiu de cabeça, mãos

e pés no mundo das artes

LIFESTYLE

meu passapOrte

Os cantos mais adorados para a degustação das pala-

vras na hora da leitura

BUCKET LISTspOts pra lá de cOlOridOs glObO afOra

A paleta de cores do mundo, por Clarissa Donda

RELAx

estadia prOdutiva

Nem só de descanso devem viver suas férias!

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75

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SKETCH MAP

viagem amarela

A cor da Ásia, por Brian Baldratti

POR AÍ

passeiO guiadO

Patrícia elege o que há de mais top para vestir a casa

da cabeça aos pés em Cascavel

ONDE ENCONTRAR

cOmO, quandO, Onde?

COLABORADORES

quem ajudOu a deixar issO aqui assim

BATE-PAPO

entre O artista e cOmérciO

Caio Smoralek conta que há mais semelhanças entre

o Brasil e a Itália do que sugere nossa vã filosofia

GADGET48O que há de mais

moderno – e bonito –

saindo no mundo geek

6

WAR M - U P

ADEPTA CONfESSA de uma generosa dose de cor, não poderia ter ficado mais feliz com a organização das

pautas deste número. Vale mencionar Julio Cortázar, meu escritor predileto, que dizia que quem escreve, as-

sim como quem desenha, grava ou pinta, está diante de um arado contra a terra branca da página. A equipe da

ConstruArch, especialista em batalhas contra páginas brancas, empenhou todas as energias na produção de

uma revista pra lá de colorida.

A proposta de unir a temática à questão da jovialidade falou mais alto quando deparamos com projetos com

um apelo antenado – a exemplo daqueles que aliam o social à tecnologia e deixam o ambiente hospitalar com

uma cara (por que não?) menos branca. É o caso dos projetos da Isabela Dalfovo e do Escritório Allyne Ma-

thias + Amanda Faleiro que figuram no início da revista e têm um apelo social! O uso da rotatividade de cores

conseguido por meio de um projeto de iluminação aparece também nas piscinas escolhidas como “ambiente”

desta edição que, além dos revestimentos, contam com um projeto luminotécnico para fazer e acontecer em

projetos bem ousados. A tecnologia não só em iluminação, aliás, é assunto bem-vindo nesta edição. Além de

um garimpo cheio de bossa e de gadgets recém-chegados ao mercado, você encontra dicas espertas sobre

automação residencial e todos os seus adjuntos – afinal quem aí não quer economizar tempo, energia e, de

quebra, descolar um pouquinho mais de conforto em casa?

Os projetos residenciais que figuram por aqui, a propósito, manjam tudo de conforto – seja majestosamente,

como na casa em Joanesburgo, na África do Sul – ou compactamente, lá para os lados da Suécia, numa casa

que desafia suas vizinhas para um combate de estilo. As duas alternam suas paletas entre o azul, o branco e o

preto. Pra quebrar o trio quase sóbrio, aparece entre a nossa seleção, ora pois, um projeto lá para as bandas de

Portugal. Lá, o arquiteto Pedro Gadanho não economizou na escolha de cores. E por falar em cor, o entrevistado

desta edição não poderia ser monocromático – Antonio Carlos Machado foi o escolhido da vez para falar de

arte e mercado artístico no oeste paranaense. Na mesma linha, Caio Smoralek Dias, nosso arquiteto convidado,

intitulou seu texto no bate-papo que encerra a revista: Entre o artista e o comércio.

Entre outras dicas e textos, a revista está tinindo de colorida: tem dúvida do leitor que pintou a casa e não curtiu

o resultado, tem dica de paisagista para ir além do verde e tem também dicas impecáveis que a designer Pa-

tricia Gomes, uma apaixonada por estampas, descolou pra quem está construindo ou reformando. O arquiteto

Carlos Salamanca também garimpou peças que revestem de cor um ambiente sem vida. Ufa! É muita coisa,

não é não? A sorte é que, com uma dose na medida de branco e preto, arte e redação prepararam este mélange

nada pálido e todo pigmentado pra você. As páginas brancas se renderam e até a mais monocromática das

criaturas não vai resistir a uma corzinha!

Julie fankDiretora de Redaçã[email protected]

7

8

E x P E DI E N T E

DIRETORESDouglas Popenga [email protected]

felipe Pedroso [email protected] Santos [email protected]

Julie fank [email protected]

Diretor Administrativo Douglas PopengaDiretor Executivo Felipe Pedroso

Diretora de Redação Julie FankJornalista Responsável Giovana Danquieli

Jornalistas Marcele Antonio e Tátila PereiraDiretor de Arte Juliano Santos

Executivos de Negócios Renato do Prado Assis e Rodrigo AraújoAssessora Executiva Karina Guedes

filmaker/Editor de fotografia Alyson Correiafotógrafos Alyson Correia e Rodrigo Vieira

Estagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Maffei MincaroneEstagiário de Jornalismo Ricardo Pohl

CENTRAL DE ATENDIMENTO45 3306 6336 - 3306 3663

[email protected]

REDAçã[email protected]

IMPRESSãOGráfica Positiva

MARKETING E COMUNICAçãO

A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda.Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230

www.editoradfp.com.brInscrita no ISSN sob o número 2317-403X

ARqUITETOS E ENGENhEIROS CONSULTORESAurora Popenga, Caio Smoralek Dias, Carlos Salamanca, Celso Fernando Contin Pedroso, Liana Maria Mayer Bertolucci,

Luiza Scapinello Broch, Sciliane S. Sauberlich, Diego Manfé, Fabiano Vasques, Leandro Bloot, Leomar Pereira de Menezes,Mauricio Popenga, Olavo Emílio Fank, Ricardo Lora, Vinicius Hotz

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Se em nossas páginas usamos e abusamos do que há de mais belo na arquitetura, no design e no lifestyle, no mundo sem fim da internet, a história não poderia ser diferente. Só que, no universo virtual, o verbo interagir é o que mais tem a nossa estima.

P ON TO . COM

siga a cOnstruarch

pinceladas de alegria

Inspire-se nestes 20 exemplos de decoração e torne seu

ambiente mais vibrante!

glamOur paradisíacO

Escritório de arquitetura sul-africano demarca território em

santuário de baleias. O lugar, amado…

ARCh

DÉCOR

só Os mais caricatOs!

Seleção de pôsteres que transformarão

sua casa num mural pop.

DESIGN

nãO precisa sair de casa para

dar suas tacadas!

Jogar si nuca é muito di ver tido (mes-

mo você sendo uma ameaça à in te-

gri dade do pró ximo quando ma nu-

seia um taco) e não co nheço nin guém

que dis corde.

BLOG DA REDAçãO

Clique, comente, curta, compartilhe e se apaixone.

papO de viagem & Outras histórias de bar

Um livro para colocar na mala e ler no aeroporto, na ro-

doviária, no metrô...

ESTANTE

C O N S T R U Ç Ã O A R q U I T E T U R A D E C O R A Ç Ã O D E S I G N L I F E S T Y L E A R T E

11

...por Yan Guimarães

Arquiteto e Urbanista

EVENTO

BIENAL LATINOAMERICANA DE

ARqUITETURA

“Um evento que recomendo é a Bienal de Ar-

quitetura, a possibilidade de admirar diversos

projetos e soluções arquitetônicas é realmente

enriquecedora.” A indicação do nosso convi-

dado não poderia vir em melhor hora!

LIVRO

O SEGREDO DA MENTE MILIONÁRIA,

DE T. hARV EKER

“Não sou do tipo que fica horas e horas lendo

livros de histórias, gosto de livros que me ensi-

nem algo que eu possa colocar em prática, que

modifiquem meu modo de pensar. ‘O Segredo

da mente milionária’ é uma literatura fácil, rá-

pida e extremamente útil. Não sou milionário

ainda (risos), mas tento refletir sobre minhas

atitudes, buscar informações e desta forma

tentar evoluir de algum jeito, não é?”

FILME

IN TIME (O PREçO DO AMANhã)

“Gosto muito de filmes, não sei se tenho um

favorito, mas ‘O Preço do Amanhã’ achei ge-

nial! Nem vou falar do que se trata, assistam!

Vale a pena!”

OS MELhORES DA ESTANTE...

PAR A ASSIST I R

DJANGO LIVRE

Mais um filme do diretor quentin Tarantino. E é só isso

que você precisa saber para ir assistir a esse faroeste.

Por quê? Porque Tarantino não decepciona - e quem co-

nhece Mia Wallace sabe do que estamos falando! Django

Livre – vencedor do Oscar e Globo de Ouro por seu ro-

teiro original - é sobre o escravo Django, comprado por

Dr. Schultz, um caçador de recompensas alemão. Com

ajuda de Schultz, Django parte para encontrar e libertar

sua esposa Broomhilda, o que os levará ao encontro de

um fazendeiro escravista e seu escravo de confiança. No

elenco: Samuel L. Jackson, Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio

e Chistoph Waltz, vencedor do Oscar e Globo de Ouro na

categoria de melhor ator coadjuvante.

E STAN T E

COLOR, GRÁfICA Y ARqUITECTURA

O livro do arquiteto e urbanista Roberto Bottura tem

objetivo de ensinar a aplicação e a atuação das cores

na arquitetura. Ele também se utiliza dos próprios

projetos para melhor demonstrar o assunto. A obra

do brasileiro Bottura é um arquivo de exemplos ideais,

que resulta num guia precioso para os profissionais

da área que almejam ampliar seus conhecimentos

sobre o tema. O livro só está disponível em espanhol.

Preço: R$ 180

PAR A L E R

PAR A I R

BAL 2013

A BAL (Bienal Latino-americana de Arquitetu-

ra) será realizada de 16 a 19 de abril, na cidade de

Pamplona na Espanha. O evento é idealizado pelo

grupo de pesquisa AS20, da Faculdade de Arquite-

tura de Navarra. Neste ano, o Brasil participará com

dois escritórios: A Metro Arquitetos e a Hereñú +

Ferroni Arquitetos. O objetivo do evento é utilizar a

Espanha como meio para evidenciar os melhores

trabalhos dos jovens arquitetos, e estreitar os la-

ços entre os países.

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EDIFÍCIO ESTRELÍCIA

C O N S T R U T O R A

VIVER.BEM

ROBERTA S. SARAIVA PALMIROA R Q U I T E T U R A

I N T E R I O R E S

APARTAMENTO FAMÍLIAÁrea Privativa 104,79 m2

Área total 128,85 m2

Área com 2 garagens: 175,07m²

APARTAMENTO CASALÁrea Privativa 74,27 m2

Área total 91,33 m2

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SUA NOVA CASA TEM MUITO MAIS DO qUE BELEzA.

Conforto, segurança, diversão, tranquilidade e funciona-lidade: tudo isso sem sair de casa. Esta é a proposta do Edifício Estrelícia: aliar beleza, qualidade de vida e uma ótima localização a todas as suas necessidades e de sua família .

OUTROS DIfERENCIAIS: Tubulação com ponto de ar split;Tubulação para antena coletiva;Tubulação para internet via antena;Tubulação para água quente (aquecimento a gás);Opção com depósito, mediante possibilidade;Sistema de segurança com circuito interno de TV;Guarita de segurança;02 elevadores;Salão de festas com churrasqueira;Piscina com deck;Miniquadra esportiva;Playground;Praça de estar.

LOCALIzAçãO:Rua da Bandeira, 767 , Centro - Cascavel - PR.

CONSTRUçãO:CONSTRUTORA VIVER BEM

PROJETO DE ARqUITETURA:ROBERTA SARAIVA PALMIROCAMILA PEZZINI

VENDAS:CONSTRUTORA VIVER BEMRua Washington Luiz, 77 - Cascavel - PR45 3223-2586 45 9972-7215www.construtoraviverbem.com.br

NOVOS E M P R E E N DI M E N TOS

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A MARIANA se aventurou em pintar uma das paredes do

quarto de vermelho. Além da dificuldade para chegar à cor

e acabamento ideais, ela achou que o resultado ficou car-

regado! O contraste com móveis e as outras paredes não

agradou. O que aconteceu de errado?

PRIMEIRO PASSO: nós aconselhamos os clientes que têm

dúvidas sobre a escolha da cor a fazer um projeto de cores

em um sistema de simulação de ambientes (tirando a foto e

simulando tonalidades) ou o teste com uma pequena quan-

tidade (400ml) para o acerto e definição da cor a ser pintada

– a procura de um profissional (arquiteto ou decorador), é

sempre recomendada.

SEGUNDO PASSO: Por ser uma tinta de cor forte, indicamos

a aplicação de um fundo numa tonalidade que se aproxime

do areia fosco, para diminuir e até evitar manchas de rolo

proporcionadas pela tinta na cor escura e vibrante! Muita

gente acredita que o procedimento não adianta muito, pois

dá mais trabalho – duas tintas, limpeza de ferramentas,

tempo de secagem –, mas, mesmo aplicando uma demão

de fundo, seriam necessárias mais três camadas de tinta. No

caso relatado, com uma aplicação amadora, é possível que

cinco aplicações sejam necessárias. O único detalhe é o au-

mento dos custos.

MAIL

Deixar o quarto aconchegante, confortável e na cor com que o dono sonha parece simples no primeiro momento. Quando a ideia passa à prática e latas de tinta e rolos de pintura se tornam as ferramentas de trabalho, a história muda! Nem sempre é fácil obter a cor desejada, ou ainda, harmonizar o tom das paredes com a mobília quando a resolução é mudar a casa por conta própria. A jornalista Mariana Lioto só queria uma cara nova para a parede do quarto do casal. Com ideias na cabeça e disposição de tomar a frente na hora da pintura, ela arriscou. A parede onde fica encostada a cabeceira da cama deixou de ser clara para ganhar ar encorpado e charmoso de Orquídea Rubi, uma variação de vermelho na paleta de cores da marca Coral. Na teoria, tudo corria bem, mas o resultado – observado nas fotos – não ficou dentro do esperado. A solução? Bom, a ConstruArch foi buscar consultoria com o proprietário de uma fábrica de tintas, fabricio Wazilewski, que pode dar dicas interessantes que servem não apenas para a parede do quarto, mas para todo o ambiente residencial. Confira!

fabricio WazilewskiProprietário da Casa das Tintas e indústria de tintas Puma e Presidente do Núcleo Decora

fo to s D i v u l ga çã o / Ace r vo p e s s o a l

O RESULTADO da parede pintada não supriu a expectativa da

jornalista. A cor não ficou uniforme e não harmonizou com a cor

dos móveis e outras paredes.

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COMO SUAVIzAR O AMBIENTE? OU AINDA, É MUITO

DIfíCIL VOLTAR AO TOM CLARO SEM fAzER MUITA BA-

GUNçA?

Pode ser aplicada uma tinta pouco mais escura que o branco

nas outras paredes, o que pode tornar o ambiente escuro,

ou aproveitar a parede escura para pendurar quadros, fotos,

um painel. Sem contar que essa parede pode receber reves-

timento com uma textura projetada, grafiato, entre outras

tantas opções. Outra dica se refere à iluminação. Um profis-

sional da área pode facilitar a escolha certa.

EM UM APARTAMENTO PEqUENO, DE 62M², COMO BRIN-

CAR COM A PALETA DE CORES SEM TORNAR O ESPAçO

UM CARNAVAL?

O que vai contar muito é o perfil do cliente. A brincadeira com

a paleta de cores é muito grande, mas alguns são conserva-

dores e preferem não abusar delas, acabam optando então

por um teto branco e cores básicas nas paredes; outros são

mais flexíveis a colorir, acabam utilizando até três cores por

cômodo, diversificando bem o apartamento.

A SUGESTÃO é encontrar objetos

de decoração que combinem com

os móveis para criar um ambiente

harmônico.

MóVEIS, quadros, abajures... As peças podem

contrastar e criar um ambiente acolhedor e que

combine com o novo tom da parede.

A ILUMINAÇÃO também pode ser variada e melhorar a cara do quarto.

DICA CONSTRUARCH

Que tal seguir a dica do Fabricio e testar em um

pequeno espaço antes de comprar toda a tinta

necessária? Com a ajuda de profissional da área

e do vendedor, é possível analisar a cor já apli-

cada - mesmo que de maneira reduzida.

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NEM SÓ DE TINTA A CASA VIVERÁ...

Aos adeptos do coloridão, uma inspiração: materiais que prometem dar o que falar do piso ao teto de sua morada. O arquiteto e urbanista Carlos Salamanca joga na roda quais seus truques na hora de colorir um projeto sem usar a tinta

p o r Tá t i l a Pe re i ra fo to s A l ys o n Co r re i a

O ARQUITETO E URBANISTA

Carlos Salamanca, desde quando se conhece

por gente, gosta do desafio do novo. Quando

se fala novo, não se leia louco: só um toque

diferente aqui, um detalhe ali são as ferra-

mentas que ele precisa para criar na arquite-

tura. Logo no primeiro contato com o cliente,

Carlos tenta convencê-lo de que as coisas

mudaram: aquela ideia de que, para ser dife-

rente é necessário ser oneroso é balela, pois

nem sempre a solução mais cara é a mais

agradável. Assim, a vida do escritório de ar-

quitetura Ceccheti & Salamanca Engenharia

e Arquitetura segue com obras simples, mas

com design, sempre antenado no que há de

novidade para dar um up nos projetos. Algu-

mas artimanhas coloridas estão elencadas aí

ao lado.

P U LO - D O - G ATO

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MEDITERRâNEO

é um ladrilho acetinado da Linha Decorative da Ceusa

(56 cm x 56 cm). Ele tem como característica a

versatilidade, podendo ficar nas paredes ou no piso.

Da Con-Art em Toledo, R$ 164 o metro.

O PRÁTICO

piso de PVC, Versatile Marche 1000x2000, Komeco, da

Forma Design interiores confere simplicidade ao dia a dia.

R$ 85 o metro. Cada caixa contém 3,2 m.

PARA DETALhES

marcantes na casa – seja no piso ou nas paredes –, a

indicação são as pastilhas da Linha Crystal da Porto

Design 30x1,5.

AS LâMINAS

de rolo PMC (Perfil Meia Cana Fechado) e PTV (Perfil

Transvision Perfurado), feitas de aço galvanizado trazem

consigo, além de uma estética agradável, o colorido que

dá vivacidade à entrada da casa. Parece telha, mas é para

portão.

A PLACA AMARELA

recebeu uma camada de microcimento, um revestimento

sustentável ofertado pela Cement Design, marca

espanhola, que também tem sede em Cascavel – PR.

São 46 opções de cores e o custo entre material e mão-

de-obra varia entre R$ 120 e R$ 190.

AS MOLDURAS

(amarela, azul e vermelha) custam R$ 72 o metro linear.

A fabricação é da Moldurarte e a revenda em Toledo é feita

pela Tok d’Art

O LADRILhO

patchwork da Linha Decorative da Ceusa (56 cm x 56 cm)

tem acabamento retificado e superfície acetinada.

O material dá um aspecto de colcha de retalhos ao piso.

Da Con-Art, em Toledo R$ 155 o metro.

O CLÁSSICO

piso de porcelanato, da Florim (80x80cm), dá charme à

casa. R$ 199 o metro. Da Forma Design de Toledo.

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P OIS NÃO ,M E S T R E !

Era impensável há algum tempo. Coisa de cinema, futurista demais. Mas as casas inteligentes já saíram dos roteiros de filmes e partiram para um roteiro real. Agora, toda a tecnologia possível está a favor do conforto e da comodidade. Os sistemas de automação permitem que a casa trabalhe e seja programada por você!

p o r M a rce l e An to n i o fo to s A l ys o n Co r re i a

R E CORT E

19

IMAGINE-SE NAS seguintes situações: você sai de casa e

esquece as cortinas abertas. Já está deitado, mas não se

lembrou de desligar as luzes da sala. Colocou as chaves de

casa naquela bolsa entupida de trecos e não a encontra de

jeito nenhum. Está no trabalho, vai receber visita e não tem

nada preparado. Confessa, vai. Nem precisou imaginar muito!

A maioria dessas cenas já foi vivenciada por muita gente. É

comum que a vida moderna/atropelada/maluca coloque a

gente nessa sequência chata de esquecimentos. São deta-

lhes desconfortáveis. Pequenos acontecimentos que bre-

cam o dia.

Aí essa mesma vida moderna/atropelada/maluca se tor-

na a responsável por criar esses empecilhos e ao mesmo

tempo, resolvê-los. Tecnologia. Avanço. Mundo conectado,

interligado, globalizado. Máquina que faz isso e aquilo. Tem

gente estudando para facilitar a nossa vida. Estamos fa-

lando de automação residencial. Um jeito todo tecnológico

de encarar a moradia. Se o conceito de casa inteligente só

era realidade em filmes e desenhos animados, hoje ele já é

completamente possível de ser aplicado. E isso não é exclu-

sividade de residências luxuosas de grandes centros. Ga-

briela Damaceno escolheu a praticidade: na casa de lazer da

família, todos os cômodos têm cortinas automatizadas que

são acionadas pelo simples toque de um botão. “Optamos

por ter persianas nesse sistema porque é mais fácil de ma-

nusear. Tenho persianas no estilo manual na minha casa da

cidade e sempre foi complicado de usar, frequentemente dá

problema”, relata Gabriela. O sistema de automação, nes-

te caso, ainda permite que o usuário controle a entrada de

luz. “Tem a possibilidade de deixar em meio termo, só com

algumas frestinhas abertas, assim conseguimos controlar a

iluminação”, descreve.

É possível automatizar tudo dentro de uma residência. Pa-

lavras de quem entende do assunto. Leandro Lecheta é pio-

neiro nessa área na região oeste do Paraná e pesquisa sobre

o tema desde que estava na faculdade de engenharia. Agora,

os anos dedicados ao estudo se revertem em projetos. “Meu

sonho em trabalhar com automação vem desde antes de eu

entrar para faculdade de Engenharia de Controle e Automa-

ção, no ano de 1999, 2000, quando surgiram as primeiras

casas automatizadas no Brasil, coisa para poucos, pois eram

valores astronômicos para deixar a casa inteligente. Com os

anos, preços foram caindo, empresas nacionais fundadas…

Hoje, as empresas nacionais com que eu trabalho são con-

correntes das marcas americanas de igual para igual, e com

um preço bem mais acessível”, conta Leandro.

Do inalcançável ao facilitado, o sistema de automação evo-

luiu e se disseminou. A tecnologia vale para qualquer canto

da casa ou do escritório! “Iluminação, persianas, ar-condi-

cionado, equipamentos de áudio e vídeo, portões, banheira,

hidromassagem, sauna, lareira... É possível automatizar tudo

e ainda controlar o gasto com energia elétrica!”.

Smartphone ou tablet podem ter mais uma função: ser o

controle-remoto disso tudo! “A casa pode ter vida própria

com a automação: ligando as luzes ou irrigando o jardim em

determinados horários, ou mesmo fechando as persianas

pela internet, caso as tenha esquecido abertas ao sair de

casa. Podemos saber se alguém entrou na nossa casa ou

num cômodo: quando alguém acender uma luz, ou o sensor

captar, você recebe um sms ou e-mail no seu dispositivo

móvel”.

FÁCIL, FÁCIL! ATé NA HORA DE INSTALAR!

Para tornar a casa mais “esperta”, existem duas alternati-

vas: instalar o sistema programando tudo desde o início da

obra, com o sistema de automação cabeado: nesse caso, é

necessário fazer toda uma infraestrutura que interligue tudo

até uma central de comando. Ou instalar com tecnologia sem

fio. Hoje, é possível fazer toda automação sem precisar de

fiação. Com essa opção, a central de comando é descartada

e dá lugar a módulos sem fio que se comunicam por rádio-

-frequência.

NOVIDADES

Duas ferramentas trazem um pouco mais de conforto:

- Na limpeza, a aspiração central é uma forma de retirar todo o pó sem o ris-

co de recirculá-lo dentro do local, como fazem os aspiradores convencionais;

-Na climatização, o hotfloor é um sistema que aquece todo o ambiente

através do piso. Tecnologia americana que é 38% mais econômica do que

um ar condicionado!

20

A I L U M I N A Ç Ã O D A

F A C H A D A muda de

acordo com a preferência ou

campanha da vez: na foto, o

tom amarelo é para lembrar

o mês de prevenção da

endometriose.

R E CORT E

Projeto luminotécnico das arquitetas Amanda Faleiro e Allyne Mathias permite que fachada de clínica tenha cores diferenciadas de acordo com

campanhas preventivas

p o r G i ova n a D a n q u i e l i fo to s A l ys o n Co r re i a

LAVADADE LUZ PARA

CONSCIENTIZAR!

22

INOVAR PARA ADERIR de forma elegante e singela a uma

campanha de prevenção ao câncer. A fachada do prédio da

Gastroclínica Cascavel tem sete metros de altura e é toda em

vidro. Detalhes que pediam atenção e projeto luminotécni-

co que atendesse não apenas o período da campanha, mas

todo o ano. O desafio lançado ao escritório das arquitetas

Amanda faleiro e Allyne Mathias era transformar a fachada

da Gastroclínica para o Outubro Rosa. O projeto elaborado

pelas lighting designers seguiu o conceito wall washer, ou

parede lavada de luz. Para dar vida à ideia, foram usados pro-

dutos da OL Iluminação e a programação das cores ficou por

conta da Premium Iluminação.

Para criar o efeito desejado pelos proprietários da clínica, o

projeto luminotécnico foi pensado com a utilização de barras

de LED. São inúmeros os motivos que levaram as especialis-

tas a escolher essa iluminação: efeito desejado, durabilidade,

fidelidade à ideia inicial e tempo de vida útil das lâmpadas.

Para que a cena ficasse perfeita, foi necessário analisar a al-

tura do pé direito e todas as possibilidades que circundam a

fachada da clínica. Ao olhar pela primeira vez, a impressão é

de que, além do volume frontal, as paredes laterais também

foram iluminadas, mas isso é efeito da potência das lâmpa-

das de LED.

O diferencial de uma instalação desse modelo está nas op-

ções de cores: não pense que apenas o rosa fez parte da fa-

chada. O LED proporciona a dinâmica RGB – ou seja, há uma

gama de cores disponíveis ao cliente para que a fachada fi-

que iluminada de acordo com a preferência. As cores da Gas-

troclínica são azul e branco, logo, habitualmente, são essas

as tonalidades em destaque durante a noite. A programação

desse sistema é feita por meio de um software – semelhan-

te aos utilizados em telas de LED em show – que permite

efeitos variados. Segundo Ricardo Furlan, da Premium Ilumi-

nação, responsável pela instalação e manutenção, são três

as principais funções do sistema: determinar os pontos de

cor, intensidade da luz e velocidade da troca das tonalidades.

No caso da fachada da Gastroclínica, a barra instalada per-

mite mudar a cor da esquerda para direita com maior ou me-

nor intensidade; o degradê é causado pela altura do prédio,

o que causa um efeito mais natural. Em um local com duas

barras paralelas, por exemplo, é possível criar uma mes-

cla de cores e tonalidades. A programação fica armazenada

em um cartão de memória que pode ser trocado conforme

a necessidade, mas a instalação necessita de profissionais

qualificados para que não ocorram deslizes. Cada barra e

projetor possui uma identificação que serve de referência ao

software, já que uma fora da sequência irá interferir no resul-

tado. Economia no consumo e baixa manutenção são pontos

favoráveis ao uso do sistema.

R E CORT E

L AVADA DE LU Z PAR A CONSCI E N T I Z AR !

MODELO

VIDA ÚTIL

POTêNCIA TOTAL INSTALADA

CONSUMO MENSAL DE KWh

INVESTIMENTO

RETORNO DE INVESTIMENTO

DURABILIDADE MéDIA NESTA APLICAÇÃO

DICROICA HALóGENA 50W

1.500 HORAS

1,04 Kw

337 KWh/mês

6 meses*

R$ 15,00

R$ 1.100,00

R$ 104,46

R$ 1.900,00

R$ 0,31 por KWh

5 MESES

R$ 3.142,00

R$ 0,31 por KWh

20 MESES

R$ 3.640,00

R$ 0,31 por KWh

11 MESES

CONSIDERANDOUSO DE 20 UNIDADES

*tempo de uso mensal = 12h/ dia *tempo de uso mensal = 18h/ dia *tempo de uso mensal = 12h/ dia

TUBULARFLUORESCENTE 32W

4.000 HORAS

0,70 Kw

504 KWh/mês

6 meses*

AR 111 HALóGENA 50W

2.000 HORAS

1,04 Kw

337 KWh/mês

6 meses*

R$ 27,00

R$ 940,00

R$ 104,46

LED OL-SL-03 9W

50.000 HORAS

0,18 Kw

58 KWh/mês

154 meses*

R$ 150,00

R$ 3.000,00

R$ 18,08

R$ 5,40

R$ 458,00

R$ 156,24

TUBULAR LED OL-TL-02 18W

50.000 HORAS

0,36 Kw

259 KWh/mês

69 meses*

R$ 180,00

R$ 3.600,00

R$ 80,35

LÂMPADA LED OL-AR-01 15W

50.000 HORAS

0,30 Kw

97 KWh/mês

97 meses*

R$ 229,00

R$ 4.580,00

R$ 30,15

PREÇO DE CADA LÂMPADA/LUMINÁRIA

DIFERENÇA ENTRE OS CUSTOS DE INVESTIMENTO

CUSTO MéDIO DE ENERGIA ELéTRICA

CUSTO DO CONSUMO MENSAL DE ENERGIA

23

PROjETO

Para criar a cena da maneira proposta, a iluminação precisava ser suficiente

para “lavar” a parede de cor, e, segundo as arquitetas Amanda e Allyne, não

é qualquer luminária que atende a esse objetivo. O projeto inicialmente es-

tético, modernizou a fachada da clínica que passou por uma grande reforma

pouco tempo antes. Ao todo, foram instaladas 18 barras lado a lado e um pro-

jetor que fica sobre a entrada da clínica.

FICHA TéCNICA

Lâmpada: modelo OL-FR-03, 43W, 100-240V

Ângulo de abertura 30°, IP67, RGB

TALENTO EM DOSE DUPLA

O escritório de arquitetura Allyne Mathias +

Amanda Faleiro é especializado em lighting

design e interiores. As arquitetas atuam

em Cascavel e região há mais de 3 anos,

apresentando projetos desenvolvidos na

área da construção civil, reformas, interio-

res, paisagismo e projetos de iluminação. A

crescente procura por projetos luminotéc-

nicos – para todos os ambientes, seja cor-

porativo ou residencial – reflete o bom mo-

mento do mercado, que sempre precisa de

inovação para manter clientes próximos às

novidades tecnológicas sem deixar de lado

a economia. Modernidade e comodidade

são apenas dois exemplos de benefícios

que uma iluminação bem pensada permite

ao ambiente. Esse diferencial está cada vez

mais presente nos investimentos e aca-

ba se tornando um pedido do cliente exi-

gente e adepto ao novo. A possibilidade de

criar cenas, valorizar determinados locais e

proporcionar redução de gastos a partir da

escolha correta de lâmpadas são detalhes

favoráveis à busca por profissionais espe-

cialistas na área. Qualquer espaço pode re-

ceber um projeto luminotécnico, basta aliar

um estudo do local à criatividade.

ONDE ENCONTRAR

PREMIUM ILUMINAÇÃO

Av. Tancredo Neves, 730 - Centro - Cascavel - PR

45 3038 4600

REPRESENTANTE REGIONAL

Sérgio Luis dos Santos

45 8403 2966

POR QUE OPTAR POR

LÂMPADAS COM A TECNOLOGIA LED?

Dez itens são elencados pela OL como pontos

de comparação entre lâmpadas halógenas e flu-

orescentes. Favoráveis à aplicação da tecnologia

estão vida útil, consumo mensal, durabilidade,

custo do consumo mensal de energia e tempo

para retorno do investimento. A OL disponibiliza

no site um quadro comparativo que ilustra bem

as diferenças. (Página ao lado)

LÂMPADAS DE LED

LED é a sigla de Light emitter diode. Ele é um componente eletrônico semi-

condutor, ou seja, um diodo emissor de luz que possui a mesma tecnologia

utilizada nos chips dos computadores, que tem a propriedade de transformar

energia elétrica em luz. Tal transformação é diferente da encontrada nas lâm-

padas convencionais que utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta

e descarga de gases, dentre outras. Nos LEDs, a transformação de energia

elétrica em luz é feita na matéria, sendo, por isso, chamada de estado sólido.

A vida útil do LED é quase incomparável a de outras lâmpadas disponíveis no

mercado. Nesse ponto – e em diversos outros – percebe-se as vantagens

de investir um pouco mais com a instalação e custo do produto inicialmente,

pois o retorno é satisfatório em poucos meses. A multinacional OL Iluminação

trabalha exclusivamente com iluminação LED e veio ao Brasil para atender a

demanda crescente do mercado por essa tecnologia.

24

Várias novidades nos setores de revestimento e iluminação têm permitido uma emancipação das piscinas, que já não dependem mais da cor azul para sobreviver. Tem cor bem mais vibrante por aí fazendo sucesso. Dá para se refrescar em piscinas verdes, vermelhas, roxas... Só cuidado na escolha! Para não errar, a ConstruArch dá as dicas com a ajuda de uma especialista no assunto!

R E CORT E

p o r M a rce l e An to n i o fo to s D i v u l ga çã o

CROMOTERAPIA REFRESCANTE

25

ESTAMOS QUASE nos despedindo da estação mais quente

e alegre do ano. É hora de dar adeus às praias e piscinas. Mas

tem quem diga tchau a um verão, já pensando no próximo.

Essa é a hora certa para quem está planejando construir

ou reformar uma piscina. A primeira regra nesse caso é ser

ousado e exterminar o azul! Há alguns verões, a experimen-

tação de materiais já tem permitido ter nos clubes, hotéis e

em casa, um banho de piscina com uma sensação diferente.

Piscinas vermelhas, verdes, roxas: uma cromoterapia refres-

cante.

A tendência já alcançou os hóspedes do hotel Unique, que

fica em São Paulo. Começa pela piscina externa: vermelha,

imponente, iluminada. E segue para a área interna: na parte

fitness do hotel, a piscina voltada para prática de exercícios

físicos passa um ar de relaxamento: é verdinha.

Deixar o tradicional azul de lado pede um investimento: a cor

diferente pode ser conseguida através de um revestimento

de vinil, uma espécie de lona resistente e impermeável que

reveste a piscina de alvenaria. Aí tem opção de estampa aos

montes. A Sodromar, empresa de acessórios para piscinas,

traz algumas que dão um efeito “terra” ou “esverdeado”.

Além da estética, o revestimento vinílico vale pela facilidade

na manutenção: sem mais preocupações com limpeza e

conserto de azulejos. E olha que a dica é de que entende

do assunto como ninguém! Segundo a arquiteta Allyne

Mathias, especialista em iluminação e design de interiores,

se você tem medo de revestir a piscina com cores mais

vibrantes e depois enjoar, a melhor opção é o vinil. “Não dá

para fugir da reforma, mas a vantagem é a rapidez na troca

do revestimento. Neste caso, a piscina é construída de

modo convencional e o vinil é aplicado sobre o concreto. Há

inúmeros padrões e cores, que podem ser produzidos com

desenhos personalizados. Além do preço acessível, dispensa

rejunte e facilita a limpeza”, detalha Allyne.

Essa é apenas uma de um leque de opções. A área de

lazer está entre as partes da casa que mais tem destaque

e por isso, novidades para incrementá-la não faltam. Para

revestimento de piscinas, as pastilhas de vidro e porcelana

são as mais faladas atualmente. Mas hoje, de acordo com a

arquiteta, outro material está à frente. “As pedras naturais

são uma alternativa que garante um resultado diferente e

sofisticado! Podemos utilizar pedras nacionais e também

importadas, vindas de países como a Indonésia. As pedras

vulcânicas (importadas), como Hijau e Hitam, conferem uma

tonalidade esverdeada ou azulada à água, ideal para quem

procura exclusividade e inovação”.

ILUMINAI!

A iluminação, além de fator essencial para fachadas e

ambientes internos, também é fundamental para piscinas.

Ainda mais quando a ideia é sofisticação. A novidade nesse

setor é a fibra ótica: vantajosa em vários aspectos. “Ela tem

baixo consumo energético e não conduz eletricidade até

o terminal (a luminária). A fonte de luz fica alojada em um

hO

TE

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26

P R Oj E TA R

MUITA CALMA NESSA HORA!

Não dá para sair por aí colorindo tudo sem antes analisar

bem o espaço e o material, né? Conselhos preciosos de um

arquiteto podem te ajudar a acertar em cheio na escolha!

COR: Deve-se primeiro saber qual é a proposta do projeto

arquitetônico, analisar o entorno da área onde a piscina será

construída e o perfil do proprietário. Pode-se trabalhar com

várias tonalidades de uma mesma cor, brincando com de-

gradês e mosaicos.

MATERIAL: Deve resistir às variações de temperatura, à ex-

posição aos produtos químicos de tratamento da água e de

limpeza da piscina e à exposição prolongada aos raios ultra-

violeta do sol. No caso das pastilhas, é preciso garantir que

sejam aplicados a argamassa e o rejunte corretos.

BORDA E PISO: É importante procurar por pisos atérmicos

e antiderrapantes, que podem ser do tipo cimentícios, decks

pedras naturais. As pedras mais utilizadas no Brasil são a Mi-

neira, a São Thomé e a Goiás.

R E CORT E

CROMOT E R AP IA R E F R E SCAN T E

local distante e protegido da umidade, o que também facilita

bastante a manutenção, no caso de uma lâmpada queimar,

por exemplo”, descreve Allyne.

Com luminárias, também é possível variar as cores. Assim,

não vai dar pra chegar nem perto de enjoar! “Dá para

trabalhar com uma tonalidade mais clara de revestimento e

fazer as modificações de cores pela utilização da iluminação.

É claro: o efeito só será possível à noite, mas com resultados

fantásticos.”.

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G AR I M P O

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ATEMPORALAS P E ç AS M A I S hermosas N AS

CO R E S D O T R I O q U E N U N C A SA I

D E C E N A

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POLTRONA ANTROPófAGO [POR

PEDRO fRANCO]

Preço: sob consulta

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TAPETE ROCK’N ROLL DA TABACOW

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CASTIçAL fOLhA CASTRO

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DIFÍCIL PENSAR em uma casa que só tenha concreto. O material segura, dá sustentação à morada, só que falta algo que o torne mais humano. Aí, parte-se para a mobília e demais objetos decorativos, dis-postos de acordo com a personalidade do morador da casa. Melhorou, mas ainda está faltando algo. Apresentam-se então os elementos paisagísticos para levar a vida que faltava aos ambientes: flor, coquei-ro, arbusto, fonte de água e tudo mais o que a natureza esbanja por aí. E, agora, não só as residências têm aderido aos projetos verdes, mas também pontos comerciais e instituições. Com essas informações, já se tem uma constatação: o paisagismo em si é uma tendência!Aurora Popenga, arquiteta, urbanista e paisagista, confirma uma re-alidade: a estima pelo lado externo da casa tem se intensificado. Para isso, os queridinhos não são aqueles jardins cinematográficos e in-tocáveis. A ideia é que a pessoa possa estar em constante interação com a paisagem, portanto, a criação de ambientes é a tática mais eficiente para deixar o cliente feliz. Um banquinho, acompanhado do verde, uma espreguiçadeira, acompanhada do verde, um balanço, acompanhado do verde e por aí vai. São espaços de convivência con-vidativos e cheios de vida.Quanto aos materiais dos jardins, eles não são moda, mas sim opção. Na avaliação de Aurora, não adianta de nada indicar a um cliente a ma-deira ou uma fonte de água se não são essas as condições e necessi-dades dele. A madeira sempre está em alta, já que devolve a naturali-dade ao cenário, mas não precisa ser algo forçado, apenas para entrar na tendência. “Água não faz mal para ninguém”, brinca a paisagista, no entanto, não é qualquer jardim que aceita uma fonte de água. Um, dois, três, quatro... É assim, na sequência, que a disposição das

Separar aquele espaço para o jardim já é quase uma obrigação. Mas não pense que precisa ser um verdadeiro Éden para estar na tendência: o importante é a integração entre o homem e a natureza

p o r Tá t i l a Pe re i ra fo to s A l ys o n Co r re i a plantas e acessórios tem dado o que falar nos jardins por aí. Com a repetição dos elementos, o décor atua em blocos, tornando mais har-monioso o lugar. “Muitas vezes, uma plantinha não tão bonita ganha vida nova quando apresentada ao lado de outras iguais”, defende Au-rora. Se for para escolher um vaso e uma planta, aí vai: os vasos vietnami-tas são a vedete para preservar suas preciosidades verdes. Em ce-râmica artesanal milenar, esses vasos podem ser vitrificados, foscos ou possuir pigmentos exclusivos, uma vez que as argilas específicas de cada região vietnamita resultam em uma variação de composição e formatos – exclusividade na veia. Quanto às plantas, uma de nome estranho é a mais pedida das paradas. PACOVÁ é o nome dela, uma folhagem que parece não ter muita graça, contudo a bossa fica por conta da flor que dela brota.Esmiuçando a moda - que não é regra -, deduz-se que o que está em alta é o auge do clichê: o homem integrado à natureza.

CR IAT IVI DADE VE R DE

31

I T

CO CO ON T R E E

A CASADA ÁRVORE

DOS SONHOS

Moderna, espaçosa e portátil: uma cama diferente para passar aqueles dias junto com a família. Pode levar que cabe todo mundo!

p o r An n a h i l b e r t fo to s D i v u l ga çã o

O qUE VOCê vai fazer no próximo fim de semana? Vai acam-

par? Ou vai passar um dia na praia? Não importa o destino, o

importante é estar bem instalado para descansar e dormir

em paz! A inusitada Cocoon Tree é uma opção. Considera-

da a casa da árvore moderna, a barraca desmontada, cabe

no carro e pode lhe acompanhar quando tudo o que você

mais quer é fugir da rotina do dia a dia. A Cocoon Tree cha-

ma a atenção pelo seu estilo e formato, bem diferentes das

convencionais lonas que preenchem o gramado do acampa-

mento. A ideia dos criadores franceses foi substituir as ca-

mas com guarda-sol nas praias, parques e piscinas. Vazio, o

modelo Deluxe pesa sessenta quilos e montado o peso do-

bra, chegando a 120 kg.

Com uma estrutura de alumínio T6, a Cocoon Tree Bed De-

luxe tem formato redondo e é coberta pela lona imperme-

abilizada Ferrarri High Quality. Presa às árvores por meio de

cordas, a barraca fica suspensa e suporta mais de duas to-

neladas. Abriga confortavelmente dois adultos e duas crian-

ças. A invenção modernosa é ideal para a família! Para aque-

les que não se imaginam com os pés fora do chão, o medo

fica de lado. A montagem pode ser feita mais perto do solo,

sem que isso interfira na funcionalidade da barraca.

São quatro modelos disponíveis. A diferença entre os mo-

delos Deluxe e Basic está na manta impermeável, feita por

diferentes fabricantes. O modelo Jungle, também arredon-

dado, é coberto por uma estrutura de arame vegetal sin-

tético. E o Beach, também coberto pela estrutura sintética,

possui colchão impermeável e cortinas, feito especialmente

para praia. Uma deliciosa e divertida alternativa para os dias

de descanso!

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33

PARA ACABAR COMA CARA DE HOSPITAL!O projeto social Arquitetura para o Bem tem um objetivo simples: humanizar espaços e dar vida a lugares sóbrios demais como a ala de quimioterapia de um hospital

p o r G i ova n a D a n q u i e l i fo to s Ace r vo p e s s o a l

A SALA de 25 metros quadrados abriga poltronas confortá-

veis e equipamentos para quimioterapia infantil. Diariamen-

te, inúmeras crianças passam horas nesse espaço, sem po-

der brincar e se distrair. O que lhes resta é aguardar o tempo

da aplicação do tratamento acabar, sem nada fazer. Além de

quase imóveis, os pequenos, até tempos atrás, tinham ape-

nas as paredes do hospital para observar. Essa frieza e so-

briedade dos ambientes hospitalares sempre incomodaram

a arquiteta Isabella Dalfovo. Na verdade, esse aspecto cha-

mou a atenção da profissional quando uma familiar precisou

receber tratamento contra o câncer. A tia contou a Isabella

os detalhes do local e como era desconfortável olhar para

paredes sem cor. A vontade de mudar o cenário usando o

conhecimento adquirido com estudos e o dia a dia, aliada

a um exemplo de um hospital paulista, a levaram a buscar

parceiros com intuito de iniciar um projeto social que rapi-

damente ganhou nome. Em pouco tempo, o projeto já havia

conseguido tintas, mão-de-obra, adesivos e molduras. Os

passos posteriores foram simples: os desenhos feitos pela

arquiteta se transformaram em quadros e adesivos; as pare-

des ganharam tons estimulantes e calmantes. Remodelado

e com ar agradável, o local ganhou um apelido. Agora, a sala

da quimio, é a “sala do bem”! Até um aparelho de TV passou

a fazer parte do espaço.

Harmonizar cores e humanizar o espaço, antes frio, estava

nos planos da profissional que objetivava minimizar qualquer

impacto negativo proporcionado pela arquitetura do hospital.

Na “sala do bem”, o tom de azul céu californiano da linha Su-

per Lavável, da Coral, cumpriu o papel de amenizar os efeitos

tediosos e monótonos do espaço. Tudo isso, aliado a uma

mistura feita com desenhos coloridos e cheios de vivacidade

e de cores diversas que, juntos, transformaram e arrancaram

do ambiente aquela sensação de hospital. A prova do acerto

com a ideia veio por meio de sorrisos! Cores intensas para

despertar o lúdico são regra nos projetos sociais de Isabella,

que tentou fugir da predominância de tons pastéis por não

atraírem a atenção do público. Para chegar a esse resultado,

a arquiteta se baseou em jogos de videogame e cartoons.

Quer inspiração mais colorida?

PRIMEIRO PROJETO pronto do Arquietura para o Bem tem

inspiração em jogos de videogame e cartoons.

COM P ROM ISSO

ARqUITETA E IDELIzADORA

do projeto social, Isabella

Dalfovo busca humanizar

espaços de atendimento de

saúde de forma colorida.

p o r Tá t i l a Pe re i ra fo to s D i v u l ga çã o

D OSSI ê

Porque mesmice não é a regra. Uma fineza de casa – em largura e elegância – quebra a monotonia de uma pequena cidade sueca

MENOS DO MESMO

35 35

UM ACONChEGANTE cantinho

para leitura e um pequeno espaço

para avistar a tranquila rua e as

casas tradicionais da cidade. Uma

moldura cheia de saber é um

chamariz a mais para o “refúgio”

da casa.

QUEM NÃO ARRISCA, não petisca. Fato. O antigo dito popu-

lar pode exagerar um pouco, mas deixa claro que os ousados

têm muito mais chance de saborear o reconhecimento. Lá

para as bandas da Suécia, a máxima é corroborada. Ao pas-

sar por uma rua cheia de casas tradicionais, na cidade de

Landdkrona, dificilmente alguém vai imaginar que, no meio

do caminho, aparecerá algo diferente. Mas tem. Um filete

chamado de casa que, mesmo estreito, não passa desper-

cebido.

A residência Townhouse projetada pelo arquiteto Elding Os-

carson, fica esprimidinha entre duas construções antigas. O

próprio responsável define a obra como uma síncope no rit-

mo do bairro em que a casa se localiza – é para sacudir os

mais tradicionalistas. A vontade era de criar um contraste,

para dar um “respiro”, mas, o mais importante: para realçar

a beleza da paisagem.

Os moradores, fanáticos por arte, queriam um cantinho para

estampar seus trabalhos e ainda os achados de outros ar-

tistas. Para isso, pensaram em um ambiente clean, mas com

o arrojo presente em vários pontos da casa. Tirando proveito

do pé-direito triplo, os cômodos fluem em uma sequência

vertical, com mezaninos que se alternam. Assim, do andar

de cima sempre é possível ver o pavimento inferior. O sen-

36

O ESCRITóRIO está fora, mas, ao

mesmo tempo, dentro de casa. Trabalho,

trabalho, rotina de casa à parte, para

não misturar as coisas. A brancura dos

móveis ornou certinho com o colorido do

quadro, que parece ter sido deixado ali,

despretensiosamente.

M E NOS D O M E SMO

D OSSI ê

timento de liberdade se instala com uma ajudinha

das grandes aberturas para a luz natural e vista para

a rua: em cima, uma janela – sem vidro – sinaliza a

varanda; embaixo, a janela deixa quem está de fora

visualizar o colorido de dentro da Townhouse.

Com um único espaço, suavemente separado por fi-

nas placas de aço, as ideias se encaixaram na realida-

de. Assim, a casa se divide em cozinha, sala de jantar,

sala de estar, biblioteca, cama, banho e um terraço.

Para preservar o conceito de home office, mas não

deixar o trabalho interferir tanto na rotina da casa,

o escritório ficou em uma parte separada, do outro

lado de um pequeno jardim.

O grande bloco milimalista não fez com que a diferen-

ça fosse um desagrado à beleza da rua. A casa atrai o

olhar, entretanto, não agride o cenário, abrindo e dei-

xando fluir o diálogo entre o velho e novo numa boa.

O tempero ousado premiou os donos da Townhouse

com uma moradia cheia de graça e o arquiteto com

um salve pela impetuosidade – positiva, é claro.

37

38

D E F O R AP A R A D E N T R O

Uma casa toda declaradamente favorável aos espaços de convivência. Em Joanesburgo, na África do Sul, arquitetos projetaram uma residência que gira em torno de um pátio, que se volta toda para a piscina, se mostra através da transparência. Se abre ao moderno e ao integrado, sem medo.

p o r M a rce l e An to n i o fo to s D i v u l ga çã o

CE NÁR IO

40

SÃO LINHAS RETAS. Raras formas onduladas. Poderia

parecer comum num primeiro olhar. Mas, definitivamente

não. Esta casa em Houghton, parte privilegiada de Joa-

nesburgo, na África do Sul, impressiona. Mescla a multi-

plicidade de espaços, com a grandeza dos mesmos e o

bom gosto do mobiliário. Sem contar a harmonia exis-

tente entre o ambiente interno e o externo: parecem um

só. Já do lado de fora algo chama a atenção. O muro alto e

cinza seria quase um paredão prisional, mas essa impres-

são é quebrada pelas pequenas aberturas propositais e

acertadas. As ranhuras que fazem parte dessa parede

dupla, com altura de dois andares, são as responsáveis

por permitir uma luminosidade melhor na casa: possibili-

tam maior espaço para a passagem da luz natural durante

o dia e dão um efeito “modernoso” com a luz artificial du-

rante a noite. São elas também que dão todo o charme da

entrada: fazem um belo cartão de visita, demonstrando

na imponente fachada norte, virada para a rua, todo o po-

tencial que existe da porta para dentro.

DE FOR A PAR A DE N T RO

CE NÁR IO

41

É a partir daqui que se dá a entrada para um lugar convidativo.

Primeiro, começando pela forma: a casa se distribui em formato

de “U”. “Isso permite que tudo seja organizado em torno de um

pátio interno, que tem uma orientação virada ao norte e fornece

acesso a todos os espaços de convivência para a piscina”, expli-

ca Greg Truen, arquiteto parceiro do projeto. O SAOTA, escritório

africano, foi o idealizador dessa casa que acontece ao redor da

área exterior, uma residência que se abre ao espaço de lazer, que

parece estar sempre escancarada para o relaxamento e para o

conforto. É quase toda transparente: faz com que os cômodos se

integrem através da visibilidade. Da sala superior é possivel ficar

pertinho do lustre que ilumina o térreo. Por sinal: que lustre! Rou-

ba a cena da sala de estar! É um pendente criado por Raimond

Puts, todo baseado em uma beleza matemática: as formas geo-

métricas inspiram e fazem várias linhas retas formarem uma es-

fera. Como? Unindo tiras de aço inoxidável e molas que se entre-

laçam e resultam em um globo, que faz pequenas luzes de LED

parecerem estrelas. Conceito de sobra só para o lustre, imagina

para o restante do projeto de interiores!

VALE ABRIR parênteses especiais para falar de um detalhe da sala de estar. Como nao reparar nesta escada cir-

cular?! Em casas comuns, ela geralmente é só um instrumento de passagem de um piso para outro. Aqui, não: é

um destaque, que coopera e complementa o décor. Segue a mesma linha de toda a casa, mantendo o vidro como

material, mas quebra o gelo: enquanto tudo é retinho, ela mostra o charme que a curva tem!

42

Tem mais: o vidro, presente em quase toda a casa, permi-

te que tudo possa ser feito dentro, sem que se perca o que

acontece lá fora e vice-versa. Tanta transparência exige um

cuidado extra para não gerar desconforto: para minimizar

o impacto do sol, a fachada tem um vidro especial. Além de

uma solução estilosa e bastante funcional: os shutters, que

são essa espécie de persiana externa, barram a incidência

direta de sol.

Iluminação brecada em um canto e aproveitada em outro: a

parede com ranhuras já descrita acima fica colada ao corre-

dor do andar superior. Luz que confere um efeito todo mági-

co ao ambiente. Ah, e pela quantidade de poltronas e puffes

espalhados por tudo quanto é cômodo, fica fácil perceber

que quem mora aqui gosta é da vida compartilhada!

DE FOR A PAR A DE N T RO

CE NÁR IO

PORTAS PARA todos os lados e toda

a transparência do vidro permitem

uma visão de tudo. A área da pisci-

na pode ser acessada pelo pátio ou

mesmo pela porta do corredor. E

falando nela: a piscina parece ou não

parece um tapetão intacto que dá

continuidade à sala?!

43

44

UM DIA ELA foi diferente. É uma construção, lá do século XIX,

mas, nem por isso, carregou consigo a mácula de ter cara de

antiga. Seus 400 m² foram remodelados e poderiam rece-

ber, sem muita cerimônia, Alice e seus amigos do País das

Maravilhas. Só que este cenário não foi idealizado por Lewis

Carroll. Pedro Gadanho foi o criador, vulgo arquiteto, que fez

a mágica acontecer.

É em uma cidadezinha nas redondezas de Lisboa que a GMG

House “vive”. A conhecida conversa entre o novo e o velho

é travada mais uma vez: o pop art, movimento dos anos 60,

ressurge na casa em suas formas geométricas e no abuso

das cores – e que abuso. Vermelho, azul turquesa, amare-

lo, roxo, tudo junto, sem estar misturado, se é que você me

entende... Cada um ocupando seu espaço, sem roubar a vez

do outro.

Gadanho radicalizou principalmente na entrada, com uma

escada e um conector espacial de tripla altura. As outras in-

tervenções, feitas de forma cirúrgica, vão se inserindo em

cada uma das partes restantes da GMG. Os filhos adoles-

centes ficam com a ala esquerda do piso principal, enquanto

a mãe tem seu próprio território no sótão totalmente rea-

proveitado, incluindo quarto, closet, estúdio, e até um terra-

ço coberto. O pátio de trás também tem seu chamariz: uma

ERA UMACASA COLORIDACOM CERTEZA

p o r Tá t i l a Pe re i ra fo to s D i v u l ga çã o

Pedro Gadanho brinca com cores vibrantes e detalhes inimagináveis e cria uma casa que esbanja boas energias em Portugal

CE NÁR IO

45

A PARTE ExTERNA é mais moderada. Só que

a piscina com o revestimento neste tom de

azul e a escada espiral, lá no fundo, entregam

a ousadia da proposta.

46

C A DA CO R te m s e u

e s p a ço re s e r va d o

e a m e s c l a n ã o

é a l go ag re s s i vo

a o s o l h o s : o s to n s

co n t ra s t a n te s

c h e ga m à b a t i d a

p e r fe i t a

CE NÁR IO

E R A U MA CASA COLOR I DA COM CE RT E Z A

47

Q U E M D I SS E q u e

o m u n d o p re c i s a

s ó d o t r i v i a l ? !

I nve n çõ e s s ã o

s e m p re b e m -

v i n d a s . O l h a s ó a

i d e i a q u e o G a d a n h o

teve : u m a cá p s u l a

a l i , n o m e i o d o

q u a r to . I n c r í ve l o u

s i m ?

A SA L A D E E S T U D OS p a re ce u m p o r t a l q u e

s e a b re e te c h a m a . O a z u l t u rq u e s a re i n a ,

fa z e n d o m o l d u ra a o s l i v ro s .

escada exterior espiral e uma piscina em azul Yves Klein.

Não só os respingos – ou banhos – de cor são notórios na

casa. O mobiliário teve sua parte na excelência concluída. O

guarda-roupa poligonal, em verde-cidreira, virou peça-cha-

ve encostado na parede branca. Genial, não?!

Para contrabalancear a exuberância da cores, os detalhes

são sutis, delicados e se combinam a algumas peças tradi-

cionais de design, como a cadeira Egg, por exemplo. Entre os

materiais, muita lacca, MDF e zinco para formar a parte es-

trutural e da mobília. Do lado de fora, a GMG House engana

bem. Mantém-se sóbria, sem deixar nem uma pista do que o

visitante encontrará lá dentro. Também como ponto de equi-

líbrio, a sala de jantar e um dos quartos mantêm-se neutros.

O branco consegue frear, por alguns momentos, a dança das

cores na casa. E, até onde as cores são sóbrias, a imaginação

fluiu. Um exemplo é a luminária, que garantiu que a sala de

jantar fosse mais um canto interessante da casa.

Analisando tudo, você pode pensar: o que passou pela ca-

beça desse arquiteto para criar algo assim? Sonho, fantasia?

Não, é tudo de verdade. Realidade pura retirada de uma his-

tória encantada. Gadanho encontra a coragem para ir onde a

maioria dos arquitetos não ousam: na cor.

48

CARREGANDO NO BALANçO

Já imaginou que makuquice seria se a energia usada no balanço da cadeira fosse utiliza na recarga do seu iPhone ou iPad? Pois graças à MicasaLab, isso já é possível. A empresa

suíça desenvolveu a iRock, uma cadeira estilo retrô de balanço, que, através de um gerador, aproveita a energia do embalo e recarrega seus gadgets da Apple.

Preço: R$ 2639www.irocknow.ch

G AD G E T

49

ESqUEçA qUE ESTÁ EM CASA

Não precisa ir ao cinema para sentir o poderoso som de uma sessão. Graças às caixas de som Bose CineMate 1 SR, você pode ter toda a qualidade que as telonas fornecem, sem ter que aguentar o barulho do mastigar das pipocas! O truque é o ADAPTiq, um equalizador que uniformiza o som pelo

ambiente da sua casa através de dois sensores. Preço estimado: R$ 2944

www.bose.com

PERfEITAMENTE CONfORTÁVEL

A I-Mego lançou neste ano o zTone. Um fone de ouvido earbuds que se encaixa confortavelmente em qualquer ouvido. Quatro pares de géis (as borrachas) acompanham o fone de ouvido para que o encaixe seja perfeito. O fonezinho potente foi premiado em janeiro com um dos troféus do CES (Consumer Eletronics Show), que homenageia eletrônicos no quesito inovação.Preço estimado: R$ 203www.i-mego.com/shop

SAUDADES DA POLAROID?

Você é do tempo da Polaroid ou sempre quis ter uma máquina que revelasse a foto segundos depois do registro? Então, olha só esta: o projeto InstantLab, idealizado pela empresa Impossible Project, criou um dispositivo que acoplado ao iPhone e usando filmes Polaroid “revela”

instantaneamente as fotos tiradas.Preço não divulgado

www.the-impossible-project.com

CAIU NA ÁGUA? SEM PROBLEMA

A Sony apresentou seu novo smartphone, o xperia z na CES (Consumer Eletronics Show) de 2013. Além de possuir uma generosa tela de 5 polegadas com resolução full HD de 1080x1920p; processador Snapdragon S4 Pro de quatro núcleos; câmera traseira de 13 MP, o aparelho é a prova d´água! O lançamento está marcado para o 1º semestre de 2013 nos EUA.Preço estimado: R$ 1550 www.sonymobile.com/br

CARISMÁTICA

Aos amantes da Lomografia que já conhecem a Lomography, e aos curiosos por este movimento fotográfico, temos um ótimo motivo para você entrar no grupo: A Diana f + Gold Edition. Essa gracinha foi inspirada na máquina dos anos 60 pertencente à marca lendária Diana, que ficou

conhecida pela qualidade de suas imagens. Agora, numa versão fiel e cheia de novidades! Preço: R$ 379

www.shop.lomography.com.br

50

AS FOLHAS CAEM, MAS AINDA ESTÃO EM ALTAA CO N S T R UA R C h S E L E C I O N O U P E ç AS q U E

CO M B I N A R ãO CO M AS T E N D ê N C I AS D O I M I N E N T E

O U TO N O E , CO M O A M A R E L A R DAS fO L h AS ,

R E S U LTA R Á N U M A M B I E N T E C h A R M OS O E

ACO L h E D O R .

FASH ION I N HOM E

1

4

2

3

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5

1 Abraço de flor [Por Eulálio de Souza Anselmo] Preço: R$ 10.915, Site: www.inusual.com.br • 2 Suporte para Guardanapos Camila Preço: R$ 69,

Site: www.zarahome.com • 3 Daksha Preço: R$ 100, Site: www.espacotil.com.br • 4 Coleção Issa London Outono/Inverno [Por Daniella helayel]

Londres Fashion Week 2013, Site: www.issalondon.com • 5 Gabinete franklin Media - Gold Leaf [Por Dwell Studio] Preço aproximado: R$ 5.100,

SIte: www.dwellstudio.com • 6 Luminária Woodtable [Por fernando e humberto Campana] Preço: Sob consulta, Site: www.alotof.com.br • 7

Saca-rolhas Tio Sam [Por Jonathan Adler] Preço aproximado: R$ 194, SIte: www.jonathanadler.com • 8 Esfera Aver [Por Etel Carmona] Preço:

sob consulta, Site: www.etelinteriores.com.br • 9 Caveira Tableskull Preço: R$ 1.800, Site: www.wonderlland.com • 10 higgins Preço: Sob

encomenda, Site: www.lovedecades.com • 11 Touro de Bronze [Por Jonathan Adler] Preço aproximado: R$ 976, Site: www.jonathanadler.com

6

10

11

9

7 8

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METRÓPOLE LOGO ALI!

E se Cascavel tivesse 100 anos e um milhão de habitan-tes? E se pensássemos diferente e nossos pensamen-tos fossem refletidos nos espaços públicos? “E se?!” foi o questionamento que norteou uma mostra de projetos arquitetônicos que foi além: “Propostas para a Cascavel do Amanhã” não só revelou como pontos populares de Cascavel poderiam ser transformados, mas incitou uma reflexão sobre a metrópole que está por vir.

p o r M a rce l e An to n i o fo to s D i v u l ga çã o

E VE N TO

53

N Ã O F O I S ó uma mostra. Foi um convite a uma reflexão futu-

rista. “Propostas para a Cascavel do amanhã” propôs um exercício:

questionar. Perguntar, principalmente, “e se?”. Essa foi a interro-

gação que norteou todas as ideias que os projetos dessa exposição

queriam disseminar. “Uma das características que nos faz humanos

é justamente questionar: questionar o nosso entorno, questionar a

nossa produção, questionar a nós mesmos. A nossa mostra partiu

justamente desse pressuposto”, detalhou Caio Smolarek Dias, ar-

quiteto e curador da mostra.

Cascavel, aos 61 anos, já abriga quase 300 mil habitantes, e entra

no cenário regional como uma futura metrópole. As circunstâncias

levam a uma necessidade: pensar e projetar Cascavel para recep-

cionar esse futuro. E isso implica em uma reestruturação urbana

que foi vista de forma especial pelo arquiteto. “A ideia surgiu a par-

tir da apresentação feita pela Secretaria Municipal de Planejamento

dos projetos que compõem o Plano de Desenvolvimento Integrado

(PDI)”, explica.

Em sintonia com o pensamento que já preocupava a Secretaria Muni-

cipal de Planejamento, o arquiteto se propôs a remodelar “espaços-

-chave” de Cascavel. Acompanhado de um time de acadêmicos de

arquitetura, Caio delimitou lugares que precisam ser pensados para

daqui 50, 70, 100 anos. São releituras de lugares típicos cascavelen-

ses: a praça Wilson Joffre, a Rodoviária velha, o Centro Cívico, a antiga

Estação do Ofício, o Paço das Artes e, ainda, um centro-de-bairro,

idealizado para ser multiplicado por toda a cidade.

Alguns locais voltariam a ser ativados, outros, que continuam na

ativa, seriam reformulados. Imagina só, a antiga Estação do Ofício,

voltando a ser movimentada por estudantes?! E mais: com uma ar-

quitetura favorecida para isso! Recentemente, o prédio, que em ou-

tros tempos oferecia cursos profissionalizantes, foi demolido. Para

“o amanhã”, ele seria mais ou menos assim: três pisos, com sacada

para o descanso dos alunos entre cada um dos volumes, jardim de

inverno, aproveitamento da iluminação natural e uma proposta que

preserva características da identidade cascavelense.

Cascavel tinha só 15 anos quando foi inaugurada a Praça Wilson Joffre.

Ela foi remodelada pela última vez em 2008, já chegou até a abrigar

um zoológico, mas hoje, apesar de ainda continuar sendo um ponto

forte de convivência dos cascavelenses, está com a estrutura pouco

conservada. A proposta idealizada pelos arquitetos da “Cascavel para

o amanhã” é a de que um novo Paço das Artes passe a funcionar na

Praça Wilson Joffre. Atualmente, esse espaço dedicado à cultura fica

na Biblioteca Municipal. A ideia é mantê-lo no local e desenvolver um

outro instalado na praça. Vários espaços como galerias, café e audi-

tório estariam dentro de uma estrutura que faz a desconstrução de

uma estrela.

O pensamento do grupo de arquitetos também se voltou para uma

região bastante crítica, apesar de histórica: o entorno da Rodoviária

Velha, que é um complexo importante para o contexto de Cascavel, já

que marca o período de vinda da segunda corrente migratória. A ideia

dos arquitetos, neste caso,é a construção de prédios para residên

54

cias, comércio e hotelaria. A intervenção traria mais segurança,

menos poluição sonora além de um aspecto mais arborizado

ao lugar: foi planejado um afastamento dos edifícios da calçada,

além de incluídas ilhas verdes para amenizar o impacto.

Os projetos também retomam uma antiga ideia, que esteve no

primeiro Plano Diretor de Cascavel, realizado pelo arquiteto Jai-

me Lerner, em 1978: juntar todos os edifícios públicos em uma

única área, onde anteriormente estava localizado o primeiro ae-

roporto de Cascavel. Esse seria o Centro Cívico, que é idealizado

numa estrutura contínua, que remete à cobra Cascavel.

E não só as estruturas já existentes estiveram na mira dos arqui-

tetos. Preparar Cascavel para o futuro requer também a cons-

trução de novos espaços. O centro-de-bairro vem para atender

essa demanda, sendo multiplicado em toda cidade e desem-

penhando dois papéis: ser um lugar de encontro da comunida-

de em festividades, cursos e atividades diversas e também se

transformar em uma espécie de subprefeitura, oferecendo al-

guns serviços para evitar que a população precise de um longo

deslocamento para o atendimento.

São propostas ousadas, e até descritas na apresentação da

mostra como utópicas. Mas já são vistas como viáveis. “Depen-

de muito agora da aceitação de cada pessoa. Algumas vão gos-

tar, outras não, e todas essas opiniões vão ser importantes para

gente sentir o que cada um está pensando dessa Cascavel do

futuro”, situa o secretário de planejamento de Cascavel na ges-

tão 2009 - 2012, Ronald Drabik.

E VE N TO

M E T RÓP OL E LO G O AL I

A Imobiliária Porto Seguro Personnalité convida você a clicar fotos de nossa cidade, de pessoas comuns, momentos bacanas, crianças brincado, pessoas no campo, plantações, rios, cachoeiras, fotos que falem do nosso cotidiano, que só podem ser clicadas por você.

Fotos que falem além do olhar. Além do que se vê.

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COMO PARTICIPAR

As fotos podem ser tiradas com câmeras analógicas ou digitais e devem ser enviadas com seu nome e endereço para:

EndereçoRua Afonso Pena, 1854, sala 02CEP 85812-020 - Cascavel - PR

[email protected]

DATAS

Envio das fotosAté 20/06/2013

Período de votação21/06/2013 até 01/07/2013

Resultado vencedor02/07/2013

A QUEM SE DESTINA

Para esse trabalho, nosso fotógrafo mais qualificado é você; protagonista do dia a dia! Saia por aí com a câmera na mão, de prontidão para notar e registrar aquele momento encantador, aquela imagem que vale mais do que mil palavras.

PREMIAÇÃO

O vencedor ganha uma estadia com acompanhante no Hotel Loy Suítes (com jantar) em Porto Iguaçu, na Argentina. Além disso, as fotos ficarão expostas na Secretaria da Cultura de Cascavel, no espaço galeria Sierra e serão divulgadas em jornais locais.

56

O artista plástico Antonio Carlos Machado é um em vários: ele não deu as costas às circunstâncias e caiu de cabeça, mãos e pés no mundo das artes

p o r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ro d r i go Vi e i ra ( R . Vi e i ra )

E SP E L HO

57

EM MEIO à BAGUNçA organizada

de obras e referências, o artista, cria,

recria, inova. “Nós podemos reciclar

materiais, assim como nós nos reci-

clamos”, acredita.

NA GRANDE SALA – daqueles apartamentos antigos - de

uma época em que o espaço não era tão escasso e o mun-

do menos vertical –, existe um apanhadão de quase tudo! E

é essa versatilidade que torna o trabalho de Antonio Carlos

peculiar. Ele faz telas, mas ele também faz esculturas. Ah,

tem ainda os trabalhos em grafite. As obras são de papel,

ferro, estêncil, tecido, madeira, cerâmica, borracha… Ele cola,

trança, lixa, desconstrói, encaixa e pinta, só não borda – ain-

da.

A entrada no mundo das artes se deu com uma mudança.

Em Londrina, na década de 1980, ele se formou em Educação

Física. Após a formatura, ele escapuliu de lá, mudando-se de

mala e cuia para Cascavel. O interesse pela área que hoje o

consagra surgiu quase como uma autoafirmação: ao visitar

algumas exposições, ele olhou as peças, olhou de novo e

concluiu: “Isso eu faço melhor!”. Desde então, mergulhou de

cabeça – e mãos – na arte de fazer arte.

Os mais desavisados podem pensar: “mas o que, cargas

d’água, há em comum entre um educador físico e um artis-

ta?”. Há mais semelhanças entre a Educação Física e as artes

do que possa imaginar a nossa vã filosofia. “Têm tudo a ver!

Ambos movimentam a veia estética!”, filosofa o artista.

As duas áreas em que ele se empenhou possibilitaram o

desenvolvimento de uma atividade paralela. A Oficina Te

58

rapêutica da Secretaria de Saúde de Cascavel, ministrada

por Antonio Carlos, faz com que jovens usuários de drogas

consigam se reestabelecer, se colocar de novo na vida social,

com pitadas artísticas. Na oficina, ele usa a arte adquirida de

forma autodidata e a expressão e a didática aprendidas na

faculdade de Educação Física, mas o ingrediente principal é

a reconsquista da autonomia do próprio corpo e mente des-

ses jovens, propiciada pelo trabalho. “Geralmente, as drogas

diminuem a noção de pensamento, perspectiva, volume... A

arte é um excelente processo terapêutico”, defende.

Quando o assunto passa do trabalho para o reconhecimen-

to, o ar sereno cede lugar ao semblante mais sisudo, reflexo

das dificuldades enfrentadas pela classe artística, no interior

ou nas capitais. Antonio Carlos não é um mero pitaqueiro,

ele tem opiniões bem definidas sobre a arte. Acredita que

a desunião da classe e o pouco incentivo recebido são os

principais empecilhos para que os artistas sejam vistos com

olhares preconceituosos. O que está bem claro para ele são

os pontos altos e baixos no trabalho de quem está em uma

cidade interiorana, como Cascavel, e quem está em uma ca-

pital, como Curitiba. “No Oeste do Paraná, nós nunca vamos

estar na vanguarda, por sermos do interior, porém, a gen-

te tem uma qualidade que é a fácil criação de identidade em

nossos produtos. Em Curitiba, por exemplo, o que é diferente

é o investimento e estudo de uma poética, é tudo muito bem

pensado. E isso os deixa léguas à nossa frente”, confessa.

Dissabores à parte, a sintonia entre a arte e Antonio Carlos

é viva e pulsante. Ele não para! Sai de uma exposição já com

a cabeça no que virá na próxima. No mar de referências que

ele tem, parece que é só dar uma fuçadinha no baú das ideias

que logo vem algo novo. Pelos cantos do ateliê, observam-

-se algumas miniaturas, cheias de graça. Elas são os protó-

tipos para futuras obras. Além disso, o bloquinho de anota-

ções é um dos grandes companheiros dele. Tudo que pinta

na vasta imaginação, ele vai anotando, e os traços se tornam

esboços, que, quando der, vão se transformar em mais al-

gumas de suas peças. Mas, às vezes, nem desses “rabiscos”

ele precisa. “Quando eu já estou com todos os materiais na

mão, já vou fazendo, sem planejar muito”.

A sabatina é finalizada com a chegada de uma cachorrinha

simpática, fiel escudeira de Antonio. Na saída, o anfitrião teve

a preocupação em não nos deixar ter nenhuma surpresa ao

descer as escadas: “Cuidado com o degrau!”, alertou. Na su-

bida, talvez pela ansiedade em chegar, nem havia percebido

que um degrau era maior, sinal da irregularidade tradicional-

mente presente nos prédios mais antigos. O reflexo da irre-

gularidade da morada parece não incomodar e, até mesmo,

ser um bocado inspirador para o artista nada regular.

O CAR A DA G AL E R IA

E SP E L HO

“ N ó s p o d e m o s re c i c l a r m a te r i a i s , a s s i m co m o n ó s n o s re c i c l a m o s ”

59

ANTONIO CARLOS também usa sua arte

para se compreender. Esse autorretrato

– um de vários – tenta decifrar a alma

desse artista.

A MUSA DO ATELIê

Antonio Carlos e Pablo Picasso têm algo em comum:

Picasso tem várias musas que se transformam em

uma; já Antonio tem uma musa que pode se tornar vá-

rias. Ela tem quatro pernas, às vezes tem braços, e nos

trabalhos parece ter vida própria. Adivinhou? Pelas fo-

tos já deu para perceber que estou falando da cadeira.

Pelos 96 m2 do ateliê, o que mais se vê é ela, toda toda.

Primeiro, nos protótipos, sobre uma prateleira. Elas

estão ali, presas em uma redoma de vidro para quando

o artista decidir fazê-las em uma proporção maior. Os

quadros também brincam de ser bonitos com o dese-

nho das inspiradoras peças. Só que o mais inusitado

estava guardado em uma caixa, escondidinho: uma

sessão de fotos de uma cadeira pelas ruas da cidade!

Ele colocou a “modelo” em diversas situações e ela se

deleitou em poses. Depois da longa sessão fotográ-

fica – de cansar a beleza -, a cadeira, simplesmente,

“desencarnou” e virou sombra. A predileção por esse

móvel tem uma explicação democrática. “A cadeira é

um ícone comum na sociedade. Ela pode ser colocada

em várias situações: pode ser um trono com seus reis

e rainhas ou ainda pode ser um banco de praça, onde

sentam pessoas dos mais variados tipos”, conta An-

tonio Carlos.

60

61

ERA FIM DE tarde e a varanda de casa chamava para uma

leitura. Era daqueles dias em que as palavras do livro pare-

ciam escolhidas a dedo para o contexto e o contexto eleito

para aquelas páginas. Era o momento mais harmônico entre

ambiente e situação: ler, encostada nas almofadas da na-

moradeira, protegida pela sombra das primaveras plantadas

no alto de um pergolado, era a tentativa mais acertada para

esquecer o resto do mundo ou viajar por ele.

O casamento entre lugar e leitura é antigo, romântico e cheio

de particularidades. Se para mim a varanda era o canto da

casa mais convidativo à degustação de palavras, para outras

pessoas poderia ser a sala, o escritório, uma parte mais ilu-

minada do quarto. Não importa: os viajantes dos livros sem-

pre têm um espaço que consideram sagrado para a leitura. É

essa combinação entre a atmosfera do lugar e as páginas a

serem lidas que ditam todo o clima da viagem.

Correr os olhos pelas páginas, juntar as sílabas num proces-

so quase compulsivo: a leitura é uma viagem intrigante e vi-

ciante para muitos. Melina Souza é uma blogueira curitibana

que tem um ritmo intenso de leitura. “Tento ler pelo menos

um ou dois livros por semana. Quando estou com mais tem-

po livre aproveito pra ler mais. Em novembro, eu li 10 livros”,

contabiliza. Dentro da casa da “Mel”, como gosta de ser cha-

mada, não tem lugar mais aconchegante do que o quarto

dela: cheio de mimos, com um canto reservado para guardar

os livros e com a iluminação perfeita para uma leitura agra-

dável. “Nele eu estou cercada de coisas que me agradam, me

sinto confortável. A única coisa que falta é uma poltrona per-

to da minha estante de livros”, descreve.

Ela até tenta ler em outros locais, mas nada é tão bom

quanto o próprio canto. “Eu sempre ando com pelo menos

um livro na bolsa para ler quando tenho que esperar algo ou

alguém, mas não é sempre que eu consigo me concentrar”,

conta Melina.

Apesar de raros, alguns estabelecimentos comerciais pos-

suem espaços convidativos. Muito mais do que simples-

mente munir o cliente de revistas velhas, alguns lugares por

aí estão valorizando mais o tempo de espera. Dona de um

brechó cascavelense cheio de conceito, Julia Orso, tem na

sua loja um espaço reservado para os clientes que quiserem

sentar e esperar na companhia de uma boa leitura. “Acho

que o interesse por leitura tem a ver com as pessoas que

compram em brechós. Tenho alguns livros retrô, de fotogra-

fia, além de revistas... Considero um canto cool”, ressalta.

E L AT E N E O

N u m m u n d o e m q u e o d e s e nvo l v i m e n to te c -

n o l óg i co a ce l e ra n u m a ve l o c i d a d e e s t ro n d o -

s a , l e r a s s i m , co l a d i n h o n o p a p e l , s e n t i n d o a

a s p e re z a d a s p ág i n a s e o c h e i ro d a t i n t a n o

i m p re s s o , a i n d a é u m p ra z e r s e m s u b s t i t u -

to p a ra m u i to s . E u m a ca s a co m l i v ro s m e -

re ce , c l a ro , u m ca n t i n h o p a ra e l e s e p a ra o

m o m e n to s ag ra d o d a l e i t u ra . Vi d a l o nga a o s

e s p a ço s d e l i c i o s o s e co nv i d a t i vo s a u m d e s -

f r u te l i te rá r i o , p o rq u e e l e s s ã o n o s s o p a s -

s a p o r te , n o s s o p a s s e l i v re p a ra v i age n s v i -

c i a n te s !

p o r M a rce l e An to n i o fo to s D i v u l ga çã o

L I F E ST YL E

MEUPASSAPORTE

62

LER... EM CADA CANTO DO MUNDO!

Ficou automático, virou rotina: comprar livros pela internet é

rápido, muitas vezes mais barato e mais cômodo. Enquanto

as livrarias online são opção número um para os leitores mais

moderninhos, na contramão de toda tecnologia, as livrarias

físicas, lotadas de estantes, também continuam cheias de

adeptos.

Mesmo em meio à facilidade de se ler pelo computador ou

adquirir um livro apenas dando um clique, aquela sensação

única de encantamento pelos livros empilhados, enfileirados,

quase postos à mesa esperando alguém saboreá-los, ainda

se mantém muito nítida nos amantes da leitura. Tanto que,

pelo mundo, algumas livrarias se tornaram pontos turísticos

e estão na rota daqueles que nunca conseguem retornar de

uma viagem sem trazer na mala um exemplar a mais.

El Ateneo, em Buenos Aires, é um desses lugares emblemá-

ticos. A rede de livrarias, fundada em 1912, se tornou ícone

da cultura argentina e é impressionante pela grandeza dos

prédios. É a queridinha de muita gente não só pelo charme

intrínseco de lugares repletos de livros, mas por ser comple-

ta: espaço confortável para leitura, cafés, pontos de música e

um refúgio destinado aos pequenos leitores.

Já na cidade luz, a livraria Shakespeare and Company deixa

quem entra intrigado. A livraria não fica no roteiro tradicional

de turismo, mas quem vai até Paris não pode deixar de co-

nhecer a “bagunça deliciosa” da livraria. O cenário é repleto

de paredes cobertas de livros, suportes empoeirados, livros

revirados, revistas e jornais espalhados. O que impressiona,

nesse caso, não é a imponência do tamanho, mas sim, da

grandeza histórica do prédio: Shakespeare and Company

está onde antes funcionava um antigo monastério do sécu-

lo XVI. O lugar foi centro da agitação cultural das décadas de

1920 e 1930 e até hoje é frequentado por grandes escritores.

No Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo abrigam dois desses

locais que parecem ter alma. Para os cariocas, a Livraria da

Travessa é sinônimo de viagem pelo tempo, por carregar no

histórico o título de ponto de encontro dos poetas, da mili-

tância política, moda, arte de vanguarda e contracultura. Por

muito tempo, foi chamada de “Muro”, e só em meados de

1990, recebeu o nome “Travessa”, em função do endereço:

a primeira loja ficava situada Travessa do Ouvidor, no centro,

mas hoje tem filiais espalhadas pelo Rio.

L I F E ST YL E

M E U PASSAP ORT E

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A Livraria Cultura é o point paulistano

quando o assunto é leitura. Funda-

da em 1947, a livraria conta com um

acervo rico: mais de dois milhões de

títulos. O charme já começa pelo local

onde ela está situada: na Rua Augus-

ta, que representou o glamour e a di-

versão dos jovens paulistas da década

de 60 e hoje é spot alternativo. Uma

das filiais da Livraria Cultura serviu até

de cenário para o sonho romântico de

um casal: os economistas Laura Kar-

puscas e Marcos Ross trocaram alian-

ças em meio aos livros. No Conjunto

Nacional, na Avenida Paulista, acon-

teceu a festa de casamento dentro da

Livraria Cultura. E adivinha o que tinha

na lista de presentes desses noivos li-

terários? Livros, claro!

ExEMPLARES DE SOBRA para alimentar o vicio literário. No Libra-

ry hotel, são 6000 livros que abrangem Ciências Sociais, Literatura,

Idiomas, História, Matemática e Ciência, Conhecimentos gerais, Tec-

nologia, Filosofia, Artes e Religião.

64

65

D E S T I N OS T U R í S T I COS O N D E

AS CO R E S T R A N S C E N D E M OS

M U R OS E fAC h A DAS PA R A

fA z E R PA R T E DA I D E N T I DA D E

D E U M LU G A R

p o r C l a r i s s a D o n d a fo to s D i v u l ga çã o

ChEfChAOUEN, A CIDADE AzUL DO MARROCOS

Menos conhecida do que as célebres Casablanca e Fez (am-

bas, palcos de filmes mundo afora) , Chefchaouen corre por

fora para ganhar o título de cidade mais acolhedora do Mar-

rocos. Muito por causa do clima descontraído da cidade, que

é tida pelos viajantes como o melhor lugar para descansar

no país.

As razões para o lugar ao pódio seriam várias, e é por isso

que Chefchaouen acumula curiosidades: é uma cidade qua-

se que totalmente pintada de azul pelos judeus que ali mora-

vam em 1930, e cuja tradição se mantém até hoje. O motivo

da escolha da cor é menos decorativo do que se imagina:

mais do que fazer bem aos olhos, o azul de Chefchaouen

faz bem à pele: acredita-se que a tinta azul possui um ativo

químico que, além de proporcionar essa tonalidade, afasta

mosquitos e outros tipos de insetos que possam incomodar

os moradores. Uma vantagem à aplicação inseticida da cor é

o potencial calmante que o azul propicia e que poderia expli-

car também o clima tranquilo da cidade. Ou, talvez, o fato de

que, nos arredores da cidade, estão as maiores plantações

de haxixe e cannabis do Marrocos, muito procuradas pela ala

mais liberal dos viajantes. As explicações não importam, na

prática: Chefchaouen é um deleite calmo aos olhos, uma joia

azul em plena montanha, e merece a visita, sem receio, de

quem estiver de passagem pelo Marrocos - com a vantagem

de que não tem problema se esquecer o repelente de inseto

para trás. O azul garante: picada de mosquito, não tem.

Max Solomon

B UCK E T L IST

SPOTSPRA LÁ DE COLORIDOS AOREDOR DO MUNDO

66

OS CAMPOS DE TULIPAS DA hOLANDA

Dizem que a primeira tulipa foi plantada em solo holandês em

1593. E, como nas raras ocasiões em que é a natureza e não o

homem quem colore a paisagem, aconteceu o esperado: a Ho-

landa se apaixonou pela flor. E desabrochou, florescendo em um

país de paisagens caleidoscópicas, multicoloridas e exuberan-

tes. A cultura orgânica ganhou ares de indústria e virou ícone,

decoração e produto exportado para o mundo. Mas, em viagem,

vale a pena fazer o caminho inverso até esse pequeno país e co-

nhecer a Bollenstreek Route, ou “Rota das flores”, que começa

em Haarlem e desce, encantadora, passando por Lisse até Lei-

den. É nessa estrada que os campos se vestem de tulipas, de-

sabrochando em cores vibrantes e aquecendo o horizonte. São

algumas horas de carro, várias paradas a gosto, um mergulho no

cultivo de bulbos que se tornarão tulipas da mais absoluta cor.

Para completar o roteiro, campos arrebatadores em formas e

pantones - tudo para fazer duvidar de qualquer propaganda em

que a cor da Holanda seja, pura e tão-somente, laranja.

Quando ir? Programe sua viagem entre abril e maio, quando a

beleza dos campos atingem o clímax. Há quem as subestime,

dizendo que são flores lindas, porém sem cheiro. Mas honesta-

mente: com campos de tamanha intensidade em cor? É como

sentir perfume com os olhos.

CAMINITO E SUAS CORES DE CASA

Às vezes, são os acasos que tornam um recanto famoso.

Isso é uma frequente, especialmente nas cidades grandes,

que se reinventam elas próprias pelas mãos de seus artistas.

Foi assim, sem querer, que um grupo de vizinhos decidiu lim-

par e recuperar o bairro em que viviam. Uma benfeitoria co-

munitária simples, caso não estivesse entre os voluntários

o pintor argentino Benito quinquela Martín, que se inspirou

em sua passagem por portos para criar uma paisagem única,

urbana, com casas montadas por chapas de zinco. A todas

elas, acrescentaria cor, muita cor. Nascia Caminito, a rua do

Bairro da Boca, em Buenos Aires, tão alegre e bela quanto a

simplicidade da música de tango que batizaria esse trecho.

Se hoje bailarinos de tango traduzem para os turistas a alma

sedutora desta rua em passos de tango, muito se deve à

identidade que Benito quis imprimir àquele trecho do bair-

ro e que jamais conseguiu reproduzir em nenhuma outra

localidade em toda a sua carreira. Às propostas que recebia

para colorir, em tons e formas, outras cidades, ele declinava,

explicando: “Da fusão entre o indivíduo e o ambiente nasce

aquilo que se chama de cor local. Para atingir a cor local, há

que ser um artista local”. E, a considerar por Caminito, ele de-

via estar certo: tem milagres que só santo de casa mesmo.

Jane Dutton

Luis Argerich

B UCK E T L IST

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68

ESTADIA PRODUTIVAU m h o te l n a Ta i l â n d i a p ro m e te u m a ex p e r i ê n c i a d i fe re n te : fé r i a s re l a -xa n te s e a o m e s m o te m p o re p l e t a s d e p ro d u t i v i d a d e . A co m b i n a çã o é : p i s c i n a , m a r , l i v ro s , d i s co s e f i l m e s !

p o r M a rce l e An to n i o fo to s D i v u l ga çã o

R E L A x

69

A SUA INSPIRAÇÃO para ler vem melhor em um espaço

fechado como uma biblioteca ou em um ambiente arejado

como uma praia?! Talvez a tradicional biblioteca cercada de

estantes seja ideal para manter a concentração, mas quando

o assunto é férias, viagem e relaxamento, a pedida é ler ao ar

livre. No The Library, hotel tailandês, o tempo de férias não

é só “gasto”, é otimizado. Tudo ajuda: a estrutura é um con-

vite a um lazer produtivo. Neste hotel, o descanso pode se

transformar em um período de assimilação de um repertório

completo: dá para ler muito, assistir filmes e curtir música

boa.

Espaço por espaço. Cada centímetro do hotel foi projetado

para que o hóspede não queira voltar para casa. Olha só que

privilégio: dá para ler tendo a praia como vista e as árvores

fazendo sombra, já que são 50 metros de área à beira-mar

com mais de seis mil metros quadrados de terra ao redor. Ao

longo da área praiana, são feitas várias atividades recreati-

vas. O espaço conta com um restaurante de nome bastante

sugestivo: “The Page”.

Aqui nem o banho de piscina é convencional: o vermelhão

vivo proporciona quase uma terapia cromática! E as sensa-

ções vão mudando conforme a iluminação natural: no entar-

decer, a cor já é totalmente outra! A “pool” é chamativa, mas

o destaque e a essência do hotel tailandês estão mesmo é

na biblioteca, toda clean, chamada carinhosamente de “the

lib”. Exemplares de livros dos mais variados estilos, filmes,

jogos... Tudo por um período de férias cheio de descanso e

cultura!

POR DENTRO

A ideia, em tudo, é ser minimalista. Simplicidade é a peça-chave

para um ambiente interno que apresente harmonia com a natu-

reza que circunda o hotel. Os quartos se dividem em suítes, que

ficam no térreo, e nos outros pisos, os “studios”. A intenção é ser

exótico e inteligente, simples e convidativo. O texto de apresen-

tacão do conceito do hotel já diz: “A questão da vida não é quan-

to tempo temos, mas o que fazemos com ele!”. The Library quer

que seu tempo dentro do hotel seja intenso. Tanto que oferece

a opção de organizar e sediar seu jantar de aniversário, jantar

romântico ou outro tipo de evento. Pode ser uma simples refei-

cão particular, ou pode ser a comemoracão da sua vida, como

por exemplo, a festa de casamento. Mas se optar por dias mais

tranquilos, se você terminar de ler um livro durante a estadia, boa

parte da missão do hotel estará cumprida.

70

POR FORA

O verde da grama não basta: um hotel “con-

ceito” como esse precisa de algo mais. E ele

está, nesse caso, nas peças de arte e escul-

turas que ajudam a compor a paisagem ex-

terna do local. Não que toda a composição de

mar, areia e natureza já não fosse suficiente-

mente bela e convidativa, mas detalhes es-

palhados pelo ambiente fazem toda diferença

e remetem sempre à principal temática do

hotel: a leitura.

Simplificando a ideia, tudo o que o The Library

faz é traduzir em um hotel o desejo de muitos

viajantes: o de deixar de lado os escritórios

apertados, as quatro paredes munidas de ar-

-condicionado, para dar lugar aos ambientes

abertos e arejados deliciosa e naturalmente

pelo vento.

R E L A x

E STADIA P RODU T IVA

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ChIANG MAI, TAILâNDIA

“Uma cidade com uma gran-

de riqueza cultural, rodeada

por montanhas e com mui-

tas atividades interessantes.

Entre elas, andar de elefan-

te... Ou, se preferir um pouco

mais de adrenalina, que tal

entrar em uma jaula com al-

guns tigres? Um ótimo des-

tino para relaxar, comer mui-

to bem (e barato). Não deixe

de experimentar o prato típi-

co: o Padthai.”

ANGKOR WAT, CAMBOJA

“Patrimônio da UNESCO e considerado o maior templo religioso do mundo, Angkor

é um dos melhores lugares do sudeste asiático para apreciar o amanhecer em fren-

te a um dos lagos (represas) que há por ali. A paisagem é realmente indescritível,

porém, turista é o que não falta por lá.”

BAGAN, MYANMAR

“Myanmar é um destino incrível para quem está afim de co-

nhecer um país não tão turístico. Há um famoso parque ar-

queológico com mais de 3000 templos budistas – alguns já

destruídos pela ação do tempo. Subir em qualquer um deles

e observar a vista de lá é, de fato, deslumbrante. Para tra-

fegar pelo país, não se esqueça de levar uns dólares extras,

não existe a possibilidade de pagar nada com cartão de cré-

dito/débito. Só se aceita pagamento em dinheiro por tudo!”

TAM COC, VIETNã

“Apesar de Halong Bay ser um dos pontos mais tu-

rísticos no Vietnã, a minha indicação é Tam Coc. Lo-

calizado a aproximadamente duas horas ao sul de

Hanoi, o destino reúne um rio sinuoso com uma pai-

sagem repleta de arrozais grandiosos. Um local incrí-

vel para se fazer o famoso passeio de barco, no qual

o ‘comandante’ rema com os pés, técnica utilizada na

região.”

GILI, INDONÉSIA

“Gili é na verdade um arquipélago de três pe-

quenas ilhas – (Gili T, Gili M e Gili Air), perto de

Bali. Um ótimo local para quem tem interesse

em relaxar! Na ilha, não há carros, e a água tur-

quesa transparente do oceano promove um

contraste com a areia branquinha. Só pra com-

pletar, é um local muito bom para se fazer mer-

gulhos e deparar com tartarugas gigantes!”

Depois de três meses em contato com a simpatia asiática, o estu-dante de psicologia Brian Baldrati elege cinco paradas imperdíveis para você que quer se aventurar pela terra do sol nascente

fo to s B r i a n B a l d ra t i

SK E TCH MAP

VIAGEM AMARELA

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O sistema Fibaro se diferencia em vários níveis, desde a facilidade de instalação, performance, possibilidade de expansão, robustez e, principalmente, inteligência na administração de ações, controle de acesso, monitoramento, automação de tarefas, segurança, acesso remoto, GPS e muito mais. Fibaro é mais do que um controle de iluminação, áudio e vídeo, é um novo conceito em automação residencial sem �o. Foi criado com foco na experiência do usuário e pode ser instalado em qualquer ambiente, casa, apartamento ou empresa. Agende uma visita na Future Home e abra as portas para a tecnologia.

A FUTURE HOME ESTÁ SEMPRE À FRENTE, DE OLHO NO FUTURO. POR ISSO, APRESENTA

PARA VOCÊ A LINHA DE PRODUTOS FIBARO.

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Pensando em ajudar você a economizar um tempinho quando o assunto é reforma ou construção, nós da ConstruArch visitamos lojas que são referência nos segmentos de tintas, móveis, revestimentos, iluminação e decoração em Cascavel. Porém, não fizemos isso sozinhos, não! A designer de interiores Patricia Gomes nos conduziu pelo caminho das pedras – que nesse caso não foi nada difícil, mas trabalhoso – e indicou inúmeras boas opções de compra. Bom gosto, estilo e modernidade é o que apresentamos nas próximas páginas! Venha com a gente e fi-que à vontade.

p o r G i ova n a D a n q u i e l i e Tá t i l a Pe re i ra fo to s A l ys o n Co r re i a

PATRICIA GOMES é pedagoga por formação. Até lecionou, mas a sala de

aula não era o que mais lhe atraía profissionalmente. O gosto por deco-

ração levou Patricia a trocar o quadro e o giz por pranchetas e rabiscos

elaborados; pós-graduou-se em arquitetura de interiores e designer

mobiliário para aperfeiçoar conhecimento e técnicas e nunca mais pen-

sou em trocar de área!

Com olhar detalhista e atenta ao desejo dos clientes, ela alcança be-

los resultados com peças modernas mescladas a móveis que contam

história, o que torna cada ambiente único e bastante pessoal. Espaços

sustentáveis são a marca pessoal de Patricia que busca na releitura de

mobílias e reaproveitamento de peças atender à expectativa do cliente.

Há 22 anos no mercado, a designer de interiores Patricia Gomes é sinô-

nimo de bom gosto e personalidade.

O sistema Fibaro se diferencia em vários níveis, desde a facilidade de instalação, performance, possibilidade de expansão, robustez e, principalmente, inteligência na administração de ações, controle de acesso, monitoramento, automação de tarefas, segurança, acesso remoto, GPS e muito mais. Fibaro é mais do que um controle de iluminação, áudio e vídeo, é um novo conceito em automação residencial sem �o. Foi criado com foco na experiência do usuário e pode ser instalado em qualquer ambiente, casa, apartamento ou empresa. Agende uma visita na Future Home e abra as portas para a tecnologia.

A FUTURE HOME ESTÁ SEMPRE À FRENTE, DE OLHO NO FUTURO. POR ISSO, APRESENTA

PARA VOCÊ A LINHA DE PRODUTOS FIBARO.

P OR AÍ

PASSEIOG U I A D O

P OR AÍ

CASA DAS T I N TAS

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COLORIDO INSPIRADO

COLORIR UMA parede ou todo um ambiente não é tão sim-

ples quanto parece. A tonalidade precisa harmonizar com

móveis, objetos decorativos e não pode causar sensações

desconfortáveis. Nesse caso, a ideia da cor escolhida pode

lhe acompanhar até a porta da loja, mas, por lá, é possível

que alternativas inusitadas tomem conta do projeto. Os no-

mes das cores dão o tom à brincadeira. A linha Decora 2013

da Coral incorpora a criatividade e a subjetividade. Quando

você imaginou comprar uma lata de tinta da cor Canto do

Azulão? Violeta Inspirado? Pois é, essa é uma das tendências

para o segmento. Segundo Patricia, ambientes amplos com

pé direito duplo, lounges, bibliotecas ou até mesmo quartos

são receptivos à tonalidade Violeta Inspirado, por exemplo,

que impõe presença sozinha. Porém, se a ideia for mesclar

tons, a dica de combinação é o uso de cores próximas na pa-

leta.

A linha Super Lavável está entre as boas sugestões para

quem quer a pintura pronta em pouco tempo e sem aque-

le odor desagradável de tinta. Superlavável, antimanchas e

sem cheiro, a opção se torna uma boa pedida quando o as-

sunto é praticidade. A aplicação de cores fortes como essa

pede cuidado. fabricio Wazilewski, proprietário da Casa das

Tintas, recomenda a passada de três demãos para uma co-

bertura ideal e completa. O litro da tinta custa R$ 21.

CASA DAS TINTAS

SAIA, Pó!

NA BADERNA generalizada existente em uma obra, qualquer coisa que possa ame-

nizar a sujeira é bem-vinda. E a lixa e a máquina da Mirka estão aí para isso. Elas for-

mam uma lixadeira que, incrivelmente, não gera pó. Isso porque, acoplado a ela, vem

um saco coletor que vai aspirando o pó que sai das paredes. Alérgicos e também

não alérgicos levantarão as mãos para o céu. Se a obra for só uma reforma então,

fica ainda mais simples, pois aquele pó incômodo não fica impregnado pela casa.

Aos pintores mais resistentes à tecnologia, um aviso: é melhor investir em um pro-

duto como esse do que expor seu cliente à bagunça. Pode ser o seu diferencial. A

máquina custa R$ 2.000 e a lixa R$ 5,90 a unidade.

CURIOSIDADE

Sabe aquela cor que chamou atenção e você a quer na parede de casa, mas não tem ideia de qual seja a tona-lidade correta? A solução pode estar na utilização do colorímetro. Esse aparelhinho superprático lê a cor em qualquer superfície e encontra – dentro da paleta de co-res armazenadas na memória – aquela que mais se as-semelha. Pronto! Resolvido o problema, agora é só colorir! O colorímetro é uma ótima ferramenta para arquitetos e decoradores.

P OR AÍ

SÓ SÓ COLCHÕE S

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ESQUECER A CORRERIA do dia a dia descansando em um

delicioso colchão é o desejo de dez entre dez pessoas. Nada

como conforto e aconchego durante as horas de sono –

cada vez mais curtas – para revigorar e despertar animado.

Por isso, na hora de dormir, o mínimo que se pede é o melhor.

A designer Patricia sugere duas opções: um colchão Pierre

Cardin e um Sealy, ambos representados no Brasil pela Man-

nes. Escolher entre os dois será tarefa difícil.

CONfORTO RENOMADO

O Pierre Cardin système de double possui sistema que agre-

ga as qualidades da mola superelastic com a individualida-

de das molas Pocket. Na prática, o que reina nesse colchão

é a individualidade de cada lado da cama. A espuma de alta

densidade, molda-se ao corpo, aliviando a tensão e a pres-

são nos músculos. Além de confortável, esse colchão é puro

charme! O tecido de malha de alta qualidade (440 gramas) é

bordado e com listras de tafetá com linho. Elegância e sofis-

ticação na hora do descanso. R$ 5.500

TAPETE PARA TODAS AS hORAS – E ESPAçOS!

Para não pensar apenas no sono gostoso, a dica é um belo e

prático tapete. Para ela, essa peça se equipara a uma corti-

na: indispensável! A linha Dream da São Carlos, disponível na

Só Só Colchões, é formada por produtos 100% acrílico, por

isso, não há desculpa de alergia que cole para deixar de ter

um tapete em casa. A limpeza é facilitada, pois, o acrílico não

mancha. Com um aspirador de pó, todo problema de limpeza

é resolvido! A sugestão fica para uso no home ou estar. Além

de prático, a peça transmite aconchego. R$ 1.400

Só Só COLCHÕES

DESCANSO REfRESCANTE

Para completar o sono revigorante, um travesseiro que não lhe cause

alergias e, de quebra, transmita sensação de frescor durante toda a noi-

te. A Castor possui a peça que se encaixa nessa necessidade. Ele não

deixa em nada a desejar: 100% látex e reciclável, o travesseiro tem es-

feras de gel clinicamente testado que possui ação refrescante na super-

fície. A proprietária da Só Só Colchões, Joanny Cantão, aprova e indica

o produto! O diferencial – além do gel – é o látex, o qual proporciona a

durabilidade do travesseiro por muitos anos. R$ 395

ADEUS, NOITES MAL DORMIDAS!

Já o colchão Sealy Wimblebon possui molas Posturetech,

com design exclusivo que proporciona suporte extensivo e

maior conforto e durabilidade. O produto possui braços sen-

soriais que percebem e respondem adequadamente às va-

riações de peso, proporcionando conforto e evitando dores

musculares. A espuma não deforma e possui tratamento

antiácaros, antimofo e antialérgico. R$ 3.000

P OR AÍ

P R E M I U M I LU M I NAÇÃO

COM CARA DE CINEMAO indicado do proprietário da Premium, Ricardo Furlan, é o holofote cromado. Com formato que remete à iluminação de cinema, a peça faz sucesso em áreas comerciais, espaços gourmet ou até mesmo em espaços para lazer. Democrático, o holofote pode conversar com outros objetos compondo um ambiente como uma sala de estar. R$ 2.039

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A ARTE DE COMBINAR belas peças decorativas e luminá-

rias pede conhecimento, bom gosto e uma boa loja que lhe

proporcione acesso a produtos de qualidade. Imagine uma

sala bem montada, um quarto moderno, ou o escritório. To-

dos os espaços merecem uma iluminação que valorize e crie

sensações interessantes! Até porque, ela faz parte do décor.

Aconchego, valorização de espaços, criação de cenas, enfim,

os projetos luminotécnicos estão em todos os espaços, in-

clusive nas casas. Na hora da escolha, é preciso se ater aos

detalhes e ter por perto profissionais instruídos sobre as

novidades do mercado para você não errar a mão na hora

da compra. Nesse quesito, a Premium Iluminação é a dica da

designer Patricia Gomes. Lá é possível encontrar inúmeras

opções da moda e também peças tradicionais. Antes de ir,

ligue e agende um horário, pois a boutique de iluminação lhe

oferece comodidade e atendimento exclusivos para propor-

cionar uma compra sem pressa e planejada.

fOCO NO ESSENCIAL

Já o embutido retangular da Interpam conta com difusor

em policarbonato sem moldura, em alumínio pintado por

processo eletrostático (estufa). A peça, chumbada ao forro,

possui um sistema de orientação do foco da lâmpada. Um

recorte no gesso e uma ideia de combinação podem render

um belo cenário tanto em um espaço de circulação, em um

closet ou até mesmo em um restaurante. R$ 461

ROMâNTICO ILUMINAR!

Chamá-lo de romântico pode até ser arriscado. O pendente

plissado tem cara vintage, mas nem por isso, deixa de fazer

sucesso em qualquer ambiente moderno. Imagine essa peça

toda-toda sobre uma mesa de jantar, em um vão ou escada.

R$ 3.400

PREMIUM ILUMINAÇÃO

LUz COM GABARITO

A primeira sugestão é para quem pensa em iluminar um hall

de entrada, home, ou qualquer outro espaço mais amplo. O

detalhe está na valorização da peça: o float escolhido possui

um metro de diâmetro e pende charmosamente do teto. Ele

possui um quê sustentável ao utilizar lâmpadas de LED que,

mesmo com um valor mais alto, compensam pela durabilida-

de. R$ 2.799

P OR AÍ

CE M E N T DE SIG N

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MICROCIMENTO DECORATIVO. Revestimento sustentável

para qualquer ambiente externo ou interno. Aplicação que

não gera entulho e concede ao espaço aspecto moderno e

ecologicamente correto. Além da bela apresentação, o pro-

duto – quando seguidas todas as recomendações de ma-

nutenção – pode durar bastante tempo! A garantia é de dois

anos e a aplicação possui um ritual que é protagonizado por

profissionais qualificados. Isso quer dizer que a Cement De-

sign entrega o revestimento sobre a superfície, restando ao

cliente apenas admirar o resultado. O custo do metro qua-

drado – com a mão-de-obra inclusa – varia entre R$ 120 e

R$ 190. São 46 cores disponíveis na tabela. O microcimento

pode encobrir áreas de vidro, madeira ou alvenaria. Na opi-

nião da designer de interiores Patrícia Gomes, esse reves-

timento pode ser o destaque de qualquer espaço, tanto em

áreas externas quanto em um banheiro, por exemplo.

REVESTIR COM SUSTENTABILIDADE!

Entre tantas opções ofertadas pela marca, que tem sede em

Madri – Espanha (de onde vem todo o produto) o cimento

queimado é um dos mais pedidos. Serve tanto para espaços

comerciais, quanto para residenciais. A aplicação que imita

o efeito de ferrugem também caiu no gosto de arquitetos e

decoradores. Essa segunda possui um diferencial: quando

exposta às intempéries climáticas, a cor muda e a “ferru-

gem” aumenta.

No quesito revestimento sustentável e moderno, Cascavel

sai na frente de cidades como Curitiba e Maringá por ser a

única do estado a ter showroom da marca espanhola. A Ce-

ment Design possui como representante no Paraná, o arqui-

teto Yan Guimarães, que aconselha a aplicação desse reves-

timento de alto padrão para todo e qualquer espaço.

O que vale nessa hora é a criatividade.

CEMENT DESIGN

P OR AÍ

OB J E T TO CASA

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O LUxO ESTÁ diretamente ligado ao conforto. Nesse ponto,

a Objetto Casa acerta o alvo na primeira tentativa. Uma loja

envolvente e completa para quem quer requinte e sofistica-

ção, seja em qual espaço for. Peças para todos os ambientes

e gostos estão expostos de forma harmônica e bem ilumi-

nada, recortando detalhes e possibilitando ao cliente obser-

var os pormenores. A loja de Indiara de Souza detém a venda

exclusiva de inúmeras marcas de móveis e estofados; dife-

rencial que atrai quem aprecia o requinte etiquetado.

ELEGâNCIA NA MEDIDA CERTA

A designer de interiores Patricia Go-

mes indica a aconchegante e gla-

murosa poltrona Lille da Germânia

Estofados. Seja numa cor mais séria

ou colorida na medida certa, ela não

disputa espaço com peças decorati-

vas. Orna com outros objetos sem di-

ficuldade no quarto, num espaço para

leitura ou mesmo substituindo sofás

na sala. Com ela, o visual da casa fica-

rá encantador. R$ 4.533

BEM-ESTAR LUxUOSO

Já o sofá de couro Shift da Italsofa é – além de novidade – opção a quem procura co-

modidade e beleza para a hora do descanso. Com design arrojado, ele não demonstra,

mas é cheio de mimos; exemplo, o encosto individual para a cabeça. Conforto, bele-

za e sofisticação. Patricia argumenta que geralmente é na sala que o homem opina

sobre o que comprar. Com a redução do tamanho das residências, o home e o estar

se tornaram um único espaço dentro de casa. Um sofá confortável e bonito – para a

hora do filme e de receber amigos – é a boa pedida para manter a harmonia. A marca

valoriza a preservação ambiental e se mostra disposta a investir em sustentabilidade,

inovando no processamento do couro e evitando o uso de produtos que agridem a

natureza.

Estofado Shif dois lugares R$ 7.850

Poltrona R$ 4.473 cada peça.

RúSTICO EM ALTA

Para manter a linha sustentável e moderna, fica

a sugestão: são móveis feitos a partir de madeira

de demolição. Eles esbanjam o que há de belo na

retomada do passado. Algo que combina com as

inspirações da designer, que preza pela mescla

entre peças modernas e atraentes contrastan-

do harmoniosamente em ambientes que contam

histórias. No caso, o aparador Ellipse, o qual traz

na sua composição madeira dos séculos XIX e XX

atrelada à leveza do vidro. Uma peça curinga, que

pode ser usada nas costas do sofá, no hall de en-

trada da casa ou mesmo na sala de estar. A rusti-

cidade está em alta e invadiu todos os cômodos.

Estilo para quem tem bom gosto. R$ 3.514

OBjETTO CASA

P OR AÍ

FOR MA & CON FORTO

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ExCLUSIVIDADE é A cereja-do-bolo por aqui. Melhor do

que ter produtos de alta qualidade e marcas renomadas, é ter

algo que pouca gente ou só você tenha. E é a isso que a for-

ma & Conforto se propõe, acrescentando ainda uma pitada

– generosa - de atendimento personalizado. Na seleção fei-

ta pela designer Patricia Gomes e por uma das proprietárias

da loja, Débora Cavalli, é impossível não rolar uma química

com cada peça.

UM GIRO NA JANELA

Para as janelas, foi escolhida uma persiana da marca Luxa-

flex: a Pirouette – que vem da palavra “pirueta” mesmo -

traz liberdade de movimento e versatilidade ao ambiente. O

design sofisticado permite controle da luminosidade. É pos-

sível a visualização do ambiente externo com o recolhimento

dos gomos de tecido, assim como a total privacidade quando

fechada, graças ao inteligente sistema invisi-lift, que recolhe

esses mesmos gomos com o uso de “cordões não aparen-

tes” - quase mágica.

TÁ COLORIDO LÁ FORA

Os atributos litorâneos brasileiros são a inspiração da cole-

ção Noronha da Saccaro. Entre trançados e cores, este com-

pilado de móveis engloba espreguiçadeiras, mesas laterais

e de centro, poltronas e sofás, como este selecionado pela

designer Patricia. Peça versátil, não restringe cores que, à

primeira vista, não combinariam.

POR UMA PAREDE MAIS VIVAZ

Cor não é problema nas coleções da Eijffinger, distribuída

pela Orlean. Estampas românticas, acompanhadas das mais

diversas texturas, formam o leque de opções da marca. Di-

fícil fazer uma escolha em meio a tantos papéis de paredes

agradáveis ao olhar. Patricia não economizou na beleza e

apontou o dedo para a coleção Gràcia, neste tom de azul que

deixa o dia mais bonito.

FORMA & CONFORTO

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A LOT OfAlameda Gabriel Monteiro da Silva, 256 São Paulo – SP(11) 3068 8891 / 3068 9370www.alotof.com.br

CARLOS SALAMANCARua Raimundo Leonardi, 1675. Toledo – PR(45) 3054-0137www.carlosalamanca.com.br

CASA DAS TINTASRua Paraná, 3736 - CentroCascavel - PR(45) 3223-3484www.casadastintascascavel.com.br

CEMENT DESIGNRua Vicente Machado, 1434Cascavel – PR(45) 3222 – 4842www.cementdesign.eu

CON-ARTRua Piratini, 1727Toledo – PR(45) 3055-3400www.con-artdecor.com.br

DESfIACOCORua Cel. Manoel A. Ribas do Amaral, 125 Curitiba - PR(41) 3027-5239www.desfiacoco.com

DESIGN MANIA(11) 3289-9664www.designnmaniaa.com.br

DESMOBíLIARua Francisco Nunes, 951Curitiba – PR(41) 3072-6827www.desmobilia.com.br

DWELL STUDIOwww.dwellstudio.com

ELDINGO SCARSONHammarby fabriksväg 43 plan 6120 33 Estocolmo, Suécia46 (0)73-640 26 26www.eldingoscarson.com

ESPAçO TILAlameda Campinas, 1257 São Paulo - SP(11) 3885-9917 / 3885-6204www.espacotil.com.br

ESThER GIOBBIRua Lisboa, 344 São Paulo – SP(11) 2364-7970www.esthergiobbi.com.br

ETEL INTERIORESAlameda Miguel Monteiro da Silva, 1834 São Paulo/SP(11) 3064-1266 www.etelinteriores.com.br

ETNARua Prof. Pedro V. P. de Souza, 600 Curitiba - PR0800 770 6771www.etna.com.br

fLORICULTURA ROMANARua Haiti, 45 Cascavel - PR(45) 3227-8080www.floriculturaromana.com.br

fORMA & CONfORTORua Visconde de Guarapuava, 2022 Cascavel – PR(45) 3038-4278www.formaeconforto.com.br

fORMA DESIGN INTERIORESRua São João, 7048Toledo – PR(45) 3055-7900www.formadesign.art.br

IBACANA(11) 2626-0495www.ibacana.com.br

INUSUALRua Humaitá, 168 Bento Gonçalves - RS(54) 3055-4353www.inusual.com.br

ISABELLA DALfOVOR. Curitiba, 2955Cascavel - PR(45) 3326-8781www.isabelladalfovo.com

JONAThAN ADLERwww.jonathanadler.com

LOVE DECADESwww.lovedecades.com

MOBLY4005-1045 / 0800 940 0326www.mobly.com.br

OBJETTO CASARua Paraná, 2197Cascavel – PR(45) 3038-0606www.objettocasa.com.br

OL ILUMINAçãOAv. Prefeito João Vilalobo Quero, 1505Barueri - SPRepresentante regional(45) 8403 2966www.oliluminacao.com.br

ORENRua Augusta, 2409São Paulo - SP(11) 3062-8669www.oren.com.br

PORTO DESIGNCanhandubaItajaí-SC (47) 2104-6100www.portodesign.com.br

PREMIUM ILUMINAçãOAvenida Tancredo Neves, 730Cascavel – PR(45) 3038-4600www.premiumiluminacao.com.br

PS DO BRASIL – PORTAS EM ROLOAvenida Presidente Kennedy, 1700Maravilha – SC(49) 3664 – 0094www.psdobrasil.com.br

SAOTA109 Hatfield Street, GardensCape Town, South Africa27 21 468 4400

Só Só COLChõESRua Paraná, 3518Cascavel – PR(45) 3038-2845www.sosocolchoes.com.br

SD ONLINE(11) 3848-4642www.sdonline.com.br

ThE LIBRARY hOTELTailândia66(0) 77 42 2767-8 www.thelibrary.co.th

TOK D'ARTERua Santos Dumont, 2771Toledo - PR(45)3252-9711www.tokdarte

UATTRua Antonio Jovita Duarte, 4855São José – SC(48) 3343-0012www.uatt.com.br

WONDERLLANDwww.wonderlland.com

zARA hOMEwww.zarahome.com

ON DE E NCON T R AR

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O filmaker Alyson Correia aprendeu poucas e boas na Terra da Rainha. Ficou cinco anos perambulando em busca do conhecimento

pela Europa e, por um ano e meio, fez parte da seleta equipe de uma revista de skate de Londres. Captar os momentos, estáticos

ou em movimento, é seu trabalho – e de quebra, seu hobby. Menino neutro, curte a cor branca, só para deixar tudo clean.

A cor preferida da estagiária de Jornalismo Anna Carolina Hilbert é variável: às vezes ela está pro vermelho, às vezes pro azul! E

essa aquarela acompanha seu gosto arquitetônico, já que é do colorido dos ambientes que ela mais gosta. E para passar o tempo,

nada de mamata: ela curte por a mão na massa e criar coisas lindas!

O viajante Brian Baldrati é bem novinho, mas já tem muitos carimbos no passaporte. Na conta dele, já foram 30 países visitados.

Um mochilão pela Ásia é sua mais recente aventura. A cor de seus dias vem desse quê de cidadão do mundo.

A estagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Mincarone tem uma queda pelo lado oriental do planeta. Prova disso é a cor

predileta dela, o vermelho, presente de forma intensa na bandeira do Japão. Só que, ao invés de um tom, é um som que colore o dia

dela: não tem coisa que a deixe mais feliz que ouvir a risada de seus amigos.

O arquiteto Caio Smoralek vive arquitetura o dia inteiro. Estudar e projetar sobre arquitetura contemporânea são só os passatem-

pos dele. Ganhou uma bolsa de Mestrado e foi parar em Milão. Por lá, ficou dois anos e meio, ocupando a cabeça com os estudos e

o trabalho em um escritório de Arquitetura e Design. Na dúvida, ele prefere somar todas as cores e eleger o branco como “A” cor.

A jornalista Clarissa Donda gosta de cores vibrantes. Para ela, já que é para ter cor, que seja com vontade. O amarelo talvez seja o

tom que melhor cumpra essa função, colorindo a vida dela com uma manhã luminosa, um sabiá na janela, um arranjo de girassóis...

A jornalista Tátila Pereira poderia estar nos campos participando de campeonatos, não quis. Ela poderia estar nos palcos encan-

tando plateias, não quiseram. O negócio dela é mesmo contar histórias – apesar de seu repertório contar com pérolas como a

sessão tardística clássica A Lagoa Azul, seu vocabulário vai sempre além da cor comum.

A jornalista Giovana Danquieli é adepta do basicão: a cor preta é infalível em várias de suas escolhas. Porém, para deixá-la feliz,

um dia bem clarinho, cheio de sol e trabalho, é a poção mágica. Na seara da leitura, na cabeceira dela tem de tudo: um pouco para

conhecer, um pouco para variar.

A jornalista Marcele Antonio também é levada pela força da cor vermelha. Apesar disso, é algo bem menos forte – mas singelo –

que rouba um sorriso dela: as gentilezas inesperadas. Para fechar com chave cravejada de diamantes, ela já foi 3 vezes finalista de

um concurso nacional de reportagens televisivas para universitários – é mole? -, ficando em segundo lugar em 2011.

O diretor de arte juliano Santos queria carreira nos gramados, só que foi a pista de skate que o conquistou. Em sua melhor mano-

bra, conheceu o amor de sua vida. Como designer, já teve uma criação estampando várias camisetas por aí, após ter ganho um

concurso nacional. A cor vermelha tem sua preferência, só que, para deixar a Construarch perfeita, ele usa toda a paleta de tons.

O estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl tenta, mas não consegue ser sério. Apesar de ter uma queda pelo preto, até curte um

verde em casa, mas o último bonsai que teve não resistiu aos seus cuidados. Embora não leve tanto jeito com plantas, no papel, a

coisa flui... é craque em garimpar e indicar os lançamentos da última estação com palavras bem descontraídas.

O fotógrafo Rodrigo Vieira intercala os dias cheios de books e festas, para os quais é convocado, com algumas pedaladas, só

para relaxar. Justificando a vinda de uma família em que os homens predominam, a escolha da cor predileta é o azul “de menino”.

Levantar com o pé direito não é garantia de um bom dia para ele: tudo só fica bem após uma bela dose de café com leite.

COL ABOR AD OR E S

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NO DIA 9 DE ABRIL, a Fiera Milano abrirá suas portas para o mundo. O Salone Internazionale del Mobili, co-

nhecido como a Meca do Design, transcendeu a esfera do mobiliário, chamando a atenção de aficionados da

arquitetura, design, moda, e muitos outros. Nesse viés, podemos nos perguntar: o que faz com que o Salone

seja um gerador de tendências, e quais são as tendências que devemos esperar?

Para analisarmos a primeira questão, devemos entender por que Milão se tornou um polo de design mundial.

Sendo o centro industrial italiano durante a II Guerra Mundial, a cidade foi intensamente bombardeada. A sua

identidade, que por séculos foi ligada à produção e comercialização de mercadorias, encontrou um novo nicho.

Assim, os grandes espaços, antes industriais, serviram muito bem aos artistas italianos, que resolveram mon-

tar seus studios de arquitetura, design, moda, pintura etc.

Esse ambiente culturalmente rico, aliado a uma tradição de onde não se espera nada menos que a perfeição

em todos os aspectos, uniu a vocação industrial com a inovação tecnológica e artística. O resultado é o que

conhecemos como Design Italiano, ou Design Made in Italy. Essa atmosfera pode ser muito bem observada

nos eventos Fuori Salone, onde ocorrem exibições de design em locais abertos em diversos pontos de Milão,

relacionadas ou não ao tema do evento principal. Com relação à segunda questão, podemos esperar que neste

ano o Salone estará repleto de propostas coloridas e despojadas, assim como a cultura artística contemporâ-

nea vem se mostrando - cada vez mais. Independentemente de como, podemos garantir que a questão sus-

tentável vai ser abordada de formas muito interessantes e inusitadas.

Indiferentemente de qual seja o caminho traçado pelas mais importantes casas de design, é válido entender-

mos que o trajeto tendência-moda-comércio não ocorre com a mesma velocidade que na Itália no Brasil, já

que os processos e tecnologias diferem bastante. Acredito que é justamente essa diferença que faz com que

possamos aprender com os exemplos milaneses. Desde sua primeira edição, em 1961, tanto a feira como o

mercado evoluíram, inserindo as tendências concebidas nos studios de design de forma eficaz no comércio. O

que podemos aprender com o Salone é que a fórmula de sincronizar a geração de tendências e sua realização

é fundamental para maximizar a sinergia entre artistas, produtores e o mercado.

ENTRE

Caio Smoralek Diasé arquiteto e urbanista, já morou em Milão durante o mestrado e hoje atua em Cascavel como professor e arquiteto.

BAT E - PAP O

E O COMÉRCIOO ARTISTA

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